O documento descreve a história da escrita desde sua origem na civilização suméria até o desenvolvimento dos alfabetos modernos. Começa com a escrita pictográfica e ideográfica dos sumérios e descreve a evolução para a escrita cuneiforme, que representava sons. Posteriormente, fala sobre a disseminação da escrita para outros povos e a criação dos primeiros alfabetos, culminando no alfabeto grego de 27 letras, origem do alfabeto latino. Também apresenta brevemente diferentes metodologias
2. A necessidade é a mãe da inventividade…
A escrita como uma necessidade social.
A civilização Suméria
floresceu entre os rios
Tigre e Eufrates 2550 A.C.
Muitos povos em lugares
distantes desenvolveram
sistemas de representação –
SIGNOS – para solucionar
seus problemas cotidianos:
controle, registro,
contagem. Mas na Suméria
nasce a primeira escrita que
relaciona sons=signos.
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9. ETAPAS DA ESCRITA SUMERIANA
•Escrita MNEMÔNICA = correlação entre objeto ou coisa
e o desenho
•Escrita LOGOGRÁFICA = o desenho tem correlação
com uma ideia, ex: SOL = luz, brilho, branco, dia,
brilhante
•Escrita IDEOGRÁFICA = o desenho é simplificado para
um sinal (signo) que representa ideias e não palavras.
Ex: PÉ = pode ser estar em pé, caminhar, caminhada e
associado a outros signos pode ter seu sentido alterado
para carregar, apressar-se.
•ESCRITA CUNEIFORME = O desenho dos SONS,
vincula-se a língua oral. A escrita representa os sons e
não mais diretamente as coisas.
10. A CRIAÇÃO DO ALFABETO: DA SUMÉRIA
PARA O MUNDO…Egito, China, Babilônia,
Mesopotâmia, Fenícios…
ALFABETO = Conjunto de sinais da escrita que
expressa os sons individuais de uma língua.
Alfabeto Sumério: princípio da fonetização;
Alfabeto Semítico: Representação das consoantes –
vogais subentendidas pelo contexto; criação das
sílabas;
Gregos = a criação do sistema de vogais: o alfabeto
completo com 27 letras. Origem do alfabeto latino.
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12. ALGUMAS CARACTERÍSTICAS DA ESCRITA
• Busca simplificação, economia e agilidade . Este não é
um fenômeno da NET, mas da língua;
• A escrita passou por um processo que foi da
logografia, silabografia até a alfabetografia;
• Outros povos desenvolveram outros sistemas ou
permaneceram na ideografia ou logografia;
• A escrita é mais conservadora do que a língua falada.
Dois povos que tenham a mesma língua de origem, se
perderem o contato um com o outro, em poucas gerações
terão desenvolvido dialetos distintos. Se possuírem um
sistema de escrita em comum terão garantidas as bases
de comunicação entre si.
13. ESCRITA E PODER
• Desde os primórdios, os sujeitos reconhecem o poder
da palavra escrita, atribuindo, muitas vezes, uma áurea
mística, mágica e/ou malígna a esse poder
• Desde o início dos tempos, a escrita era restrita a uns
poucos escolhidos;
• A dominação e conquista de um povo/cultura passa
necessariamente por rituais onde sua memória é
“apagada”: monumentos, documentos, livros são
destruídos;
• A afirmação da identidade de uma nação/povo/cultura
passa pela forma como esta seleciona, controla e
registra a própria história. A língua de um povo é seu
maior património, ela guarda mais do que letras, guarda
uma forma de traduzir o mundo, guarda lógicas únicas.
14. METODOLOGIAS DE ALFABETIZAÇÃO
Lembrando:
1) Práticas pedagógicas são produções culturais,
históricas, econômicas e sociais;
2) As metodologias de alfabetização são respostas de
grupo social frente as suas necessidades e projetos
sociais;
3) As metodologias de alfabetização, como qualquer
outra produção humana possui pesquisas, teorias,
concepções que apontam para escolhas distintas;
4) Escolhas pedagógicas devem ser feitas por
PEDAGOGOS conscientes do que cada escolha
representa para o projeto que se filia
15. MÉTODO SINTÉTICO
•Da Antiguidade até o século XVIII - uso exclusivo.
•Objetivo: fazer com que a criança correlacione os signos
da lingua escrita com os sons da lingua oral;
•Ponto de partida: os elementos da língua em uma
escalada somatória: as letras + os fonemas + sílabas
•Caminha do “simples” para o “complexo”: lógica
adultocentria e etnocentrica;
•A língua escrita como um objeto externo ao aprendiz;
•Confusão entre o ato de ler e a análise da lingua: para ler
era preciso dominar os “pedacinhos” primeiro;
16. MÉTODO SINTÉTICO:
1) A criança deve copiar o traçado das letras e ser capaz
de discriminar o nome de cada letra do alfabeto;
geralmente inicia-se pelas vogais, depois pelas
consoantes, e pelos encontros vocálicos: AI, EI, UI, OI
2) Depois se apresenta a junção das vogais com as
consoantes: B+A, C+A, D+A
3) Forma-se a partir das sílabas memorizadas palavras
“simples” : BOLA, BOLO, COCADA, BONECA
4) Introduz-se as “dificuldades ortográficas”: CH, LH,
RR, SS, NH, etc.
17. MÉTODO ANALÍTICO
• Formulado a partir de críticas de Radonvilliers (1768),
em 1787, tem suas bases lançadas por Nicolas Adam;
• Só se concretizam a partir do século XX, com apoio das
teses da Gestalt (percepção das coisas);
• Ovide Decroly (1936) método ideovisual:
reconhecimento global de frases significativas;Ӑnfase na
compreensão e não na decodificação; a escrita dirige-se ao
sentido sem necessidade de passagem pelo oral;
• Nunca foi de fato aplicado. O que surge é um método
misto entre o ideovisual = partindo de imagens, mas
partindo as palavras em sílabas e letras/sons.
18. MÉTODO NATURAL
Tracy Terrell e Stephen Krashen (1972; 1983).
Inspirado nos princípios naturalísticos da aprendizagem de
línguas, os alunos aprendem de forma natural;
•Baseado nas teorias de aquisição da segunda língua de
Krashen, que contém as hipóteses: (1) aquisição versus
aprendizagem; (2) a função do monitor da aprendizagem
consciente, que funciona mediante três condições (tempo, foco
na forma, conhecimento das regras gramaticais); (3) a ordem
natural de aquisição da segunda língua, que se assemelha à
aquisição da primeira língua; (4) input: a relação entre a
exposição do aprendiz à língua (comprehensible input), e a
aquisição propriamente dita; (5) o filtro afetivo, ou elementos
que interferem na aprendizagem da língua.
19. MÉTODO FÔNICO OU FONÉTICO
Nessa abordagem, antes de ser dado a criança um livro para
ler, elas aprendem os sons das letras, fonemas. Depois que
algumas desses já foram aprendidos, aí então, se ensina a
combiná-las de modo a formar palavras (FEITELSON, 1988).
1) Sons das letras: O introdução inicial dos fonemas, sons das
letras, geralmente dá-se por meio de historinhas criadas para
que elas identifiquem a relação grafema/fonema, letra/som,
estuda; podemos citar a "História da Abelinha" e a História da
Casa Feliz";
2) Combinando sons: O aluno pode começar o intento de
combinar os sons antes de dominar todo o alfabeto. Após já
terem aprendidos alguns fonemas, como: /u/ /a/ /o/ /t/ e /p/,
usa-se um alfabeto móvel e elas formarão algumas palavras:
pata, pato, tato, tatu, tapa, topo, etc;
20. 3) Montando frases. Quando os alunos já poderem a
pronunciar várias palavras confortavelmente, monte frases
com essas palavras e incentive-os a lê-las e depois a criarem
suas próprias frases.
Assim a criança constrói a pronúncia por si própria. Muitas
das correspondências som-letra, incluindo consoantes e
vogais e dígrafos, podem ser ensinados num espaço de
poucos meses, desse modo as crianças são alfabetizadas num
período de quatro a seis meses, quando passam a ler textos
cada vez mais complexos e variados, conforme afirma a
Pedagoga Regina Maria Chaves, que utiliza o método a vários
anos. Isso significa que as crianças poderão ler muitas das
palavras desconhecidas[!?] que elas mesmas encontram nos
textos, sem o auxilio do professor para tal.