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      UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
  FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA.
ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO




 AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AO
    RUÍDO EM UMA INDÚSTRIA DE BEBIDAS




        JOHNNY FLOR DA SILVA DAVANSO




Orientadora: Profª. Msc. LUCIANE CLEONICE DURANTE




                     Cuiabá, MT
                    Setembro/2010
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      UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
  FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA.
ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO




 AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AO
    RUÍDO EM UMA INDÚSTRIA DE BEBIDAS




        JOHNNY FLOR DA SILVA DAVANSO




                            Monografia       submetida    à
                            Universidade Federal de Mato
                            Grosso para obtenção do Grau de
                            Especialista em Engenharia de
                            Segurança do Trabalho




Orientadora: Profª. Msc. LUCIANE CLEONICE DURANTE




                     Cuiabá, MT
                    Setembro/2010
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         UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
  FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA.
ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO


CERTIFICADO DE APROVAÇÃO


Título: AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AO RUÍDO EM
UMA INDÚSTRIA DE BEBIDAS

Aluno: JOHNNY FLOR DA SILVA DAVANSO


Orientadora:   Profª. Msc. LUCIANE CLEONICE DURANTE

Dissertação defendida e aprovada em 09 de setembro de 2010


________________________________________
Assinatura do (a) Coordenador (a) do Curso

Comissão Examinadora:


      _______________________________________________________
                  Profª. Msc. Luciane Cleonice Durante
                  Universidade Federal de Mato Grosso


      _______________________________________________________
          Profª. Dra. Marta Cristina de Jesus Albuquerque Nogueira
                    Universidade Federal de Mato Grosso


      _______________________________________________________
                     Prof. Dr. Marcio de Lara Pinto.
                  Universidade Federal de Mato Grosso
iii


DEDICATÓRIA




      Deus por permitir que tudo seja
      possível, aos meus pais Marli Flor da
      Silva Davanso e Odair Davanso que
      tanto me apoiaram durante todos os
      caminhos que segui, me ensinando, me
      compreendendo e me dando todo amor
      que tanto já precisei.
iv


                          AGRADECIMENTOS



Agradeço a Deus por todas as conquistas que me proporciona.


Agradeço a todos que contribuíram para construção do que eu sou hoje.


À minha família, que de forma direta ou indireta contribuíram para a conclusão de
mais uma etapa em minha vida.


A todos os funcionários da coordenação pelo apoio e amizade. Em especial
Cesário e Lúcio.


À Prof.ª Ms. Luciane Cleonice Durante - pela orientação e principalmente pelo
incentivo, apoio, confiança e conhecimento, ingredientes que possibilitaram a
realização deste.


A todos os professores pelo conhecimento transmitido.


Aos meus amigos Breno e Thiago que sempre me ajudaram.


Agradeço ao Engenheiro Marcio Antonio Nadai Alberton pelo apoio e incentivo.


À minha companheira Thyssiani Aparecida Nogueira Marques por todo amor e
carinho ao longo dessa jornada.


A todos os colegas de curso que fizeram com que conhecimentos fossem
adquiridos, experiências fossem compartilhadas e novas amizades feitas.
v




                                                SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS ................................................................................................ vii

LISTA DE TABELAS ................................................................................................ ix

LISTA DE EQUAÇÕES .............................................................................................. x

RESUMO .................................................................................................................... xi

1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 1

   1.1.       PROBLEMÁTICA....................................................................................... 1
   1.2. JUSTIFICATIVA .............................................................................................. 2
   1.3. OBJETIVOS...................................................................................................... 3
                  1.3.1. Objetivo Geral ................................................................................ 3
                  1.3.2. Objetivos Específicos ..................................................................... 3

2.REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................. 4

   2.1. AGENTES FÍSICOS ......................................................................................... 4
                  2.1.1. Ruído .............................................................................................. 4
   2.2. OS EFEITOS DO RUÍDO SOBRE O HOMEM ............................................... 8
   2.3. PROTETORES AURÍCULARES ..................................................................... 9

3. MATERIAIS E MÉTODO .................................................................................... 11

   3.1. DESCRIÇÃO DO PERFIL DA EMPRESA .................................................... 11
   3.2. INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO ................................................................ 12
   3.3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS .................................................... 14
   3.4. ABORDAGEM DOS LOCAIS E DAS CONDIÇÕES DE TRABALHO ....... 15
   3.5. MÉTODO PARA ANÁLISE DOS RESULTADOS ....................................... 15

4. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS....................................... 17

   4.1. DESCRIÇÃO DO PROCESSO PRODUTIVO ............................................... 17
   4.2. AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AO RUÍDO NA
   MÁQUINA DE DESPALETIZAÇÃO – DESPALETIZADORA ......................... 22
   4.3. AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AO RUÍDO NA
   MÁQUINA DE ENCHIMENTO – ENCHEDORA DE LATAS ........................... 24
vi




   4.4. AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AO RUÍDO NA
   MÁQUINA DE PASTEURIZAÇÃO – PASTEURIZADOR DE LATAS ............ 25
   4.5. AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AO RUÍDO NA
   MÁQUINA EMPACOTADORA DE LATAS ...................................................... 27
   4.6. AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AO RUÍDO NA
   PALETIZADORA DE LATAS ............................................................................. 29
   4.7. COMENTÁRIOS ............................................................................................ 31

5. CONCLUSÃO ....................................................................................................... 39

6. BIBLIOGRAFIAS ................................................................................................. 41
vii




                                             LISTA DE FIGURAS
Figura 01 - As divisões do ouvido.........................................................................               08
Figura 02 - Protetor auricular tipo concha.............................................................                  09
Figura 03 - Protetor auricular tipo plug com flanges.............................................                        10
Figura 04 - Protetor auricular tipo moldável.......................................................... 10
Figura 05 - Dosímetro de Ruído Digital, modelo DOS – 500...............................                                  12
Figura 06 - Despaletizadora de latas......................................................................               17
Figura 07 - Ponte de vácuo..................................................................................... 18
Figura 08 - Enchedora de latas............................................................................... 19
Figura 09 - Pasteurizador de latas..........................................................................             19
Figura 10 - Inspetor de latas................................................................................... 20
Figura 11 - Empacotadoras de latas.......................................................................                20
Figura 12 - Paletizadora de latas............................................................................            21
Figura 13 – Envolvedora de paletes.......................................................................                21
Figura 14 - Dose projetada sem uso de EPI’s para todas as máquinas..................                                     31
Figura 15 - Dose projetada levando em consideração os três tipos de EPI’s na
Despaletizadora.......................................................................................................   32
Figura 16: Dproj (%) 8 h com EPI’s na Enchedora levando em consideração a
utilização dos três tipos protetores de auriculares...................................................                   32
Figura 17: Dproj (%) 8 h com EPI’s no Pasteurizador levando em consideração
a utilização dos três tipos protetores de auriculares...............................................                     33
Figura 18: Dproj (%) 8 h com EPI’s nas Empacotadoras de latas levando em
consideração a utilização dos três tipos protetores de auriculares..........................                             33
Figura 19: Dproj(%) 8h com EPI’s na Paletizadora, levando em consideração a
utilização dos três tipos protetores de auriculares..................................................                    34
Figura 20: Ruído Médio Equivalente Global (TWA dB) sem utilização de
EPI's, em cada máquina 1. Despaletizadora; 2. Enchedora; 3. Pasteurizador; 4.
Empacotadora; 5. Paletizadora................................................................................            35
Figura 21: Ruído Médio Equivalente Global (TWA dB ) com utilização de EPI'
na Despaletizadora, levando em consideração a utilização dos três tipos
protetores de auriculares......................................................................................... 36
Figura 22: Ruído Médio Equivalente Global (TWA dB ) com utilização de EPI'
viii




na Enchedora, levando em consideração a utilização dos três tipos protetores de
auriculares...............................................................................................................    36
Figura 23: Ruído Médio Equivalente Global (TWA dB ) com utilização de EPI'
na Pasteurizador, levando em consideração a utilização dos três tipos protetores
de auriculares.......................................................................................................... 37
Figura 24: Ruído Médio Equivalente Global (TWA dB ) com utilização de EPI'
na Empacotadora de latas, levando em consideração a utilização dos três tipos
protetores de auriculares.......................................................................................... 37
Figura 25: Ruído Médio Equivalente Global (TWA dB ) com utilização de EPI'
na Paletizadora, levando em consideração a utilização dos três tipos protetores
de auriculares.......................................................................................................... 38
ix




                                               LISTA DE TABELAS


Tabela 01 - Nível critério para adoção de medidas preventivas e corretivas.........                                           07
Tabela 02 - Limites de Tolerância para Ruído Contínuo ou Intermitente.............. 07
Tabela 03 - Dosimetria na despaletizadora fornecida pelo aparelho de medição..                                                22
Tabela 04 - Resultados do TWA dB(A), Dproj%(8), para funções de Operador
de despaletizadora, levando em consideração a situação com e sem protetor
auricular................................................................................................................... 23
Tabela 05 - Dosimetria na enchedora de latas fornecida pelo aparelho de
medição...................................................................................................................    24
Tabela 06 - Resultados do TWA dB(A), Dproj%(8), funções de operador de
enchedora de latas, levando em consideração a situação com e sem protetor
auricular................................................................................................................... 25
Tabela 07 - Dosimetria no pasteurizador de latas fornecida pelo aparelho de
medição...................................................................................................................    26
Tabela 08 - Resultados do TWA dB(A), Dproj%(8), funções de operador de
pasteurizador de latas, levando em consideração a situação com e sem protetor
auricular................................................................................................................... 26
Tabela 09 - Dosimetria no empacotadora de latas fornecida pelo aparelho de
medição...................................................................................................................    28
Tabela 10 - Resultados do TWA dB(A), Dproj%(8), funções de operador de
empacotadora de latas, levando em consideração a situação com e sem protetor
auricular..................................................................................................................   28
Tabela 11 - Dosimetria na paletizadora fornecida pelo aparelho de medição                                                     30
Tabela 12 - Resultados do TWA dB(A), Dproj%(8), funções de operador de
paletizadora de latas, levando em consideração a situação com e sem protetor
auricular................................................................................................................... 30
x




                                   LISTA DE EQUAÇÕES


Equação 01 - Relação entre a D(%) e o Lavg........................................................ 15
Equação 02 - Dose projetada para a jornada de 8 horas Dproj(8)......................... 16
xi




                                     RESUMO

DAVANSO J.F.S. – AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AO
RUÍDO EM UMA INDÚSTRIA DE BEBIDAS Cuiabá 2010. 53 f Monografia
(Especialização) - Faculdade de Arquitetura, Engenharia e Tecnologia, Universidade
Federal de Mato Grosso.

       O ruído pode ser considerado como um som desagradável e indesejável
decorrente de exposição continua a elevadas pressões sonoras acarretando
desfavoravelmente sobre o estado emocional do indivíduo com conseqüências
imprevisíveis sobre o equilíbrio do trabalhador resultando em surdez, stress, fadiga,
irritação e diminuição da produtividade.
       O objetivo geral desse estudo consiste na avaliação dos níveis de ruídos
existentes em uma indústria de bebidas, mais especificamente na linha produtora de
bebidas em latas. O levantamento de dados foi feito em loco com autorização da
empresa, de forma que cada funcionário responsável por cada máquina manteve-se
com o equipamento de medição por cada ciclo de medição representativo das
condições de trabalho do mesmo. Os resultados apontaram para um excesso de ruído.
Foi evidenciado que com a utilização de EPI’s os níveis de ruídos diminui a valores
aceitáveis, levando em consideração os parâmetros estabelecidos em normas. Na sua
consideração final, aponta para a importância das avaliações ocupacionais, atendendo
as prerrogativas legais, e também sobre a importância do profissional competente
para exercer sua função técnica e apresentar laudos que comprovem ou não, agentes
nocivos aos trabalhadores em seu ambiente de trabalho.


Palavras-chaves: Saúde ocupacional, segurança do trabalho, Ruído excessivo.
1




1. INTRODUÇÃO

1.1. PROBLEMÁTICA


       Num mundo de economia globalizada, tornou-se insaciável a busca por
produtos mais competitivos, inovadores e, sobretudo de ótima qualidade frente às
novas exigências do mercado.
       Num primeiro momento adotaram-se as políticas de redução de custos com
insumos, tecnologias e recursos utilizados. Entretanto esse sistema se mostrou
ineficiente, visto que essa forma de economia possui um limite dentro do contesto de
crescimento, pois não há investimentos em novas técnicas de produção fazendo com
que as técnicas utilizadas se tornem ultrapassadas e os processos de industrialização
inadequados ao longo dos tempos.
       Com a adoção da política de produção descrita acima o número de acidentes e
as perdas humanas aumentavam de maneira crítica, fazendo com que os gastos com
prejuízos e com indenizações pagos as ações trabalhistas, fizessem com que as
empresas se preocupassem com Saúde, Segurança e Meio Ambiente (SSMA). A
aplicação desses conceitos e a penetração dessas idéias atualmente vêm atingindo
uma parcela cada vez maior de pessoas, vale ressaltar que, a cultura de Saúde,
Segurança e Meio Ambiente (SSMA) não é coisa que aconteça do dia para noite,
sendo que tais conceitos não são assimilados com simplesmente a contratação de
empresas para implantar seus “selos” e, que para alcançar um nível satisfatório de
consciência, tanto dos empregadores quanto dos empregados, é uma tarefa de
conscientização de uma vida inteira, mesmo antes da abertura dos portões da
empresa, ou seja, levando em consideração o contesto social em que cada indivíduo
envolvido nesse processo vive.
       Uma das grandes conquista no Brasil foi a criação das Normas
Regulamentadoras (NR’s), que fornecem orientações sobre procedimentos
obrigatórios relacionados Saúde, Segurança e Meio Ambiente (SSMA). Temos que
ressaltar que muitas empresas são exemplos da alta viabilidade das NR’s, contudo
outras tentam compensar a perda da saúde do trabalhador com pagamento de
adicionais. A maior motivação do trabalhador é a certeza de o mesmo exerça a sua
função de forma segura e em um ambiente de trabalho seguro e que o mesmo tem
2




por direito exigir sempre melhores condições de trabalho, visto que esse direito é
garantido na constituição federal, Titulo II, Art. 7º, inciso XXII “Art. 7º São direitos
dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social: (...) XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de
normas de saúde, higiene e segurança”.
          Uma das grandes responsáveis por acidentes e doenças relacionadas ao
trabalho são as indústrias, pois as mesmas em sua grande parte tem como prioridade
a produção de seus produtos deixando de lado a política de segurança em relação a
saúde do trabalhador. Tomando como base uma indústria de bebidas temos que a
mesma apresenta muitos riscos à saúde ocupacional do trabalhador, dentre os quais
podemos citar a questão de ruído elevado, calor excessivo, quedas, cortes entre
outros.
          Um dos agentes de maior dano a saúde do trabalhador em uma indústria de
bebidas e em particular em uma linha de produção de bebidas em latas é o ruído,
sendo de fundamental importância, a realização de estudos e pesquisas no sentido
de contribuir para o esclarecimento de possíveis duvídas sobre as preocupações e
esforços na eliminação deste agente de risco por parte da indústria, e na avaliação das
medidas preventivas existentes, evidenciando se as mesmas atende as prerrogativas
estabelecidas em normas.


1.2. JUSTIFICATIVA


          A linha de envase de bebidas em latas apresenta muitos riscos à saúde
ocupacional do trabalhador, dentre os quais podemos citar a questão de ruído
elevado, calor excessivo, quedas, cortes entre outros.
          A linha de envase de bebidas em latas por ser uma área que produz em média
93000 latas/hora, a mesma pode chegar a incrível marca de 2.232.000 de latas por
dia, e todas essas latas provocam um grande ruído, que deve ser mensurado, de forma
a avaliar as condições nas quais a os trabalhadores se encontram nesse ambiente.
          Dessa forma, deve-se análisar se os índices de ruídos em uma indústria de
bebidas são elevados o suficiente, sendo necessária compensação salarial através do
pagamento do adicional de insalubridade.
3




       A linha de envase de latas, devido aos inúmeros ríscos que a mesma possui,
sempre se torna foco na realização de programas de segurança, pois grande parte dos
acidentes, com ou sem afastamento, é fruto de tais condições que muitas vezes são
inerentes ao processo. Os acidentes levam as empresas, cada vez mais, concluir que
os custos-benefício da engenharia de segurança e dos processos que envolvem a
mesma na prevenção de acidentes são positivos, pois recursos financeiros destinados
a tais políticas se revertem em benefícios para a empresa.
       O entendimento dos valores de ruídos em uma indústria de bebidas, que será
evidenciado através de um avaliação da exposição ocupacional dos operadores de
máquinas, formulado através de uma avaliação ocupacional dos índices de ruídos,
com as devidas medições, com a utilização de corretos equipamentos e devidamente
calibrados, permitira que a empresa motivada por problemas já ocorridos encontrar
soluções imediatas para solução dos possíveis problemas que forem encontrados.


1.3. OBJETIVOS


1.3.1. Objetivo Geral


       O objetivo geral é avaliar a exposição ocupacional ao ruído na linha de
envase de bebidas em latas em uma indústria de bebidas.


1.3.2. Objetivos Específicos


       Os objetivos específicos são:
a) Analisar a dose de ruído (D) para os períodos através de medição para um
   determinado tempo e para a jornada de trabalho;

b) Analisar a Dose Projetada (Dproj) para o período de jornada de trabalho;

c) Analisar o Ruído Médio Equivalente Global (TWA) para o período de jornada de
   trabalho;

d) Analisar se os EPI’s utilizados são adequados as condições estabelecidas.
4




2.REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1. AGENTES FÍSICOS


       É considerado agente físico, aquele agente que tem a capacidade de modificar
as características físicas do meio ambiente. São exemplos de agentes físicos: ruído,
calor, frio, vibração, umidade e pressões anormais. Nesse trabalho especificamente
falaremos de ruídos, pois o foco do laudo é avaliar a exposição ocupacional ao ruído
na linha de envase de bebidas em latas em uma indústria.


2.1.1. Ruído


       O ruído pode ser conceituado segundo Farinha (2006) apud Neto, Vasque e
Filho (2005), como um som desagradável e indesejável decorrente da exposição
contínua a níveis de pressão sonora elevados, acarretando efeitos adversos ao
organismo humano tanto auditivo quanto extra-auditivo. A exposição a ruídos
excessivos de forma intensa e prolongada atua desfavoravelmente no estado
emocional do indivíduo, quanto mais elevados os níveis encontrados, maior o
número de trabalhadores que apresentarão início de surdez profissional e além de ser
frequentemente o causador indireto de acidentes do trabalho, quer por causar
distração ou mau entendimento de instruções, quer por mascarar avisos ou sinais de
alarme.
                        O ruído pode ser conceituado como um som desagradável e indesejável
                        decorrente da exposição contínua a níveis de pressão sonora elevados,
                        acarretando efeitos adversos ao organismo humano, tanto auditivos
                        quanto extra-auditivos (Farinha, 2006 apud Neto, Vasque e Filho (2005)).


       Para Gerges (1992) apud Komniskie e Watzlawick (2006), o “nível de
pressão sonora - escala decibel (dB)”, no ouvido humano responde a uma larga faixa
de intensidade acústica, desde o limiar da audição até o limiar da dor.
Segundo Saliba (2001) apud Neto, Vasque e Filho (2005), as medidas de controle do
ruído podem ocorrer na fonte ou trajetória, no meio e no homem, sendo que as duas
primeiras devem ser prioritárias quando viáveis tecnicamente.
           a) Controle de ruído na fonte: O controle de ruído na fonte consiste em
               diminuir a emissão sonora da mesma, através de modificações
5




   mecânicas no funcionamento do equipamento e tratamento acústico
   nos sistemas da máquina que geram o ruído.

b) Controle de ruído na trajetória: O controle de ruído na trajetória
   adota medidas de atenuação que atuam no caminho de propagação do
   som, ou seja, entre a fonte sonora e o receptor. Os métodos
   frequentemente utilizados para atenuação do ruído na trajetória são:

   b.1) Aumentar a distância entre a fonte sonora e o receptor;
   b.2) Enclausuramento do equipamento ruidoso;
   b.3) Tratamento acústico das superfícies do ambiente (controle da
   reverberação);
   b.4) Barreiras acústicas;
   b.5) Separação de áreas ruidosas por divisórias.
c) Controle do meio: na impossibilidade do controle na fonte,
   verificam-se as possíveis medidas de controle do meio, ou seja, busca-
   se evitar a propagação, mediante o isolamento (isolamento da fonte ou
   do receptor) ou tratamento acústico das superfícies;

d) Controle de ruído no homem (receptor): O controle de ruído no
   receptor geralmente se restringe ao uso, pelos trabalhadores, de
   protetores auriculares. Por ser uma medida de caráter individual, além
   do desconforto e de dificultar a comunicação entre os usuários, a
   utilização dos protetores auditivos deve ser a última alternativa para o
   problema do ruído. Os protetores auditivos são equipamentos de
   proteção individual que visam diminuir a dose de exposição ao ruído
   para o trabalhador. A eficiência do protetor e seu funcionamento
   dependem de suas características e das características do usuário.
   Contudo de acordo com Ayres e Corrêa (2001) apud Soares, Matos, e
   Moraes (2005);

           (...) o simples uso do protetor auricular não elimina o risco do empregado
           vir a sofrer diminuição de sua capacidade auditiva, caso o equipamento
           não apresente os requisitos de qualidade para atenuar o ruído, bem como
           seja usado de forma incorreta. (Ayres e Corrêa (2001) apud Soares,
           Matos, e Moraes (2005)).
6




       Para uma análise correta dos níveis ruídos ao qual o trabalhador está
submetido devem-se em primeiro lugar levar em consideração as Normas vigentes,
sendo duas as principais quando falamos em ruído, Norma de Higiene Ocupacional
01 da FUNDACENTRO (2001) e a NR-15(BRASIL 1978).
       Para o ruído contínuo ou intermitente, a Norma de Higiene Ocupacional 01
(NHO 01 – FUNDACENTRO 2001) e a NR-15 (BRASIL 1978) fixam para cada
nível de pressão sonora o tempo diário máximo permitido, para que a dose de ruído
diária não seja superior a 100%. A tabela 2 mostra o tempo máximo diário de
exposição permissível em função do nível de ruído estabelecidos pela NR-15 e pela
NHO-01.
       A norma NR-15 (BRASIL 1978) estabelece não ser permissível a exposição
a níveis de ruído acima de 115 dB (A) para indivíduos que não estejam
adequadamente protegidos.
       Com base na NR-09, item 9.3.6 (BRASIL 1978) para valores excessivos e
prejudiciais à saúde do trabalhador, deve-se iniciar ações para conter ou minimizar
tais condições prejudiciais à saúde do trabalhador.
                       9.3.6 Do nível de ação.
                       9.3.6.1 Para os fins desta NR, considera-se nível de ação o valor acima do
                       qual devem ser iniciadas ações preventivas de forma a minimizar a
                       probabilidade de que as exposições a agentes ambientais ultrapassem os
                       limites de exposição. As ações devem incluir o monitoramento periódico
                       da exposição, a informação aos trabalhadores e o controle médico. (Fonte:
                       BRASIL 1978).

       Ainda com base NR-09 item 9.3.6.2 deve-se estabelecer ação para dose maior
que 50%, sendo o Nível de Ação de 82 dB (A) para uma jornada de 8 horas (Tabela
1).
                       9.3.6.2 Deverão ser objeto de controle sistemático as situações que
                       apresentem exposição ocupacional acima dos níveis de ação, conforme
                       indicado nas alíneas que seguem:
                       b) para o ruído, a dose de 0,5 (dose superior a 50%), conforme critério
                       estabelecido na NR-15, Anexo I, item 6. (Fonte: BRASIL 1978).
7




   Tabela 1: Nível critério para adoção de medidas preventivas e corretivas
Dose diária NEN              Consideração         Atuação recomendada
(%)         dB(A)            técnica
0 a 50      até 82           aceitável           No mínimo manutenção da
                                                 condição existente
50 a 80         82 a 84      acima do nível de Adoção de medidas preventivas
                             ação
80 a 100        84 a 85      região de incerteza Adoção de medidas preventivas e
                                                 corretivas visando redução da dose
                                                 diária
Acima de 100    > 85         Acima do LT         Adoção imediata de medidas
                                                 corretivas
     Fonte: NHO 01 (FUNDACENTRO, 2001).


     Tabela 2: Limites de Tolerância para Ruído Contínuo ou Intermitente
   NE       ou Máxima exposição diária          Máxima exposição diária
   TWA      dB permissível pela NR15            permissível pela NHO 01
   (A)         (horas)                          (minutos)
   85          8 horas                          480,00
   86          7 horas                          380,97
   87          6 horas                          302,38
   88          5 horas                          300,00
   89          4,5 horas                        190,48
   90          4 horas                          151,19
   91          3,5 horas                        120,00
   92          3 horas                          95,24
   93          2 horas e 40 minutos             75,59
   94          2 horas e 15 minutos             60,00
   95          2 horas                          47,62
   96          1 hora e 45 minutos              37,79
   97          1 hora e 30 minutos              30,00
   98          1 hora e 15 minutos              23,81
   100         1 hora                           15,00
   102         45 minutos                       9,44
   104         35 minutos                       5,95
   105         30 minutos                       4,72
   106         25 minutos                       3,75
   108         20 minutos                       2,36
   110         15 minutos                       1,48
   112         10 minutos                       0,93
   114         8 minutos                        0,59
   115         7 minutos                        0,46
     Fonte: BRASIL (1978).
8




2.2. OS EFEITOS DO RUÍDO SOBRE O HOMEM


       Um dos agentes nocivos à saúde do trabalhador mais encontrado em um
ambiente de trabalho é o ruído. Ele é responsável quando encontrado em um
ambiente de trabalho por inúmeros distúrbios orgânicos, surdez temporária ou
permanente, contribuindo para possíveis situações de acidente.
       O ouvido humano é dividido em três partes: externo, médio e interno.
a.) Ouvido externo: É formado pelo pavilhão auricular e canal auditivo com a
membrana timpânica no fundo
b.) Ouvido médio: Estão os 3 ossículos (martelo, bigorna, estribo) e a abertura da
tuba auditiva
c.) Ouvido interno: Também chamado de labirinto, é formado pelo aparelho
vestibular (equilíbrio) e cóclea (audição).




         Figura 1: As divisões do ouvido-Fonte: Medicina Geriátrica (2007)


       O trabalhador apresentara a perda da audição sempre decorrente de lesão do
nervo auditivo, em razão do dano causado às células do órgão de Corti localizado no
ouvido interno, e pode ser agravada pela exposição simultânea a produtos químicos e
às vibrações. Uma vez instalada, a perda auditiva é irreversível e quase sempre atinge
os dois ouvidos e isso, ocorre principalmente pelos seguintes fatores: tempo de
exposição, susceptibilidade individual e características físicas do ruído (tipo, espectro
e nível de pressão sonora). Além da perda auditiva pode ocorrer intolerância a sons
intensos, zumbidos, dificuldades na comunicação social e outros comprometimentos
9




orgânicos, tais como estresse, distúrbios da atenção, do sono e do humor, alterações
transitórias na pressão arterial, distúrbios gástricos, entre outros sintomas.


2.3. PROTETORES AURÍCULARES


       Na linha de produção são utilizados três tipos de protetores auriculares:
protetor auricular tipo concha (circum-auricular), protetor auricular tipo plug com
flanges (inserção) e protetor auricular tipo plug expansão.
Protetor auricular tipo concha é constituído por duas conchas em plástico, resistente a
choque mecânico, revestidas com almofadas de espuma em suas laterais (que entram
em contato com a cabeça do usuário) e no interior das conchas. Possui também um
arco que serve para manter as conchas firmemente seladas contra a região das orelhas
do usuário.




                 Figura 2: Protetor auricular tipo concha. (3 M 2007)


       Com base das informações fornecidas pelo fabricante a redução de ruído (dB)
no ouvido é de aproximadamente 23 dB, se corretamente utilizado conforme
instruções do fabricante.
Protetor auricular tipo plug (inserção), composto de um eixo com três flanges de
dimensões variáveis e um cordão ligando os dois plugues. Com base das informações
fornecidas pelo fabricante a redução de ruído (dB) no ouvido é de aproximadamente
25 dB, se corretamente utilizado conforme instruções do fabricante.
10




           Figura 3: Protetor auricular tipo plug com flanges. (3 M 2007)


       Protetor de espuma moldável, do tipo inserção, em formato de cone, com a
base plana e o topo arredondado, possui um cordão, ligando os dois plug. O protetor
por ter a característica de ser moldável faz com que seja adaptável à maioria dos
condutos auditivos. Com base das informações fornecidas pelo fabricante a redução
de ruído (dB) no ouvido é de aproximadamente 29 dB, se corretamente utilizado
conforme instruções do fabricante. Possui baixa vida útil pois o mesmo deve ser
descartado todas as vezes que estiver sujo, em condições não higiênicas para uso, não
sendo possível a lavagem.




               Figura 4: Protetor auricular tipo moldável. (3 M 2007)
11




3. MATERIAIS E MÉTODO


       Esta etapa trata da parte referente à fundamentação e estrutura da proposta do
trabalho, apresentando a descrição do perfil da empresa, a descrição do processo
produtivo e o delineamento dos materiais e métodos aplicados. A elaboração da
referente pesquisa tem como base a utilização de equipamento de medição para
níveis de ruído e levantamento de dados.

3.1. DESCRIÇÃO DO PERFIL DA EMPRESA

       A Empresa estudada possui a seguinte estrutura:
           a) Organização privada;
           b) Sociedade anônima de capital aberto;
           c) Localizada na região de Cuiabá – MT;
           d) Atua na área de produção de cervejas e refrigerantes;
           e) Jornadas de trabalho em três turnos de 8 horas cada, durante todos os
              dias da semana para as áreas de produção e horário comercial para as
              funções administrativas;
           f) Quadro de 420 funcionários próprios e 150 terceiros.


       A empresa possui como prioridade zelar e garantir que todos os trabalhos
realizados sejam, feitos em segurança, de forma que cada gestor seja responsável
pela integridade física e mental de cada colaborador de sua equipe.
        A empresa possui CIPA atuante e programas de incentivo a segurança
viabilizando o sistema de gestão de segurança e saúde ocupacional. Outro ponto a se
observar é o fato empresa possuir regras, padrões que estabelecem todas as práticas
de realização de serviço de forma segura e que ao mesmo tempo garanta resultados.
       Um ponto muito interessante é o fato de uma vez por semana serem
contabilizados todo é qualquer tipo de acidente/incidente e é feito o levantamento se
as causas dos mesmos estão sendo tratadas.
12




3.2. INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO

       Para a medição foi utilizado o seguinte instrumento: Dosímetro de Ruído
Digital, modelo DOS – 500 marca Instrutherm. O Dosímetro é um aparelho utilizado
para medir a intensidade sonora.




                 Figura 5: Dosímetro de Ruído Digital, modelo DOS – 500


       O Dosímetro é muito utilizado em indústrias, e por ser portátil, o mesmo é
fixado em trabalhadores de diversas funções. Sua aplicação visa mensurar a dosagem
de ruído que um trabalhador recebe durante sua carga horária diária. O Dosímetro
conta com um microfone que é colocado próximo à zona auditiva do trabalhador que
o transporta. Sua amostragem é feita automaticamente pelo aparelho onde é colhido o
Leq (nível médio) para apresentação aos órgãos competentes e para a prevenção de
riscos ocupacionais. O dosímetro de ruído foi ajustado de forma a atender aos
seguintes parâmetros: Circuito de ponderação “A”; Circuito resposta lenta (slow);
Nível critério de 85 dB (A); Nível limiar de integração de 80 dB (A); Faixa de
medição entre 70 e 140 dB (A) e Incremento de dose igual a 5.
       Segue abaixo definições utilizadas pelo aparelho:


a) q (exchange rate): incremento de duplicação da dose, igual a 5 e 3, pela NR15
   (BRASIL, 1978) e NHO 01 (FUNDACENTRO, 2001), respectivamente.

b) D(%): dose de ruído para o período de medição, expressa em porcentagem.
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c) Dproj%(h): dose de ruído projetada para o período da jornada (6 ou 8 horas),
   expressa em porcentagem. O limite de tolerância para a dose diária de ruído é
   100%.

d) Limite de Exposição (LE): parâmetro de exposição ocupacional que representa
   condições sob as quais acredita-se que a maioria dos trabalhadores possa estar
   exposta, repetidamente, sem sofrer efeitos adversos à sua capacidade de ouvir e
   entender    uma     conversação     normal,    estabelecido    pela   NHO       01
   (FUNDACENTRO, 2001).
   O critério da NHO 01 é mais rigoroso que o da NR15(BRASIL, 1978), que
   define Limite de Tolerância (LT) como sendo a concentração ou intensidade
   máxima ou mínima, relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao
   agente, que não causará dano à saúde do trabalhador durante sua vida laboral.


e) Leq (Equivalente Level) é o nível ponderado sobre o período de medição, que
   pode ser considerado como nível de pressão sonora contínuo, em regime
   permanente, que produziria a mesma dose de exposição que o ruído real,
   flutuante, no mesmo período de tempo.


f) TWA (Time Weighting Average) ou Lavg (Level Average): é a média ponderada
   do nível de pressão sonora no tempo avaliado expressa em dB(A), que deve ser
   comparada com os Limites de Tolerância (LT), de modo a identificar o tempo
   máximo de exposição sem o uso do EPI.

g) CL (Criterion Level) – CR (Critério de Referencia): é o nível de ruído para o qual
   a exposição por um período de 8 horas corresponde a uma dose de 100%. Pela
   NR15 e pela NHO 01 é 85dB(A).

h) TL (Threshold Level) – NIL (Nível Limiar de Integração): valor a partir do qual
   são computados na integração dos níveis de ruído, para fins de determinação da
   dose ou nível médio de ruído.
14




3.3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS


       A metodologia para avaliação da exposição ocupacional ao ruído nos
ambientes de trabalho dos operadores compreende avaliação quantitativa no
ambiente de trabalho do mesmo, conforme procedimentos estabelecidos em norma.
A técnica quantitativa consiste em levantamentos de dados utilizando equipamentos
de medição para níveis de ruído.
       Os locais de medição foram escolhidos de forma a representar as reais
condições de trabalho do operador de máquina. Foram feitas medições em cada uma
das maquinas de forma a representar as reais condições de trabalho de cada operador.
       Foram feitos os seguintes procedimentos em cada medição com base na
Norma de Higiene Ocupacional 01 – NHO 01 (FUNDACENTRO, 2001).
i) O medidor foi colocado no trabalhador a ser avaliado e fixado o microfone dentro
   da zona auditiva;
j) Adotou-se as medidas necessárias para impedir que o usuário, ou outra pessoa,
   possa fazer alterações na programação do equipamento, comprometendo os
   resultados obtidos;
k) Iniciou-se o processo de integração somente após o microfone estar devidamente
   ajustado e fixado no trabalhador;
l) Checou-se o dosímetro periodicamente, durante a avaliação, para se assegurar de
   que o microfone está adequadamente posicionado e que o equipamento está em
   condições normais de operação;
m) Retirou-se o microfone do trabalhador somente após a interrupção da medição;
n) Registrou-se o tempo efetivo de medição.
o) As medições foram realizadas em todos os máquinas que necessitem de
   operadores para funcionamento:
                  a. Locais:
                          i. Despaletizadora
                         ii. Enchedora
                         iii. Pasteurizador
                         iv. Empacotadoras de latas
                         v. Paletizadora/Envolvedora de paletes
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3.4. ABORDAGEM DOS LOCAIS E DAS CONDIÇÕES DE TRABALHO


        A avaliação foi feita de forma a considerar todos os operadores de máquinas
considerados no estudo.
        O grupo de operadores relacionados no estudo possui homogeneidade não
precisando assim avaliar todos os operadores.
        O conjunto de medições é representativo das condições reais a qual o grupo
de trabalhadores está exposto.
        Os procedimentos de medição foram feitos sem interferir nas condições
ambientais e operacionais aos quais os operadores que portaram o equipamento de
medição estavam sujeitos.
        Todos os procedimentos de medição seguiram as recomendações da Norma
de Higiene Ocupacional NHO-01 (FUNDACENTRO, 2001).

3.5. MÉTODO PARA ANÁLISE DOS RESULTADOS

        A avaliação da exposição ocupacional ao ruído continuo deverá ser feita por
meio de determinação da dose diária de ruído para determinados períodos de tempo,
a partir das quais se calculou os níveis médios equivalentes de ruído (Lavg).
        A relação entre a D(%) e o Lavg é dado pela Equação 1.



                                                      (dBA)        Equação 1

Onde:
   a.) TWA: Ruído médio equivalente global para a jornada de trabalho de 8 horas
        (ou Lavg);
   b.) Lc: É o nível de critério utilizado (85dBA);
   c.) D%: É o valor da dose de ruído fornecido pelo aparelho;
   d.) Tc: É a constante de tempo de 8 horas, expresso em minutos;
   e.) T: É o tempo de medição de ruído expresso em minutos;
   f.) N: É o valor padrão para cada norma. Para NR-15 utiliza-se 5/log2 = 16,61 e
        para a NHO 01 utiliza-se 3/log2=10.
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        Como os períodos de medição não corresponderam à jornada de trabalho
completa calculou-se a Dose projetada para a jornada de 8 horas Dproj(8), com a
Equação 1. No caso de jornadas diferentes da padrão de 8 horas.

                                                         (%)      Equação 2



Onde:
   a.) Dproj%(h): dose projetada para o período de tempo da jornada;
   b.) T: tempo para o qual se quer projetar a dose, expresso em minutos;
   c.) Tc: É a constante de tempo de 8 horas, expresso em minutos;
   d.) Lc: É o nível de critério utilizado (85dBA);
   e.) q: incremento de duplicação da dose (q=5).


        Tendo como base as formulas relacionadas acima foram feitos todos os
devidos cálculos de forma a encontrar os valores correspondentes ao ruído médio
equivalente (TWA) e a Dose projetada para 8 horas (Dproj(8)) sendo os resultados
apresentados no próximo capítulo.
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4. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS


4.1. DESCRIÇÃO DO PROCESSO PRODUTIVO


       O processo de produção de cerveja se inicia com o recebimento de matéria-
prima, insumos necessários à fabricação da mesma. Todo material de fabricação é
entregue ao processo que se responsabiliza de fabricar a cerveja e armazenar em
tanques e posteriormente, conforme programação, enviar à área de envase, as
chamadas linhas de produção. As linhas de produção são responsáveis de envasar o
produto em recipientes descartáveis ou retornáveis, e disponibilizar tais produtos
para o armazém para que possam ser comercializados posteriormente.
       A linha a qual se refere o trabalho se trata de uma linha de envase de líquido
em recipientes em latas, possuindo uma área fechada de aproximadamente 270m²,
com pé direito de 30m de altura. A linha de produção de bebidas em latas é capaz de
produzir 93000 latas hora, sendo tal linha de produção composta de cinco máquinas
responsáveis por todo processo de trabalho.
       O processo de envase de bebidas em recipientes de latas se da a partir do
momento em que as latas são recolhidas pela despaletizadora (Figura 6). Para a
operação da máquina é necessário apenas um operador por turno de produção sendo
utilizada como medida de controle do ruído a utilização de protetores auriculares tipo
concha, do tipo plug com flange ou moldável conforme preferência do operador




                            Figura 6: Despaletizadora de latas.
       Após a despaletização as latas são transportadas até a enchedora. No
transporte até a enchedora, as latas passam por dois dispositivos, o primeiro é a
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chamada ponte de vácuo (Figura 7) que é responsável por eliminar latas que possam
estar amassadas. A ponte de vácuo recolhe as latas, a partir da parte superior das
mesmas, formando um vácuo em seu interior, transportando-as penduradas pela
ponte, sendo que as latas irregulares possuem de alguma forma algum tipo de
amassado em seu corpo, não favorecendo a formação do vácuo no em seu interior, e
assim a mesmas ao passarem pela ponte não ficam penduradas e caem na bacia de
descarte de latas amassadas.




                                 Figura 7: Ponte de vácuo.
        Após passar pela ponte de vácuo as latas chegam ao segundo dispositivo que
é responsável pela esterilização do interior das latas, o chamado “Rinser”. No rinser
as latas recebem um jato de água quente a 95 ºC e logo após, um jato de vapor a uma
temperatura de 100 ºC a uma pressão de 2Bar, de forma a esterilizar as latas. Ao
chegar na enchedora (Figura 8) as latas são recolhidas pela máquina de forma a
serem ambientadas com CO2, em seguidas as mesmas recebem o liquido(cerveja ou
refrigerante) sendo lacradas e conduzidas através de transportes até o pasteurizador.
A enchedora é controlada por dois operadores em cada turno que têm como
responsabilidade a operação da máquina através de painéis com botoeiras, limpeza e
organização da mesma e de seus arredores e de fazer análises de qualidade do
produto. Como medida de proteção os operadores utilizam protetores auriculares do
tipo concha, plug com flange ou moldável, conforme preferência do operador, botas
e luvas do tipo vaqueta.
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                              Figura 8: Enchedora de latas.
       As latas cheias passam pelo processo de Pasteurização que consiste em
inativar microrganismos presentes na cerveja dando estabilidade ao produto. O
pasteurizador (Figura 9) é operado por apenas um funcionário ao longo de cada turno
sendo o mesmo responsável por fazer a limpeza do equipamento e de seus arredores
e de monitorar e fazer análises de qualidade para garantir a pasteurização do produto.
O pasteurizador é um equipamento que submete o operador a um alto índice de ruído
pelo fato do operador ficar muito próximo aos transportes de latas. Como medida de
proteção os operadores utilizam, protetores auriculares tipo concha, tipo plug com
flange ou moldável, conforme preferência do operador, e botas de vaqueta.




                             Figura 9: Pasteurizador de latas.
        Após ser pasteurizado o produto é submetido a um equipamento chamado de
inspetor de latas mal cheias (Figura 10), que identifica e elimina do processo todas as
latas que possam estar com nível de enchimento fora dos parâmetros do Inmetro.
20




                               Figura 10: Inspetor de latas.
       Logo após a passagem pelo inspetor, as latas estão prontas para serem
empacotadas. Para o empacotamento são utilizadas duas máquinas, as chamadas
empacotadoras shirink (Figura 11). Para a operação destas máquinas, basta apenas
um funcionário sendo as mesmas controladas através de painéis de comando com
botoeiras. As empacotadoras são equipamentos que submetem o operador a um alto
índice de ruídos por serem máquinas rotativas compostas por motores, redutores e
correntes. Como medida de proteção os operadores utilizam protetores auriculares
tipo concha, plug com flange ou moldável, conforme preferência do operador , botas
de segurança de vaqueta.




                           Figura 11: Empacotadoras de latas.
       As latas empacotadas, em pacotes contendo 12 unidades, são transportadas
através de esteiras até as paletizadoras (Figura 12) onde são formados os paletes de
21




produtos acabados. A paletizadora é um equipamento que submete os operadores ao
maior índice de ruídos da linha de produção. Para a operação da Paletizadora são
necessários dois operadores que controlam a máquina através de painéis de comando
com botoeiras. Como medidas de controle existentes são utilizados protetores
auriculares do tipo plug com flange ou moldável e do tipo concha conforme a
preferência do operador, e botinas do tipo vaqueta.




                             Figura 12: Paletizadora de latas.
       Para finalizar o processo de envase de cerveja/refrigerante em lata os paletes
com produto acabado passam pelo processo de Envolvimento, onde uma máquina
chamada de envolvedora (Figura 13) é responsável pelo envolvimento dos paletes
com um plástico transparente para se evitar que o produto caia dos paletes durante o
transporte e possa ser enviado ao armazém. Está máquina não possui nenhum
operador sendo necessário apenas à troca do filma plástico pelo próprio operador de
paletizadora. Vale ressaltar que os ruídos encontrados na linha de produção são
inerentes ao processo.




                                Figura 13: Envolvedora de paletes.
22




4.2. AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AO RUÍDO NA
MÁQUINA DE DESPALETIZAÇÃO – DESPALETIZADORA


       Durante todo tempo de permanência na despaletizadora o operador
permanece com protetor auricular tipo concha, tipo plug com flanges ou moldável,
conforme sua preferência, ao longo de toda jornada de trabalho.
       A Tabela 3 mostra as dosimetrias de ruído na despaletizadora, fornecidos pelo
aparelho de medição, com os parâmetros de configuração adotados para as funções
de Operador. A Tabela 4 mostra os resultados do TWA dB(A) e da Dproj%(h), para
uma projeção de jornada de 8 horas trabalho, em regime de ruído continuo, levando
em consideração a não utilização dos protetores auriculares disponíveis na empresa e
a utilização dos mesmos.




Tabela 3: Dosimetria na despaletizadora fornecida pelo aparelho de medição

                   Função                   Operador
                   Local                    Despaletizadora
                   Equipamento              DOS 500
                   Nível limiar             80 dB
                   Nível critério           85 dB
                   Taxa de troca            5 dB
                   Ponderação de tempo      Lento
                   dBRMS 115                Sim
                   Excedeu 140              Não
                   Data                     08-11
                   Hora inicio              16h49min
                   Hora finalização         18h07min
                   Tempo exposição          01h17min
                   Dose (%)                  34,92
23




Tabela 4: Resultados do TWA dB(A), Dproj%(8), para funções de Operador de
despaletizadora, levando em consideração a situação com e sem protetor auricular


             OPERADOR DE DESPALETIZADORA
                        SEM
                                   PROTETOR PROTETOR PROTETOR
                        UTILIZAÇÃO
                                   TIPO     TIPO PLUG TIPO PLUG
                        DE
                                   CONCHA   FLANGES MOLDÁVEL
                        PROTETOR
        (TWA) dB     90,611377        67,611377    65,611377    61,611377
        Dproj% (8 h) 217,68           8,97         6,8          3,9


       Para a função de Operador de despaletizadora a dose de ruído projetada para
8 horas (Dproj%(8 h)) é de 217,68% e o ruído médio equivalente (TWA dB(A)) é de
90,61 dB, sendo assim estes valores são superiores à dose diária permissível de 100%
e, excedem, portanto, os limites de exposição ao ruído da NR-15 (Brasil, 1978).
Também estão acima do nível de ação de 100% da dose, ou seja, maior que 85 dB
(A), sendo necessária adoção imediata de medidas corretivas.
       Entretanto levando em consideração a utilização dos protetores auriculares e a
redução que cada um proporciona (com base nas informações fornecidas pelo
fabricante), temos que para o protetor tipo concha a redução de ruído médio
equivalente (dB) no ouvido é de aproximadamente 23dB, sendo assim o ruído médio
equivalente (TWA dB(A)) é de 67,61, e a dose de ruído projetada para 8 horas
(Dproj%(8 h)) é de 8,97dB, sendo valores inferiores as doses diárias permissíveis de
100% e, não excedendo os limites de exposição ao ruído da NR-15 (Brasil, 1978).
Também não estão acima do nível de ação de 100% da dose, ou seja, maior que
85dB (A), sendo então uma medida corretiva de grande solução.
       Para protetor tipo plug com flanges a redução de ruído médio equivalente
(dB) no ouvido é de aproximadamente 25dB, sendo assim o ruído médio equivalente
(TWA dB(A)) é 65,61dB e a dose de ruído projetada para 8 horas (Dproj%(8h)) é de
6,8dB, sendo valores inferiores as doses diárias permissíveis de 100% e, não
excedendo os limites de exposição ao ruído da NR15 (Brasil, 1978), sendo então
também uma medida corretiva de grande solução.
       Para protetor tipo plug moldável a redução de ruído médio equivalente (dB)
no ouvido é de aproximadamente 29dB, sendo assim o ruído médio equivalente
24




(TWA dB(A)) é 61,61dB e a dose de ruído projetada para 8 horas (Dproj%(8 h)) é de
3,9dB, sendo valores inferiores as doses diárias permissíveis de 100% e, não
excedendo os limites de exposição ao ruído da NR-15 (Brasil, 1978), sendo então
também uma medida corretiva de grande solução. Entretanto tal protetor auricular é
de baixa vida útil (descartável), por não possibilitar sua higienização.


4.3. AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AO RUÍDO NA
MÁQUINA DE ENCHIMENTO – ENCHEDORA DE LATAS


       Durante todo tempo de permanência na enchedora de latas o operador
permanece com protetor auricular tipo concha, tipo plug com flanges ou moldável,
conforme sua preferência, ao longo de toda jornada de trabalho.
       A Tabela 5 mostra as dosimetrias de ruído na enchedora de latas, fornecidos
pelo aparelho de medição, com os parâmetros de configuração adotados para as
funções de operador. A tabela 6 mostra os resultados do TWA dB(A) e da
Dproj%(h), para uma projeção de jornada de 8 horas trabalho, em regime de ruído
continuo, levando em consideração a não utilização dos protetores auriculares
disponíveis na empresa e a utilização dos mesmos.

Tabela 5: Dosimetria na enchedora de latas fornecida pelo aparelho de medição


                    Função                    Operador
                    Local                     Enchedora
                    Equipamento               DOS 500
                    Nível limiar              80 dB
                    Nível critério            85 dB
                    Taxa de troca             5 dB
                    Ponderação de tempo       Lento
                    dBRMS 115                 Sim
                    Excedeu 140               Não
                    Data                      08-12
                    Hora inicio               11h59min
                    Hora finalização          13h34min
                    Tempo exposição           01h34min
                    Dose (%)                   56,02
25




Tabela 6: Resultados do TWA dB(A), Dproj%(8), funções de operador de enchedora
de latas, levando em consideração a situação com e sem protetor auricular


                  OPERADOR DE ENCHEDORA
                        SEM
                                   PROTETOR PROTETOR PROTETOR
                        UTILIZAÇÃO
                                   TIPO     TIPO PLUG TIPO PLUG
                        DE
                                   CONCHA   SIMPLES   MOLDÁVEL
                        PROTETOR
        (TWA) dB        92,58185      69,58185     67,58185     63,58185
        Dproj%(8 h)     286,05        11,79        8,94         5,13


       Para a função de operador de Enchedora de latas a dose de ruído projetada
para 8 horas (Dproj%(8 h)) e 286,05% e o ruído médio equivalente (TWA dB(A)) é
92,58dB (A), sendo assim estes valores são superiores à dose diária permissível de
100% e, excedem, portanto, os limites de exposição ao ruído da NR15 (Brasil,
1978). Também estão acima do nível de ação de 100% da dose, ou seja, maior que
85dB (A), sendo necessária adoção imediata de medidas corretivas. Levando em
consideração a utilização dos protetores auriculares e a redução que os mesmos
proporcionam temos que, o ruído médio equivalente (TWA dB(A)) para os
protetores tipo concha,tipo plug com flanges e o tipo moldável serão
respectivamente, 69,58dB, 67,58dB, 63,58dB e os valores da dose de ruído projetada
para 8 horas (Dproj%(8 h)) são, 11,79%, 8,94%, 5,13%, sendo valores inferiores as
doses diárias permissíveis de 100% e portanto, não excedendo os limites de
exposição ao ruído da NR15 (Brasil, 1978), sendo então uma medida corretiva de
grande solução


4.4. AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AO RUÍDO NA
MÁQUINA DE PASTEURIZAÇÃO – PASTEURIZADOR DE LATAS


       Durante todo tempo de permanência no pasteurizador de latas o operador
permanece com protetor auricular tipo concha, tipo plug com flanges ou moldável,
conforme sua preferência, ao longo de toda jornada de trabalho. O operador de
pasteurizador executa suas atividades muito próximas a transportes de latas, sendo
tais transportes emissores de um alto índice de ruídos devido aos inúmeros motores e
esteiras transportadoras de latas. O operador fica exposto a um ruído
26




preliminarmente caracterizado como continuo durante toda a execução de suas
tarefas.
           A Tabela 7 mostra as dosimetrias de ruído no pasteurizador de latas,
fornecidos pelo aparelho de medição, com os parâmetros de configuração adotados
para as funções de operador. A tabela 8 mostra os resultados do (TWA dB (A)) e da
Dproj%(h), para uma projeção de jornada de 8 horas trabalho, em regime de ruído
continuo, levando em consideração a não utilização dos protetores auriculares
disponíveis na empresa e a utilização dos mesmos.


Tabela 7: Dosimetria no pasteurizador de latas fornecida pelo aparelho de medição.

                     Função                   Operador
                     Local                    Pasteurizador
                     Equipamento              DOS 500
                     Nível limiar             80 dB
                     Nível critério           85 dB
                     Taxa de troca            5 dB
                     Ponderação de tempo      Lento
                     dBRMS 115                Sim
                     Excedeu 140              Não
                     Data                     08-12
                     Hora inicio              13h44min
                     Hora finalização         15h40min
                     Tempo exposição          01h55min
                     Dose (%)                  74,61

Tabela 8: Resultados do TWA dB (A), Dproj%(8), funções de operador de
pasteurizador de latas, levando em consideração a situação com e sem protetor
auricular


                  OPERADOR DE PASTEURIZADOR
                          SEM
                                     PROTETOR PROTETOR PROTETOR
                          UTILIZAÇÃO
                                     TIPO     TIPO PLUG TIPO PLUG
                          DE
                                     CONCHA   SIMPLES   MOLDÁVEL
                          PROTETOR
           (TWA) Db       93,194493   70,194493      68,194493   64,194493
           Dproj%(8h)     331,41      12,84          9,73        5,58
27




       Para a função de operador de Pasteurizador de latas a dose de ruído projetada
para 8 horas (Dproj%(8 h)) e 331,41% e o ruído médio equivalente (TWA dB(A)) é
93,19 dB (A), sendo assim estes valores são superiores à dose diária permissível de
100% e, excedem, portanto, os limites de exposição ao ruído da NR15 (Brasil,
1978). Também estão acima do nível de ação de 100% da dose, ou seja, maior que 85
dB (A), sendo necessária adoção imediata de medidas corretivas. Levando em
consideração a utilização dos protetores auriculares e a redução que os mesmos
proporcionam temos que, o ruído médio equivalente (TWA dB (A)) para os
protetores tipo concha,tipo plug com flanges e o tipo moldável serão
respectivamente, 70,19dB, 68,19dB, 64,19dB e os valores da dose de ruído projetada
para 8 horas (Dproj%(8 h)) são, 12,84%, 9,73%, 5,58%, sendo valores inferiores as
doses diárias permissíveis de 100% e portanto, não excedendo os limites de
exposição ao ruído da NR-15 (Brasil, 1978), sendo então uma medida corretiva de
grande solução


4.5. AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AO RUÍDO NA
MÁQUINA EMPACOTADORA DE LATAS


       Durante todo tempo de permanência na empacotadora de latas o operador
permanece com protetor auricular tipo concha, tipo plug com flanges ou moldável,
conforme sua preferência, ao longo de toda jornada de trabalho. O operador de
empacotadora executa suas atividades muito próximas a transportes de latas e
envolvedores de latas, sendo equipamentos emissores de altos índices de ruídos. O
operador fica exposto a um ruído preliminarmente caracterizado como continuo
durante toda a execução de suas tarefas. .
       A tabela 9 mostra as dosimetrias de ruído na empacotadora de latas,
fornecidos pelo aparelho de medição, com os parâmetros de configuração adotados
para as funções de operador. A tabela 10 mostra os resultados do TWA dB (A) e da
Dproj%(h), para uma projeção de jornada de 8 horas trabalho, em regime de ruído
continuo, levando em consideração a não utilização dos protetores auriculares
disponíveis na empresa e a utilização dos mesmos.
28




Tabela 9: Dosimetria na empacotadora de latas fornecida pelo aparelho de medição.


                Função                  Operador
                Local                   Empacotadora de latas
                Equipamento             DOS 500
                Nível limiar            80 dB
                Nível critério          85 dB
                Taxa de troca           5 dB
                Ponderação de tempo     Lento
                dBRMS 115               Sim
                Excedeu 140             Não
                Data                    08-11
                Hora inicio             13h30min
                Hora finalização        14h51min
                Tempo exposição         01h21min
                Dose (%)                 61,51



Tabela 10: Resultados do TWA dB (A), Dproj%(8), funções de operador de
empacotadora de latas, levando em consideração a situação com e sem protetor
auricular


               OPERADOR DE EMPACOTADORA
                        SEM
                                   PROTETOR PROTETOR PROTETOR
                        UTILIZAÇÃO
                                   TIPO     TIPO PLUG TIPO PLUG
                        DE
                                   CONCHA   SIMPLES   MOLDÁVEL
                        PROTETOR
       (TWA) Db         94,329978     71,329978   69,329978     65,329978
       Dproj%(8h)
       %                364,50        15,03       11,39         6,54


       Para a função de operador de empacotadora de latas a dose de ruído projetada
para 8 horas (Dproj%(8 h)) e 364,50% e o ruído médio equivalente (TWA dB(A)) é
94,32 dB (A), sendo assim estes valores são superiores à dose diária permissível de
100% e, excedem, portanto, os limites de exposição ao ruído da NR-15 (Brasil,
1978). Também estão acima do nível de ação de 100% da dose, ou seja, maior que 85
dB (A), sendo necessária adoção imediata de medidas corretivas. Levando em
consideração a utilização dos protetores auriculares e a redução que os mesmos
proporcionam temos que, o ruído médio equivalente (TWA dB (A)) para os
29




protetores tipo concha,tipo plug com flanges e o tipo moldável serão
respectivamente, 71,32dB, 69,32dB, 65,32dB e os valores da dose de ruído projetada
para 8 horas (Dproj%(8 h)) são, 15,03%, 11,39%, 6,54%, sendo valores inferiores às
doses diárias permissíveis de 100% e portanto, não excedendo os limites de
exposição ao ruído da NR-15 (Brasil, 1978), sendo então uma medida corretiva de
grande solução


4.6. AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AO RUÍDO NA
PALETIZADORA DE LATAS


       Durante todo tempo de permanência na paletizadora de pacotes de latas o
operador permanece com protetor auricular tipo concha, tipo plug com flanges ou
moldável, conforme sua preferência, ao longo de toda jornada de trabalho. O
operador de paletizadora executa suas atividades muito próximas aos transportes de
pacotes, sendo táis transportes formados por esteiras de plástico( transporte de
pacotes) e correntes (transporte de paletes ) e emissores de altos índices de ruídos. O
operador fica exposto a um ruído preliminarmente caracterizado como continuo
durante toda a execução de suas tarefas.
       A tabela 11 mostra as dosimetrias de ruído nas paletizadoras, fornecidos pelo
aparelho de medição, com os parâmetros de configuração adotados para as funções
de operador. A tabela 12 mostra os resultados do TWA dB(A) e da Dproj%(h), para
uma projeção de jornada de 8 horas trabalho, em regime de ruído continuo, levando
em consideração a não utilização dos protetores auriculares disponíveis na empresa e
a utilização dos mesmos.
30




Tabela 11: Dosimetria na paletizadora fornecida pelo aparelho de medição
                   Função                   Operador
                   Local                    Paletizadora
                   Equipamento              DOS 500
                   Nível limiar             80 dB
                   Nível critério           85 dB
                   Taxa de troca            5 dB
                   Ponderação de tempo      Lento
                   dBRMS 115                Sim
                   Excedeu 140              Não
                   Data                     08-11
                   Hora inicio              15h27min
                   Hora finalização         16h44min
                   Tempo exposição          01h17min
                   Dose (%)                  70,76

Tabela 12: Resultados do TWA dB(A), Dproj%(8), funções de operador de
paletizadora de latas, levando em consideração a situação com e sem protetor
auricular
:

                OPERADOR DE PALETIZADORA
                         SEM
                                    PROTETOR PROTETOR PROTETOR
                         UTILIZAÇÃO
                                    TIPO     TIPO PLUG TIPO PLUG
                         DE
                                    CONCHA   SIMPLES   MOLDÁVEL
                         PROTETOR
        (TWA) Db        95,70589     72,70589     70,70589     66,70589
        Dproj%(8h)
        %               441,10       18,18        13,78        7,91
       Para a função de Operador de paletizadora de latas a dose de ruído projetada
para 8 horas (Dproj% (8 h)) e 441,10% e o ruído médio equivalente (TWA dB (A))
é 95,70 dB (A), sendo assim estes valores são superiores à dose diária permissível de
100% e, excedem, portanto, os limites de exposição ao ruído da NR15 (Brasil,
1978). Também estão acima do nível de ação de 100% da dose, ou seja, maior que 85
dB (A), sendo necessária adoção imediata de medidas corretivas. Levando em
consideração a utilização dos protetores auriculares e a redução que os mesmos
proporcionam temos que, o ruído médio equivalente (TWA dB (A)) para os
protetores tipo concha, tipo plug com flanges e o tipo moldável serão
respectivamente, 72,70dB, 70,70dB, 66,70dB e os valores da dose de ruído projetada
para 8 horas (Dproj%(8 h)) são, 18,18%, 13,78%, 7,91%, sendo valores inferiores as
31




doses diárias permissíveis de 100% e portanto, não excedendo os limites de
exposição ao ruído da NR15 (Brasil, 1978), sendo uma medida corretiva de grande
solução.


4.7. COMENTÁRIOS


       Os valores de dose projetada sem utilização de EPI’s para a jornada de oito
horas (Dproj%8h) obtidas foram de 217,68%, na despaletizadora, 286,05% na
enchedora, 331,41% no pasteurizador, 364,50% na empacotadora e 441,10% na
paletizadora, sendo que em todas as funções foi ultrapassado o limite de tolerância da
dose diária de ruído de 100%, caracterizando exposição ocupacional ao ruído nos
termos da NR-15 (BRASIL, 1978). Segue a figura representativa dos resultados.

                           Dose Prjetada sem uso de EPI's


                       450,00%                             441,10%
                       400,00%                      364,50%
                       350,00%               331,41%
                       300,00%        286,05%
                       250,00% 217,68%
           Valores (%)
                       200,00%
                       150,00%                                             Dose (%)
                       100,00%
                        50,00%
                         0,00%
                                 1      2      3      4      5
                                             Maquinas



            Figura 14: Dose projetada sem uso de EPI’s para todas as máquinas


Contudo todos os operadores de máquinas utilizam-se de protetores auriculares para
realizar suas tarefas na linha de produção, de forma que os valores de dose projetada
com utilização de EPI’s para a jornada de oito horas (Dproj%8 h) para cada máquina
em função dos tipos 3 de protetores auriculares utilizados, tipo concha,tipo plug com
flanges e o tipo moldável serão respectivamente, 8,97%, 6,8%, 3,9% para a
despaletizadora (Figura 15), 11,79%, 8,94%, 5,13% para enchedora (Figura 16),
12,84%, 9,73%, 5,58%, para o pasteurizador (Figura 17), 15,03%, 11,39%, 6,54%,
para empacotadora (Figura 18) e 18,18%, 13,78%, 7,91% para a paletizadora (Figura
19), sendo valores inferiores às doses diárias permissíveis de 100% e, não excedendo
32




os limites de exposição ao ruído da NR-15 (Brasil, 1978), sendo uma medida
corretiva de grande solução.
       Segue abaixo os gráficos de amostragem de tais valores:



                           Dproj%8 h com utilização de EPI's

                                8,97%
                   9,00%
                   8,00%                  6,80%
                   7,00%
                   6,00%
        Valores de 5,00%                           3,90%
         Dose (%) 4,00%
                   3,00%
                   2,00%                                       Dproj%8 h com
                   1,00%                                       utilização de EPI's
                   0,00%
                             Tipo         Tipo   Tipo
                            concha      Flanges Moldável
                                 Tipos de Protetores
                                     Auriculares


    Figura 15: Dose projetada levando em consideração os três tipos de EPI’s na
     Despaletizadora.



                         Dproj%8 h com utilização de EPI's

                                11,79%
                   12,00%
                  10,00%                   8,94%
                   8,00%
       Valores de                                  5,13%
                   6,00%
        Dose (%)
                   4,00%
                                                                Dproj%8 h com
                   2,00%                                        utilização de EPI's
                   0,00%
                                Tipo       Tipo   Tipo
                               concha    Flanges Moldável
                                 Tipos de Protetores
                                     Auriculares


   Figura 16: Dproj (%) 8 h com EPI’s na Enchedora levando em consideração a
                     utilização dos três tipos protetores de auriculares
33




                      Dproj%8 h com utilização de EPI's


                14,00%    12,84%
                12,00%
                                     9,73%
                10,00%
     Valores de 8,00%
      Dose (%)                               5,58%
                 6,00%
                 4,00%                                      Dproj%8 h com
                 2,00%                                      utilização de EPI's
                 0,00%
                          Tipo       Tipo   Tipo
                         concha    Flanges Moldável
                            Tipos de Protetores
                                Auriculares


Figura 17: Dproj (%) 8 h com EPI’s na Pasteurizador levando em consideração
                a utilização dos três tipos protetores de auriculares



                      Dproj%8 h com utilização de EPI's


               16,00%     15,03%
               14,00%
               12,00%               11,39%

    Valores de 10,00%
                8,00%                        6,54%
     Dose (%)
                6,00%
                4,00%                                       Dproj%8 h com
                2,00%                                       utilização de EPI's
                0,00%
                          Tipo       Tipo   Tipo
                         concha    Flanges Moldável
                            Tipos de Protetores
                                Auriculares


 Figura 18: Dproj (%) 8 h com EPI’s nas Empacotadoras de latas levando em
       consideração a utilização dos três tipos protetores de auriculares
34




                         Dproj%8 h com utilização de EPI's


                   20,00%    18,18%

                   15,00%              13,78%
       Valores de
                  10,00%                          8%
        Dose (%)
                    5,00%                                     Dproj%8 h com
                                                              utilização de EPI's
                    0,00%
                             Tipo       Tipo   Tipo
                            concha    Flanges Moldável
                              Tipos de Protetores
                                  Auriculares


  Figura 19: Dproj(%) 8h com EPI’s na Paletizadora, levando em consideração a
                 utilização dos três tipos protetores de auriculares


       Os níveis de Ruído Médio Equivalente Global (TWA dB (A)) para a jornada
de trabalho de 8 horas, calculados a partir da equação 2, nos ambientes de
Despaletizadora, Enchedora, Pasteurizador, Empacotadora de latas e Paletizadora são
respectivamente 90,61dB(A), 92,58dB(A), 93,19dB(A), 94,32dB(A) e 95,70dB(A),
estando todos acima dos limites de tolerância, caracterizando exposição ocupacional
ao ruído nos termos da NR-15 (BRASIL, 1978).
       Segue abaixo os Gráficos representativos dos valores citados acima:
35




                Ruído Médio Equivalente Global (TWA dB ) sem utilização
                                       de EPI's



                    96,00%
                    95,00%
                    94,00%
         Valores de 93,00%
                    92,00%                               Ruído Médio Equivalente
          TWA(dB) 91,00%
                                                         Global (TWA dB ) sem
                    90,00%
                    89,00%                               utilização de EPI's
                    88,00%
                              1     2   3   4   5
                                    Máquinas




Figura 20: Ruído Médio Equivalente Global (TWA dB) sem utilização de EPI's, em
cada máquina 1. Despaletizadora; 2. Enchedora; 3. Pasteurizador; 4. Empacotadora;
5. Paletizadora

       Contudo todos os operadores de máquinas utilizam-se de protetores
auriculares para realizar suas tarefas na linha de produção, de forma que os níveis de
Ruído Médio Equivalente Global (TWA dB (A)) para a jornada de trabalho de 8
horas para cada máquina, em função dos tipos 3 de protetores auriculares utilizados,
tipo concha,tipo plug com flanges e o tipo moldável serão respectivamente,
67,61dB(A),    65,61dB(A),        61,61dB(A)    para   despaletizadora,     69,58dB(A)
,67,58dB(A), 65,58dB(A) para enchedora, 70,19dB(A), 68,19dB(A), 64,19dB(A)
para pasteurizador, 71,32dB(A), 69,32dB(A), 65,32dB(A) para a empacotadora,
72,70dB(A), 70,70dB(A), 66,70dB(A) para a paletizadora.
       Segue abaixo as figuras representativoas dos valores de TWA por máquina e
levando em consideração a utilização dos EPI’s:
36




           Ruído Médio Equivalente Global (TWA dB ) com utilização
                                  de EPI's


                  68    67,61
                  66            65,61

      Valores de 64
       TWA (dB) 62                      61,61
                                                       Ruído Médio Equivalente
                  60                                   Global (TWA dB ) com
                  58                                   utilização de EPI's
                        Tipo    Tipo   Tipo
                       concha Flanges Moldável
                        Tipos de Protetores
                            Auriculares


Figura 21: Ruído Médio Equivalente Global (TWA dB ) com utilização de EPI' na
Despaletizadora, levando em consideração a utilização dos três tipos protetores de
                                   auriculares



           Ruído Médio Equivalente Global (TWA dB) com utilização
                                  de EPI's


                 70     69,58
                 69
                 68             67,58
      Valores de 67
       TWA (dB) 66                      65,58
                 65                                    Ruído Médio Equivalente
                 64                                    Global (TWA dB) com
                 63                                    utilização de EPI's
                        Tipo    Tipo   Tipo
                       concha Flanges Moldável
                        Tipos de Protetores
                            Auriculares




Figura 22: Ruído Médio Equivalente Global (TWA dB ) com utilização de EPI' na
   Enchedora, levando em consideração a utilização dos três tipos protetores de
                                   auriculares
37




            Ruído Médio Equivalente Global (TWA dB) com utilização
                                   de EPI's


                  72     70,19
                  70             68,19
                  68
       Valores de
                  66
        TWA (dB)                         64,19
                  64                                     Ruído Médio Equivalente
                  62                                     Global (TWA dB) com
                  60                                     utilização de EPI's
                         Tipo    Tipo   Tipo
                        concha Flanges Moldável
                         Tipos de Protetores
                             Auriculares


Figura 23: Ruído Médio Equivalente Global (TWA dB ) com utilização de EPI' na
 Pasteurizador, levando em consideração a utilização dos três tipos protetores de
                                    auriculares

            Ruído Médio Equivalente Global (TWA dB) com utilização
                                   de EPI's


                   72    71,32
                   70            69,32
       Valores de 68
        TWA (dB) 66                      65,32
                                                         Ruído Médio Equivalente
                   64                                    Global (TWA dB) com
                   62                                    utilização de EPI's
                         Tipo    Tipo   Tipo
                        concha Flanges Moldável
                         Tipos de Protetores
                             Auriculares


Figura 24: Ruído Médio Equivalente Global (TWA dB ) com utilização de EPI' na
   Empacotadora de latas, levando em consideração a utilização dos três tipos
                             protetores de auriculares
38




             Ruído Médio Equivalente Global (TWA dB) com utilização
                                    de EPI's


                    74     72,7
                    72             70,7
                    70
         Valores de
                    68                     66,7
          TWA (dB)
                    66                                  Ruído Médio Equivalente
                    64                                  Global (TWA dB) com
                    62                                  utilização de EPI's
                          Tipo    Tipo   Tipo
                         concha Flanges Moldável
                          Tipos de Protetores
                              Auriculares


 Figura 25: Ruído Médio Equivalente Global (TWA dB ) com utilização de EPI' na
   Paletizadora, levando em consideração a utilização dos três tipos protetores de
                                     auriculares


       Avaliando os dados encontrados temos que os protetores auriculares são de
grande ajuda na prevenção a possíveis danos causados por ruídos excessivos, pois os
mesmos atenuam a valores permitidos por normas e seguros aos operadores de
máquinas.
39




5. CONCLUSÃO


       Os níveis de ruídos em todos os pontos de trabalho na linha de enlatamento
de bebidas estão acima dos limites de tolerância que é de 85 dB, visto que o
trabalhador passa 8 horas em turno de trabalho. As medições realizadas foram feitas
de forma a garantir a maior confiabilidade nos resultados e a não interferir nas
condições ambientais e operacionais características do trabalho.
       Realizou-se a dosimetria para as funções de operador de máquinas, nas cinco
máquinas que podem ser operadas na linha de produção, Despaletizadora,
Enchedora, Pasteurizador, Empacotadora e Paletizadora.
       Na Despaletizadora encontrasse o ambiente de menor intensidade de ruído,
pelo fato da máquina não deixar expostos os motores, correntes, necessários ao seu
funcionamento.
       Na Enchedora além do ruído oriundo do equipamento há a questão do ruído
produzido pelos transportes de latas, que a partir desse ponto se tornam um dos
principais meios de produção de ruído na linha de produção. Entretanto o ruído
encontrado e medido é do tipo contínuo.
       No Pasteurizador temos como grande emissor de ruídos os motores e esteiras
responsáveis pelo transporte de latas pasteurizadas, dessa forma é um dos pontos de
maior incidência ruído, sendo tal ruído continuo ao longo da jornada de trabalho.
       Na Empacotadora de latas o ruído que é recebido pelo operador são
basicamente os oriundos da máquina e dos transportes de acesso de latas e saída de
pacotes, sendo os dois somados caracterizando ruído continuo.
       Na Paletizadora é onde se encontra o caso mais grave, onde foi encontrado o
maior índice de ruído medido, isso se deve ao fato do operador ficar a sua jornada de
trabalho inteira nas proximidades de esteiras de transportes de pacotes e de paletes,
sendo os mesmo os maiores emissores de ruídos na linha de produção.


       Com base nos resultados encontrados, o fornecimento de EPI’s que atenuem
estes valores de ruídos para níveis abaixo dos limites de tolerância, conforme Tabela
1 NR 15 (1978), deve ser obrigatório por parte da empresa, visto que os ruídos são
40




inerentes ao processo não sendo possível a tomada de ações visando a diminuição na
geração destes ruídos.
       Conclui-se que cabe ao trabalhador consciente se proteger e exigir melhores
condições de trabalho sendo a empresa total responsável por fornecer os EPI’s
necessários à execução dos trabalhos e que tal advento seja a ultima solução para a
eliminação de uma condição insegura, assim como o pagamento de adicional de
insalubridade.
       Por último, a redução do ruído pode ser alcançada através de soluções
técnicas para atenuação de ruído no ambiente, na fonte sonora e não apenas com a
adoção de equipamentos de proteção individual.
       Visando dar continuidade a trabalhos futuros é proposto o seguinte tema:
impactos sociais aos trabalhadores com danos auditivos.
41




6. BIBLIOGRAFIAS


ARAUJO, C. P.; FILHO G. F. Avaliação dos Ríscos Químicos de uma indústria
de Embalagens de ARAPONGAS-PR. 2005. Trabalho de Conclusão de Curso
(Especiação em Engenharia de Segurança do Trabalho) - Universidade Estadual de
Ponta Grossa – UEPG.


Brandão P. S. J. Biossegurança e AIDS: as dimensões psicossociais do acidente
com material biológico no trabalho em hospital. [Mestrado] Fundação Oswaldo
Cruz, Escola Nacional de Saúde Pública; 2000.


BRASIL. Ministério do Trabalho. Portaria n° 3214 de 8 de junho de 1978: Normas
Regulamentadoras relativas à segurança e medicina do trabalho. NR 6-
Equipamentos de proteção individual. Disponível em: http://www.mte.gov.br/
legislacao/normas_regulamentadoras/nr_06.pdf. Acesso em 01/07/2010


BRASIL. Ministério do Trabalho. Portaria n° 3214 de 8 de junho de 1978: Normas
Regulamentadoras relativas à segurança e medicina do trabalho. NR 09 - Programa
de      Prevenção        a     Riscos          Ambientais.        Disponível   em
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_09_at.pdf . Acesso
em 29/06/2010


BRASIL. Ministério do Trabalho. Portaria n° 3214 de 8 de junho de 1978: Normas
Regulamentadoras relativas à segurança e medicina do trabalho. NR 15 - Atividades
e            operações           insalubres.                 Disponível        em:
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_15.pdf. Acesso em
28/06/2010BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.
Disponível
em:http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3%A7ao.htm.
Acesso 01/07/2010
42




DECRETO-LEI N.º 5.452, DE 1º DE MAIO DE 1943. Disponível em
http://www.planalto.gov.br/ccivil/decreto-lei/del5452.htm. Acesso em 27/07/2010


FUNDACENTRO. Avaliação da Eexposição ao Ruído. Norma de Higiene
Ocupacional – Procedimento Técnico. São Paulo: Ministério do Trabalho e
Emprego,2001.http://www.fundacentro.gov.br/ARQUIVOS/PUBLICACAO/l/NHO0
1.pdf. Acesso 04/07/2010


HIRANO, R. H. – Avaliação da Exposição Ocupacional ao Ruído nas Atividades
dos Trabalhadores Eletricitários. Cuiabá 2009. 94 f Monografia (Especialização) –
Faculdade de Arquitetura, Engenharia e Tecnologia, Universidade Federal de Mato
Grosso. Disponível em :
http://cpd1.ufmt.br/eest/index2.php?option=com_docman&task=doc_view&gid=353
&Itemid=99 Acesso em 26/07/2010 .


KOMNISKI, T. M.; WATZLAWICK, L. F. - Problemas Causados pelo Ruído no
Ambiente de Trabalho. Revista Eletrônica Lato Sensu – Ano 2, nº1, julho de 2007.
ISSN 1980-6116 http://www.unicentro.br – Engenharia


RODRIGUES, M.N. METODOLOGIA PARA DEFINIÇÃO DE ESTRATÉGIA
DE CONTROLE E AVALIAÇÃO DE RUÍDO OCUPACIONAL. Pós graduação
em Engenharia de Estruturas da Escola de Engenharia da Universidade Federal de
Minas Gerais, como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Mestre
em Engenharia de Estruturas. Disponível em :
http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/bitstream/1843/PASA-
875MWR/1/224.pdf . Acesso em 07/07/2010


SÁ, F.D.D. AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE SEGURANÇA E SAÚDE DO
TRABALHO EM INDÚSTRIA DE BEBIDAS. Monografia apresentada a
Universidade Federal de Mato Grosso para a obtenção do grau de especialista em
Engenharia da Segurança do Trabalho. Disponível em :
43




http://cpd1.ufmt.br/eest/index.php?option=com_docman&task=doc_download&gid=
79&Itemid=99 . Acesso 14/07/2010


SOARES, A.F.P., Matos, I.C.C., Moraes, R.J.B. GESTÃO EM SAÚDE
OCUPACIONAL. Monografia apresentada ao Curso de Especialização em
Engenharia de Segurança – CEEST, Escola Politécnica,Universidade Federal da
Bahia,     para   obtenção   do    grau   de   Especialista.   Disponível    em    :
http://www2.ceest.ufba.br/trabalhos/mono_alessia_mariana_rodrigo_2005.pdf.
Acesso em 08/07/2010


SOUZA, H. M. M. R. de. Análise experimental dos níveis de ruído produzido por
peça de mão de alta rotação em consultórios odontológicos: possibilidade de
humanização do posto de trabalho do cirurgião dentista. [Doutorado] Fundação
Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde Pública; 1998.
44




          UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
            FACULDADEDEARQUITETURA,ENGENHARIA E TECNOLOGIA
              DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO

    DECLARAÇÃO DE NÃO VIOLAÇÃO DE DIREITOS AUTORAIS DE
                        TERCEIROS

Eu, JOHNNY FLOR DA SILVA DAVANSO, CPF: 001.706.971-85, aluno do Curso
de Especialização em Engenharia de Segurança do trabalho da Universidade
Federal de Mato Grosso, declaro para os devidos fins que:

a) a monografia intitulada: AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL
  AO RUÍDO EM UMA INDÚSTRIA DE BEBIDAS de minha autoria, não viola
  os direitos autorais de terceiros, sejam eles pessoas físicas ou jurídicas;
b) que a monografia de conclusão do curso de Especialização em Engenharia
de Segurança do Trabalho ora submetida à Banca composta pela Portaria no
______ não constitui-se em reprodução de obra alheia, ainda com direitos autorais
protegidos ou já em domínio público;
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deixar o trabalho autocontido;
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pelos proprietários dos direitos autorais, se for o caso, estão em meu poder;
e) que tenho ciência das Diretrizes e Normas Regulamentadoras de Pesquisas
descritas na Resolução CNS Nº 196/1996 e da obrigação de cumprir as disposições
previstas na Constituição Federativa do Brasil de 1988 e na legislação brasileira
relativa à violação de direitos autorais como Código do Consumidor, Código Civil e
Código Penal Brasileiro.

                                 Cuiabá, _____ / ______ / ________

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  • 1. 2 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA. ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AO RUÍDO EM UMA INDÚSTRIA DE BEBIDAS JOHNNY FLOR DA SILVA DAVANSO Orientadora: Profª. Msc. LUCIANE CLEONICE DURANTE Cuiabá, MT Setembro/2010
  • 2. 3 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA. ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AO RUÍDO EM UMA INDÚSTRIA DE BEBIDAS JOHNNY FLOR DA SILVA DAVANSO Monografia submetida à Universidade Federal de Mato Grosso para obtenção do Grau de Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho Orientadora: Profª. Msc. LUCIANE CLEONICE DURANTE Cuiabá, MT Setembro/2010
  • 3. ii UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA. ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO CERTIFICADO DE APROVAÇÃO Título: AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AO RUÍDO EM UMA INDÚSTRIA DE BEBIDAS Aluno: JOHNNY FLOR DA SILVA DAVANSO Orientadora: Profª. Msc. LUCIANE CLEONICE DURANTE Dissertação defendida e aprovada em 09 de setembro de 2010 ________________________________________ Assinatura do (a) Coordenador (a) do Curso Comissão Examinadora: _______________________________________________________ Profª. Msc. Luciane Cleonice Durante Universidade Federal de Mato Grosso _______________________________________________________ Profª. Dra. Marta Cristina de Jesus Albuquerque Nogueira Universidade Federal de Mato Grosso _______________________________________________________ Prof. Dr. Marcio de Lara Pinto. Universidade Federal de Mato Grosso
  • 4. iii DEDICATÓRIA Deus por permitir que tudo seja possível, aos meus pais Marli Flor da Silva Davanso e Odair Davanso que tanto me apoiaram durante todos os caminhos que segui, me ensinando, me compreendendo e me dando todo amor que tanto já precisei.
  • 5. iv AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus por todas as conquistas que me proporciona. Agradeço a todos que contribuíram para construção do que eu sou hoje. À minha família, que de forma direta ou indireta contribuíram para a conclusão de mais uma etapa em minha vida. A todos os funcionários da coordenação pelo apoio e amizade. Em especial Cesário e Lúcio. À Prof.ª Ms. Luciane Cleonice Durante - pela orientação e principalmente pelo incentivo, apoio, confiança e conhecimento, ingredientes que possibilitaram a realização deste. A todos os professores pelo conhecimento transmitido. Aos meus amigos Breno e Thiago que sempre me ajudaram. Agradeço ao Engenheiro Marcio Antonio Nadai Alberton pelo apoio e incentivo. À minha companheira Thyssiani Aparecida Nogueira Marques por todo amor e carinho ao longo dessa jornada. A todos os colegas de curso que fizeram com que conhecimentos fossem adquiridos, experiências fossem compartilhadas e novas amizades feitas.
  • 6. v SUMÁRIO LISTA DE FIGURAS ................................................................................................ vii LISTA DE TABELAS ................................................................................................ ix LISTA DE EQUAÇÕES .............................................................................................. x RESUMO .................................................................................................................... xi 1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 1 1.1. PROBLEMÁTICA....................................................................................... 1 1.2. JUSTIFICATIVA .............................................................................................. 2 1.3. OBJETIVOS...................................................................................................... 3 1.3.1. Objetivo Geral ................................................................................ 3 1.3.2. Objetivos Específicos ..................................................................... 3 2.REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................. 4 2.1. AGENTES FÍSICOS ......................................................................................... 4 2.1.1. Ruído .............................................................................................. 4 2.2. OS EFEITOS DO RUÍDO SOBRE O HOMEM ............................................... 8 2.3. PROTETORES AURÍCULARES ..................................................................... 9 3. MATERIAIS E MÉTODO .................................................................................... 11 3.1. DESCRIÇÃO DO PERFIL DA EMPRESA .................................................... 11 3.2. INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO ................................................................ 12 3.3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS .................................................... 14 3.4. ABORDAGEM DOS LOCAIS E DAS CONDIÇÕES DE TRABALHO ....... 15 3.5. MÉTODO PARA ANÁLISE DOS RESULTADOS ....................................... 15 4. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS....................................... 17 4.1. DESCRIÇÃO DO PROCESSO PRODUTIVO ............................................... 17 4.2. AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AO RUÍDO NA MÁQUINA DE DESPALETIZAÇÃO – DESPALETIZADORA ......................... 22 4.3. AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AO RUÍDO NA MÁQUINA DE ENCHIMENTO – ENCHEDORA DE LATAS ........................... 24
  • 7. vi 4.4. AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AO RUÍDO NA MÁQUINA DE PASTEURIZAÇÃO – PASTEURIZADOR DE LATAS ............ 25 4.5. AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AO RUÍDO NA MÁQUINA EMPACOTADORA DE LATAS ...................................................... 27 4.6. AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AO RUÍDO NA PALETIZADORA DE LATAS ............................................................................. 29 4.7. COMENTÁRIOS ............................................................................................ 31 5. CONCLUSÃO ....................................................................................................... 39 6. BIBLIOGRAFIAS ................................................................................................. 41
  • 8. vii LISTA DE FIGURAS Figura 01 - As divisões do ouvido......................................................................... 08 Figura 02 - Protetor auricular tipo concha............................................................. 09 Figura 03 - Protetor auricular tipo plug com flanges............................................. 10 Figura 04 - Protetor auricular tipo moldável.......................................................... 10 Figura 05 - Dosímetro de Ruído Digital, modelo DOS – 500............................... 12 Figura 06 - Despaletizadora de latas...................................................................... 17 Figura 07 - Ponte de vácuo..................................................................................... 18 Figura 08 - Enchedora de latas............................................................................... 19 Figura 09 - Pasteurizador de latas.......................................................................... 19 Figura 10 - Inspetor de latas................................................................................... 20 Figura 11 - Empacotadoras de latas....................................................................... 20 Figura 12 - Paletizadora de latas............................................................................ 21 Figura 13 – Envolvedora de paletes....................................................................... 21 Figura 14 - Dose projetada sem uso de EPI’s para todas as máquinas.................. 31 Figura 15 - Dose projetada levando em consideração os três tipos de EPI’s na Despaletizadora....................................................................................................... 32 Figura 16: Dproj (%) 8 h com EPI’s na Enchedora levando em consideração a utilização dos três tipos protetores de auriculares................................................... 32 Figura 17: Dproj (%) 8 h com EPI’s no Pasteurizador levando em consideração a utilização dos três tipos protetores de auriculares............................................... 33 Figura 18: Dproj (%) 8 h com EPI’s nas Empacotadoras de latas levando em consideração a utilização dos três tipos protetores de auriculares.......................... 33 Figura 19: Dproj(%) 8h com EPI’s na Paletizadora, levando em consideração a utilização dos três tipos protetores de auriculares.................................................. 34 Figura 20: Ruído Médio Equivalente Global (TWA dB) sem utilização de EPI's, em cada máquina 1. Despaletizadora; 2. Enchedora; 3. Pasteurizador; 4. Empacotadora; 5. Paletizadora................................................................................ 35 Figura 21: Ruído Médio Equivalente Global (TWA dB ) com utilização de EPI' na Despaletizadora, levando em consideração a utilização dos três tipos protetores de auriculares......................................................................................... 36 Figura 22: Ruído Médio Equivalente Global (TWA dB ) com utilização de EPI'
  • 9. viii na Enchedora, levando em consideração a utilização dos três tipos protetores de auriculares............................................................................................................... 36 Figura 23: Ruído Médio Equivalente Global (TWA dB ) com utilização de EPI' na Pasteurizador, levando em consideração a utilização dos três tipos protetores de auriculares.......................................................................................................... 37 Figura 24: Ruído Médio Equivalente Global (TWA dB ) com utilização de EPI' na Empacotadora de latas, levando em consideração a utilização dos três tipos protetores de auriculares.......................................................................................... 37 Figura 25: Ruído Médio Equivalente Global (TWA dB ) com utilização de EPI' na Paletizadora, levando em consideração a utilização dos três tipos protetores de auriculares.......................................................................................................... 38
  • 10. ix LISTA DE TABELAS Tabela 01 - Nível critério para adoção de medidas preventivas e corretivas......... 07 Tabela 02 - Limites de Tolerância para Ruído Contínuo ou Intermitente.............. 07 Tabela 03 - Dosimetria na despaletizadora fornecida pelo aparelho de medição.. 22 Tabela 04 - Resultados do TWA dB(A), Dproj%(8), para funções de Operador de despaletizadora, levando em consideração a situação com e sem protetor auricular................................................................................................................... 23 Tabela 05 - Dosimetria na enchedora de latas fornecida pelo aparelho de medição................................................................................................................... 24 Tabela 06 - Resultados do TWA dB(A), Dproj%(8), funções de operador de enchedora de latas, levando em consideração a situação com e sem protetor auricular................................................................................................................... 25 Tabela 07 - Dosimetria no pasteurizador de latas fornecida pelo aparelho de medição................................................................................................................... 26 Tabela 08 - Resultados do TWA dB(A), Dproj%(8), funções de operador de pasteurizador de latas, levando em consideração a situação com e sem protetor auricular................................................................................................................... 26 Tabela 09 - Dosimetria no empacotadora de latas fornecida pelo aparelho de medição................................................................................................................... 28 Tabela 10 - Resultados do TWA dB(A), Dproj%(8), funções de operador de empacotadora de latas, levando em consideração a situação com e sem protetor auricular.................................................................................................................. 28 Tabela 11 - Dosimetria na paletizadora fornecida pelo aparelho de medição 30 Tabela 12 - Resultados do TWA dB(A), Dproj%(8), funções de operador de paletizadora de latas, levando em consideração a situação com e sem protetor auricular................................................................................................................... 30
  • 11. x LISTA DE EQUAÇÕES Equação 01 - Relação entre a D(%) e o Lavg........................................................ 15 Equação 02 - Dose projetada para a jornada de 8 horas Dproj(8)......................... 16
  • 12. xi RESUMO DAVANSO J.F.S. – AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AO RUÍDO EM UMA INDÚSTRIA DE BEBIDAS Cuiabá 2010. 53 f Monografia (Especialização) - Faculdade de Arquitetura, Engenharia e Tecnologia, Universidade Federal de Mato Grosso. O ruído pode ser considerado como um som desagradável e indesejável decorrente de exposição continua a elevadas pressões sonoras acarretando desfavoravelmente sobre o estado emocional do indivíduo com conseqüências imprevisíveis sobre o equilíbrio do trabalhador resultando em surdez, stress, fadiga, irritação e diminuição da produtividade. O objetivo geral desse estudo consiste na avaliação dos níveis de ruídos existentes em uma indústria de bebidas, mais especificamente na linha produtora de bebidas em latas. O levantamento de dados foi feito em loco com autorização da empresa, de forma que cada funcionário responsável por cada máquina manteve-se com o equipamento de medição por cada ciclo de medição representativo das condições de trabalho do mesmo. Os resultados apontaram para um excesso de ruído. Foi evidenciado que com a utilização de EPI’s os níveis de ruídos diminui a valores aceitáveis, levando em consideração os parâmetros estabelecidos em normas. Na sua consideração final, aponta para a importância das avaliações ocupacionais, atendendo as prerrogativas legais, e também sobre a importância do profissional competente para exercer sua função técnica e apresentar laudos que comprovem ou não, agentes nocivos aos trabalhadores em seu ambiente de trabalho. Palavras-chaves: Saúde ocupacional, segurança do trabalho, Ruído excessivo.
  • 13. 1 1. INTRODUÇÃO 1.1. PROBLEMÁTICA Num mundo de economia globalizada, tornou-se insaciável a busca por produtos mais competitivos, inovadores e, sobretudo de ótima qualidade frente às novas exigências do mercado. Num primeiro momento adotaram-se as políticas de redução de custos com insumos, tecnologias e recursos utilizados. Entretanto esse sistema se mostrou ineficiente, visto que essa forma de economia possui um limite dentro do contesto de crescimento, pois não há investimentos em novas técnicas de produção fazendo com que as técnicas utilizadas se tornem ultrapassadas e os processos de industrialização inadequados ao longo dos tempos. Com a adoção da política de produção descrita acima o número de acidentes e as perdas humanas aumentavam de maneira crítica, fazendo com que os gastos com prejuízos e com indenizações pagos as ações trabalhistas, fizessem com que as empresas se preocupassem com Saúde, Segurança e Meio Ambiente (SSMA). A aplicação desses conceitos e a penetração dessas idéias atualmente vêm atingindo uma parcela cada vez maior de pessoas, vale ressaltar que, a cultura de Saúde, Segurança e Meio Ambiente (SSMA) não é coisa que aconteça do dia para noite, sendo que tais conceitos não são assimilados com simplesmente a contratação de empresas para implantar seus “selos” e, que para alcançar um nível satisfatório de consciência, tanto dos empregadores quanto dos empregados, é uma tarefa de conscientização de uma vida inteira, mesmo antes da abertura dos portões da empresa, ou seja, levando em consideração o contesto social em que cada indivíduo envolvido nesse processo vive. Uma das grandes conquista no Brasil foi a criação das Normas Regulamentadoras (NR’s), que fornecem orientações sobre procedimentos obrigatórios relacionados Saúde, Segurança e Meio Ambiente (SSMA). Temos que ressaltar que muitas empresas são exemplos da alta viabilidade das NR’s, contudo outras tentam compensar a perda da saúde do trabalhador com pagamento de adicionais. A maior motivação do trabalhador é a certeza de o mesmo exerça a sua função de forma segura e em um ambiente de trabalho seguro e que o mesmo tem
  • 14. 2 por direito exigir sempre melhores condições de trabalho, visto que esse direito é garantido na constituição federal, Titulo II, Art. 7º, inciso XXII “Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: (...) XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança”. Uma das grandes responsáveis por acidentes e doenças relacionadas ao trabalho são as indústrias, pois as mesmas em sua grande parte tem como prioridade a produção de seus produtos deixando de lado a política de segurança em relação a saúde do trabalhador. Tomando como base uma indústria de bebidas temos que a mesma apresenta muitos riscos à saúde ocupacional do trabalhador, dentre os quais podemos citar a questão de ruído elevado, calor excessivo, quedas, cortes entre outros. Um dos agentes de maior dano a saúde do trabalhador em uma indústria de bebidas e em particular em uma linha de produção de bebidas em latas é o ruído, sendo de fundamental importância, a realização de estudos e pesquisas no sentido de contribuir para o esclarecimento de possíveis duvídas sobre as preocupações e esforços na eliminação deste agente de risco por parte da indústria, e na avaliação das medidas preventivas existentes, evidenciando se as mesmas atende as prerrogativas estabelecidas em normas. 1.2. JUSTIFICATIVA A linha de envase de bebidas em latas apresenta muitos riscos à saúde ocupacional do trabalhador, dentre os quais podemos citar a questão de ruído elevado, calor excessivo, quedas, cortes entre outros. A linha de envase de bebidas em latas por ser uma área que produz em média 93000 latas/hora, a mesma pode chegar a incrível marca de 2.232.000 de latas por dia, e todas essas latas provocam um grande ruído, que deve ser mensurado, de forma a avaliar as condições nas quais a os trabalhadores se encontram nesse ambiente. Dessa forma, deve-se análisar se os índices de ruídos em uma indústria de bebidas são elevados o suficiente, sendo necessária compensação salarial através do pagamento do adicional de insalubridade.
  • 15. 3 A linha de envase de latas, devido aos inúmeros ríscos que a mesma possui, sempre se torna foco na realização de programas de segurança, pois grande parte dos acidentes, com ou sem afastamento, é fruto de tais condições que muitas vezes são inerentes ao processo. Os acidentes levam as empresas, cada vez mais, concluir que os custos-benefício da engenharia de segurança e dos processos que envolvem a mesma na prevenção de acidentes são positivos, pois recursos financeiros destinados a tais políticas se revertem em benefícios para a empresa. O entendimento dos valores de ruídos em uma indústria de bebidas, que será evidenciado através de um avaliação da exposição ocupacional dos operadores de máquinas, formulado através de uma avaliação ocupacional dos índices de ruídos, com as devidas medições, com a utilização de corretos equipamentos e devidamente calibrados, permitira que a empresa motivada por problemas já ocorridos encontrar soluções imediatas para solução dos possíveis problemas que forem encontrados. 1.3. OBJETIVOS 1.3.1. Objetivo Geral O objetivo geral é avaliar a exposição ocupacional ao ruído na linha de envase de bebidas em latas em uma indústria de bebidas. 1.3.2. Objetivos Específicos Os objetivos específicos são: a) Analisar a dose de ruído (D) para os períodos através de medição para um determinado tempo e para a jornada de trabalho; b) Analisar a Dose Projetada (Dproj) para o período de jornada de trabalho; c) Analisar o Ruído Médio Equivalente Global (TWA) para o período de jornada de trabalho; d) Analisar se os EPI’s utilizados são adequados as condições estabelecidas.
  • 16. 4 2.REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2.1. AGENTES FÍSICOS É considerado agente físico, aquele agente que tem a capacidade de modificar as características físicas do meio ambiente. São exemplos de agentes físicos: ruído, calor, frio, vibração, umidade e pressões anormais. Nesse trabalho especificamente falaremos de ruídos, pois o foco do laudo é avaliar a exposição ocupacional ao ruído na linha de envase de bebidas em latas em uma indústria. 2.1.1. Ruído O ruído pode ser conceituado segundo Farinha (2006) apud Neto, Vasque e Filho (2005), como um som desagradável e indesejável decorrente da exposição contínua a níveis de pressão sonora elevados, acarretando efeitos adversos ao organismo humano tanto auditivo quanto extra-auditivo. A exposição a ruídos excessivos de forma intensa e prolongada atua desfavoravelmente no estado emocional do indivíduo, quanto mais elevados os níveis encontrados, maior o número de trabalhadores que apresentarão início de surdez profissional e além de ser frequentemente o causador indireto de acidentes do trabalho, quer por causar distração ou mau entendimento de instruções, quer por mascarar avisos ou sinais de alarme. O ruído pode ser conceituado como um som desagradável e indesejável decorrente da exposição contínua a níveis de pressão sonora elevados, acarretando efeitos adversos ao organismo humano, tanto auditivos quanto extra-auditivos (Farinha, 2006 apud Neto, Vasque e Filho (2005)). Para Gerges (1992) apud Komniskie e Watzlawick (2006), o “nível de pressão sonora - escala decibel (dB)”, no ouvido humano responde a uma larga faixa de intensidade acústica, desde o limiar da audição até o limiar da dor. Segundo Saliba (2001) apud Neto, Vasque e Filho (2005), as medidas de controle do ruído podem ocorrer na fonte ou trajetória, no meio e no homem, sendo que as duas primeiras devem ser prioritárias quando viáveis tecnicamente. a) Controle de ruído na fonte: O controle de ruído na fonte consiste em diminuir a emissão sonora da mesma, através de modificações
  • 17. 5 mecânicas no funcionamento do equipamento e tratamento acústico nos sistemas da máquina que geram o ruído. b) Controle de ruído na trajetória: O controle de ruído na trajetória adota medidas de atenuação que atuam no caminho de propagação do som, ou seja, entre a fonte sonora e o receptor. Os métodos frequentemente utilizados para atenuação do ruído na trajetória são: b.1) Aumentar a distância entre a fonte sonora e o receptor; b.2) Enclausuramento do equipamento ruidoso; b.3) Tratamento acústico das superfícies do ambiente (controle da reverberação); b.4) Barreiras acústicas; b.5) Separação de áreas ruidosas por divisórias. c) Controle do meio: na impossibilidade do controle na fonte, verificam-se as possíveis medidas de controle do meio, ou seja, busca- se evitar a propagação, mediante o isolamento (isolamento da fonte ou do receptor) ou tratamento acústico das superfícies; d) Controle de ruído no homem (receptor): O controle de ruído no receptor geralmente se restringe ao uso, pelos trabalhadores, de protetores auriculares. Por ser uma medida de caráter individual, além do desconforto e de dificultar a comunicação entre os usuários, a utilização dos protetores auditivos deve ser a última alternativa para o problema do ruído. Os protetores auditivos são equipamentos de proteção individual que visam diminuir a dose de exposição ao ruído para o trabalhador. A eficiência do protetor e seu funcionamento dependem de suas características e das características do usuário. Contudo de acordo com Ayres e Corrêa (2001) apud Soares, Matos, e Moraes (2005); (...) o simples uso do protetor auricular não elimina o risco do empregado vir a sofrer diminuição de sua capacidade auditiva, caso o equipamento não apresente os requisitos de qualidade para atenuar o ruído, bem como seja usado de forma incorreta. (Ayres e Corrêa (2001) apud Soares, Matos, e Moraes (2005)).
  • 18. 6 Para uma análise correta dos níveis ruídos ao qual o trabalhador está submetido devem-se em primeiro lugar levar em consideração as Normas vigentes, sendo duas as principais quando falamos em ruído, Norma de Higiene Ocupacional 01 da FUNDACENTRO (2001) e a NR-15(BRASIL 1978). Para o ruído contínuo ou intermitente, a Norma de Higiene Ocupacional 01 (NHO 01 – FUNDACENTRO 2001) e a NR-15 (BRASIL 1978) fixam para cada nível de pressão sonora o tempo diário máximo permitido, para que a dose de ruído diária não seja superior a 100%. A tabela 2 mostra o tempo máximo diário de exposição permissível em função do nível de ruído estabelecidos pela NR-15 e pela NHO-01. A norma NR-15 (BRASIL 1978) estabelece não ser permissível a exposição a níveis de ruído acima de 115 dB (A) para indivíduos que não estejam adequadamente protegidos. Com base na NR-09, item 9.3.6 (BRASIL 1978) para valores excessivos e prejudiciais à saúde do trabalhador, deve-se iniciar ações para conter ou minimizar tais condições prejudiciais à saúde do trabalhador. 9.3.6 Do nível de ação. 9.3.6.1 Para os fins desta NR, considera-se nível de ação o valor acima do qual devem ser iniciadas ações preventivas de forma a minimizar a probabilidade de que as exposições a agentes ambientais ultrapassem os limites de exposição. As ações devem incluir o monitoramento periódico da exposição, a informação aos trabalhadores e o controle médico. (Fonte: BRASIL 1978). Ainda com base NR-09 item 9.3.6.2 deve-se estabelecer ação para dose maior que 50%, sendo o Nível de Ação de 82 dB (A) para uma jornada de 8 horas (Tabela 1). 9.3.6.2 Deverão ser objeto de controle sistemático as situações que apresentem exposição ocupacional acima dos níveis de ação, conforme indicado nas alíneas que seguem: b) para o ruído, a dose de 0,5 (dose superior a 50%), conforme critério estabelecido na NR-15, Anexo I, item 6. (Fonte: BRASIL 1978).
  • 19. 7 Tabela 1: Nível critério para adoção de medidas preventivas e corretivas Dose diária NEN Consideração Atuação recomendada (%) dB(A) técnica 0 a 50 até 82 aceitável No mínimo manutenção da condição existente 50 a 80 82 a 84 acima do nível de Adoção de medidas preventivas ação 80 a 100 84 a 85 região de incerteza Adoção de medidas preventivas e corretivas visando redução da dose diária Acima de 100 > 85 Acima do LT Adoção imediata de medidas corretivas Fonte: NHO 01 (FUNDACENTRO, 2001). Tabela 2: Limites de Tolerância para Ruído Contínuo ou Intermitente NE ou Máxima exposição diária Máxima exposição diária TWA dB permissível pela NR15 permissível pela NHO 01 (A) (horas) (minutos) 85 8 horas 480,00 86 7 horas 380,97 87 6 horas 302,38 88 5 horas 300,00 89 4,5 horas 190,48 90 4 horas 151,19 91 3,5 horas 120,00 92 3 horas 95,24 93 2 horas e 40 minutos 75,59 94 2 horas e 15 minutos 60,00 95 2 horas 47,62 96 1 hora e 45 minutos 37,79 97 1 hora e 30 minutos 30,00 98 1 hora e 15 minutos 23,81 100 1 hora 15,00 102 45 minutos 9,44 104 35 minutos 5,95 105 30 minutos 4,72 106 25 minutos 3,75 108 20 minutos 2,36 110 15 minutos 1,48 112 10 minutos 0,93 114 8 minutos 0,59 115 7 minutos 0,46 Fonte: BRASIL (1978).
  • 20. 8 2.2. OS EFEITOS DO RUÍDO SOBRE O HOMEM Um dos agentes nocivos à saúde do trabalhador mais encontrado em um ambiente de trabalho é o ruído. Ele é responsável quando encontrado em um ambiente de trabalho por inúmeros distúrbios orgânicos, surdez temporária ou permanente, contribuindo para possíveis situações de acidente. O ouvido humano é dividido em três partes: externo, médio e interno. a.) Ouvido externo: É formado pelo pavilhão auricular e canal auditivo com a membrana timpânica no fundo b.) Ouvido médio: Estão os 3 ossículos (martelo, bigorna, estribo) e a abertura da tuba auditiva c.) Ouvido interno: Também chamado de labirinto, é formado pelo aparelho vestibular (equilíbrio) e cóclea (audição). Figura 1: As divisões do ouvido-Fonte: Medicina Geriátrica (2007) O trabalhador apresentara a perda da audição sempre decorrente de lesão do nervo auditivo, em razão do dano causado às células do órgão de Corti localizado no ouvido interno, e pode ser agravada pela exposição simultânea a produtos químicos e às vibrações. Uma vez instalada, a perda auditiva é irreversível e quase sempre atinge os dois ouvidos e isso, ocorre principalmente pelos seguintes fatores: tempo de exposição, susceptibilidade individual e características físicas do ruído (tipo, espectro e nível de pressão sonora). Além da perda auditiva pode ocorrer intolerância a sons intensos, zumbidos, dificuldades na comunicação social e outros comprometimentos
  • 21. 9 orgânicos, tais como estresse, distúrbios da atenção, do sono e do humor, alterações transitórias na pressão arterial, distúrbios gástricos, entre outros sintomas. 2.3. PROTETORES AURÍCULARES Na linha de produção são utilizados três tipos de protetores auriculares: protetor auricular tipo concha (circum-auricular), protetor auricular tipo plug com flanges (inserção) e protetor auricular tipo plug expansão. Protetor auricular tipo concha é constituído por duas conchas em plástico, resistente a choque mecânico, revestidas com almofadas de espuma em suas laterais (que entram em contato com a cabeça do usuário) e no interior das conchas. Possui também um arco que serve para manter as conchas firmemente seladas contra a região das orelhas do usuário. Figura 2: Protetor auricular tipo concha. (3 M 2007) Com base das informações fornecidas pelo fabricante a redução de ruído (dB) no ouvido é de aproximadamente 23 dB, se corretamente utilizado conforme instruções do fabricante. Protetor auricular tipo plug (inserção), composto de um eixo com três flanges de dimensões variáveis e um cordão ligando os dois plugues. Com base das informações fornecidas pelo fabricante a redução de ruído (dB) no ouvido é de aproximadamente 25 dB, se corretamente utilizado conforme instruções do fabricante.
  • 22. 10 Figura 3: Protetor auricular tipo plug com flanges. (3 M 2007) Protetor de espuma moldável, do tipo inserção, em formato de cone, com a base plana e o topo arredondado, possui um cordão, ligando os dois plug. O protetor por ter a característica de ser moldável faz com que seja adaptável à maioria dos condutos auditivos. Com base das informações fornecidas pelo fabricante a redução de ruído (dB) no ouvido é de aproximadamente 29 dB, se corretamente utilizado conforme instruções do fabricante. Possui baixa vida útil pois o mesmo deve ser descartado todas as vezes que estiver sujo, em condições não higiênicas para uso, não sendo possível a lavagem. Figura 4: Protetor auricular tipo moldável. (3 M 2007)
  • 23. 11 3. MATERIAIS E MÉTODO Esta etapa trata da parte referente à fundamentação e estrutura da proposta do trabalho, apresentando a descrição do perfil da empresa, a descrição do processo produtivo e o delineamento dos materiais e métodos aplicados. A elaboração da referente pesquisa tem como base a utilização de equipamento de medição para níveis de ruído e levantamento de dados. 3.1. DESCRIÇÃO DO PERFIL DA EMPRESA A Empresa estudada possui a seguinte estrutura: a) Organização privada; b) Sociedade anônima de capital aberto; c) Localizada na região de Cuiabá – MT; d) Atua na área de produção de cervejas e refrigerantes; e) Jornadas de trabalho em três turnos de 8 horas cada, durante todos os dias da semana para as áreas de produção e horário comercial para as funções administrativas; f) Quadro de 420 funcionários próprios e 150 terceiros. A empresa possui como prioridade zelar e garantir que todos os trabalhos realizados sejam, feitos em segurança, de forma que cada gestor seja responsável pela integridade física e mental de cada colaborador de sua equipe. A empresa possui CIPA atuante e programas de incentivo a segurança viabilizando o sistema de gestão de segurança e saúde ocupacional. Outro ponto a se observar é o fato empresa possuir regras, padrões que estabelecem todas as práticas de realização de serviço de forma segura e que ao mesmo tempo garanta resultados. Um ponto muito interessante é o fato de uma vez por semana serem contabilizados todo é qualquer tipo de acidente/incidente e é feito o levantamento se as causas dos mesmos estão sendo tratadas.
  • 24. 12 3.2. INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO Para a medição foi utilizado o seguinte instrumento: Dosímetro de Ruído Digital, modelo DOS – 500 marca Instrutherm. O Dosímetro é um aparelho utilizado para medir a intensidade sonora. Figura 5: Dosímetro de Ruído Digital, modelo DOS – 500 O Dosímetro é muito utilizado em indústrias, e por ser portátil, o mesmo é fixado em trabalhadores de diversas funções. Sua aplicação visa mensurar a dosagem de ruído que um trabalhador recebe durante sua carga horária diária. O Dosímetro conta com um microfone que é colocado próximo à zona auditiva do trabalhador que o transporta. Sua amostragem é feita automaticamente pelo aparelho onde é colhido o Leq (nível médio) para apresentação aos órgãos competentes e para a prevenção de riscos ocupacionais. O dosímetro de ruído foi ajustado de forma a atender aos seguintes parâmetros: Circuito de ponderação “A”; Circuito resposta lenta (slow); Nível critério de 85 dB (A); Nível limiar de integração de 80 dB (A); Faixa de medição entre 70 e 140 dB (A) e Incremento de dose igual a 5. Segue abaixo definições utilizadas pelo aparelho: a) q (exchange rate): incremento de duplicação da dose, igual a 5 e 3, pela NR15 (BRASIL, 1978) e NHO 01 (FUNDACENTRO, 2001), respectivamente. b) D(%): dose de ruído para o período de medição, expressa em porcentagem.
  • 25. 13 c) Dproj%(h): dose de ruído projetada para o período da jornada (6 ou 8 horas), expressa em porcentagem. O limite de tolerância para a dose diária de ruído é 100%. d) Limite de Exposição (LE): parâmetro de exposição ocupacional que representa condições sob as quais acredita-se que a maioria dos trabalhadores possa estar exposta, repetidamente, sem sofrer efeitos adversos à sua capacidade de ouvir e entender uma conversação normal, estabelecido pela NHO 01 (FUNDACENTRO, 2001). O critério da NHO 01 é mais rigoroso que o da NR15(BRASIL, 1978), que define Limite de Tolerância (LT) como sendo a concentração ou intensidade máxima ou mínima, relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao agente, que não causará dano à saúde do trabalhador durante sua vida laboral. e) Leq (Equivalente Level) é o nível ponderado sobre o período de medição, que pode ser considerado como nível de pressão sonora contínuo, em regime permanente, que produziria a mesma dose de exposição que o ruído real, flutuante, no mesmo período de tempo. f) TWA (Time Weighting Average) ou Lavg (Level Average): é a média ponderada do nível de pressão sonora no tempo avaliado expressa em dB(A), que deve ser comparada com os Limites de Tolerância (LT), de modo a identificar o tempo máximo de exposição sem o uso do EPI. g) CL (Criterion Level) – CR (Critério de Referencia): é o nível de ruído para o qual a exposição por um período de 8 horas corresponde a uma dose de 100%. Pela NR15 e pela NHO 01 é 85dB(A). h) TL (Threshold Level) – NIL (Nível Limiar de Integração): valor a partir do qual são computados na integração dos níveis de ruído, para fins de determinação da dose ou nível médio de ruído.
  • 26. 14 3.3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS A metodologia para avaliação da exposição ocupacional ao ruído nos ambientes de trabalho dos operadores compreende avaliação quantitativa no ambiente de trabalho do mesmo, conforme procedimentos estabelecidos em norma. A técnica quantitativa consiste em levantamentos de dados utilizando equipamentos de medição para níveis de ruído. Os locais de medição foram escolhidos de forma a representar as reais condições de trabalho do operador de máquina. Foram feitas medições em cada uma das maquinas de forma a representar as reais condições de trabalho de cada operador. Foram feitos os seguintes procedimentos em cada medição com base na Norma de Higiene Ocupacional 01 – NHO 01 (FUNDACENTRO, 2001). i) O medidor foi colocado no trabalhador a ser avaliado e fixado o microfone dentro da zona auditiva; j) Adotou-se as medidas necessárias para impedir que o usuário, ou outra pessoa, possa fazer alterações na programação do equipamento, comprometendo os resultados obtidos; k) Iniciou-se o processo de integração somente após o microfone estar devidamente ajustado e fixado no trabalhador; l) Checou-se o dosímetro periodicamente, durante a avaliação, para se assegurar de que o microfone está adequadamente posicionado e que o equipamento está em condições normais de operação; m) Retirou-se o microfone do trabalhador somente após a interrupção da medição; n) Registrou-se o tempo efetivo de medição. o) As medições foram realizadas em todos os máquinas que necessitem de operadores para funcionamento: a. Locais: i. Despaletizadora ii. Enchedora iii. Pasteurizador iv. Empacotadoras de latas v. Paletizadora/Envolvedora de paletes
  • 27. 15 3.4. ABORDAGEM DOS LOCAIS E DAS CONDIÇÕES DE TRABALHO A avaliação foi feita de forma a considerar todos os operadores de máquinas considerados no estudo. O grupo de operadores relacionados no estudo possui homogeneidade não precisando assim avaliar todos os operadores. O conjunto de medições é representativo das condições reais a qual o grupo de trabalhadores está exposto. Os procedimentos de medição foram feitos sem interferir nas condições ambientais e operacionais aos quais os operadores que portaram o equipamento de medição estavam sujeitos. Todos os procedimentos de medição seguiram as recomendações da Norma de Higiene Ocupacional NHO-01 (FUNDACENTRO, 2001). 3.5. MÉTODO PARA ANÁLISE DOS RESULTADOS A avaliação da exposição ocupacional ao ruído continuo deverá ser feita por meio de determinação da dose diária de ruído para determinados períodos de tempo, a partir das quais se calculou os níveis médios equivalentes de ruído (Lavg). A relação entre a D(%) e o Lavg é dado pela Equação 1. (dBA) Equação 1 Onde: a.) TWA: Ruído médio equivalente global para a jornada de trabalho de 8 horas (ou Lavg); b.) Lc: É o nível de critério utilizado (85dBA); c.) D%: É o valor da dose de ruído fornecido pelo aparelho; d.) Tc: É a constante de tempo de 8 horas, expresso em minutos; e.) T: É o tempo de medição de ruído expresso em minutos; f.) N: É o valor padrão para cada norma. Para NR-15 utiliza-se 5/log2 = 16,61 e para a NHO 01 utiliza-se 3/log2=10.
  • 28. 16 Como os períodos de medição não corresponderam à jornada de trabalho completa calculou-se a Dose projetada para a jornada de 8 horas Dproj(8), com a Equação 1. No caso de jornadas diferentes da padrão de 8 horas. (%) Equação 2 Onde: a.) Dproj%(h): dose projetada para o período de tempo da jornada; b.) T: tempo para o qual se quer projetar a dose, expresso em minutos; c.) Tc: É a constante de tempo de 8 horas, expresso em minutos; d.) Lc: É o nível de critério utilizado (85dBA); e.) q: incremento de duplicação da dose (q=5). Tendo como base as formulas relacionadas acima foram feitos todos os devidos cálculos de forma a encontrar os valores correspondentes ao ruído médio equivalente (TWA) e a Dose projetada para 8 horas (Dproj(8)) sendo os resultados apresentados no próximo capítulo.
  • 29. 17 4. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS 4.1. DESCRIÇÃO DO PROCESSO PRODUTIVO O processo de produção de cerveja se inicia com o recebimento de matéria- prima, insumos necessários à fabricação da mesma. Todo material de fabricação é entregue ao processo que se responsabiliza de fabricar a cerveja e armazenar em tanques e posteriormente, conforme programação, enviar à área de envase, as chamadas linhas de produção. As linhas de produção são responsáveis de envasar o produto em recipientes descartáveis ou retornáveis, e disponibilizar tais produtos para o armazém para que possam ser comercializados posteriormente. A linha a qual se refere o trabalho se trata de uma linha de envase de líquido em recipientes em latas, possuindo uma área fechada de aproximadamente 270m², com pé direito de 30m de altura. A linha de produção de bebidas em latas é capaz de produzir 93000 latas hora, sendo tal linha de produção composta de cinco máquinas responsáveis por todo processo de trabalho. O processo de envase de bebidas em recipientes de latas se da a partir do momento em que as latas são recolhidas pela despaletizadora (Figura 6). Para a operação da máquina é necessário apenas um operador por turno de produção sendo utilizada como medida de controle do ruído a utilização de protetores auriculares tipo concha, do tipo plug com flange ou moldável conforme preferência do operador Figura 6: Despaletizadora de latas. Após a despaletização as latas são transportadas até a enchedora. No transporte até a enchedora, as latas passam por dois dispositivos, o primeiro é a
  • 30. 18 chamada ponte de vácuo (Figura 7) que é responsável por eliminar latas que possam estar amassadas. A ponte de vácuo recolhe as latas, a partir da parte superior das mesmas, formando um vácuo em seu interior, transportando-as penduradas pela ponte, sendo que as latas irregulares possuem de alguma forma algum tipo de amassado em seu corpo, não favorecendo a formação do vácuo no em seu interior, e assim a mesmas ao passarem pela ponte não ficam penduradas e caem na bacia de descarte de latas amassadas. Figura 7: Ponte de vácuo. Após passar pela ponte de vácuo as latas chegam ao segundo dispositivo que é responsável pela esterilização do interior das latas, o chamado “Rinser”. No rinser as latas recebem um jato de água quente a 95 ºC e logo após, um jato de vapor a uma temperatura de 100 ºC a uma pressão de 2Bar, de forma a esterilizar as latas. Ao chegar na enchedora (Figura 8) as latas são recolhidas pela máquina de forma a serem ambientadas com CO2, em seguidas as mesmas recebem o liquido(cerveja ou refrigerante) sendo lacradas e conduzidas através de transportes até o pasteurizador. A enchedora é controlada por dois operadores em cada turno que têm como responsabilidade a operação da máquina através de painéis com botoeiras, limpeza e organização da mesma e de seus arredores e de fazer análises de qualidade do produto. Como medida de proteção os operadores utilizam protetores auriculares do tipo concha, plug com flange ou moldável, conforme preferência do operador, botas e luvas do tipo vaqueta.
  • 31. 19 Figura 8: Enchedora de latas. As latas cheias passam pelo processo de Pasteurização que consiste em inativar microrganismos presentes na cerveja dando estabilidade ao produto. O pasteurizador (Figura 9) é operado por apenas um funcionário ao longo de cada turno sendo o mesmo responsável por fazer a limpeza do equipamento e de seus arredores e de monitorar e fazer análises de qualidade para garantir a pasteurização do produto. O pasteurizador é um equipamento que submete o operador a um alto índice de ruído pelo fato do operador ficar muito próximo aos transportes de latas. Como medida de proteção os operadores utilizam, protetores auriculares tipo concha, tipo plug com flange ou moldável, conforme preferência do operador, e botas de vaqueta. Figura 9: Pasteurizador de latas. Após ser pasteurizado o produto é submetido a um equipamento chamado de inspetor de latas mal cheias (Figura 10), que identifica e elimina do processo todas as latas que possam estar com nível de enchimento fora dos parâmetros do Inmetro.
  • 32. 20 Figura 10: Inspetor de latas. Logo após a passagem pelo inspetor, as latas estão prontas para serem empacotadas. Para o empacotamento são utilizadas duas máquinas, as chamadas empacotadoras shirink (Figura 11). Para a operação destas máquinas, basta apenas um funcionário sendo as mesmas controladas através de painéis de comando com botoeiras. As empacotadoras são equipamentos que submetem o operador a um alto índice de ruídos por serem máquinas rotativas compostas por motores, redutores e correntes. Como medida de proteção os operadores utilizam protetores auriculares tipo concha, plug com flange ou moldável, conforme preferência do operador , botas de segurança de vaqueta. Figura 11: Empacotadoras de latas. As latas empacotadas, em pacotes contendo 12 unidades, são transportadas através de esteiras até as paletizadoras (Figura 12) onde são formados os paletes de
  • 33. 21 produtos acabados. A paletizadora é um equipamento que submete os operadores ao maior índice de ruídos da linha de produção. Para a operação da Paletizadora são necessários dois operadores que controlam a máquina através de painéis de comando com botoeiras. Como medidas de controle existentes são utilizados protetores auriculares do tipo plug com flange ou moldável e do tipo concha conforme a preferência do operador, e botinas do tipo vaqueta. Figura 12: Paletizadora de latas. Para finalizar o processo de envase de cerveja/refrigerante em lata os paletes com produto acabado passam pelo processo de Envolvimento, onde uma máquina chamada de envolvedora (Figura 13) é responsável pelo envolvimento dos paletes com um plástico transparente para se evitar que o produto caia dos paletes durante o transporte e possa ser enviado ao armazém. Está máquina não possui nenhum operador sendo necessário apenas à troca do filma plástico pelo próprio operador de paletizadora. Vale ressaltar que os ruídos encontrados na linha de produção são inerentes ao processo. Figura 13: Envolvedora de paletes.
  • 34. 22 4.2. AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AO RUÍDO NA MÁQUINA DE DESPALETIZAÇÃO – DESPALETIZADORA Durante todo tempo de permanência na despaletizadora o operador permanece com protetor auricular tipo concha, tipo plug com flanges ou moldável, conforme sua preferência, ao longo de toda jornada de trabalho. A Tabela 3 mostra as dosimetrias de ruído na despaletizadora, fornecidos pelo aparelho de medição, com os parâmetros de configuração adotados para as funções de Operador. A Tabela 4 mostra os resultados do TWA dB(A) e da Dproj%(h), para uma projeção de jornada de 8 horas trabalho, em regime de ruído continuo, levando em consideração a não utilização dos protetores auriculares disponíveis na empresa e a utilização dos mesmos. Tabela 3: Dosimetria na despaletizadora fornecida pelo aparelho de medição Função Operador Local Despaletizadora Equipamento DOS 500 Nível limiar 80 dB Nível critério 85 dB Taxa de troca 5 dB Ponderação de tempo Lento dBRMS 115 Sim Excedeu 140 Não Data 08-11 Hora inicio 16h49min Hora finalização 18h07min Tempo exposição 01h17min Dose (%) 34,92
  • 35. 23 Tabela 4: Resultados do TWA dB(A), Dproj%(8), para funções de Operador de despaletizadora, levando em consideração a situação com e sem protetor auricular OPERADOR DE DESPALETIZADORA SEM PROTETOR PROTETOR PROTETOR UTILIZAÇÃO TIPO TIPO PLUG TIPO PLUG DE CONCHA FLANGES MOLDÁVEL PROTETOR (TWA) dB 90,611377 67,611377 65,611377 61,611377 Dproj% (8 h) 217,68 8,97 6,8 3,9 Para a função de Operador de despaletizadora a dose de ruído projetada para 8 horas (Dproj%(8 h)) é de 217,68% e o ruído médio equivalente (TWA dB(A)) é de 90,61 dB, sendo assim estes valores são superiores à dose diária permissível de 100% e, excedem, portanto, os limites de exposição ao ruído da NR-15 (Brasil, 1978). Também estão acima do nível de ação de 100% da dose, ou seja, maior que 85 dB (A), sendo necessária adoção imediata de medidas corretivas. Entretanto levando em consideração a utilização dos protetores auriculares e a redução que cada um proporciona (com base nas informações fornecidas pelo fabricante), temos que para o protetor tipo concha a redução de ruído médio equivalente (dB) no ouvido é de aproximadamente 23dB, sendo assim o ruído médio equivalente (TWA dB(A)) é de 67,61, e a dose de ruído projetada para 8 horas (Dproj%(8 h)) é de 8,97dB, sendo valores inferiores as doses diárias permissíveis de 100% e, não excedendo os limites de exposição ao ruído da NR-15 (Brasil, 1978). Também não estão acima do nível de ação de 100% da dose, ou seja, maior que 85dB (A), sendo então uma medida corretiva de grande solução. Para protetor tipo plug com flanges a redução de ruído médio equivalente (dB) no ouvido é de aproximadamente 25dB, sendo assim o ruído médio equivalente (TWA dB(A)) é 65,61dB e a dose de ruído projetada para 8 horas (Dproj%(8h)) é de 6,8dB, sendo valores inferiores as doses diárias permissíveis de 100% e, não excedendo os limites de exposição ao ruído da NR15 (Brasil, 1978), sendo então também uma medida corretiva de grande solução. Para protetor tipo plug moldável a redução de ruído médio equivalente (dB) no ouvido é de aproximadamente 29dB, sendo assim o ruído médio equivalente
  • 36. 24 (TWA dB(A)) é 61,61dB e a dose de ruído projetada para 8 horas (Dproj%(8 h)) é de 3,9dB, sendo valores inferiores as doses diárias permissíveis de 100% e, não excedendo os limites de exposição ao ruído da NR-15 (Brasil, 1978), sendo então também uma medida corretiva de grande solução. Entretanto tal protetor auricular é de baixa vida útil (descartável), por não possibilitar sua higienização. 4.3. AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AO RUÍDO NA MÁQUINA DE ENCHIMENTO – ENCHEDORA DE LATAS Durante todo tempo de permanência na enchedora de latas o operador permanece com protetor auricular tipo concha, tipo plug com flanges ou moldável, conforme sua preferência, ao longo de toda jornada de trabalho. A Tabela 5 mostra as dosimetrias de ruído na enchedora de latas, fornecidos pelo aparelho de medição, com os parâmetros de configuração adotados para as funções de operador. A tabela 6 mostra os resultados do TWA dB(A) e da Dproj%(h), para uma projeção de jornada de 8 horas trabalho, em regime de ruído continuo, levando em consideração a não utilização dos protetores auriculares disponíveis na empresa e a utilização dos mesmos. Tabela 5: Dosimetria na enchedora de latas fornecida pelo aparelho de medição Função Operador Local Enchedora Equipamento DOS 500 Nível limiar 80 dB Nível critério 85 dB Taxa de troca 5 dB Ponderação de tempo Lento dBRMS 115 Sim Excedeu 140 Não Data 08-12 Hora inicio 11h59min Hora finalização 13h34min Tempo exposição 01h34min Dose (%) 56,02
  • 37. 25 Tabela 6: Resultados do TWA dB(A), Dproj%(8), funções de operador de enchedora de latas, levando em consideração a situação com e sem protetor auricular OPERADOR DE ENCHEDORA SEM PROTETOR PROTETOR PROTETOR UTILIZAÇÃO TIPO TIPO PLUG TIPO PLUG DE CONCHA SIMPLES MOLDÁVEL PROTETOR (TWA) dB 92,58185 69,58185 67,58185 63,58185 Dproj%(8 h) 286,05 11,79 8,94 5,13 Para a função de operador de Enchedora de latas a dose de ruído projetada para 8 horas (Dproj%(8 h)) e 286,05% e o ruído médio equivalente (TWA dB(A)) é 92,58dB (A), sendo assim estes valores são superiores à dose diária permissível de 100% e, excedem, portanto, os limites de exposição ao ruído da NR15 (Brasil, 1978). Também estão acima do nível de ação de 100% da dose, ou seja, maior que 85dB (A), sendo necessária adoção imediata de medidas corretivas. Levando em consideração a utilização dos protetores auriculares e a redução que os mesmos proporcionam temos que, o ruído médio equivalente (TWA dB(A)) para os protetores tipo concha,tipo plug com flanges e o tipo moldável serão respectivamente, 69,58dB, 67,58dB, 63,58dB e os valores da dose de ruído projetada para 8 horas (Dproj%(8 h)) são, 11,79%, 8,94%, 5,13%, sendo valores inferiores as doses diárias permissíveis de 100% e portanto, não excedendo os limites de exposição ao ruído da NR15 (Brasil, 1978), sendo então uma medida corretiva de grande solução 4.4. AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AO RUÍDO NA MÁQUINA DE PASTEURIZAÇÃO – PASTEURIZADOR DE LATAS Durante todo tempo de permanência no pasteurizador de latas o operador permanece com protetor auricular tipo concha, tipo plug com flanges ou moldável, conforme sua preferência, ao longo de toda jornada de trabalho. O operador de pasteurizador executa suas atividades muito próximas a transportes de latas, sendo tais transportes emissores de um alto índice de ruídos devido aos inúmeros motores e esteiras transportadoras de latas. O operador fica exposto a um ruído
  • 38. 26 preliminarmente caracterizado como continuo durante toda a execução de suas tarefas. A Tabela 7 mostra as dosimetrias de ruído no pasteurizador de latas, fornecidos pelo aparelho de medição, com os parâmetros de configuração adotados para as funções de operador. A tabela 8 mostra os resultados do (TWA dB (A)) e da Dproj%(h), para uma projeção de jornada de 8 horas trabalho, em regime de ruído continuo, levando em consideração a não utilização dos protetores auriculares disponíveis na empresa e a utilização dos mesmos. Tabela 7: Dosimetria no pasteurizador de latas fornecida pelo aparelho de medição. Função Operador Local Pasteurizador Equipamento DOS 500 Nível limiar 80 dB Nível critério 85 dB Taxa de troca 5 dB Ponderação de tempo Lento dBRMS 115 Sim Excedeu 140 Não Data 08-12 Hora inicio 13h44min Hora finalização 15h40min Tempo exposição 01h55min Dose (%) 74,61 Tabela 8: Resultados do TWA dB (A), Dproj%(8), funções de operador de pasteurizador de latas, levando em consideração a situação com e sem protetor auricular OPERADOR DE PASTEURIZADOR SEM PROTETOR PROTETOR PROTETOR UTILIZAÇÃO TIPO TIPO PLUG TIPO PLUG DE CONCHA SIMPLES MOLDÁVEL PROTETOR (TWA) Db 93,194493 70,194493 68,194493 64,194493 Dproj%(8h) 331,41 12,84 9,73 5,58
  • 39. 27 Para a função de operador de Pasteurizador de latas a dose de ruído projetada para 8 horas (Dproj%(8 h)) e 331,41% e o ruído médio equivalente (TWA dB(A)) é 93,19 dB (A), sendo assim estes valores são superiores à dose diária permissível de 100% e, excedem, portanto, os limites de exposição ao ruído da NR15 (Brasil, 1978). Também estão acima do nível de ação de 100% da dose, ou seja, maior que 85 dB (A), sendo necessária adoção imediata de medidas corretivas. Levando em consideração a utilização dos protetores auriculares e a redução que os mesmos proporcionam temos que, o ruído médio equivalente (TWA dB (A)) para os protetores tipo concha,tipo plug com flanges e o tipo moldável serão respectivamente, 70,19dB, 68,19dB, 64,19dB e os valores da dose de ruído projetada para 8 horas (Dproj%(8 h)) são, 12,84%, 9,73%, 5,58%, sendo valores inferiores as doses diárias permissíveis de 100% e portanto, não excedendo os limites de exposição ao ruído da NR-15 (Brasil, 1978), sendo então uma medida corretiva de grande solução 4.5. AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AO RUÍDO NA MÁQUINA EMPACOTADORA DE LATAS Durante todo tempo de permanência na empacotadora de latas o operador permanece com protetor auricular tipo concha, tipo plug com flanges ou moldável, conforme sua preferência, ao longo de toda jornada de trabalho. O operador de empacotadora executa suas atividades muito próximas a transportes de latas e envolvedores de latas, sendo equipamentos emissores de altos índices de ruídos. O operador fica exposto a um ruído preliminarmente caracterizado como continuo durante toda a execução de suas tarefas. . A tabela 9 mostra as dosimetrias de ruído na empacotadora de latas, fornecidos pelo aparelho de medição, com os parâmetros de configuração adotados para as funções de operador. A tabela 10 mostra os resultados do TWA dB (A) e da Dproj%(h), para uma projeção de jornada de 8 horas trabalho, em regime de ruído continuo, levando em consideração a não utilização dos protetores auriculares disponíveis na empresa e a utilização dos mesmos.
  • 40. 28 Tabela 9: Dosimetria na empacotadora de latas fornecida pelo aparelho de medição. Função Operador Local Empacotadora de latas Equipamento DOS 500 Nível limiar 80 dB Nível critério 85 dB Taxa de troca 5 dB Ponderação de tempo Lento dBRMS 115 Sim Excedeu 140 Não Data 08-11 Hora inicio 13h30min Hora finalização 14h51min Tempo exposição 01h21min Dose (%) 61,51 Tabela 10: Resultados do TWA dB (A), Dproj%(8), funções de operador de empacotadora de latas, levando em consideração a situação com e sem protetor auricular OPERADOR DE EMPACOTADORA SEM PROTETOR PROTETOR PROTETOR UTILIZAÇÃO TIPO TIPO PLUG TIPO PLUG DE CONCHA SIMPLES MOLDÁVEL PROTETOR (TWA) Db 94,329978 71,329978 69,329978 65,329978 Dproj%(8h) % 364,50 15,03 11,39 6,54 Para a função de operador de empacotadora de latas a dose de ruído projetada para 8 horas (Dproj%(8 h)) e 364,50% e o ruído médio equivalente (TWA dB(A)) é 94,32 dB (A), sendo assim estes valores são superiores à dose diária permissível de 100% e, excedem, portanto, os limites de exposição ao ruído da NR-15 (Brasil, 1978). Também estão acima do nível de ação de 100% da dose, ou seja, maior que 85 dB (A), sendo necessária adoção imediata de medidas corretivas. Levando em consideração a utilização dos protetores auriculares e a redução que os mesmos proporcionam temos que, o ruído médio equivalente (TWA dB (A)) para os
  • 41. 29 protetores tipo concha,tipo plug com flanges e o tipo moldável serão respectivamente, 71,32dB, 69,32dB, 65,32dB e os valores da dose de ruído projetada para 8 horas (Dproj%(8 h)) são, 15,03%, 11,39%, 6,54%, sendo valores inferiores às doses diárias permissíveis de 100% e portanto, não excedendo os limites de exposição ao ruído da NR-15 (Brasil, 1978), sendo então uma medida corretiva de grande solução 4.6. AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AO RUÍDO NA PALETIZADORA DE LATAS Durante todo tempo de permanência na paletizadora de pacotes de latas o operador permanece com protetor auricular tipo concha, tipo plug com flanges ou moldável, conforme sua preferência, ao longo de toda jornada de trabalho. O operador de paletizadora executa suas atividades muito próximas aos transportes de pacotes, sendo táis transportes formados por esteiras de plástico( transporte de pacotes) e correntes (transporte de paletes ) e emissores de altos índices de ruídos. O operador fica exposto a um ruído preliminarmente caracterizado como continuo durante toda a execução de suas tarefas. A tabela 11 mostra as dosimetrias de ruído nas paletizadoras, fornecidos pelo aparelho de medição, com os parâmetros de configuração adotados para as funções de operador. A tabela 12 mostra os resultados do TWA dB(A) e da Dproj%(h), para uma projeção de jornada de 8 horas trabalho, em regime de ruído continuo, levando em consideração a não utilização dos protetores auriculares disponíveis na empresa e a utilização dos mesmos.
  • 42. 30 Tabela 11: Dosimetria na paletizadora fornecida pelo aparelho de medição Função Operador Local Paletizadora Equipamento DOS 500 Nível limiar 80 dB Nível critério 85 dB Taxa de troca 5 dB Ponderação de tempo Lento dBRMS 115 Sim Excedeu 140 Não Data 08-11 Hora inicio 15h27min Hora finalização 16h44min Tempo exposição 01h17min Dose (%) 70,76 Tabela 12: Resultados do TWA dB(A), Dproj%(8), funções de operador de paletizadora de latas, levando em consideração a situação com e sem protetor auricular : OPERADOR DE PALETIZADORA SEM PROTETOR PROTETOR PROTETOR UTILIZAÇÃO TIPO TIPO PLUG TIPO PLUG DE CONCHA SIMPLES MOLDÁVEL PROTETOR (TWA) Db 95,70589 72,70589 70,70589 66,70589 Dproj%(8h) % 441,10 18,18 13,78 7,91 Para a função de Operador de paletizadora de latas a dose de ruído projetada para 8 horas (Dproj% (8 h)) e 441,10% e o ruído médio equivalente (TWA dB (A)) é 95,70 dB (A), sendo assim estes valores são superiores à dose diária permissível de 100% e, excedem, portanto, os limites de exposição ao ruído da NR15 (Brasil, 1978). Também estão acima do nível de ação de 100% da dose, ou seja, maior que 85 dB (A), sendo necessária adoção imediata de medidas corretivas. Levando em consideração a utilização dos protetores auriculares e a redução que os mesmos proporcionam temos que, o ruído médio equivalente (TWA dB (A)) para os protetores tipo concha, tipo plug com flanges e o tipo moldável serão respectivamente, 72,70dB, 70,70dB, 66,70dB e os valores da dose de ruído projetada para 8 horas (Dproj%(8 h)) são, 18,18%, 13,78%, 7,91%, sendo valores inferiores as
  • 43. 31 doses diárias permissíveis de 100% e portanto, não excedendo os limites de exposição ao ruído da NR15 (Brasil, 1978), sendo uma medida corretiva de grande solução. 4.7. COMENTÁRIOS Os valores de dose projetada sem utilização de EPI’s para a jornada de oito horas (Dproj%8h) obtidas foram de 217,68%, na despaletizadora, 286,05% na enchedora, 331,41% no pasteurizador, 364,50% na empacotadora e 441,10% na paletizadora, sendo que em todas as funções foi ultrapassado o limite de tolerância da dose diária de ruído de 100%, caracterizando exposição ocupacional ao ruído nos termos da NR-15 (BRASIL, 1978). Segue a figura representativa dos resultados. Dose Prjetada sem uso de EPI's 450,00% 441,10% 400,00% 364,50% 350,00% 331,41% 300,00% 286,05% 250,00% 217,68% Valores (%) 200,00% 150,00% Dose (%) 100,00% 50,00% 0,00% 1 2 3 4 5 Maquinas Figura 14: Dose projetada sem uso de EPI’s para todas as máquinas Contudo todos os operadores de máquinas utilizam-se de protetores auriculares para realizar suas tarefas na linha de produção, de forma que os valores de dose projetada com utilização de EPI’s para a jornada de oito horas (Dproj%8 h) para cada máquina em função dos tipos 3 de protetores auriculares utilizados, tipo concha,tipo plug com flanges e o tipo moldável serão respectivamente, 8,97%, 6,8%, 3,9% para a despaletizadora (Figura 15), 11,79%, 8,94%, 5,13% para enchedora (Figura 16), 12,84%, 9,73%, 5,58%, para o pasteurizador (Figura 17), 15,03%, 11,39%, 6,54%, para empacotadora (Figura 18) e 18,18%, 13,78%, 7,91% para a paletizadora (Figura 19), sendo valores inferiores às doses diárias permissíveis de 100% e, não excedendo
  • 44. 32 os limites de exposição ao ruído da NR-15 (Brasil, 1978), sendo uma medida corretiva de grande solução. Segue abaixo os gráficos de amostragem de tais valores: Dproj%8 h com utilização de EPI's 8,97% 9,00% 8,00% 6,80% 7,00% 6,00% Valores de 5,00% 3,90% Dose (%) 4,00% 3,00% 2,00% Dproj%8 h com 1,00% utilização de EPI's 0,00% Tipo Tipo Tipo concha Flanges Moldável Tipos de Protetores Auriculares Figura 15: Dose projetada levando em consideração os três tipos de EPI’s na Despaletizadora. Dproj%8 h com utilização de EPI's 11,79% 12,00% 10,00% 8,94% 8,00% Valores de 5,13% 6,00% Dose (%) 4,00% Dproj%8 h com 2,00% utilização de EPI's 0,00% Tipo Tipo Tipo concha Flanges Moldável Tipos de Protetores Auriculares Figura 16: Dproj (%) 8 h com EPI’s na Enchedora levando em consideração a utilização dos três tipos protetores de auriculares
  • 45. 33 Dproj%8 h com utilização de EPI's 14,00% 12,84% 12,00% 9,73% 10,00% Valores de 8,00% Dose (%) 5,58% 6,00% 4,00% Dproj%8 h com 2,00% utilização de EPI's 0,00% Tipo Tipo Tipo concha Flanges Moldável Tipos de Protetores Auriculares Figura 17: Dproj (%) 8 h com EPI’s na Pasteurizador levando em consideração a utilização dos três tipos protetores de auriculares Dproj%8 h com utilização de EPI's 16,00% 15,03% 14,00% 12,00% 11,39% Valores de 10,00% 8,00% 6,54% Dose (%) 6,00% 4,00% Dproj%8 h com 2,00% utilização de EPI's 0,00% Tipo Tipo Tipo concha Flanges Moldável Tipos de Protetores Auriculares Figura 18: Dproj (%) 8 h com EPI’s nas Empacotadoras de latas levando em consideração a utilização dos três tipos protetores de auriculares
  • 46. 34 Dproj%8 h com utilização de EPI's 20,00% 18,18% 15,00% 13,78% Valores de 10,00% 8% Dose (%) 5,00% Dproj%8 h com utilização de EPI's 0,00% Tipo Tipo Tipo concha Flanges Moldável Tipos de Protetores Auriculares Figura 19: Dproj(%) 8h com EPI’s na Paletizadora, levando em consideração a utilização dos três tipos protetores de auriculares Os níveis de Ruído Médio Equivalente Global (TWA dB (A)) para a jornada de trabalho de 8 horas, calculados a partir da equação 2, nos ambientes de Despaletizadora, Enchedora, Pasteurizador, Empacotadora de latas e Paletizadora são respectivamente 90,61dB(A), 92,58dB(A), 93,19dB(A), 94,32dB(A) e 95,70dB(A), estando todos acima dos limites de tolerância, caracterizando exposição ocupacional ao ruído nos termos da NR-15 (BRASIL, 1978). Segue abaixo os Gráficos representativos dos valores citados acima:
  • 47. 35 Ruído Médio Equivalente Global (TWA dB ) sem utilização de EPI's 96,00% 95,00% 94,00% Valores de 93,00% 92,00% Ruído Médio Equivalente TWA(dB) 91,00% Global (TWA dB ) sem 90,00% 89,00% utilização de EPI's 88,00% 1 2 3 4 5 Máquinas Figura 20: Ruído Médio Equivalente Global (TWA dB) sem utilização de EPI's, em cada máquina 1. Despaletizadora; 2. Enchedora; 3. Pasteurizador; 4. Empacotadora; 5. Paletizadora Contudo todos os operadores de máquinas utilizam-se de protetores auriculares para realizar suas tarefas na linha de produção, de forma que os níveis de Ruído Médio Equivalente Global (TWA dB (A)) para a jornada de trabalho de 8 horas para cada máquina, em função dos tipos 3 de protetores auriculares utilizados, tipo concha,tipo plug com flanges e o tipo moldável serão respectivamente, 67,61dB(A), 65,61dB(A), 61,61dB(A) para despaletizadora, 69,58dB(A) ,67,58dB(A), 65,58dB(A) para enchedora, 70,19dB(A), 68,19dB(A), 64,19dB(A) para pasteurizador, 71,32dB(A), 69,32dB(A), 65,32dB(A) para a empacotadora, 72,70dB(A), 70,70dB(A), 66,70dB(A) para a paletizadora. Segue abaixo as figuras representativoas dos valores de TWA por máquina e levando em consideração a utilização dos EPI’s:
  • 48. 36 Ruído Médio Equivalente Global (TWA dB ) com utilização de EPI's 68 67,61 66 65,61 Valores de 64 TWA (dB) 62 61,61 Ruído Médio Equivalente 60 Global (TWA dB ) com 58 utilização de EPI's Tipo Tipo Tipo concha Flanges Moldável Tipos de Protetores Auriculares Figura 21: Ruído Médio Equivalente Global (TWA dB ) com utilização de EPI' na Despaletizadora, levando em consideração a utilização dos três tipos protetores de auriculares Ruído Médio Equivalente Global (TWA dB) com utilização de EPI's 70 69,58 69 68 67,58 Valores de 67 TWA (dB) 66 65,58 65 Ruído Médio Equivalente 64 Global (TWA dB) com 63 utilização de EPI's Tipo Tipo Tipo concha Flanges Moldável Tipos de Protetores Auriculares Figura 22: Ruído Médio Equivalente Global (TWA dB ) com utilização de EPI' na Enchedora, levando em consideração a utilização dos três tipos protetores de auriculares
  • 49. 37 Ruído Médio Equivalente Global (TWA dB) com utilização de EPI's 72 70,19 70 68,19 68 Valores de 66 TWA (dB) 64,19 64 Ruído Médio Equivalente 62 Global (TWA dB) com 60 utilização de EPI's Tipo Tipo Tipo concha Flanges Moldável Tipos de Protetores Auriculares Figura 23: Ruído Médio Equivalente Global (TWA dB ) com utilização de EPI' na Pasteurizador, levando em consideração a utilização dos três tipos protetores de auriculares Ruído Médio Equivalente Global (TWA dB) com utilização de EPI's 72 71,32 70 69,32 Valores de 68 TWA (dB) 66 65,32 Ruído Médio Equivalente 64 Global (TWA dB) com 62 utilização de EPI's Tipo Tipo Tipo concha Flanges Moldável Tipos de Protetores Auriculares Figura 24: Ruído Médio Equivalente Global (TWA dB ) com utilização de EPI' na Empacotadora de latas, levando em consideração a utilização dos três tipos protetores de auriculares
  • 50. 38 Ruído Médio Equivalente Global (TWA dB) com utilização de EPI's 74 72,7 72 70,7 70 Valores de 68 66,7 TWA (dB) 66 Ruído Médio Equivalente 64 Global (TWA dB) com 62 utilização de EPI's Tipo Tipo Tipo concha Flanges Moldável Tipos de Protetores Auriculares Figura 25: Ruído Médio Equivalente Global (TWA dB ) com utilização de EPI' na Paletizadora, levando em consideração a utilização dos três tipos protetores de auriculares Avaliando os dados encontrados temos que os protetores auriculares são de grande ajuda na prevenção a possíveis danos causados por ruídos excessivos, pois os mesmos atenuam a valores permitidos por normas e seguros aos operadores de máquinas.
  • 51. 39 5. CONCLUSÃO Os níveis de ruídos em todos os pontos de trabalho na linha de enlatamento de bebidas estão acima dos limites de tolerância que é de 85 dB, visto que o trabalhador passa 8 horas em turno de trabalho. As medições realizadas foram feitas de forma a garantir a maior confiabilidade nos resultados e a não interferir nas condições ambientais e operacionais características do trabalho. Realizou-se a dosimetria para as funções de operador de máquinas, nas cinco máquinas que podem ser operadas na linha de produção, Despaletizadora, Enchedora, Pasteurizador, Empacotadora e Paletizadora. Na Despaletizadora encontrasse o ambiente de menor intensidade de ruído, pelo fato da máquina não deixar expostos os motores, correntes, necessários ao seu funcionamento. Na Enchedora além do ruído oriundo do equipamento há a questão do ruído produzido pelos transportes de latas, que a partir desse ponto se tornam um dos principais meios de produção de ruído na linha de produção. Entretanto o ruído encontrado e medido é do tipo contínuo. No Pasteurizador temos como grande emissor de ruídos os motores e esteiras responsáveis pelo transporte de latas pasteurizadas, dessa forma é um dos pontos de maior incidência ruído, sendo tal ruído continuo ao longo da jornada de trabalho. Na Empacotadora de latas o ruído que é recebido pelo operador são basicamente os oriundos da máquina e dos transportes de acesso de latas e saída de pacotes, sendo os dois somados caracterizando ruído continuo. Na Paletizadora é onde se encontra o caso mais grave, onde foi encontrado o maior índice de ruído medido, isso se deve ao fato do operador ficar a sua jornada de trabalho inteira nas proximidades de esteiras de transportes de pacotes e de paletes, sendo os mesmo os maiores emissores de ruídos na linha de produção. Com base nos resultados encontrados, o fornecimento de EPI’s que atenuem estes valores de ruídos para níveis abaixo dos limites de tolerância, conforme Tabela 1 NR 15 (1978), deve ser obrigatório por parte da empresa, visto que os ruídos são
  • 52. 40 inerentes ao processo não sendo possível a tomada de ações visando a diminuição na geração destes ruídos. Conclui-se que cabe ao trabalhador consciente se proteger e exigir melhores condições de trabalho sendo a empresa total responsável por fornecer os EPI’s necessários à execução dos trabalhos e que tal advento seja a ultima solução para a eliminação de uma condição insegura, assim como o pagamento de adicional de insalubridade. Por último, a redução do ruído pode ser alcançada através de soluções técnicas para atenuação de ruído no ambiente, na fonte sonora e não apenas com a adoção de equipamentos de proteção individual. Visando dar continuidade a trabalhos futuros é proposto o seguinte tema: impactos sociais aos trabalhadores com danos auditivos.
  • 53. 41 6. BIBLIOGRAFIAS ARAUJO, C. P.; FILHO G. F. Avaliação dos Ríscos Químicos de uma indústria de Embalagens de ARAPONGAS-PR. 2005. Trabalho de Conclusão de Curso (Especiação em Engenharia de Segurança do Trabalho) - Universidade Estadual de Ponta Grossa – UEPG. Brandão P. S. J. Biossegurança e AIDS: as dimensões psicossociais do acidente com material biológico no trabalho em hospital. [Mestrado] Fundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde Pública; 2000. BRASIL. Ministério do Trabalho. Portaria n° 3214 de 8 de junho de 1978: Normas Regulamentadoras relativas à segurança e medicina do trabalho. NR 6- Equipamentos de proteção individual. Disponível em: http://www.mte.gov.br/ legislacao/normas_regulamentadoras/nr_06.pdf. Acesso em 01/07/2010 BRASIL. Ministério do Trabalho. Portaria n° 3214 de 8 de junho de 1978: Normas Regulamentadoras relativas à segurança e medicina do trabalho. NR 09 - Programa de Prevenção a Riscos Ambientais. Disponível em http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_09_at.pdf . Acesso em 29/06/2010 BRASIL. Ministério do Trabalho. Portaria n° 3214 de 8 de junho de 1978: Normas Regulamentadoras relativas à segurança e medicina do trabalho. NR 15 - Atividades e operações insalubres. Disponível em: http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_15.pdf. Acesso em 28/06/2010BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em:http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3%A7ao.htm. Acesso 01/07/2010
  • 54. 42 DECRETO-LEI N.º 5.452, DE 1º DE MAIO DE 1943. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil/decreto-lei/del5452.htm. Acesso em 27/07/2010 FUNDACENTRO. Avaliação da Eexposição ao Ruído. Norma de Higiene Ocupacional – Procedimento Técnico. São Paulo: Ministério do Trabalho e Emprego,2001.http://www.fundacentro.gov.br/ARQUIVOS/PUBLICACAO/l/NHO0 1.pdf. Acesso 04/07/2010 HIRANO, R. H. – Avaliação da Exposição Ocupacional ao Ruído nas Atividades dos Trabalhadores Eletricitários. Cuiabá 2009. 94 f Monografia (Especialização) – Faculdade de Arquitetura, Engenharia e Tecnologia, Universidade Federal de Mato Grosso. Disponível em : http://cpd1.ufmt.br/eest/index2.php?option=com_docman&task=doc_view&gid=353 &Itemid=99 Acesso em 26/07/2010 . KOMNISKI, T. M.; WATZLAWICK, L. F. - Problemas Causados pelo Ruído no Ambiente de Trabalho. Revista Eletrônica Lato Sensu – Ano 2, nº1, julho de 2007. ISSN 1980-6116 http://www.unicentro.br – Engenharia RODRIGUES, M.N. METODOLOGIA PARA DEFINIÇÃO DE ESTRATÉGIA DE CONTROLE E AVALIAÇÃO DE RUÍDO OCUPACIONAL. Pós graduação em Engenharia de Estruturas da Escola de Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais, como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Mestre em Engenharia de Estruturas. Disponível em : http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/bitstream/1843/PASA- 875MWR/1/224.pdf . Acesso em 07/07/2010 SÁ, F.D.D. AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO EM INDÚSTRIA DE BEBIDAS. Monografia apresentada a Universidade Federal de Mato Grosso para a obtenção do grau de especialista em Engenharia da Segurança do Trabalho. Disponível em :
  • 55. 43 http://cpd1.ufmt.br/eest/index.php?option=com_docman&task=doc_download&gid= 79&Itemid=99 . Acesso 14/07/2010 SOARES, A.F.P., Matos, I.C.C., Moraes, R.J.B. GESTÃO EM SAÚDE OCUPACIONAL. Monografia apresentada ao Curso de Especialização em Engenharia de Segurança – CEEST, Escola Politécnica,Universidade Federal da Bahia, para obtenção do grau de Especialista. Disponível em : http://www2.ceest.ufba.br/trabalhos/mono_alessia_mariana_rodrigo_2005.pdf. Acesso em 08/07/2010 SOUZA, H. M. M. R. de. Análise experimental dos níveis de ruído produzido por peça de mão de alta rotação em consultórios odontológicos: possibilidade de humanização do posto de trabalho do cirurgião dentista. [Doutorado] Fundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde Pública; 1998.
  • 56. 44 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADEDEARQUITETURA,ENGENHARIA E TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO DECLARAÇÃO DE NÃO VIOLAÇÃO DE DIREITOS AUTORAIS DE TERCEIROS Eu, JOHNNY FLOR DA SILVA DAVANSO, CPF: 001.706.971-85, aluno do Curso de Especialização em Engenharia de Segurança do trabalho da Universidade Federal de Mato Grosso, declaro para os devidos fins que: a) a monografia intitulada: AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AO RUÍDO EM UMA INDÚSTRIA DE BEBIDAS de minha autoria, não viola os direitos autorais de terceiros, sejam eles pessoas físicas ou jurídicas; b) que a monografia de conclusão do curso de Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho ora submetida à Banca composta pela Portaria no ______ não constitui-se em reprodução de obra alheia, ainda com direitos autorais protegidos ou já em domínio público; c) que em havendo textos, tabelas e figuras transcritos de obras de terceiros com direitos autorais protegidos ou de domínio público tal como idéias e conceitos de terceiros, mesmo que sejam encontrados na Internet, os mesmos estão com os devidos créditos aos autores originais e estão incluídas apenas com o intuito de deixar o trabalho autocontido; d) que os originais das autorizações para inclusão dos materiais do item c) emitidas pelos proprietários dos direitos autorais, se for o caso, estão em meu poder; e) que tenho ciência das Diretrizes e Normas Regulamentadoras de Pesquisas descritas na Resolução CNS Nº 196/1996 e da obrigação de cumprir as disposições previstas na Constituição Federativa do Brasil de 1988 e na legislação brasileira relativa à violação de direitos autorais como Código do Consumidor, Código Civil e Código Penal Brasileiro. Cuiabá, _____ / ______ / ________ Assinatura:_____________________________________