Este documento discute vários modelos de comunicação, incluindo: (1) o modelo linear de Lasswell que descreve os elementos do processo de comunicação; (2) o modelo linear de Shannon e Weaver sobre transmissão de informação através de um canal; e (3) o modelo circular interpessoal de Schramm que inclui feedback.
2. Todos os est dos rel ti os à comunicação enquanto enómeno, oram
in luenciados directa ou indirectamente por Harold Lasswel, quando publicou em1948
um trabal o onde di idia o enómeno da comunicação em cinco partes undamentais,
representando cada uma das partes um elemento do modelo que veio a constituir-se num
campo autónomo de estudos especiali ados.
Orientação seguida pelos investigadores americanos:
Uns com preocupações relativas às ci ncias humanas partem das questões postas por
Lassw l, que constituem o undamento dos principais estudos contemporâneos;
Outros, com preocupações mais t cnicas e cientí icas, baseiam-se na teoria matemática
da in ormação de annon (teoria linear).
O modelo de harol Lassw l, pretendia na prática o acto de comunicar, oi de
!
desenvolvido nos anos trinta numa primeira versão, tendo com preocupação a
construção de um paradigma para a análise sociopolítica, explica claramente que para se
descrever um acto de comunicação, é responder às seguintes perguntas:
1. Quem?
2. Di o quê?
3. Através de que canal?
4. Com que e eito?
Quem? Diz o quê?
#
Por que canal? A quem? Com que e eito?
(Estudo sobre Análise de (Análise dos (Análise da (Análise dos
o controlo) Conteúdo
#
média) audiência ) e eitos )
Fórmula de Lasswell com os correspondentes campos na investigação no domínio da comunicação
Processos sobre a comunicação de massas:
a) Esses processos são estritamente assimétricos, com um emissor activo que
produz um estímulo a uma massa passiva de destinatários que, ao ser atingida pelo
estímulo,reage;
b) A comunicação é intencional e tem por objectivo obter um determinado e eito.
Os únicos e eitos que tal modelo torna pertinentes são os que podem ser observados,
isto é, os que podem ser associados a uma modi icação, a uma mudança de
comportamentos, atitudes e opiniões.
c) Os papéis do comunicador e destinatário surgem isolados. Os e eitos dizem
respeito a destinatários isolados.
Esta decomposição em cinco part s do enómeno da comunicação constituiu um
meio de análise importante, dando lugar a vários modelos lineares. Este modelo teve o
3. inconveniente de ter suscitado várias abordagens importantes e decisivas, mas que não
tinham ligação entre si e impediam a construção de uma síntese coerente do modelo, no
seu todo. Assim, na lógica do «quem» surgiram uma imensidão de estudos a tratar a
problemática da produção e controlo do acto de comunicar; o segundo elemento, «diz o
quê», proporcionou um apro undamento do estudo do conteúdo das mensagens. «Por que
canal», originou o aparecimento dos primeiros estudos sobre os media ( a rádio, a
imprensa escrita, o cinema, a televisão ).
O quarto elemento, a quem», dedicou-se ao estudo das audiências (estudos de
mercado, estudos de opinião, as sondagens, público-alvo, análise de um auditório ). O
último elemento, com que e eito», pretende explicar e compreender o impacto dos
media no grande público (a análise dos e eitos).
Modelo de Shannon e Weaver
Fonte de Informação
Destino
Mensagem
Sinal
capturado
Sinal Mensagem
Transmissor Canal Receptor
Fonte de ruído
Modelo Linear de comunicação de Shannon e Weaver, 1949
Quase ao mesmo tempo que Lasswel apresentava o seu modelo que procurava
explicar como se desenvolvia o processo de comunicação que oram in luenciar os
estudos da comunicação nas ciências humanas, Bell apresentava uma teoria que
4. permitia medir cienti icamente a in ormação. Essa teoria, em que apalavra in ormação é
usada apenas em sentido técnico, (em que uma mensagem carregada de sentido, é o
mesmo que uma mensagem sem sentido ou mesmo incoerente) alargada por Weaver a
outros campos de aplicação que se exprimem através de um esquema grá ico linear
linear de seis elementos. Este modelo, inspirou vários estudiosos, o que aconteceu
também com as cinco interrogações de Lasswel.
A comunicação é apresentada como um processo linear de sentido único em que
os pólos de inem uma origem e um im). O modelo re ere seis unções cinco a executar
e regista um actor dis uncional, o ruído.
Em 1º lugar est a fonte de informação, que produz uma mensagem ou uma
$
cadeia de mensagens a comunicar. No passo seguinte a mensagem é trans ormada em
sinais por 1 transmissor, enviados ao receptor de um canal.
Com estes autores, aparece um novo termo: o ruído., que é algo que é
acrescentado ao sinal, entre a sua transmissão e a sua recepção e que não é pretendido
pela onte. Inicialmente situado no quadro técnico do canal (podendo ser uma distorção
do som, inter erências nas linhas tele ónicas, ³neve ou chuva´ na televisão e obstáculos
vários..), oi alargado por Weaver ao nível semântico pelos problemas da interpretação
do signi icado pretendido numa mensagem. O autor sugere que se adicione ao esquema
base deste modelo um codi icador e um descodificador semântico.
O destino indica o ponto de chegada da mensagem, podendo o destinatário ser
uma pessoa, uma coisa ou um a máquina.
Foi deste modo que a chamada Teoria Matemática da Comunicação, desempenhou um
papel importante na dinâmica de trans erência e de transposição de modelos cientí icos
próprios das ciências exactas. Apoiada nas máquinas de comunicar saídas da guerra, a
noção de in ormação, adquire o estatuto de símbolo calculável, embora não se livrassem
de críticas, não só por terem negligenciado a componente semântica das mensagens,
mas também por não terem levado em conta a interacção com o receptor, e o papel das
redes de comunicação.
No entanto independentemente das críticas, os investigadores, Shannon e Weaver,
o seu modelo analítico é uma presença constante, nos estudos de comunicação, o que se
ica a dever à sua mais aplicação diversi icada.
Modelos Ci ernéti os
5. Na primeira metade do século XX, com a Teoria dos Sistemas de Bertalan y,
nasce um novo paradigma com re erência externa para um outro auto-organizativo. Essa
ideia esteve no centro das discussões das Con erências Macy em Nova York, onde um
grupo de cientistas liderado por Norbet Wiener oriundo de di erentes campos do
conhecimento se reuniu para pensar numa ciência uni icada da mente. Nasceu assim a
Cibernética, cujos estudos oram undamentais para o sucesso de um novo paradigma
centrado no processo e não na substância.
Os modelos cibernéticos são todos aqueles que integram a retroacção ou feedback
como elemento regulador da circulação da in ormação, tendo o campo da cibernética
sido desenvolvidos por Norbert Wiener, sendo considerado por este como uma área
interdisciplinar, abrangendo todo o campo da teoria do controlo e comunicação, na
máquina ou no animal.
A concepção de comunicação é portadora de um conjunto de conhecimentos que a
cibernética acultou ao conjunto das ciências, principalmente o conceito de retroacção
assim como outros conceitos também importantes, tais como redundância ruído e
entropia. (Feixo, 2006).
Modelo de Comuni ação Interpessoal
MENSAGEM
Barreiras
Emissor Semânticas Receptor
Físicas
Perceptivas
Culturais
RETROACÇÃO
Processo de comunicação interpessoal
Os modelos que se enquadram neste contexto de comunicação, traduzem uma
comunicação numa situação de interacção ace - a ± ace, consistindo em eventos de
comunicação oral e directa. (idem, 2006).
6. Modelo de comunicação Interpessoal de Schramm
O modelo de comunicação interpessoal de Wilbur Schramm trouxe não só
alterações aos modelos lineares, mas também lhe introduziu precisões suplementares.
Con orme re ere Denis McQuail, o modelo linear de comunicação de ine e separa os
papéis do emissor e do receptor, sendo por vezes criticado.
Para Schramm o processo de comunicação é interminável, é como se nós ossemos
pequenas centrais tele ónicas recebendo e reencaminhando a corrente interminável de
in ormação.
Modelo de Schramm
Experiência Experiência
Fonte Codificação SINAL Descodificação Destin
%
O modelo de Schramm az a transição dos modelos lineares para os modelos cibernéticos, onde já se
constata a presença da retroacção.
7. A noção de Feedback apareceu pela primeira vez num modelo de comunicação,
deixando de ser puramente linear, segundo Jean Cloutier o círculo é echado, o emissor
e receptor são semelhantes, e Schramm apresenta os seus elementos constitutivos,
capazes de codi icar e descodi icar, sendo capazes de interpretar as mensagens e
emitirem-nas depois de as terem recebido, tratando-se portanto da mesma operação.
(Freixo, p.350).
Segundo Denis Mcquail tanto, tanto Shannon como Weaver, azem a distinção entre
onte e emissor e entre receptor e destinatário, sendo executadas duas unções relativas à
transmissão e outras duas relativas à recepção, o que acontece praticamente da mesma
orma no modelo de Schramm, embota não sejam re eridos os emissores e receptores,
ou seja as partes actuantes são representadas como iguais, realizando funções
semelhantes. Gra icamente Schramm chega à noção de transceiver idêntica à de Emerc
(segundo cloutier).
No caso do modelo circular de Jean Cloutier, a palavra EMEREC na sua obra ³A
era de EMEREC ou a Comunicação áudio-scripto-visual na hora dos self-media´,
signi ica indivíduo, o qual recebe e emite in ormação.
Na igura que representa o modelo de comunicação interpessoal, a noção de
eedback é igual á de reacção, porque quando um receptor recebe um a mensagem ele
vai dar a resposta ou não em unção da codi icação da própria mensagem, havendo
também um emissor que vai corrigir a mensagem no momento em a que emite,
existindo também uma espécie de eedback que provém da comunicação não verbal
(gestos, postura corporal, in lexão de voz, mímica etc..).
Podemos em resumo concluir (segundo, Denis Mcquail e Sven Windahh) que se o
modelo de Shannon é linear, o de Osgood- ± Schramm é sem dúvida circular.
Existe outra di erença, é que enquanto Shannon se dirige principalmente aos
canais mediadores entre emissores e receptores, enquanto Schramm e osgood na
discussão no comportamento dos principais actores do processo de comunicação;
existindo no entanto semelhanças entre as duas abordagens (Freixo, p.351).
8. A emergência desta abordagem signi icou uma ruptura com a imagem linear de
sentido único de comunicação, sendo o modelo útil para a comunicação interpessoal
mas menos adequado para situações sem ou pouco feedback, como é o caso da
comunicação de massas, sendo mais tarde adaptado a esse tipo de comunicação (idem,
2006).
Modelo de Comunicação Interpessoal
Mensagem
Codificação Codificação
Interpretação Interpretação
Descodificaçã Descodificaçã
Mensagem
Modelo de comunicação interpessoal onde já está presente a noção de eedback
9. Modelo Cibernético de Comunicação
Modelo cibernético de JEAN Cloutier
Modelo Circular de Jean Cloutier
No caso do modelo circular de Jean Cloutier, a palavra EMEREC na sua obra ³A
era de EMEREC ou a Comunicação áudio-scripto-visual na hora dos self-media´,
significa indivíduo, (conforme di Bento D, da Silva) indivíduo esse que recebe e emite
informação, situando-se em cada um dos pólos da comunicação, ou em ambos.
Segundo Cloutier o esquema de Emerec não é estático e varia continuamente
segundo os tipos de comunicação estabelecida, não é linear, mas concêntrico, visto que
o seu ponto de partida é sempre o ponto de chegada, sendo o feedback inerente ao ciclo
de informação.
O esquema da Era de Emerec é dinâmico e concêntrico, contendo três elementos
gráficos:
Emerec, significa a pessoa que recebe e emite informação, o que significa
personificar o carácter de emissor e de receptor de cada homem, podendo os esquemas
ser encarados a partir de cada Emerec.
10. As noções de Linguagem e de Mensagem, são indissociáveis, e a linguagem
permite encarnar uma mensagem, sendo esta simbolizada pelo contorno do losango,
enquanto a mensagem é representada por toda a super ície do losango.
A segunda parte da Era de Emerec, é consagrada ao estudo das linguagens, tornando-se
compreensível a distinção entre a mensagem emitida e recebida, estando só completa
quando é compreendida por outro medium.
O Medium existe à imagem e semelhança de Emerec, sendo um intermediário que
transporta as mensagens no espaço e no tempo, representando a orma grá ica a
capacidade de receber mensagens, sendo a entrada ou input, e a saída o output, sendo
muito semelhante a qualquer modelo de comunicação. (idem, 2006)
Modelos de Comunicação de Massas
Os modelos de comunicação de massas oram incluídos nos modelos de base
cibernética, pelo acto de os actuais meios de comunicação de massas, se inspirarem
nos princípios da retroacção enquanto elemento regulador da sua boa aceitação junto
dos seus públicos; havendo diversos meios de veri icar essa situação (estudos de
opinião, sondagens, índice de audiências etc.
O modelo apresentado pelo investigador George Gerbner, segundo Denis
McQuail e Sven Windahl tem o poder de ³apresentar ormas di erentes em unção do
tipo de situação de comunicação que descreve (Freixo, p.355).
Modelo geral de comunicação de Gerbner
Este modelo apresenta di erentes ormas em unção do tipo de situação de
comunicação que descreve. Os seus elementos podem ser utilizados como blocos de
construção, possibilitando descrever processos de comunicação simples ou complexos,
como uma produção de mensagens e uma percepção de mensagens e acontecimentos a
comunicar.
11. O modelo de Gerbner pode ser utili ado para diversos fins, como, descrever a
comunicação mista entre humanos e máquinas. É também utili ado para diferenciar
áreas de investigação e construção teórica. Tal como Lasswell com a sua fórmula,
Gerbner usou o seu modelo para ilustrar e explicar os principais procedimentos de
análise de conteúdo; O carácter flexível deste modelo confere-lhe utilidade em
diferentes níveis.
Modelo de comunicação de Gerbner
M
Evento com recibo Evento
E1
chuva E
Declaração como recebida
Condensação
de Humidade
no ar
Fonte
Destinatário
Voz
Meio Declaração
Sobre o evento
M
S E
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Seq ê c a
3 0 2 «Es á a
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Linguís ica ch v e »
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«Está a '
(forma c eú
chover»
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c
Modelo de Comunicação de Gerbner, transmitindo uma sequência de comunicação
O Modelo Comunicacional proposto por Gerbner, é baseado em de tópicos
essenciais, ou melhor, de atitudes relacionadas como processo comunicativo:
1. Alguém
12. 2. Percebe um evento
3. E reage
4. Numa situação
5. Com determinado signi icado
6. Para produzir e disponibilizar materiais
7. Com determinada orma
8. E contexto
9. Carregando conteúdo
10. Com alguma consequência
É de re erir que a representação verbal do modelo não visualiza todos os
componentes da ormulação verbal, este pode ser ilustrado gra icamente de várias
maneiras.
Todos os componentes, (Segundo Gerbner) para compreender os processos de
produção de mensagens e os processos de recebê-los, e da relação entre transmissão e
recepção, tem sido explicada como um modelo a ser equipado com partes podendo ser
explicadas di erentes situações com di erentes graus de complexidade. Toda e qualquer
trans ormação de uma mensagem envolve uma nova percepção, e uma nova mensagem
consiste em dois elementos estrutura e conteúdo.
Modelo de Comunicação de Massas de Schramm
Para Schramm, o meio de comunicação de massas é um sujeito comunicador que,
como uma pessoa, é um descodi icador, intérprete e codi icador. Quer dizer, mass
media é um receptor de acontecimentos que codi ica e interpreta, de acordo com as
lógicas produtivas do jornalismo.
Os inputs que recebem as organizações são acontecimentos provenientes de
di erentes ontes, inclusivamente o feedback da própria audiência; dando-se
seguidamente a orma ao acontecimento convertendo-o em notícia.
13. O modelo de investigação de massas deste investigador, é uma adaptação do seu
modelo base, que deu igualmente origem a um modelo de comunicação interpessoal,
nesta adaptação, o emissor é colectivo.
Como as mensagens emitidas são múltiplas, mas idênticas, é a mensagem original que é
ampliada e dirigida para um conjunto de receptores, que cada um vai descodificar e
interpretar. Por outro lado cada receptor capta um conjunto de mensagens difundidas
pelos mass media, que vão passando de grupo em grupo (
Freixo, p.358)
Modelo de Comunicação de Massas de Schramm
Modelo de Schramm adaptado à comunicação de massas tendo em consideração
igualmente o feedback (Freixo, 2006).
Para Schramm, as pessoas aprendem a gostar daquilo que elas mais ouvem, de
modo que, quanto mais a media expor um tipo de música, maior a tendência da maioria
para adoptar esse padrão.
A palavra comunicação pode ser aplicada na educação dada a existência, no
processo comunicativo, do emissor e do receptor, e para que se estabeleça a
comunicação, é preciso a vontade ou desejo de dialogar, isto é, comunicar.
14. Por outro lado, sem que haja o respeito entre o emissor e o receptor, a
comunicação não se processa duma orma e icaz, e para exemplificar veja-se é o que se
em algumas das nossas escolas do ensino básico, principalmente no 2º e 3º ciclo. Na
verdade, o processo educacional exige não somente instrumentos pedagógicos, como
(quadro, livros, televisão, micro ones, rádios, computadores, entre outros), mas também,
a capacidade e condições su icientes por parte de educadores e educandos, a im de que
a comunicação atinja os seus objectivos.
Modelo do processo de comunicação de massas de Maletzke
Este tipo de modelo oi seleccionado por constituir um bom exemplo académico
do estudo de comunicações de massa. Segundo maletzke comunicação de massa não
deve ser con undida com os meios ou utilizados para a divulgação de mensagens nos
nossos dias, nem sempre aquilo que é impresso, teledi undido ou ixado em películas
cinematográ icas constitui comunicação de massa tendo com destinatário ± ³O grande
público, sendo este heterogêne e disperso´ em várias características undamentalmente
culturais.
Assim considerada, a comunicação, também chamada social, começa bem antes
do advento da sociedade de massa, emmeada do século XVIII, na Inglaterra,(com o
srgimento da revolução industrial) e com a ascensão ao poder da burguesia, passando o
escritor a depender para seu apoio inanceiro do público-leitor, em lugar do
patrocinador.
O público é, de então para diante, a população em geral e não o círculo limitado
de eruditos e membros de classes privilegiadas; o autor, em consequência, torna-se um
pro issional, escrevendo por encomenda(chamada produção artesanal) para o comércio
de livros em rápida expansão.
Para satis azer gostos diversos e necessidades di erentes, a produção está
subordinada ao mercado, cujas tendências deve conhecer por meio de pesquisas de
mercado, a qujas necessidades, sedeverá atender.
15. Na identi icação dessas necessidades e em satis azê-las é que estaria aquela
elasticidade da arte e do artista, da comunicação e do comunicador social, a que se
re ere Toffler, Pois Morin também aponta, como contrapêso à tendência de
padronização do produto e desintegração do poder cultural, que leva à concentração
burocrático-técnica, ³uma exigência radicalmente contrária, nascida da natureza do
consumo cultural, que exige produtos individualizados e novos.
Segundo Roberto Rosselini ± criador do neo-realismo italiano, num debate sobre
Cinema e Televisão, promovida pela UNESCO, diante das re erências às pressões
econômicas e estatais sobre a produção cinematográ ica, como produtor dos seus
ilmes. Citando Morin, a irma que a criação pode tornar-se produção em massa, mesmo
sob a presente conjuntura, dada a expansão do neo-realismo, como de outros
movimentos culturais e artísticos, demonstra-nos como se podem romper as barreiras
burocráticas.
Pressão causada pelo Meio
A produção industrial em massa cria o público de massa, segundo Ford. ³Os
meios de comunicação con iguram e delimitam ormas de saber, as quais determinam e
tipi icam um grupo social´ (Pasquali). Segundo Mclun ³O meio é a mensagem´,
enquanto o al abeto encorajou um processo ragmentário e individualista de
comunicação, a tecnologia eletrônica avorece a uni icação e a interação social.
Segundo Marx, o produtor cria o consumidor, produzindo não só um objeto para o
sujeito como um sujeito para o objeto.enquanto O al abeto encorajou um processo
ragmentário e individualista da comunicação, a tecnologia eletrônica favorece a
unificação e a interação da sociedade.
16. Modelo do Processo de comunicação de Massas de Maletzke
Selecção a partir dos conteúdos dos média Autoímagem
do receptor
5 Estrutura da
E eito, vivência do
personalidade do
conteúdo
receptor
MEIO
R
M Receptor com
Pressão ou constrangimento membro da
causado pelo meio audiência
Imagem que o receptor tem
do meio
Contexto social do
receptor
M= Mensagem R = Receptor
Parte do modelo de Maletzke relativo ao receptor, mostrando o comportamento da audiência como
6
resultante um conjunto de actores
Através deste modelo, Maletzke evidencia a extensão do processo de
comunicação de massas com base nas suas implicações sociopsicológicas.
Maletzke no seu esquema apresenta alguns elementos já abordados anteriormente,
Comunicador, Mensagem, Meio e Receptor, adicionando mais dois elementos que
surgem entre o meio e o receptor. Um deles é a pressão ou constrangimento causado
pelo meio, este teórico de ende que o dia-a-dia do receptor é completamente
in luenciado pelas características, princípios e conteúdos do meio. O outro é a imagem
que o receptor tem desse mesmo meio in luência a sua escolha relativamente aos
conteúdos.
Características do meio que se revelam importantes para o enquadramento ente
meio e mensagem:
1. Tipo de recepção exigido ao receptor;
2. Grau de inserção espacial e temporal do receptor relativamente ao meio;
3. Contextos sociais em que em que os membros da audiência recebem o
conteúdo dos media;
4. A di erença de tempo entre o acontecimento e o consumo da mensagem, é o
grau de simultaneidade.
17. Imagem do Receptor sobre o Meio
A imagem que o receptor tem do meio, oi a segunda componente tratada por
Maletzke no seu modelo, sendo de realçar as duas variáveis (³Pressão do meio ou
constrangimento do meio´e ³imagem do receptor sobre o meio´).
Segundo Mcqual e Windahl, à outros actores do modelo, que podem ter uma
acção preponderante relativamente ao receptor nomeadamente:
a) A auto ± imagem dos receptores está relacionada com a percepção que os
indivíduos têm de si próprios o seu papel na sociedade, atitudes e valores.
b) Estruturas da personalidade do receptor estão relacionadas com o acto de
algumas pessoas são mais in luenciadas do que outras, perante o mesmo problema,
sendo de realçar as pessoas com baixa auto-estima; o mesmo se passa ao nível de
comunicação de massas (havendo especialistas na matéria ao nível das entidades
governamentais, para que as massas, mais ou menos manipuladas entendam as suas
políticas). Esta situação, segundo a (minha opinião) veri ica-se em qualquer governo do
mundo, em maior ou menor grau qualquer que seja a sua ideologia politica.
c) Receptor como membro da audiência - neste caso a recepção de determinado
tipo de mensagens pode in luenciar negativamente determinadas pessoas (mesmo
crianças) que são mais sensíveis às noticias (imagens) de determinadas catástro es que
têm lugar um pouco por todo o mundo.
d) Contexto social do receptor ± Con orme é perceptível este actor re ere a
importância do grupo na recepção da comunicação, pois é conhecido que os indivíduos
de um determinado grupo não são tão in luenciados por mensagens contrárias aos
valores desse grupo. Segundo Maletzke, os produtores de opinião, podem ser
encontrados (com requência), no meio social circundante do receptor, mesmo na sua
comunidade local (Freixo, 2006).
Selecção dos Conteúdos a Transmitir
No primeiro comportamento comunicativo (na comunicação de massas), o
comunicador dispõe de um conjunto de in ormações concretas do que aquelas que vai
transmitir, aplicando um iltro para seleccionar o material in ormativo, que
correspondem aos critérios ixados para a emissão. Por outro lado o comunicador
18. também tem que seleccionar a ormatação que segundo (Mcquail e Sven Windahl),
dependem dos actores do modelo.
1. Assim temos, pressão ou constrangimento com origem:
a) Na mensagem - o comunicador deve adaptar a ormatação ao conteúdo;
b) No meio - os constrangimentos e possibilidades variam com o meio
2. A auto - imagem do comunicador ± este actor está relacionado com o modo como
o comunicador vê o seu próprio papel, mas também a orma como entende a sua
unção, como intérprete de acontecimentos, ou de ideias de acordo com os seus
valores especiais.
3. A estrutura da personalidade do comunicador - segundo Maletzke, (citado pelos
autores atrás re eridos), 0 comportamento do comunicador é a ectado pela sua
personalidade, o que pode aumentar ou reduzir as suas unções.
4. O comunicador na equipa de trabalho - O comunicador de massas (jornalista),
não é propriamente independente no seu trabalho, estando obviamente de
colegas e vários especialistas que o in luenciam.
5. O comunicador na organização - O comunicador individual, está dependente de
certa orma, dos objectivos e estratégias e políticas que lhe são impostas pela
organização da qual depende.
6. Pressão e constrangimento causados pelo carácter público dos conteúdos dos
media - Está relacionado com o acto de a mensagem estar exposta ao exame
público, colocando alguns constrangimentos ao comunicador.
7. O ambiente social do comunicador ± Este aspecto vai in luenciar de orma mais
ou menos acentuada a orma de sentir a orma o conteúdo dos media.
Todos os itens re eridos estão representados gra icamente no modelo de
Mletzke, o modelo é complexo e apresenta actores relevantes para a
in ormação, sobre o modelo de comunicação de massas, existindo três actores
importantes que ajudam a interpretar o modelo(Freixo, p.364).
1. Imagem recíproca do receptor e do comunicador ± Ao criar mensagens o
comunicador tem que ter em mente a imagem do receptor; 2 ± A imagem que o
receptor tem do meio, é importante para a selecção das mensagens, sendo
in luenciado pelo grau de credibilidade que o receptor vai ter do comunicador
assim como com os seus valores morais. O ponto 3, que está relacionado com o
19. feedback do receptor, dando por vezes imagem incorrecta que o comunicador
tem da respectiva audiência.
Modelo de Transmissão da Aprendizagem Noticiosa
Os vários modelos representados, dão duma orma bastante pormenorizada a
descrição das di erentes ases da comunicação desde a onte até ao receptor ( mass
media); assentando em três premissas, transmissão, recordação e compreensão, da
notícia pela audiência, embora neste modelo é de transição através da notícia, (sendo
apresentado por Denis McQuail e Windahl). Este modelo apresenta seis fases desde a
onte até ao receptor: fase1-2, da apresentação à exposição; fase3- processamento; fase
4- compreensão; fase5- Recordação; fase6- conhecimento.
Modelo Psicológico dos Efeitos da Televisão
A teoria funcionalista aborda globalmente os meios de comunicação de massa
no seu conjunto. A questão de undo já não é os e eitos, mas as unções exercidas pela
comunicação, o que a distingue das teorias precedentes. Consiste, resumidamente, em
de inir a problemática dos mass media a partir do ponto de vista do uncionamento da
sociedade e da contribuição que os mass media dão a esse processo
A televisão (do grego tele - distante e do latim visione - visão) é um sistema
electrónico de recepção de imagens e som de orma instantânea. Funciona a partir da
análise e conversão da luz e do som em ondas electromagnéticas e de sua reconversão
em um aparelho - o televisor - que recebe também o mesmo nome do sistema ou pode
ainda ser chamado de aparelho de televisão, capta as ondas electromagnéticas e através
de seus componentes internos converte-as novamente em imagem e som.
O poder da televisão será maior ou menor de acordo com a competência e a
capacidade de escolha dos públicos perante o dispositivo de produção/di usão da
televisão. Daniel Dayan diz que na televisão há um público imper eito, um quase-
público, por sua vez, Jean-Pierre Esquenazi diz que o ³não público´ constitui a
identidade dominante dos telespectadores. ³A questão é a de saber como re orçar essa
competência para alterar a lógica perversa que conduz a televisão generalista a
20. perpetuar uma programação que se decide sempre como programar a grelha-tipo da
televisão e não a partir dos interesses e expectativas do público.´
A designação de modelo psicológico deve-se (segundo os autores que o
estudaram) ao acto de tratar de estados mentais da aprendizagem e do comportamento
individual.
Modelo de selecção de programas de televisão
Disponibilidade do espectador
Necessidades do Grupo de Consequência
espectador espectadores do espectador
7 7
Pre erência pelo Pre erências Selecção de Estrutura das
7
tipo de programa especí icas de programas opções sobre
programação programas
disponíveis
Modelo de selecção de programas de televisão (webster e Wakshlag, 1983)
O principal actor que justi ica as pre erências de um programa é o actor
necessidade do espectador, indo de encontro naturalmente aos interesses, motivações e
expectativas do público receptor. Existem dois actores especí icos determinantes em
relação à escolha, por um lado, a influência de um grupo de espectadores, como por
exemplo o círculo amiliar, por outro a consciência do espectador de que está
disponível um programa pre erido. Por outro lado alguns elementos isolados do modelo
podem ser explicados da seguinte orma:
- Estrutura das opções de programa,
- Pre erência pelo tipo de programa;
- Disponibilidade do espectador;
21. - Grupo de visionamento;
- Consciência.
Modelos Culturais
Modelos culturais do século XIX
O século XIX foi um século de revoluções e mudanças: - revolução industrial em
expansão, (com a descoberta do petróleo, a construção da primeira refinaria a
,
descoberta e utili ação dos automóveis a 4 tempos), e a revolução nos transportes e nas
8
ciências, mudanças nas artes que se fi eram sentir com o surgimento de vários
movimentos (Romantismo, Realismo e o Impressionismo), as revoluções liberais, e
finalmente o neoliberalismo como novo modelo económico, que se mantém ainda hoje
a nível global como uma teoria política económica e social9
Modelo Cultural de Edgar Morin
O filósofo, sociólogo, historiador e economista francês Edgar Morin trocou a
revolução (redu ida a uma dimensão violenta) pela metamorfose, que, para ele, tradu
uma transformação natural e radical; ao mesmo tempo, prossegue investindo contra
a onda neoliberal em que se transformou o mundo globali ado proclamando o
22. surgimento de uma religião da raternidade, resultante do acto de estarmos perdidos e,
assim, necessitarmos uns dos outros.
Edgar Morin estuda os processos culturais que se desenvolveram, ora da es era estatal,
religiosa ou pedagógica, sob o impulso do capitalismo privado, isto é a globalização e
os e eitos que causa na cultura original dos países a ela submetidos. A globalização
tende a destruir as culturas rágeis, que não podem resistir, mas fortifica as que
encontram em si a força dos seus povos.
Modelo cultural da comunicação de Edgar Morin
@
Originalidade Con ormismo
Criação Produção
(Individualizaçã (Estandardização
o))
Universalismo
Consumo
(Democratização )
Modelo Cultural, segundo a perspectiva de Morin
Este modelo é uma espécie de relação a três elementos, o investigador centra a
análise quer na cultura de massas, a que chama indústria cultural, quer na tese segundo a
qual a cultura de massas é o produto de um processo dialéctico, entre criação, produção
e consumo.
Modelo cultural de Abraham Moles
Con orme salientou Abraham Moles, em Sociodinâmica da Cultura, as
trans ormações operadas pelos meios de comunicação de massa (mass-media) nas
23. sociedades contemporâneas oram tão pro undas que chegaram a alterar o próprio
princípio pelo qual se estabelece a percepção cognitiva do mundo exterior ± alterando
decisivamente a ³tela conceitual´ na qual estas percepções são situadas e projectadas no
espírito. Na cultura moderna, segundo Moles, o que prevalece é o carácter aleat rio,
A
desordenado e fragmentado das informações e mensagens que chegam ao sujeito ± a
cultura-mosaico.
Neste sentido, uma análise apro undada da televisão, em particular, torna-se cada
vez mais undamental em virtude do peso e do impacto específico desta na sociedade
contemporânea, não obstante sejam escassos os marcos teóricos e empíricos no que
concerne à sociologia das práticas televisivas.
Modelo cibernético de Abraham Moles
Modelo Cibernético de Abrahans Moles
Difusão Semi-
pessoal
Inserção da cultura
aleatória
Macro - meio
Cultura
de massa Produtos
Culturais
Velocidade da
circulação das
ideias
Criador Mass - Media Decisão Valore
s
Prim
Obras eira
Quadr o
ou sele
Sociocu
Aplicações
produto cção
técnicas
ltural
Macro - meio
Acontecimentos
(Historicidade)
Primeira Difusão Semi
alea
tória
Acção
sobre o
mundo
Ciclo Sociocultural que descreve o estudo da cultura e dos media de massas (Freixo, 2006)
Para uma leitura adequada do modelo, deve ter-se presente que os quatros
elementos fundamentais deste modelo são representados por rectângulos, e observando
24. bem o modelo, acilmente se compreende como unciona a cultura de massas, assim
como os meios de comunicação que a di undem junto do receptor (público).
Segundo este autor, a Cultura Proporciona ao indivíduo uma visão de um conceito
Sobre a qual projecta e ordena as suas percepções do mundo humanista, o Papel da
educação como organizadora da visão social generalizada, o raciocínio lógico
assegurava a harmonia desse conceito, sendo a Cultura em mosaico a desconexão entre
temas, conteúdos, o vocabulário das mensagens veiculadas pelos média provocará
a génese de novas ideias e pensamentos.
Os mass media são responsáveis pela maioria das mensagens que recebemos e é
por isso que Moles questiona o seguinte:´substitui-se cultura criativo-humanista por
uma cultura cuja criação seja da autoria de especialistas em marketing, psicologia
social ou relações públicas que é lançada no micro-meio;..é possível acelerar ou
diminuir a velocidade de rotação deste ciclo´.
25. Bibliografia:
y Freixo, M. (2006). Teorias e Modelos de Comunicação. Instituto Piaget. Lisboa
yMachado, P. Modelos de Comunicação, 2009. Disponível em
http://moodle.ipiaget.org
Sites:
y Http://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_ uncionalista
y Http://www.aceav.pt/blogs/mcal%C3%A7ada/Lists/Artigos/Post.aspx?ID=3
y Http://www.robertexto.com/archivo3/construcao.htm
y Http://www.cenpec.org.br/modules/news/article.php? Storyid=850
y Http://www.youtube.com/watch? V=mLBvu6xRLp0