SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 24
Baixar para ler offline
AULA 8 Barroco Victor Kraide Corte Real Artes Gráficas aplicadas à Comunicação – PP / JOR 1º Semestre 2009
“ Barroco”, uma palavra portuguesa que significa “pérola irregular, com altibaixos”, passou bem mais tarde a ser utilizada como termo desfavorável  para designar certas tendências da  arte seiscentista .  (BECKETT, 2006, p. 173)
Hoje, entende-se por estilo Barroco uma orientação artística que surgiu em Roma na virada para o séc. XVII, constituindo até certo ponto uma  reação ao artificialismo maneirista do século anterior. O novo estilo estava comprometido com a  emoção genuína  e, ao mesmo tempo, com a ornamentação vivaz. (BECKETT, 2006, p. 173)
O  drama humano  tornou-se elemento básico na pintura Barroca e era em geral encenado com gestos teatrais muitíssimo expressivos, sendo iluminado por um extraordinário  claro-escuro  e caracterizado por  fortes combinações cromáticas . (BECKETT, 2006, p. 173)
A palavra “ gótico ” foi primeiro usada pelos críticos de arte italianos da Renascença para caracterizar o estilo que eles consideravam bárbaro  e que, na opinião deles, fora introduzido na Itália pelos  godos , que destruíram o Império Romano e saquearam suas cidades. (GOMBRICH, 1979, p. 302)
A palavra “ maneirismo ” ainda retém para muitas pessoas a sua conotação original de afetação e imitação superficial , de que os críticos do séc. XVII haviam acusado os artistas do final do séc. XVI. (GOMBRICH, 1979, p. 302)
A palavra “ barroco ” foi um termo empregado pelos críticos de um período ulterior que lutavam contra as tendências  seiscentistas e queriam expô-las ao ridículo. Barroco significa realmente absurdo ou grotesto , e era empregado por homens que insistiam em que as formas das construções clássicas jamais deveriam ser usadas ou combinadas a não ser do modo adotado pelos gregos e romanos. (GOMBRICH, 1979, p. 302)
Ao passo que é fácil identificar os estilos anteriores por características definidas de reconhecimento, a tarefa não é tão simples no caso do barroco. (GOMBRICH, 1979, p. 301) O desenvolvimento da pintura, saindo do impasse do maneirismo para um estilo muito mais rico em possibilidades. (GOMBRICH, 1979, p. 303)
Na grande pintura de Tintoretto e de El Greco vimos o crescimento de algumas idéias que adquiriam importância cada vez maior na arte do séc XVII: a ênfase sobre a luz e a cor; o desprezo pelo equilíbrio simples; e a preferência por composições mais complicadas. (GOMBRICH, 1979, p. 303)
Michelangelo de CARAVAGGIO Homem de temperamento impetuoso, extremamente suscetível a menor ofensa. Queria a verdade tal como a via. Não lhe agradavam os modelos clássicos nem tinha respeito algum pela “beleza ideal”. Foi classificado como “naturalista”. (GOMBRICH, 1979, p. 304-305)
Caravaggio. S. Mateus (versão rejeitada). 1598 Caravaggio. S. Mateus (versão aceita). 1600
“ Põem aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos; aproxima também a tua mão, e põe-na no meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente” (S. JOÃO, XX, 27)
Caravaggio. Tomé, o Incrédulo. 1600
Caravaggio. A ceia em Emaús. 1600
ARTEMISIA Gentileschi Apesar da abordagem despretensiosa, a veemência e tensão das pinturas de Artemisia a tornam uma figura quase única entre as artistas anteriores ao séc. XX. (BECKETT, 2006, p. 180)
Artemisia Gentileschi. Auto-retrato. 1630
Artemisia Gentileschi. Judite ao matar Holofernes. 1620
Peter Paul RUBENS Não parece que tenha aderido a qualquer dos “movimentos” ou grupos. Em seu coração, permanecia um artista flamengo (região de Flandres, países baixos), um artista do país de Van Eyck e Van der Weiden. Predileção pelas telas gigantescas para decorar igrejas e palácios (GOMBRICH, 1979, p. 310)
 
Diego Rodríguez da Silva y VELÁZQUEZ A sua principal tarefa consistia em pintar os retratos do rei e membros da família real. Poucos desses homens tinham rostos atraentes ou mesmo interessantes. Mas Velázquez transformou esses retratos, como num passe de mágica, em algumas das mais fascinantes pinturas que o mundo até hoje viu. (GOMBRICH, 1979, p. 319)
Velázquez. Las meninas. 1656
REMBRANDT van Rijn Maior pintor da Holanda e um dos maiores que a arte viu até hoje. Sentimos que conhecemos Rembrandt talvez melhor, mais intimamente, do que qualquer desses grandes mestres, porquanto nos legou um espantoso registro de sua própria vida, uma série de auto-retratos. (GOMBRICH, 1979, p. 330)
 
Rembrandt. A Lição de Anatomia do Dr. Nicolas Tulp. 1632.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

O barroco e suas imagens2
O barroco e suas imagens2O barroco e suas imagens2
O barroco e suas imagens2CrisBiagio
 
Barroco em Português
Barroco em PortuguêsBarroco em Português
Barroco em Portuguêsthiago2013
 
03 escultura barroca
03 escultura barroca03 escultura barroca
03 escultura barrocaVítor Santos
 
Cultura do Salão – Pintura do rococó
Cultura do Salão – Pintura do rococóCultura do Salão – Pintura do rococó
Cultura do Salão – Pintura do rococóCarlos Vieira
 
Arte do Renascimento - Pintura
Arte do Renascimento - PinturaArte do Renascimento - Pintura
Arte do Renascimento - PinturaCarlos Vieira
 
O maneirismo – século xvi (1520 1590)
O maneirismo – século xvi (1520 1590)O maneirismo – século xvi (1520 1590)
O maneirismo – século xvi (1520 1590)Professor Gilson Nunes
 
Cultura do Palco - Pintura Barroca
Cultura do Palco - Pintura BarrocaCultura do Palco - Pintura Barroca
Cultura do Palco - Pintura BarrocaCarlos Vieira
 
David de Bernini
David de BerniniDavid de Bernini
David de Berninihcaslides
 
Arte Maneirismo
Arte ManeirismoArte Maneirismo
Arte Maneirismolucfabbr
 
Apresentação arte m oderna até início contemporânea
Apresentação  arte m oderna até início contemporâneaApresentação  arte m oderna até início contemporânea
Apresentação arte m oderna até início contemporânearosadebora
 
04 escultura renascentista
04 escultura renascentista04 escultura renascentista
04 escultura renascentistaVítor Santos
 
Arte renascentista
Arte renascentistaArte renascentista
Arte renascentistacindy1977
 
1 linha do tempo
1  linha do tempo1  linha do tempo
1 linha do tempoArtesElisa
 

Mais procurados (20)

O barroco e suas imagens2
O barroco e suas imagens2O barroco e suas imagens2
O barroco e suas imagens2
 
Barroco em Português
Barroco em PortuguêsBarroco em Português
Barroco em Português
 
03 escultura barroca
03 escultura barroca03 escultura barroca
03 escultura barroca
 
Maneirismo
ManeirismoManeirismo
Maneirismo
 
Cultura do Salão – Pintura do rococó
Cultura do Salão – Pintura do rococóCultura do Salão – Pintura do rococó
Cultura do Salão – Pintura do rococó
 
Barroco
BarrocoBarroco
Barroco
 
Arte do Renascimento - Pintura
Arte do Renascimento - PinturaArte do Renascimento - Pintura
Arte do Renascimento - Pintura
 
O maneirismo – século xvi (1520 1590)
O maneirismo – século xvi (1520 1590)O maneirismo – século xvi (1520 1590)
O maneirismo – século xvi (1520 1590)
 
Cultura do Palco - Pintura Barroca
Cultura do Palco - Pintura BarrocaCultura do Palco - Pintura Barroca
Cultura do Palco - Pintura Barroca
 
David de Bernini
David de BerniniDavid de Bernini
David de Bernini
 
Barroco slides
Barroco slidesBarroco slides
Barroco slides
 
Barroco Europeu
Barroco EuropeuBarroco Europeu
Barroco Europeu
 
Arte Maneirismo
Arte ManeirismoArte Maneirismo
Arte Maneirismo
 
Apresentação arte m oderna até início contemporânea
Apresentação  arte m oderna até início contemporâneaApresentação  arte m oderna até início contemporânea
Apresentação arte m oderna até início contemporânea
 
04 escultura renascentista
04 escultura renascentista04 escultura renascentista
04 escultura renascentista
 
Arte renascentista
Arte renascentistaArte renascentista
Arte renascentista
 
Escultura barroca
Escultura barrocaEscultura barroca
Escultura barroca
 
1 linha do tempo
1  linha do tempo1  linha do tempo
1 linha do tempo
 
Rococó
RococóRococó
Rococó
 
Maneirismo
Maneirismo Maneirismo
Maneirismo
 

Semelhante a Aula 08 - Barroco (20)

INTENSIVÃO_MUNDO DAS ARTES CLÁSSICAS.pdf
INTENSIVÃO_MUNDO DAS ARTES CLÁSSICAS.pdfINTENSIVÃO_MUNDO DAS ARTES CLÁSSICAS.pdf
INTENSIVÃO_MUNDO DAS ARTES CLÁSSICAS.pdf
 
Estilo barroco
Estilo barrocoEstilo barroco
Estilo barroco
 
Barroco
BarrocoBarroco
Barroco
 
Arte barroca
Arte barrocaArte barroca
Arte barroca
 
Arte barroca
Arte barrocaArte barroca
Arte barroca
 
Quinhentismo
QuinhentismoQuinhentismo
Quinhentismo
 
Cursinho novo1
Cursinho novo1Cursinho novo1
Cursinho novo1
 
Realismo
RealismoRealismo
Realismo
 
A Arte Barroca
A Arte BarrocaA Arte Barroca
A Arte Barroca
 
Barroco
BarrocoBarroco
Barroco
 
Barroco
BarrocoBarroco
Barroco
 
Aula 09 barroco
Aula 09 barrocoAula 09 barroco
Aula 09 barroco
 
A arte do rococó
A arte do rococóA arte do rococó
A arte do rococó
 
Historia da arte - período Renascimento - resumo
Historia da arte - período Renascimento - resumoHistoria da arte - período Renascimento - resumo
Historia da arte - período Renascimento - resumo
 
Seminários história da arte 02
Seminários história da arte   02Seminários história da arte   02
Seminários história da arte 02
 
Romantismo
RomantismoRomantismo
Romantismo
 
Romantismo 2
Romantismo 2Romantismo 2
Romantismo 2
 
Arte Degenerada
Arte DegeneradaArte Degenerada
Arte Degenerada
 
Aula barroco
Aula barrocoAula barroco
Aula barroco
 
Arte Barroca na Europa
Arte Barroca na EuropaArte Barroca na Europa
Arte Barroca na Europa
 

Mais de Victor Corte Real

História da Arte (baseado na obra de Gombrich)
História da Arte (baseado na obra de Gombrich)História da Arte (baseado na obra de Gombrich)
História da Arte (baseado na obra de Gombrich)Victor Corte Real
 
História Propaganda CENP CONAR
História Propaganda CENP CONARHistória Propaganda CENP CONAR
História Propaganda CENP CONARVictor Corte Real
 
Projeto Rondon - Operação Canudos em Macururé/BA - janeiro/2013
Projeto Rondon - Operação Canudos em Macururé/BA - janeiro/2013Projeto Rondon - Operação Canudos em Macururé/BA - janeiro/2013
Projeto Rondon - Operação Canudos em Macururé/BA - janeiro/2013Victor Corte Real
 
Legislação Eleições 2012
Legislação Eleições 2012Legislação Eleições 2012
Legislação Eleições 2012Victor Corte Real
 
Exemplos de Materiais de Campanhas Eleitorais
Exemplos de Materiais de Campanhas EleitoraisExemplos de Materiais de Campanhas Eleitorais
Exemplos de Materiais de Campanhas EleitoraisVictor Corte Real
 
Texto, hipertexto e multimídia
Texto, hipertexto e multimídiaTexto, hipertexto e multimídia
Texto, hipertexto e multimídiaVictor Corte Real
 
Comunicação, Recepção, Tranformação
Comunicação, Recepção, TranformaçãoComunicação, Recepção, Tranformação
Comunicação, Recepção, TranformaçãoVictor Corte Real
 
Revista Politicom - Ano 4 - Nº 5 - Jan-Jul 2011
Revista Politicom - Ano 4 - Nº 5 - Jan-Jul 2011Revista Politicom - Ano 4 - Nº 5 - Jan-Jul 2011
Revista Politicom - Ano 4 - Nº 5 - Jan-Jul 2011Victor Corte Real
 
Revista Politicom - Ano 3 - Nº 4 - Ago-Dez 2010
Revista Politicom - Ano 3 - Nº 4 - Ago-Dez 2010Revista Politicom - Ano 3 - Nº 4 - Ago-Dez 2010
Revista Politicom - Ano 3 - Nº 4 - Ago-Dez 2010Victor Corte Real
 
Revista Politicom - Ano 3 - Nº 3 - Jan-Jul 2010
Revista Politicom - Ano 3 - Nº 3 - Jan-Jul 2010Revista Politicom - Ano 3 - Nº 3 - Jan-Jul 2010
Revista Politicom - Ano 3 - Nº 3 - Jan-Jul 2010Victor Corte Real
 

Mais de Victor Corte Real (20)

História da Arte (baseado na obra de Gombrich)
História da Arte (baseado na obra de Gombrich)História da Arte (baseado na obra de Gombrich)
História da Arte (baseado na obra de Gombrich)
 
História Propaganda CENP CONAR
História Propaganda CENP CONARHistória Propaganda CENP CONAR
História Propaganda CENP CONAR
 
Projeto Rondon - Operação Canudos em Macururé/BA - janeiro/2013
Projeto Rondon - Operação Canudos em Macururé/BA - janeiro/2013Projeto Rondon - Operação Canudos em Macururé/BA - janeiro/2013
Projeto Rondon - Operação Canudos em Macururé/BA - janeiro/2013
 
Eleições SP 2012
Eleições SP 2012Eleições SP 2012
Eleições SP 2012
 
Conceitos Logotipo
Conceitos LogotipoConceitos Logotipo
Conceitos Logotipo
 
Legislação Eleições 2012
Legislação Eleições 2012Legislação Eleições 2012
Legislação Eleições 2012
 
Realidade Aumentada
Realidade AumentadaRealidade Aumentada
Realidade Aumentada
 
Presença Digital
Presença DigitalPresença Digital
Presença Digital
 
Exemplos de Materiais de Campanhas Eleitorais
Exemplos de Materiais de Campanhas EleitoraisExemplos de Materiais de Campanhas Eleitorais
Exemplos de Materiais de Campanhas Eleitorais
 
Interatividade e futebol
Interatividade e futebolInteratividade e futebol
Interatividade e futebol
 
Texto, hipertexto e multimídia
Texto, hipertexto e multimídiaTexto, hipertexto e multimídia
Texto, hipertexto e multimídia
 
Comunicação, Recepção, Tranformação
Comunicação, Recepção, TranformaçãoComunicação, Recepção, Tranformação
Comunicação, Recepção, Tranformação
 
Metáfora da Bailarina
Metáfora da BailarinaMetáfora da Bailarina
Metáfora da Bailarina
 
Consumo
ConsumoConsumo
Consumo
 
Revista Politicom - Ano 4 - Nº 5 - Jan-Jul 2011
Revista Politicom - Ano 4 - Nº 5 - Jan-Jul 2011Revista Politicom - Ano 4 - Nº 5 - Jan-Jul 2011
Revista Politicom - Ano 4 - Nº 5 - Jan-Jul 2011
 
Planejamento de Mídia
Planejamento de MídiaPlanejamento de Mídia
Planejamento de Mídia
 
Revista Politicom - Ano 3 - Nº 4 - Ago-Dez 2010
Revista Politicom - Ano 3 - Nº 4 - Ago-Dez 2010Revista Politicom - Ano 3 - Nº 4 - Ago-Dez 2010
Revista Politicom - Ano 3 - Nº 4 - Ago-Dez 2010
 
Revista Politicom - Ano 3 - Nº 3 - Jan-Jul 2010
Revista Politicom - Ano 3 - Nº 3 - Jan-Jul 2010Revista Politicom - Ano 3 - Nº 3 - Jan-Jul 2010
Revista Politicom - Ano 3 - Nº 3 - Jan-Jul 2010
 
Folkcomunicação - Aula 3
Folkcomunicação - Aula 3Folkcomunicação - Aula 3
Folkcomunicação - Aula 3
 
Folkcomunicação - Aula 2
Folkcomunicação - Aula 2Folkcomunicação - Aula 2
Folkcomunicação - Aula 2
 

Último

EBOOK LINGUAGEM GRATUITO EUDCAÇÃO INFANTIL.pdf
EBOOK LINGUAGEM GRATUITO EUDCAÇÃO INFANTIL.pdfEBOOK LINGUAGEM GRATUITO EUDCAÇÃO INFANTIL.pdf
EBOOK LINGUAGEM GRATUITO EUDCAÇÃO INFANTIL.pdfIBEE5
 
Como fazer um Feedback Eficaz - Comitê de Gestores
Como fazer um Feedback Eficaz - Comitê de GestoresComo fazer um Feedback Eficaz - Comitê de Gestores
Como fazer um Feedback Eficaz - Comitê de GestoresEu Prefiro o Paraíso.
 
Termo de audiência de Mauro Cid na ìntegra
Termo de audiência de Mauro Cid na ìntegraTermo de audiência de Mauro Cid na ìntegra
Termo de audiência de Mauro Cid na ìntegrafernando846621
 
Peixeiras da Coruña. O Muro da Coruña. IES Monelos
Peixeiras da Coruña. O Muro da Coruña. IES MonelosPeixeiras da Coruña. O Muro da Coruña. IES Monelos
Peixeiras da Coruña. O Muro da Coruña. IES MonelosAgrela Elvixeo
 
Ressonancia_magnetica_basica_slide_da_net.pptx
Ressonancia_magnetica_basica_slide_da_net.pptxRessonancia_magnetica_basica_slide_da_net.pptx
Ressonancia_magnetica_basica_slide_da_net.pptxPatriciaFarias81
 
1. CIENCIAS-HUMANAS-GLOBALIZAÇÃO, TEMPO E ESPAÇO-V1.pdf
1. CIENCIAS-HUMANAS-GLOBALIZAÇÃO, TEMPO E ESPAÇO-V1.pdf1. CIENCIAS-HUMANAS-GLOBALIZAÇÃO, TEMPO E ESPAÇO-V1.pdf
1. CIENCIAS-HUMANAS-GLOBALIZAÇÃO, TEMPO E ESPAÇO-V1.pdfRitoneltonSouzaSanto
 
AS REBELIÕES NA AMERICA IBERICA (Prof. Francisco Leite)
AS REBELIÕES NA AMERICA IBERICA (Prof. Francisco Leite)AS REBELIÕES NA AMERICA IBERICA (Prof. Francisco Leite)
AS REBELIÕES NA AMERICA IBERICA (Prof. Francisco Leite)profesfrancleite
 
Cruzadinha da dengue - Mosquito Aedes aegypti
Cruzadinha da dengue - Mosquito Aedes aegyptiCruzadinha da dengue - Mosquito Aedes aegypti
Cruzadinha da dengue - Mosquito Aedes aegyptiMary Alvarenga
 
Aula 6 - O Imperialismo e seu discurso civilizatório.pptx
Aula 6 - O Imperialismo e seu discurso civilizatório.pptxAula 6 - O Imperialismo e seu discurso civilizatório.pptx
Aula 6 - O Imperialismo e seu discurso civilizatório.pptxMarceloDosSantosSoar3
 
Poema sobre o mosquito Aedes aegipyti -
Poema sobre o mosquito Aedes aegipyti  -Poema sobre o mosquito Aedes aegipyti  -
Poema sobre o mosquito Aedes aegipyti -Mary Alvarenga
 
Slides Lição 1, CPAD, O Início da Caminhada, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 1, CPAD, O Início da Caminhada, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 1, CPAD, O Início da Caminhada, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 1, CPAD, O Início da Caminhada, 2Tr24, Pr Henrique.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
arte retrato de um povo - Expressão Cultural e Identidade Nacional
arte retrato de um povo - Expressão Cultural e Identidade Nacionalarte retrato de um povo - Expressão Cultural e Identidade Nacional
arte retrato de um povo - Expressão Cultural e Identidade Nacionalidicacia
 
Verbos - transitivos e intransitivos.pdf
Verbos -  transitivos e intransitivos.pdfVerbos -  transitivos e intransitivos.pdf
Verbos - transitivos e intransitivos.pdfKarinaSouzaCorreiaAl
 
Depende De Nós! José Ernesto Ferraresso.ppsx
Depende De Nós! José Ernesto Ferraresso.ppsxDepende De Nós! José Ernesto Ferraresso.ppsx
Depende De Nós! José Ernesto Ferraresso.ppsxLuzia Gabriele
 
Apresente de forma sucinta as atividades realizadas ao longo do semestre, con...
Apresente de forma sucinta as atividades realizadas ao longo do semestre, con...Apresente de forma sucinta as atividades realizadas ao longo do semestre, con...
Apresente de forma sucinta as atividades realizadas ao longo do semestre, con...Colaborar Educacional
 
A CONCEPÇÃO FILO/SOCIOLÓGICA DE KARL MARX
A CONCEPÇÃO FILO/SOCIOLÓGICA DE KARL MARXA CONCEPÇÃO FILO/SOCIOLÓGICA DE KARL MARX
A CONCEPÇÃO FILO/SOCIOLÓGICA DE KARL MARXHisrelBlog
 

Último (20)

Abordagens 4 (Problematização) e 5 (Síntese pessoal) do texto de Severino (20...
Abordagens 4 (Problematização) e 5 (Síntese pessoal) do texto de Severino (20...Abordagens 4 (Problematização) e 5 (Síntese pessoal) do texto de Severino (20...
Abordagens 4 (Problematização) e 5 (Síntese pessoal) do texto de Severino (20...
 
Abordagem 3. Análise interpretativa (Severino, 2013)_PdfToPowerPoint.pdf
Abordagem 3. Análise interpretativa (Severino, 2013)_PdfToPowerPoint.pdfAbordagem 3. Análise interpretativa (Severino, 2013)_PdfToPowerPoint.pdf
Abordagem 3. Análise interpretativa (Severino, 2013)_PdfToPowerPoint.pdf
 
EBOOK LINGUAGEM GRATUITO EUDCAÇÃO INFANTIL.pdf
EBOOK LINGUAGEM GRATUITO EUDCAÇÃO INFANTIL.pdfEBOOK LINGUAGEM GRATUITO EUDCAÇÃO INFANTIL.pdf
EBOOK LINGUAGEM GRATUITO EUDCAÇÃO INFANTIL.pdf
 
Como fazer um Feedback Eficaz - Comitê de Gestores
Como fazer um Feedback Eficaz - Comitê de GestoresComo fazer um Feedback Eficaz - Comitê de Gestores
Como fazer um Feedback Eficaz - Comitê de Gestores
 
Termo de audiência de Mauro Cid na ìntegra
Termo de audiência de Mauro Cid na ìntegraTermo de audiência de Mauro Cid na ìntegra
Termo de audiência de Mauro Cid na ìntegra
 
Peixeiras da Coruña. O Muro da Coruña. IES Monelos
Peixeiras da Coruña. O Muro da Coruña. IES MonelosPeixeiras da Coruña. O Muro da Coruña. IES Monelos
Peixeiras da Coruña. O Muro da Coruña. IES Monelos
 
Ressonancia_magnetica_basica_slide_da_net.pptx
Ressonancia_magnetica_basica_slide_da_net.pptxRessonancia_magnetica_basica_slide_da_net.pptx
Ressonancia_magnetica_basica_slide_da_net.pptx
 
1. CIENCIAS-HUMANAS-GLOBALIZAÇÃO, TEMPO E ESPAÇO-V1.pdf
1. CIENCIAS-HUMANAS-GLOBALIZAÇÃO, TEMPO E ESPAÇO-V1.pdf1. CIENCIAS-HUMANAS-GLOBALIZAÇÃO, TEMPO E ESPAÇO-V1.pdf
1. CIENCIAS-HUMANAS-GLOBALIZAÇÃO, TEMPO E ESPAÇO-V1.pdf
 
AS REBELIÕES NA AMERICA IBERICA (Prof. Francisco Leite)
AS REBELIÕES NA AMERICA IBERICA (Prof. Francisco Leite)AS REBELIÕES NA AMERICA IBERICA (Prof. Francisco Leite)
AS REBELIÕES NA AMERICA IBERICA (Prof. Francisco Leite)
 
Cruzadinha da dengue - Mosquito Aedes aegypti
Cruzadinha da dengue - Mosquito Aedes aegyptiCruzadinha da dengue - Mosquito Aedes aegypti
Cruzadinha da dengue - Mosquito Aedes aegypti
 
Aula 6 - O Imperialismo e seu discurso civilizatório.pptx
Aula 6 - O Imperialismo e seu discurso civilizatório.pptxAula 6 - O Imperialismo e seu discurso civilizatório.pptx
Aula 6 - O Imperialismo e seu discurso civilizatório.pptx
 
Poema sobre o mosquito Aedes aegipyti -
Poema sobre o mosquito Aedes aegipyti  -Poema sobre o mosquito Aedes aegipyti  -
Poema sobre o mosquito Aedes aegipyti -
 
Slides Lição 1, CPAD, O Início da Caminhada, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 1, CPAD, O Início da Caminhada, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 1, CPAD, O Início da Caminhada, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 1, CPAD, O Início da Caminhada, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
 
arte retrato de um povo - Expressão Cultural e Identidade Nacional
arte retrato de um povo - Expressão Cultural e Identidade Nacionalarte retrato de um povo - Expressão Cultural e Identidade Nacional
arte retrato de um povo - Expressão Cultural e Identidade Nacional
 
(42-ESTUDO - LUCAS) DISCIPULO DE JESUS
(42-ESTUDO - LUCAS)  DISCIPULO  DE JESUS(42-ESTUDO - LUCAS)  DISCIPULO  DE JESUS
(42-ESTUDO - LUCAS) DISCIPULO DE JESUS
 
Verbos - transitivos e intransitivos.pdf
Verbos -  transitivos e intransitivos.pdfVerbos -  transitivos e intransitivos.pdf
Verbos - transitivos e intransitivos.pdf
 
Depende De Nós! José Ernesto Ferraresso.ppsx
Depende De Nós! José Ernesto Ferraresso.ppsxDepende De Nós! José Ernesto Ferraresso.ppsx
Depende De Nós! José Ernesto Ferraresso.ppsx
 
Apresente de forma sucinta as atividades realizadas ao longo do semestre, con...
Apresente de forma sucinta as atividades realizadas ao longo do semestre, con...Apresente de forma sucinta as atividades realizadas ao longo do semestre, con...
Apresente de forma sucinta as atividades realizadas ao longo do semestre, con...
 
Abordagem 1. Análise textual (Severino, 2013).pdf
Abordagem 1. Análise textual (Severino, 2013).pdfAbordagem 1. Análise textual (Severino, 2013).pdf
Abordagem 1. Análise textual (Severino, 2013).pdf
 
A CONCEPÇÃO FILO/SOCIOLÓGICA DE KARL MARX
A CONCEPÇÃO FILO/SOCIOLÓGICA DE KARL MARXA CONCEPÇÃO FILO/SOCIOLÓGICA DE KARL MARX
A CONCEPÇÃO FILO/SOCIOLÓGICA DE KARL MARX
 

Aula 08 - Barroco

  • 1. AULA 8 Barroco Victor Kraide Corte Real Artes Gráficas aplicadas à Comunicação – PP / JOR 1º Semestre 2009
  • 2. “ Barroco”, uma palavra portuguesa que significa “pérola irregular, com altibaixos”, passou bem mais tarde a ser utilizada como termo desfavorável para designar certas tendências da arte seiscentista . (BECKETT, 2006, p. 173)
  • 3. Hoje, entende-se por estilo Barroco uma orientação artística que surgiu em Roma na virada para o séc. XVII, constituindo até certo ponto uma reação ao artificialismo maneirista do século anterior. O novo estilo estava comprometido com a emoção genuína e, ao mesmo tempo, com a ornamentação vivaz. (BECKETT, 2006, p. 173)
  • 4. O drama humano tornou-se elemento básico na pintura Barroca e era em geral encenado com gestos teatrais muitíssimo expressivos, sendo iluminado por um extraordinário claro-escuro e caracterizado por fortes combinações cromáticas . (BECKETT, 2006, p. 173)
  • 5. A palavra “ gótico ” foi primeiro usada pelos críticos de arte italianos da Renascença para caracterizar o estilo que eles consideravam bárbaro e que, na opinião deles, fora introduzido na Itália pelos godos , que destruíram o Império Romano e saquearam suas cidades. (GOMBRICH, 1979, p. 302)
  • 6. A palavra “ maneirismo ” ainda retém para muitas pessoas a sua conotação original de afetação e imitação superficial , de que os críticos do séc. XVII haviam acusado os artistas do final do séc. XVI. (GOMBRICH, 1979, p. 302)
  • 7. A palavra “ barroco ” foi um termo empregado pelos críticos de um período ulterior que lutavam contra as tendências seiscentistas e queriam expô-las ao ridículo. Barroco significa realmente absurdo ou grotesto , e era empregado por homens que insistiam em que as formas das construções clássicas jamais deveriam ser usadas ou combinadas a não ser do modo adotado pelos gregos e romanos. (GOMBRICH, 1979, p. 302)
  • 8. Ao passo que é fácil identificar os estilos anteriores por características definidas de reconhecimento, a tarefa não é tão simples no caso do barroco. (GOMBRICH, 1979, p. 301) O desenvolvimento da pintura, saindo do impasse do maneirismo para um estilo muito mais rico em possibilidades. (GOMBRICH, 1979, p. 303)
  • 9. Na grande pintura de Tintoretto e de El Greco vimos o crescimento de algumas idéias que adquiriam importância cada vez maior na arte do séc XVII: a ênfase sobre a luz e a cor; o desprezo pelo equilíbrio simples; e a preferência por composições mais complicadas. (GOMBRICH, 1979, p. 303)
  • 10. Michelangelo de CARAVAGGIO Homem de temperamento impetuoso, extremamente suscetível a menor ofensa. Queria a verdade tal como a via. Não lhe agradavam os modelos clássicos nem tinha respeito algum pela “beleza ideal”. Foi classificado como “naturalista”. (GOMBRICH, 1979, p. 304-305)
  • 11. Caravaggio. S. Mateus (versão rejeitada). 1598 Caravaggio. S. Mateus (versão aceita). 1600
  • 12. “ Põem aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos; aproxima também a tua mão, e põe-na no meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente” (S. JOÃO, XX, 27)
  • 13. Caravaggio. Tomé, o Incrédulo. 1600
  • 14. Caravaggio. A ceia em Emaús. 1600
  • 15. ARTEMISIA Gentileschi Apesar da abordagem despretensiosa, a veemência e tensão das pinturas de Artemisia a tornam uma figura quase única entre as artistas anteriores ao séc. XX. (BECKETT, 2006, p. 180)
  • 17. Artemisia Gentileschi. Judite ao matar Holofernes. 1620
  • 18. Peter Paul RUBENS Não parece que tenha aderido a qualquer dos “movimentos” ou grupos. Em seu coração, permanecia um artista flamengo (região de Flandres, países baixos), um artista do país de Van Eyck e Van der Weiden. Predileção pelas telas gigantescas para decorar igrejas e palácios (GOMBRICH, 1979, p. 310)
  • 19.  
  • 20. Diego Rodríguez da Silva y VELÁZQUEZ A sua principal tarefa consistia em pintar os retratos do rei e membros da família real. Poucos desses homens tinham rostos atraentes ou mesmo interessantes. Mas Velázquez transformou esses retratos, como num passe de mágica, em algumas das mais fascinantes pinturas que o mundo até hoje viu. (GOMBRICH, 1979, p. 319)
  • 22. REMBRANDT van Rijn Maior pintor da Holanda e um dos maiores que a arte viu até hoje. Sentimos que conhecemos Rembrandt talvez melhor, mais intimamente, do que qualquer desses grandes mestres, porquanto nos legou um espantoso registro de sua própria vida, uma série de auto-retratos. (GOMBRICH, 1979, p. 330)
  • 23.  
  • 24. Rembrandt. A Lição de Anatomia do Dr. Nicolas Tulp. 1632.