SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 15
Orbitais moleculares
A teoria dos orbitais moleculares (TOM) 
surgiu como mais uma ferramenta para 
explicar a formação das ligações químicas, 
assim como, teoria da ligação de valência, 
hibridização. Porém tem suas bases 
amparadas pelas funções de ondas advindas 
da mecânica quântica a qual ofereceu todo o 
respaldo para essa teoria.
Na verdade a TOM, simplesmente explica 
a existência do orbital na molécula, 
quando os orbitais atômicos (Aos) se 
unem eles desaparecem completamente 
originando 2 orbitais moleculares, o que 
da o direito a esta molécula de possuir 
uma nova configuração eletrônica. 
Um orbital é um lugar do espaço onde 
é provável que o elétron seja 
encontrado, sem dúvida esta é boa nova 
que nos trouxe a mecânica quântica, 
promovendo a combinação matemática 
das funções de onda dos AOs e como 
resultado obtém-se as novas funções de 
onda denominadas orbitais moleculares 
(MOs).
Na verdade a TOM, simplesmente explica a 
existência do orbital na molécula, quando os 
orbitais atômicos (Aos) se unem eles 
desaparecem completamente originando 2 
orbitais moleculares, o que da o direito a esta 
molécula de possuir uma nova configuração 
eletrônica. Um orbital é um lugar do espaço 
onde é provável que o elétron seja 
encontrado, sem dúvida esta é boa nova 
que nos trouxe a mecânica quântica, 
promovendo a combinação matemática das 
funções de onda dos AOs e como resultado 
obtém-se as novas funções de onda 
denominadas orbitais moleculares (MOs).
OM Ler como Caráter Funções Origem 
σ Sigma Ligante Adição Combinação 
de orbitais 
1s e 2px 
σ* Sigma 
asterisco 
Antiligante Subtração Combinação 
de orbitais 
1s e 2px 
π Pi Ligante Adição Combinação 
de orbitais 
2py e 2pz 
π* Pi asterisco Antiligante Subtração Combinação 
de orbitais 
2py e 2pz
As figuras acima são representações dos orbitais 
moleculares formados a partir da sobreposição dos orbitais 
atômicos e demonstram que no momento em que ocorre a 
combinação são originados outros 2 orbitais moleculares. 
O OM antiligante é originado da função de onda de 
subtração e este desestabiliza a ligação em virtude de 
possuir maior energia e menor densidade eletrônica em 
seu núcleo, do que o orbital ligante que originado da função 
de onda adição possui energia e elevada densidade 
eletrônica promovendo a ligação. 
É importante lembrar que essas representações fazem 
alusão às moléculas homonucleares, e toda vez que 
ocorrer a combinação de 2 AOs serão originados 2 OMs, 
sendo um ligante e outro antiligante. E evidentemente as 
figuras acima representam as energias relativas, e são 
repetidos propositalmente para mostrar que as 
sobreposições py-py e pz-pz são iguais, com difrença 
somente na orientação, acima de tudo mantendo a mesma 
energia.
Após a combinação o AOs deixam de existir 
tornando-se OMs, e por conseguinte os orbitais 
resultantes devem ser preenchido por spins da 
mesma maneira, que preenchemos orbitais aos quais 
estamos habituados, seguindo procedimento de 
Aufbau que orienta a distribuir por sequência e não 
aos pares em cada orbital. 
A TOM é uma das teorias que mais obteve sucesso 
na explicação das ligações químicas, sendo ela quem 
provou que a molécula de oxigênio é paramagnética, 
em virtude de possuir dois elétrons desemparelhados 
nos orbitais antiligantes. 
Outro aspecto importante nesta teoria reside na 
definição de ordem de ligação, que leva em conta o 
preenchimento do orbital σs*, que possuindo caráter 
antiligante impede a formação da molécula, em 
função de possuir energia maior do que σs ligante, 
anulando a força de atração entre os átomos. É 
definida pela equação abaixo:
Ordem de Ligação= (elétrons ligantes – 
elétrons antiligantes) / 2 
Para melhor compreensão vamos utilizar a 
molécula de Neônio e Oxigênio: 
Ne: KK (σ)2 (σ*)² ( σ)² ( π)² ( π)² ( π*)² 
2ss 
xyzy( π*)² ( σ*)² 
zxComo: O.L= (e – e*)/2 
Logo: O.L.= (8 - 8)/2 = 0 
Como a ordem de ligação é zero não existe 
ligação, evidentemente a molécula de neônio 
não existe, é utilizada somente como uma 
molécula hipotética. O que já muda 
completamente no caso do oxigênio. 
O: KK (σ)2 (σ*)² ( σ)² ( π)² ( π)² ( π*)¹ 
2ss 
xyzy( πz*)¹ 
O.L.= (8 - 4)/2 = 2
Como a ordem de ligação é igual a 2 para o oxigênio, ele 
existe. O maior sucesso da teoria dos orbitais moleculares 
foi quando provou que esta é paramagnética, ou seja, ela é 
influenciada fortemente pela energia eletromagnética. 
Quando este é submetido a um campo magnético ele é 
atraído como se fosse um metal sendo atraído por ímã, 
porém em menor intensidade. 
Quando um MO ligante é ocupado pelos elétrons ele 
contribui para a estabilidade da molécula, porém quando o 
MO antiligante está ocupado ele contribui 
significativamente para que esta seja desestabilizada ou 
não exista. Para saber se uma molécula existe ou se é 
paramagnética basta utilizar o diagrama de população, e 
aplicar a equação de O.L. Para as moléculas 
heteronuclares (formadas por átomos difrentes utiliza-se a 
mesma idéia do TOM, por que no mais elas acabam por ter 
a mesma configuração das moléculas 
homonucleares(formadas por átomos iguais), assim como 
a configuração do CO2 é igual a do N2.
Bibliografia: 
Russel, J. B. Química geral. São Paulo: Makron Books, 2004. 
James Brady, Humiston Gerard E. QUÍMICA GERAL - 2ª EDIÇÃO. 
Mahan, B. M. Química: um curso universitário. 4a ed. São Paulo: 
Edgard Blücher, 2003. 
SHRIVER, DUWARD; ATKINS, PETER. Química inorgânica - 4ª 
edição. Porto Alegre, Bookman, 2008. 
LEE, J.D.. Química inorgânica não tão concisa – tradução da 4ª 
edição inglesa. São Paulo, Edgard Blücher, 1996.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Solubilidade e Miscibilidade - Relatório
Solubilidade e Miscibilidade - RelatórioSolubilidade e Miscibilidade - Relatório
Solubilidade e Miscibilidade - RelatórioGabriela Begalli
 
Relatório densidade picnómetro
Relatório densidade picnómetroRelatório densidade picnómetro
Relatório densidade picnómetroct-esma
 
Equilíbrio de fases em sistema simples (1)
Equilíbrio de fases em sistema simples (1)Equilíbrio de fases em sistema simples (1)
Equilíbrio de fases em sistema simples (1)Raineldes Cruz
 
Relatório - Volumetria de Complexação: determinação de dureza da água.
Relatório - Volumetria de Complexação: determinação de dureza da água.Relatório - Volumetria de Complexação: determinação de dureza da água.
Relatório - Volumetria de Complexação: determinação de dureza da água.Dhion Meyg Fernandes
 
Relatório física experimental 1 associação de molas
Relatório física experimental 1 associação de molasRelatório física experimental 1 associação de molas
Relatório física experimental 1 associação de molasleomartins10
 
Relatório de física resistência e resistividade
Relatório de física   resistência e resistividadeRelatório de física   resistência e resistividade
Relatório de física resistência e resistividadeVictor Said
 
Gráfico de mudança de estado físico
Gráfico de mudança de estado físicoGráfico de mudança de estado físico
Gráfico de mudança de estado físicocarine bonifacio
 
Padronização de HCl e teor de NaOH
Padronização de HCl e teor de NaOHPadronização de HCl e teor de NaOH
Padronização de HCl e teor de NaOHRodrigo Henrique
 
Solubilidade e Miscibilidade
Solubilidade e MiscibilidadeSolubilidade e Miscibilidade
Solubilidade e MiscibilidadeAlex Junior
 
Teorema de Nernst - terceira lei da termodinâmica
Teorema de Nernst - terceira lei da termodinâmicaTeorema de Nernst - terceira lei da termodinâmica
Teorema de Nernst - terceira lei da termodinâmicaVictor Said
 
Preparação e propriedades da solução tampão.
Preparação e propriedades da solução tampão.Preparação e propriedades da solução tampão.
Preparação e propriedades da solução tampão.Paulo George
 

Mais procurados (20)

Solubilidade e Miscibilidade - Relatório
Solubilidade e Miscibilidade - RelatórioSolubilidade e Miscibilidade - Relatório
Solubilidade e Miscibilidade - Relatório
 
Relatório densidade picnómetro
Relatório densidade picnómetroRelatório densidade picnómetro
Relatório densidade picnómetro
 
Eletroquímica
EletroquímicaEletroquímica
Eletroquímica
 
Equilíbrio de fases em sistema simples (1)
Equilíbrio de fases em sistema simples (1)Equilíbrio de fases em sistema simples (1)
Equilíbrio de fases em sistema simples (1)
 
Aula hibridização do carbono
Aula hibridização do carbonoAula hibridização do carbono
Aula hibridização do carbono
 
Relatório - Volumetria de Complexação: determinação de dureza da água.
Relatório - Volumetria de Complexação: determinação de dureza da água.Relatório - Volumetria de Complexação: determinação de dureza da água.
Relatório - Volumetria de Complexação: determinação de dureza da água.
 
Relatório física experimental 1 associação de molas
Relatório física experimental 1 associação de molasRelatório física experimental 1 associação de molas
Relatório física experimental 1 associação de molas
 
Relatório de física resistência e resistividade
Relatório de física   resistência e resistividadeRelatório de física   resistência e resistividade
Relatório de física resistência e resistividade
 
Slides_-_Aula_7.pdf
Slides_-_Aula_7.pdfSlides_-_Aula_7.pdf
Slides_-_Aula_7.pdf
 
126
126126
126
 
Gráfico de mudança de estado físico
Gráfico de mudança de estado físicoGráfico de mudança de estado físico
Gráfico de mudança de estado físico
 
Relatório 1
Relatório 1Relatório 1
Relatório 1
 
Dipolo
DipoloDipolo
Dipolo
 
Padronização de HCl e teor de NaOH
Padronização de HCl e teor de NaOHPadronização de HCl e teor de NaOH
Padronização de HCl e teor de NaOH
 
Reações com carbonatos e bicarbonatos
Reações com carbonatos e bicarbonatosReações com carbonatos e bicarbonatos
Reações com carbonatos e bicarbonatos
 
Solubilidade e Miscibilidade
Solubilidade e MiscibilidadeSolubilidade e Miscibilidade
Solubilidade e Miscibilidade
 
Hidrostática reforço
Hidrostática   reforçoHidrostática   reforço
Hidrostática reforço
 
Lista 4
Lista 4Lista 4
Lista 4
 
Teorema de Nernst - terceira lei da termodinâmica
Teorema de Nernst - terceira lei da termodinâmicaTeorema de Nernst - terceira lei da termodinâmica
Teorema de Nernst - terceira lei da termodinâmica
 
Preparação e propriedades da solução tampão.
Preparação e propriedades da solução tampão.Preparação e propriedades da solução tampão.
Preparação e propriedades da solução tampão.
 

Semelhante a Teoria dos orbitais moleculares

Semelhante a Teoria dos orbitais moleculares (20)

Tomolecular
TomolecularTomolecular
Tomolecular
 
Aula - Ligação Química
Aula - Ligação QuímicaAula - Ligação Química
Aula - Ligação Química
 
Ligações químicas
Ligações químicasLigações químicas
Ligações químicas
 
Aula 08 química geral
Aula 08 química geralAula 08 química geral
Aula 08 química geral
 
Eco 09
Eco 09Eco 09
Eco 09
 
Ligacoes quimicas
Ligacoes quimicasLigacoes quimicas
Ligacoes quimicas
 
Trabalho
TrabalhoTrabalho
Trabalho
 
Dificuldade de aprender l g
Dificuldade  de aprender l gDificuldade  de aprender l g
Dificuldade de aprender l g
 
QUÍMICA ORGÂNICA TEÓRICA
QUÍMICA ORGÂNICA TEÓRICAQUÍMICA ORGÂNICA TEÓRICA
QUÍMICA ORGÂNICA TEÓRICA
 
Fisica das radiações: Estrutura Atòmica.
Fisica das radiações: Estrutura Atòmica.Fisica das radiações: Estrutura Atòmica.
Fisica das radiações: Estrutura Atòmica.
 
Ligações químicas
Ligações químicasLigações químicas
Ligações químicas
 
Ar at a12_jr_web_180510
Ar at a12_jr_web_180510Ar at a12_jr_web_180510
Ar at a12_jr_web_180510
 
239
239239
239
 
2012 cap01 estrutura e ligação
2012 cap01  estrutura e ligação2012 cap01  estrutura e ligação
2012 cap01 estrutura e ligação
 
Aula i fbaiano_ligações químicas
Aula i fbaiano_ligações químicasAula i fbaiano_ligações químicas
Aula i fbaiano_ligações químicas
 
Estrutura atômica
Estrutura atômicaEstrutura atômica
Estrutura atômica
 
sebenta-quimica-geral-fful.pdf
sebenta-quimica-geral-fful.pdfsebenta-quimica-geral-fful.pdf
sebenta-quimica-geral-fful.pdf
 
Propriedades físicas dos compostos orgânicos
Propriedades físicas dos compostos orgânicosPropriedades físicas dos compostos orgânicos
Propriedades físicas dos compostos orgânicos
 
Unidade 01 Teoria Estrutural
Unidade 01   Teoria EstruturalUnidade 01   Teoria Estrutural
Unidade 01 Teoria Estrutural
 
Modelo atomico
Modelo atomicoModelo atomico
Modelo atomico
 

Último

Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveaulasgege
 
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdfDIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdfIedaGoethe
 
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGISPrática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGISVitor Vieira Vasconcelos
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasCassio Meira Jr.
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Mary Alvarenga
 
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresaulasgege
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresLilianPiola
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOColégio Santa Teresinha
 
Aula 1, 2 Bacterias Características e Morfologia.pptx
Aula 1, 2  Bacterias Características e Morfologia.pptxAula 1, 2  Bacterias Características e Morfologia.pptx
Aula 1, 2 Bacterias Características e Morfologia.pptxpamelacastro71
 
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANOInvestimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANOMarcosViniciusLemesL
 
trabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduratrabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduraAdryan Luiz
 
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024Sandra Pratas
 
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfBRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfHenrique Pontes
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxIsabellaGomes58
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasRosalina Simão Nunes
 
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxA experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxfabiolalopesmartins1
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxOsnilReis1
 
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024Sandra Pratas
 

Último (20)

Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
 
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdfDIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
 
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGISPrática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
 
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
 
Aula 1, 2 Bacterias Características e Morfologia.pptx
Aula 1, 2  Bacterias Características e Morfologia.pptxAula 1, 2  Bacterias Características e Morfologia.pptx
Aula 1, 2 Bacterias Características e Morfologia.pptx
 
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
 
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANOInvestimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
 
trabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduratrabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditadura
 
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
 
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfBRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
 
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxA experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
 
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
 

Teoria dos orbitais moleculares

  • 2. A teoria dos orbitais moleculares (TOM) surgiu como mais uma ferramenta para explicar a formação das ligações químicas, assim como, teoria da ligação de valência, hibridização. Porém tem suas bases amparadas pelas funções de ondas advindas da mecânica quântica a qual ofereceu todo o respaldo para essa teoria.
  • 3. Na verdade a TOM, simplesmente explica a existência do orbital na molécula, quando os orbitais atômicos (Aos) se unem eles desaparecem completamente originando 2 orbitais moleculares, o que da o direito a esta molécula de possuir uma nova configuração eletrônica. Um orbital é um lugar do espaço onde é provável que o elétron seja encontrado, sem dúvida esta é boa nova que nos trouxe a mecânica quântica, promovendo a combinação matemática das funções de onda dos AOs e como resultado obtém-se as novas funções de onda denominadas orbitais moleculares (MOs).
  • 4. Na verdade a TOM, simplesmente explica a existência do orbital na molécula, quando os orbitais atômicos (Aos) se unem eles desaparecem completamente originando 2 orbitais moleculares, o que da o direito a esta molécula de possuir uma nova configuração eletrônica. Um orbital é um lugar do espaço onde é provável que o elétron seja encontrado, sem dúvida esta é boa nova que nos trouxe a mecânica quântica, promovendo a combinação matemática das funções de onda dos AOs e como resultado obtém-se as novas funções de onda denominadas orbitais moleculares (MOs).
  • 5. OM Ler como Caráter Funções Origem σ Sigma Ligante Adição Combinação de orbitais 1s e 2px σ* Sigma asterisco Antiligante Subtração Combinação de orbitais 1s e 2px π Pi Ligante Adição Combinação de orbitais 2py e 2pz π* Pi asterisco Antiligante Subtração Combinação de orbitais 2py e 2pz
  • 6.
  • 7.
  • 8.
  • 9.
  • 10. As figuras acima são representações dos orbitais moleculares formados a partir da sobreposição dos orbitais atômicos e demonstram que no momento em que ocorre a combinação são originados outros 2 orbitais moleculares. O OM antiligante é originado da função de onda de subtração e este desestabiliza a ligação em virtude de possuir maior energia e menor densidade eletrônica em seu núcleo, do que o orbital ligante que originado da função de onda adição possui energia e elevada densidade eletrônica promovendo a ligação. É importante lembrar que essas representações fazem alusão às moléculas homonucleares, e toda vez que ocorrer a combinação de 2 AOs serão originados 2 OMs, sendo um ligante e outro antiligante. E evidentemente as figuras acima representam as energias relativas, e são repetidos propositalmente para mostrar que as sobreposições py-py e pz-pz são iguais, com difrença somente na orientação, acima de tudo mantendo a mesma energia.
  • 11. Após a combinação o AOs deixam de existir tornando-se OMs, e por conseguinte os orbitais resultantes devem ser preenchido por spins da mesma maneira, que preenchemos orbitais aos quais estamos habituados, seguindo procedimento de Aufbau que orienta a distribuir por sequência e não aos pares em cada orbital. A TOM é uma das teorias que mais obteve sucesso na explicação das ligações químicas, sendo ela quem provou que a molécula de oxigênio é paramagnética, em virtude de possuir dois elétrons desemparelhados nos orbitais antiligantes. Outro aspecto importante nesta teoria reside na definição de ordem de ligação, que leva em conta o preenchimento do orbital σs*, que possuindo caráter antiligante impede a formação da molécula, em função de possuir energia maior do que σs ligante, anulando a força de atração entre os átomos. É definida pela equação abaixo:
  • 12. Ordem de Ligação= (elétrons ligantes – elétrons antiligantes) / 2 Para melhor compreensão vamos utilizar a molécula de Neônio e Oxigênio: Ne: KK (σ)2 (σ*)² ( σ)² ( π)² ( π)² ( π*)² 2ss xyzy( π*)² ( σ*)² zxComo: O.L= (e – e*)/2 Logo: O.L.= (8 - 8)/2 = 0 Como a ordem de ligação é zero não existe ligação, evidentemente a molécula de neônio não existe, é utilizada somente como uma molécula hipotética. O que já muda completamente no caso do oxigênio. O: KK (σ)2 (σ*)² ( σ)² ( π)² ( π)² ( π*)¹ 2ss xyzy( πz*)¹ O.L.= (8 - 4)/2 = 2
  • 13. Como a ordem de ligação é igual a 2 para o oxigênio, ele existe. O maior sucesso da teoria dos orbitais moleculares foi quando provou que esta é paramagnética, ou seja, ela é influenciada fortemente pela energia eletromagnética. Quando este é submetido a um campo magnético ele é atraído como se fosse um metal sendo atraído por ímã, porém em menor intensidade. Quando um MO ligante é ocupado pelos elétrons ele contribui para a estabilidade da molécula, porém quando o MO antiligante está ocupado ele contribui significativamente para que esta seja desestabilizada ou não exista. Para saber se uma molécula existe ou se é paramagnética basta utilizar o diagrama de população, e aplicar a equação de O.L. Para as moléculas heteronuclares (formadas por átomos difrentes utiliza-se a mesma idéia do TOM, por que no mais elas acabam por ter a mesma configuração das moléculas homonucleares(formadas por átomos iguais), assim como a configuração do CO2 é igual a do N2.
  • 14.
  • 15. Bibliografia: Russel, J. B. Química geral. São Paulo: Makron Books, 2004. James Brady, Humiston Gerard E. QUÍMICA GERAL - 2ª EDIÇÃO. Mahan, B. M. Química: um curso universitário. 4a ed. São Paulo: Edgard Blücher, 2003. SHRIVER, DUWARD; ATKINS, PETER. Química inorgânica - 4ª edição. Porto Alegre, Bookman, 2008. LEE, J.D.. Química inorgânica não tão concisa – tradução da 4ª edição inglesa. São Paulo, Edgard Blücher, 1996.