3. “Tenho observado muitos casais unirem-se em tão
grande paixão que estavam prestes a se devorarem
em amor, mas após uma metade de ano um fugiu do
outro. Conheci pessoas que se tornaram hostis um ao
outro depois de terem cinco ou seis filhos e ficaram
juntos não apenas pelo casamento, mas pelos frutos
da sua união até que se deixaram.”
Martinho Lutero
4. PARA QUE É A
FAMÍLIA?
Os Puritanos Como Realmente Eram
5. Para que é a Família?
◦A finalidade primeira da família é glorificar a Deus;
◦Qual a importância de enxergar o propósito da família
como a glória de Deus?
◦Determina o que acontece na família;
◦Fixa as prioridades;
◦Determina o que uma família faz com seu tempo e como
gasta seu dinheiro.
6. Para que é a Família?
◦Eles criam que a família era a unidade fundamental de
uma sociedade santa;
◦Eles criam que a família também é a realização pessoal
de todos membro da família;
◦Eles viam a família como um chamado, um bem
público e mesmo uma forma de ação social.
7. “Uma família é como se fosse uma
pequena comunidade, por cujo bom governo
a glória de Deus pode ser promovida; a
comunidade, que é constituída por várias
famílias, beneficiada; e todos que vivem
nessa família podem receber muito conforto
e comodidade.” Robert Cleaver
9. A Liderança do Marido/Pai
◦A teoria de família dos puritanos baseava-se numa hierarquia de
autoridade;
◦Para eles, o marido e pai é o líder responsável por tudo o que
acontece e, no fim das contas, responsável por assegurar que as
coisas essenciais estejam acontecendo na família;
◦O papel dado ao marido, de acordo com os puritanos, não é um
bilhete de privilégios, mas um encargo de responsabilidade;
10. A Liderança do Marido/Pai
◦Duas coisas são exigidas do marido: “amor e sabedoria”;
◦A liderança deve ser baseada no amor.
◦Benjamim Wadsworth escreveu que um bom marido fará: “seu
governo sobre ela tão fácil e suave quanto possível, e lutará mais para ser
amado que temido”.
◦De acordo com Samuel Willard, um bom marido reinará de tal
forma “que sua mulher possa deleitar-se na sua liderança, tendo-a não
como escravidão, mas como liberdade e privilégio”.
12. O Lugar da Esposa/Mãe
◦Na teoria puritana, o correspondente à liderança do marido era
a submissão da esposa;
◦A tarefa da mulher, disse um pregador puritano, é “guiar a casa
e não o marido”;
◦O que significa a submissão para os puritanos? Para eles, essa
hierarquia é uma questão apenas de função e não de valor, um
modelo de gerir a família, não uma avaliação do valor pessoal;
13. O Lugar da Esposa/Mãe
◦Submissão, para os puritanos, é algo com que a esposa
deve consentir por sua própria iniciativa. Se um marido
tem de forçá-la, a batalha já foi perdida;
◦A ênfase em todas as frases puritanas sobre o assunto
era na atitude da mulher como o elemento crucial.
14. COMO O PADRÃO DE
AUTORIDADE REALMENTE
FUNCIONOU
Os Puritanos Como Realmente Eram
15. Como o Padrão de Autoridade
Realmente Funcionou
◦O termo puritano mais comum para definir o
relacionamento era chamar a mulher de uma assistente;
◦Hierarquia não significava que uma mulher não pudesse
debater uma questão com seu marido;
◦Os puritanos criam que há esferas de responsabilidade
numa família e que a mulher é autoridade em algumas
delas;
16. “Exceções particulares podem ter lugar, se
ela exceder seu marido em prudência e
destreza, e ele contentemente ceder, pois
então uma lei superior e mais natural se
introduz, que os mais sábios deveriam
governar os menos sábios, quer varão quer
varoa.” John Milton
17. Como o Padrão de Autoridade
Realmente Funcionou
◦A prática da hierarquia não impedia a mulher do ensino
religioso ou da admoestação espiritual a um homem;
◦Mesmo que o marido fosse, em última análise, o cabeça
responsável pela família, ao supervisionar a família no
dia a dia, o marido e a mulher compartilhavam da
autoridade pelo que acontecia.
19. A Responsabilidade dos Pais
Pelos Filhos
◦As atitudes puritanas em relação aos filhos estavam
arraigadas na convicção de que estes pertencem a Deus
e são confiados aos pais como mordomia;
◦Richard Mather imaginou os filhos no Dia do Juízo
dirigindo-se aos pais que negligenciaram seu
treinamento:
20. “Tudo isso que sofremos é por causa de vocês; deveriam
ter-nos ensinado as coisas de Deus, e não o fizeram;
deveriam nos haver impedido de pecar e nos corrigido, e
não o fizeram; vocês foram o meio da nossa corrupção e
culpabilidade originais, e, no entanto, nunca
demonstraram qualquer cuidado competente para
podermos ser livres disto... Ai de nós que tivemos pais
tão carnais e imprudentes, e ai de vocês porque não
tiveram mais compaixão e piedade para evitar a miséria
eterna de seus próprios filhos.”
21. A Responsabilidade dos Pais
Pelos Filhos
◦Qual é a responsabilidade de um pai para com
um filho?
◦Provisão física;
◦Ensinar seus filhos a trabalhar;
◦Prover treinamento espiritual e moral.
22. “Antes e acima de tudo, é no conhecimento da
religião cristã que os pais devem educar a seus
filhos... O conhecimento de outras coisas, embora
seja empreendimento tão desejável, nossos filhos
podem chegar à felicidade eterna sem ele... Mas o
conhecimento da santa doutrina nas palavras do
Senhor Jesus Cristo é um milhão de vezes mais
necessário a eles.” Cotton Mather
24. Disciplinando os Filhos
◦Os puritanos criam que uma parte importante do
treinamento religioso dos filhos consistia na disciplina;
◦De acordo com os puritanos, a obediência no âmbito
da igreja e do Estado dependia da disciplina no lar;
◦Para evitar o abuso no processo da disciplina, os
puritanos enfatizaram a necessidade da disciplina dócil
e de adaptar a disciplina ao temperamento da criança;
25. Disciplinando os Filhos
◦A regra puritana era de que “os filhos não deveriam
ser deixados à vontade, sem justo fim, a fazer o que
desejassem..., sendo eles incapazes de se governarem”;
◦O custo disso permanece o mesmo para nós hoje:
vigilância, perseverança, tempo, energia física e
emocional;
26. Disciplinando os Filhos
◦O fundamento teológico para a educação dos filhos
era o pecado original e a depravação inata;
◦A premissa teológica subjacente é que as crianças
estão perdidas e necessitam de conversão;
◦Samuel Willard resumiu a paradoxal atitude puritana
aos filhos quando os chamou de “víboras inocentes”.
27. “A criancinha que dorme no berço é tanto dócil como
cheia de afeições; e embora seu corpo seja tão pequeno, ele
tem um grande coração e inclina-se totalmente para o
mal... Se esta centelha vier a crescer, vai alastrar-se e
queimar a casa inteira. Pois somos transformados e nos
tornamos bons não por nascimento, mas pela educação...
Portanto, os pais devem ser atentos e prudentes...; eles
devem corrigir e severamente repreender seus filhos por
falarem ou agirem mal.”
29. Atitudes em Relação ao
Desenvolvimento da Criança
◦Em três questões cruciais os puritanos anteciparam
teorias atuais de desenvolvimento:
◦A importância do treinamento precoce;
◦Os pais devem ensinar mais pelo exemplo que pelas
palavras;
◦A educação eficaz das crianças tem dois lados: um
negativo, outro positivo.
30. “O grande cuidado de meus santos pais foi
criar-me no zelo e na prudência do Senhor;
pelo que fui guardado de muitas visíveis
insurreições do pecado das quais doutra forma
teria sido culpado; e por isso tive muitas boas
impressões do Espírito de Deus sobre mim,
mesmo em minha infância.” Cotton Mather
32. A Espiritualização da Família
◦A imagem favorita dos puritanos para a família era a
igreja;
◦William Gouge disse que a família é uma “pequena
igreja”, enquanto William Perkins escreveu: “Estas
famílias em que este serviço a Deus é realizado são
como pequenas igrejas; sim, um tipo de Paraíso sobre
a terra.”;
33. A Espiritualização da Família
◦Os puritanos entendiam que a saúde da igreja depende
do que acontece na família;
◦Para William Cartwright as casas eram os berçários da
igreja;
◦O culto era parte regular da rotina do lar;
◦O catecismo era a técnica que os puritanos achavam mais
eficaz na instrução cristã, sendo que o seu objetivo não
era a memorização, mas a compreensão;
34. A Espiritualização da Família
◦De acordo com o pensamento puritano, o pai era a
pessoa responsável por orquestrar as atividades
espirituais da família;
◦Outra chave para a espiritualização da família era guardar
a integridade espiritual do casamento;
◦A igreja puritana em Boston, assumiu o seguinte
compromisso:
35. “Prometemos, pela ajuda de cristo, que nos
esforçaremos para andar diante de Deus em
nossas casas, com um coração perfeito; e que
manteremos o culto ali continuamente, de
acordo como Ele requer em sua Palavra, tanto
com respeito à oração como à leitura das
Escrituras, para que a Palavra de Cristo
possa habitar ricamente em nós.”
Notas do Editor
Uma frase bem atual para iniciarmos a visão puritana sobre família. Quem seria o autor dessa frase?
Os puritanos conheciam 1Co 10.31.
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Tudo estaria bem na sociedade se as famílias estivessem bem ajustadas. Quando a família estivesse em uma má disciplina, toda a sociedade estaria mal disciplinada.
Para eles, Deus providenciou o casamento e a família para que os problemas que recaem sobre nós possam ser aliviados com o conforto e a ajuda um dos outros.
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Eles aceitavam a autoridade do homem como um mandamento bíblico.
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Não era uma autorização para apenas ficar dizendo o que os outros precisam fazer.
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Semelhante ao amor de quem? De Cristo pela sua Igreja.
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Da mesma forma que a liderança do homem foi instituída por Deus, da mesma forma, eles entendiam que a submissão da mulher era um mandamento bíblico e se sujeitavam a isso.
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Eles defendiam a igualdade espiritual e social da mulher, na família porém, havia uma hierarquia instituída por Deus na qual as mulheres deveriam se sujeitar.
A mulher não é uma serva, mas uma ajudadora, conselheira e consoladora.
Submissão não significava que a mulher era menos inteligentes que os homens. Eles diziam inclusive que o marido só deveria ser obedecido se pudesse sustentar o seu ponto de vista pela bíblia.
A mulher, depois do marido, era a autoridade sobre os filhos e sobre os servos da casa. Samuel Sewall registrou em seu diário que delegava as finanças da família para a esposa porque ela tinha uma capacidade maior para tratar de negócios.
Mulheres podem e devem em particular e familiarmente exortar a outros.
O governo da família pertencia ao marido e à mulher.
Thomas Watson escreveu que os pais cristãos se esforçaram para que seus filhos sejam mais filhos de Deus do que seus.
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A disciplina envolvia restringir as inclinações negativas.
Frase de um puritano sobre isso: “os jovens não se importarão muito com o que é dito pelos ministros públicos, se não forem instruídos no lar; nem considerarão boas as leis feitas pela autoridade civil, se não são bem aconselhados e governados no lar.”
As crianças têm naturezas distintas entre si.
Havia muito claro a ideia da responsabilidade dos pais sobre os filhos.
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Os pais devem dobrar a vontade naturalmente inclinada da criança, mas nutrir e encorajar seu espírito. A tarefa negativa é corrigir, reprovar. A positiva é ensinar, encorajar, valorizar as qualidades.
A união de cristãos combinando-se para melhor adorar e servir a Deus.
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Para eles a igreja não era um substituto para a vida religiosa da família, mas uma extensão.
Era comum dois cultos diários no lar.
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Marido e mulher deveriam promover um ao outro um padrão espiritual elevado para que toda a família fosse firmemente cristã.
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