O que é hidrografia, partes de um rio, bacias hidrográficas. transposição do Rio São Francisco, principais usinas hidroelétricas, problemas ambientais.
A hidrografia é o ramo da geografia física que estuda
as águas do planeta, abrangendo portanto rios, mares,
oceanos, lagos, geleiras, água do subsolo e da
atmosfera.
Os hidrógrafos são os profissionais que estudam a
hidrografia do planeta, analisam e catalogam as águas
navegáveis de todo o mundo, elaborando cartas e
mapas que mostram em detalhes a formação dos
canais, a profundidade das águas e a localização dos
canais, bancos de areia, correntes marítimas, etc
AS ÁGUAS E AS PAISAGENS TERRESTRES
As águas dos rios, lagos e oceanos atuam constantemente na
transformação das paisagens terrestres.
Rios: são cursos de água que drenam a água de um ponto mais
alto do relevo, onde está sua nascente.
Lagos: se formam em determinadas depressões da superfície
terrestre, podem ser naturais (existentes na natureza) ou
artificiais (construídos pelo homem).
Foz: última parte do rio, podendo desaguar em outro rio.
Leito: superfície do relevo que compõem o trajeto percorrido
pelo rio.
Margem: área localizada ao lado do rio, ou seja, margem direita
e margem esquerda.
Rio principal: rio com maior volume de água.
Cachoeiras e saltos: ocorrem devido a quedas verticais e
variações repentinas.
Nascente: local onde o rio inicia o seu curso.
Geleiras: são imensas massas de gelo perene formadas pelo
congelamento de águas doces, podendo ser encontradas nas
regiões polares e em ares montanhosas.
Afluente ou tributário: rio menor que deságua no rio
principal.
Drenagem do tipo exorreica, quando um rio nasce
no interior do continente e segue até desaguar no
mar. Já a drenagem do tipo endorreica é quando
um rio não atinge o mar, desembocando em um
lago, por exemplo. Esse curso de água pode ser
definido como o afloramento do lençol freático à
superfície, embora existam rios que são
concebidos a partir de derretimento de geleiras
ou provenientes das águas de lagos.
O estuário é uma zona alagada caracterizada como um
ambiente de transição, sendo o local onde o fluxo de
água dos rios encontra a água salgada do mar.
Em resumo, é a zona de transição entre o rio e o mar.
Os estuários correspondem a um ambiente salobro,
onde a água doce mistura-se com a água do mar. Essa
situação oferece condições únicas para o ambiente.
O estuário é sujeito a influência das marés, assim sofre
alterações constantes de temperatura e salinidade.
Uma outra característica importante é o fatos dos
estuários serem um dos ambientes mais produtivos do
planeta. Isso ocorre porque as águas carregam grande
quantidade de nutrientes e matéria orgânica.
Foz dos rios
A foz do rio é a região onde acaba o seu curso. Ela
pode ser dividida em dois tipos:
•Foz estuário: quando as águas dos rios desaguam
no mar ou oceano, através um único canal.
•Foz delta: quando as águas do rio desembocam no
mar ou oceano através de redes de canais.
BACIA AMAZÔNICA
Maior bacia hidrográfica do planeta.
Vertentes delimitadas pelos seguintes divisores de água: Cordilheira dos
Andes, Planalto Central e Planalto das Guianas.
Afluentes dos dois lados (norte e sul) permite a dupla captação das
cheias de verão.
Afluentes do Amazonas que nascem nos planaltos das Guianas e
Brasileiro possuem o maior potencial hidrelétrico disponível no Brasil.
Amazonas totalmente navegável.
Estando presente nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Roraima,
Rondônia, Mato Grosso e Pará.
Com 814 mil km² é a maior bacia fluvial
exclusivamente brasileira; nasce em Goiás.
Compartilha sua foz com a do rio Amazonas, não
sendo mais seu afluente.
No rio Tocantins está localizada a usina de Tucuruí, 2ª
maior hidrelétrica do Brasil.
BACIA DO SÃO FRANCISCO
Rio S. Francisco nasce na Serra da Canastra em MG,
segue rumo sul-norte.
Transporta grande volume de água pela região
semiárida.
Contribuição histórica, pois permitiu a fixação de
população ribeirinha e a criação de várias cidades.
Potencial hídrico aproveitado para irrigar os solos
férteis à sua margem. (Fruticultura)
Potencial hidrelétrico, explorado pelas usinas de
Sobradinho (BA), Três Marias(MG), Paulo Afonso (AL)
entre outras.
Afluentes temporários;
Transposição do Rio São Francisco
O Rio São Francisco é um dos rios mais importantes
do país, com mais de 2.000 km de trecho navegáveis.
A Transposição do Rio São Francisco é um projeto do
Governo Federal, que visa a criação de 600 km de canais
aproximadamente, com o intuito de abastecer diversas
regiões do nordeste do país que sofrem com o fenômeno da
seca.
Concebido em 1985, a obra do projeto está dividida em dois
grandes eixos para captação das águas: o Eixo Norte, na
cidade de Cabrobó e o Eixo Leste na cidade de Floresta.
O Bacia do Rio São Francisco tem uma enorme
importância econômica, social e cultural para a região,
uma vez que suas águas servem para abastecer e
fornecer energia para grande parte da população
circundante (cerca de 520 municípios), além de servir
de transporte e comunicação entre as cidades.
Vale lembrar que a Bacia do Rio São Francisco é formado
pelo Rio São Francisco e seus 158 afluentes, dos quais 90 são
rios perenes e 68 deles são rios temporários.
A transposição das águas do São Francisco é o maior
projeto de infraestrutura do Programa de Aceleração
do Crescimento (PAC), desenvolvido pelo presidente
Lula. Essa obra teve início em 2007, e visa a
construção de 720 mil metros de canais que irão
transferir de 1% a 3% das águas do São Francisco para
abastecer açudes e rios intermitentes (que
desaparecem nos períodos de seca) dos estados de
Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará.
A “faraônica” obra de engenharia terá dois eixos: um
levará água de Cabrobó (PE) até o sertão de
Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte. O
outro eixo proporcionará água para o sertão e o
agreste de Pernambuco e Paraíba, através de canais
construídos nas águas em Petrolina, Pernambuco.
Estima-se que serão gastos 7 bilhões de reais durante a
obra, que deverá ser finalizada em 2015. O governo
afirma que a transposição beneficiará mais de 12 milhões
de habitantes do semiárido nordestino, proporcionando
água para suprir as necessidades humanas e impulsionar
o desenvolvimento de atividades econômicas. No
entanto, muitos pesquisadores, inclusive o renomado
geógrafo Aziz Ab’Saber, afirmam que essa obra não
beneficiará esse número de pessoas, sendo os
pecuaristas os principais privilegiados com a
transposição do Velho Chico.
Características
A Bacia Platina é a segunda maior bacia hidrográfica do Brasil
(depois da Bacia Amazônica) e da América do Sul. Além
disso, é considerada uma das maiores bacias hidrográficas do
mundo em extensão e volume de água, com cerca de 3
milhões Km2, donde quase metade, cerca de 1,4 milhão Km2,
está localizada na região sul do território brasileiro.
Possui rios navegáveis com grande potencial hidrelétrico e
está localizada no sul da América do Sul. Além do Brasil, a
Bacia Platina está presente no Uruguai, Bolívia, Paraguai e
Argentina. Por isso, ela é um importante meio de
comunicação entre os países do Mercosul.
A principal usina hidrelétrica instalada na Bacia Platina
é a Usina Binacional de Itaipu no Rio Paraná, uma das
maiores do mundo, construída em parceria entre Brasil
e Paraguai. Além dela, muitas hidrelétricas fornecem
energia para as cidades circundantes, e muitos
trechos fluviais colaboram com a atividade econômica
pesqueira.
No entanto, é uma das bacias hidrográficas mais
ameaçadas do planeta devido a intensa atividade
humana, desde poluição dos rios, construção de
hidrovias, barragens, dentre outros.
BACIA DO PARANÁ
Drena porção Centro-Sul do país.
Rio principal: PARANÁ que nasce da confluência
entre o Paranaíba (MG/GO) e Grande (SP/MG).
Rio Paraná e seus afluentes da margem esquerda
são rios de planalto.
Alto potencial hidrelétrico ( maior produtora
hidrelétrica)
Navegabilidade é muito pequena devido à
topografia.
Necessidade de eclusas.
PRODUÇÃO HIDRELÉTRICA
BACIA DO PARANÁ
Maior potência instalada.
Infinidade de hidrelétricas:
1. Conjunto Urubupungá
2. Itaipu - Binacional
Custo.
Desastre ecológico
1-Complexo de Urubupunga é formado pelas usinas
de Jupiá, Ilha Solteira e Três Irmãos, que são banhadas
pelo Rio Paraná, operando com potência total de 4,6
milhões de quilowatts exercendo influência em área que se
estende pelos estados de São Paulo, Mato Grosso do
Sul, Minas Gerais e Goiás.
2-Itaipu é uma Usina Binacional, pois foi construída a partir
da Ata do Iguaçu, documento assinado em 22 de junho de
1966, por ministros do Brasil e do Paraguai, no qual os
dois países se comprometeram a estudar o
aproveitamento dos recursos hidráulicos presente entre os
dois países, que até então era motivo de disputa entre eles.
Itaipu
Porto Primavera
Marimbondo
Furnas
PRINCIPAIS USINAS HIDROELÉTRICAS
Integração dos estados MG, SP, MS, PR, SC
e GO;
Liga a região de Anhebi ( Sorocaba SP), até
Foz do Iguaçu.
Possibilita maior integração do Brasil com
os países do Mercosul.
HIDROVIA TIETÊ-PARANÁ
BACIA DO PARAGUAI
• Drena uma grande área de planície
• Países – Bolívia, Paraguai, Argentina e Brasil.
• O rio Paraguai nasce na chapada dos Perecis
(MT).
• Principais afluentes – rio Cuiabá, rio Taquarí e rio
Miranda.
• Principais atividades econômicas – pecuária
bovina, expansão da soja e escoamento do
manganês.
RIO DO URUGUAI
O rio Uruguai é formado pela junção dos rios Canoas
(SC) e Pelotas (RS);
Deságua no estuário da Prata;
Alto curso – pequena produção de hidroeletricidade.
Baixo curso – rizicultura de inundação (CULTIVO DE
ARROZ).
BACIAS HIDROGRÁFICAS DO RS
3 grandes bacias hidrográficas: a Bacia do Uruguai,
a qual faz parte da Bacia do Rio da Prata e abrange
cerca de 57% da área total do Estado;
a bacia do Guaíba com 30% do total
apresenta áreas de grande concentração industrial e
urbana
Bacia Litorânea com 13% do total
Problemas Ambientais na bacia do
rio Uruguai
Despejo de efluentes domésticos sem tratamento
Despejo de efluentes agroindústrias
Atividades mineradoras
Assoreamento dos rios
Contaminação do solo
Processo intenso de arenização.
Problemas ambientais na Bacia
do Guaíba
Despejo de efluentes domésticos e industriais.
Poluição do ar por fontes fixas.
Ocupação urbana em áreas de risco
Transporte de cargas perigosas.
Problemas ambientais na Bacia
litorânea
Despejo de efluentes no mar e em lagoas;
Manejo inadequado de resíduos sólidos urbanos e
industrias;
Ocupação urbana e atividades mineradora de areia
Contaminação de agrotóxicos e insumos tóxicos