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Rio de Janeiro, 06 de janeiro de 2017.
Circular - Programa de Regularização Tributária (PRT)
Foi publicada no Diário Oficial da União a Medida Provisória 766/2017 instituindo um
novo Programa de Regularização Tributária (PRT), junto à Secretaria da Receita Federal
do Brasil (RFB) e à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN).
1. Objetivo do PRT
O objetivo deste dispositivo legal é permitir aos contribuintes pessoas físicas ou
jurídicas quitar débitos porventura existentes de natureza tributária ou não tributária,
vencidos até 30.11.2016, abrangendo, inclusive, débitos objeto de parcelamentos
anteriores rescindidos ou ativos, em discussão administrativa ou judicial, ou ainda
provenientes de lançamento de ofício efetuados após 05.01.2017 (data da publicação
da medida provisória), desde que o requerimento se dê dentro do prazo previsto para a
adesão.
Esta adesão ocorrerá por meio de requerimento a ser efetuado no prazo de até 120
dias, contados da regulamentação estabelecida pela RFB e pela PGFN, o que pode
ocorrer a qualquer momento, e abrangerá os débitos em discussão administrativa ou
judicial indicados para compor o PRT e a totalidade dos débitos exigíveis em nome do
contribuinte, pessoa física ou jurídica, ainda que na condição responsável.
Importante notar que o programa não reduz ou anistia multas, ele simplesmente
permite o parcelamento em 120 meses, porém é uma alternativa a todos os
contribuintes que querem se regularizar.
Participar deste “novo REFIS” implica:
• na confissão irrevogável e irretratável dos débitos em nome do sujeito passivo na
condição de contribuinte ou responsável e por ele indicados para compor PRT, e
condiciona o sujeito passivo à aceitação plena e irretratável de todas as condições
estabelecidas na referida norma;
• no dever de pagar regularmente as parcelas dos débitos consolidados no PRT e os
débitos vencidos após 30.11.2016, inscritos ou não na Dívida Ativa da União (DAU);
• na vedação da inclusão dos débitos que compõem o PRT em qualquer outra forma
de parcelamento posterior, ressalvado o reparcelamento de que trata o art. 14-A da
Lei nº 10.522/2002; e
• no cumprimento regular das obrigações com o Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço (FGTS).
2
2. Forma de Pagamento
2.1 Débitos em aberto junto a RFB
A pessoa física ou jurídica que tiver débitos em aberto junto a RFB, poderá liquidá-los
mediante as seguintes opções:
Modalidade Forma de pagamento
Pagamento parte à vista
e em espécie, e
liquidação com créditos
fiscais
No mínimo, 20% do valor da dívida consolidada e
liquidação do restante com a utilização de créditos de
prejuízo fiscal e base de cálculo negativa da
Contribuição Social (CSL) ou com outros créditos
próprios relativos aos tributos administrados pela RFB
Pagamento parcelado de
parte do débito em
espécie, e liquidação com
créditos fiscais
No mínimo, 24% da dívida consolidada em 24
prestações mensais e sucessivas e liquidação do
restante com a utilização de créditos de prejuízo fiscal e
base de cálculo negativa da CSL ou com outros créditos
próprios relativos aos tributos administrados pela RFB
Pagamento parte à vista
e em espécie, e
parcelamento
20% do valor da dívida consolidada e parcelamento do
restante em até 96 prestações mensais e sucessivas
Parcelamento integral da
dívida consolidada
Em até 120 prestações mensais e sucessivas, calculadas
de modo a observar os seguintes percentuais mínimos,
aplicados sobre o valor da dívida consolidada:
a) da 1ª à 12ª prestação: 0,5%;
b) da 13ª à 24ª prestação: 0,6%;
c) da 25ª à 36ª prestação: 0,7%; e
d) da 37ª prestação em diante: percentual
correspondente ao saldo remanescente, em até 84
prestações mensais e sucessivas
3
2.2 Débitos inscritos em Dívida Ativa
Já os débitos englobados pela PGFN, inscritos em Dívida Ativa da União poderão ser
liquidados das seguintes formas:
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Pagamento parte à
vista, e parcelamento
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restante em até 96 parcelas mensais e sucessivas
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modo a observar os seguintes percentuais mínimos,
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a) da 1ª à 12ª prestação: 0,5%;
b) da 13ª à 24ª prestação: 0,6%;
c) da 25ª à 36ª prestação: 0,7%; e
d) da 37ª prestação em diante: percentual correspondente
ao saldo remanescente em até 84 prestações mensais e
sucessivas
Vale lembrar que o valor mínimo de cada prestação mensal dos parcelamentos, tanto
no âmbito da RFB como na PGFN, será de:
a) R$ 200,00, quando o devedor for pessoa física; e
b) R$ 1.000,00, quando o devedor for pessoa jurídica.
A dívida objeto do parcelamento será consolidada na data do requerimento de adesão
ao PRT e será dividida pelo número de prestações indicadas. Porém, enquanto a dívida
não for consolidada, o contribuinte, pessoa física ou jurídica deverá calcular e recolher
o valor à vista ou o valor equivalente ao montante dos débitos objeto do parcelamento
dividido pelo número de prestações pretendidas.
4
3. Perda do Benefício
A pessoa física ou jurídica pode ser excluída do PRT tornando-se exigível a totalidade
do débito confessado e ainda não pago incorrendo automaticamente na execução da
garantia prestada se houver qualquer uma das situações a seguir:
a) falta de pagamento de 3 parcelas consecutivas ou 6 alternadas;
b) falta de pagamento de uma parcela, se todas as demais estiverem pagas;
c) constatação, pela RFB ou pela PGFN, de qualquer ato tendente ao esvaziamento
patrimonial do sujeito passivo como forma de fraudar o cumprimento do
parcelamento;
d) decretação de falência ou extinção, pela liquidação, da pessoa jurídica optante;
e) concessão de medida cautelar fiscal, nos termos da Lei nº 8.397/1992;
f) declaração de inaptidão da inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ);
ou
g) a inobservância dos requisitos abaixo:
g1) pagar regularmente as parcelas dos débitos consolidados no PRT e os débitos
vencidos após 30.11.2016, inscritos ou não na Dívida Ativa da União (DAU);
g2) cumprir regularmente as obrigações com o Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço (FGTS).
4. Como optar pelo PRT
As normas para adesão a este programa ainda serão editadas, tanto RFB como PGFN
têm até o dia 04/02/2017 para divulgar os atos necessários à execução do PRT.
A Somat Contadores dispõe de profissionais especializados no assunto, aptos a
auxiliar seus clientes e demais interessados no levantamento do seus débitos
oferecendo apoio no ingresso deste programa, efetuando inclusive o devido
acompanhamento.
Estamos ao dispor para esclarecimentos adicionais julgados necessários.
Michele Mofacto
Gerente Fiscal

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Circular cartao de ponto britanico
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PRT permite quitar débitos até 30/11/2016 em 120 meses

  • 1. 1 Rio de Janeiro, 06 de janeiro de 2017. Circular - Programa de Regularização Tributária (PRT) Foi publicada no Diário Oficial da União a Medida Provisória 766/2017 instituindo um novo Programa de Regularização Tributária (PRT), junto à Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) e à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN). 1. Objetivo do PRT O objetivo deste dispositivo legal é permitir aos contribuintes pessoas físicas ou jurídicas quitar débitos porventura existentes de natureza tributária ou não tributária, vencidos até 30.11.2016, abrangendo, inclusive, débitos objeto de parcelamentos anteriores rescindidos ou ativos, em discussão administrativa ou judicial, ou ainda provenientes de lançamento de ofício efetuados após 05.01.2017 (data da publicação da medida provisória), desde que o requerimento se dê dentro do prazo previsto para a adesão. Esta adesão ocorrerá por meio de requerimento a ser efetuado no prazo de até 120 dias, contados da regulamentação estabelecida pela RFB e pela PGFN, o que pode ocorrer a qualquer momento, e abrangerá os débitos em discussão administrativa ou judicial indicados para compor o PRT e a totalidade dos débitos exigíveis em nome do contribuinte, pessoa física ou jurídica, ainda que na condição responsável. Importante notar que o programa não reduz ou anistia multas, ele simplesmente permite o parcelamento em 120 meses, porém é uma alternativa a todos os contribuintes que querem se regularizar. Participar deste “novo REFIS” implica: • na confissão irrevogável e irretratável dos débitos em nome do sujeito passivo na condição de contribuinte ou responsável e por ele indicados para compor PRT, e condiciona o sujeito passivo à aceitação plena e irretratável de todas as condições estabelecidas na referida norma; • no dever de pagar regularmente as parcelas dos débitos consolidados no PRT e os débitos vencidos após 30.11.2016, inscritos ou não na Dívida Ativa da União (DAU); • na vedação da inclusão dos débitos que compõem o PRT em qualquer outra forma de parcelamento posterior, ressalvado o reparcelamento de que trata o art. 14-A da Lei nº 10.522/2002; e • no cumprimento regular das obrigações com o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
  • 2. 2 2. Forma de Pagamento 2.1 Débitos em aberto junto a RFB A pessoa física ou jurídica que tiver débitos em aberto junto a RFB, poderá liquidá-los mediante as seguintes opções: Modalidade Forma de pagamento Pagamento parte à vista e em espécie, e liquidação com créditos fiscais No mínimo, 20% do valor da dívida consolidada e liquidação do restante com a utilização de créditos de prejuízo fiscal e base de cálculo negativa da Contribuição Social (CSL) ou com outros créditos próprios relativos aos tributos administrados pela RFB Pagamento parcelado de parte do débito em espécie, e liquidação com créditos fiscais No mínimo, 24% da dívida consolidada em 24 prestações mensais e sucessivas e liquidação do restante com a utilização de créditos de prejuízo fiscal e base de cálculo negativa da CSL ou com outros créditos próprios relativos aos tributos administrados pela RFB Pagamento parte à vista e em espécie, e parcelamento 20% do valor da dívida consolidada e parcelamento do restante em até 96 prestações mensais e sucessivas Parcelamento integral da dívida consolidada Em até 120 prestações mensais e sucessivas, calculadas de modo a observar os seguintes percentuais mínimos, aplicados sobre o valor da dívida consolidada: a) da 1ª à 12ª prestação: 0,5%; b) da 13ª à 24ª prestação: 0,6%; c) da 25ª à 36ª prestação: 0,7%; e d) da 37ª prestação em diante: percentual correspondente ao saldo remanescente, em até 84 prestações mensais e sucessivas
  • 3. 3 2.2 Débitos inscritos em Dívida Ativa Já os débitos englobados pela PGFN, inscritos em Dívida Ativa da União poderão ser liquidados das seguintes formas: Modalidade Forma de pagamento Pagamento parte à vista, e parcelamento 20% do valor da dívida consolidada e parcelamento do restante em até 96 parcelas mensais e sucessivas Parcelamento integral da dívida consolidada Em até 120 parcelas mensais e sucessivas, calculadas de modo a observar os seguintes percentuais mínimos, aplicados sobre o valor consolidado: a) da 1ª à 12ª prestação: 0,5%; b) da 13ª à 24ª prestação: 0,6%; c) da 25ª à 36ª prestação: 0,7%; e d) da 37ª prestação em diante: percentual correspondente ao saldo remanescente em até 84 prestações mensais e sucessivas Vale lembrar que o valor mínimo de cada prestação mensal dos parcelamentos, tanto no âmbito da RFB como na PGFN, será de: a) R$ 200,00, quando o devedor for pessoa física; e b) R$ 1.000,00, quando o devedor for pessoa jurídica. A dívida objeto do parcelamento será consolidada na data do requerimento de adesão ao PRT e será dividida pelo número de prestações indicadas. Porém, enquanto a dívida não for consolidada, o contribuinte, pessoa física ou jurídica deverá calcular e recolher o valor à vista ou o valor equivalente ao montante dos débitos objeto do parcelamento dividido pelo número de prestações pretendidas.
  • 4. 4 3. Perda do Benefício A pessoa física ou jurídica pode ser excluída do PRT tornando-se exigível a totalidade do débito confessado e ainda não pago incorrendo automaticamente na execução da garantia prestada se houver qualquer uma das situações a seguir: a) falta de pagamento de 3 parcelas consecutivas ou 6 alternadas; b) falta de pagamento de uma parcela, se todas as demais estiverem pagas; c) constatação, pela RFB ou pela PGFN, de qualquer ato tendente ao esvaziamento patrimonial do sujeito passivo como forma de fraudar o cumprimento do parcelamento; d) decretação de falência ou extinção, pela liquidação, da pessoa jurídica optante; e) concessão de medida cautelar fiscal, nos termos da Lei nº 8.397/1992; f) declaração de inaptidão da inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ); ou g) a inobservância dos requisitos abaixo: g1) pagar regularmente as parcelas dos débitos consolidados no PRT e os débitos vencidos após 30.11.2016, inscritos ou não na Dívida Ativa da União (DAU); g2) cumprir regularmente as obrigações com o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). 4. Como optar pelo PRT As normas para adesão a este programa ainda serão editadas, tanto RFB como PGFN têm até o dia 04/02/2017 para divulgar os atos necessários à execução do PRT. A Somat Contadores dispõe de profissionais especializados no assunto, aptos a auxiliar seus clientes e demais interessados no levantamento do seus débitos oferecendo apoio no ingresso deste programa, efetuando inclusive o devido acompanhamento. Estamos ao dispor para esclarecimentos adicionais julgados necessários. Michele Mofacto Gerente Fiscal