Webjornalismo a sobrevivãªncia dos jornais digitais frente ã  aplicativos como flipboard

Rafael Rodrigues
Rafael RodriguesAssessoria de Comunicação na Companhia de Saneamento Municipal (Cesama) em Papo de Marketing

Artigo sobre a atuação do aplicativo de revistas Flipboard e como os periódicos terão que reinventar frente ao app.

Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação
XIX Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sudeste – Vila Velha - ES – 22 a 24/05/2014
1
Webjornalismo: A sobrevivência dos jornais digitais frente a aplicativos como
Flipboard
Rafael Martins Rodrigues
Renata Prado
Faculdade Estácio de Sá de Juiz de Fora
Resumo: Este artigo visa analisar a funcionalidade e desempenho dos jornais digitais e
seus aplicativos, comparando com o objetivo do aplicativo Flipboard, que noticia o
conteúdo de vários veículos de comunicação e compartilha com as mídias sociais. O
objetivo se estende a verificar como os jornais online estão se mantendo, com a
expansão das "revistas sociais", sob a ótica da Cultura do Remix e da interatividade.
Palavras chave: webjornalismo; Flipboard; jornalismo digital; remix; revista social
Introdução: Os jornais impressos estão cada vez mais buscando o mundo digital, no
intuito de promover a interatividade com seu leitor. A internet, diferente do impresso,
possibilita anexar a complementação da notícia por meio de sons, vídeos e o feedback
do usuário. Atualmente vem inovando, proporcionando outra forma de ter acesso ao seu
conteúdo através dos aplicativos oferecidos para diversos sistemas, com a intenção de
atrair a atenção do usuário. Entretanto, com a chegada das "revistas sociais", aplicativos
agregadores de conteúdo de diversos canais de comunicação, talvez diminuam a
popularidade de tais apps, devido a sua utilidade.
Foi feita a comparação de estratégias de engajamento dos usuários de jornais
digitais e seus resultados. Tais táticas englobam a lucratividade, o poder de
compartilhamento e a lógica do remix de cada um dos objetos de estudo. Constatou-se
que o jornalismo a todo tempo precisa estar renovado, atualizado, ora pelo conteúdo, ora
pelas formas de atrair o leitor/espectador/ouvinte, ora pela plataforma de publicação.
_____________________
1
Trabalho apresentado no DT 5 – Multimídia do XIX Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sudeste,
realizado de 22 a 24 de maio de 2014.
2
Estudante de Graduação 5º. semestre do Curso de Jornalismo da FESJF, email: rafajficm@hotmail.com
3
Orientador do trabalho. Professor do Curso de Jornalismo da FESJF, email: renata.prado@estacio.br
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Para que ele sobreviva, é necessário não ser uma "revista social" e, sim o
essencial, referência para o usuário, apresentando publicações de interesse em um
público específico ou sendo referência para a massa. Para o jornalismo online
tradicional, é necessário estar atento à universalização da informação, do segmento
colaborativo e apresentar conteúdo nos mais variados formatos e convergindo em
diversas plataformas, se renovando diariamente.
Revistas sociais e jornalismo multiplataforma
Denominado como agregador de conteúdo, o aplicativo Flipboard faz parte de
um segmento chamado "revista social", que tem como objetivo reunir diversas
publicações de vários canais de comunicação em apenas uma só plataforma,
proporcionando a convergência entre mídias digitais como Facebook, Twitter e
Google+. A produção de conteúdo e suas técnicas de checagem e apuração ainda não
sofrem alterações, entretanto a difusão de notícias entra na perspectiva do jornalismo
colaborativo.
Entende-se que a funcionalidade do aplicativo faz parte da descentralização da
informação, contribuindo para o fim do sistema monomídia, em que todas as notícias
são veiculadas apenas por jornais. O leitor participa da publicação de conteúdo e reporta
as matérias de seu interesse em outras plataformas midiáticas.
Definindo a contribuição do público com as empresas de mídias em
interatividade ou participação, Jenkins (JENKINS, P. 189 e 190) explica que as pessoas
atualmente não querem apenas receber informação, mas fazer parte do processo e
contribuir para a finalização da notícia publicada. Do ponto de vista do autor, o
Flipboard possui mais a participação do que a interação entre tecnologia e usuário.
As restrições da interatividade são tecnológicas. Em quase todos os casos, o
que se pode fazer num ambiente interativo é determinado previamente pelo
designer. (...) A participação é mais ilimitada, menos controlada pelos
produtores de mídia e mais controlada pelos consumidores de mídia
(JENKINS, 2008, p. 189 e 190).
Magaly Prado publicou em seu livro, "Webjornalismo", uma parte do artigo
publicado no blog The Root of the Matter, especializado em Jornalsimo, sobre uma
palestra dada pela diretora de conteúdo digital do jornal The Guardian, Emily Bell, em
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que ela faz uma previsão sobre como será o jornalismo daqui a uma década. Um dos
pontos discutido, o compartilhamento de notícias.
"Jornalistas terão que estar prontos para compartilhar informações sempre
que as tiverem e da melhor forma para comunicá-las à audiência - Isso
significa que eles terão que ter habilidades técnicas múltiplas para atuar em
várias ferramentas e plataformas diferentes" (PRADO, 2011, p.39).
Interatividade e análise dos aplicativos
No Flipboard, a interatividade está mais ligada à opinião do leitor sobre aquela
matéria publicada e no feedback positivo ou negativo que a reportagem irá ter. Ela
também se estende à sugestão de pauta, além da discussão entre coberturas de
determinados acontecimentos já agendados.
"A interactividade não será, certamente, a única diferença entre o jornalismo
tradicional e o jornalismo online. No entanto, é vista como uma ferramenta
fundamental na criação de novos públicos, nomeadamente entre as camadas
mais jovens, onde os leitores já não são apenas espectadores, mas também
participantes no processo de formação de notícias, o que poderá reforçar a
capacidade de intervenção de alguns cidadãos" (BARBOSA, 2001, p.6).
A ideia de um jornalismo híbrido, do qual a nova identidade tanto estética
quanto ao trabalho de produção de conteúdo seja descentralizada, a Agência Nacional
de Jornalistas (ANJ) entrevistou o fundador e diretor do Centro Knight para Jornalismo
nas Américas, Rosental Calmon Alves, durante o 7º Congresso Brasileiro de Jornais.
Durante a entrevista, publicada em agosto de 2008 também no Observatório da
Imprensa, foi questionado se os jornais estão conseguindo saciar as necessidades dos
leitores.
Ainda há muito que fazer tanto na área da abertura ao conteúdo gerado pelos
usuários quanto na questão da multimídia, pois estamos apenas no começo de
um processo de mudanças longo e profundo que implicam na adoção de uma
nova identidade do jornal, que passa de um produto estático, fechado,
monomidia e periódico a um híbrido de átomos e bits, um serviço dinâmico,
aberto, multimídia, constantemente atualizado e sempre disponível (ANJ,
2013, p24).
As lojas virtuais Play Store e Apple Store publicaram as avaliações dos usuários
sobre o Flipboard e aplicativo da Folha de São Paulo. Na loja do sistema Android, o app
paulistano recebeu quatro estrelas, contra 4,5 de análise do agregador de conteúdo. Na
Apple Store, a situação continuava favorável à "revista social", que foi avaliada com
mais de quatro estrelas, seguido do Flipboard, que recebeu três estrelas.
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Cibercultura e Remix
O Flipboard está ligado ao conceito da cultura do Remix, no sentido da edição e
redistribuição do consumo de notícias. A reportagem ficava anexada em um jornal
digital e poderia ser vista apenas naquele jornal. A visualização agora se estende para
essa plataforma, ora tendo a sua produção intacta e sua distribuição a cargo do app, ora
sendo modificada a sua estrutura e compartilhada nas mídias digitais. Entretanto, jornais
online vêm tentando restringir o poder da Cultura do Remix, contido no Flipboard com
restrições de compartilhamento de dados. Por exemplo, no caso do jornal Folha de São
Paulo, temos uma ação contra re-mixagem de conteúdo, em que a cópia de trechos ou
até mesmo de todo o texto da notícia não pode ser alterado, apenas compartilhando o
link ou a partir do cadastro como assinante. O Flipboard, que mostra o conteúdo, porém,
com compartilhamento sem necessidade de permissão.
Por um lado os jornais demonstram uma forma de proteger os direitos autorais
do jornal, estabelecendo o copyright para que o texto não seja usado para embasar um
conteúdo do qual não estava sendo abordado pelo produtor naquela matéria. Autores e
artistas se preocupam com a sua autoria, perante as publicações de suas obras nas
mídias sociais.
Aderindo ao sistema de proteção autoral, eles tentam evitar que reportagens e
criações passem a serem copiados pela massa. Entretanto, o escritor e fundador da
Creative Commons Lawrence Lessig, afirma que a disseminação de informações
contidas nas publicações, especificamente abordando os jornalistas, não destrói o
copyright, mas contribui para a criação cultural (PRADO, ANO, p. 161).
O projeto complementa o copyright em vez de competir com ele. Seu
objetivo não é derrotar os direitos do autor, e sim facilitar para autores e
criadores o exercício de seus direitos, de forma mais flexível e barata.
(Lessig, ANO, PÁGINA, 278).
Atualmente, o poder de possuir informação e informar tange tanto para o
jornalista, quanto o leitor, graças às mídias sociais de participação como o Flipboard.
Atitudes de restrição de compartilhamento de notícias apenas isolam o usuário do
compartilhamento de informações, o qual ele poderá em qualquer outro veículo de
comunicação. O usuário pode tanto informar quanto ser informado.
A temática do Remix, contida na Cibercultura embasa essa edição e troca de
conteúdo. Lemos (2006, P.1) afirma que agora o lema da Cibercultura, regida por regras
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como liberação do pólo da emissão, princípio de conexão em rede e a reconfiguração de
formatos midiáticos e práticas sociais, é que a informação quer ser livre.
A nova dinâmica técnico-social da cibercultura instaura assim, não uma
novidade, mas uma radicalidade: uma estrutura midiática ímpar na história da
humanidade onde, pela primeira vez, qualquer indivíduo pode, a priori, emitir
e receber informação em tempo real, sob diversos formatos e modulações,
para qualquer lugar do planeta e alterar, adicionar e colaborar com pedaços
de informação criados por outros. (2006 P.1)
Meios de sobrevivência dos jornais digitais
Todo conteúdo publicado em todos os sites de notícias existente é "puxado" pelo
Flipboard, que atualiza seus usuários conforme sua preferência editorial. Logo, tanto o
jornal digital quanto o aplicativo fornecem o mesmo conteúdo, tendo como vantagem o
Flipboard, que oferece notícias referentes com o mesmo foco nos mais variados
veículos de informação.
Uma das formas que faria a diferença na publicação de matérias no jornal digital
seria a exclusividade. Com justificativa para ser vista e paga pelos usuários, às notícias
exclusivas e restritas aos assinantes torna o jornal atraente e desperta a curiosidade das
pessoas em consumir aquela informação.
Durante a edição 2011 da Campus Party Brasil, Bem Hammesley, editor da
versão britânica da revista Wired, deu uma palestra sobre motivação de construções de
novas startups e foi questionado sobre a inexistência de uma edição brasileira da Wired.
Ele respondeu que deveríamos criar a nossa própria Wired, alinhada com as
necessidades do país e que, depois poderia se tornar global. YouTube ( 2011,Janeiro 28)
Campus Party Brasil 2011 – Bem Hammersley – Superinteressante Muito além de ser
uma ferramenta mais eficaz de lucro para os conglomerados midiáticos, o jornalismo
especializado é uma resposta a essa demanda por informações direcionadas que
caracteriza a formação das audiências específicas (Abiahy, 2000, p.5).
O jornal norte - americano The New York Times possui um laboratório de
Pesquisa e desenvolvimento para criar tecnologias para atrair anunciantes e leitores para
o consumo de notícias. Eles lançaram o "New York Times E-Single", que são diversas
séries de reportagens clássicas à venda por $ 2,99, disponíveis para aparelhos de leitura
de livros digitais como o Kindle e Kobo.
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Coberturas em tempo real
Ao contrário das "revistas sociais", os sites de notícias podem transmitir ao vivo
grandes fatos que são relevantes para uma região ou para o país. O jornal mineiro O
Tempo fez a cobertura em tempo real das manifestações causadas pelo aumento da
passagem de ônibus em Belo Horizonte, Contagem e Betim. A cobertura, ocorrida em
20 de junho de 2013 durou aproximadamente dois dias e duas horas.
Cobertura em tempo real do jornal O Tempo sobre as manifestações em
cidades mineiras
Como o Flipboard ainda não tem suporte para fazer tais coberturas, até porque
ele depende da publicação do jornal para postar as notícias em sua plataforma, ou de
algum usuário postar nele, as notícias já foram publicadas nos jornais e os jornalistas já
estão apurando outro fato para aumentar a cobertura. Assim como as emissoras de TV,
que possuem também jornal online e, assim que é exibido na televisão, é postado no
site.
Conclusão
O aplicativo Flipboard não representa uma ameaça para o jornalismo digital, e
configura-se como uma das vertentes de publicação do mesmo, que espalha o conteúdo
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para diversas mídias sociais e em várias plataformas de dispositivos móveis. O número
de visualizações de páginas do jornal online pode sofrer diminuição, fazendo também
com que os usuários não cliquem em banners de publicidade oferecidos pelo anunciante
do jornal, porém isso pode ser revertido se os jornais apresentarem novos meio de atrair
o leitor para a sua plataforma.
Para que os jornais digitais sobrevivam, é necessário não ser uma "revista
social", mas sim uma referência para o usuário, apresentando publicações de interesse
em um público específico ou para a massa.
REFERÊNCIAS
PRADO, Magaly,Webjornalismo, 2011.
JENKINS, Henry, Cultura das Convergências, 2008.
PRIMO, Alex, Transformações no Jornalismo em rede: sobre pessoas comuns, jornalistas,
blogs, Twitter, Facebook e Flipboard, 2011.
KUCINSKY, Bernardo, Jornalismo na era virtual: ensaios sobre o colapso da razão ética,
2005.
CASTILHO, Carlos, A Crise na Identidade profissional do jornalista, Observatório da
Imprensa, 2011.
ANJ, A Nova Identidade do Jornal, Observatório da Imprensa, 2008.
BARBOSA, Elisabete, Interatividade: A grande promessa do jornalismo online, 2001.
LESSIG, Lawrence, Remix, 2008.
LEMOS, André, Ciber-Cultura-Remix, 2006.
ABIAHY, Ana Carolina de Araújo, O Jornalismo Especializado na Sociedade da
Informação,2000.
DORIA, Tiago, Primeiro produto comercial do laboratório de P&D do NYTimes, 2012.
ANJ, Jornal, Seminário discute sistema mídia impressa + digital, 2013.

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  • 2. Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação XIX Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sudeste – Vila Velha - ES – 22 a 24/05/2014 2 Para que ele sobreviva, é necessário não ser uma "revista social" e, sim o essencial, referência para o usuário, apresentando publicações de interesse em um público específico ou sendo referência para a massa. Para o jornalismo online tradicional, é necessário estar atento à universalização da informação, do segmento colaborativo e apresentar conteúdo nos mais variados formatos e convergindo em diversas plataformas, se renovando diariamente. Revistas sociais e jornalismo multiplataforma Denominado como agregador de conteúdo, o aplicativo Flipboard faz parte de um segmento chamado "revista social", que tem como objetivo reunir diversas publicações de vários canais de comunicação em apenas uma só plataforma, proporcionando a convergência entre mídias digitais como Facebook, Twitter e Google+. A produção de conteúdo e suas técnicas de checagem e apuração ainda não sofrem alterações, entretanto a difusão de notícias entra na perspectiva do jornalismo colaborativo. Entende-se que a funcionalidade do aplicativo faz parte da descentralização da informação, contribuindo para o fim do sistema monomídia, em que todas as notícias são veiculadas apenas por jornais. O leitor participa da publicação de conteúdo e reporta as matérias de seu interesse em outras plataformas midiáticas. Definindo a contribuição do público com as empresas de mídias em interatividade ou participação, Jenkins (JENKINS, P. 189 e 190) explica que as pessoas atualmente não querem apenas receber informação, mas fazer parte do processo e contribuir para a finalização da notícia publicada. Do ponto de vista do autor, o Flipboard possui mais a participação do que a interação entre tecnologia e usuário. As restrições da interatividade são tecnológicas. Em quase todos os casos, o que se pode fazer num ambiente interativo é determinado previamente pelo designer. (...) A participação é mais ilimitada, menos controlada pelos produtores de mídia e mais controlada pelos consumidores de mídia (JENKINS, 2008, p. 189 e 190). Magaly Prado publicou em seu livro, "Webjornalismo", uma parte do artigo publicado no blog The Root of the Matter, especializado em Jornalsimo, sobre uma palestra dada pela diretora de conteúdo digital do jornal The Guardian, Emily Bell, em
  • 3. Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação XIX Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sudeste – Vila Velha - ES – 22 a 24/05/2014 3 que ela faz uma previsão sobre como será o jornalismo daqui a uma década. Um dos pontos discutido, o compartilhamento de notícias. "Jornalistas terão que estar prontos para compartilhar informações sempre que as tiverem e da melhor forma para comunicá-las à audiência - Isso significa que eles terão que ter habilidades técnicas múltiplas para atuar em várias ferramentas e plataformas diferentes" (PRADO, 2011, p.39). Interatividade e análise dos aplicativos No Flipboard, a interatividade está mais ligada à opinião do leitor sobre aquela matéria publicada e no feedback positivo ou negativo que a reportagem irá ter. Ela também se estende à sugestão de pauta, além da discussão entre coberturas de determinados acontecimentos já agendados. "A interactividade não será, certamente, a única diferença entre o jornalismo tradicional e o jornalismo online. No entanto, é vista como uma ferramenta fundamental na criação de novos públicos, nomeadamente entre as camadas mais jovens, onde os leitores já não são apenas espectadores, mas também participantes no processo de formação de notícias, o que poderá reforçar a capacidade de intervenção de alguns cidadãos" (BARBOSA, 2001, p.6). A ideia de um jornalismo híbrido, do qual a nova identidade tanto estética quanto ao trabalho de produção de conteúdo seja descentralizada, a Agência Nacional de Jornalistas (ANJ) entrevistou o fundador e diretor do Centro Knight para Jornalismo nas Américas, Rosental Calmon Alves, durante o 7º Congresso Brasileiro de Jornais. Durante a entrevista, publicada em agosto de 2008 também no Observatório da Imprensa, foi questionado se os jornais estão conseguindo saciar as necessidades dos leitores. Ainda há muito que fazer tanto na área da abertura ao conteúdo gerado pelos usuários quanto na questão da multimídia, pois estamos apenas no começo de um processo de mudanças longo e profundo que implicam na adoção de uma nova identidade do jornal, que passa de um produto estático, fechado, monomidia e periódico a um híbrido de átomos e bits, um serviço dinâmico, aberto, multimídia, constantemente atualizado e sempre disponível (ANJ, 2013, p24). As lojas virtuais Play Store e Apple Store publicaram as avaliações dos usuários sobre o Flipboard e aplicativo da Folha de São Paulo. Na loja do sistema Android, o app paulistano recebeu quatro estrelas, contra 4,5 de análise do agregador de conteúdo. Na Apple Store, a situação continuava favorável à "revista social", que foi avaliada com mais de quatro estrelas, seguido do Flipboard, que recebeu três estrelas.
  • 4. Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação XIX Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sudeste – Vila Velha - ES – 22 a 24/05/2014 4 Cibercultura e Remix O Flipboard está ligado ao conceito da cultura do Remix, no sentido da edição e redistribuição do consumo de notícias. A reportagem ficava anexada em um jornal digital e poderia ser vista apenas naquele jornal. A visualização agora se estende para essa plataforma, ora tendo a sua produção intacta e sua distribuição a cargo do app, ora sendo modificada a sua estrutura e compartilhada nas mídias digitais. Entretanto, jornais online vêm tentando restringir o poder da Cultura do Remix, contido no Flipboard com restrições de compartilhamento de dados. Por exemplo, no caso do jornal Folha de São Paulo, temos uma ação contra re-mixagem de conteúdo, em que a cópia de trechos ou até mesmo de todo o texto da notícia não pode ser alterado, apenas compartilhando o link ou a partir do cadastro como assinante. O Flipboard, que mostra o conteúdo, porém, com compartilhamento sem necessidade de permissão. Por um lado os jornais demonstram uma forma de proteger os direitos autorais do jornal, estabelecendo o copyright para que o texto não seja usado para embasar um conteúdo do qual não estava sendo abordado pelo produtor naquela matéria. Autores e artistas se preocupam com a sua autoria, perante as publicações de suas obras nas mídias sociais. Aderindo ao sistema de proteção autoral, eles tentam evitar que reportagens e criações passem a serem copiados pela massa. Entretanto, o escritor e fundador da Creative Commons Lawrence Lessig, afirma que a disseminação de informações contidas nas publicações, especificamente abordando os jornalistas, não destrói o copyright, mas contribui para a criação cultural (PRADO, ANO, p. 161). O projeto complementa o copyright em vez de competir com ele. Seu objetivo não é derrotar os direitos do autor, e sim facilitar para autores e criadores o exercício de seus direitos, de forma mais flexível e barata. (Lessig, ANO, PÁGINA, 278). Atualmente, o poder de possuir informação e informar tange tanto para o jornalista, quanto o leitor, graças às mídias sociais de participação como o Flipboard. Atitudes de restrição de compartilhamento de notícias apenas isolam o usuário do compartilhamento de informações, o qual ele poderá em qualquer outro veículo de comunicação. O usuário pode tanto informar quanto ser informado. A temática do Remix, contida na Cibercultura embasa essa edição e troca de conteúdo. Lemos (2006, P.1) afirma que agora o lema da Cibercultura, regida por regras
  • 5. Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação XIX Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sudeste – Vila Velha - ES – 22 a 24/05/2014 5 como liberação do pólo da emissão, princípio de conexão em rede e a reconfiguração de formatos midiáticos e práticas sociais, é que a informação quer ser livre. A nova dinâmica técnico-social da cibercultura instaura assim, não uma novidade, mas uma radicalidade: uma estrutura midiática ímpar na história da humanidade onde, pela primeira vez, qualquer indivíduo pode, a priori, emitir e receber informação em tempo real, sob diversos formatos e modulações, para qualquer lugar do planeta e alterar, adicionar e colaborar com pedaços de informação criados por outros. (2006 P.1) Meios de sobrevivência dos jornais digitais Todo conteúdo publicado em todos os sites de notícias existente é "puxado" pelo Flipboard, que atualiza seus usuários conforme sua preferência editorial. Logo, tanto o jornal digital quanto o aplicativo fornecem o mesmo conteúdo, tendo como vantagem o Flipboard, que oferece notícias referentes com o mesmo foco nos mais variados veículos de informação. Uma das formas que faria a diferença na publicação de matérias no jornal digital seria a exclusividade. Com justificativa para ser vista e paga pelos usuários, às notícias exclusivas e restritas aos assinantes torna o jornal atraente e desperta a curiosidade das pessoas em consumir aquela informação. Durante a edição 2011 da Campus Party Brasil, Bem Hammesley, editor da versão britânica da revista Wired, deu uma palestra sobre motivação de construções de novas startups e foi questionado sobre a inexistência de uma edição brasileira da Wired. Ele respondeu que deveríamos criar a nossa própria Wired, alinhada com as necessidades do país e que, depois poderia se tornar global. YouTube ( 2011,Janeiro 28) Campus Party Brasil 2011 – Bem Hammersley – Superinteressante Muito além de ser uma ferramenta mais eficaz de lucro para os conglomerados midiáticos, o jornalismo especializado é uma resposta a essa demanda por informações direcionadas que caracteriza a formação das audiências específicas (Abiahy, 2000, p.5). O jornal norte - americano The New York Times possui um laboratório de Pesquisa e desenvolvimento para criar tecnologias para atrair anunciantes e leitores para o consumo de notícias. Eles lançaram o "New York Times E-Single", que são diversas séries de reportagens clássicas à venda por $ 2,99, disponíveis para aparelhos de leitura de livros digitais como o Kindle e Kobo.
  • 6. Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação XIX Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sudeste – Vila Velha - ES – 22 a 24/05/2014 6 Coberturas em tempo real Ao contrário das "revistas sociais", os sites de notícias podem transmitir ao vivo grandes fatos que são relevantes para uma região ou para o país. O jornal mineiro O Tempo fez a cobertura em tempo real das manifestações causadas pelo aumento da passagem de ônibus em Belo Horizonte, Contagem e Betim. A cobertura, ocorrida em 20 de junho de 2013 durou aproximadamente dois dias e duas horas. Cobertura em tempo real do jornal O Tempo sobre as manifestações em cidades mineiras Como o Flipboard ainda não tem suporte para fazer tais coberturas, até porque ele depende da publicação do jornal para postar as notícias em sua plataforma, ou de algum usuário postar nele, as notícias já foram publicadas nos jornais e os jornalistas já estão apurando outro fato para aumentar a cobertura. Assim como as emissoras de TV, que possuem também jornal online e, assim que é exibido na televisão, é postado no site. Conclusão O aplicativo Flipboard não representa uma ameaça para o jornalismo digital, e configura-se como uma das vertentes de publicação do mesmo, que espalha o conteúdo
  • 7. Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação XIX Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sudeste – Vila Velha - ES – 22 a 24/05/2014 7 para diversas mídias sociais e em várias plataformas de dispositivos móveis. O número de visualizações de páginas do jornal online pode sofrer diminuição, fazendo também com que os usuários não cliquem em banners de publicidade oferecidos pelo anunciante do jornal, porém isso pode ser revertido se os jornais apresentarem novos meio de atrair o leitor para a sua plataforma. Para que os jornais digitais sobrevivam, é necessário não ser uma "revista social", mas sim uma referência para o usuário, apresentando publicações de interesse em um público específico ou para a massa. REFERÊNCIAS PRADO, Magaly,Webjornalismo, 2011. JENKINS, Henry, Cultura das Convergências, 2008. PRIMO, Alex, Transformações no Jornalismo em rede: sobre pessoas comuns, jornalistas, blogs, Twitter, Facebook e Flipboard, 2011. KUCINSKY, Bernardo, Jornalismo na era virtual: ensaios sobre o colapso da razão ética, 2005. CASTILHO, Carlos, A Crise na Identidade profissional do jornalista, Observatório da Imprensa, 2011. ANJ, A Nova Identidade do Jornal, Observatório da Imprensa, 2008. BARBOSA, Elisabete, Interatividade: A grande promessa do jornalismo online, 2001. LESSIG, Lawrence, Remix, 2008. LEMOS, André, Ciber-Cultura-Remix, 2006. ABIAHY, Ana Carolina de Araújo, O Jornalismo Especializado na Sociedade da Informação,2000. DORIA, Tiago, Primeiro produto comercial do laboratório de P&D do NYTimes, 2012. ANJ, Jornal, Seminário discute sistema mídia impressa + digital, 2013.