SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 29
Baixar para ler offline
Lógica, Linguagem e a
       “Realidade”
Lançamento do Livro “The Functional
 Interpretation of Logical Deduction”
        (World Sci., Oct 2011)
        Ruy J.G.B. de Queiroz
Linguagem versus “Realidade”
• “O mundo é a totalidade
  de fatos, não de coisas”
• “Os limites de minha
  linguagem significam os
  limites de meu mundo”
• “Sobre o que não
  podemos falar, devemos
  passar em silêncio”
Ludwig Wittgenstein (1889-
  1951)
Lógica: Ciência da Argumentação,
   Princípios da Racionalidade
                • Aristóteles (380 a.C. –
                  322 a.C.): o que há por
                  trás do raciocínio
                  dedutivo
                • Leibniz (1646-1716):
                  linguagem simbólica
                  visando objetividade
                • Frege (1848-1925):
                  tratamento matemático
                  a argumentos
“Toda Filosofia é uma
Crítica da Linguagem”
           • “Escreví um livro
             chamado Tractatus
             Logico-Philosophicus
             contendo todo o meu
             trabalho dos últimos 6
             anos. Acredito que
             resolví nossos
             problemas finalmente.
             Isso pode parecer
             arrogante, mas não
             consigo evitar.” (1919)
Bertrand Russell (1872-1970)
(co-autor do “Principia Mathematica”)
                   • “Ele foi talvez o
                     exemplo mais perfeito
                     que conhecí de gênio
                     como tradicionalmente
                     concebido, apaixonado,
                     profundo, intenso, e
                     dominador. Ele tinha
                     uma espécie de pureza
                     que nunca conheci
                     igualada exceto por
                     G.E.Moore.”(1959)
Família Wittgenstein em Viena
               • Karl Wittgenstein: 2o mais
                 rico do Império Áustro-
                 Húngaro (atrás dos
                 Rotschilds). Dono da
                 Siderúrgica Krupp
               • Klimt pintou Gretl
               • Ravel compôs peça (mão
                 esquerda) para Paul
               • Brahms, Mahler e Strauss
                 freqüentavam a casa
               • 1919: renúncia à herança
Professor primário, Jardineiro,
    Arquiteto (1919-1928)
Palestra em Viena (Março/1928):
“Matemática, Ciência e Linguagem”
                 Leis do Intuicionismo
                   (1906):
                 1. Matemática é
                     alingüística
                 2. Há objetos da
                     Matemática que são
                     criados, e não
                     descobertos
Luitzen E. J. Brouwer (1881-1966)
         e o Intuicionismo
                 • Matemática também
                   como um ato de criação,
                   e não apenas de
                   descoberta
                 • A concepção de espaço
                   não é a priori, embora a
                   de tempo o seja
                 • Controvertido, porém
                   respeitado: ajudou a criar
                   a Topologia
                 • Na Universidade aos 16
Livro Azul (1930)
         • “As perguntas ‘O que é
           comprimento?’, ‘O que é
           significado?’, ‘O que é o
           número 1?’, etc.,
           produzem em nós uma
           cãimbra mental.
         • Sentimos que não
           podemos apontar para
           nada em resposta a elas,
           e mesmo assim
           deveríamos apontar para
           algo.”
Santo Agostinho e o
        Aprendizado de Linguagem
• “Quando Santo Agostinho fala sobre o
  aprendizado de linguagem ele fala sobre como
  associar nomes a coisas, ou entender os nomes
  das coisas.
• Nomear aqui aparece como os fundamentos, a
  base e tudo o que diz respeito a linguagem.
• Nessa visão de linguagem encontramos as raízes
  da seguinte idéia: Toda palavra tem um
  significado. Esse significado está correlacionado
  com a palavra. É o objeto para o qual a palavra
  aponta.”
Jogos de Linguagem
• “Vou chamar o todo, consistindo de linguagem e
  as ações nas quais ela está entrelaçada, de ‘jogo
  de linguagem’.”
• “A palavra ‘jogo-de-linguagem’ é usada aqui para
  enfatizar o fato de que falar numa linguagem é
  parte de uma atividade, ou uma forma de vida.”
• “Quando penso através da linguagem, não
  existem ‘significados’ passando pela minha
  mente em conjunto com as expressões verbais: a
  linguagem é em si mesma o veículo do
  pensamento”. (Não há linguagem privada).
Gramática Filosófica (1933)
              • “Qualquer
                interpretação ainda fica
                pendurada no ar
                juntamente com o que
                ela interpreta, e não
                pode lhe dar suporte.
              • Interpretações por si só
                não determinam
                significado.”
Investigações Filosóficas (1945)
                • “Para uma ampla classe
                  de casos—embora não
                  para todos—nos quais
                  empregamos a palavra
                  ‘significado’ ela pode ser
                  definida assim: o
                  significado de uma
                  palavra é seu uso na
                  linguagem”
                • “Filosofia é uma batalha
                  contra o enfeitiçamento
                  de nossa inteligência por
                  meio da linguagem”.
Fundamentos da Matemática (1941-4)
                 • “Eu disse uma vez: ‘Se
                   você quiser saber o que
                   uma proposição
                   matemática diz, olhe
                   para o que sua
                   demonstração prova’
                 • Agora, será que não há
                   tanto veracidade
                   quanto falsidade
                   nisso?”
Lógica Simbólica e Funcionalidade
                 Haskell Curry (1900-1982)
                 William Howard (1926-)
                 • Cada enunciado da
                   Matemática pode ser
                   visto como o conjunto
                   de suas provas
                 • “Interpretação
                   Funcional de Curry-
                   Howard” (1934, 1968)
Formalização da
Matemática Construtiva (1970’s)
                Per Martin-Löf (1942-)
                • “Matemática Construtiva
                  e Programação de
                  Computadores são
                  essencialmente a mesma
                  coisa”
                • “Uma prova matemática é
                  um programa (de
                  computador)”
                • “Teoria Intuicionística de
                  Tipos” (1972-1984)
Intuicionismo e Verificacionismo
                Michael Dummett (1925-)
                • Retomada do
                  Intuicionismo, porém com
                  base no paradigma
                  “significado é uso” de
                  Wittgenstein
                • O significado de um
                  enunciado matemático é
                  determinado pelo que
                  conta como uma prova
                  dele. (1977)
Teoria Verificacionista do Significado
                   Dag Prawitz (1936-)
                   • Teoria do Significado
                     baseada na idéia de que o
                     modo de provar um
                     enunciado determina seu
                     significado
                   • Junta-se a Dummett para
                     reformular o
                     Intuicionismo sem o
                     exoticismo de Brouwer
                     (“Matemática é
                     alingüística”).
Semântica Baseada em
   Jogo ou Diálogo
          Jaakko Hintikka (1929-)
          Paul Lorenzen (1915-
            1994)
          • Significado de uma
            sentença na linguagem
            da matemática definido
            pela forma de
            interação, ao invés de
            condições de verdade
13o Simpósio Wittgenstein 1988
      (Kirchberg, Áustria)
               Moderador de minha
                apresentação: David
                Pears (1921-2009):
                tradutor do Tractatus
                para o inglês, biógrafo,
                e autor de vários livros
                importantes
Significado e Conseqüências
• “Será que você vai achar que estou louco se eu
  der a seguinte sugestão: o enunciado ‘todo x tem
  a propriedade P’ só tem significado quando
  estabelecemos que ‘a’ tem a propriedade P,
  qualquer que seja esse elemento ‘a’?” (Carta a
  Russell em 1912)
• “A questão não é ‘O que estou fazendo quando . .
  .?’ (pois isso poderia apenas ser uma questão
  psicológica) – mas sim, ‘Que significado o
  enunciado tem, o que pode ser deduzido dele,
  que conseqüências ele tem?’ (1947-1948)
Teoria de Tipos
“Significado-como-Uso”
           • Tese de Doutorado,
             Imperial College,
             Fev/1990
           • Reformulação da Teoria
             de Martin-Löf, com base
             no paradigma
             “significado-como-uso”
             de Wittgenstein,
             alternativamente à
             posição de Dummett e
             Prawitz.
Sistemas Dedutivos Rotulados
              • Dov Gabbay (1945-):
                Dedução lógica envolve
                uma combinação de
                linguagem e meta-
                linguagem
              • Minha leitura: a teoria
                de tipos “significado-
                como-uso” seria uma
                realização dessa idéia
Curso em Riga (Letônia)
            • Mathieu Marion
              (Québec): 25/05 a
              10/06/2010, “Lógica:
              De Verdade a Provas e
              Jogos”: “Da numerosa
              bibliografia, olharemos
              unicamente para os
              artigos filosóficos do
              lógico Ruy de
              Queiroz…”
Provas de Igualdade
          Martin Hofmann (Munique)
          Thomas Streicher
            (Darmstadt)
          • 1994: Modelo da Teoria
            Intuicionística de Tipos de
            Martin-Löf que refuta o
            princípio da unicidade de
            provas de igualdade
          • 1994: Igualdade na
            Dedução Rotulada
Provas de Igualdade: Ju
            • Dissertação de
              Mestrado (1995)
            • 2o Lugar no concurso de
              teses da Sociedade
              Brasileira de
              Computação
            • 3 publicações
              internacionais
Recentemente: Uma Ponte entre
  Geometria, Lógica e Álgebra
               Vladimir Voevodsky
                 (Princeton)
               Steve Awodey (Carnegie-
                 Mellon)
               • Fundamentos da
                 Matemática baseados no
                 Modelo de Hofmann &
                 Streicher (2005-presente)
               • Um tipo é um espaço
                 topológico; elementos
                 são pontos; e provas de
                 igualdade entre pontos
                 são “caminhos”.
Desdobramentos Recentes
• Desde 1993 temos uma formulação de “prova
  de igualdade” como “caminhos”.
• Na dissertação de Ju (1995) surgiram mais
  detalhes técnicos que permitem a
  aproximação com o trabalho de Hofmann e
  Streicher, e com a linha de trabalho de
  Voevodsky e Awodey denominada de
  “Fundamentos Univalentes da Matemática”.

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Lançamento do livro

Linguagem, lógica e a natureza da matemática
Linguagem, lógica e a natureza da matemáticaLinguagem, lógica e a natureza da matemática
Linguagem, lógica e a natureza da matemáticaRuy De Queiroz
 
Essencialismo e anti essencialismo e pragmatismo
Essencialismo e anti essencialismo e pragmatismoEssencialismo e anti essencialismo e pragmatismo
Essencialismo e anti essencialismo e pragmatismohilton leal
 
Irracionalismo e antiontologia esboço de uma crítica a richard rorty
Irracionalismo e antiontologia esboço de uma crítica a richard rortyIrracionalismo e antiontologia esboço de uma crítica a richard rorty
Irracionalismo e antiontologia esboço de uma crítica a richard rortyajr_tyler
 
PARTE_01_PROF_JAIME
PARTE_01_PROF_JAIMEPARTE_01_PROF_JAIME
PARTE_01_PROF_JAIMElealtran
 
Defesa de Memorial para progressão para Professor Titular (Classe E) 2015
Defesa de Memorial para progressão para Professor Titular (Classe E) 2015Defesa de Memorial para progressão para Professor Titular (Classe E) 2015
Defesa de Memorial para progressão para Professor Titular (Classe E) 2015Ruy De Queiroz
 
Filosofia da-linguagem-3ano
Filosofia da-linguagem-3anoFilosofia da-linguagem-3ano
Filosofia da-linguagem-3anoEuna Machado
 
Introdução à Lógica
Introdução à LógicaIntrodução à Lógica
Introdução à LógicaAdolfo Neto
 
Ontologia e metafísica apresentação e plano de aula
Ontologia e metafísica   apresentação e plano de aulaOntologia e metafísica   apresentação e plano de aula
Ontologia e metafísica apresentação e plano de aulaVitor Vieira Vasconcelos
 
Mythologies, Roland Barthes
Mythologies, Roland BarthesMythologies, Roland Barthes
Mythologies, Roland BarthesLuis Rasquilha
 
O avanço do conhecimento científico e o pensamento complexo
O avanço do conhecimento científico e o pensamento complexoO avanço do conhecimento científico e o pensamento complexo
O avanço do conhecimento científico e o pensamento complexoFernando Alcoforado
 
INTRODUÇÃO À LÓGICA.pptx
INTRODUÇÃO À LÓGICA.pptxINTRODUÇÃO À LÓGICA.pptx
INTRODUÇÃO À LÓGICA.pptxIuri Ribeiro
 
Idealismo e materialismo, geografia crítica e a concepção da abstração espacial
Idealismo e materialismo, geografia crítica e a concepção da abstração espacialIdealismo e materialismo, geografia crítica e a concepção da abstração espacial
Idealismo e materialismo, geografia crítica e a concepção da abstração espacialajr_tyler
 
Prática curricular iv conversa preliminar - cópia
Prática curricular iv   conversa preliminar - cópiaPrática curricular iv   conversa preliminar - cópia
Prática curricular iv conversa preliminar - cópiaValdemir Lopes Valdermir
 
Linguagem - Aula - as idhskdjaslkjdasljdçlsaj d
Linguagem - Aula - as idhskdjaslkjdasljdçlsaj dLinguagem - Aula - as idhskdjaslkjdasljdçlsaj d
Linguagem - Aula - as idhskdjaslkjdasljdçlsaj dHenriqueAlbuquerque34
 
Prática curricular iv conversa preliminar
Prática curricular iv   conversa preliminarPrática curricular iv   conversa preliminar
Prática curricular iv conversa preliminarValdemir Lopes Valdermir
 

Semelhante a Lançamento do livro (20)

Linguagem, lógica e a natureza da matemática
Linguagem, lógica e a natureza da matemáticaLinguagem, lógica e a natureza da matemática
Linguagem, lógica e a natureza da matemática
 
Filosofia Medieval
Filosofia MedievalFilosofia Medieval
Filosofia Medieval
 
Filosofia analitica
Filosofia analiticaFilosofia analitica
Filosofia analitica
 
Essencialismo e anti essencialismo e pragmatismo
Essencialismo e anti essencialismo e pragmatismoEssencialismo e anti essencialismo e pragmatismo
Essencialismo e anti essencialismo e pragmatismo
 
Irracionalismo e antiontologia esboço de uma crítica a richard rorty
Irracionalismo e antiontologia esboço de uma crítica a richard rortyIrracionalismo e antiontologia esboço de uma crítica a richard rorty
Irracionalismo e antiontologia esboço de uma crítica a richard rorty
 
PARTE_01_PROF_JAIME
PARTE_01_PROF_JAIMEPARTE_01_PROF_JAIME
PARTE_01_PROF_JAIME
 
Defesa de Memorial para progressão para Professor Titular (Classe E) 2015
Defesa de Memorial para progressão para Professor Titular (Classe E) 2015Defesa de Memorial para progressão para Professor Titular (Classe E) 2015
Defesa de Memorial para progressão para Professor Titular (Classe E) 2015
 
Filosofia 10ºano1
Filosofia 10ºano1Filosofia 10ºano1
Filosofia 10ºano1
 
Filosofia da-linguagem-3ano
Filosofia da-linguagem-3anoFilosofia da-linguagem-3ano
Filosofia da-linguagem-3ano
 
Introdução à Lógica
Introdução à LógicaIntrodução à Lógica
Introdução à Lógica
 
Ontologia e metafísica apresentação e plano de aula
Ontologia e metafísica   apresentação e plano de aulaOntologia e metafísica   apresentação e plano de aula
Ontologia e metafísica apresentação e plano de aula
 
Mythologies, Roland Barthes
Mythologies, Roland BarthesMythologies, Roland Barthes
Mythologies, Roland Barthes
 
Johannes Hessen 06-06.pptx
Johannes Hessen  06-06.pptxJohannes Hessen  06-06.pptx
Johannes Hessen 06-06.pptx
 
Russel cap 12
Russel cap 12Russel cap 12
Russel cap 12
 
O avanço do conhecimento científico e o pensamento complexo
O avanço do conhecimento científico e o pensamento complexoO avanço do conhecimento científico e o pensamento complexo
O avanço do conhecimento científico e o pensamento complexo
 
INTRODUÇÃO À LÓGICA.pptx
INTRODUÇÃO À LÓGICA.pptxINTRODUÇÃO À LÓGICA.pptx
INTRODUÇÃO À LÓGICA.pptx
 
Idealismo e materialismo, geografia crítica e a concepção da abstração espacial
Idealismo e materialismo, geografia crítica e a concepção da abstração espacialIdealismo e materialismo, geografia crítica e a concepção da abstração espacial
Idealismo e materialismo, geografia crítica e a concepção da abstração espacial
 
Prática curricular iv conversa preliminar - cópia
Prática curricular iv   conversa preliminar - cópiaPrática curricular iv   conversa preliminar - cópia
Prática curricular iv conversa preliminar - cópia
 
Linguagem - Aula - as idhskdjaslkjdasljdçlsaj d
Linguagem - Aula - as idhskdjaslkjdasljdçlsaj dLinguagem - Aula - as idhskdjaslkjdasljdçlsaj d
Linguagem - Aula - as idhskdjaslkjdasljdçlsaj d
 
Prática curricular iv conversa preliminar
Prática curricular iv   conversa preliminarPrática curricular iv   conversa preliminar
Prática curricular iv conversa preliminar
 

Mais de Ruy De Queiroz

Homotopic Foundations of the Theory of Computation
Homotopic Foundations of the Theory of ComputationHomotopic Foundations of the Theory of Computation
Homotopic Foundations of the Theory of ComputationRuy De Queiroz
 
What formal equalities between rewriting paths have in common with homotopies...
What formal equalities between rewriting paths have in common with homotopies...What formal equalities between rewriting paths have in common with homotopies...
What formal equalities between rewriting paths have in common with homotopies...Ruy De Queiroz
 
Connections between Logic and Geometry via Term Rewriting
 Connections between Logic and Geometry via Term Rewriting Connections between Logic and Geometry via Term Rewriting
Connections between Logic and Geometry via Term RewritingRuy De Queiroz
 
Law and Legal uses for blockchain technologies
Law and Legal uses for blockchain technologiesLaw and Legal uses for blockchain technologies
Law and Legal uses for blockchain technologiesRuy De Queiroz
 
Criptografia como aliado
Criptografia como aliadoCriptografia como aliado
Criptografia como aliadoRuy De Queiroz
 
Privacidade, Segurança, Identidade
Privacidade, Segurança, IdentidadePrivacidade, Segurança, Identidade
Privacidade, Segurança, IdentidadeRuy De Queiroz
 
From Tractatus to Later Writings and Back
From Tractatus to Later Writings and BackFrom Tractatus to Later Writings and Back
From Tractatus to Later Writings and BackRuy De Queiroz
 
Desafios na Interseção entre Direito e Tecnologia
Desafios na Interseção entre  Direito e TecnologiaDesafios na Interseção entre  Direito e Tecnologia
Desafios na Interseção entre Direito e TecnologiaRuy De Queiroz
 
Connections between Logic and Geometry via Term Rewriting
Connections between Logic and Geometry via Term RewritingConnections between Logic and Geometry via Term Rewriting
Connections between Logic and Geometry via Term RewritingRuy De Queiroz
 
Teoria da Computação: Histórias e Perspectivas, (TeoComp-NE)
Teoria da Computação:  Histórias e Perspectivas,  (TeoComp-NE)Teoria da Computação:  Histórias e Perspectivas,  (TeoComp-NE)
Teoria da Computação: Histórias e Perspectivas, (TeoComp-NE)Ruy De Queiroz
 
Consensus in Permissionless Decentralized Networks
Consensus in Permissionless Decentralized NetworksConsensus in Permissionless Decentralized Networks
Consensus in Permissionless Decentralized NetworksRuy De Queiroz
 
Linguagem, Lógica e a Natureza da Matemática
Linguagem, Lógica e a Natureza da MatemáticaLinguagem, Lógica e a Natureza da Matemática
Linguagem, Lógica e a Natureza da MatemáticaRuy De Queiroz
 
Computational Paths and the Calculation of Fundamental Groups
 Computational Paths and the Calculation of Fundamental Groups Computational Paths and the Calculation of Fundamental Groups
Computational Paths and the Calculation of Fundamental GroupsRuy De Queiroz
 
Computational Paths and the Calculation of Fundamental Groups
Computational Paths and the Calculation of Fundamental GroupsComputational Paths and the Calculation of Fundamental Groups
Computational Paths and the Calculation of Fundamental GroupsRuy De Queiroz
 
Criptografia Moderna - Visita do SRBR (Samsung Research do Brasil)
Criptografia Moderna - Visita do SRBR (Samsung Research do Brasil)Criptografia Moderna - Visita do SRBR (Samsung Research do Brasil)
Criptografia Moderna - Visita do SRBR (Samsung Research do Brasil)Ruy De Queiroz
 
Cibersegurança na Internet das Coisas
Cibersegurança na Internet das CoisasCibersegurança na Internet das Coisas
Cibersegurança na Internet das CoisasRuy De Queiroz
 
Capitalismo de Vigilância e Proteção de Dados Pessoais
Capitalismo de Vigilância e Proteção de Dados PessoaisCapitalismo de Vigilância e Proteção de Dados Pessoais
Capitalismo de Vigilância e Proteção de Dados PessoaisRuy De Queiroz
 
Computations, Paths, Types and Proofs
Computations, Paths, Types and ProofsComputations, Paths, Types and Proofs
Computations, Paths, Types and ProofsRuy De Queiroz
 
Computation, Paths, Types and Proofs
Computation, Paths, Types and ProofsComputation, Paths, Types and Proofs
Computation, Paths, Types and ProofsRuy De Queiroz
 
Privacidade e Proteção de Dados Pessoais
Privacidade e Proteção de Dados PessoaisPrivacidade e Proteção de Dados Pessoais
Privacidade e Proteção de Dados PessoaisRuy De Queiroz
 

Mais de Ruy De Queiroz (20)

Homotopic Foundations of the Theory of Computation
Homotopic Foundations of the Theory of ComputationHomotopic Foundations of the Theory of Computation
Homotopic Foundations of the Theory of Computation
 
What formal equalities between rewriting paths have in common with homotopies...
What formal equalities between rewriting paths have in common with homotopies...What formal equalities between rewriting paths have in common with homotopies...
What formal equalities between rewriting paths have in common with homotopies...
 
Connections between Logic and Geometry via Term Rewriting
 Connections between Logic and Geometry via Term Rewriting Connections between Logic and Geometry via Term Rewriting
Connections between Logic and Geometry via Term Rewriting
 
Law and Legal uses for blockchain technologies
Law and Legal uses for blockchain technologiesLaw and Legal uses for blockchain technologies
Law and Legal uses for blockchain technologies
 
Criptografia como aliado
Criptografia como aliadoCriptografia como aliado
Criptografia como aliado
 
Privacidade, Segurança, Identidade
Privacidade, Segurança, IdentidadePrivacidade, Segurança, Identidade
Privacidade, Segurança, Identidade
 
From Tractatus to Later Writings and Back
From Tractatus to Later Writings and BackFrom Tractatus to Later Writings and Back
From Tractatus to Later Writings and Back
 
Desafios na Interseção entre Direito e Tecnologia
Desafios na Interseção entre  Direito e TecnologiaDesafios na Interseção entre  Direito e Tecnologia
Desafios na Interseção entre Direito e Tecnologia
 
Connections between Logic and Geometry via Term Rewriting
Connections between Logic and Geometry via Term RewritingConnections between Logic and Geometry via Term Rewriting
Connections between Logic and Geometry via Term Rewriting
 
Teoria da Computação: Histórias e Perspectivas, (TeoComp-NE)
Teoria da Computação:  Histórias e Perspectivas,  (TeoComp-NE)Teoria da Computação:  Histórias e Perspectivas,  (TeoComp-NE)
Teoria da Computação: Histórias e Perspectivas, (TeoComp-NE)
 
Consensus in Permissionless Decentralized Networks
Consensus in Permissionless Decentralized NetworksConsensus in Permissionless Decentralized Networks
Consensus in Permissionless Decentralized Networks
 
Linguagem, Lógica e a Natureza da Matemática
Linguagem, Lógica e a Natureza da MatemáticaLinguagem, Lógica e a Natureza da Matemática
Linguagem, Lógica e a Natureza da Matemática
 
Computational Paths and the Calculation of Fundamental Groups
 Computational Paths and the Calculation of Fundamental Groups Computational Paths and the Calculation of Fundamental Groups
Computational Paths and the Calculation of Fundamental Groups
 
Computational Paths and the Calculation of Fundamental Groups
Computational Paths and the Calculation of Fundamental GroupsComputational Paths and the Calculation of Fundamental Groups
Computational Paths and the Calculation of Fundamental Groups
 
Criptografia Moderna - Visita do SRBR (Samsung Research do Brasil)
Criptografia Moderna - Visita do SRBR (Samsung Research do Brasil)Criptografia Moderna - Visita do SRBR (Samsung Research do Brasil)
Criptografia Moderna - Visita do SRBR (Samsung Research do Brasil)
 
Cibersegurança na Internet das Coisas
Cibersegurança na Internet das CoisasCibersegurança na Internet das Coisas
Cibersegurança na Internet das Coisas
 
Capitalismo de Vigilância e Proteção de Dados Pessoais
Capitalismo de Vigilância e Proteção de Dados PessoaisCapitalismo de Vigilância e Proteção de Dados Pessoais
Capitalismo de Vigilância e Proteção de Dados Pessoais
 
Computations, Paths, Types and Proofs
Computations, Paths, Types and ProofsComputations, Paths, Types and Proofs
Computations, Paths, Types and Proofs
 
Computation, Paths, Types and Proofs
Computation, Paths, Types and ProofsComputation, Paths, Types and Proofs
Computation, Paths, Types and Proofs
 
Privacidade e Proteção de Dados Pessoais
Privacidade e Proteção de Dados PessoaisPrivacidade e Proteção de Dados Pessoais
Privacidade e Proteção de Dados Pessoais
 

Último

Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfEditoraEnovus
 
Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptx
Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptxLírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptx
Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptxfabiolalopesmartins1
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxkarinedarozabatista
 
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 BrasilGoverno Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasillucasp132400
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADOcarolinacespedes23
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Centro Jacques Delors
 
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologiaAula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologiaaulasgege
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasCassio Meira Jr.
 
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxApostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxIsabelaRafael2
 
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSlides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSilvana Silva
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfAdrianaCunha84
 
trabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduratrabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduraAdryan Luiz
 
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxA experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxfabiolalopesmartins1
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxIsabellaGomes58
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxleandropereira983288
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOColégio Santa Teresinha
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxOsnilReis1
 
Regência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdfRegência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdfmirandadudu08
 

Último (20)

Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
 
Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptx
Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptxLírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptx
Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptx
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
 
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
 
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 BrasilGoverno Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
 
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologiaAula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
 
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxApostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
 
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSlides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
 
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
 
trabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduratrabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditadura
 
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxA experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
 
Regência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdfRegência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdf
 

Lançamento do livro

  • 1. Lógica, Linguagem e a “Realidade” Lançamento do Livro “The Functional Interpretation of Logical Deduction” (World Sci., Oct 2011) Ruy J.G.B. de Queiroz
  • 2. Linguagem versus “Realidade” • “O mundo é a totalidade de fatos, não de coisas” • “Os limites de minha linguagem significam os limites de meu mundo” • “Sobre o que não podemos falar, devemos passar em silêncio” Ludwig Wittgenstein (1889- 1951)
  • 3. Lógica: Ciência da Argumentação, Princípios da Racionalidade • Aristóteles (380 a.C. – 322 a.C.): o que há por trás do raciocínio dedutivo • Leibniz (1646-1716): linguagem simbólica visando objetividade • Frege (1848-1925): tratamento matemático a argumentos
  • 4. “Toda Filosofia é uma Crítica da Linguagem” • “Escreví um livro chamado Tractatus Logico-Philosophicus contendo todo o meu trabalho dos últimos 6 anos. Acredito que resolví nossos problemas finalmente. Isso pode parecer arrogante, mas não consigo evitar.” (1919)
  • 5. Bertrand Russell (1872-1970) (co-autor do “Principia Mathematica”) • “Ele foi talvez o exemplo mais perfeito que conhecí de gênio como tradicionalmente concebido, apaixonado, profundo, intenso, e dominador. Ele tinha uma espécie de pureza que nunca conheci igualada exceto por G.E.Moore.”(1959)
  • 6. Família Wittgenstein em Viena • Karl Wittgenstein: 2o mais rico do Império Áustro- Húngaro (atrás dos Rotschilds). Dono da Siderúrgica Krupp • Klimt pintou Gretl • Ravel compôs peça (mão esquerda) para Paul • Brahms, Mahler e Strauss freqüentavam a casa • 1919: renúncia à herança
  • 7. Professor primário, Jardineiro, Arquiteto (1919-1928)
  • 8. Palestra em Viena (Março/1928): “Matemática, Ciência e Linguagem” Leis do Intuicionismo (1906): 1. Matemática é alingüística 2. Há objetos da Matemática que são criados, e não descobertos
  • 9. Luitzen E. J. Brouwer (1881-1966) e o Intuicionismo • Matemática também como um ato de criação, e não apenas de descoberta • A concepção de espaço não é a priori, embora a de tempo o seja • Controvertido, porém respeitado: ajudou a criar a Topologia • Na Universidade aos 16
  • 10. Livro Azul (1930) • “As perguntas ‘O que é comprimento?’, ‘O que é significado?’, ‘O que é o número 1?’, etc., produzem em nós uma cãimbra mental. • Sentimos que não podemos apontar para nada em resposta a elas, e mesmo assim deveríamos apontar para algo.”
  • 11. Santo Agostinho e o Aprendizado de Linguagem • “Quando Santo Agostinho fala sobre o aprendizado de linguagem ele fala sobre como associar nomes a coisas, ou entender os nomes das coisas. • Nomear aqui aparece como os fundamentos, a base e tudo o que diz respeito a linguagem. • Nessa visão de linguagem encontramos as raízes da seguinte idéia: Toda palavra tem um significado. Esse significado está correlacionado com a palavra. É o objeto para o qual a palavra aponta.”
  • 12. Jogos de Linguagem • “Vou chamar o todo, consistindo de linguagem e as ações nas quais ela está entrelaçada, de ‘jogo de linguagem’.” • “A palavra ‘jogo-de-linguagem’ é usada aqui para enfatizar o fato de que falar numa linguagem é parte de uma atividade, ou uma forma de vida.” • “Quando penso através da linguagem, não existem ‘significados’ passando pela minha mente em conjunto com as expressões verbais: a linguagem é em si mesma o veículo do pensamento”. (Não há linguagem privada).
  • 13. Gramática Filosófica (1933) • “Qualquer interpretação ainda fica pendurada no ar juntamente com o que ela interpreta, e não pode lhe dar suporte. • Interpretações por si só não determinam significado.”
  • 14. Investigações Filosóficas (1945) • “Para uma ampla classe de casos—embora não para todos—nos quais empregamos a palavra ‘significado’ ela pode ser definida assim: o significado de uma palavra é seu uso na linguagem” • “Filosofia é uma batalha contra o enfeitiçamento de nossa inteligência por meio da linguagem”.
  • 15. Fundamentos da Matemática (1941-4) • “Eu disse uma vez: ‘Se você quiser saber o que uma proposição matemática diz, olhe para o que sua demonstração prova’ • Agora, será que não há tanto veracidade quanto falsidade nisso?”
  • 16. Lógica Simbólica e Funcionalidade Haskell Curry (1900-1982) William Howard (1926-) • Cada enunciado da Matemática pode ser visto como o conjunto de suas provas • “Interpretação Funcional de Curry- Howard” (1934, 1968)
  • 17. Formalização da Matemática Construtiva (1970’s) Per Martin-Löf (1942-) • “Matemática Construtiva e Programação de Computadores são essencialmente a mesma coisa” • “Uma prova matemática é um programa (de computador)” • “Teoria Intuicionística de Tipos” (1972-1984)
  • 18. Intuicionismo e Verificacionismo Michael Dummett (1925-) • Retomada do Intuicionismo, porém com base no paradigma “significado é uso” de Wittgenstein • O significado de um enunciado matemático é determinado pelo que conta como uma prova dele. (1977)
  • 19. Teoria Verificacionista do Significado Dag Prawitz (1936-) • Teoria do Significado baseada na idéia de que o modo de provar um enunciado determina seu significado • Junta-se a Dummett para reformular o Intuicionismo sem o exoticismo de Brouwer (“Matemática é alingüística”).
  • 20. Semântica Baseada em Jogo ou Diálogo Jaakko Hintikka (1929-) Paul Lorenzen (1915- 1994) • Significado de uma sentença na linguagem da matemática definido pela forma de interação, ao invés de condições de verdade
  • 21. 13o Simpósio Wittgenstein 1988 (Kirchberg, Áustria) Moderador de minha apresentação: David Pears (1921-2009): tradutor do Tractatus para o inglês, biógrafo, e autor de vários livros importantes
  • 22. Significado e Conseqüências • “Será que você vai achar que estou louco se eu der a seguinte sugestão: o enunciado ‘todo x tem a propriedade P’ só tem significado quando estabelecemos que ‘a’ tem a propriedade P, qualquer que seja esse elemento ‘a’?” (Carta a Russell em 1912) • “A questão não é ‘O que estou fazendo quando . . .?’ (pois isso poderia apenas ser uma questão psicológica) – mas sim, ‘Que significado o enunciado tem, o que pode ser deduzido dele, que conseqüências ele tem?’ (1947-1948)
  • 23. Teoria de Tipos “Significado-como-Uso” • Tese de Doutorado, Imperial College, Fev/1990 • Reformulação da Teoria de Martin-Löf, com base no paradigma “significado-como-uso” de Wittgenstein, alternativamente à posição de Dummett e Prawitz.
  • 24. Sistemas Dedutivos Rotulados • Dov Gabbay (1945-): Dedução lógica envolve uma combinação de linguagem e meta- linguagem • Minha leitura: a teoria de tipos “significado- como-uso” seria uma realização dessa idéia
  • 25. Curso em Riga (Letônia) • Mathieu Marion (Québec): 25/05 a 10/06/2010, “Lógica: De Verdade a Provas e Jogos”: “Da numerosa bibliografia, olharemos unicamente para os artigos filosóficos do lógico Ruy de Queiroz…”
  • 26. Provas de Igualdade Martin Hofmann (Munique) Thomas Streicher (Darmstadt) • 1994: Modelo da Teoria Intuicionística de Tipos de Martin-Löf que refuta o princípio da unicidade de provas de igualdade • 1994: Igualdade na Dedução Rotulada
  • 27. Provas de Igualdade: Ju • Dissertação de Mestrado (1995) • 2o Lugar no concurso de teses da Sociedade Brasileira de Computação • 3 publicações internacionais
  • 28. Recentemente: Uma Ponte entre Geometria, Lógica e Álgebra Vladimir Voevodsky (Princeton) Steve Awodey (Carnegie- Mellon) • Fundamentos da Matemática baseados no Modelo de Hofmann & Streicher (2005-presente) • Um tipo é um espaço topológico; elementos são pontos; e provas de igualdade entre pontos são “caminhos”.
  • 29. Desdobramentos Recentes • Desde 1993 temos uma formulação de “prova de igualdade” como “caminhos”. • Na dissertação de Ju (1995) surgiram mais detalhes técnicos que permitem a aproximação com o trabalho de Hofmann e Streicher, e com a linha de trabalho de Voevodsky e Awodey denominada de “Fundamentos Univalentes da Matemática”.