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Sumário



Sumário......................................................................3
INTRODUÇão...............................................................5
1. História das cores..............................................6
2. Fundamentos das cores.................................16
Processo Fisiológico.................................................................................. 16
Luz e Cor.......................................................................................................... 20
Sistema de Mistura de Cores............................................................... 23
Cores Complementares.......................................................................... 25
Cores Neutras (Acromáticas)............................................................... 26
Cores Quentes e Frias.............................................................................. 27
3. psicologia das cores.......................................29
Sensações Acromáticas.......................................................................... 30
Sensações Cromáticas............................................................................. 31
Memorização das Cores......................................................................... 34
4. Aplicação criativa das cores.......................35
Cores Aplicadas à Criatividade Publicitária................................. 36
Tendências em relação às cores aplicadas................................. 39
Harmonia das Cores.................................................................................. 43
5. Cores na Pré-Impressão..................................51
Gamut de Cores.......................................................................................... 51
Seleção de Cores CMYK.......................................................................... 52
Cores Especiais............................................................................................. 53
Modelo CIE Lab............................................................................................ 54
Referências.............................................................58
INTRODUÇão



Todos os seres humanos vivenciam a cor. Mas nem
todos têm a mesma sensação para um determinado
estímulo, pois a cor é uma sensação subjetiva causada
pela luz e percebida pelo cérebro humano através dos
olhos.

Sabemos que existem percepções diferenciadas das
cores, devido a fenômenos físicos e psicológicos, exis-
tem também deficiências de visão que interferem na
avaliação das cores. O que podemos afirmar é que te-
mos sensações parecidas quando as ondas eletromag-
néticas de 400nm (nanômetros, a bilionésima parte
de um metro) a 700nm que correspondem ao espectro
da luz visível, incidem no olho.

Baseado nisso abordaremos características e infor-
mações das cores, para que consigamos inserir esta
realidade na concepção do Design Gráfico, utilizando
da forma mais adequada de acordo com cada tipo de
implementação a ser desenvolvida.




                                                          5
1
                             História das cores



                             A história da cor tem evidências desde as primeiras
                             civilizações. Os filósofos gregos como Empédocles,
                             Demócrito, Platão e Aristóteles tratavam pratica-
                             mente de reflexões teóricas e pouca experimenta-
                             ção prática. A relação mais impressionante da cor
                             está na arte grega, em seus mosaicos feitos de vidro
                             pintado(tesserae). Estes mosaicos criam por sensação
                             cores vibrantes e tremulantes mantendo uma superfí-
                             cie de tamanhos irregulares.

                             Após a queda de civilização grega houve uma parada
Mosaico Achelous, o rei do
                             brusca na evolução das ciências naturais, mas a cultu-
 Eufrates e mais velho dos
                             ra do oriente médio renasceu através dos árabes neste
         Oceânidas Fig. 01
                             momento. Os filósofos árabes abordavam as questões
                             de óptica onde uns acreditavam na intromissão(luz
                             originava-se nos olhos) e outros acreditavam na
                             extramissão(a luz recebida de forma externa pelos
                             olhos). Alhazen escritor de amplos assuntos, possuia
                             um principal interesse pela óptica. Foi a primeira pes-
                             soa que se tem registro de observação da refração da
                             luz e através de dissecações do olho humano, mas sem
                             evidências fisiológicas, percebeu que as imagens eram
                             impressionadas na mente, derrubando a tese dos in-
                             tromissionistas.

6
Enquanto os árabes conduziam a natureza física da
cor os Europeus concentrava-se na natureza espiritual
da cor. As catedrais góticas através de sua abundân-
cia de luz (ilumina, cria e da vida) e a escuridão (do
desconhecido) contemplavam a dualidade espiritual
que Suger utilizou conforme as teorias de Pseudo-
-Dionísio.

No final do período Gótico grandes mudanças acon-
teceram. No sul da Itália um renascimento do pen-
samento Grego surgiu com todo seu idealismo, natu-
ralismo e colorismo. Assim o poeta Toscano Petrarco
anunciou uma nova era a Renascença (renascimento).
A partir desta época alguns artistas foram de grande
importância como coloristas, entre eles estão Massa-
cio o primeiro grande colorista italiano e Michelan-
gelo.

Surgiram as pinturas a óleo e o pintor Ticiano foi con-
siderado o maior colorista da Alta Renascença, cria-
va composições harmônias com cores vívidas que se
equilibravam entre quentes e frias.




                                                          7
El Greco seguidor e aluno de Ticiano passou pela tran-
    sição entre o Renascimento e o Barroco, mas o maior
    colorista do barroco foi Caravaggio, italiano de tem-
    peramento selvagem e genialidade desenfreada, em
    contraponto, Rembrandt colorista que até então ob-
    teve a maior espiritualidade em suas composições, tra-
    balhava a iluminação claro/escuro de forma celestial
    oferecendo ao observador a emoção através das cores.

    Leonardo da Vinci foi o gênio que forneceu a primeira
    visão de um conjunto de informações que mais tarde
    se transformaria em uma Teoria das cores. Seus estu-
    dos iniciaram as atuais teorias da visão da cor ,na físi-
    ca chamamos de síntese aditiva das cores. Suas diver-
    sas pesquisas resultaram na descoberta da fotografia
    e do cinema.

    No final do século XVII Isaac Newton, fundador da
    física moderna, consolidou a ineficiência das teorias
    medievais sobre cores. Após Alhazen, Newton foi o
    pesquisador que através de muitos experimentos e
    percepções concluiu que os prismas separavam a luz
    em um espectro que continha seis cores: vermelho, la-


8
ranja, amarelo, verde, azul e violeta (sete cores, con-
siderando o indigo que foi inserido posteriormente).
Após outros estudos teorizou que todas as cores re-
combinadas formariam a Luz Branca.

Newton gerou outras considerações muito importan-
tes como a interação entre a luz e os objetos com suas
formualções químicas. Os objetos absorviam algumas
cores da luz e refletiam outras, sendo estas combina-
das no olho produzindo assim as cores percebidas.          Isaac Newton. Exprimento
                                                           onde um prisma separa as
Com relação a arte, Newton contribuiu com o primei-        cores da luz. Fig. 02
ro disco de cores, este disco continha as 7 cores do es-
pectro mais o púrpura, dispostos em um círculo as co-
res diretamente opostas seriam suas complementares.

O Disco de Newton possuia apenas os matizes (cores
puras), os artistas e teóricos perceberam a necessida-
de de uma paleta composta também das cores impu-
ras (misturas de preto, branco e cinza). Assim os teóri-
cos europeus buscaram um “sólido de cores”(imagem
tridimensional que fosse composta dos matizes e suas
nuances).


                                                                                      9
O primeiro sólido de cores útil foi o de Lambert em
     1780, tinha formato de cone(base branca cume preto)
     mas as nuances de preto eram perdidas desta forma,
     seu sólido foi considerado falho.O primeiro sólido de
     cores abrangente e que perdurou por um século foi
     desenvolvido por Runge 1777 - 1810 (esfera com um
     pólo branco e o outro em preto, no equador da esfera
     o círculo era composto das cores primárias vermelho,
     amarelo e azul).

     Goethe 1749-1832 pesquisou e em suas teorias sobre
     a natureza física da luz e da cor estavam no caminho
     da teoria aristótélica que por sua vez estava comple-
     tamente inadequada e errônea. Já nas questões psi-
     cológicas sobre os efeitos das cores suas pesquisas
     imfuenciam teóricos até hoje.

     Young em 1801 demonstrou alguns fenômenos sobre
     a percepção da cor. Sua hipótese tratava de um grande
     número de micro sensores na retina que reagiam ao
     vermelho, verde e azul formando a imagem no cére-
     bro. Em 1960 as teorias de Young foram comprovadas
     quando cientístas descobriram que existiam nos olhos
     células cone e bastonetes.

10
Após alguns avanços sobre as teorias de Newtom so-
bre a luz a evolução da fotografia foi um dos fatores
que mais afetou os artistas na metade do século XIX.
Alguns artistas perceberam esta mudança e criaram
uma nova forma de representar a realidade sem a
preocupação da precisão o Impressionismo. Dentre
os grandes artistas que abusaram das opções de uti-
lização das cores nesta época estão Monet, Renoir e
Degas. Nos Pós-impressionistas surgiram Cézanne,         A Noite Estrelada, 1889.
Seurat e Van Gogh.                                       Pintura de Van Gogh com
                                                         destaque nas nuances das
Maxwell 1831-1879 foi o primeiro científico que es-      cores complementares.
tudou os materiais corantes, construiu um diagrama       Fig. 03
com posições de cores fixas, verificando pela primeira
vez as oposiçãoes justas da cor. Seguindo Maxwell,
outros grandes nomes na área da pesquisa sobre cores
apareceram alguns deles são: Rood, Helmholtz, Che-
vreul e Rosenthiel, mas foi no início do século XIX
que Munsell 1868-1918 teórico americano criou seu
sólido de cores. Este sólido foi amplamente utilizado
no ensino dos Estados Unidos entre os anos 1920 e
1930. Ele editou a esfera de cores de Runge através
de um distanciamento de algumas cores, como ele


                                                                                11
denominou “uma árvore de cores, com ramos de di-
                              ferentes comprimentos se estendendo a partir de um
                              tronco principal preto e branco”.

                              Ostwald publica a primeira cartilha de cor (Farbenfi-
                              bel) em 1916. Este físico e químico alemão laureado
                              com o Prêmio Nobel, mais conhecido por seu trabalho
                              na teoria das cores, dividiu as cores em fria e quentes.
                              As frias: verdes, azuis e seus derivados, quentes: ver-
Sólido de Cores de Munsell.   melhos, amarelos e seus derivados. Estas definições
                    Fig. 04   hoje são discutidas pois sabemos que as variações e
                              derivações também dependem de suas áreas vizinhas.

                              Ostwald desenvolveu um sólido de cores baseado em
                              um sólido desenvolvido por Rood mas com algumas
                              mudanças, estabeleceu um pequeno eixo vertical do
                              preto para o branco e criou um duplo cone de co-
                              res com uma base contra a outra. O diferencial deste
                              sistema era que em qualquer parte deste sólido que
                              houvesse um corte formaria um anel de cores com
                              misturas de preto e branco igualitárias.




12
Mais tarde o sistema de Ostwald foi inserido a um
sistema mais complexo, semelhante ao que Munsell
criou para sua árvore de cores.

Com o declínio dos Pós-impressionistas, muitos mo-
vimentos artísticos surgiram e se foram. Os expressio-
nistas adotaram a forma de Van Gogh e experimenta-
ram os estados psicológicos das cores. Já os Cubistas
quase eliminaram as cores pela incansável observação
da forma. Os Futuristas e os construtivistas retoma-
ram a utilização e o interesse pelas cores pós-impres-
sionistas e após o deslocamento das estranhas cores
simbólicas dos Surrealistas e Orfistas.

Em 1919 nasceu a escola Bauhaus, localizada na ale-
manha foi considerado o acontecimento mais impor-
tante desta época. A Bauhaus teve dois professores
muito importantes no mundo da teoria das cores.
Johannes Itten 1888-1967 pintor expressionista estu-
dante da teoria das cores de Goethe, Schopenhauer,
Runge e Ostwald. Desenvolveu seu famoso livro Os
Elementos da Cor de uma forma técnica e didática.




                                                         13
Joseph Albers 1888-1976 mentalidade mais técnica
     preferia trabalhar com cores planas e forma geométri-
     cas passando a idéia de tridimensionalidade. Em seu
     livro A Interação das Cores colocou observações pes-
     soais e de suas experimentações. Estes dois autores se
     tornaram os preferidos dos teóricos americanos pelo
     resto do século.

     O govero nazista em 1933 fechou a Bauhaus e seus
     professores se espalharam pelo mundo levando con-
     sigo a estética artística inspiradora e guiando futuras
     gerações.

     Seguindo na linha do tempo, na década de 60 sur-
     giram vários grupos que trabalhavam com cores os
     artistas Op e os pintores radicais. Mas a partir deste
     momento as escolas de arte foram se desintegrando
     ampliando a liberdade artística individual. Com rela-
     ção a ciência ela está em constante evolução, transfor-
     mando diariamente informações e contribuindo para
     a construção das futuras teorias.




14
As cores começam a se
mostrar cada vez mais
vibrantes na arte moderna.

Pop Art Marilyn Monroes,
por Andy Warhol. Fig. 05




                        15
2
         Fundamentos das cores

         Processo Fisiológico

         O estímulo físico (luz) quando detectado e interpreta-
         do pelo nosso sistema visual (olho e cérebro) resulta
         numa cor particular. As imagens do mundo visual são
         projetadas na retina. A retina é composta por células
         fotossensíveis, cones e bastonetes, organizados como
         um mosaico.

         Com baixa luminosidade, os bastonetes enviam si-
         nais para o cérebro resultando na percepção mono-
         cromática. Com o aumento de iluminação os cones
         respondem. Há três tipos de cones, cada um com uma
         propriedade espectral e espacial diferenciada.

         As combinações de cones formam sinais oponentes:
         preto-branco, vermelho, verde, azul-amarelo. Os três
         canais oponentes têm diferentes resoluções espaciais.
         A partir das respostas de combinações dos cones (ou
         as respostas oponentes) é possível criar combinações
         que não têm propriedades físicas idênticas.

         Muitos equipamentos simulam cor com base nos mo-
         delos físico e fisiológicos da percepção cromática.




16
Retina           Células Cone   Seção transversal do olho
                                                          humano.
                                                          Fig. 06
  Córnea
                                   LUZ
Pupila

Cristalino
                             Nervo Ótico
         Íris                               Bastonetes




                                         Metamerismo

Alguns fatores estranhos interferem na percepção das
cores. O mais importante,chamado metamerismo, é a
propriedade do olho, e do cérebro, de perceber a mes-
ma sensação de cor de dois objetos com diferentes
distribuições de energia espectral. A razão para isso
depende do fato de que o olho tem três receptores
sensíveis às cores, e os dois objetos refletem a mesma
quantidade total de energia.




                                                                                      17
Existem três condições aconsiderar: o metamerismo
     do observador, o metamerismo do iluminante e o me-
     tamerismodo objeto. Para efeito prático, apenas o me-
     tamerismo do objeto merece maior atenção. Em con-
     dições práticas, as cores que vemos não constituem
     um único estímulo isolado, mas são circundadas por
     outros estímulos que influenciam a percepção da cor
     em análise. Este fenômeno é conhecido por contraste
     simultâneo ou efeito de adjacência.

     Outro fenômeno importante a considerar em qual-
     quer discussão sobre percepção das cores é a adap-
     tação do observador. O olho pode aumentar ou re-
     duzir a sua sensibilidade para adaptar-se às condições
     ambientes, por exemplo, nas mudanças bruscas de
     luminosidade, mas essa adaptação não é instantânea;
     um objeto amarelo parecerá avermelhado se o olho
     estiver adaptado à luz verde.

     Daltonismo

     O daltonismo é uma perturbação da percepção visual


18
caracterizada pela incapacidade de diferenciar todas
ou algumas cores, manifestando-se muitas vezes pela
dificuldade em distinguir o verde do vermelho. Esta
perturbação tem normalmente origem genética , mas
pode também resultar de lesão nos orgãos responsá-
veis pela visão, ou de lesão de origem neurológica.

Uma vez que esse problema está geneticamente li-
gado ao cromossomo X ocorre mais frequentemente
entre os homens (no caso das mulheres, será neces-
sário que os dois cromossomos X contenham o gene
anômalo).

Os portadores do gene anômalo apresentam dificul-
dade na percepção de determinadas cores primárias
como o verde e o vermelho, o que se repercute na
percepção das restantes cores do espectro. Esta per-
turbação é causada por ausência ou menor número
de alguns tipos de cones ou por uma perda de função
parcial ou total destes, normalmente associada à di-
minuição de pigmento nos fotoreceptores que deixam
de ser capazes de processar diferencialmente a infor-
mação luminosa de cor.


                                                        19
Luz e Cor

                            Luz como Fonte de Cor

                            A luz é a única fonte de cor. A cor parece ser um
                            atributo inerente a todas as coisas que o homem vê.
                            Entretanto, a cor não está no objeto e sim na luz que
                            sobre ele incide. É uma sensação provocada pela luz
                            sobre o órgão da visão e interpretada pelo cérebro.

                            A luz se propaga através de ondas eletromagnéticas,
                            onde o olho humano é sensível, estas possuem ondas
                            de três comprimentos: Ondas longas / Ondas médias
                            / Ondas curtas.




      Comprimentos de       R
     onda da luz. Fig. 07
                            G

                            B




20
As ondas longas produzem em nós a sensação da
luz vermelha. Gradativamente, com a diminuição do
comprimento de onda, nosso organismo irá captar as
cores até chegar no violeta ou dependendo azul anil
que é a cor com o comprimento de onda mais curto.

Todos olham as cores de maneira idêntica, porém as
sentem de forma diferente. O mecanismo da visão,
através dos distintos comprimentos de ondas capta as
imagens coloridas. Entretanto, é o cérebro e a mente
que as interpretam comunicando-lhes seu significado
emocional.
                                                       Triângulo da visualização
Um objeto tem determinada cor para nossos olhos,       da cor. Fig. 08
                                                        Triângulo da visualização das cores
porque absorve alguns elementos da luz branca e re-
flete outros. Uma maçã é vermelha na medida em que               ILUMINANTE
                                                                   iluminante

reflete os elementos de luz que costumamos denomi-
nar de vermelho absorvendo os demais. A resposta a
este fenômeno encontra-se na natureza e na interrre-
lação de três elementos:
•	 Luz — A fonte de cor.
•	 Matéria — A sua relação à luz.
                                                       OBJETO
                                                        Objeto           OBSERVADOR
                                                                            observador
•	 Olho — O perceptor da cor.


                                                                                     21
Espectro de Cores

     A faixa colorida obtida por Newton quando separou
     as cores da luz do Sol com um prisma é chamada de
     “espectro da luz solar”. O espectro de uma luz é a se-
     paração das cores componentes dessa luz. Essa sepa-
     ração, ou dispersão, pode ser obtida com um prisma.

     O espectro da luz do Sol, dita “branca”, é um contí-
     nuo com todas as cores visíveis. Hoje sabemos que es-
     ses componentes têm comprimentos de onda que vão
     desde e 400 (violeta) a 700 (vermelho) nanometros,
     chamado de espectro de cores visível.



     Espectro Eletromagnético Visível. Fig. 09




22
Sistema de Mistura de Cores

Os sistemas de representação da cor baseados em
mistura apresentam diferentes níveis de relações entre
primárias e secundárias – intermisturas.

Televisores, câmeras, scanners e monitores de com-
putadores são baseados no sistema aditivo de cor,
onde as luzes vermelho (R), verde (G) e azul (B)
quando projetadas simultaneamente formam o bran-
co. Impressão offset, impressão digital, pinturas, tintas
plásticas baseiam-se em sistema de cores subtrativas
(CMY/ CMYK) na qual cyan, magenta e amarelo, mis-
turados, formam o preto (K).

Portanto, a definição de cores primárias e secundárias
é dependente do método de coloração.                        Síntese Aditiva.
                                                            Fig. 10
                                         Síntese Aditiva

Na mescla aditiva têm-se as “luzes primárias”: ver-
melho, verde e azul-violeta, que juntas, recriam a
luz branca. As cores compostas (ou secundárias) são:
amarelo, ciano e magenta, que derivam da síntese das
cores primárias.


                                                                               23
Síntese Subtrativa

                           No processo de mescla ou síntese subtrativa, trabalha-
                           -se com pigmentos. Assim, cor-pigmento é a substân-
                           cia material que, conforme sua natureza, absorve, re-
                           frata ou reflete os raios luminosos.

                           O princípio das cores da sintese subtrativa é o mesmo
     Síntese Subtrativa.   das cores da síntese aditiva. A diferença está no resul-
                 Fig.11    tado final. Na síntese aditiva, a somatória das cores
                           primárias(luz) conduz ao branco. Na síntese subtra-
                           tiva, a somatória das cores primárias(pigmento) leva
                           ao preto, ou seja, à absorção de todas as radiações
                           luminosas incidentes.

                           As cores básicas CMY (ciano, magenta e amarelo),
                           juntas, absorvem todas as radiações luminosas da luz
                           branca incidente, resultam no preto. Daí porque a
                           mistura de cores-pigmento denomina-se síntese sub-
                           trativa.




24
Cores Complementares

As cores denominadas complementares são formadas
pelo uso de cores localizadas em exata oposição no
disco cromático “diametralmente opostas”, isto é,
traçando um diâmetro é a que estão do lado opos-
to. Estas cores têm proporções inversas das três cores
primárias.

•	   R — C:
	    Vermelho: a cor complementar é Cian
•	   G — M:
	    Verde : a cor complementar é Magenta
•	   B — Y:
	    Azul Violeta: a cor complementar é Amarelo



     R—C
                                                         Disco cromático
     G—M                                                 Fig. 12	

     B—Y



                                                                           25
Cores Neutras (Acromáticas)

                              O Branco e o Preto não são considerados cores, o
                              branco é luminosidade, é a união de todas as cores da
                              cor luz e é a ausência de cor na cor pigmento. Preto é
                              obscuridade, é a ausência total de cor na cor luz e é a
                              mistura de todas as cores da cor pigmento.
                              Cinza esta entre a luminosidade e a obscuridade é o
                              meio termo entre o preto e o branco.



  Degradê crescente, de 0 a
     100% de Preto. Fig. 13




Degradê do Branco ao Preto.
                    Fig. 14




26
Cores Quentes e Frias

As interações entre cores quentes e frias criam con-
trastes poderosos, afinal, estas cores estão em opo-
sição no disco de cores. Além do contraste simples
de complementos, há um estranho efeito que ocorre
quando cores quentes e cores frias são colocadas pró-
ximas umas das outras.

Em geral, as cores frias parecem recuar, enquanto as
cores quentes avançam para o primeiro plano. Este fe-
nômeno visual torna os contrastes quente e frio úteis
para fazer os objetos saltarem do plano da figura e
flutuarem à frente de outros objetos. Por sua própria
natureza, isso torna as cores frias mais adequadas
para cores de fundo que as cores quentes, já que não
competem com as imagens e com o texto no primeiro
plano.



         Cores Quentes            Cores Frias
         Fig.15                       Fig. 16




                                                        27
Observação

     Visualmente, os tons de vermelho são considerados
     mais quentes, enquanto os azuis mais frios. É impor-
     tante lembrar que, aqui, as concepções estéticas de
     temperatura (quente/fria) resultam de estados psico-
     lógicos.

     O conceito de temperatura de cor, na física, é oposto,
     ou seja, as ondas curtas com maior frequência (azuis)
     produzem mais calor que as longas com menor fre-
     quência (vermelhas). Popularmente, sabe-se que as
     ondas ultravioletas são as que queimam mais a pele e
     que as chamas azuis são as que produzem mais ener-
     gia.




28
3
                     psicologia das cores



Reagimos as cores segundo nossa sensibilidade. As re-
ações são individuais, subjetivas, mas coincidentes ou
pelo menos semelhantes em muitos aspectos.Cores
quentes excitam, alegram, enquanto as frias acalmam.
Pessoas alegres e extrovertidas tendem a preferir e
usar as cores quentes e claras. Pessoas tímidas e in-
trospectivas tendem a preferir as cores frias e as vezes
escuras.

Devemos levar em consideração que fatores culturais,
modismos, idade sexo, e meio em que vivem podem
influir na escolha das cores, o que torna relativo qual-
quer juízo que se faça sobre o caráter das pessoas,
segundo sua preferência por determinada cor.

Mais que decorativo, são psicológicos os efeitos con-
siderados ao se escolher as cores. Cada cor, conforme
Farina, 2006, possui sensações cromáticas e acromá-
ticas, contemplando associações afetiva, material,
ilusões de ótica e efeitos. Analisando estas aplicacões
conseguimos desvendar alguns dos motivos relacio-
nados a nossas escolhas no desenvolvimento de pro-
jetos gráficos.


                                                               29
Sensações Acromáticas

Associação
                    Associação Afetiva                 Ilusão ótica    Efeitos
Material
Branco
Batismo,            Paz, ordem, juventude,             Aumento de      Sensação de
casamento, cisne,   simplicidade, limpeza, bem,        volume e        fadiga.
lírio, primeira     pensamento, otimismo, piedade,     proximidade.
comunhão,           pureza, inocência, dignidade,
neve, nuvens        afirmação, despertar.
em tempo claro,
areia clara.
Cinza
Pó, chuva,          Tédio, tristeza, decadência,
ratos, neblina,     velhice, desânimo, seriedade
máquinas, mar       sabedoria, passado, pena.
sob tempestade.
Preto
Sujeira, sombra,    Mal, miséria, pessimismo,          Aumento         Repousante
enterro, noite,     sordidez, tristeza, frigidez,      de peso,        mas
carvão, fumaça,     desgraça, dor, temor, negação,     impressão de    deprimente.
condolência,        melancolia, opressão , angústia.   profundidade.
morto.              É expressivo e angustiante
                    ao mesmo tempo. É alegre se
                    combinado com certas cores.




30
Sensações Cromáticas

Associação Material Associação Afetiva              Ilusão ótica   Efeitos

Vermelho
Rubi, cereja,         Ordem , simplicidade,         Aumento        Estimulante,
guerra, Luta, sinal   pensamento, juventude,        de volume,     dominador,
de parada, perigo,    piedade, dinamismo,           peso e         excitante,
vida, sol, fogo,      força, baixeza, energia,      calor.         inclina à
chama, lábios,        revolta, movimento,                          violência.
mulher, ferida.       barbarismo, coragem,
                      furor, intensidade, paixão,
                      vulgaridade, vigor, calor,
                      violência, excitação, ira.

Laranja (correspondente ao vermelho moderado)
Outono, laranja,      Força, luminosidade,          Impressão      É tônico,
fogo, pôr do sol,     dureza, euforia, energia,     de calor e     proporciona
luz, chama, calor,    alegria, advertência,         aumento        e inspira a
festa, perigo.        tentação.                     de volume.     euforia.

Marrom
Terra, águas          Pesar, melancolia.
lamacentas, outono,
doença.



                                                                              31
Associação Material Associação Afetiva              Ilusão ótica   Efeitos
Amarelo
Flores Grandes,        Iluminação, comforto,        Impressão      Estimula
terras argilosas,      alerta, gozo, ciúme,         de calor e     o sistema
palha, luz, topázio,   orgulho, esperança.          aumento        nervoso,
verão, limão,                                       de volume.     convida a
chinês.                                                            ação, ao
                                                                   esforço.
Verde
Umidade, frescor,      Adolescência, bem          Impressão        Calmante ,
primavera, bosque,     estar, paz, saúde, ideal,  de frescor e     sensação de
águas claras,          abundância, tranquilidade, rapidez.         paz.
folhagem, tapete de    segurança, natureza,
jogos, mar, verão,     equilíbrio, esperança,
planície.              serenidade, juventude,
                       suaviade, crença.Ativa
                       a memória e favorece
                       o desencadeamento de
                       paixões.
Azul
Montanhas              Espaço, viagem, verdade,         Refres-    Repousante,
longínquas, frio,      sentido, intelectualidade,        cante,    acalma os
mar, céu, gelo.        paz, advertência,            diminuição     nervos,
                       precaução, serenidade,          de peso.    revigora e
                       infinito, meditação.                        revitaliza.


32
Associação Material Associação Afetiva           Ilusão ótica   Efeitos
Roxo
Noite, igreja,       Fantasia, mistério,
aurora, sonho, mar   profundidade,
profundo.            eletricidade, dignidade,
                     justiça, egoísmo,
                     grandeza, misticismo,
                     espiritualidade,
                     delicadeza, calma. Possui
                     forte microbicida.
Violeta
                                                 Sensação       Provoca
                                                 de frio,       melancolia,
                                                 diminuição     favorece o
                                                 de volume      misticismo.
                                                 (tem o
                                                 poder de
                                                 sonífero).




                                                                              33
Memorização das Cores

                              Amarelo
                              É uma cor que apresenta duas características opostas:
                              ela não marca as formas que colore, mas em compen-
                              sação é a cor que mais se recorda como cor.

                              Azul
                              Acentua as formas, o que colabora para que sejam
                              lembradas, mas oferece baixas condições de visibi-
                              lidade. Portanto, há poucas condições para fixala na
                              memória, se levarmos em conta a cor, abstraindo a
                              forma.

                              Vermelho
                              Acentua a forma e é uma cor que se impõe pelo im-
                              pacto visual e emocional, portanto é fácil de ser re-
                              cordada.


   Cores Primárias da Arte,
 Amarelo, Azul e Vermelho.
                    Fig. 17




34
4
                       Aplicação criativa
                               das cores


Existem diversas formas de utilização das cores, se-
gundo Farina, 2006, podemos descrever suas carac-
terísticas principais de acordo com sua aplicabilidade
criativa e suas tendências, conforme o tipo de produto
ou público alvo.




                                                         Fig. 18




                                                                   35
Cores Aplicadas à Criatividade Publicitária

     Vermelho
     Aumenta a atenção, é estimulante, motivador. Aplica-
     do em anúncios que indicam calor e energia usados
     em artigos técnicos e de ginástica.

     Laranja
     Aplicado de forma mais moderna nos mesmos casos
     do vermelho.

     Verde
     Estimulante, mas com pouca força sugestiva; oferece
     uma sensação de repouso. Aplicado em anúncios de
     artigos que caracterizam frio.

     Azul
     Possui grande poder de atração, é neutralizante nas
     inquietações do ser humano; acalma o indivíduo e seu
     sistema circulatório. Aplicado em anúncios de artigos
     que caracterizam frio.

     Roxo
     Acalma o sistema nervoso. Aplicado em anúcios de ar-
     tigos religiosos em viaturas, acessórios funerários, etc.


36
Púrpura e Ouro
As Cores representativas do valor e da dignidade.
Aplicado em anúnios de artigos de alta categoria e
luxo.

Marrom
Esconde muito a qualidade, portanto, pouco reco-
mendável em publicidade. Sua eventual aplicação em
combinação com outras cores deve ser bem laranja
(não amarelado). Grande apelo ao apetite.

Violeta
Entristece o ser humano e não é muito bem visto na
criatividade publicitária.

Cinza
Indica discrição. Para as atitudes neutras e diplomáti-
cas o cinza é muito usado na publicidade

Preto
Pouco recomendável em publicidade. Uma peça com
muitos detalhes em preto deixa geralmente o ser hu-
mano frustrado.


                                                          37
Azul e Branco
     Estimulante, mas de pouca eficácia publicitária.

     Azul e preto
     Sensação de antipatia, deixa o indivíduo preocupado;
     desvaloriza completamente a mensagem publicitária
     e é contraproducente.

     Vermelho e verde
     Estimulante, mas de pouca eficácia publicitária. Esta
     combinação é geralmente utilizada para publicidade
     rural.

     Vermelho e amarelo
     Estimulante e eficaz em publicidade. Pesquisas de-
     monstraram que em certas pessoas esta combinação
     de cores provoca opressão e em outras, insatisfação.

     Amarelo e Verde
     Produz atitude passiva em muitas pessoas. É de pouca
     eficácia publicitária. Pode se tornar eficaz se houver
     mais detalhes coloridos na peça apresentada.




38
Tendências em relação às cores aplicadas

Café: Marrom-escuro com toque de laranja ou ver-
melho.

Chocolate: Marrom-escuro com toque de laranja ou
vermelho.

Leite: Azul em vários tons, às vezes com um toque
de vermelho.

Gorduras Vegetais: Marrom-escuro com toque de la-
ranja ou vermelho.

Carnes enlatadas: Cor do produto em fundo verme-
lho, às vezes com um toque de verde.

Leite em pó: Azul e vermelho, amarelo e verde com
um toque de vermelho.

Frutas e compotas: Cor do produto com fundo ver-
melho e amarelo.

Doces em geral: Vermelho-alaranjado.




                                                    39
Cerveja: Amarelo-ouro, vermelho e branco.

     Açucar: Branco e azul, com toques de vermelho, le-
     tras vermelhas e pretas.

     Massas Alimentícias: Produto em transparência com
     uso de celofane, embalagem vermelha, branca, ama-
     relo-ouro, e, as vezes, com toques de azul.

     Chá e mate: Vermelho, branco e marrom.

     Queijo: Azul-claro, vermelho, e toques de azul.

     Sorvetes: Laranja, azul-claro, amarelo-ouro.

     Óleos e azeites: Verde, vermelho e toques de azul.

     Iogurte: Branco e azul.

     Detergentes: Rosa, azul-turquesa, azul e cinza-esver-
     deado.

     Ceras: Tons de marrom e branco.


40
Inseticidas: Amarelo e preto e verde escuro.

Desinfetantes: Vermelho e branco e azul marinho.

Desodorantes: Verde, branco e azul, com toques de
vermelho e roxo.

Sais de banho: Verde claro e branco.

Bronzeadores: Laranja, vermelho e magenta.
Dentifrícios: Branco e azul, verde com branco e to-
ques de vermelho.

Cosméticos: Azul-pastel, rosa, amarelo-ouro e tons
de bege.

Perfumes: Roxo, amarelo-ouro e prateado.
Produtos para bebê: Azul, rosa e amarelo em tons su-
aves.

Remédios em geral: Azul-claro, marrom, branco e
vermelho. Dependendo do tipo medicinal, estimulan-
te ou repousante.


                                                       41
Lâminas de barbear: Azul-claro ou Forte, vermelho
     e preto.

     Cigarros: Depende muito do tipo de público - branco
     e vermelho, branco e azul com toques de amarelo-
     -ouro, branco e verde, branco e ouro.




42
Harmonia das Cores

O círculo cromático e os tipos de harmonia, servem
para auxiliar nas composições e principalmente nas
escolhas durante o desenvolvimento de projetos grá-
ficos.

A seguir alguns tipos de harmonias mais utilizados
no mercado:

•	   Princípio de Similaridade

•	   Princípio de Familiaridade

•	   Princípio de Equilíbrio

•	   Princípio de Ambiguidade

•	 Princípio de Ordem
	- Escala Triádica
	  - Escala Complementar Duplamente Dividida
	  - Escala Cores Análogas




                                                      43
Princípio de
               Similaridade

           Estabelece que as
       cores semelhantes em
     composições geralmente
        produzem resultados
                harmônicos.




                               Fig. 19




44
Princípio de
          Familiaridade

          As cores familiares e as cores
          da natureza são as mais
          fáceis de
          agradar: árvores, céu,
          pássaros, flores, água, terra,
          fogo, pele, etc.




Fig. 20




                                     45
Princípio de
                  Equilíbrio

         Trata da quantidade,
  destaque e localização das
        cores na composição,
 que geralmente são obtidas
pela simetria e assimetria das
           formas e das cores.




                                 Fig. 21




46
Princípio de
          Ambiguidade

          Um projeto cromático
          deve evitar, ao máximo os
          elementos de incerteza e de
          indefinição, que provocam
          desequilíbrio à composição.




Fig. 22




                                  47
Princípio de
                      Ordem

    Estabelece que qualquer
escala de cores deve ter uma
     ordem cuidadosamente
   planejada. Geralmente se
   utiliza o círculo cromático
        para planejar as cores,
     utilizando os contrastes
 partindo de sua localização
     no círculo, ou seja: cores
           análogas, distantes,
opostas,complementares, as
            cores triádicas, etc.


                                    Fig. 23

                                    TRIÁDICAS




48
Fig. 24

    DUPLAMENTE
COMPLEMENTARES




                    49
Fig. 25

     ANÁLOGAS




50
5
               Cores na Pré-Impressão

                               Gamut de Cores

Um gamut é o espaço de cores que um sistema de co-
res pode exibir ou imprimir. O olho humano percebe
um espectro de cores maior que o gamut disponível
em qualquer modelo de cores.

Gamut.
Fig. 26




                                                         51
Seleção de Cores CMYK

     Seleção de cores significa a mistura das tintas na
     impressão sobre um suporte (papel, cartão...), esta
     mistura ocorre através de sobreposição de informa-
     ções contidas em uma matriz divididas nas cores
     CMYK(Ciano, Magenta, Amarelo e Preto). Este mode-
     lo utiliza um pigmento de tinta impresso que absorve
     uma parte da luz incidente e reflete outras revelando
     assim as cores obtidas.




                     Reticulas CMYK. Fig. 27




52
Cores Especiais

Ao invés de misturar as tintas na impressão, essas co-
res são pré-determinadas na própria composição das
tintas não necessitando de sobreposição de informa-
ções contidas em matrizes para formar a cor desejada.
A escala de cores especiais mais conhecida é a Panto-
ne®. As cores especiais, também chamadas de cores
“spots”, têm a vantagem de permitir uma maior gama
de cores que as cores de escala (CMYK) e são mais
fáceis de padronizar.

                                                          Cores Especiais, escala
As cores especias são largamente utilizadas nas iden-
                                                          Pantone. Fig. 28
tidades visuais das empresas exatamente pela confia-
bilidade da padronização das cores.

Também são usadas em cores fora da gama, geralmen-
te cores saturadas e tons pastéis, cores douradas e me-
tálicas ou em substituição de cores CMYK por cores
especiais economizando tintas e matrizes.




                                                                                    53
Modelo CIE Lab

     Este sistema CIE L*a*b* (L sendo para lumiosidade e
     os valores de a* e b* para dois componentes cromá-
     ticos) é um modelo de cores baseado em um modelo
     proposto pela Commission Internationale d’Eclairage
     (CIE) em 1931 como um padrão internacional para
     medição de cores. Em 1976 esse modelo foi revisto
     passando a ser chamado de CIE L*a*b*.

     O Sistema CIE utiliza o conceito de colorimetria (ci-
     ência da medição das cores) visual, tendo como refe-
     rência um observador padrão e um instrumento pa-
     dronizado de medição. A leitura é feita em um espaço
     de cor tridimensional. Onde possui um gamut mais
     amplo, englobando todas as cores de RGB e CMYK.

     Este modelo se utiliza de três atributos:
     •	 Hue/Matiz
     •	 Saturação
     •	 Luminosidade/Brilho




54
Hue / Matiz

É o comprimento de onda da luz refletida ou transmi-
tida por um objeto. O tom é identificado pelo nome
da cor ou cor da cor, por exemplo, rosa, verde, azul,
laranja.

                                             Saturação

Força, intensidade, pureza, nitidez, opacidade do tom.


                                 Luminosidade/Brilho

Falta de luz ou brilho do tom, isto é, a relação entre o
claro e o escuro da cor.



                                                           Espectro Tridimensional.
                                                           Fig. 29




                                                                                      55
O sistema CIELab representa todas as cores vísiveis.
     Este sistema é usado pela maioria dos softwares gráfi-
     cos, principalmente em scanners de DTP e softwares
     de edição de imagens como o Photoshop, tornando-
     -se assim o modelo de cor mais utilizado nas artes
     gráficas.




                   Mapeamento CIE Lab. Fig 30



56
A ciência da cor está em contínua evolução, tornando
assim todas as teorias passíveis de mudanças.

Todos os conhecimentos aqui apresentados são apenas
referências e suporte para maiores aprofundamentos.




                                                       57
Referências



     Livros


     FARINA, Modesto, Psicodinâmica das cores em comunicação, 5ed. São
     Paulo: Edgard Blücher, 2006


     GOLDING, Mordy; WHITE, Dave. Pantone Web Color. Guia de Cores
     para Web Designers. São Paulo: Quark, 1997.


     COOK, Alton; FLEURY, Robert. Type & Color. New York: Rockport
     Publishers, 1989.


     JOLLANDS, Dave. Visão, Luz e Cor. Enciclopédia Cambrige da Ciên-
     cia. São Paulo: Verbo, 1986.


     GUIMARÃES, Luciano. A Cor Como Informação. São Paulo: Editora
     Anna Blume, 2000


     PEDROSA, Israel. Dar Cor a Cor Inexistente. Distrito Federal: Univer-
     sidade de Brasília, 1982


     BAER, Lorenzo. Produção Gráfica. São Paulo: SENAC, 1999




58
Apostilas


CUNHA, Luiz Felipe. Tratamento de imagens e gerenciamento de
cores. São Paulo: SENAI, 2001.


ROSSI, Teoria das cores. São paulo: Rossi tecnologia gráfica s.c. Ltda.


Origem das Figuras


Fig. 01 - Mosaico Achelous - Localizado no link: http://www.diretorio-
dearte.com/wp-content/uploads/2008/07/achelous-mosaic-small.jpeg
Acessado em: 09/03/2012


Fig. 02 - Isaac Newton/Experimento com prisma - Localizado no link:
http://revolucioncientifica.files.wordpress.com/2009/08/20070717klp
hisuni_185_ies_sco.jpg?w=510&h=346
Acessado em: 09/03/2012


Fig. 03 - A Noite Estrelada - Tela de Van Gogh - Localizado no link:
http://astronomianovaledoaco.blogspot.com/2012/01/prof.html
Acessado em: 13/03/2012




                                                                          59
Fig. 04 - Sólido de Cores de Munsell - Localizado no link:
     http://campusvirtual.unex.es/cala/epistemowikia/index.
     php?title=Imagen:EspacioMunsel2.png
     Acessado em: 13/03/2012


     Fig. 05 - Pop Art de Marilyn Monroe - Arte por Andy Wahrol.


     Fig. 06 - Seção transversal do olho humano - Localizado no link:
     http://www.douglasrosa.com/blog/cores/
     Acessado em: 09/03/2012


     Figuras 7 à 11 - Ilustrações desenvolvidas por Patrícia Thorman.


     Figuras 12 à 17 - Ilustrações desenvolvidas por Ricardo Vivian.


     Fig. 18 - Lápis de Cor - Localizado no link: http://3.bp.blogspot.com/--
     -Chil1PndRk/Tkc9NHkW7wI/AAAAAAAAAAY/GaAp4IR06U8/
     s1600/colored_pencils_road_trip.jpg
     Acessado em: 08/08/2012


     Figuras 19 à 25 - Imagens de Henrique Martins Ortiz


     Fig. 26 - Gamut - Editado por Patrícia Thormann.




60
Fig 27 - Reticulas CMYK - Localizado no link: http://reticulabenday.
blogspot.com/2011_02_01_archive.html
Acessado em: 12/03/2012


Fig. 28 - Escala Pantone - Foto de Patrícia Thorman
Fig. 29 - Espectro Tridimensional - Alexandre Keese - Desktop pu-
blishing - Teoria de cores


Fig. 30 - Mapeamento CIE Lab - Localizado no link: http://1.
bp.blogspot.com/_sVOojGhGVwM/THptx3S1UlI/AAAAAAAABEU/
KXLk0ADRLcg/s1600/modele-cie-lab-definit-theoriquement-l-ensem-
ble-couleurs-que-l-oeil-est-capable-percevoir-324884.jpg
Acessado em: 13/03/2012




                                                                       61
Compilação, redação e Supervisão
                   Patrícia Thormann

        diagramação e arte-final
                      Ricardo Vivian

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  • 1.
  • 2.
  • 3. Sumário Sumário......................................................................3 INTRODUÇão...............................................................5 1. História das cores..............................................6 2. Fundamentos das cores.................................16 Processo Fisiológico.................................................................................. 16 Luz e Cor.......................................................................................................... 20 Sistema de Mistura de Cores............................................................... 23 Cores Complementares.......................................................................... 25 Cores Neutras (Acromáticas)............................................................... 26 Cores Quentes e Frias.............................................................................. 27 3. psicologia das cores.......................................29 Sensações Acromáticas.......................................................................... 30 Sensações Cromáticas............................................................................. 31 Memorização das Cores......................................................................... 34 4. Aplicação criativa das cores.......................35 Cores Aplicadas à Criatividade Publicitária................................. 36 Tendências em relação às cores aplicadas................................. 39 Harmonia das Cores.................................................................................. 43 5. Cores na Pré-Impressão..................................51 Gamut de Cores.......................................................................................... 51 Seleção de Cores CMYK.......................................................................... 52 Cores Especiais............................................................................................. 53 Modelo CIE Lab............................................................................................ 54 Referências.............................................................58
  • 4. INTRODUÇão Todos os seres humanos vivenciam a cor. Mas nem todos têm a mesma sensação para um determinado estímulo, pois a cor é uma sensação subjetiva causada pela luz e percebida pelo cérebro humano através dos olhos. Sabemos que existem percepções diferenciadas das cores, devido a fenômenos físicos e psicológicos, exis- tem também deficiências de visão que interferem na avaliação das cores. O que podemos afirmar é que te- mos sensações parecidas quando as ondas eletromag- néticas de 400nm (nanômetros, a bilionésima parte de um metro) a 700nm que correspondem ao espectro da luz visível, incidem no olho. Baseado nisso abordaremos características e infor- mações das cores, para que consigamos inserir esta realidade na concepção do Design Gráfico, utilizando da forma mais adequada de acordo com cada tipo de implementação a ser desenvolvida. 5
  • 5. 1 História das cores A história da cor tem evidências desde as primeiras civilizações. Os filósofos gregos como Empédocles, Demócrito, Platão e Aristóteles tratavam pratica- mente de reflexões teóricas e pouca experimenta- ção prática. A relação mais impressionante da cor está na arte grega, em seus mosaicos feitos de vidro pintado(tesserae). Estes mosaicos criam por sensação cores vibrantes e tremulantes mantendo uma superfí- cie de tamanhos irregulares. Após a queda de civilização grega houve uma parada Mosaico Achelous, o rei do brusca na evolução das ciências naturais, mas a cultu- Eufrates e mais velho dos ra do oriente médio renasceu através dos árabes neste Oceânidas Fig. 01 momento. Os filósofos árabes abordavam as questões de óptica onde uns acreditavam na intromissão(luz originava-se nos olhos) e outros acreditavam na extramissão(a luz recebida de forma externa pelos olhos). Alhazen escritor de amplos assuntos, possuia um principal interesse pela óptica. Foi a primeira pes- soa que se tem registro de observação da refração da luz e através de dissecações do olho humano, mas sem evidências fisiológicas, percebeu que as imagens eram impressionadas na mente, derrubando a tese dos in- tromissionistas. 6
  • 6. Enquanto os árabes conduziam a natureza física da cor os Europeus concentrava-se na natureza espiritual da cor. As catedrais góticas através de sua abundân- cia de luz (ilumina, cria e da vida) e a escuridão (do desconhecido) contemplavam a dualidade espiritual que Suger utilizou conforme as teorias de Pseudo- -Dionísio. No final do período Gótico grandes mudanças acon- teceram. No sul da Itália um renascimento do pen- samento Grego surgiu com todo seu idealismo, natu- ralismo e colorismo. Assim o poeta Toscano Petrarco anunciou uma nova era a Renascença (renascimento). A partir desta época alguns artistas foram de grande importância como coloristas, entre eles estão Massa- cio o primeiro grande colorista italiano e Michelan- gelo. Surgiram as pinturas a óleo e o pintor Ticiano foi con- siderado o maior colorista da Alta Renascença, cria- va composições harmônias com cores vívidas que se equilibravam entre quentes e frias. 7
  • 7. El Greco seguidor e aluno de Ticiano passou pela tran- sição entre o Renascimento e o Barroco, mas o maior colorista do barroco foi Caravaggio, italiano de tem- peramento selvagem e genialidade desenfreada, em contraponto, Rembrandt colorista que até então ob- teve a maior espiritualidade em suas composições, tra- balhava a iluminação claro/escuro de forma celestial oferecendo ao observador a emoção através das cores. Leonardo da Vinci foi o gênio que forneceu a primeira visão de um conjunto de informações que mais tarde se transformaria em uma Teoria das cores. Seus estu- dos iniciaram as atuais teorias da visão da cor ,na físi- ca chamamos de síntese aditiva das cores. Suas diver- sas pesquisas resultaram na descoberta da fotografia e do cinema. No final do século XVII Isaac Newton, fundador da física moderna, consolidou a ineficiência das teorias medievais sobre cores. Após Alhazen, Newton foi o pesquisador que através de muitos experimentos e percepções concluiu que os prismas separavam a luz em um espectro que continha seis cores: vermelho, la- 8
  • 8. ranja, amarelo, verde, azul e violeta (sete cores, con- siderando o indigo que foi inserido posteriormente). Após outros estudos teorizou que todas as cores re- combinadas formariam a Luz Branca. Newton gerou outras considerações muito importan- tes como a interação entre a luz e os objetos com suas formualções químicas. Os objetos absorviam algumas cores da luz e refletiam outras, sendo estas combina- das no olho produzindo assim as cores percebidas. Isaac Newton. Exprimento onde um prisma separa as Com relação a arte, Newton contribuiu com o primei- cores da luz. Fig. 02 ro disco de cores, este disco continha as 7 cores do es- pectro mais o púrpura, dispostos em um círculo as co- res diretamente opostas seriam suas complementares. O Disco de Newton possuia apenas os matizes (cores puras), os artistas e teóricos perceberam a necessida- de de uma paleta composta também das cores impu- ras (misturas de preto, branco e cinza). Assim os teóri- cos europeus buscaram um “sólido de cores”(imagem tridimensional que fosse composta dos matizes e suas nuances). 9
  • 9. O primeiro sólido de cores útil foi o de Lambert em 1780, tinha formato de cone(base branca cume preto) mas as nuances de preto eram perdidas desta forma, seu sólido foi considerado falho.O primeiro sólido de cores abrangente e que perdurou por um século foi desenvolvido por Runge 1777 - 1810 (esfera com um pólo branco e o outro em preto, no equador da esfera o círculo era composto das cores primárias vermelho, amarelo e azul). Goethe 1749-1832 pesquisou e em suas teorias sobre a natureza física da luz e da cor estavam no caminho da teoria aristótélica que por sua vez estava comple- tamente inadequada e errônea. Já nas questões psi- cológicas sobre os efeitos das cores suas pesquisas imfuenciam teóricos até hoje. Young em 1801 demonstrou alguns fenômenos sobre a percepção da cor. Sua hipótese tratava de um grande número de micro sensores na retina que reagiam ao vermelho, verde e azul formando a imagem no cére- bro. Em 1960 as teorias de Young foram comprovadas quando cientístas descobriram que existiam nos olhos células cone e bastonetes. 10
  • 10. Após alguns avanços sobre as teorias de Newtom so- bre a luz a evolução da fotografia foi um dos fatores que mais afetou os artistas na metade do século XIX. Alguns artistas perceberam esta mudança e criaram uma nova forma de representar a realidade sem a preocupação da precisão o Impressionismo. Dentre os grandes artistas que abusaram das opções de uti- lização das cores nesta época estão Monet, Renoir e Degas. Nos Pós-impressionistas surgiram Cézanne, A Noite Estrelada, 1889. Seurat e Van Gogh. Pintura de Van Gogh com destaque nas nuances das Maxwell 1831-1879 foi o primeiro científico que es- cores complementares. tudou os materiais corantes, construiu um diagrama Fig. 03 com posições de cores fixas, verificando pela primeira vez as oposiçãoes justas da cor. Seguindo Maxwell, outros grandes nomes na área da pesquisa sobre cores apareceram alguns deles são: Rood, Helmholtz, Che- vreul e Rosenthiel, mas foi no início do século XIX que Munsell 1868-1918 teórico americano criou seu sólido de cores. Este sólido foi amplamente utilizado no ensino dos Estados Unidos entre os anos 1920 e 1930. Ele editou a esfera de cores de Runge através de um distanciamento de algumas cores, como ele 11
  • 11. denominou “uma árvore de cores, com ramos de di- ferentes comprimentos se estendendo a partir de um tronco principal preto e branco”. Ostwald publica a primeira cartilha de cor (Farbenfi- bel) em 1916. Este físico e químico alemão laureado com o Prêmio Nobel, mais conhecido por seu trabalho na teoria das cores, dividiu as cores em fria e quentes. As frias: verdes, azuis e seus derivados, quentes: ver- Sólido de Cores de Munsell. melhos, amarelos e seus derivados. Estas definições Fig. 04 hoje são discutidas pois sabemos que as variações e derivações também dependem de suas áreas vizinhas. Ostwald desenvolveu um sólido de cores baseado em um sólido desenvolvido por Rood mas com algumas mudanças, estabeleceu um pequeno eixo vertical do preto para o branco e criou um duplo cone de co- res com uma base contra a outra. O diferencial deste sistema era que em qualquer parte deste sólido que houvesse um corte formaria um anel de cores com misturas de preto e branco igualitárias. 12
  • 12. Mais tarde o sistema de Ostwald foi inserido a um sistema mais complexo, semelhante ao que Munsell criou para sua árvore de cores. Com o declínio dos Pós-impressionistas, muitos mo- vimentos artísticos surgiram e se foram. Os expressio- nistas adotaram a forma de Van Gogh e experimenta- ram os estados psicológicos das cores. Já os Cubistas quase eliminaram as cores pela incansável observação da forma. Os Futuristas e os construtivistas retoma- ram a utilização e o interesse pelas cores pós-impres- sionistas e após o deslocamento das estranhas cores simbólicas dos Surrealistas e Orfistas. Em 1919 nasceu a escola Bauhaus, localizada na ale- manha foi considerado o acontecimento mais impor- tante desta época. A Bauhaus teve dois professores muito importantes no mundo da teoria das cores. Johannes Itten 1888-1967 pintor expressionista estu- dante da teoria das cores de Goethe, Schopenhauer, Runge e Ostwald. Desenvolveu seu famoso livro Os Elementos da Cor de uma forma técnica e didática. 13
  • 13. Joseph Albers 1888-1976 mentalidade mais técnica preferia trabalhar com cores planas e forma geométri- cas passando a idéia de tridimensionalidade. Em seu livro A Interação das Cores colocou observações pes- soais e de suas experimentações. Estes dois autores se tornaram os preferidos dos teóricos americanos pelo resto do século. O govero nazista em 1933 fechou a Bauhaus e seus professores se espalharam pelo mundo levando con- sigo a estética artística inspiradora e guiando futuras gerações. Seguindo na linha do tempo, na década de 60 sur- giram vários grupos que trabalhavam com cores os artistas Op e os pintores radicais. Mas a partir deste momento as escolas de arte foram se desintegrando ampliando a liberdade artística individual. Com rela- ção a ciência ela está em constante evolução, transfor- mando diariamente informações e contribuindo para a construção das futuras teorias. 14
  • 14. As cores começam a se mostrar cada vez mais vibrantes na arte moderna. Pop Art Marilyn Monroes, por Andy Warhol. Fig. 05 15
  • 15. 2 Fundamentos das cores Processo Fisiológico O estímulo físico (luz) quando detectado e interpreta- do pelo nosso sistema visual (olho e cérebro) resulta numa cor particular. As imagens do mundo visual são projetadas na retina. A retina é composta por células fotossensíveis, cones e bastonetes, organizados como um mosaico. Com baixa luminosidade, os bastonetes enviam si- nais para o cérebro resultando na percepção mono- cromática. Com o aumento de iluminação os cones respondem. Há três tipos de cones, cada um com uma propriedade espectral e espacial diferenciada. As combinações de cones formam sinais oponentes: preto-branco, vermelho, verde, azul-amarelo. Os três canais oponentes têm diferentes resoluções espaciais. A partir das respostas de combinações dos cones (ou as respostas oponentes) é possível criar combinações que não têm propriedades físicas idênticas. Muitos equipamentos simulam cor com base nos mo- delos físico e fisiológicos da percepção cromática. 16
  • 16. Retina Células Cone Seção transversal do olho humano. Fig. 06 Córnea LUZ Pupila Cristalino Nervo Ótico Íris Bastonetes Metamerismo Alguns fatores estranhos interferem na percepção das cores. O mais importante,chamado metamerismo, é a propriedade do olho, e do cérebro, de perceber a mes- ma sensação de cor de dois objetos com diferentes distribuições de energia espectral. A razão para isso depende do fato de que o olho tem três receptores sensíveis às cores, e os dois objetos refletem a mesma quantidade total de energia. 17
  • 17. Existem três condições aconsiderar: o metamerismo do observador, o metamerismo do iluminante e o me- tamerismodo objeto. Para efeito prático, apenas o me- tamerismo do objeto merece maior atenção. Em con- dições práticas, as cores que vemos não constituem um único estímulo isolado, mas são circundadas por outros estímulos que influenciam a percepção da cor em análise. Este fenômeno é conhecido por contraste simultâneo ou efeito de adjacência. Outro fenômeno importante a considerar em qual- quer discussão sobre percepção das cores é a adap- tação do observador. O olho pode aumentar ou re- duzir a sua sensibilidade para adaptar-se às condições ambientes, por exemplo, nas mudanças bruscas de luminosidade, mas essa adaptação não é instantânea; um objeto amarelo parecerá avermelhado se o olho estiver adaptado à luz verde. Daltonismo O daltonismo é uma perturbação da percepção visual 18
  • 18. caracterizada pela incapacidade de diferenciar todas ou algumas cores, manifestando-se muitas vezes pela dificuldade em distinguir o verde do vermelho. Esta perturbação tem normalmente origem genética , mas pode também resultar de lesão nos orgãos responsá- veis pela visão, ou de lesão de origem neurológica. Uma vez que esse problema está geneticamente li- gado ao cromossomo X ocorre mais frequentemente entre os homens (no caso das mulheres, será neces- sário que os dois cromossomos X contenham o gene anômalo). Os portadores do gene anômalo apresentam dificul- dade na percepção de determinadas cores primárias como o verde e o vermelho, o que se repercute na percepção das restantes cores do espectro. Esta per- turbação é causada por ausência ou menor número de alguns tipos de cones ou por uma perda de função parcial ou total destes, normalmente associada à di- minuição de pigmento nos fotoreceptores que deixam de ser capazes de processar diferencialmente a infor- mação luminosa de cor. 19
  • 19. Luz e Cor Luz como Fonte de Cor A luz é a única fonte de cor. A cor parece ser um atributo inerente a todas as coisas que o homem vê. Entretanto, a cor não está no objeto e sim na luz que sobre ele incide. É uma sensação provocada pela luz sobre o órgão da visão e interpretada pelo cérebro. A luz se propaga através de ondas eletromagnéticas, onde o olho humano é sensível, estas possuem ondas de três comprimentos: Ondas longas / Ondas médias / Ondas curtas. Comprimentos de R onda da luz. Fig. 07 G B 20
  • 20. As ondas longas produzem em nós a sensação da luz vermelha. Gradativamente, com a diminuição do comprimento de onda, nosso organismo irá captar as cores até chegar no violeta ou dependendo azul anil que é a cor com o comprimento de onda mais curto. Todos olham as cores de maneira idêntica, porém as sentem de forma diferente. O mecanismo da visão, através dos distintos comprimentos de ondas capta as imagens coloridas. Entretanto, é o cérebro e a mente que as interpretam comunicando-lhes seu significado emocional. Triângulo da visualização Um objeto tem determinada cor para nossos olhos, da cor. Fig. 08 Triângulo da visualização das cores porque absorve alguns elementos da luz branca e re- flete outros. Uma maçã é vermelha na medida em que ILUMINANTE iluminante reflete os elementos de luz que costumamos denomi- nar de vermelho absorvendo os demais. A resposta a este fenômeno encontra-se na natureza e na interrre- lação de três elementos: • Luz — A fonte de cor. • Matéria — A sua relação à luz. OBJETO Objeto OBSERVADOR observador • Olho — O perceptor da cor. 21
  • 21. Espectro de Cores A faixa colorida obtida por Newton quando separou as cores da luz do Sol com um prisma é chamada de “espectro da luz solar”. O espectro de uma luz é a se- paração das cores componentes dessa luz. Essa sepa- ração, ou dispersão, pode ser obtida com um prisma. O espectro da luz do Sol, dita “branca”, é um contí- nuo com todas as cores visíveis. Hoje sabemos que es- ses componentes têm comprimentos de onda que vão desde e 400 (violeta) a 700 (vermelho) nanometros, chamado de espectro de cores visível. Espectro Eletromagnético Visível. Fig. 09 22
  • 22. Sistema de Mistura de Cores Os sistemas de representação da cor baseados em mistura apresentam diferentes níveis de relações entre primárias e secundárias – intermisturas. Televisores, câmeras, scanners e monitores de com- putadores são baseados no sistema aditivo de cor, onde as luzes vermelho (R), verde (G) e azul (B) quando projetadas simultaneamente formam o bran- co. Impressão offset, impressão digital, pinturas, tintas plásticas baseiam-se em sistema de cores subtrativas (CMY/ CMYK) na qual cyan, magenta e amarelo, mis- turados, formam o preto (K). Portanto, a definição de cores primárias e secundárias é dependente do método de coloração. Síntese Aditiva. Fig. 10 Síntese Aditiva Na mescla aditiva têm-se as “luzes primárias”: ver- melho, verde e azul-violeta, que juntas, recriam a luz branca. As cores compostas (ou secundárias) são: amarelo, ciano e magenta, que derivam da síntese das cores primárias. 23
  • 23. Síntese Subtrativa No processo de mescla ou síntese subtrativa, trabalha- -se com pigmentos. Assim, cor-pigmento é a substân- cia material que, conforme sua natureza, absorve, re- frata ou reflete os raios luminosos. O princípio das cores da sintese subtrativa é o mesmo Síntese Subtrativa. das cores da síntese aditiva. A diferença está no resul- Fig.11 tado final. Na síntese aditiva, a somatória das cores primárias(luz) conduz ao branco. Na síntese subtra- tiva, a somatória das cores primárias(pigmento) leva ao preto, ou seja, à absorção de todas as radiações luminosas incidentes. As cores básicas CMY (ciano, magenta e amarelo), juntas, absorvem todas as radiações luminosas da luz branca incidente, resultam no preto. Daí porque a mistura de cores-pigmento denomina-se síntese sub- trativa. 24
  • 24. Cores Complementares As cores denominadas complementares são formadas pelo uso de cores localizadas em exata oposição no disco cromático “diametralmente opostas”, isto é, traçando um diâmetro é a que estão do lado opos- to. Estas cores têm proporções inversas das três cores primárias. • R — C: Vermelho: a cor complementar é Cian • G — M: Verde : a cor complementar é Magenta • B — Y: Azul Violeta: a cor complementar é Amarelo R—C Disco cromático G—M Fig. 12 B—Y 25
  • 25. Cores Neutras (Acromáticas) O Branco e o Preto não são considerados cores, o branco é luminosidade, é a união de todas as cores da cor luz e é a ausência de cor na cor pigmento. Preto é obscuridade, é a ausência total de cor na cor luz e é a mistura de todas as cores da cor pigmento. Cinza esta entre a luminosidade e a obscuridade é o meio termo entre o preto e o branco. Degradê crescente, de 0 a 100% de Preto. Fig. 13 Degradê do Branco ao Preto. Fig. 14 26
  • 26. Cores Quentes e Frias As interações entre cores quentes e frias criam con- trastes poderosos, afinal, estas cores estão em opo- sição no disco de cores. Além do contraste simples de complementos, há um estranho efeito que ocorre quando cores quentes e cores frias são colocadas pró- ximas umas das outras. Em geral, as cores frias parecem recuar, enquanto as cores quentes avançam para o primeiro plano. Este fe- nômeno visual torna os contrastes quente e frio úteis para fazer os objetos saltarem do plano da figura e flutuarem à frente de outros objetos. Por sua própria natureza, isso torna as cores frias mais adequadas para cores de fundo que as cores quentes, já que não competem com as imagens e com o texto no primeiro plano. Cores Quentes Cores Frias Fig.15 Fig. 16 27
  • 27. Observação Visualmente, os tons de vermelho são considerados mais quentes, enquanto os azuis mais frios. É impor- tante lembrar que, aqui, as concepções estéticas de temperatura (quente/fria) resultam de estados psico- lógicos. O conceito de temperatura de cor, na física, é oposto, ou seja, as ondas curtas com maior frequência (azuis) produzem mais calor que as longas com menor fre- quência (vermelhas). Popularmente, sabe-se que as ondas ultravioletas são as que queimam mais a pele e que as chamas azuis são as que produzem mais ener- gia. 28
  • 28. 3 psicologia das cores Reagimos as cores segundo nossa sensibilidade. As re- ações são individuais, subjetivas, mas coincidentes ou pelo menos semelhantes em muitos aspectos.Cores quentes excitam, alegram, enquanto as frias acalmam. Pessoas alegres e extrovertidas tendem a preferir e usar as cores quentes e claras. Pessoas tímidas e in- trospectivas tendem a preferir as cores frias e as vezes escuras. Devemos levar em consideração que fatores culturais, modismos, idade sexo, e meio em que vivem podem influir na escolha das cores, o que torna relativo qual- quer juízo que se faça sobre o caráter das pessoas, segundo sua preferência por determinada cor. Mais que decorativo, são psicológicos os efeitos con- siderados ao se escolher as cores. Cada cor, conforme Farina, 2006, possui sensações cromáticas e acromá- ticas, contemplando associações afetiva, material, ilusões de ótica e efeitos. Analisando estas aplicacões conseguimos desvendar alguns dos motivos relacio- nados a nossas escolhas no desenvolvimento de pro- jetos gráficos. 29
  • 29. Sensações Acromáticas Associação Associação Afetiva Ilusão ótica Efeitos Material Branco Batismo, Paz, ordem, juventude, Aumento de Sensação de casamento, cisne, simplicidade, limpeza, bem, volume e fadiga. lírio, primeira pensamento, otimismo, piedade, proximidade. comunhão, pureza, inocência, dignidade, neve, nuvens afirmação, despertar. em tempo claro, areia clara. Cinza Pó, chuva, Tédio, tristeza, decadência, ratos, neblina, velhice, desânimo, seriedade máquinas, mar sabedoria, passado, pena. sob tempestade. Preto Sujeira, sombra, Mal, miséria, pessimismo, Aumento Repousante enterro, noite, sordidez, tristeza, frigidez, de peso, mas carvão, fumaça, desgraça, dor, temor, negação, impressão de deprimente. condolência, melancolia, opressão , angústia. profundidade. morto. É expressivo e angustiante ao mesmo tempo. É alegre se combinado com certas cores. 30
  • 30. Sensações Cromáticas Associação Material Associação Afetiva Ilusão ótica Efeitos Vermelho Rubi, cereja, Ordem , simplicidade, Aumento Estimulante, guerra, Luta, sinal pensamento, juventude, de volume, dominador, de parada, perigo, piedade, dinamismo, peso e excitante, vida, sol, fogo, força, baixeza, energia, calor. inclina à chama, lábios, revolta, movimento, violência. mulher, ferida. barbarismo, coragem, furor, intensidade, paixão, vulgaridade, vigor, calor, violência, excitação, ira. Laranja (correspondente ao vermelho moderado) Outono, laranja, Força, luminosidade, Impressão É tônico, fogo, pôr do sol, dureza, euforia, energia, de calor e proporciona luz, chama, calor, alegria, advertência, aumento e inspira a festa, perigo. tentação. de volume. euforia. Marrom Terra, águas Pesar, melancolia. lamacentas, outono, doença. 31
  • 31. Associação Material Associação Afetiva Ilusão ótica Efeitos Amarelo Flores Grandes, Iluminação, comforto, Impressão Estimula terras argilosas, alerta, gozo, ciúme, de calor e o sistema palha, luz, topázio, orgulho, esperança. aumento nervoso, verão, limão, de volume. convida a chinês. ação, ao esforço. Verde Umidade, frescor, Adolescência, bem Impressão Calmante , primavera, bosque, estar, paz, saúde, ideal, de frescor e sensação de águas claras, abundância, tranquilidade, rapidez. paz. folhagem, tapete de segurança, natureza, jogos, mar, verão, equilíbrio, esperança, planície. serenidade, juventude, suaviade, crença.Ativa a memória e favorece o desencadeamento de paixões. Azul Montanhas Espaço, viagem, verdade, Refres- Repousante, longínquas, frio, sentido, intelectualidade, cante, acalma os mar, céu, gelo. paz, advertência, diminuição nervos, precaução, serenidade, de peso. revigora e infinito, meditação. revitaliza. 32
  • 32. Associação Material Associação Afetiva Ilusão ótica Efeitos Roxo Noite, igreja, Fantasia, mistério, aurora, sonho, mar profundidade, profundo. eletricidade, dignidade, justiça, egoísmo, grandeza, misticismo, espiritualidade, delicadeza, calma. Possui forte microbicida. Violeta Sensação Provoca de frio, melancolia, diminuição favorece o de volume misticismo. (tem o poder de sonífero). 33
  • 33. Memorização das Cores Amarelo É uma cor que apresenta duas características opostas: ela não marca as formas que colore, mas em compen- sação é a cor que mais se recorda como cor. Azul Acentua as formas, o que colabora para que sejam lembradas, mas oferece baixas condições de visibi- lidade. Portanto, há poucas condições para fixala na memória, se levarmos em conta a cor, abstraindo a forma. Vermelho Acentua a forma e é uma cor que se impõe pelo im- pacto visual e emocional, portanto é fácil de ser re- cordada. Cores Primárias da Arte, Amarelo, Azul e Vermelho. Fig. 17 34
  • 34. 4 Aplicação criativa das cores Existem diversas formas de utilização das cores, se- gundo Farina, 2006, podemos descrever suas carac- terísticas principais de acordo com sua aplicabilidade criativa e suas tendências, conforme o tipo de produto ou público alvo. Fig. 18 35
  • 35. Cores Aplicadas à Criatividade Publicitária Vermelho Aumenta a atenção, é estimulante, motivador. Aplica- do em anúncios que indicam calor e energia usados em artigos técnicos e de ginástica. Laranja Aplicado de forma mais moderna nos mesmos casos do vermelho. Verde Estimulante, mas com pouca força sugestiva; oferece uma sensação de repouso. Aplicado em anúncios de artigos que caracterizam frio. Azul Possui grande poder de atração, é neutralizante nas inquietações do ser humano; acalma o indivíduo e seu sistema circulatório. Aplicado em anúncios de artigos que caracterizam frio. Roxo Acalma o sistema nervoso. Aplicado em anúcios de ar- tigos religiosos em viaturas, acessórios funerários, etc. 36
  • 36. Púrpura e Ouro As Cores representativas do valor e da dignidade. Aplicado em anúnios de artigos de alta categoria e luxo. Marrom Esconde muito a qualidade, portanto, pouco reco- mendável em publicidade. Sua eventual aplicação em combinação com outras cores deve ser bem laranja (não amarelado). Grande apelo ao apetite. Violeta Entristece o ser humano e não é muito bem visto na criatividade publicitária. Cinza Indica discrição. Para as atitudes neutras e diplomáti- cas o cinza é muito usado na publicidade Preto Pouco recomendável em publicidade. Uma peça com muitos detalhes em preto deixa geralmente o ser hu- mano frustrado. 37
  • 37. Azul e Branco Estimulante, mas de pouca eficácia publicitária. Azul e preto Sensação de antipatia, deixa o indivíduo preocupado; desvaloriza completamente a mensagem publicitária e é contraproducente. Vermelho e verde Estimulante, mas de pouca eficácia publicitária. Esta combinação é geralmente utilizada para publicidade rural. Vermelho e amarelo Estimulante e eficaz em publicidade. Pesquisas de- monstraram que em certas pessoas esta combinação de cores provoca opressão e em outras, insatisfação. Amarelo e Verde Produz atitude passiva em muitas pessoas. É de pouca eficácia publicitária. Pode se tornar eficaz se houver mais detalhes coloridos na peça apresentada. 38
  • 38. Tendências em relação às cores aplicadas Café: Marrom-escuro com toque de laranja ou ver- melho. Chocolate: Marrom-escuro com toque de laranja ou vermelho. Leite: Azul em vários tons, às vezes com um toque de vermelho. Gorduras Vegetais: Marrom-escuro com toque de la- ranja ou vermelho. Carnes enlatadas: Cor do produto em fundo verme- lho, às vezes com um toque de verde. Leite em pó: Azul e vermelho, amarelo e verde com um toque de vermelho. Frutas e compotas: Cor do produto com fundo ver- melho e amarelo. Doces em geral: Vermelho-alaranjado. 39
  • 39. Cerveja: Amarelo-ouro, vermelho e branco. Açucar: Branco e azul, com toques de vermelho, le- tras vermelhas e pretas. Massas Alimentícias: Produto em transparência com uso de celofane, embalagem vermelha, branca, ama- relo-ouro, e, as vezes, com toques de azul. Chá e mate: Vermelho, branco e marrom. Queijo: Azul-claro, vermelho, e toques de azul. Sorvetes: Laranja, azul-claro, amarelo-ouro. Óleos e azeites: Verde, vermelho e toques de azul. Iogurte: Branco e azul. Detergentes: Rosa, azul-turquesa, azul e cinza-esver- deado. Ceras: Tons de marrom e branco. 40
  • 40. Inseticidas: Amarelo e preto e verde escuro. Desinfetantes: Vermelho e branco e azul marinho. Desodorantes: Verde, branco e azul, com toques de vermelho e roxo. Sais de banho: Verde claro e branco. Bronzeadores: Laranja, vermelho e magenta. Dentifrícios: Branco e azul, verde com branco e to- ques de vermelho. Cosméticos: Azul-pastel, rosa, amarelo-ouro e tons de bege. Perfumes: Roxo, amarelo-ouro e prateado. Produtos para bebê: Azul, rosa e amarelo em tons su- aves. Remédios em geral: Azul-claro, marrom, branco e vermelho. Dependendo do tipo medicinal, estimulan- te ou repousante. 41
  • 41. Lâminas de barbear: Azul-claro ou Forte, vermelho e preto. Cigarros: Depende muito do tipo de público - branco e vermelho, branco e azul com toques de amarelo- -ouro, branco e verde, branco e ouro. 42
  • 42. Harmonia das Cores O círculo cromático e os tipos de harmonia, servem para auxiliar nas composições e principalmente nas escolhas durante o desenvolvimento de projetos grá- ficos. A seguir alguns tipos de harmonias mais utilizados no mercado: • Princípio de Similaridade • Princípio de Familiaridade • Princípio de Equilíbrio • Princípio de Ambiguidade • Princípio de Ordem - Escala Triádica - Escala Complementar Duplamente Dividida - Escala Cores Análogas 43
  • 43. Princípio de Similaridade Estabelece que as cores semelhantes em composições geralmente produzem resultados harmônicos. Fig. 19 44
  • 44. Princípio de Familiaridade As cores familiares e as cores da natureza são as mais fáceis de agradar: árvores, céu, pássaros, flores, água, terra, fogo, pele, etc. Fig. 20 45
  • 45. Princípio de Equilíbrio Trata da quantidade, destaque e localização das cores na composição, que geralmente são obtidas pela simetria e assimetria das formas e das cores. Fig. 21 46
  • 46. Princípio de Ambiguidade Um projeto cromático deve evitar, ao máximo os elementos de incerteza e de indefinição, que provocam desequilíbrio à composição. Fig. 22 47
  • 47. Princípio de Ordem Estabelece que qualquer escala de cores deve ter uma ordem cuidadosamente planejada. Geralmente se utiliza o círculo cromático para planejar as cores, utilizando os contrastes partindo de sua localização no círculo, ou seja: cores análogas, distantes, opostas,complementares, as cores triádicas, etc. Fig. 23 TRIÁDICAS 48
  • 48. Fig. 24 DUPLAMENTE COMPLEMENTARES 49
  • 49. Fig. 25 ANÁLOGAS 50
  • 50. 5 Cores na Pré-Impressão Gamut de Cores Um gamut é o espaço de cores que um sistema de co- res pode exibir ou imprimir. O olho humano percebe um espectro de cores maior que o gamut disponível em qualquer modelo de cores. Gamut. Fig. 26 51
  • 51. Seleção de Cores CMYK Seleção de cores significa a mistura das tintas na impressão sobre um suporte (papel, cartão...), esta mistura ocorre através de sobreposição de informa- ções contidas em uma matriz divididas nas cores CMYK(Ciano, Magenta, Amarelo e Preto). Este mode- lo utiliza um pigmento de tinta impresso que absorve uma parte da luz incidente e reflete outras revelando assim as cores obtidas. Reticulas CMYK. Fig. 27 52
  • 52. Cores Especiais Ao invés de misturar as tintas na impressão, essas co- res são pré-determinadas na própria composição das tintas não necessitando de sobreposição de informa- ções contidas em matrizes para formar a cor desejada. A escala de cores especiais mais conhecida é a Panto- ne®. As cores especiais, também chamadas de cores “spots”, têm a vantagem de permitir uma maior gama de cores que as cores de escala (CMYK) e são mais fáceis de padronizar. Cores Especiais, escala As cores especias são largamente utilizadas nas iden- Pantone. Fig. 28 tidades visuais das empresas exatamente pela confia- bilidade da padronização das cores. Também são usadas em cores fora da gama, geralmen- te cores saturadas e tons pastéis, cores douradas e me- tálicas ou em substituição de cores CMYK por cores especiais economizando tintas e matrizes. 53
  • 53. Modelo CIE Lab Este sistema CIE L*a*b* (L sendo para lumiosidade e os valores de a* e b* para dois componentes cromá- ticos) é um modelo de cores baseado em um modelo proposto pela Commission Internationale d’Eclairage (CIE) em 1931 como um padrão internacional para medição de cores. Em 1976 esse modelo foi revisto passando a ser chamado de CIE L*a*b*. O Sistema CIE utiliza o conceito de colorimetria (ci- ência da medição das cores) visual, tendo como refe- rência um observador padrão e um instrumento pa- dronizado de medição. A leitura é feita em um espaço de cor tridimensional. Onde possui um gamut mais amplo, englobando todas as cores de RGB e CMYK. Este modelo se utiliza de três atributos: • Hue/Matiz • Saturação • Luminosidade/Brilho 54
  • 54. Hue / Matiz É o comprimento de onda da luz refletida ou transmi- tida por um objeto. O tom é identificado pelo nome da cor ou cor da cor, por exemplo, rosa, verde, azul, laranja. Saturação Força, intensidade, pureza, nitidez, opacidade do tom. Luminosidade/Brilho Falta de luz ou brilho do tom, isto é, a relação entre o claro e o escuro da cor. Espectro Tridimensional. Fig. 29 55
  • 55. O sistema CIELab representa todas as cores vísiveis. Este sistema é usado pela maioria dos softwares gráfi- cos, principalmente em scanners de DTP e softwares de edição de imagens como o Photoshop, tornando- -se assim o modelo de cor mais utilizado nas artes gráficas. Mapeamento CIE Lab. Fig 30 56
  • 56. A ciência da cor está em contínua evolução, tornando assim todas as teorias passíveis de mudanças. Todos os conhecimentos aqui apresentados são apenas referências e suporte para maiores aprofundamentos. 57
  • 57. Referências Livros FARINA, Modesto, Psicodinâmica das cores em comunicação, 5ed. São Paulo: Edgard Blücher, 2006 GOLDING, Mordy; WHITE, Dave. Pantone Web Color. Guia de Cores para Web Designers. São Paulo: Quark, 1997. COOK, Alton; FLEURY, Robert. Type & Color. New York: Rockport Publishers, 1989. JOLLANDS, Dave. Visão, Luz e Cor. Enciclopédia Cambrige da Ciên- cia. São Paulo: Verbo, 1986. GUIMARÃES, Luciano. A Cor Como Informação. São Paulo: Editora Anna Blume, 2000 PEDROSA, Israel. Dar Cor a Cor Inexistente. Distrito Federal: Univer- sidade de Brasília, 1982 BAER, Lorenzo. Produção Gráfica. São Paulo: SENAC, 1999 58
  • 58. Apostilas CUNHA, Luiz Felipe. Tratamento de imagens e gerenciamento de cores. São Paulo: SENAI, 2001. ROSSI, Teoria das cores. São paulo: Rossi tecnologia gráfica s.c. Ltda. Origem das Figuras Fig. 01 - Mosaico Achelous - Localizado no link: http://www.diretorio- dearte.com/wp-content/uploads/2008/07/achelous-mosaic-small.jpeg Acessado em: 09/03/2012 Fig. 02 - Isaac Newton/Experimento com prisma - Localizado no link: http://revolucioncientifica.files.wordpress.com/2009/08/20070717klp hisuni_185_ies_sco.jpg?w=510&h=346 Acessado em: 09/03/2012 Fig. 03 - A Noite Estrelada - Tela de Van Gogh - Localizado no link: http://astronomianovaledoaco.blogspot.com/2012/01/prof.html Acessado em: 13/03/2012 59
  • 59. Fig. 04 - Sólido de Cores de Munsell - Localizado no link: http://campusvirtual.unex.es/cala/epistemowikia/index. php?title=Imagen:EspacioMunsel2.png Acessado em: 13/03/2012 Fig. 05 - Pop Art de Marilyn Monroe - Arte por Andy Wahrol. Fig. 06 - Seção transversal do olho humano - Localizado no link: http://www.douglasrosa.com/blog/cores/ Acessado em: 09/03/2012 Figuras 7 à 11 - Ilustrações desenvolvidas por Patrícia Thorman. Figuras 12 à 17 - Ilustrações desenvolvidas por Ricardo Vivian. Fig. 18 - Lápis de Cor - Localizado no link: http://3.bp.blogspot.com/-- -Chil1PndRk/Tkc9NHkW7wI/AAAAAAAAAAY/GaAp4IR06U8/ s1600/colored_pencils_road_trip.jpg Acessado em: 08/08/2012 Figuras 19 à 25 - Imagens de Henrique Martins Ortiz Fig. 26 - Gamut - Editado por Patrícia Thormann. 60
  • 60. Fig 27 - Reticulas CMYK - Localizado no link: http://reticulabenday. blogspot.com/2011_02_01_archive.html Acessado em: 12/03/2012 Fig. 28 - Escala Pantone - Foto de Patrícia Thorman Fig. 29 - Espectro Tridimensional - Alexandre Keese - Desktop pu- blishing - Teoria de cores Fig. 30 - Mapeamento CIE Lab - Localizado no link: http://1. bp.blogspot.com/_sVOojGhGVwM/THptx3S1UlI/AAAAAAAABEU/ KXLk0ADRLcg/s1600/modele-cie-lab-definit-theoriquement-l-ensem- ble-couleurs-que-l-oeil-est-capable-percevoir-324884.jpg Acessado em: 13/03/2012 61
  • 61. Compilação, redação e Supervisão Patrícia Thormann diagramação e arte-final Ricardo Vivian