1. A indústria adotou políticas de redução de custos que se mostraram ineficientes e aumentaram acidentes e perdas humanas.
2. O objetivo do estudo é avaliar os níveis de ruído existentes na linha de produção de latas da indústria.
3. Medições de ruído foram realizadas em cada máquina da linha de produção com funcion
Avaliação da exposição ao ruído em indústria de bebidas
1. 2
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA.
ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO
AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AO
RUÍDO EM UMA INDÚSTRIA DE BEBIDAS
JOHNNY FLOR DA SILVA DAVANSO
Orientadora: Profª. Msc. LUCIANE CLEONICE DURANTE
Cuiabá, MT
Setembro/2010
2. 3
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA.
ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO
AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AO
RUÍDO EM UMA INDÚSTRIA DE BEBIDAS
JOHNNY FLOR DA SILVA DAVANSO
Monografia submetida à
Universidade Federal de Mato
Grosso para obtenção do Grau de
Especialista em Engenharia de
Segurança do Trabalho
Orientadora: Profª. Msc. LUCIANE CLEONICE DURANTE
Cuiabá, MT
Setembro/2010
3. ii
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA.
ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO
CERTIFICADO DE APROVAÇÃO
Título: AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AO RUÍDO EM
UMA INDÚSTRIA DE BEBIDAS
Aluno: JOHNNY FLOR DA SILVA DAVANSO
Orientadora: Profª. Msc. LUCIANE CLEONICE DURANTE
Dissertação defendida e aprovada em 09 de setembro de 2010
________________________________________
Assinatura do (a) Coordenador (a) do Curso
Comissão Examinadora:
_______________________________________________________
Profª. Msc. Luciane Cleonice Durante
Universidade Federal de Mato Grosso
_______________________________________________________
Profª. Dra. Marta Cristina de Jesus Albuquerque Nogueira
Universidade Federal de Mato Grosso
_______________________________________________________
Prof. Dr. Marcio de Lara Pinto.
Universidade Federal de Mato Grosso
4. iii
DEDICATÓRIA
Deus por permitir que tudo seja
possível, aos meus pais Marli Flor da
Silva Davanso e Odair Davanso que
tanto me apoiaram durante todos os
caminhos que segui, me ensinando, me
compreendendo e me dando todo amor
que tanto já precisei.
5. iv
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus por todas as conquistas que me proporciona.
Agradeço a todos que contribuíram para construção do que eu sou hoje.
À minha família, que de forma direta ou indireta contribuíram para a conclusão de
mais uma etapa em minha vida.
A todos os funcionários da coordenação pelo apoio e amizade. Em especial
Cesário e Lúcio.
À Prof.ª Ms. Luciane Cleonice Durante - pela orientação e principalmente pelo
incentivo, apoio, confiança e conhecimento, ingredientes que possibilitaram a
realização deste.
A todos os professores pelo conhecimento transmitido.
Aos meus amigos Breno e Thiago que sempre me ajudaram.
Agradeço ao Engenheiro Marcio Antonio Nadai Alberton pelo apoio e incentivo.
À minha companheira Thyssiani Aparecida Nogueira Marques por todo amor e
carinho ao longo dessa jornada.
A todos os colegas de curso que fizeram com que conhecimentos fossem
adquiridos, experiências fossem compartilhadas e novas amizades feitas.
6. v
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS ................................................................................................ vii
LISTA DE TABELAS ................................................................................................ ix
LISTA DE EQUAÇÕES .............................................................................................. x
RESUMO .................................................................................................................... xi
1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 1
1.1. PROBLEMÁTICA....................................................................................... 1
1.2. JUSTIFICATIVA .............................................................................................. 2
1.3. OBJETIVOS...................................................................................................... 3
1.3.1. Objetivo Geral ................................................................................ 3
1.3.2. Objetivos Específicos ..................................................................... 3
2.REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................. 4
2.1. AGENTES FÍSICOS ......................................................................................... 4
2.1.1. Ruído .............................................................................................. 4
2.2. OS EFEITOS DO RUÍDO SOBRE O HOMEM ............................................... 8
2.3. PROTETORES AURÍCULARES ..................................................................... 9
3. MATERIAIS E MÉTODO .................................................................................... 11
3.1. DESCRIÇÃO DO PERFIL DA EMPRESA .................................................... 11
3.2. INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO ................................................................ 12
3.3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS .................................................... 14
3.4. ABORDAGEM DOS LOCAIS E DAS CONDIÇÕES DE TRABALHO ....... 15
3.5. MÉTODO PARA ANÁLISE DOS RESULTADOS ....................................... 15
4. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS....................................... 17
4.1. DESCRIÇÃO DO PROCESSO PRODUTIVO ............................................... 17
4.2. AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AO RUÍDO NA
MÁQUINA DE DESPALETIZAÇÃO – DESPALETIZADORA ......................... 22
4.3. AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AO RUÍDO NA
MÁQUINA DE ENCHIMENTO – ENCHEDORA DE LATAS ........................... 24
7. vi
4.4. AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AO RUÍDO NA
MÁQUINA DE PASTEURIZAÇÃO – PASTEURIZADOR DE LATAS ............ 25
4.5. AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AO RUÍDO NA
MÁQUINA EMPACOTADORA DE LATAS ...................................................... 27
4.6. AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AO RUÍDO NA
PALETIZADORA DE LATAS ............................................................................. 29
4.7. COMENTÁRIOS ............................................................................................ 31
5. CONCLUSÃO ....................................................................................................... 39
6. BIBLIOGRAFIAS ................................................................................................. 41
8. vii
LISTA DE FIGURAS
Figura 01 - As divisões do ouvido......................................................................... 08
Figura 02 - Protetor auricular tipo concha............................................................. 09
Figura 03 - Protetor auricular tipo plug com flanges............................................. 10
Figura 04 - Protetor auricular tipo moldável.......................................................... 10
Figura 05 - Dosímetro de Ruído Digital, modelo DOS – 500............................... 12
Figura 06 - Despaletizadora de latas...................................................................... 17
Figura 07 - Ponte de vácuo..................................................................................... 18
Figura 08 - Enchedora de latas............................................................................... 19
Figura 09 - Pasteurizador de latas.......................................................................... 19
Figura 10 - Inspetor de latas................................................................................... 20
Figura 11 - Empacotadoras de latas....................................................................... 20
Figura 12 - Paletizadora de latas............................................................................ 21
Figura 13 – Envolvedora de paletes....................................................................... 21
Figura 14 - Dose projetada sem uso de EPI’s para todas as máquinas.................. 31
Figura 15 - Dose projetada levando em consideração os três tipos de EPI’s na
Despaletizadora....................................................................................................... 32
Figura 16: Dproj (%) 8 h com EPI’s na Enchedora levando em consideração a
utilização dos três tipos protetores de auriculares................................................... 32
Figura 17: Dproj (%) 8 h com EPI’s no Pasteurizador levando em consideração
a utilização dos três tipos protetores de auriculares............................................... 33
Figura 18: Dproj (%) 8 h com EPI’s nas Empacotadoras de latas levando em
consideração a utilização dos três tipos protetores de auriculares.......................... 33
Figura 19: Dproj(%) 8h com EPI’s na Paletizadora, levando em consideração a
utilização dos três tipos protetores de auriculares.................................................. 34
Figura 20: Ruído Médio Equivalente Global (TWA dB) sem utilização de
EPI's, em cada máquina 1. Despaletizadora; 2. Enchedora; 3. Pasteurizador; 4.
Empacotadora; 5. Paletizadora................................................................................ 35
Figura 21: Ruído Médio Equivalente Global (TWA dB ) com utilização de EPI'
na Despaletizadora, levando em consideração a utilização dos três tipos
protetores de auriculares......................................................................................... 36
Figura 22: Ruído Médio Equivalente Global (TWA dB ) com utilização de EPI'
9. viii
na Enchedora, levando em consideração a utilização dos três tipos protetores de
auriculares............................................................................................................... 36
Figura 23: Ruído Médio Equivalente Global (TWA dB ) com utilização de EPI'
na Pasteurizador, levando em consideração a utilização dos três tipos protetores
de auriculares.......................................................................................................... 37
Figura 24: Ruído Médio Equivalente Global (TWA dB ) com utilização de EPI'
na Empacotadora de latas, levando em consideração a utilização dos três tipos
protetores de auriculares.......................................................................................... 37
Figura 25: Ruído Médio Equivalente Global (TWA dB ) com utilização de EPI'
na Paletizadora, levando em consideração a utilização dos três tipos protetores
de auriculares.......................................................................................................... 38
10. ix
LISTA DE TABELAS
Tabela 01 - Nível critério para adoção de medidas preventivas e corretivas......... 07
Tabela 02 - Limites de Tolerância para Ruído Contínuo ou Intermitente.............. 07
Tabela 03 - Dosimetria na despaletizadora fornecida pelo aparelho de medição.. 22
Tabela 04 - Resultados do TWA dB(A), Dproj%(8), para funções de Operador
de despaletizadora, levando em consideração a situação com e sem protetor
auricular................................................................................................................... 23
Tabela 05 - Dosimetria na enchedora de latas fornecida pelo aparelho de
medição................................................................................................................... 24
Tabela 06 - Resultados do TWA dB(A), Dproj%(8), funções de operador de
enchedora de latas, levando em consideração a situação com e sem protetor
auricular................................................................................................................... 25
Tabela 07 - Dosimetria no pasteurizador de latas fornecida pelo aparelho de
medição................................................................................................................... 26
Tabela 08 - Resultados do TWA dB(A), Dproj%(8), funções de operador de
pasteurizador de latas, levando em consideração a situação com e sem protetor
auricular................................................................................................................... 26
Tabela 09 - Dosimetria no empacotadora de latas fornecida pelo aparelho de
medição................................................................................................................... 28
Tabela 10 - Resultados do TWA dB(A), Dproj%(8), funções de operador de
empacotadora de latas, levando em consideração a situação com e sem protetor
auricular.................................................................................................................. 28
Tabela 11 - Dosimetria na paletizadora fornecida pelo aparelho de medição 30
Tabela 12 - Resultados do TWA dB(A), Dproj%(8), funções de operador de
paletizadora de latas, levando em consideração a situação com e sem protetor
auricular................................................................................................................... 30
11. x
LISTA DE EQUAÇÕES
Equação 01 - Relação entre a D(%) e o Lavg........................................................ 15
Equação 02 - Dose projetada para a jornada de 8 horas Dproj(8)......................... 16
12. xi
RESUMO
DAVANSO J.F.S. – AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AO
RUÍDO EM UMA INDÚSTRIA DE BEBIDAS Cuiabá 2010. 53 f Monografia
(Especialização) - Faculdade de Arquitetura, Engenharia e Tecnologia, Universidade
Federal de Mato Grosso.
O ruído pode ser considerado como um som desagradável e indesejável
decorrente de exposição continua a elevadas pressões sonoras acarretando
desfavoravelmente sobre o estado emocional do indivíduo com conseqüências
imprevisíveis sobre o equilíbrio do trabalhador resultando em surdez, stress, fadiga,
irritação e diminuição da produtividade.
O objetivo geral desse estudo consiste na avaliação dos níveis de ruídos
existentes em uma indústria de bebidas, mais especificamente na linha produtora de
bebidas em latas. O levantamento de dados foi feito em loco com autorização da
empresa, de forma que cada funcionário responsável por cada máquina manteve-se
com o equipamento de medição por cada ciclo de medição representativo das
condições de trabalho do mesmo. Os resultados apontaram para um excesso de ruído.
Foi evidenciado que com a utilização de EPI’s os níveis de ruídos diminui a valores
aceitáveis, levando em consideração os parâmetros estabelecidos em normas. Na sua
consideração final, aponta para a importância das avaliações ocupacionais, atendendo
as prerrogativas legais, e também sobre a importância do profissional competente
para exercer sua função técnica e apresentar laudos que comprovem ou não, agentes
nocivos aos trabalhadores em seu ambiente de trabalho.
Palavras-chaves: Saúde ocupacional, segurança do trabalho, Ruído excessivo.
13. 1
1. INTRODUÇÃO
1.1. PROBLEMÁTICA
Num mundo de economia globalizada, tornou-se insaciável a busca por
produtos mais competitivos, inovadores e, sobretudo de ótima qualidade frente às
novas exigências do mercado.
Num primeiro momento adotaram-se as políticas de redução de custos com
insumos, tecnologias e recursos utilizados. Entretanto esse sistema se mostrou
ineficiente, visto que essa forma de economia possui um limite dentro do contesto de
crescimento, pois não há investimentos em novas técnicas de produção fazendo com
que as técnicas utilizadas se tornem ultrapassadas e os processos de industrialização
inadequados ao longo dos tempos.
Com a adoção da política de produção descrita acima o número de acidentes e
as perdas humanas aumentavam de maneira crítica, fazendo com que os gastos com
prejuízos e com indenizações pagos as ações trabalhistas, fizessem com que as
empresas se preocupassem com Saúde, Segurança e Meio Ambiente (SSMA). A
aplicação desses conceitos e a penetração dessas idéias atualmente vêm atingindo
uma parcela cada vez maior de pessoas, vale ressaltar que, a cultura de Saúde,
Segurança e Meio Ambiente (SSMA) não é coisa que aconteça do dia para noite,
sendo que tais conceitos não são assimilados com simplesmente a contratação de
empresas para implantar seus “selos” e, que para alcançar um nível satisfatório de
consciência, tanto dos empregadores quanto dos empregados, é uma tarefa de
conscientização de uma vida inteira, mesmo antes da abertura dos portões da
empresa, ou seja, levando em consideração o contesto social em que cada indivíduo
envolvido nesse processo vive.
Uma das grandes conquista no Brasil foi a criação das Normas
Regulamentadoras (NR’s), que fornecem orientações sobre procedimentos
obrigatórios relacionados Saúde, Segurança e Meio Ambiente (SSMA). Temos que
ressaltar que muitas empresas são exemplos da alta viabilidade das NR’s, contudo
outras tentam compensar a perda da saúde do trabalhador com pagamento de
adicionais. A maior motivação do trabalhador é a certeza de o mesmo exerça a sua
função de forma segura e em um ambiente de trabalho seguro e que o mesmo tem
14. 2
por direito exigir sempre melhores condições de trabalho, visto que esse direito é
garantido na constituição federal, Titulo II, Art. 7º, inciso XXII “Art. 7º São direitos
dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social: (...) XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de
normas de saúde, higiene e segurança”.
Uma das grandes responsáveis por acidentes e doenças relacionadas ao
trabalho são as indústrias, pois as mesmas em sua grande parte tem como prioridade
a produção de seus produtos deixando de lado a política de segurança em relação a
saúde do trabalhador. Tomando como base uma indústria de bebidas temos que a
mesma apresenta muitos riscos à saúde ocupacional do trabalhador, dentre os quais
podemos citar a questão de ruído elevado, calor excessivo, quedas, cortes entre
outros.
Um dos agentes de maior dano a saúde do trabalhador em uma indústria de
bebidas e em particular em uma linha de produção de bebidas em latas é o ruído,
sendo de fundamental importância, a realização de estudos e pesquisas no sentido
de contribuir para o esclarecimento de possíveis duvídas sobre as preocupações e
esforços na eliminação deste agente de risco por parte da indústria, e na avaliação das
medidas preventivas existentes, evidenciando se as mesmas atende as prerrogativas
estabelecidas em normas.
1.2. JUSTIFICATIVA
A linha de envase de bebidas em latas apresenta muitos riscos à saúde
ocupacional do trabalhador, dentre os quais podemos citar a questão de ruído
elevado, calor excessivo, quedas, cortes entre outros.
A linha de envase de bebidas em latas por ser uma área que produz em média
93000 latas/hora, a mesma pode chegar a incrível marca de 2.232.000 de latas por
dia, e todas essas latas provocam um grande ruído, que deve ser mensurado, de forma
a avaliar as condições nas quais a os trabalhadores se encontram nesse ambiente.
Dessa forma, deve-se análisar se os índices de ruídos em uma indústria de
bebidas são elevados o suficiente, sendo necessária compensação salarial através do
pagamento do adicional de insalubridade.
15. 3
A linha de envase de latas, devido aos inúmeros ríscos que a mesma possui,
sempre se torna foco na realização de programas de segurança, pois grande parte dos
acidentes, com ou sem afastamento, é fruto de tais condições que muitas vezes são
inerentes ao processo. Os acidentes levam as empresas, cada vez mais, concluir que
os custos-benefício da engenharia de segurança e dos processos que envolvem a
mesma na prevenção de acidentes são positivos, pois recursos financeiros destinados
a tais políticas se revertem em benefícios para a empresa.
O entendimento dos valores de ruídos em uma indústria de bebidas, que será
evidenciado através de um avaliação da exposição ocupacional dos operadores de
máquinas, formulado através de uma avaliação ocupacional dos índices de ruídos,
com as devidas medições, com a utilização de corretos equipamentos e devidamente
calibrados, permitira que a empresa motivada por problemas já ocorridos encontrar
soluções imediatas para solução dos possíveis problemas que forem encontrados.
1.3. OBJETIVOS
1.3.1. Objetivo Geral
O objetivo geral é avaliar a exposição ocupacional ao ruído na linha de
envase de bebidas em latas em uma indústria de bebidas.
1.3.2. Objetivos Específicos
Os objetivos específicos são:
a) Analisar a dose de ruído (D) para os períodos através de medição para um
determinado tempo e para a jornada de trabalho;
b) Analisar a Dose Projetada (Dproj) para o período de jornada de trabalho;
c) Analisar o Ruído Médio Equivalente Global (TWA) para o período de jornada de
trabalho;
d) Analisar se os EPI’s utilizados são adequados as condições estabelecidas.
16. 4
2.REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1. AGENTES FÍSICOS
É considerado agente físico, aquele agente que tem a capacidade de modificar
as características físicas do meio ambiente. São exemplos de agentes físicos: ruído,
calor, frio, vibração, umidade e pressões anormais. Nesse trabalho especificamente
falaremos de ruídos, pois o foco do laudo é avaliar a exposição ocupacional ao ruído
na linha de envase de bebidas em latas em uma indústria.
2.1.1. Ruído
O ruído pode ser conceituado segundo Farinha (2006) apud Neto, Vasque e
Filho (2005), como um som desagradável e indesejável decorrente da exposição
contínua a níveis de pressão sonora elevados, acarretando efeitos adversos ao
organismo humano tanto auditivo quanto extra-auditivo. A exposição a ruídos
excessivos de forma intensa e prolongada atua desfavoravelmente no estado
emocional do indivíduo, quanto mais elevados os níveis encontrados, maior o
número de trabalhadores que apresentarão início de surdez profissional e além de ser
frequentemente o causador indireto de acidentes do trabalho, quer por causar
distração ou mau entendimento de instruções, quer por mascarar avisos ou sinais de
alarme.
O ruído pode ser conceituado como um som desagradável e indesejável
decorrente da exposição contínua a níveis de pressão sonora elevados,
acarretando efeitos adversos ao organismo humano, tanto auditivos
quanto extra-auditivos (Farinha, 2006 apud Neto, Vasque e Filho (2005)).
Para Gerges (1992) apud Komniskie e Watzlawick (2006), o “nível de
pressão sonora - escala decibel (dB)”, no ouvido humano responde a uma larga faixa
de intensidade acústica, desde o limiar da audição até o limiar da dor.
Segundo Saliba (2001) apud Neto, Vasque e Filho (2005), as medidas de controle do
ruído podem ocorrer na fonte ou trajetória, no meio e no homem, sendo que as duas
primeiras devem ser prioritárias quando viáveis tecnicamente.
a) Controle de ruído na fonte: O controle de ruído na fonte consiste em
diminuir a emissão sonora da mesma, através de modificações
17. 5
mecânicas no funcionamento do equipamento e tratamento acústico
nos sistemas da máquina que geram o ruído.
b) Controle de ruído na trajetória: O controle de ruído na trajetória
adota medidas de atenuação que atuam no caminho de propagação do
som, ou seja, entre a fonte sonora e o receptor. Os métodos
frequentemente utilizados para atenuação do ruído na trajetória são:
b.1) Aumentar a distância entre a fonte sonora e o receptor;
b.2) Enclausuramento do equipamento ruidoso;
b.3) Tratamento acústico das superfícies do ambiente (controle da
reverberação);
b.4) Barreiras acústicas;
b.5) Separação de áreas ruidosas por divisórias.
c) Controle do meio: na impossibilidade do controle na fonte,
verificam-se as possíveis medidas de controle do meio, ou seja, busca-
se evitar a propagação, mediante o isolamento (isolamento da fonte ou
do receptor) ou tratamento acústico das superfícies;
d) Controle de ruído no homem (receptor): O controle de ruído no
receptor geralmente se restringe ao uso, pelos trabalhadores, de
protetores auriculares. Por ser uma medida de caráter individual, além
do desconforto e de dificultar a comunicação entre os usuários, a
utilização dos protetores auditivos deve ser a última alternativa para o
problema do ruído. Os protetores auditivos são equipamentos de
proteção individual que visam diminuir a dose de exposição ao ruído
para o trabalhador. A eficiência do protetor e seu funcionamento
dependem de suas características e das características do usuário.
Contudo de acordo com Ayres e Corrêa (2001) apud Soares, Matos, e
Moraes (2005);
(...) o simples uso do protetor auricular não elimina o risco do empregado
vir a sofrer diminuição de sua capacidade auditiva, caso o equipamento
não apresente os requisitos de qualidade para atenuar o ruído, bem como
seja usado de forma incorreta. (Ayres e Corrêa (2001) apud Soares,
Matos, e Moraes (2005)).
18. 6
Para uma análise correta dos níveis ruídos ao qual o trabalhador está
submetido devem-se em primeiro lugar levar em consideração as Normas vigentes,
sendo duas as principais quando falamos em ruído, Norma de Higiene Ocupacional
01 da FUNDACENTRO (2001) e a NR-15(BRASIL 1978).
Para o ruído contínuo ou intermitente, a Norma de Higiene Ocupacional 01
(NHO 01 – FUNDACENTRO 2001) e a NR-15 (BRASIL 1978) fixam para cada
nível de pressão sonora o tempo diário máximo permitido, para que a dose de ruído
diária não seja superior a 100%. A tabela 2 mostra o tempo máximo diário de
exposição permissível em função do nível de ruído estabelecidos pela NR-15 e pela
NHO-01.
A norma NR-15 (BRASIL 1978) estabelece não ser permissível a exposição
a níveis de ruído acima de 115 dB (A) para indivíduos que não estejam
adequadamente protegidos.
Com base na NR-09, item 9.3.6 (BRASIL 1978) para valores excessivos e
prejudiciais à saúde do trabalhador, deve-se iniciar ações para conter ou minimizar
tais condições prejudiciais à saúde do trabalhador.
9.3.6 Do nível de ação.
9.3.6.1 Para os fins desta NR, considera-se nível de ação o valor acima do
qual devem ser iniciadas ações preventivas de forma a minimizar a
probabilidade de que as exposições a agentes ambientais ultrapassem os
limites de exposição. As ações devem incluir o monitoramento periódico
da exposição, a informação aos trabalhadores e o controle médico. (Fonte:
BRASIL 1978).
Ainda com base NR-09 item 9.3.6.2 deve-se estabelecer ação para dose maior
que 50%, sendo o Nível de Ação de 82 dB (A) para uma jornada de 8 horas (Tabela
1).
9.3.6.2 Deverão ser objeto de controle sistemático as situações que
apresentem exposição ocupacional acima dos níveis de ação, conforme
indicado nas alíneas que seguem:
b) para o ruído, a dose de 0,5 (dose superior a 50%), conforme critério
estabelecido na NR-15, Anexo I, item 6. (Fonte: BRASIL 1978).
19. 7
Tabela 1: Nível critério para adoção de medidas preventivas e corretivas
Dose diária NEN Consideração Atuação recomendada
(%) dB(A) técnica
0 a 50 até 82 aceitável No mínimo manutenção da
condição existente
50 a 80 82 a 84 acima do nível de Adoção de medidas preventivas
ação
80 a 100 84 a 85 região de incerteza Adoção de medidas preventivas e
corretivas visando redução da dose
diária
Acima de 100 > 85 Acima do LT Adoção imediata de medidas
corretivas
Fonte: NHO 01 (FUNDACENTRO, 2001).
Tabela 2: Limites de Tolerância para Ruído Contínuo ou Intermitente
NE ou Máxima exposição diária Máxima exposição diária
TWA dB permissível pela NR15 permissível pela NHO 01
(A) (horas) (minutos)
85 8 horas 480,00
86 7 horas 380,97
87 6 horas 302,38
88 5 horas 300,00
89 4,5 horas 190,48
90 4 horas 151,19
91 3,5 horas 120,00
92 3 horas 95,24
93 2 horas e 40 minutos 75,59
94 2 horas e 15 minutos 60,00
95 2 horas 47,62
96 1 hora e 45 minutos 37,79
97 1 hora e 30 minutos 30,00
98 1 hora e 15 minutos 23,81
100 1 hora 15,00
102 45 minutos 9,44
104 35 minutos 5,95
105 30 minutos 4,72
106 25 minutos 3,75
108 20 minutos 2,36
110 15 minutos 1,48
112 10 minutos 0,93
114 8 minutos 0,59
115 7 minutos 0,46
Fonte: BRASIL (1978).
20. 8
2.2. OS EFEITOS DO RUÍDO SOBRE O HOMEM
Um dos agentes nocivos à saúde do trabalhador mais encontrado em um
ambiente de trabalho é o ruído. Ele é responsável quando encontrado em um
ambiente de trabalho por inúmeros distúrbios orgânicos, surdez temporária ou
permanente, contribuindo para possíveis situações de acidente.
O ouvido humano é dividido em três partes: externo, médio e interno.
a.) Ouvido externo: É formado pelo pavilhão auricular e canal auditivo com a
membrana timpânica no fundo
b.) Ouvido médio: Estão os 3 ossículos (martelo, bigorna, estribo) e a abertura da
tuba auditiva
c.) Ouvido interno: Também chamado de labirinto, é formado pelo aparelho
vestibular (equilíbrio) e cóclea (audição).
Figura 1: As divisões do ouvido-Fonte: Medicina Geriátrica (2007)
O trabalhador apresentara a perda da audição sempre decorrente de lesão do
nervo auditivo, em razão do dano causado às células do órgão de Corti localizado no
ouvido interno, e pode ser agravada pela exposição simultânea a produtos químicos e
às vibrações. Uma vez instalada, a perda auditiva é irreversível e quase sempre atinge
os dois ouvidos e isso, ocorre principalmente pelos seguintes fatores: tempo de
exposição, susceptibilidade individual e características físicas do ruído (tipo, espectro
e nível de pressão sonora). Além da perda auditiva pode ocorrer intolerância a sons
intensos, zumbidos, dificuldades na comunicação social e outros comprometimentos
21. 9
orgânicos, tais como estresse, distúrbios da atenção, do sono e do humor, alterações
transitórias na pressão arterial, distúrbios gástricos, entre outros sintomas.
2.3. PROTETORES AURÍCULARES
Na linha de produção são utilizados três tipos de protetores auriculares:
protetor auricular tipo concha (circum-auricular), protetor auricular tipo plug com
flanges (inserção) e protetor auricular tipo plug expansão.
Protetor auricular tipo concha é constituído por duas conchas em plástico, resistente a
choque mecânico, revestidas com almofadas de espuma em suas laterais (que entram
em contato com a cabeça do usuário) e no interior das conchas. Possui também um
arco que serve para manter as conchas firmemente seladas contra a região das orelhas
do usuário.
Figura 2: Protetor auricular tipo concha. (3 M 2007)
Com base das informações fornecidas pelo fabricante a redução de ruído (dB)
no ouvido é de aproximadamente 23 dB, se corretamente utilizado conforme
instruções do fabricante.
Protetor auricular tipo plug (inserção), composto de um eixo com três flanges de
dimensões variáveis e um cordão ligando os dois plugues. Com base das informações
fornecidas pelo fabricante a redução de ruído (dB) no ouvido é de aproximadamente
25 dB, se corretamente utilizado conforme instruções do fabricante.
22. 10
Figura 3: Protetor auricular tipo plug com flanges. (3 M 2007)
Protetor de espuma moldável, do tipo inserção, em formato de cone, com a
base plana e o topo arredondado, possui um cordão, ligando os dois plug. O protetor
por ter a característica de ser moldável faz com que seja adaptável à maioria dos
condutos auditivos. Com base das informações fornecidas pelo fabricante a redução
de ruído (dB) no ouvido é de aproximadamente 29 dB, se corretamente utilizado
conforme instruções do fabricante. Possui baixa vida útil pois o mesmo deve ser
descartado todas as vezes que estiver sujo, em condições não higiênicas para uso, não
sendo possível a lavagem.
Figura 4: Protetor auricular tipo moldável. (3 M 2007)
23. 11
3. MATERIAIS E MÉTODO
Esta etapa trata da parte referente à fundamentação e estrutura da proposta do
trabalho, apresentando a descrição do perfil da empresa, a descrição do processo
produtivo e o delineamento dos materiais e métodos aplicados. A elaboração da
referente pesquisa tem como base a utilização de equipamento de medição para
níveis de ruído e levantamento de dados.
3.1. DESCRIÇÃO DO PERFIL DA EMPRESA
A Empresa estudada possui a seguinte estrutura:
a) Organização privada;
b) Sociedade anônima de capital aberto;
c) Localizada na região de Cuiabá – MT;
d) Atua na área de produção de cervejas e refrigerantes;
e) Jornadas de trabalho em três turnos de 8 horas cada, durante todos os
dias da semana para as áreas de produção e horário comercial para as
funções administrativas;
f) Quadro de 420 funcionários próprios e 150 terceiros.
A empresa possui como prioridade zelar e garantir que todos os trabalhos
realizados sejam, feitos em segurança, de forma que cada gestor seja responsável
pela integridade física e mental de cada colaborador de sua equipe.
A empresa possui CIPA atuante e programas de incentivo a segurança
viabilizando o sistema de gestão de segurança e saúde ocupacional. Outro ponto a se
observar é o fato empresa possuir regras, padrões que estabelecem todas as práticas
de realização de serviço de forma segura e que ao mesmo tempo garanta resultados.
Um ponto muito interessante é o fato de uma vez por semana serem
contabilizados todo é qualquer tipo de acidente/incidente e é feito o levantamento se
as causas dos mesmos estão sendo tratadas.
24. 12
3.2. INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO
Para a medição foi utilizado o seguinte instrumento: Dosímetro de Ruído
Digital, modelo DOS – 500 marca Instrutherm. O Dosímetro é um aparelho utilizado
para medir a intensidade sonora.
Figura 5: Dosímetro de Ruído Digital, modelo DOS – 500
O Dosímetro é muito utilizado em indústrias, e por ser portátil, o mesmo é
fixado em trabalhadores de diversas funções. Sua aplicação visa mensurar a dosagem
de ruído que um trabalhador recebe durante sua carga horária diária. O Dosímetro
conta com um microfone que é colocado próximo à zona auditiva do trabalhador que
o transporta. Sua amostragem é feita automaticamente pelo aparelho onde é colhido o
Leq (nível médio) para apresentação aos órgãos competentes e para a prevenção de
riscos ocupacionais. O dosímetro de ruído foi ajustado de forma a atender aos
seguintes parâmetros: Circuito de ponderação “A”; Circuito resposta lenta (slow);
Nível critério de 85 dB (A); Nível limiar de integração de 80 dB (A); Faixa de
medição entre 70 e 140 dB (A) e Incremento de dose igual a 5.
Segue abaixo definições utilizadas pelo aparelho:
a) q (exchange rate): incremento de duplicação da dose, igual a 5 e 3, pela NR15
(BRASIL, 1978) e NHO 01 (FUNDACENTRO, 2001), respectivamente.
b) D(%): dose de ruído para o período de medição, expressa em porcentagem.
25. 13
c) Dproj%(h): dose de ruído projetada para o período da jornada (6 ou 8 horas),
expressa em porcentagem. O limite de tolerância para a dose diária de ruído é
100%.
d) Limite de Exposição (LE): parâmetro de exposição ocupacional que representa
condições sob as quais acredita-se que a maioria dos trabalhadores possa estar
exposta, repetidamente, sem sofrer efeitos adversos à sua capacidade de ouvir e
entender uma conversação normal, estabelecido pela NHO 01
(FUNDACENTRO, 2001).
O critério da NHO 01 é mais rigoroso que o da NR15(BRASIL, 1978), que
define Limite de Tolerância (LT) como sendo a concentração ou intensidade
máxima ou mínima, relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao
agente, que não causará dano à saúde do trabalhador durante sua vida laboral.
e) Leq (Equivalente Level) é o nível ponderado sobre o período de medição, que
pode ser considerado como nível de pressão sonora contínuo, em regime
permanente, que produziria a mesma dose de exposição que o ruído real,
flutuante, no mesmo período de tempo.
f) TWA (Time Weighting Average) ou Lavg (Level Average): é a média ponderada
do nível de pressão sonora no tempo avaliado expressa em dB(A), que deve ser
comparada com os Limites de Tolerância (LT), de modo a identificar o tempo
máximo de exposição sem o uso do EPI.
g) CL (Criterion Level) – CR (Critério de Referencia): é o nível de ruído para o qual
a exposição por um período de 8 horas corresponde a uma dose de 100%. Pela
NR15 e pela NHO 01 é 85dB(A).
h) TL (Threshold Level) – NIL (Nível Limiar de Integração): valor a partir do qual
são computados na integração dos níveis de ruído, para fins de determinação da
dose ou nível médio de ruído.
26. 14
3.3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A metodologia para avaliação da exposição ocupacional ao ruído nos
ambientes de trabalho dos operadores compreende avaliação quantitativa no
ambiente de trabalho do mesmo, conforme procedimentos estabelecidos em norma.
A técnica quantitativa consiste em levantamentos de dados utilizando equipamentos
de medição para níveis de ruído.
Os locais de medição foram escolhidos de forma a representar as reais
condições de trabalho do operador de máquina. Foram feitas medições em cada uma
das maquinas de forma a representar as reais condições de trabalho de cada operador.
Foram feitos os seguintes procedimentos em cada medição com base na
Norma de Higiene Ocupacional 01 – NHO 01 (FUNDACENTRO, 2001).
i) O medidor foi colocado no trabalhador a ser avaliado e fixado o microfone dentro
da zona auditiva;
j) Adotou-se as medidas necessárias para impedir que o usuário, ou outra pessoa,
possa fazer alterações na programação do equipamento, comprometendo os
resultados obtidos;
k) Iniciou-se o processo de integração somente após o microfone estar devidamente
ajustado e fixado no trabalhador;
l) Checou-se o dosímetro periodicamente, durante a avaliação, para se assegurar de
que o microfone está adequadamente posicionado e que o equipamento está em
condições normais de operação;
m) Retirou-se o microfone do trabalhador somente após a interrupção da medição;
n) Registrou-se o tempo efetivo de medição.
o) As medições foram realizadas em todos os máquinas que necessitem de
operadores para funcionamento:
a. Locais:
i. Despaletizadora
ii. Enchedora
iii. Pasteurizador
iv. Empacotadoras de latas
v. Paletizadora/Envolvedora de paletes
27. 15
3.4. ABORDAGEM DOS LOCAIS E DAS CONDIÇÕES DE TRABALHO
A avaliação foi feita de forma a considerar todos os operadores de máquinas
considerados no estudo.
O grupo de operadores relacionados no estudo possui homogeneidade não
precisando assim avaliar todos os operadores.
O conjunto de medições é representativo das condições reais a qual o grupo
de trabalhadores está exposto.
Os procedimentos de medição foram feitos sem interferir nas condições
ambientais e operacionais aos quais os operadores que portaram o equipamento de
medição estavam sujeitos.
Todos os procedimentos de medição seguiram as recomendações da Norma
de Higiene Ocupacional NHO-01 (FUNDACENTRO, 2001).
3.5. MÉTODO PARA ANÁLISE DOS RESULTADOS
A avaliação da exposição ocupacional ao ruído continuo deverá ser feita por
meio de determinação da dose diária de ruído para determinados períodos de tempo,
a partir das quais se calculou os níveis médios equivalentes de ruído (Lavg).
A relação entre a D(%) e o Lavg é dado pela Equação 1.
(dBA) Equação 1
Onde:
a.) TWA: Ruído médio equivalente global para a jornada de trabalho de 8 horas
(ou Lavg);
b.) Lc: É o nível de critério utilizado (85dBA);
c.) D%: É o valor da dose de ruído fornecido pelo aparelho;
d.) Tc: É a constante de tempo de 8 horas, expresso em minutos;
e.) T: É o tempo de medição de ruído expresso em minutos;
f.) N: É o valor padrão para cada norma. Para NR-15 utiliza-se 5/log2 = 16,61 e
para a NHO 01 utiliza-se 3/log2=10.
28. 16
Como os períodos de medição não corresponderam à jornada de trabalho
completa calculou-se a Dose projetada para a jornada de 8 horas Dproj(8), com a
Equação 1. No caso de jornadas diferentes da padrão de 8 horas.
(%) Equação 2
Onde:
a.) Dproj%(h): dose projetada para o período de tempo da jornada;
b.) T: tempo para o qual se quer projetar a dose, expresso em minutos;
c.) Tc: É a constante de tempo de 8 horas, expresso em minutos;
d.) Lc: É o nível de critério utilizado (85dBA);
e.) q: incremento de duplicação da dose (q=5).
Tendo como base as formulas relacionadas acima foram feitos todos os
devidos cálculos de forma a encontrar os valores correspondentes ao ruído médio
equivalente (TWA) e a Dose projetada para 8 horas (Dproj(8)) sendo os resultados
apresentados no próximo capítulo.
29. 17
4. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS
4.1. DESCRIÇÃO DO PROCESSO PRODUTIVO
O processo de produção de cerveja se inicia com o recebimento de matéria-
prima, insumos necessários à fabricação da mesma. Todo material de fabricação é
entregue ao processo que se responsabiliza de fabricar a cerveja e armazenar em
tanques e posteriormente, conforme programação, enviar à área de envase, as
chamadas linhas de produção. As linhas de produção são responsáveis de envasar o
produto em recipientes descartáveis ou retornáveis, e disponibilizar tais produtos
para o armazém para que possam ser comercializados posteriormente.
A linha a qual se refere o trabalho se trata de uma linha de envase de líquido
em recipientes em latas, possuindo uma área fechada de aproximadamente 270m²,
com pé direito de 30m de altura. A linha de produção de bebidas em latas é capaz de
produzir 93000 latas hora, sendo tal linha de produção composta de cinco máquinas
responsáveis por todo processo de trabalho.
O processo de envase de bebidas em recipientes de latas se da a partir do
momento em que as latas são recolhidas pela despaletizadora (Figura 6). Para a
operação da máquina é necessário apenas um operador por turno de produção sendo
utilizada como medida de controle do ruído a utilização de protetores auriculares tipo
concha, do tipo plug com flange ou moldável conforme preferência do operador
Figura 6: Despaletizadora de latas.
Após a despaletização as latas são transportadas até a enchedora. No
transporte até a enchedora, as latas passam por dois dispositivos, o primeiro é a
30. 18
chamada ponte de vácuo (Figura 7) que é responsável por eliminar latas que possam
estar amassadas. A ponte de vácuo recolhe as latas, a partir da parte superior das
mesmas, formando um vácuo em seu interior, transportando-as penduradas pela
ponte, sendo que as latas irregulares possuem de alguma forma algum tipo de
amassado em seu corpo, não favorecendo a formação do vácuo no em seu interior, e
assim a mesmas ao passarem pela ponte não ficam penduradas e caem na bacia de
descarte de latas amassadas.
Figura 7: Ponte de vácuo.
Após passar pela ponte de vácuo as latas chegam ao segundo dispositivo que
é responsável pela esterilização do interior das latas, o chamado “Rinser”. No rinser
as latas recebem um jato de água quente a 95 ºC e logo após, um jato de vapor a uma
temperatura de 100 ºC a uma pressão de 2Bar, de forma a esterilizar as latas. Ao
chegar na enchedora (Figura 8) as latas são recolhidas pela máquina de forma a
serem ambientadas com CO2, em seguidas as mesmas recebem o liquido(cerveja ou
refrigerante) sendo lacradas e conduzidas através de transportes até o pasteurizador.
A enchedora é controlada por dois operadores em cada turno que têm como
responsabilidade a operação da máquina através de painéis com botoeiras, limpeza e
organização da mesma e de seus arredores e de fazer análises de qualidade do
produto. Como medida de proteção os operadores utilizam protetores auriculares do
tipo concha, plug com flange ou moldável, conforme preferência do operador, botas
e luvas do tipo vaqueta.
31. 19
Figura 8: Enchedora de latas.
As latas cheias passam pelo processo de Pasteurização que consiste em
inativar microrganismos presentes na cerveja dando estabilidade ao produto. O
pasteurizador (Figura 9) é operado por apenas um funcionário ao longo de cada turno
sendo o mesmo responsável por fazer a limpeza do equipamento e de seus arredores
e de monitorar e fazer análises de qualidade para garantir a pasteurização do produto.
O pasteurizador é um equipamento que submete o operador a um alto índice de ruído
pelo fato do operador ficar muito próximo aos transportes de latas. Como medida de
proteção os operadores utilizam, protetores auriculares tipo concha, tipo plug com
flange ou moldável, conforme preferência do operador, e botas de vaqueta.
Figura 9: Pasteurizador de latas.
Após ser pasteurizado o produto é submetido a um equipamento chamado de
inspetor de latas mal cheias (Figura 10), que identifica e elimina do processo todas as
latas que possam estar com nível de enchimento fora dos parâmetros do Inmetro.
32. 20
Figura 10: Inspetor de latas.
Logo após a passagem pelo inspetor, as latas estão prontas para serem
empacotadas. Para o empacotamento são utilizadas duas máquinas, as chamadas
empacotadoras shirink (Figura 11). Para a operação destas máquinas, basta apenas
um funcionário sendo as mesmas controladas através de painéis de comando com
botoeiras. As empacotadoras são equipamentos que submetem o operador a um alto
índice de ruídos por serem máquinas rotativas compostas por motores, redutores e
correntes. Como medida de proteção os operadores utilizam protetores auriculares
tipo concha, plug com flange ou moldável, conforme preferência do operador , botas
de segurança de vaqueta.
Figura 11: Empacotadoras de latas.
As latas empacotadas, em pacotes contendo 12 unidades, são transportadas
através de esteiras até as paletizadoras (Figura 12) onde são formados os paletes de
33. 21
produtos acabados. A paletizadora é um equipamento que submete os operadores ao
maior índice de ruídos da linha de produção. Para a operação da Paletizadora são
necessários dois operadores que controlam a máquina através de painéis de comando
com botoeiras. Como medidas de controle existentes são utilizados protetores
auriculares do tipo plug com flange ou moldável e do tipo concha conforme a
preferência do operador, e botinas do tipo vaqueta.
Figura 12: Paletizadora de latas.
Para finalizar o processo de envase de cerveja/refrigerante em lata os paletes
com produto acabado passam pelo processo de Envolvimento, onde uma máquina
chamada de envolvedora (Figura 13) é responsável pelo envolvimento dos paletes
com um plástico transparente para se evitar que o produto caia dos paletes durante o
transporte e possa ser enviado ao armazém. Está máquina não possui nenhum
operador sendo necessário apenas à troca do filma plástico pelo próprio operador de
paletizadora. Vale ressaltar que os ruídos encontrados na linha de produção são
inerentes ao processo.
Figura 13: Envolvedora de paletes.
34. 22
4.2. AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AO RUÍDO NA
MÁQUINA DE DESPALETIZAÇÃO – DESPALETIZADORA
Durante todo tempo de permanência na despaletizadora o operador
permanece com protetor auricular tipo concha, tipo plug com flanges ou moldável,
conforme sua preferência, ao longo de toda jornada de trabalho.
A Tabela 3 mostra as dosimetrias de ruído na despaletizadora, fornecidos pelo
aparelho de medição, com os parâmetros de configuração adotados para as funções
de Operador. A Tabela 4 mostra os resultados do TWA dB(A) e da Dproj%(h), para
uma projeção de jornada de 8 horas trabalho, em regime de ruído continuo, levando
em consideração a não utilização dos protetores auriculares disponíveis na empresa e
a utilização dos mesmos.
Tabela 3: Dosimetria na despaletizadora fornecida pelo aparelho de medição
Função Operador
Local Despaletizadora
Equipamento DOS 500
Nível limiar 80 dB
Nível critério 85 dB
Taxa de troca 5 dB
Ponderação de tempo Lento
dBRMS 115 Sim
Excedeu 140 Não
Data 08-11
Hora inicio 16h49min
Hora finalização 18h07min
Tempo exposição 01h17min
Dose (%) 34,92
35. 23
Tabela 4: Resultados do TWA dB(A), Dproj%(8), para funções de Operador de
despaletizadora, levando em consideração a situação com e sem protetor auricular
OPERADOR DE DESPALETIZADORA
SEM
PROTETOR PROTETOR PROTETOR
UTILIZAÇÃO
TIPO TIPO PLUG TIPO PLUG
DE
CONCHA FLANGES MOLDÁVEL
PROTETOR
(TWA) dB 90,611377 67,611377 65,611377 61,611377
Dproj% (8 h) 217,68 8,97 6,8 3,9
Para a função de Operador de despaletizadora a dose de ruído projetada para
8 horas (Dproj%(8 h)) é de 217,68% e o ruído médio equivalente (TWA dB(A)) é de
90,61 dB, sendo assim estes valores são superiores à dose diária permissível de 100%
e, excedem, portanto, os limites de exposição ao ruído da NR-15 (Brasil, 1978).
Também estão acima do nível de ação de 100% da dose, ou seja, maior que 85 dB
(A), sendo necessária adoção imediata de medidas corretivas.
Entretanto levando em consideração a utilização dos protetores auriculares e a
redução que cada um proporciona (com base nas informações fornecidas pelo
fabricante), temos que para o protetor tipo concha a redução de ruído médio
equivalente (dB) no ouvido é de aproximadamente 23dB, sendo assim o ruído médio
equivalente (TWA dB(A)) é de 67,61, e a dose de ruído projetada para 8 horas
(Dproj%(8 h)) é de 8,97dB, sendo valores inferiores as doses diárias permissíveis de
100% e, não excedendo os limites de exposição ao ruído da NR-15 (Brasil, 1978).
Também não estão acima do nível de ação de 100% da dose, ou seja, maior que
85dB (A), sendo então uma medida corretiva de grande solução.
Para protetor tipo plug com flanges a redução de ruído médio equivalente
(dB) no ouvido é de aproximadamente 25dB, sendo assim o ruído médio equivalente
(TWA dB(A)) é 65,61dB e a dose de ruído projetada para 8 horas (Dproj%(8h)) é de
6,8dB, sendo valores inferiores as doses diárias permissíveis de 100% e, não
excedendo os limites de exposição ao ruído da NR15 (Brasil, 1978), sendo então
também uma medida corretiva de grande solução.
Para protetor tipo plug moldável a redução de ruído médio equivalente (dB)
no ouvido é de aproximadamente 29dB, sendo assim o ruído médio equivalente
36. 24
(TWA dB(A)) é 61,61dB e a dose de ruído projetada para 8 horas (Dproj%(8 h)) é de
3,9dB, sendo valores inferiores as doses diárias permissíveis de 100% e, não
excedendo os limites de exposição ao ruído da NR-15 (Brasil, 1978), sendo então
também uma medida corretiva de grande solução. Entretanto tal protetor auricular é
de baixa vida útil (descartável), por não possibilitar sua higienização.
4.3. AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AO RUÍDO NA
MÁQUINA DE ENCHIMENTO – ENCHEDORA DE LATAS
Durante todo tempo de permanência na enchedora de latas o operador
permanece com protetor auricular tipo concha, tipo plug com flanges ou moldável,
conforme sua preferência, ao longo de toda jornada de trabalho.
A Tabela 5 mostra as dosimetrias de ruído na enchedora de latas, fornecidos
pelo aparelho de medição, com os parâmetros de configuração adotados para as
funções de operador. A tabela 6 mostra os resultados do TWA dB(A) e da
Dproj%(h), para uma projeção de jornada de 8 horas trabalho, em regime de ruído
continuo, levando em consideração a não utilização dos protetores auriculares
disponíveis na empresa e a utilização dos mesmos.
Tabela 5: Dosimetria na enchedora de latas fornecida pelo aparelho de medição
Função Operador
Local Enchedora
Equipamento DOS 500
Nível limiar 80 dB
Nível critério 85 dB
Taxa de troca 5 dB
Ponderação de tempo Lento
dBRMS 115 Sim
Excedeu 140 Não
Data 08-12
Hora inicio 11h59min
Hora finalização 13h34min
Tempo exposição 01h34min
Dose (%) 56,02
37. 25
Tabela 6: Resultados do TWA dB(A), Dproj%(8), funções de operador de enchedora
de latas, levando em consideração a situação com e sem protetor auricular
OPERADOR DE ENCHEDORA
SEM
PROTETOR PROTETOR PROTETOR
UTILIZAÇÃO
TIPO TIPO PLUG TIPO PLUG
DE
CONCHA SIMPLES MOLDÁVEL
PROTETOR
(TWA) dB 92,58185 69,58185 67,58185 63,58185
Dproj%(8 h) 286,05 11,79 8,94 5,13
Para a função de operador de Enchedora de latas a dose de ruído projetada
para 8 horas (Dproj%(8 h)) e 286,05% e o ruído médio equivalente (TWA dB(A)) é
92,58dB (A), sendo assim estes valores são superiores à dose diária permissível de
100% e, excedem, portanto, os limites de exposição ao ruído da NR15 (Brasil,
1978). Também estão acima do nível de ação de 100% da dose, ou seja, maior que
85dB (A), sendo necessária adoção imediata de medidas corretivas. Levando em
consideração a utilização dos protetores auriculares e a redução que os mesmos
proporcionam temos que, o ruído médio equivalente (TWA dB(A)) para os
protetores tipo concha,tipo plug com flanges e o tipo moldável serão
respectivamente, 69,58dB, 67,58dB, 63,58dB e os valores da dose de ruído projetada
para 8 horas (Dproj%(8 h)) são, 11,79%, 8,94%, 5,13%, sendo valores inferiores as
doses diárias permissíveis de 100% e portanto, não excedendo os limites de
exposição ao ruído da NR15 (Brasil, 1978), sendo então uma medida corretiva de
grande solução
4.4. AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AO RUÍDO NA
MÁQUINA DE PASTEURIZAÇÃO – PASTEURIZADOR DE LATAS
Durante todo tempo de permanência no pasteurizador de latas o operador
permanece com protetor auricular tipo concha, tipo plug com flanges ou moldável,
conforme sua preferência, ao longo de toda jornada de trabalho. O operador de
pasteurizador executa suas atividades muito próximas a transportes de latas, sendo
tais transportes emissores de um alto índice de ruídos devido aos inúmeros motores e
esteiras transportadoras de latas. O operador fica exposto a um ruído
38. 26
preliminarmente caracterizado como continuo durante toda a execução de suas
tarefas.
A Tabela 7 mostra as dosimetrias de ruído no pasteurizador de latas,
fornecidos pelo aparelho de medição, com os parâmetros de configuração adotados
para as funções de operador. A tabela 8 mostra os resultados do (TWA dB (A)) e da
Dproj%(h), para uma projeção de jornada de 8 horas trabalho, em regime de ruído
continuo, levando em consideração a não utilização dos protetores auriculares
disponíveis na empresa e a utilização dos mesmos.
Tabela 7: Dosimetria no pasteurizador de latas fornecida pelo aparelho de medição.
Função Operador
Local Pasteurizador
Equipamento DOS 500
Nível limiar 80 dB
Nível critério 85 dB
Taxa de troca 5 dB
Ponderação de tempo Lento
dBRMS 115 Sim
Excedeu 140 Não
Data 08-12
Hora inicio 13h44min
Hora finalização 15h40min
Tempo exposição 01h55min
Dose (%) 74,61
Tabela 8: Resultados do TWA dB (A), Dproj%(8), funções de operador de
pasteurizador de latas, levando em consideração a situação com e sem protetor
auricular
OPERADOR DE PASTEURIZADOR
SEM
PROTETOR PROTETOR PROTETOR
UTILIZAÇÃO
TIPO TIPO PLUG TIPO PLUG
DE
CONCHA SIMPLES MOLDÁVEL
PROTETOR
(TWA) Db 93,194493 70,194493 68,194493 64,194493
Dproj%(8h) 331,41 12,84 9,73 5,58
39. 27
Para a função de operador de Pasteurizador de latas a dose de ruído projetada
para 8 horas (Dproj%(8 h)) e 331,41% e o ruído médio equivalente (TWA dB(A)) é
93,19 dB (A), sendo assim estes valores são superiores à dose diária permissível de
100% e, excedem, portanto, os limites de exposição ao ruído da NR15 (Brasil,
1978). Também estão acima do nível de ação de 100% da dose, ou seja, maior que 85
dB (A), sendo necessária adoção imediata de medidas corretivas. Levando em
consideração a utilização dos protetores auriculares e a redução que os mesmos
proporcionam temos que, o ruído médio equivalente (TWA dB (A)) para os
protetores tipo concha,tipo plug com flanges e o tipo moldável serão
respectivamente, 70,19dB, 68,19dB, 64,19dB e os valores da dose de ruído projetada
para 8 horas (Dproj%(8 h)) são, 12,84%, 9,73%, 5,58%, sendo valores inferiores as
doses diárias permissíveis de 100% e portanto, não excedendo os limites de
exposição ao ruído da NR-15 (Brasil, 1978), sendo então uma medida corretiva de
grande solução
4.5. AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AO RUÍDO NA
MÁQUINA EMPACOTADORA DE LATAS
Durante todo tempo de permanência na empacotadora de latas o operador
permanece com protetor auricular tipo concha, tipo plug com flanges ou moldável,
conforme sua preferência, ao longo de toda jornada de trabalho. O operador de
empacotadora executa suas atividades muito próximas a transportes de latas e
envolvedores de latas, sendo equipamentos emissores de altos índices de ruídos. O
operador fica exposto a um ruído preliminarmente caracterizado como continuo
durante toda a execução de suas tarefas. .
A tabela 9 mostra as dosimetrias de ruído na empacotadora de latas,
fornecidos pelo aparelho de medição, com os parâmetros de configuração adotados
para as funções de operador. A tabela 10 mostra os resultados do TWA dB (A) e da
Dproj%(h), para uma projeção de jornada de 8 horas trabalho, em regime de ruído
continuo, levando em consideração a não utilização dos protetores auriculares
disponíveis na empresa e a utilização dos mesmos.
40. 28
Tabela 9: Dosimetria na empacotadora de latas fornecida pelo aparelho de medição.
Função Operador
Local Empacotadora de latas
Equipamento DOS 500
Nível limiar 80 dB
Nível critério 85 dB
Taxa de troca 5 dB
Ponderação de tempo Lento
dBRMS 115 Sim
Excedeu 140 Não
Data 08-11
Hora inicio 13h30min
Hora finalização 14h51min
Tempo exposição 01h21min
Dose (%) 61,51
Tabela 10: Resultados do TWA dB (A), Dproj%(8), funções de operador de
empacotadora de latas, levando em consideração a situação com e sem protetor
auricular
OPERADOR DE EMPACOTADORA
SEM
PROTETOR PROTETOR PROTETOR
UTILIZAÇÃO
TIPO TIPO PLUG TIPO PLUG
DE
CONCHA SIMPLES MOLDÁVEL
PROTETOR
(TWA) Db 94,329978 71,329978 69,329978 65,329978
Dproj%(8h)
% 364,50 15,03 11,39 6,54
Para a função de operador de empacotadora de latas a dose de ruído projetada
para 8 horas (Dproj%(8 h)) e 364,50% e o ruído médio equivalente (TWA dB(A)) é
94,32 dB (A), sendo assim estes valores são superiores à dose diária permissível de
100% e, excedem, portanto, os limites de exposição ao ruído da NR-15 (Brasil,
1978). Também estão acima do nível de ação de 100% da dose, ou seja, maior que 85
dB (A), sendo necessária adoção imediata de medidas corretivas. Levando em
consideração a utilização dos protetores auriculares e a redução que os mesmos
proporcionam temos que, o ruído médio equivalente (TWA dB (A)) para os
41. 29
protetores tipo concha,tipo plug com flanges e o tipo moldável serão
respectivamente, 71,32dB, 69,32dB, 65,32dB e os valores da dose de ruído projetada
para 8 horas (Dproj%(8 h)) são, 15,03%, 11,39%, 6,54%, sendo valores inferiores às
doses diárias permissíveis de 100% e portanto, não excedendo os limites de
exposição ao ruído da NR-15 (Brasil, 1978), sendo então uma medida corretiva de
grande solução
4.6. AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AO RUÍDO NA
PALETIZADORA DE LATAS
Durante todo tempo de permanência na paletizadora de pacotes de latas o
operador permanece com protetor auricular tipo concha, tipo plug com flanges ou
moldável, conforme sua preferência, ao longo de toda jornada de trabalho. O
operador de paletizadora executa suas atividades muito próximas aos transportes de
pacotes, sendo táis transportes formados por esteiras de plástico( transporte de
pacotes) e correntes (transporte de paletes ) e emissores de altos índices de ruídos. O
operador fica exposto a um ruído preliminarmente caracterizado como continuo
durante toda a execução de suas tarefas.
A tabela 11 mostra as dosimetrias de ruído nas paletizadoras, fornecidos pelo
aparelho de medição, com os parâmetros de configuração adotados para as funções
de operador. A tabela 12 mostra os resultados do TWA dB(A) e da Dproj%(h), para
uma projeção de jornada de 8 horas trabalho, em regime de ruído continuo, levando
em consideração a não utilização dos protetores auriculares disponíveis na empresa e
a utilização dos mesmos.
42. 30
Tabela 11: Dosimetria na paletizadora fornecida pelo aparelho de medição
Função Operador
Local Paletizadora
Equipamento DOS 500
Nível limiar 80 dB
Nível critério 85 dB
Taxa de troca 5 dB
Ponderação de tempo Lento
dBRMS 115 Sim
Excedeu 140 Não
Data 08-11
Hora inicio 15h27min
Hora finalização 16h44min
Tempo exposição 01h17min
Dose (%) 70,76
Tabela 12: Resultados do TWA dB(A), Dproj%(8), funções de operador de
paletizadora de latas, levando em consideração a situação com e sem protetor
auricular
:
OPERADOR DE PALETIZADORA
SEM
PROTETOR PROTETOR PROTETOR
UTILIZAÇÃO
TIPO TIPO PLUG TIPO PLUG
DE
CONCHA SIMPLES MOLDÁVEL
PROTETOR
(TWA) Db 95,70589 72,70589 70,70589 66,70589
Dproj%(8h)
% 441,10 18,18 13,78 7,91
Para a função de Operador de paletizadora de latas a dose de ruído projetada
para 8 horas (Dproj% (8 h)) e 441,10% e o ruído médio equivalente (TWA dB (A))
é 95,70 dB (A), sendo assim estes valores são superiores à dose diária permissível de
100% e, excedem, portanto, os limites de exposição ao ruído da NR15 (Brasil,
1978). Também estão acima do nível de ação de 100% da dose, ou seja, maior que 85
dB (A), sendo necessária adoção imediata de medidas corretivas. Levando em
consideração a utilização dos protetores auriculares e a redução que os mesmos
proporcionam temos que, o ruído médio equivalente (TWA dB (A)) para os
protetores tipo concha, tipo plug com flanges e o tipo moldável serão
respectivamente, 72,70dB, 70,70dB, 66,70dB e os valores da dose de ruído projetada
para 8 horas (Dproj%(8 h)) são, 18,18%, 13,78%, 7,91%, sendo valores inferiores as
43. 31
doses diárias permissíveis de 100% e portanto, não excedendo os limites de
exposição ao ruído da NR15 (Brasil, 1978), sendo uma medida corretiva de grande
solução.
4.7. COMENTÁRIOS
Os valores de dose projetada sem utilização de EPI’s para a jornada de oito
horas (Dproj%8h) obtidas foram de 217,68%, na despaletizadora, 286,05% na
enchedora, 331,41% no pasteurizador, 364,50% na empacotadora e 441,10% na
paletizadora, sendo que em todas as funções foi ultrapassado o limite de tolerância da
dose diária de ruído de 100%, caracterizando exposição ocupacional ao ruído nos
termos da NR-15 (BRASIL, 1978). Segue a figura representativa dos resultados.
Dose Prjetada sem uso de EPI's
450,00% 441,10%
400,00% 364,50%
350,00% 331,41%
300,00% 286,05%
250,00% 217,68%
Valores (%)
200,00%
150,00% Dose (%)
100,00%
50,00%
0,00%
1 2 3 4 5
Maquinas
Figura 14: Dose projetada sem uso de EPI’s para todas as máquinas
Contudo todos os operadores de máquinas utilizam-se de protetores auriculares para
realizar suas tarefas na linha de produção, de forma que os valores de dose projetada
com utilização de EPI’s para a jornada de oito horas (Dproj%8 h) para cada máquina
em função dos tipos 3 de protetores auriculares utilizados, tipo concha,tipo plug com
flanges e o tipo moldável serão respectivamente, 8,97%, 6,8%, 3,9% para a
despaletizadora (Figura 15), 11,79%, 8,94%, 5,13% para enchedora (Figura 16),
12,84%, 9,73%, 5,58%, para o pasteurizador (Figura 17), 15,03%, 11,39%, 6,54%,
para empacotadora (Figura 18) e 18,18%, 13,78%, 7,91% para a paletizadora (Figura
19), sendo valores inferiores às doses diárias permissíveis de 100% e, não excedendo
44. 32
os limites de exposição ao ruído da NR-15 (Brasil, 1978), sendo uma medida
corretiva de grande solução.
Segue abaixo os gráficos de amostragem de tais valores:
Dproj%8 h com utilização de EPI's
8,97%
9,00%
8,00% 6,80%
7,00%
6,00%
Valores de 5,00% 3,90%
Dose (%) 4,00%
3,00%
2,00% Dproj%8 h com
1,00% utilização de EPI's
0,00%
Tipo Tipo Tipo
concha Flanges Moldável
Tipos de Protetores
Auriculares
Figura 15: Dose projetada levando em consideração os três tipos de EPI’s na
Despaletizadora.
Dproj%8 h com utilização de EPI's
11,79%
12,00%
10,00% 8,94%
8,00%
Valores de 5,13%
6,00%
Dose (%)
4,00%
Dproj%8 h com
2,00% utilização de EPI's
0,00%
Tipo Tipo Tipo
concha Flanges Moldável
Tipos de Protetores
Auriculares
Figura 16: Dproj (%) 8 h com EPI’s na Enchedora levando em consideração a
utilização dos três tipos protetores de auriculares
45. 33
Dproj%8 h com utilização de EPI's
14,00% 12,84%
12,00%
9,73%
10,00%
Valores de 8,00%
Dose (%) 5,58%
6,00%
4,00% Dproj%8 h com
2,00% utilização de EPI's
0,00%
Tipo Tipo Tipo
concha Flanges Moldável
Tipos de Protetores
Auriculares
Figura 17: Dproj (%) 8 h com EPI’s na Pasteurizador levando em consideração
a utilização dos três tipos protetores de auriculares
Dproj%8 h com utilização de EPI's
16,00% 15,03%
14,00%
12,00% 11,39%
Valores de 10,00%
8,00% 6,54%
Dose (%)
6,00%
4,00% Dproj%8 h com
2,00% utilização de EPI's
0,00%
Tipo Tipo Tipo
concha Flanges Moldável
Tipos de Protetores
Auriculares
Figura 18: Dproj (%) 8 h com EPI’s nas Empacotadoras de latas levando em
consideração a utilização dos três tipos protetores de auriculares
46. 34
Dproj%8 h com utilização de EPI's
20,00% 18,18%
15,00% 13,78%
Valores de
10,00% 8%
Dose (%)
5,00% Dproj%8 h com
utilização de EPI's
0,00%
Tipo Tipo Tipo
concha Flanges Moldável
Tipos de Protetores
Auriculares
Figura 19: Dproj(%) 8h com EPI’s na Paletizadora, levando em consideração a
utilização dos três tipos protetores de auriculares
Os níveis de Ruído Médio Equivalente Global (TWA dB (A)) para a jornada
de trabalho de 8 horas, calculados a partir da equação 2, nos ambientes de
Despaletizadora, Enchedora, Pasteurizador, Empacotadora de latas e Paletizadora são
respectivamente 90,61dB(A), 92,58dB(A), 93,19dB(A), 94,32dB(A) e 95,70dB(A),
estando todos acima dos limites de tolerância, caracterizando exposição ocupacional
ao ruído nos termos da NR-15 (BRASIL, 1978).
Segue abaixo os Gráficos representativos dos valores citados acima:
47. 35
Ruído Médio Equivalente Global (TWA dB ) sem utilização
de EPI's
96,00%
95,00%
94,00%
Valores de 93,00%
92,00% Ruído Médio Equivalente
TWA(dB) 91,00%
Global (TWA dB ) sem
90,00%
89,00% utilização de EPI's
88,00%
1 2 3 4 5
Máquinas
Figura 20: Ruído Médio Equivalente Global (TWA dB) sem utilização de EPI's, em
cada máquina 1. Despaletizadora; 2. Enchedora; 3. Pasteurizador; 4. Empacotadora;
5. Paletizadora
Contudo todos os operadores de máquinas utilizam-se de protetores
auriculares para realizar suas tarefas na linha de produção, de forma que os níveis de
Ruído Médio Equivalente Global (TWA dB (A)) para a jornada de trabalho de 8
horas para cada máquina, em função dos tipos 3 de protetores auriculares utilizados,
tipo concha,tipo plug com flanges e o tipo moldável serão respectivamente,
67,61dB(A), 65,61dB(A), 61,61dB(A) para despaletizadora, 69,58dB(A)
,67,58dB(A), 65,58dB(A) para enchedora, 70,19dB(A), 68,19dB(A), 64,19dB(A)
para pasteurizador, 71,32dB(A), 69,32dB(A), 65,32dB(A) para a empacotadora,
72,70dB(A), 70,70dB(A), 66,70dB(A) para a paletizadora.
Segue abaixo as figuras representativoas dos valores de TWA por máquina e
levando em consideração a utilização dos EPI’s:
48. 36
Ruído Médio Equivalente Global (TWA dB ) com utilização
de EPI's
68 67,61
66 65,61
Valores de 64
TWA (dB) 62 61,61
Ruído Médio Equivalente
60 Global (TWA dB ) com
58 utilização de EPI's
Tipo Tipo Tipo
concha Flanges Moldável
Tipos de Protetores
Auriculares
Figura 21: Ruído Médio Equivalente Global (TWA dB ) com utilização de EPI' na
Despaletizadora, levando em consideração a utilização dos três tipos protetores de
auriculares
Ruído Médio Equivalente Global (TWA dB) com utilização
de EPI's
70 69,58
69
68 67,58
Valores de 67
TWA (dB) 66 65,58
65 Ruído Médio Equivalente
64 Global (TWA dB) com
63 utilização de EPI's
Tipo Tipo Tipo
concha Flanges Moldável
Tipos de Protetores
Auriculares
Figura 22: Ruído Médio Equivalente Global (TWA dB ) com utilização de EPI' na
Enchedora, levando em consideração a utilização dos três tipos protetores de
auriculares
49. 37
Ruído Médio Equivalente Global (TWA dB) com utilização
de EPI's
72 70,19
70 68,19
68
Valores de
66
TWA (dB) 64,19
64 Ruído Médio Equivalente
62 Global (TWA dB) com
60 utilização de EPI's
Tipo Tipo Tipo
concha Flanges Moldável
Tipos de Protetores
Auriculares
Figura 23: Ruído Médio Equivalente Global (TWA dB ) com utilização de EPI' na
Pasteurizador, levando em consideração a utilização dos três tipos protetores de
auriculares
Ruído Médio Equivalente Global (TWA dB) com utilização
de EPI's
72 71,32
70 69,32
Valores de 68
TWA (dB) 66 65,32
Ruído Médio Equivalente
64 Global (TWA dB) com
62 utilização de EPI's
Tipo Tipo Tipo
concha Flanges Moldável
Tipos de Protetores
Auriculares
Figura 24: Ruído Médio Equivalente Global (TWA dB ) com utilização de EPI' na
Empacotadora de latas, levando em consideração a utilização dos três tipos
protetores de auriculares
50. 38
Ruído Médio Equivalente Global (TWA dB) com utilização
de EPI's
74 72,7
72 70,7
70
Valores de
68 66,7
TWA (dB)
66 Ruído Médio Equivalente
64 Global (TWA dB) com
62 utilização de EPI's
Tipo Tipo Tipo
concha Flanges Moldável
Tipos de Protetores
Auriculares
Figura 25: Ruído Médio Equivalente Global (TWA dB ) com utilização de EPI' na
Paletizadora, levando em consideração a utilização dos três tipos protetores de
auriculares
Avaliando os dados encontrados temos que os protetores auriculares são de
grande ajuda na prevenção a possíveis danos causados por ruídos excessivos, pois os
mesmos atenuam a valores permitidos por normas e seguros aos operadores de
máquinas.
51. 39
5. CONCLUSÃO
Os níveis de ruídos em todos os pontos de trabalho na linha de enlatamento
de bebidas estão acima dos limites de tolerância que é de 85 dB, visto que o
trabalhador passa 8 horas em turno de trabalho. As medições realizadas foram feitas
de forma a garantir a maior confiabilidade nos resultados e a não interferir nas
condições ambientais e operacionais características do trabalho.
Realizou-se a dosimetria para as funções de operador de máquinas, nas cinco
máquinas que podem ser operadas na linha de produção, Despaletizadora,
Enchedora, Pasteurizador, Empacotadora e Paletizadora.
Na Despaletizadora encontrasse o ambiente de menor intensidade de ruído,
pelo fato da máquina não deixar expostos os motores, correntes, necessários ao seu
funcionamento.
Na Enchedora além do ruído oriundo do equipamento há a questão do ruído
produzido pelos transportes de latas, que a partir desse ponto se tornam um dos
principais meios de produção de ruído na linha de produção. Entretanto o ruído
encontrado e medido é do tipo contínuo.
No Pasteurizador temos como grande emissor de ruídos os motores e esteiras
responsáveis pelo transporte de latas pasteurizadas, dessa forma é um dos pontos de
maior incidência ruído, sendo tal ruído continuo ao longo da jornada de trabalho.
Na Empacotadora de latas o ruído que é recebido pelo operador são
basicamente os oriundos da máquina e dos transportes de acesso de latas e saída de
pacotes, sendo os dois somados caracterizando ruído continuo.
Na Paletizadora é onde se encontra o caso mais grave, onde foi encontrado o
maior índice de ruído medido, isso se deve ao fato do operador ficar a sua jornada de
trabalho inteira nas proximidades de esteiras de transportes de pacotes e de paletes,
sendo os mesmo os maiores emissores de ruídos na linha de produção.
Com base nos resultados encontrados, o fornecimento de EPI’s que atenuem
estes valores de ruídos para níveis abaixo dos limites de tolerância, conforme Tabela
1 NR 15 (1978), deve ser obrigatório por parte da empresa, visto que os ruídos são
52. 40
inerentes ao processo não sendo possível a tomada de ações visando a diminuição na
geração destes ruídos.
Conclui-se que cabe ao trabalhador consciente se proteger e exigir melhores
condições de trabalho sendo a empresa total responsável por fornecer os EPI’s
necessários à execução dos trabalhos e que tal advento seja a ultima solução para a
eliminação de uma condição insegura, assim como o pagamento de adicional de
insalubridade.
Por último, a redução do ruído pode ser alcançada através de soluções
técnicas para atenuação de ruído no ambiente, na fonte sonora e não apenas com a
adoção de equipamentos de proteção individual.
Visando dar continuidade a trabalhos futuros é proposto o seguinte tema:
impactos sociais aos trabalhadores com danos auditivos.
53. 41
6. BIBLIOGRAFIAS
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
FACULDADEDEARQUITETURA,ENGENHARIA E TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO
DECLARAÇÃO DE NÃO VIOLAÇÃO DE DIREITOS AUTORAIS DE
TERCEIROS
Eu, JOHNNY FLOR DA SILVA DAVANSO, CPF: 001.706.971-85, aluno do Curso
de Especialização em Engenharia de Segurança do trabalho da Universidade
Federal de Mato Grosso, declaro para os devidos fins que:
a) a monografia intitulada: AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL
AO RUÍDO EM UMA INDÚSTRIA DE BEBIDAS de minha autoria, não viola
os direitos autorais de terceiros, sejam eles pessoas físicas ou jurídicas;
b) que a monografia de conclusão do curso de Especialização em Engenharia
de Segurança do Trabalho ora submetida à Banca composta pela Portaria no
______ não constitui-se em reprodução de obra alheia, ainda com direitos autorais
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