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RECENSÃO CRÍTICA


Autor – Fernando Nogueira Dias.
Obra a ser recenseada - A Comunicação como Factor de Desenvolvimento Organizacional, Capítulo 10 da obra
Sistemas de Comunicação de Cultura e de Conhecimento – Um Olhar Sociológico.
Bibliografia – DIAS, Fernando Nogueira: Sistemas de Comunicação de Cultura e de Conhecimento – Um Olhar
Sociológico, 2.ª Edição, 2001, Lisboa, Instituto Piaget.
Sitografia – http://www.sociuslogia.com/, consultado em 30 de Dezembro de 2010.
Ideias chave – Comunicação, Participação, Motivação.


Fernando Nogueira Dias, Doutor em Sociologia pela Universidade da Beira Interior e mestre em Sociologia pela
Universidade Técnica de Lisboa, é Professor Catedrático do Instituto Piaget. Para além de vários artigos e
comunicações relacionados com o tema aqui a abordar, salientam-se duas outras obras: uma de 2004, Relações
Grupais e Desenvolvimento Humano, Lisboa, Instituto Piaget e outra, de 2005, A Manipulação do Conhecimento,
Lisboa, Editora Nova Veja. Também por estas se verifica a importância que este autor dá aos processos
comunicacionais e o que estes provocam.


No capítulo em análise, o autor começa por fazer uma breve introdução, apresentando os recursos humanos de uma
entidade empresarial como sendo uma variável essencial num processo de mudança. Será, também quanto a nós,
essencial que tal se considere, dada a indispensabilidade óbvia que lhes está inerente.
Com a menção à existência de bloqueios à mudança, somos levados ao encontro de um conjunto de situações que
poderão dificultar ou mesmo impedir aquele processo. No entanto, é aqui que é focado o primeiro aspecto essencial
do capítulo em questão – existem “factores de carácter simbólico, por vezes tão ou mais importantes de que aqueles
[aspectos pecuniários]”.
É a partir deste ponto que se faz o enfoque principal ao tema em questão – a comunicação. Porque se entende,
parece-nos muito legitimamente, que para se conseguir a tão almejada motivação, se atente na comunicação intra-
organizacional.
Não obstante, de uma forma que nos parece algo nímia, Nogueira Dias chega a condicionar a motivação apenas à
existência da relação do ser humano com o seu semelhante. Deixaríamos aqui a questão sobre onde se enquadraria
a automotivação, tantas vezes necessária nas organizações actuais.
É também apresentada uma perspectiva particularmente interessante quando o autor nos dá a definição de
comunicação. Assim, vincula a esse processo a ideia de participação, e então, ainda que a ideia seja transmitida de
uma forma mais denunciada do que objectivamente propagada, poderemos concluir que a motivação será mais eficaz
quanto maior for a participação na vida organizacional.
Já é lugar-comum salientar a mudança conjuntural constante e seus efeitos. Ainda assim, no capítulo em análise
defende-se com pragmatismo justificado a relevância com que os processos comunicacionais se revestem em
ambiente organizacional. A comunicação leva à participação e esta à motivação. A motivação conduz à mudança que
por sua vez nos leva à adaptação às conjunturas, e, quiçá, antecipando mesmo alterações que outrora seriam
encaradas como obstáculos inultrapassáveis. Daí a importância deste texto.


Sandrina Valente
ESP – Gaia,
Aluna nº 43518

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