2. A obesidade infantil ocorre quando uma criança
está acima do peso normal para sua idade e
altura. De acordo com o IBGE, atualmente uma
em cada três crianças no Brasil está pesando
mais do que deveria.
Os quilos extras podem causar complicações
para as crianças até a sua vida adulta, mesmo
que a obesidade seja revertida nesse tempo.
Doenças como diabetes, hipertensão e colesterol
alto são algumas consequências da obesidade
infantil não tratada. A doença também pode levar a
baixa autoestima e depressão.
4. • Causas Diversos fatores podem causar obesidade infantil. Entre as
mais comuns estão fatores genéticos, má alimentação,
sedentarismo ou uma combinação desses fatores. Além disso, a
obesidade em crianças também pode ser decorrente de alguma
condição médica, como doenças hormonais ou uso de
medicamentos a base de corticoides. Apesar de ser uma doença
com influência genética, nem todos os pais e mães com obesidade
também terão filhos com o problema, assim como pais e mães
dentro do peso podem gerar filhos com obesidade. Isso porque a
obesidade infantil também tem ligação com os hábitos alimentares
da criança e da família, bem como a realização de atividades físicas.
Dessa forma, a alimentação da criança a quantidade de exercício
que ela pratica são fatores determinantes para o aparecimento da
obesidade infantil, ainda que exista histórico familiar do problema.
Fica atento a esses hábitos pode ajudar a prevenir a doença pela
vida toda.
6. • Alguns fatores podem aumentar o risco de
obesidade em crianças e adolescentes. Dieta
desequilibrada, rica em fast foods, alimentos
industrializados e congelados, refrigerantes,
doces e frituras sedentarismo, uma vez que a
atividade física ajuda a queimar as calorias
ingeridas .Histórico familiar de obesidade, uma
vez que a doença tem influência genética e os
maus hábitos alimentares podem ser ensinados
de pai para filho .Fatores psicológicos, como
estresse ou tédio, podem fazer as crianças
comerem mais do que o normal.
8. • Especialistas que podem diagnosticar e tratar obesidade infantil são:
• Pediatra Endocrinologista Nutrólogo Nutricionista. E
• Estar preparado para a consulta pode facilitar o diagnóstico e otimizar o tempo.
• Fazer uma lista com todos os sintomas e há quanto tempo eles apareceram histórico
médico, incluindo outras condições que o paciente tenha e medicamentos ou
suplementos que ele tome com regularidade.
• Anote perguntas para fazer ao médico ou médica .
• Anote as refeições que seu filho faz durante uma semana para mostrar na consulta
médica
• O médico ou médica provavelmente fará uma série de perguntas, tais como: O que
seu filho(a) come em um dia típico? A criança pratica atividades físicas? Com que
frequência? Quais fatores você acredita que afetam o peso do seu filho(a)?Quais
dietas ou tratamentos você já tentou para reduzir o peso da criança ou adolescente?
Você tem familiares com problemas de peso? Você está pronto para fazer mudanças
no estilo de vida da sua família para ajudar seu filho(a) a perder peso? O que pode
estar impedindo o emagrecimento da criança ? A criança, ou a família, come
enquanto assiste TV ou usa um computador?
• Para obesidade infantil, algumas perguntas básicas incluem: Que outros problemas
de saúde meu filho(a) pode ter ?Quais são as opções de tratamento? Existem
medicamentos que podem ajudar a controlar a obesidade e outras condições de
10. O tratamento da obesidade é complexo e multidisciplinar. Não existe
nenhum tratamento farmacológico em longo prazo que não envolva
mudança de estilo de vida. Há várias opções de tratamento para a
obesidade infantil e o sobrepeso. Quanto maior o grau de excesso de
peso, maior a gravidade da doença. As crianças devem ser abordadas
individualmente e conforme a idade, uma vez que cada uma pode
apresentar diferentes fatores que aumentam seu risco para obesidade.
Para as crianças e adolescentes que estão acima do peso ou com
obesidade leve, sem risco de desenvolver outras doenças, pode ser
recomendada apenas a manutenção. A explicação: o crescimento da
criança pode fazer com que ela entre numa faixa de IMC saudável,
sem necessariamente precisar emagrecer. Já para crianças com
obesidade instalada e risco de desenvolver outras doenças, a PERDA
DE PESO é recomenda. O emagrecimento deve ser lento e constante,
e os métodos são os mesmos adotados para adultos – ou seja, comer
uma dieta saudável e praticar exercícios. O sucesso depende em
grande parte de seu compromisso de ajudar seu filho ou filha a fazer
essas mudanças.
11. • Os pais são os que compram a comida, cozinhar os alimentos
e decidir onde o alimento é ingerido. Mesmo pequenas
mudanças podem fazer uma grande diferença na saúde do
seu filho: Invista nas frutas, legumes e vegetais. Prefiro
alimentos integrais aos refinados Evite alimentos como
biscoitos, bolachas e refeições prontas. Elas são ricas em
açúcar, sódio e gorduras – tudo o que sua filha ou filho não
pode comer em exagero. Limite o consumo de bebidas
adoçadas, incluindo os sucos industrializados. Essas bebidas
são muito calóricas e oferecem poucos ou nenhum
nutriente.Reduza o número de vezes em que a família vai
comer fora, especialmente em restaurantes de fast-food.
Muitas das opções do menu são ricas em gordura e calorias
Sirva porções adequadas, uma vez que as crianças comer
bem menos do que os adultos. Se sua filha ou filho não
conseguiu comer todo o prato, não o force a terminar.
12. • Além de queimar calorias, os exercícios físicos também
ajudam a fortalecer os ossos e músculos das crianças,
melhoram seu humor e ajudam no sono. Outro fator
importante é que o incentivo à atividade física na infância
pode fazer com que a criança mantenha esses hábitos
no futuro, evitando a obesidade ao longo da vida.
Crianças devem fazer pelo menos um tipo de atividade
física todos os dias, seja ela programa (academia,
esportes ou aulas de dança, por exemplo) ou não
programada (brincadeiras, como pega-pega, esconde-
esconde e usar os brinquedos de um parque).
13. • Para casos graves de obesidade infantil, já associados
com outras condições, podem ser prescritos
medicamentos. No entanto, o tratamento farmacológico
não é frequentemente recomendado para adolescentes e
crianças – a não ser que ele tenha alguma doença que
necessite de tratamento com remédios como distúrbios
da tireoide ou colesterol alto. Contudo, os medicamentos
não substituem a adoção de hábitos saudáveis, como
dieta e prática de exercícios.
14. • A cirurgia bariátrica pode ser uma opção segura e eficaz para
alguns adolescentes severamente obesos que não
conseguiram perder peso através de convencionais. No
entanto, como com qualquer tipo de cirurgia, há risco de
complicações. Além disso, os efeitos a longo prazo da cirurgia
de PERDA DE PESO no crescimento e desenvolvimento
futuro de um adolescente são em grande parte
desconhecidos. É importante que o adolescente seja
acompanho por uma equipe de especialistas, como
endocrinologista, nutricionista, pediatra e psicólogo. Mesmo
assim, a cirurgia não é a resposta fácil para perda de peso.
Ela não garante que a criança vai perder o excesso de peso,
nem mesmo que o peso será mantido depois. Também não
substitui a necessidade de seguir uma dieta saudável e um
programa de atividade física regular.
15. • Você pode adotar algumas estratégias para fazer seu filho ou filha comer melhor e
praticar mais atividades físicas: Se a criança se recusa a comer, seja firme. É muito
importante que os pais fiquem firmes com a criança e sempre exponham a ela os
motivos pelos quais ela deve comer o que eles estão indicando. Ainda mais se ela
pede no lugar algum alimento que não fará bem a ela, como trocar a refeição toda por
um copo de leite ou um lanche fast food. Os pais não devem ameaçar as crianças,
forçar a comer, e sim explicar que este momento é da comida, oferece-lo à criança e,
caso ela não aceite, deixar sua comida guardada, quando a criança estiver com fome,
dar novamente. As crianças (e os adultos também!) precisam provar várias vezes um
alimento antes de dizer que não gostam dele. O ideal é fazer isso desde cedo,
evitando comidas e bebidas mais palatáveis, como itens refinados ou açucarados
artificialmente. Isso não chega a prejudicar o paladar, mas se os pais só comem e só
oferecem para os filhos os sabores salgado e doce, o azedo e o amargo ficam
discriminados e a criança se condiciona a não gostar deles. Por isso, é saudável
oferecer itens como chocolate amargo, limonada não adoçada, entre outros. Como a
criança não vai querer fazer isso de livre e espontânea vontade, é preciso que os pais
sejam criativos e mudem as formas de preparação e apresentação do alimento.
Colocar um legume picado com o macarrão ou arroz, por exemplo, é uma ótima
pedida. Se a criança não foi acostumada desde cedo, é preciso ter paciência, pois ela
realmente demorará um tempo para se adaptar aos outros sabores.
16. • Não adianta nada ofertar alimentos saudáveis, sem que eles
pareçam apetitosos. É claro que se a criança tem como lanches
favoritos salgadinhos e frituras, você deve substitui-los por outros
itens. Porém, dá para colocar os itens mais saudáveis com uma
apresentação mais agradável para a criança. Picar um alimento com
a abobrinha, por exemplo, misturá-lo com outro, fazendo um patê
para um lanche integral, pode ser uma forma de a criança começar a
consumir esse alimento. O ideal é introduzir os novos alimentos com
mais calma, sem fazer muito alarde para a novidade do cardápio.
Não precisa de muito esforço, é só fazer o prato, oferecer
naturalmente e todo mundo comer junto. Se os pais falam muito que
hoje o filho vai provar uma coisa nova, pode atrapalhar a aceitação.
Caso o item não faça tanto sucesso inicialmente, vale apresentá-lo
para a criança de uma outra forma, misturado a outros itens, por
exemplo. Mexer com o lúdico no prato da criança também é muito
importante, brincando com as cores e montando pratos mais
agradáveis ao olhar.
17. • A questão da birra vai além da alimentação – se a
criança faz birra porque quer ou não quer comer algo,
também faz porque quer que os pais comprem algo,
porque não quer obedecer regras e limites, enfim, fazem
birra constantemente. O ideal é que desde cedo os pais
mostrem que eles dão a palavra final nas decisões e que
com a birra a criança não vai conseguir o que quer: seja
um pacote de salgadinho, seja um brinquedo novo. É
importante não reforçar este comportamento. Uma saída
é deixar a criança sozinha no momento da birra e só
conversar com ela quando parar.
18. • Barganhar muitas vezes é uma atitude eficaz, mas nem
sempre é a melhor forma de educar uma criança. Ao
negociar o consumo de vegetais no almoço por uma bela
sobremesa, por exemplo, você não ensina o principal, ou
seja, a necessidade de saúde na refeição, só faz uma
troca sem dar a maturidade pra criança entender o
motivo disso. Ou seja, a criança só fará a ação em busca
de um ganho, e não porque é o certo.
19. • É comum os adolescentes não gostarem de praticar
atividades físicas por ter como única referência as aulas na
escola ou a academia de musculação, que podem ser
consideradas entediantes pelo jovem. Uma forma
interessante de descobrir novas atividades é levá-lo a
clubes ou academias que ofereçam aulas variadas, como
lutas e dança. Ele ou ela pode assistir um pouco de cada
aula, observar as características dos alunos e associar
essa dinâmica às habilidades e preferências que ele possui.
No caso das crianças, encontre atividades que também
estão ligadas com seu gosto pessoal. Por exemplo, se ela
gosta da natureza, experimente uma caminhada no parque
para colher folhas ou observar animais. Se ela gosta de
subir em objetos ou móveis, encontre parques com
brinquedos que possibilitem essa interação, como barras.
Se a criança gosta de ler, podem fazer uma caminhada a
pé ou de bicicleta para uma biblioteca.
20. • Atividades em grupo e ao ar livre são altamente
motivacionais. Uma ida ao parque no final de semana
pode ser um empurrão para o começo da prática de
atividades físicas. Alugar patins e bicicletas ou mesmo
praticar algum esporte em grupo pode servir de estímulo
para o adolescente ou criança perceber que os
exercícios não são desagradáveis como ele pensava. Dê
o exemplo,não basta insistir para que seu filho ou filha
saia do computador enquanto você mesmo não pratica
nenhuma atividade. Os filhos tem os pais como
referência e podem usar o sedentarismo deles como
desculpa para também não praticar exercícios. Estar
atento aos próprios costumes é importante para dar um
bom exemplo aos seus filhos, de forma que eles
encarem a atividade física como algo benéfico.
22. • Como os adolescentes passam por uma fase de mais
independência, pode ser que não se interessem pela ideia dos
passeios com a presença dos pais. Nesses casos, você pode propor
que ele pratique algum esporte ou exercício com os amigos. As
chances de o jovem abandonar a atividade é reduzida quando ele
está entre amigos e pessoas que tem afinidade, pois um acaba
incentivando o outro a fazê-la. Convidar os amigos do seu filho para
o passeio no parque pode ser muito mais motivador para o jovem do
que estar em companhia apenas da família. Não force a barra.T er
pais ativos é uma grande influência para praticar atividades físicas -
mas o tiro pode sair pela culatra caso exista muita cobrança e
competitividade. Algumas pessoas exigem demais que os filhos
pratiquem exercícios e até incentivam a competição. Esses pais não
entendem que a atividade física, nesse momento, deve ser algo para
o prazer. O ideal é deixar que o filho escolha uma modalidade pelos
benefícios à saúde e pela diversão, deixando as competições para
outros momentos.
23. • Um dos maiores dramas da adolescência é a vergonha do próprio
corpo, por ser uma fase de desenvolvimento e mudanças. Isso pode
fazer com que ele rejeite qualquer atividade física que exija roupas
diferentes ou o coloque em situações constrangedoras. Nesses
momentos, a melhor forma de ajudar é conversando com seu filho.
Escutar o que o adolescente tem a dizer e tentar acolhê-lo pode
ajudar a identificar e eliminar as causas do problema. O diálogo vai
possibilitar a busca de alternativas para solucionar a crise. É
importante também não forçar o jovem a praticar qualquer tipo de
atividade com a qual ele não se sinta à vontade. Outro tópico
importante é o bullying, que deve ser observado e identificado pelos
pais ou educadores. Se o seu filho reluta em fazer qualquer tipo de
atividade física, principalmente na escola, pode ser sinal de que ele
foi alvo de bullying e prefere rejeitar essa prática, a fim de que não
sofra mais esse desconforto. Manter um diálogo com ele para tentar
identificar e ajudar a resolver possíveis problemas é sempre muito
saudável. Nesses casos, não querer fazer atividades físicas é só a
ponta do iceberg - pode ser necessário buscar um acompanhamento
psicológico para reverter o problema.
24. • Os pais desempenham um papel crucial para ajudar as
crianças com obesidade a controlar o peso.
• Aproveite todas as oportunidades para construir a autoestima
da criança.
• Não tenha medo de trazer à tona o tema da saúde e fitness
mas ser sensível que uma criança pode ver a sua
preocupação como um insulto.
• Converse com seus filhos diretamente, abertamente e sem
crítica ou julgamento.
• Seja sensível às necessidades e sentimentos de sua filha ou
filho. Encontre razões para louvar os esforços da criança.
• Converse com sua filha ou filho sobre seus sentimentos.
• Ajude sua filha ou filho a focar em objetivos positivos
25. • A obesidade infantil aumenta o risco de uma série de condições,
incluindo:
• Colesterol alto
• Hipertensão
• Doença cardíaca precoce
• Diabetes tipo 2
• Problemas ósseos
• Síndrome metabólica
• Distúrbios do sono
• Esteatose hepática não alcoólica
• Puberdade precoce
• Depressão Asma e outras doenças respiratórias
• Condições de pele como brotoeja, infecções fúngicas e acne
• Baixa autoestima
• Problemas de comportamento.
27. • Agende anualmente visitas de acompanhamento para sua filha ou
filho. Dê um bom exemplo. Certifique-se de comer alimentos
saudáveis e fazer exercícios regularmente para manter seu peso
• Evite disputas de poder relacionadas com os alimentos.
• Não use doces ou outros pratos como recompensa ou punição para
as atitudes da criança
• Enfatize o positivo, destacando o lado positivo da boa alimentação e
do exercício
• Seja paciente.
• Muitas crianças com excesso de peso podem chegar a um peso
saudável com o crescimento.
• Perceba, também, exagerar nas recomendações de dieta e atividade
física pode sair pela culatra, fazendo a criança comer mais e
aumentando o risco de um distúrbio alimentar
• Seja responsável com seu próprio peso.
• A obesidade geralmente ocorre em vários membros da família.
• Se você precisa perder peso, isso vai motivar a criança a fazer o
mesmo