O documento discute os principais tipos de agentes térmicos utilizados em fisioterapia, incluindo crioterapia, hipertermoterapia e diatermia. A crioterapia envolve o uso terapêutico do frio, enquanto a hipertermoterapia se refere ao uso do calor. A diatermia produz aquecimento tecidual através de ondas curtas ou microondas. Cada modalidade tem efeitos hemodinâmicos, neuromusculares e metabólicos específicos, com indicações e contraind
8. Dica Clínica “A transferência de calor por condução ocorre apenas entre materiais que estiverem em diferentes temperaturas e em contato direto um com o outro”.
10. Dica Clínica “A transferência de calor por convecção ocorre entre materiais que estiverem em diferentes temperaturas e com a presença de fluídos (ar ou água) transferindo energia calórica”.
12. Dica Clínica “A transferência de calor por conversão ocorre quando uma energia (sonora, eletromagnética, etc) se transforma em energia calórica ao passar pelos tecidos corporais”.
14. Dica Clínica “A transferência de calor por radiação ocorre entre materiais que estiverem em diferentes temperaturas sem a necessidade de um meio interveniente ou de contato entre eles”.
18. Vasodilatação Induzida pelo Frio Inicialmente reportada por Lewis (1930); Quando do resfriamento por períodos prolongados ou quando o tecido atinge menos de 10º C. Cameron, 2009
19. Dica Clínica “Quando o objetivo da intervenção for a vasodilatação, não se recomenda o uso da crioterapia, que não apresenta esse efeito de forma consistente”.
21. Efeitos Neuromusculares Queda na velocidade de condução nervosa Elevação do limiar de dor Diminuição da espasticidade Modificação da geração da força muscular
23. Dica Clínica “Como a força muscular pode ser temporariamente influenciada pela crioterapia, o teste de força deve ser, de preferência, realizado antes do tratamento”.
24. Efeitos Metabólicos O resfriamento diminui a velocidade de todas as reações metabólicas, incluindo as inflamações e processos de cura. A atividade das enzimas degradadoras de cartilagens (colagenase, elastase, hialuronidase e protease), são inibidas pela queda da temperatura das articulações; sendo altamente recomendado o uso nas doenças inflamatórias articulares como artrose e artrite reumatóide.
25. Indicações Controle de inflamações Controle de edemas Controle da dor Modificação da espasticidade Facilitação neuromuscular periférica (Rood)
34. Contra-idicações Urticária causada pelo frio Intolerância ao frio Crioglobulinemia Hemoglobinúria paroxística fria Doença ou fenômeno de Raynauld Sobre nervos periféricos em regeneração Sobre área com comprometimento circulatório ou doença vascular periférica
38. Dica Clínica “Agentes superficiais de calor não aquecem até a profundidade da maior parte dos músculos. Para isso ocorrer, deve-se prescrever o uso de exercícios ou modalidades de calor profundo”.
39. Efeitos do calor nos tecidos Aumento da velocidade de condução nervosa Redução do espasmo muscular Aumento do limiar de dor Variações na força muscular (diminuição até 30 m após aplicação; e aumento de 30m a 2 h) Aumento do metabolismo (13% para cada 1 grau) Aumento da velocidade das reações enzimáticas Aumento da extensibilidade do colágeno
40. Indicações Gerais Controle da dor Aumento da amplitude dos movimentos Lesões sub-agudas e crônicas musculares e ligamentares
41. Contra-indicações Hemorragia recente Lesão inflamatória aguda Tromboflebite Alterações da sensibilidade Déficit cognitivo Tumor malígno Olhos e gônadas Déficit circulatório
42. Efeitos Adversos da Termoterapia Queimaduras Desmaios Sangramento em pacientes hemofílicos
43. Compressas Quentes Esfriam com o passar do tempo. De 15 a 20 minutos. reutilizáveis. Envolver a compressa com toalhas secas. Baixo custo.
44. Parafinagem Temperatura entre 45 e 54 graus. Dosimetria de 15 a 30 minutos. Aplicação direta. Técnicas de imersão e pincelamento. Uso mais comum em extremidades.
45. RadiaçãoInfravermelha Aplicação direta Sem uso de toalha. IV não luminoso e luminoso. Dosimetria de 15 a 30 minutos. Aplicação sempre em 90 graus. Manter distância entre 40 e 60 cm.
46. Forno de Bier Aplicação direta Sem uso de toalha. Atualmente em desuso pelos fisioterapeutas. Dosimetria de 15 a 30 minutos.
51. Fenômeno de d’Arsonval A passagem de corrente elétrica de alta freqüência causa aquecimento tecidual sem estimular o complexo neuromuscular http://www.electrotherapymuseum.com/Articles/HighFrequencyCurrents.htm
56. Efeitos Térmicos Quando aplicado de forma continua Aquecimento profundo Vasodilatação Aumento do metabolismo e fluxo sanguíneo Aumento da extensibilidade do colágeno Relaxamento muscular Entre outros...
57. Efeitos não térmicos – ondas curtas Quando aplicado de forma pulsada Maior perfusão microvascular Melhora da função da membrana celular
58. Indicações Aceleração da cicatrização tecidual Diminuição da rigidez articular (osteoartrite) Diminuição da tensão muscular (lombalgias) Controle da dor e edema crônico
61. Referências Básicas Cameron, M. Agentes físicos na reabilitação. 3 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. Low and Reed. Eletroterapiaexplicada. 4ed, 2009. Bazin, S. Eletroterapiabaseadaemevidências. 11 ed. 2003.