O documento descreve a fisiopatogenia do HIV, incluindo sua história, epidemiologia e aspectos virológicos. O vírus HIV ataca o sistema imunológico, causando imunossupressão profunda e levando a infecções oportunistas e cânceres. Mais de 30 milhões de pessoas vivem com HIV em todo o mundo, com a África Subsaariana sendo a região mais afetada.
2. AIDSAIDS
A AIDS ou Síndrome daA AIDS ou Síndrome da
Imuno-deficiência Adquirida (doImuno-deficiência Adquirida (do
inglêsinglês AAcquiredcquired IImmunodeficiencymmunodeficiency SSyn-yn-
dromedrome) caracteriza-se por uma) caracteriza-se por uma
profunda imunossupressãoprofunda imunossupressão
associada a infecçõesassociada a infecções
oportunistas, neoplasiasoportunistas, neoplasias
secundárias e manifestaçõessecundárias e manifestações
neurológicas.neurológicas.
3. Aspectos históricosAspectos históricos
1959 – caso mais antigo identificado;1959 – caso mais antigo identificado;
1978 - Homossexuais nos Estados Unidos e heterossexuais1978 - Homossexuais nos Estados Unidos e heterossexuais
na Tanzânia e no Haiti começam a apresentar sintomas dana Tanzânia e no Haiti começam a apresentar sintomas da
Aids ;Aids ;
1980 - Cientistas identificam os primeiros casos de uma1980 - Cientistas identificam os primeiros casos de uma
doença rara, entre jovens homens homossexuais, que ataca odoença rara, entre jovens homens homossexuais, que ataca o
sistema imunológico do organismo deixando-o vulnerável asistema imunológico do organismo deixando-o vulnerável a
doenças oportunistas ;doenças oportunistas ;
1981 – 1º relato da AIDS(Síndrome da Imunodeficiência1981 – 1º relato da AIDS(Síndrome da Imunodeficiência
Adquirida em homossexuais nos EUA;Adquirida em homossexuais nos EUA;
1982 – 1º caso no Brasil;1982 – 1º caso no Brasil;
1983 – Isolamento do vírus pelo Dr.Luc Montaigner;1983 – Isolamento do vírus pelo Dr.Luc Montaigner;
1985 – descoberta do HIV-2;1985 – descoberta do HIV-2;
4. Aspectos históricosAspectos históricos
1987 – surge o AZT;1987 – surge o AZT;
1993 – principal causa de morte entre1993 – principal causa de morte entre
americanos de 25 a 44 anos;americanos de 25 a 44 anos;
1995-6 –surgem os inibidores de protease (IPs)1995-6 –surgem os inibidores de protease (IPs)
1996 – Governo brasileiro passa a distribuir1996 – Governo brasileiro passa a distribuir
gratuitamente os ARVs;gratuitamente os ARVs;
5. EpidemiologiaEpidemiologia
Inicialmente EUA, Europa ,África Subsaariana;Inicialmente EUA, Europa ,África Subsaariana;
Maior pandemia do séculos XX/XXI,Maior pandemia do séculos XX/XXI,
Atualmente existem 38,6Atualmente existem 38,6 milhões de adultos emilhões de adultos e
crianças vivendo com HIV;crianças vivendo com HIV;
Mais de 90% das pessoas infectadas vivem nosMais de 90% das pessoas infectadas vivem nos
países subdesenvolvidos;países subdesenvolvidos;
70% dos casos ocorrem na África;70% dos casos ocorrem na África;
2006 – 463 casos notificados de SIDA;2006 – 463 casos notificados de SIDA;
8. Total 39.5 million [34.1 – 47.1
million] Adults 37.2 million [32.1 – 44.5
million] Women 17.7 million [15.1 – 20.9
million] Children under 15 years
2.3 million [1.7 – 3.5 million]
Total 4.3 million [3.6 – 6.6 million]
Adults 3.8 million [3.2 – 5.7 million]
Children under 15 years 530 000 [410 000 – 660
000]
Total 2.9 million [2.5 – 3.5 million]
Adults 2.6 million [2.2 – 3.0 million]
Children under 15 years 380 000 [290 000 – 500
000]
Number of people
living with HIV in
2006
People newly
infected
with HIV in 2006
AIDS deaths
in 2006
Global summary of the HIV and AIDS epidemic, 2006
9. Adults and children estimated to be living with HIV, 2006
Total: 39.5 (34.1 – 47.1) million
Western &
Central Europe
740 000740 000
[580 000 – 970 000][580 000 – 970 000]
Middle East & North
Africa
460 000460 000
[270 000 – 760 000][270 000 – 760 000]
Sub-Saharan Africa
24.7 million24.7 million
[21.8 – 27.7 million][21.8 – 27.7 million]
Eastern Europe
& Central Asia
1.7 million1.7 million
[1.2 – 2.6 million][1.2 – 2.6 million]
South & South-East
Asia
7.8 million7.8 million
[5.2 – 12.0 million][5.2 – 12.0 million]
Oceania
81 00081 000
[50 000 – 170 000][50 000 – 170 000]
North America
1.4 million
[880 000 – 2.2 million]
Caribbean
250 000
[190 000 – 320 000]
Latin America
1.7 million1.7 million
[1.3 – 2.5 million][1.3 – 2.5 million]
East Asia
750 000750 000
[460 000 – 1.2 million][460 000 – 1.2 million]
10. Estimated number of adults and children
newly infected with HIV, 2006
Total: 4.3 (3.6 – 6.6) million
Western &
Central Europe
22 00022 000
[18 000 – 33 000][18 000 – 33 000]
Middle East & North
Africa
68 00068 000
[41 000 – 220 000][41 000 – 220 000]
Sub-Saharan Africa
2.8 million2.8 million
[2.4 – 3.2 million][2.4 – 3.2 million]
Eastern Europe
& Central Asia
270 000270 000
[170 000– 820 000][170 000– 820 000]
South & South-East
Asia
860 000860 000
[550 000 – 2.3 million][550 000 – 2.3 million]
Oceania
71007100
[3400 – 54 000][3400 – 54 000]
North America
43 00043 000
[34 000 – 65 000][34 000 – 65 000]
Caribbean
27 00027 000
[20 000 – 41 000][20 000 – 41 000]
Latin America
140 000140 000
[100 000 – 410 000][100 000 – 410 000]
East Asia
100 000100 000
[56 000 – 300 000][56 000 – 300 000]
11. Estimated adult and child deaths from AIDS, 2006
Total: 2.9 (2.5 – 3.5) million
Western &
Central Europe
12 00012 000
[<15 000][<15 000]
Middle East & North
Africa
36 00036 000
[20 000 – 60 000][20 000 – 60 000]
Sub-Saharan Africa
2.1 million2.1 million
[1.8 – 2.4 million][1.8 – 2.4 million]
Eastern Europe
& Central Asia
84 00084 000
[58 000 – 120 000][58 000 – 120 000]
South & South-East
Asia
590 000590 000
[390 000 – 850 000][390 000 – 850 000]
Oceania
40004000
[2300 – 6600][2300 – 6600]
North America
18 00018 000
[11 000 – 26 000][11 000 – 26 000]
Caribbean
19 00019 000
[14 000 – 25 000][14 000 – 25 000]
Latin America
65 00065 000
[51 000 – 84 000][51 000 – 84 000]
East Asia
43 00043 000
[26 000 – 64 000][26 000 – 64 000]
12. Global estimates for adults and children, 2006
• People living with HIV 39.5 million [34.1 – 47.1
million]
• New HIV infections in 2006 4.3 million [3.6 – 6.6
million]
• Deaths due to AIDS in 2006 2.9 million [2.5 – 3.5
million]
13. 25 years of AIDS25 years of AIDS
9 In 1991-1993, HIV prevalence in
young pregnant women in Uganda
and in young men in Thailand
begins to decrease, the first major
downturns in the epidemic in
developing countries
10 Highly Active Antiretroviral
Treatment launched
11 Scientists develop the first
treatment regimen to reduce
mother-to-child transmission of HIV
12 UNAIDS is created
13 Brazil becomes the first developing
country to provide antiretroviral
therapy through its public health
system
14 The UN General Assembly Special
Session on HIV/AIDS. Global Fund
to fight AIDS, Tuberculosis and
Malaria launched
15 WHO and UNAIDS launch the "3 x 5"
initiative with the goal of reaching 3
million people in developing world
with ART by 2005
16 Global Coalition on Women and
AIDS launched
40
30
20
10
0
50
35
25
15
5
45
Million
1980 1985 1990 1995 2000 2005
1 2 3 4
5
6
8
9
11
12
13
14
15
16
7
10
1 First cases of unusual immune deficiency are identified
among gay men in USA, and a new deadly disease
noticed
2 Acquired Immune Deficiency Syndrome (AIDS) is
defined for the first time
3 The Human Immune Deficiency Virus (HIV) is
identified as the cause of AIDS
4 In Africa, a heterosexual AIDS epidemic is
revealed
5 The first HIV antibody test becomes
available6 Global Network of People living with
HIV/AIDS (GNP+) (then International
Steering Committee of People Living
with HIV/AIDS) founded
7 The World Health Organisation
launches the Global Programme on
AIDS
8 The first therapy for AIDS –
zidovudine, or AZT -- is
approved for use in the USA
PeoplePeople
livingliving
withwith
HIVHIV
ChildrenChildren
orphanedorphaned
by AIDS inby AIDS in
sub-sub-
SaharanSaharan
AfricaAfrica
1.1
14. Map of HIV Prevalence WorldwideMap of HIV Prevalence Worldwide
2005
Source: UNAIDS, 2006 Report on the Global AIDS Epidemic, 2006.
Adults Ages 15-49 with HIV
15.01% - 34.0%
5.01% - 15.0%
1.01% - 5.0%
0.51% - 1.0%
0.0% - 0.5%
Not available
15. People Living with HIV, by RegionPeople Living with HIV, by Region
Sub-Saharan
Africa
63%
North Africa and
Middle East
1%
South and South-
East Asia
20%
Latin America
4%
Caribbean
1%
Eastern Europe
and Central Asia
4%
Oceania
<1%
East Asia
2%
North America
3%
Western and
Central Europe
2%
Distribution, 2005
Note: Total exceeds 100 percent due to rounding.
Source: UNAIDS, 2006 Report on the Global AIDS Epidemic, 2006.
16. O vírusO vírus
O HIV tem aproximadamente 100nm de diâmetro;O HIV tem aproximadamente 100nm de diâmetro;
É um retrovírus da família dos Lentivírus;É um retrovírus da família dos Lentivírus;
Forte tropismo por Lt CD4 , macrófagos e micróglia;Forte tropismo por Lt CD4 , macrófagos e micróglia;
Existem 2 tipos : HIV-1 e HIV-2;Existem 2 tipos : HIV-1 e HIV-2;
HIV-1 : cepas M(subtipos A-K),O (subtipos A-U) eHIV-1 : cepas M(subtipos A-K),O (subtipos A-U) e
N;N;
HIV-2 : subtipos A-GHIV-2 : subtipos A-G
Homologia entre HIV-1 e HIV-2: 40-50%Homologia entre HIV-1 e HIV-2: 40-50%
Homologia entre HIV-2 e SIV: 75-80%Homologia entre HIV-2 e SIV: 75-80%
HIV-2 menos patogênico que HIV-1HIV-2 menos patogênico que HIV-1
17. O vírusO vírus
Possui as seguintes enzimas:Possui as seguintes enzimas:
- T- Transcriptase reversa: converteranscriptase reversa: converte RNA viralRNA viral
em DNA viral a ser acoplado ao DNA daem DNA viral a ser acoplado ao DNA da
célula infectada. Essa é a base da infecçãocélula infectada. Essa é a base da infecção
pelo HIV.pelo HIV.
- Integrase: atua na incorporação do DNAIntegrase: atua na incorporação do DNA
viral ao genoma do hospedeiro.viral ao genoma do hospedeiro.
- - Proteases: separam capsídeos dos novos- Proteases: separam capsídeos dos novos
vírus a serem liberados.vírus a serem liberados.
18. Retrovírus
Spumavírus
Oncornavírus
Lentivírus
HIV 2
SIV simm
SIV syk
HIV 1
SIV cpz
SIV agm
SIV agm
SIV mnd
Visna - Maedi
CAEV
EIAV
BIV
FIV
Primatas
Ungulados
Felinos
Há uma similaridade importante entre estes
vírus
inclusive na sua estrutura e modo de ação.
O que se acha é que o vírus SIV presente
no macaco verde africano, de alguma
forma,
passou à espécie humana
e aí teria sofrido uma mutação estrutural,
tornando-se patogênico para nossa espécie.
19.
20. HIVHIV
Possui capsídio de membrana
fosfolipídica dupla, com duas
glicoproteínas:
gp120 - liga-se à membrana dos
linfócitos T (CD4);
gp41 - facilita fusão viral com
membrana da célula do hospe-
deiro, além de proteger o ácido
nucléico viral (genoma).
Seu genoma contém duas
moléculas de RNA com inúmeros
genes.
23. FisiopatogeniaFisiopatogenia
O vírus é transmitido por troca de fluidosO vírus é transmitido por troca de fluidos
orgânicos.orgânicos.
O vírus persiste no hospedeiro por definitivo,O vírus persiste no hospedeiro por definitivo,
podendo estar em níveis baixos.podendo estar em níveis baixos.
O vírus apresenta alta taxa de mutação.O vírus apresenta alta taxa de mutação.
A infecção evolui lentamente através de estágiosA infecção evolui lentamente através de estágios
HIV: além do mecanismo de destruição dasHIV: além do mecanismo de destruição das
celulas CD4 , o vírus induz apoptose celular;celulas CD4 , o vírus induz apoptose celular;
25. “
TransmissãoTransmissão
“Já não podemos dizer, na atualidade, que
existam “grupos de risco”. A humanidade é
o grupo de risco. Existem, isto sim,
comportamentos de risco que vamos definir
a seguir e certos subgrupos que podem estar
mais associados à transmissão da AIDS às
pessoas”
26. Formas de Transmissão do HIVFormas de Transmissão do HIV
SexualSexual
AnalAnal
VaginalVaginal
OralOral
SanguíneaSanguínea
Transfusão Sanguínea e de HemoderivadosTransfusão Sanguínea e de Hemoderivados
Compartilhamento de seringasCompartilhamento de seringas
VerticalVertical
PlacentáriaPlacentária
AleitamentoAleitamento
27. Infecção pelo HIV: 3 fases distintas:Infecção pelo HIV: 3 fases distintas:
1 –1 – Síndrome Retroviral Aguda.Síndrome Retroviral Aguda. Surge em 2 a 6Surge em 2 a 6
semanas após a exposição ao HIV. Sintomassemanas após a exposição ao HIV. Sintomas
inespecíficos.inespecíficos. Disseminação do vírus para órgãosDisseminação do vírus para órgãos
linfóideslinfóides: 50 a 75% desenvolvem síndrome semelhante: 50 a 75% desenvolvem síndrome semelhante
àà Mononucleose agudaMononucleose aguda, em 3 a 6 semanas., em 3 a 6 semanas.
2 - Latência Clínica2 - Latência Clínica. Pode ser totalmente. Pode ser totalmente
assintomática ;assintomática ;
3 - Fase Crítica ou Final.3 - Fase Crítica ou Final. Explosão da cargaExplosão da carga
viral, tornando o indivíduo suscetível ao ataque deviral, tornando o indivíduo suscetível ao ataque de
microorganismosmicroorganismos oportunistasoportunistas..
30. DiagnósticoDiagnóstico
Clínico: critérios CDC e Rio de Janeiro/Caracas;Clínico: critérios CDC e Rio de Janeiro/Caracas;
Laboratorial:Laboratorial:
Isolamento do vírus:
Técnicas de cultura viral
Sorologia:
ELISA: sensibilidade e especificidade > 98%
Western blot: Detecta anticorpos contra proteínas do HIV com peso
molecular específico
Detecção do ácido nucléico ou dos antígenos virais.
RT-PCR.
DNA de cadeia ramificada (bDNA).
Teste rápido
32. Critério Rio de Janeiro/CaracasCritério Rio de Janeiro/Caracas
33. Critério Rio de Janeiro/CaracasCritério Rio de Janeiro/Caracas
34.
35.
36. Acompanhamento do indivíduo soropositivoAcompanhamento do indivíduo soropositivo
Fortalecer vínculo com o profissional e o serviçoFortalecer vínculo com o profissional e o serviço
Facilitar acesso ao serviçoFacilitar acesso ao serviço
Aconselhamento (prevenção da transmissão e daAconselhamento (prevenção da transmissão e da
reinfecção)reinfecção)
Incorporação de hábitos saudáveis (alimentação,Incorporação de hábitos saudáveis (alimentação,
atividade física)atividade física)
Redução de danos (evitar abuso de fumo, álcool, drogasRedução de danos (evitar abuso de fumo, álcool, drogas
ilícitas)ilícitas)
37. Exames iniciais
• Hemograma e plaquetas
• Perfil hepático, renal, lipêmico e glicemia de
jejum (pré-tratamento)
• Raio-x de tórax
• PPD
• VDRL
• Citopatológico (colo do útero e anal)
• IgG para Toxoplasmose e CMV
• Anti-HCV, HBS Ag, Anti-HBc, Anti-HVA
• Carga viral e CD4
38. TratamentoTratamento
Objetivos:Objetivos:
Retardar o aparecimento da AIDSRetardar o aparecimento da AIDS
Restaurar a imunidade perdidaRestaurar a imunidade perdida
Reduzir o aparecimento de resistênciaReduzir o aparecimento de resistência
39. Indicações de tratamentoIndicações de tratamento
TratarTratar
Assintomáticos com CD4<200Assintomáticos com CD4<200
Assintomáticos com CD4 de 200 a 350 –considerarAssintomáticos com CD4 de 200 a 350 –considerar
tratamentotratamento
SintomáticosSintomáticos
Grávidas – neonatosGrávidas – neonatos
Exposições de riscoExposições de risco
Não tratarNão tratar
Assintomáticos sem contagem de CD4Assintomáticos sem contagem de CD4
Assintomáticos com CD4 >350Assintomáticos com CD4 >350
40.
41. Grupos farmacológicosGrupos farmacológicos
Inibidores da transcriptase reversaInibidores da transcriptase reversa
Análogos nucleosídeos(ITRN)Análogos nucleosídeos(ITRN)
Análogos nucleotídeos(ITRNt)Análogos nucleotídeos(ITRNt)
Inibidores da transcriptase reversa não análogosInibidores da transcriptase reversa não análogos
nucleosídeos(ITRNN)nucleosídeos(ITRNN)
Inibidores da protease(IP)Inibidores da protease(IP)
Inibidores de fusãoInibidores de fusão
Inibidores de entradaInibidores de entrada
Inibidores de integraseInibidores de integrase
Inibidores de maturaçãoInibidores de maturação
45. ITRNt – Tenofovir - TDFITRNt – Tenofovir - TDF
Pró-drogaPró-droga
Interações com ddIInterações com ddI
Ajuste na insuficiência renalAjuste na insuficiência renal
Resistência cruzada com ABC, ddI e 3TC e d4TResistência cruzada com ABC, ddI e 3TC e d4T
Toxicidade semelhante aos ITRN exceto pelo >Toxicidade semelhante aos ITRN exceto pelo >
risco de nefrotoxicidade associado com a classerisco de nefrotoxicidade associado com a classe
farmacológicafarmacológica
46. ITRNN – mecanismo de açãoITRNN – mecanismo de ação
Inibição direta e não-competitiva daInibição direta e não-competitiva da
transcriptase reversatranscriptase reversa
Baixa barreira genéticaBaixa barreira genética
2 drogas disponíveis2 drogas disponíveis
NevirapinaNevirapina
EfavirenzEfavirenz
48. IPsIPs
Inibição da protease viralInibição da protease viral
Bloqueia a clivagem da poliproteína gag-polBloqueia a clivagem da poliproteína gag-pol
Temos no Brasil as seguintes drogas disponíveis:Temos no Brasil as seguintes drogas disponíveis:
AtazanavirAtazanavir
RitonavirRitonavir
LopinavirLopinavir
SaquinavirSaquinavir
IndinavirIndinavir
FosanprenavirFosanprenavir
AmprenavirAmprenavir
53. Novas drogasNovas drogas
Inibidor de integrase : Raltegravir;Inibidor de integrase : Raltegravir;
Inibidor de CCR5(entrada): Maraviroc:Inibidor de CCR5(entrada): Maraviroc:
Inibidores de maturação;Inibidores de maturação;
Etravirina;Etravirina;
DarunavirDarunavir
54.
55. Risco de aquisição de infecções após exposição a materiaisRisco de aquisição de infecções após exposição a materiais
biológicosbiológicos
HIV:HIV:
Risco de soroconversão:Risco de soroconversão:
exposição percutânea - 0,3%exposição percutânea - 0,3%
exposição de pele e mucosas - menor que 0,09%exposição de pele e mucosas - menor que 0,09%
HEPATITE B:HEPATITE B:
Risco de transmissão de 1 a 37%Risco de transmissão de 1 a 37%
HEPATITE C:HEPATITE C:
Risco de transmissão de 0 a 7%Risco de transmissão de 0 a 7%
56. Quimioprofilaxia após exposiçãoQuimioprofilaxia após exposição
ocupacional ao HIVocupacional ao HIV
11asas
recomendações:recomendações: Uso de AZT, 3TC e/ou IDVouUso de AZT, 3TC e/ou IDVou
Lpv/rLpv/r
Questões polêmicas:Questões polêmicas:
Fonte com sorologia anti-HIV desconhecidaFonte com sorologia anti-HIV desconhecida
Paciente com HIV resistentePaciente com HIV resistente
Drogas novasDrogas novas
Grávidas (Efavirenz contra-indicado)Grávidas (Efavirenz contra-indicado)
Redução da soroconversão em 80%;Redução da soroconversão em 80%;
Inicio precoce : (ideal até 2 horas do acidente);Inicio precoce : (ideal até 2 horas do acidente);
61. Manifestações respiratóriasManifestações respiratórias
Pneumonias BacterianasPneumonias Bacterianas
Agentes: Streptococcus e Haemophilus( mais comuns quando oAgentes: Streptococcus e Haemophilus( mais comuns quando o
CD4 >200);CD4 >200);
Tuberculose:Tuberculose: acomete indivíduos com qualquer valor de CD4;acomete indivíduos com qualquer valor de CD4;
Ausencia de cavitações quando o CD4<200;Ausencia de cavitações quando o CD4<200;
Deve ser sempre considerada no Diagnóstico diferencial das ITRDeve ser sempre considerada no Diagnóstico diferencial das ITR
em pacientes com HIV/SIDA,pois:em pacientes com HIV/SIDA,pois:
A tuberculose é a infecção pulmonar mais comum depois daA tuberculose é a infecção pulmonar mais comum depois da
pneumonia bacteriana numa pessoa com imunodepressão. Apneumonia bacteriana numa pessoa com imunodepressão. A
tuberculose pode apresentar-se de uma forma atípica e otuberculose pode apresentar-se de uma forma atípica e o
diagnóstico é sugestivo se um Raio X do tórax mostrar gângliosdiagnóstico é sugestivo se um Raio X do tórax mostrar gânglios
linfáticos hilares, padrão miliar, cavitação, derrame pleural oulinfáticos hilares, padrão miliar, cavitação, derrame pleural ou
derrame pericárdico.derrame pericárdico.
62. PneumocistosePneumocistose
Pneumocystis jiroveciiPneumocystis jirovecii
Fungo ou protozoário?Fungo ou protozoário?
FungoFungo
- Genes: diidrofolato redutase, tubulina,- Genes: diidrofolato redutase, tubulina,
actina e fator 3 de crescimentoactina e fator 3 de crescimento
* Ausência de ergosterol* Ausência de ergosterol
63. Manifestações Clínicas
Pacientes apresentam tosse seca ou produtiva,
febre, dispnéia progressiva, perda de peso,
anorexia, cianose (dificuldade de troca gasosa),
podendo evoluir para insuficiência respiratória.
Normalmente, a infecção se restringe aos
pulmões, porém com o advento da AIDS e
consequente profilaxia, o P. carinni tem
acometido outros órgãos como o baço, os
linfonodos e a medula óssea.
64. Diagnóstico
Exame microscópico: observação de
cistos e trofozoítos corados pelo método
de giemsa, ou azul de toluidina, ou
calcoflúor branco, ou metenamina-prata.
Cultura: não é cultivado.
Sorologia: fluorescência direta para
detecção de anticorpo monoclonal
específico.
Não é utilizado clinicamente.
LDH – comumente elevado;
65.
66. TratamentoTratamento
SMX+TMP – 75-100mg de SMX ou 15-20mg de TMPSMX+TMP – 75-100mg de SMX ou 15-20mg de TMP
6/6 h por 21 dias;6/6 h por 21 dias;
Outros : Clindamicina + primaquina,atovaquona.Outros : Clindamicina + primaquina,atovaquona.
Corticóide: se PaO2 < 70mmHg ou diferença alvéoloCorticóide: se PaO2 < 70mmHg ou diferença alvéolo
arterial de O2 >35arterial de O2 >35
PAO2 =(FIO2 X 713) - PaCO2 / 0,8PAO2 =(FIO2 X 713) - PaCO2 / 0,8
Depois , PAO2 – PaO2Depois , PAO2 – PaO2
80 mg de prednisona por 5 dias,40 por mais 5 dias e 2080 mg de prednisona por 5 dias,40 por mais 5 dias e 20
pelo resto do TTO.pelo resto do TTO.
68. Manifestações gastrointestinaisManifestações gastrointestinais
Candidíase oralCandidíase oral
CD<200CD<200
Forma pseudomenbranosa,eritema e queilite angular;Forma pseudomenbranosa,eritema e queilite angular;
Tratamento: nistatina 500.000 (5ml) UI 5X/dia ouTratamento: nistatina 500.000 (5ml) UI 5X/dia ou
cetoconazol,fluconazol;cetoconazol,fluconazol;
Leucoplasia pilosaLeucoplasia pilosa
Causada pelo EBVCausada pelo EBV
Apresenta-se como lesões esbranquiçadas na borda daApresenta-se como lesões esbranquiçadas na borda da
lingualingua
Tratamento: melhora da imunidade, aciclovir ou ácidoTratamento: melhora da imunidade, aciclovir ou ácido
tricloroacéticotricloroacético
69. Manifestações gastrointestinaisManifestações gastrointestinais
Vírus Herpes SimplexVírus Herpes Simplex
Tipo 1 – Maior acometimento perioralTipo 1 – Maior acometimento perioral
Tipo 2 – Maior acometimento perineal e genital;Tipo 2 – Maior acometimento perineal e genital;
Tratamento: 1 a 2g de aciclovir por 7-10 diasTratamento: 1 a 2g de aciclovir por 7-10 dias
Úlceras aftosas: causa desconhecidaÚlceras aftosas: causa desconhecida
Tratamento: triacinolona tópica ou talidomidaTratamento: triacinolona tópica ou talidomida
VO em casos refratários;VO em casos refratários;
70.
71. Manifestações gastrointestinaisManifestações gastrointestinais
Candidíase esofágicaCandidíase esofágica
40% dos casos de esofagite em AIDS;40% dos casos de esofagite em AIDS;
Diagnóstico: candidíase oral +disfagia ouDiagnóstico: candidíase oral +disfagia ou
odinofagia;odinofagia;
Tratamento: fluconazol 200mg no 1º dia, depoisTratamento: fluconazol 200mg no 1º dia, depois
100mg IV ou VO por 14 a 21 dias;Em casos100mg IV ou VO por 14 a 21 dias;Em casos
refratários – Anfotericina Brefratários – Anfotericina B
72. Manifestações gastrointestinaisManifestações gastrointestinais
Esofagite por CMVEsofagite por CMV
CD4 <100CD4 <100
Caracterizada por ulcerações lineares profundas ;Caracterizada por ulcerações lineares profundas ;
Tratamento :ganciclovir ou foscarnetTratamento :ganciclovir ou foscarnet
Esofagite por HSVEsofagite por HSV
Menos comum que a causada por CMVMenos comum que a causada por CMV
Ulcerações são mais rasas,múltiplas;Ulcerações são mais rasas,múltiplas;
Tratamento : aciclovirTratamento : aciclovir
73. DiarréiasDiarréias
A Diarreia é a manifestação mais comum deA Diarreia é a manifestação mais comum de
infecção pelo HIV.infecção pelo HIV.
Agudas: Até 15 diasAgudas: Até 15 dias
Crônicas : Após 15 diasCrônicas : Após 15 dias
Agentes bacterianosAgentes bacterianos Agentes parasitáriosAgentes parasitários OutrosOutros
°Salmonela spSalmonela sp
°ShigellaShigella
°Campilobacter sp.Campilobacter sp.
°MycobacteriumMycobacterium
tuberculosis/aviumtuberculosis/avium
°Cryptosporidium parvumCryptosporidium parvum
°Isospora belliIsospora belli
°MicrosporidiumMicrosporidium
°Giardia lambliaGiardia lamblia
°Entamoeba histolyticaEntamoeba histolytica
°Strongyloides stercoralisStrongyloides stercoralis
°CitomegalovírusCitomegalovírus
°HIVHIV
°Neoplasias malignasNeoplasias malignas
(Doença de Kaposi,(Doença de Kaposi,
Linfoma)Linfoma)
74. DiarréiasDiarréias
CriptosporidioseCriptosporidiose
Agente etiológico:Agente etiológico: Cryptosporidium parvumCryptosporidium parvum
CD4 <100CD4 <100
Diarréia aquosa ,sem sangue,podendo serDiarréia aquosa ,sem sangue,podendo ser
volumosa;volumosa;
Tratamento : melhora do CD4Tratamento : melhora do CD4
Controverso: paramomicinaControverso: paramomicina
+azitromicina,claritromicina e Nitazoxanide+azitromicina,claritromicina e Nitazoxanide
75. DiarréiasDiarréias
IsosporíaseIsosporíase
Agente etiológico:Agente etiológico: Isospora belliIsospora belli
Caracteriza-se por quadro de diarréia aquosa,Caracteriza-se por quadro de diarréia aquosa,
sem sangue acompanhada de sintomas gerais:sem sangue acompanhada de sintomas gerais:
cólicas, perda ponderalcólicas, perda ponderal
Tratamento: SMX+TMP - 800/160 6/6h porTratamento: SMX+TMP - 800/160 6/6h por
10d, depois 800/160 de 12/12h por 21 d;10d, depois 800/160 de 12/12h por 21 d;
Alternativa:ciprofloxacina ouAlternativa:ciprofloxacina ou
pirimetamina+ácido folínicopirimetamina+ácido folínico
76. DiarréiasDiarréias
MicrosporidioseMicrosporidiose
Agentes etiológicos:Agentes etiológicos:E.bieneusi (80 a 90%)E.bieneusi (80 a 90%)ee
E.intestinalis(10 a 20%)E.intestinalis(10 a 20%)
CD4<100CD4<100
Diagnóstico : microscopia eletrônicaDiagnóstico : microscopia eletrônica
Tratamento: melhora do CD4Tratamento: melhora do CD4
E.bieneusi – Fumagilina 60m/d 14dE.bieneusi – Fumagilina 60m/d 14d
E.intestinalis – Albendazol 400mg 12/12h porE.intestinalis – Albendazol 400mg 12/12h por
3-4 semanas3-4 semanas
77. DiarréiasDiarréias
CiclosporíaseCiclosporíase
Agente etiológico: Cyclospora cayetanensisAgente etiológico: Cyclospora cayetanensis
Tratamento :800/160 mg de SMX+TMP deTratamento :800/160 mg de SMX+TMP de
6/6h por 7-10 dias;6/6h por 7-10 dias;
MACMAC
CD4<100CD4<100
Tratamento:Claritromicina ou azitromicina +Tratamento:Claritromicina ou azitromicina +
etambutol por 1 anoetambutol por 1 ano
78. Manifestações neurológicasManifestações neurológicas
NeurotoxoplasmoseNeurotoxoplasmose
Manifestação neurológica mais comum no HIV;Manifestação neurológica mais comum no HIV;
CD4<100CD4<100
TC – lesões com efeito de masssa com reforço de contraste aoTC – lesões com efeito de masssa com reforço de contraste ao
redorredor
Convulsões ,torpor,alteração de pares cranianos.Sinais deConvulsões ,torpor,alteração de pares cranianos.Sinais de
irritação meníngea são incomunsirritação meníngea são incomuns
LCR – importante para afastar outras causas de acometimento deLCR – importante para afastar outras causas de acometimento de
SNC;SNC;
Tratamento :Tratamento :
sulfadiazina+pirimetamina+ac.folínico,Clindamicina+pirimetamisulfadiazina+pirimetamina+ac.folínico,Clindamicina+pirimetami
na+ac.folínico ena+ac.folínico e SMX+TMPSMX+TMP
79.
80. Manifestações neurológicasManifestações neurológicas
Neurocriptococose(Neurocriptococose(C.neoformans var.neoformansC.neoformans var.neoformans))
CD4<100CD4<100
Caracterizada por cefaléia,torpor,febre,sinais deCaracterizada por cefaléia,torpor,febre,sinais de
irritação menígea,aumento da PICirritação menígea,aumento da PIC
Diagnóstico : TC e RNM – pouco característicosDiagnóstico : TC e RNM – pouco característicos
LCR: Tinta da china(+) ,Látex ,culturaLCR: Tinta da china(+) ,Látex ,cultura
Tratamento : menor gravidade- fluconazol;maiorTratamento : menor gravidade- fluconazol;maior
gravidade – anfotericina por 2 semanas seguido degravidade – anfotericina por 2 semanas seguido de
fluconazol 400mg por 8 semanasfluconazol 400mg por 8 semanas
Manutenção : fluconazol 200mg/diaManutenção : fluconazol 200mg/dia
81. Manifestações neurológicasManifestações neurológicas
LEMPLEMP
Causada pelo vírus JCCausada pelo vírus JC
CD<100CD<100
Lesão de substância branca sem efeito de massaLesão de substância branca sem efeito de massa
Alterações cognitivas e sinais focaisAlterações cognitivas e sinais focais
Diagnóstco- PCR para JCV em LCRDiagnóstco- PCR para JCV em LCR
Tratamento : não há tratamento específicoTratamento : não há tratamento específico
Linfoma primário de SNCLinfoma primário de SNC
Apresentação radiológica semelhante a neurotoxo;Apresentação radiológica semelhante a neurotoxo;
Cd<100Cd<100
Lesão com efeito de massa e geralmente periventricularLesão com efeito de massa e geralmente periventricular
Tratamento: radio e quimioterapia + HAARTTratamento: radio e quimioterapia + HAART
Sindrome demencial associada ao HIVSindrome demencial associada ao HIV
Atrofia de substância branca;Atrofia de substância branca;
Tratamento:HAARTTratamento:HAART
82. Sarcoma de KaposiSarcoma de Kaposi
Causado pelo HHV-8Causado pelo HHV-8
Caracterizado por pápulas ,máculas,ou nódulos de coloraçãoCaracterizado por pápulas ,máculas,ou nódulos de coloração
vinhosa ou acastanhada;vinhosa ou acastanhada;
Pode acometer pele, mucosas, pulmões,tubo digestivoPode acometer pele, mucosas, pulmões,tubo digestivo
Diagnóstico através de biopsiasDiagnóstico através de biopsias
Tratamento:Tratamento:
HAART ; em lesões localizadas tratamento tópico comHAART ; em lesões localizadas tratamento tópico com
radioterapia ,crioterapia,laser,ressecção ou infiltração deradioterapia ,crioterapia,laser,ressecção ou infiltração de
quimioterápicosquimioterápicos
Quimioterapia sistêmica – vimblastina,vincristina,bleomicina,Quimioterapia sistêmica – vimblastina,vincristina,bleomicina,
doxorrubicina lipossomaldoxorrubicina lipossomal
83.
84. CMV ocularCMV ocular
Manifestação ocular mais grave na SIDA;Manifestação ocular mais grave na SIDA;
CD<50CD<50
Caracteriza-se por perda progressiva da acuidade visualCaracteriza-se por perda progressiva da acuidade visual
com borramento e escotomas;com borramento e escotomas;
Diagnóstco: fundoscopia direta ( lesão exsudativaDiagnóstco: fundoscopia direta ( lesão exsudativa
retiniana com áreas de hemorrragia (“imagem de queijoretiniana com áreas de hemorrragia (“imagem de queijo
com ketchup”)com ketchup”)
Tratamento : ganciclovir IV POR 14-21 dias ouTratamento : ganciclovir IV POR 14-21 dias ou
foscarnetfoscarnet
Manutenção : ganciclovir IV ou oralManutenção : ganciclovir IV ou oral