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ILHÉUS – ESTAMOS RECLAMANDO DE QUÊ?
Nos últimos dias veio à tona - “por quê?” Tão falado desde quando éramos
crianças. Era chamada a fase “dos porquês”. Nesta fase começávamos a
despontar, que é através destes “porquês”, que não nos conformamos com
quaisquer respostas vazias.
Crescemos assim e morreremos assim, pelo menos aqueles, que mais se
dedicam a entender a razão da vida.
Tomemos apenas Ilhéus, que está passando uma fase que extrapola a tudo e a
todos.
A maioria por diversas razões, já concluíram que: “Pirão pouco, o meu
primeiro” – “Quanto pior melhor” e que, primeiro os direitos deles e depois os
nossos.
Aqui, como na maioria das cidades brasileira, temos por hábito, jogar tudo que
ocorre na comunidade, como sendo o poder público o responsável por tudo, e
não é.
Esquecemos, que nós mesmos, somos o poder público, pois somos nós,
através do voto ou não, de forma direta ou indiretamente, os delegamos
poderes. Não adianta dizer, que está em paz com sua consciência, porque não
foi você que votou neles. Não adianta dizer, que votou nulo, ou nem lá foi votar.
Sabe por quê? Porque, você ou nós, fazemos parte da minoria, e o ideal seria,
no meu modo de pensar, que fossemos a maioria quase plena. Aí sim, era a
hora de darmos uma parada neste país, e tentar mudar pelos menos parte dos
nossos problemas, pois a solução completa passa por diversos outros temas,
aonde a educação em todos os sentidos venha primeiro. Desta educação
sugeria o amor (AMOR), e este amor começa por você próprio, para depois dá
aos outros.
Se nós analisarmos separadamente os segmentos da sociedade, que
reclamam de tudo, e na maioria das vezes, não contribui para que o bom
aconteça, é que deixo um pouco de lado os cidadãos comuns, para entrar no
caso dos nossos empresários.
Para não ir muito longe, fiquemos aqui em Ilhéus e tomemos por base os
empresários das casas lotéricas, como poderia ser qualquer outro empresário
de qualquer outro ramo. Pincei este tema, por deter fotos e a realidade “in loco”
na cidade de Guanambi
Estas fotos acima são provas incontestáveis do descaso da maioria destes
empresários com seus clientes. São lojas apertadas, sem o mínimo de
conforto, até mesmo para com seus funcionários, que permanecem ali, por no
mínimo oito horas. Não há respeito pelos idosos, deficientes, mulheres
grávidas ou com criança de colo, mesmo havendo uma fila onde está
expressamente escrito: “Prioridade”. Ora, se é prioridade, não é nada
exclusiva, ou seja, a preferência é dos relacionados à cima, mas qualquer
cidadão de qualquer idade pode utilizar daquele guichê de atendimento e
ninguém pode reclamar. São poucos guichês de atendimento, tudo na base do
“bocão”. A informática passa por longe e uma série de outras aberrações como:
entrada e saída de animais e principalmente cães; pingueiras, e as filas
quilométricas, que se estendem pelo meio da rua, sendo esta a serventia da
casa.
São esses mesmos empresários e na sua maioria, os primeiros a reclamarem
direitos do poder público. Não querem ficar em filas em outros locais, nos
padrões que eles oferecem ao público nos seus estabelecimentos, e por aí vai.
Como felizmente temos subsídios para fazermos comparações, volto o caso da
cidade de Guanambi, lá do sertão baiano. Lembram-se dela? Pois é, lá e as
fotos que seguem não nos deixam mentir, a coisa é bem diferente.
Lá as lojas são amplas, com ar condicionado, com em média 10 guichês de
atendimentos, onde o cidadão é chamado eletronicamente e não na base do
“bocão”. TV, poltronas de espera, para quem delas precisam. Diga-se de
passagem, que a população de lá é 1/3 da de Ilhéus. Mas, o que se ver dentre
outras comparações, relatadas aqui mesmo, é o respeito destes empresários,
que têm como base, as atitudes de realizar primeiro seu dever, para depois
cobrar seus direitos.
Assim como neste momento escolhemos os empresários das casas lotéricas,
poderíamos extrapolar para a maioria dos demais, e deste modo.
Então, reclamar de quê? E perguntemos a todos nós, como reclamar, se nós
na sua maioria queremos levar vantagens em tudo?
Estacionamos nas calçadas, até mesmo debaixo das próprias placas de
proibição. Avançamos sinal por está apressados, passamos em alta
velocidade, onde não é permitido. Condenamos os radares, os “pardais”,
porque não queremos ser monitorados, mas monitoramos os outros.
Chamamos de indústria das multas, quando somos punidos e não se
preocupamos que se a indústria da multa existe, é porque não queremos
cumprir a lei, e só queremos direitos. Tentamos subornar quando somos pegos
cometendo alguma infração. Falamos ao celular, paramos em fila dupla, tripla,
nas portas das escolas, etc., etc.
Espalhamos mesas, churrasqueiras, banca de camelô nas calçadas, como
também lixos, entulhos, restos de materiais de construção.
Pegamos atestado médico sem estar doente. Registramos imóveis nos
cartórios num valor abaixo do comprado, e até às vezes por valores irrisórios,
só para pagar menos impostos. Compramos muita coisa pirata, tendo a
consciência que estamos alimentando a bandidagem na origem. Levamos das
empresas onde trabalhamos pequenos objetos como, clipes, envelopes,
canetas, lápis, etc., como se isso não fosse roubo.
Dividimos com o vizinho, o uso da internet, TV a cabo; sonegamos na
Declaração do Imposto de Renda, para receber uma maior quantia do que nos
foi cobrado na fonte, como também para não pagar o devido imposto, que
teríamos que pagar. Se facilitarem faremos “gatos” de luz, água, etc. Trocamos
nosso voto por qualquer coisa: cestas básicas, areia, cimento, tijolo, dentadura
e ...
Na hora de uma indenização de nossos imóveis queremos receber pelo maior
valor de mercado, mas não aceitamos pagar os impostos por este valor,
preferindo ficarmos omissos, quanto ao valor venal irrisório descrito no IPTU,
que não representa nem 1/10 do valor real, piorou pelo valor acima do de
mercado e depois ainda queremos reclamar que está tudo errado.
E pior que está errado tudo mesmo.
Mas só queremos que os políticos, outros servidores ou profissionais, sejam
honestos!...
Ora, os políticos, policiais, delegados, promotores, desembargadores,
procuradores, ministros que estão aí, também SAIRAM DO MEIO DESSE
MESMO POVO, ou não? Como então, reclamar... Reclamar de quê?
José Rezende Mendonça

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Ilhéus rezende

  • 1. ILHÉUS – ESTAMOS RECLAMANDO DE QUÊ? Nos últimos dias veio à tona - “por quê?” Tão falado desde quando éramos crianças. Era chamada a fase “dos porquês”. Nesta fase começávamos a despontar, que é através destes “porquês”, que não nos conformamos com quaisquer respostas vazias. Crescemos assim e morreremos assim, pelo menos aqueles, que mais se dedicam a entender a razão da vida. Tomemos apenas Ilhéus, que está passando uma fase que extrapola a tudo e a todos. A maioria por diversas razões, já concluíram que: “Pirão pouco, o meu primeiro” – “Quanto pior melhor” e que, primeiro os direitos deles e depois os nossos. Aqui, como na maioria das cidades brasileira, temos por hábito, jogar tudo que ocorre na comunidade, como sendo o poder público o responsável por tudo, e não é. Esquecemos, que nós mesmos, somos o poder público, pois somos nós, através do voto ou não, de forma direta ou indiretamente, os delegamos poderes. Não adianta dizer, que está em paz com sua consciência, porque não foi você que votou neles. Não adianta dizer, que votou nulo, ou nem lá foi votar. Sabe por quê? Porque, você ou nós, fazemos parte da minoria, e o ideal seria, no meu modo de pensar, que fossemos a maioria quase plena. Aí sim, era a hora de darmos uma parada neste país, e tentar mudar pelos menos parte dos nossos problemas, pois a solução completa passa por diversos outros temas, aonde a educação em todos os sentidos venha primeiro. Desta educação sugeria o amor (AMOR), e este amor começa por você próprio, para depois dá aos outros. Se nós analisarmos separadamente os segmentos da sociedade, que reclamam de tudo, e na maioria das vezes, não contribui para que o bom aconteça, é que deixo um pouco de lado os cidadãos comuns, para entrar no caso dos nossos empresários. Para não ir muito longe, fiquemos aqui em Ilhéus e tomemos por base os empresários das casas lotéricas, como poderia ser qualquer outro empresário de qualquer outro ramo. Pincei este tema, por deter fotos e a realidade “in loco” na cidade de Guanambi
  • 2. Estas fotos acima são provas incontestáveis do descaso da maioria destes empresários com seus clientes. São lojas apertadas, sem o mínimo de conforto, até mesmo para com seus funcionários, que permanecem ali, por no mínimo oito horas. Não há respeito pelos idosos, deficientes, mulheres grávidas ou com criança de colo, mesmo havendo uma fila onde está expressamente escrito: “Prioridade”. Ora, se é prioridade, não é nada exclusiva, ou seja, a preferência é dos relacionados à cima, mas qualquer cidadão de qualquer idade pode utilizar daquele guichê de atendimento e ninguém pode reclamar. São poucos guichês de atendimento, tudo na base do “bocão”. A informática passa por longe e uma série de outras aberrações como: entrada e saída de animais e principalmente cães; pingueiras, e as filas quilométricas, que se estendem pelo meio da rua, sendo esta a serventia da casa.
  • 3. São esses mesmos empresários e na sua maioria, os primeiros a reclamarem direitos do poder público. Não querem ficar em filas em outros locais, nos padrões que eles oferecem ao público nos seus estabelecimentos, e por aí vai. Como felizmente temos subsídios para fazermos comparações, volto o caso da cidade de Guanambi, lá do sertão baiano. Lembram-se dela? Pois é, lá e as fotos que seguem não nos deixam mentir, a coisa é bem diferente. Lá as lojas são amplas, com ar condicionado, com em média 10 guichês de atendimentos, onde o cidadão é chamado eletronicamente e não na base do “bocão”. TV, poltronas de espera, para quem delas precisam. Diga-se de passagem, que a população de lá é 1/3 da de Ilhéus. Mas, o que se ver dentre outras comparações, relatadas aqui mesmo, é o respeito destes empresários, que têm como base, as atitudes de realizar primeiro seu dever, para depois cobrar seus direitos.
  • 4. Assim como neste momento escolhemos os empresários das casas lotéricas, poderíamos extrapolar para a maioria dos demais, e deste modo. Então, reclamar de quê? E perguntemos a todos nós, como reclamar, se nós na sua maioria queremos levar vantagens em tudo? Estacionamos nas calçadas, até mesmo debaixo das próprias placas de proibição. Avançamos sinal por está apressados, passamos em alta velocidade, onde não é permitido. Condenamos os radares, os “pardais”, porque não queremos ser monitorados, mas monitoramos os outros. Chamamos de indústria das multas, quando somos punidos e não se preocupamos que se a indústria da multa existe, é porque não queremos cumprir a lei, e só queremos direitos. Tentamos subornar quando somos pegos cometendo alguma infração. Falamos ao celular, paramos em fila dupla, tripla, nas portas das escolas, etc., etc. Espalhamos mesas, churrasqueiras, banca de camelô nas calçadas, como também lixos, entulhos, restos de materiais de construção. Pegamos atestado médico sem estar doente. Registramos imóveis nos cartórios num valor abaixo do comprado, e até às vezes por valores irrisórios, só para pagar menos impostos. Compramos muita coisa pirata, tendo a consciência que estamos alimentando a bandidagem na origem. Levamos das empresas onde trabalhamos pequenos objetos como, clipes, envelopes, canetas, lápis, etc., como se isso não fosse roubo. Dividimos com o vizinho, o uso da internet, TV a cabo; sonegamos na Declaração do Imposto de Renda, para receber uma maior quantia do que nos foi cobrado na fonte, como também para não pagar o devido imposto, que teríamos que pagar. Se facilitarem faremos “gatos” de luz, água, etc. Trocamos nosso voto por qualquer coisa: cestas básicas, areia, cimento, tijolo, dentadura e ... Na hora de uma indenização de nossos imóveis queremos receber pelo maior valor de mercado, mas não aceitamos pagar os impostos por este valor, preferindo ficarmos omissos, quanto ao valor venal irrisório descrito no IPTU, que não representa nem 1/10 do valor real, piorou pelo valor acima do de mercado e depois ainda queremos reclamar que está tudo errado. E pior que está errado tudo mesmo. Mas só queremos que os políticos, outros servidores ou profissionais, sejam honestos!... Ora, os políticos, policiais, delegados, promotores, desembargadores, procuradores, ministros que estão aí, também SAIRAM DO MEIO DESSE MESMO POVO, ou não? Como então, reclamar... Reclamar de quê? José Rezende Mendonça