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EgoCiência



                                e



                        Serciência



                          Ensaios


Auxílio à busca do SER, busca essa, inscrita no DNA Cósmico-
              Terreno, de cada animal humano.




               Autoria: Maria do Rocio Macedo Moraes

                       Curitiba – PR - Brasil




                                 1
Para download livre.
Informação importante: O livro EgoCiência e SerCiência ─ Ensaios (bem como o EgoCiência e
SerCiência ─ Em busca de conexões Quânticas) foi encaminhado à AMORC, como doação e
guarda, do mesmo.




                                            2
Profundos agradecimentos a:



Eloá Macedo Moraes e Vinicius Mossurunga Moraes, meus “compositores” por terem me
ensinado a ver e ouvir além do que vejo e ouço.



Cleidi, pela sua profunda afeição e despreendimento.



Gil, pela ponte através da qual cheguei ao outro lado.




                                               3
Sempre senti como se minhas moléculas estivessem confinadas a um espaço muito pequeno,
materialmente falando.

Percebia suas agitações, suas turbulências, quase ao ponto de explosão.

Então, pouco a pouco, fui aprendendo a liberá-las além de mim; sobreveio, então, a paz e o
bem-estar físico e mental.

Ofereço este livro a todas as pessoas que, como eu, sentem suas moléculas “gritando” por
mais espaço.




                                             4
“À querida filhinha Maria do Rocio, ofereço este álbum

para que nele guardes as tuas melhores recordações.



             Querida Filha:

                      Tendo

            Deus ─ como único Bem

                   a vida ─ como meio

                    a virtude ─ por sustentáculo,

            Olha teu futuro, amando sempre a virtude;

                    Entra na vida!

                              Sorri!

                                Caminha!

Lembrando-te sempre destas palavras que tua mãe escreveu, creia sempre que a
verdadeira grandeza está na virtude e não no êxito dos negócios ou de uma carreira,
porque os bens do mundo são inconstantes e podes perdê-los, ao passo que os bens
acumulados em ti mesma, a custa de aperfeiçoar-te no saber e na dignidade, nenhuma
força conseguirá destruí-los!



                      Tua mãe que muito te quer.

                                            Eloá.

                                        Curitiba, 29-5-1951”



Tomei a liberdade de iniciar este livro com palavras de minha mãe, ao dar-me de presente
um álbum, quando de meus 7 anos, completados em 05/02/51.

A página desse álbum está comigo até hoje; as palavras estão gravadas na estrutura
quântica do Ser.




                                            5
SUMÁRIO
PRÓLOGO................................................................................................................................. 10



                                               EGOCIÊNCIA E SERCIÊNCIA

                                                              ENSAIOS

                                                              PARTE 1

ESPAÇO 1 EXPLICAÇÕES PRELIMINARES .......................................................................... 13

ESPAÇO 2 MUNDO ................................................................................................................. 16

ESPAÇO 3 NÃO MUNDO........................................................................................................ 17

ESPAÇO 4 VIDA .................................................................................................................... 18

ESPAÇO 5 NÃO VIDA............................................................................................................ 19

ESPAÇO 6 MATÉRIA ............................................................................................................. 20

ESPAÇO 7 NÃO MATÉRIA ..................................................................................................... 21

ESPAÇO 8 ESPAÇO E TEMPO............................................................................................. 22

ESPAÇO 9 NÃO PENSAR ...................................................................................................... 23

ESPAÇO 10 CONSIDERAÇÕES SOBRE ESTÁGIO E ESTADO ........................................... 24

ESPAÇO 11 O AGORA ........................................................................................................... 25

ESPAÇO 12 A PERFEITA COMPOSIÇÃO ............................................................................. 26

ESPAÇO 13 O TEMPO, PASSA? .......................................................................................... 28

ESPAÇO 14 “VIAGEM” À NÃO MATÉRIA............................................................................... 29

ESPAÇO 15 SENTINDO A NÃO MATÉRIA ............................................................................ 30

ESPAÇO 16 “RUÍDOS” DO SILÊNCIO ................................................................................... 31

ESPAÇO 17 CHOQUE DICOTÔMICO .................................................................................... 32

ESPAÇO 18 DE ONDE VIM? PARA ONDE IREI? ................................................................ 33

ESPAÇO 19 PENSARES 1 ..................................................................................................... 34

ESPAÇO 20 PENSARES 2 ..................................................................................................... 35

ESPAÇO 21 PENSARES 3 ..................................................................................................... 36

ESPAÇO 22 PENSARES 4 .................................................................................................... 37


                                                                    6
ESPAÇO 23 PENSARES 5 ..................................................................................................... 38

ESPAÇO 24 QUEM MORRE?................................................................................................. 39

ESPAÇO 25 PENSARES 6 ................................................................................................... 40

ESPAÇO 26 ESTADO NÃO ................................................................................................... 41

ESPAÇO 27 SENTIR CONEXO ............................................................................................. 42

ESPAÇO 28 INTELIGÊNCIA E............................................................................................... 43

ESPAÇO 29 TODO CONEXO ................................................................................................ 44

ESPAÇO 30 GERAÇÃO ......................................................................................................... 45

ESPAÇO 31 PENSARES 7 ................................................................................................... 46

ESPAÇO 32 PENSARES 8 ..................................................................................................... 47

ESPAÇO 33 A FACE OCULTA DA MENTE ............................................................................ 48

ESPAÇO 34 PENSARES 9 .................................................................................................... 49

ESPAÇO 35 A PESSOA MATÉRIA........................................................................................ 50

ESPAÇO 37 E DEUS?............................................................................................................. 53

ESPAÇO 38 POR QUE DO ESTÁGIO MATÉRIA? ................................................................ 54

ESPAÇO 39 CONEXÃO ......................................................................................................... 55

ESPAÇO 40 REALIMENTAÇÃO ENERGÉTICA .................................................................... 56

ESPAÇO 41 GERAÇÃO DE UM SER PLENO ....................................................................... 57

ESPAÇO 42 FELICIDADE, O QUE É? ................................................................................... 60

ESPAÇO 43 SER PLENO ....................................................................................................... 61

ESPAÇO 44 REDE INVISÍVEL................................................................................................ 62

ESPAÇO 45 DÚVIDAS ............................................................................................................ 63

ESPAÇO 46 PENSARES 11 ................................................................................................... 64

ESPAÇO 47 PENSARES 12 ................................................................................................... 65

ESPAÇO 48 MUNDO MATÉRIA ............................................................................................. 66

ESPAÇO 49 EGOCIÊNCIA ..................................................................................................... 67

ESPAÇO 50 PENSARES 13 ................................................................................................... 68

ESPAÇO 51 DIREITO DE PENSAR E OUSAR....................................................................... 69


                                                               7
ESPAÇO 53 PENSARES 15 ................................................................................................. 71

ESPAÇO 54 PICO EVOLUTIVO............................................................................................. 72

ESPAÇO 55 O SEMPRE ........................................................................................................ 73

ESPAÇO 56 O TODO CONEXO ─ VOCÊ.............................................................................. 74

ESPAÇO 57 “EMBRIONAR-SE”.............................................................................................. 75



                                              EGOCIÊNCIA E SERCIÊNCIA

                                                            ENSAIOS

                                                             PARTE 2

EXPLICAÇÕES PRELIMINARES.............................................................................................. 77

ESPAÇO 1 MUNDO ................................................................................................................ 79

ESPAÇO 2 NÃO MUNDO.......................................................................................................... 85

ESPAÇO 3 VIDA ....................................................................................................................... 87

ESPAÇO 4 NÃO VIDA............................................................................................................. 91

ESPAÇO 5 MATÉRIA .............................................................................................................. 92

ESPAÇO 6 NÃO MATÉRIA ..................................................................................................... 95

ESPAÇO 7 ESPAÇO E TEMPO DA MATÉRIA ....................................................................... 98

ESPAÇO 8 ESPAÇO-TEMPO DA NÃO MATÉRIA ............................................................... 100

ESPAÇO 9 SENSAÇÃO DE SER............................................................................................ 103

ESPAÇO 10 PENSAR ............................................................................................................. 104

ESPAÇO 11 NÃO PENSAR .................................................................................................. 106

ESPAÇO 12 “EU SOU”.......................................................................................................... 108

ESPAÇO 13 EGOCIÊNCIA E SERCIÊNCIA .......................................................................... 113

ESPAÇO 14 PENSARES/SENTIRES ................................................................................... 120

ESPAÇO 15            UM POUCO DOS CAMINHOS PERCORRIDOS............................................. 122




                                                                   8
EGOCIÊNCIA E SERCIÊNCIA

                                                            ENSAIOS

                                                            PARTE 3

EXPLICAÇÕES PRELIMINARES............................................................................................ 127

“PRIORIDADE 1 ─                OBJETIVO MUNDIAL”......................................................................... 136

ADENDO AO EGOCIÊCIA E SERCIÊNCIA ─ PARTE 3......................................................... 136

INTRODUÇÃO......................................................................................................................... 136




                                             EGOCIÊNCIA E SERCIÊNCIA

                                                            ENSAIOS

                                                            PARTE 4

EXPLICAÇÕES PRELIMINARES............................................................................................ 144

ESPAÇO 1 PRESSENTIMENTOS/SENSAÇÕES .................................................................. 145

ESPAÇO 2           SOBRE AS 4 PARTES DO EGOCIÊNCIA E SERCIÊNCIA .............................. 152

ESPAÇO 3 EGOCIÊNCIA E SERCIÊNCIA ........................................................................... 155

ESPAÇO 4 ENERGIA............................................................................................................. 160

ESPAÇO 5 SENSAÇÃO ......................................................................................................... 165

ESPAÇO 6 EGO E SER ......................................................................................................... 170

ESPAÇO 7 MENTE E CONSCIÊNCIA .................................................................................. 174

ESPAÇO 8 UM POUCO, DE TUDO QUE FOI VISTO........................................................... 182



BIBLIOGRAFIA REFERENTE À PARTE 4 ............................................................................. 195




                                                                  9
Prólogo

A estória deste livro tem, ao todo, mais de 38 anos.
Ao nascer, ele não tinha esse título ─ EgoCiência e SerCiência; chamava-se Ensaios sobre a
Não Matéria. Como livro, propriamente dito, ele surgiu, para mim, em 1984, mas ele vinha
sendo “gestado”, sem que percebesse, desde 1970 ou, antes.
Nesse tempo de “gestação”, diferentes situações foram vivenciadas por mim, dando início a um
prolongado período de busca por explicações, em diversas áreas, que será exposto na
sequência do livro.
Para que você, leitor, possa acompanhar o passo a passo, dessa busca, ele será dividido em 4
partes diferenciadas para as quais, você terá uma pequena explicação preliminar,
principalmente para situá-las cronologicamente e enfatizar o conteúdo, de cada uma delas.
Devo confessar a você a grande dificuldade que senti em escrevê-lo; o assunto merecia uma
outra forma de exposição, diferente da linear discursiva que não consegue, na maioria das
vezes, expressar a real intensidade dos fatos e experiências.
São inúmeras as dificuldades encontradas por aqueles que sentem necessidade de expor
“descobertas” que abrangem o inacessível, à pessoa, quando de seu envolvimento maior com
a matéria, simplesmente. Essas dificuldades principiam pela forma como expor o assunto que,
em si, é extremamente simples, extremamente claro para quem já caminhou e caminha por ele,
mas que se torna complexo e aparentemente obscuro, quando o envolvemos com as palavras
passíveis de uso, para sua abordagem.
Nessa hora, tomamos consciência, de forma mais profunda, da enorme defasagem entre as
palavras passíveis de uso e a essência daquilo que desejamos expressar, através delas.
Muitos percebem essa “incapacidade”, das palavras, em transmitir a essência mesma
principalmente, do que se escreve.
No interessantíssimo livro ─ Sejam sábios, tornem-se profetas, dos físicos Georges Charpak e
Rolan Omnès, destaco o trecho a seguir: “E com efeito existem, por trás dessa aparente
magia, leis perfeitamente coerentes, hoje comprovadas em todos os seus aspectos e cuja
estranheza tem um motivo simples. Como nossa imaginação e nossa intuição foram formadas
num mundo de escala média, ou seja, em nossa própria escala, nada nos permite imaginar o
mundo dos átomos e das partículas, nem do espaço-tempo. Pior ainda, as palavras de nossa
linguagem, embora sejam perfeitamente capazes de descrever o que vemos todos os
dias, não têm a sutileza das matemáticas, de tal maneira que nos atrapalham com a
mesma frequência com que nos ajudam.”( negrito da autora)



                                               10
Assim, peço a você leitor, que procure ir ao âmago do assunto e até mesmo das palavras, pois
a sua interpretação para tudo que lerá é, para mim, o aspecto mais importante e até mesmo, a
razão de tê-lo “escrito” ─ o uso de aspas é pertinente e você saberá, em momento oportuno, a
razão.




                                            11
EgoCiência e SerCiência
                                  Ensaios
                                         Parte 1

  “ A mais bela emoção de que somos capazes é a mística. Ela é a força de toda arte e ciência
verdadeiras. Aquele que não a experimenta está praticamente morto. Saber que o que é
impenetrável para nós de fato existe, manifestando-se como a sabedoria maior e mais preclara
formosura, que nossas toscas faculdades só podem captar em sua forma mais primitiva ─ esse
conhecimento, esse sentimento está no centro da verdadeira religiosidade.

Neste sentido, e apenas nele, pertenço ao grupo dos homens devotadamente religiosos.”
Albert Einstein



“Se nossos sentidos fossem suficientemente apurados, perceberíamos o penhasco imóvel
como um caos dançante.”    Nietzche




                                             12
Espaço 1 Explicações Preliminares

  O EgoCiência e SerCiência precisa de algumas explicações preliminares para esclarecer a
razão da utilização dos termos Não Matéria, Não Vida, Não Mundo, Não Pensar e também a
razão de estar dividido em quatro partes

  Antes, entretanto, quero dizer a você que se a 1ª parte vier e oferecer certa dificuldade de
compreensão ou, ao contrário, demasiada simplicidade, você pode avançar para a 2ª onde
tudo se torna mais claro, mais abrangente.

  Entretanto, ler o EgoCiência e SerCiência na seqüência apresentada poderá mostrar              a
você o passo a passo que envolveu todas as experiências que culminaram na escrita dele.

  Comecemos pelos termos, que apesar de não serem inéditos, pois em diversos tipos de
literatura, um ou outro já foi utilizado ─ ou insinuado ─, para mim, eles “surgiram” vindos de três
direções que poderíamos dizer, opostas. Apesar de extremamente difícil de explicar, em
poucas linhas, tentarei fazê-lo da maneira mais simples possível.

  Durante um certo período de minha vida, precisei procurar uma forma de autoanálise mais
direcionada a esclarecer a razão do meu repúdio à grande maioria daquilo que chamei de
“programações         mundo”,      que       englobavam       quase       todo      o     sistema
sócio/econômico/político/cultural e religioso, em vigência em nosso mundo.

  O que havia comigo? Por que o “sistema operacional” embutido em meu “hardware” não
rodava as “programações mundo” vigentes, satisfatoriamente?

  Após várias tentativas, resolvi analisar também as “programações mundo”; pensei e tentei
reprogramar em linguagem diferente daquelas em que as “programações mundo” chegavam
até mim; a esses novos programas dei o nome de “programações não mundo”, para diferenciá-
las das anteriores.

  Essa foi, provavelmente, a primeira semente lançada; o verso e o reverso jogados para o
alto; o sim e o não desvestidos de recortes e perfeitamente unidos.

  Como resultado mais efetivo da análise feita, posso apontar a descoberta da existência, em
mim, de um “sensor” fortemente atuante, que emitia sinais de rejeição àquilo que não admitia,
oferecendo, ao mesmo tempo, as razões dessa rejeição à mente consciente.




                                                13
Em outro período, resolvi analisar os efeitos que poderia causar em mim, ouvir-me falar
sobre os mais diversos assuntos que viessem a minha cabeça, espontânea e naturalmente.
Assim, fiz uma série de gravações onde expunha meus pensamentos e depois ouvia as fitas
para verificar como eles retornavam a mim, sonoramente. Numas dessas gravações, surgiu o
termo Não Matéria como substituto de termos como alma, espírito, e outros.

  Bem mais tarde, foram surgindo momentos de inspiração quando, estivesse onde estivesse,
e independente do que fazia, palavras, frases e até parágrafos, um pouco mais longos,
“surgiam” em minha cabeça e tinha que escrevê-los; nessas ocasiões, Não Matéria, Não Vida,
Não Mundo, Não Pensar eram termos dominantes.

  Esses foram os três caminhos através dos quais esses termos utilizados no EgoCiência e
SerCiência conectaram-se para dar vazão, creio eu, a uma verdade maior, muito maior ─ O
TODO CONEXO ─ que inclui e “funde” o sim e o não; a cara e a coroa; o real e o imaginário; o
visível e o invisível; a vida e a morte; enfim, unificação dos opostos, justamente por não serem
opostos.

  Portanto, mesmo não sendo neologismos ─ Não Matéria, Não Vida, Não Mundo, Não
Pensar ─, assim o foram, para mim, em relação ao ESTADO NOVO que a partir deles e com
eles, descobri.

  A divisão em parte 1, 2, 3, 4 é consequência natural do processo de caminhada; as coisas
não aconteceram todas ao mesmo tempo; houve um passo a passo que poderá ser
perfeitamente sentido pelo leitor; por essa razão, cada parte terá uma explicação exclusiva.

  Complementando o EgoCiência e SerCiência ─ mais especificadamente em sua parte 3 ─
vem o “Prioridade I ─ Objetivo Mundial”, uma parte extremamente delicada, séria , muito mais
transpessoal ─ em todo o seu conteúdo ─ do que qualquer das outras partes.

  Este livro será composto por Espaços, em sua parte 1 e 2, cada um deles encerrando, em si
mesmo, o que foi proposto ao pensamento. Creio ser essa forma mais livre, mais objetiva de
expor os pontos principais que nortearam quase todo livro, excetuando a parte 4, um pouco
diferenciada, por razões óbvias.

  Esta Parte 1, especificamente, foi a resultante das “conversas” comigo mesma, gravadas
em fitas K7, e dos escritos que surgiam ─ quase como os conhecidos insights ─ em vários
momentos de minha vida.




                                               14
Quando resolvi passar tudo para o papel, nasceu a Parte 1 do então Ensaios Sobre a Não
Matéria, isto em 1984, sendo que em 2008, seu nome foi mudado para o atual EgoCiência e
SerCiência ─ Ensaios.

  O Espaço 2, dará início à exposição da caminhada.




                                            15
Espaço 2 Mundo

      Por definição: “conjunto do espaço, corpos e seres que a visão humana pode abranger”. ∗

      Portanto, concebo que existe a mais diferenciada visão de mundo, pois cada pessoa “fecha”
o seu mundo dentro de um quadrado de dimensões variadas, porém, sempre um quadrado,
porque o círculo e/ou a esfera poderia vir a confundir posições que corpos ou seres viessem a
ocupar dentro do espaço “mundo’ de cada pessoa. Mesmo que se tenha ideia de um mundo
esférico, o mundo de cada um fecha-se num quadrado de dimensões variáveis e variadas.

      Normalmente, o mundo de cada um é repleto do concreto, do que é mensurável, do que é
ou já foi provado como “real”, ou seja, existente de fato. Tudo o mais que assim não o foi,
permanece fora do mundo de cada um; não consegue “espaço” dentro do espaço “mundo’, de
cada pessoa.

      E tudo que “pertence” ao mundo de cada um de nós, é hermeticamente fechado e rotulado
por pronomes possessivos que não admitem contestações: meu, minha, meus minhas.




∗
    Conforme definição encontrada no Pequeno Dicionário da Língua Portuguesa de Aurélio B. de H. Ferreira.


                                                                            16
ESPAÇO 3 NÃO MUNDO

  O Não Mundo, não deveria ser associado a nenhuma imagem pré-concebida; entretanto,
usando o círculo e/ou a esfera, proponho que eles podem, independente das dimensões dadas
a eles, configurar INFINITUDE.

  Além disso, o círculo e/ou a esfera, dá a ideia de algo “inflável”, “expandível”. Assim, se a
ideia de “inflável” puder ser associada ao círculo e/ou a esfera, também em relação a eles
pode-se conceber a ideia de “vazio”; mas, se assim for, “inflável” de quê? “Vazio” de quê?

  Com isso quero colocar que o Não Mundo, associado a ideia de algo “inflável”, de algo
“vazio”, só poderá ser “preenchido” pela Não Matéria, e que somente a Não Matéria pode
“captar” a substância do Não Mundo.

  Com tudo que expus acima, tento dizer que o mundo, associado à ideia de um quadrado é
facilmente entendido, e até mesmo, muito real para nós ─ FINITO.

  Não Mundo, associado à ideia de círculo e/ou esfera ─ “vazios”, “infláveis”─, torna-se à
imaginação algo INFINITO.




                                              17
ESPAÇO 4 VIDA

      Por definição: “estado de incessante atividade funcional, peculiar à matéria orgânica, animal
ou vegetal; tempo decorrido entre o nascimento e a morte. ∗

      Mais uma vez um quadrado repleto de imagens, definições que subsidiam a
existência/permanência da matéria “dentro” do mundo.

      E como o próprio mundo, o conceito de vida, a noção de vida, das pessoas, apresenta uma
diversificação imensa. A maior ou menor amplitude de visão de vida, de cada pessoa, vai
provavelmente depender da quantidade de “informações” recebidas, captadas, acumuladas
dentro do limite VIDA  MORTE.

      Portanto, a vida é FINITA.




∗
    Conforme definição encontrada no Pequeno Dicionário da Língua Portuguesa de Aurélio B. de H. Ferreira.


                                                                            18
ESPAÇO 5 NÃO VIDA

  Vazia de imagens, conceitos, definições (inerentes à vida e ao mundo), subsidiando a Não
Matéria em sua “permanência” ─ frequência ─ no Não Mundo.

  A Não Vida não pode ser confundida com a morte.

  Nestes ensaios, a Não Vida deverá ser entendida como ESTADO inerente à vida; portanto, a
Vida é “composição” da própria Não Vida, assim como a Matéria é “composição” da própria
Não Matéria.

  A Não Vida é, na realidade, aquela sensação de “algo mais” que sentimos quando falamos
de vida. É aquele “algo” não reconhecido que paira, naturalmente em nós, quando pensamos
na vida.




                                           19
ESPAÇO 6 MATÉRIA

  Por definição: “qualquer substância sólida, líquida ou gasosa que ocupa lugar no espaço;
substância suscetível de receber certa forma ou em que atua determinado agente.”

  Nós somos matéria; concebemo-nos como tal. Ocupamos lugar no espaço e mais que isso,
ocupamos esse espaço por um determinado período de tempo.

  Como matéria, entendemos, “compreendemos” e vivemos em conformidade com o conceito
de espaço e tempo, “estabelecido” pelo ser humano.

  Como matéria, recebemos determinada forma, moldagem e sofremos a atuação de não
apenas um, mas de dezenas, centenas ou até milhares de agentes.

  A matéria, que somos nós, é uma condição para um Estágio de vida; portanto, uma situação
transitória, passageira. Estamos em trânsito, como matéria, nesta parcela do Universo que é
chamada ─ Planeta Terra.




                                             20
ESPAÇO 7 NÃO MATÉRIA

   Para mim, ESTADO inerente a própria matéria, porém, ainda desconhecido, principalmente
do ponto de vista de nossa matéria, da matéria do ser humano, cuja Não Matéria significa
PURA ENERGIA.

   Essa Não Matéria, que é PURA ENERGIA, anima a matéria e é indizível, individual e
indivisível.

   É indizível porque dela, usando simplesmente palavras, nada se pode dizer; nada se pode
explicar em profundidade.

   É individual ─ e eis a grande maravilha!

   Ela é a parcela Universal que cada um de nós traz, em nosso Estágio matéria. Aí,
exatamente aí reside a IMORTALIDADE e a INFINITUDE do ser humano, e a sua continuidade,
portanto, Ad infinitum.

   E exatamente aqui, quero ousar dizer o seguinte, em função da Não Matéria:

   Ninguém nasce

   Ninguém morre

   Todos continuam!

   A Não Matéria é também indivisível sem, entretanto, deixar de ser permutável. Podemos
permutar, com toda a natureza, a “nossa” Não Matéria, sem que haja a troca de nosso
conteúdo Não Matéria individual, mas sim, a troca de componentes de PURA ENERGIA
UNIVERSAL, que é o significado maior da Não Matéria.

   A ligação Matéria/Não Matéria é de extrema beleza, pois enquanto a Matéria, que somos, é
um mecanismo perfeito, a Não Matéria é de uma sensibilidade, de uma pureza, de uma
intensidade tal, que captá-la, senti-la e vivê-la é a maior felicidade que o ser humano pode
desfrutar, em meu entender, é claro.




                                              21
ESPAÇO 8 ESPAÇO E TEMPO

   Espaço ─ por definição: “extensão indefinida”.

   Espaço ─ concepção mais aproximada do Estado Não Matéria, quando o ser humano não
consegue determinar (materialmente falando), o espaço imaginado; quando ele se perde nessa
concepção passando, sem o perceber, de um espaço limitante e limitado, para um espaço
ilimitado onde não consegue situar-se como matéria. Quando isso ocorre, e é sensível ao ser
humano, a “sensação” descrita é de um vácuo, algo assim como se a matéria deixasse de
sofrer a ação da força da gravidade.

   Tempo ─ por definição: “duração das coisas; duração limitada, sucessão de dias, horas,
momentos...”

   Tempo ─ concepção contrária a Não Matéria, Não Vida, Não Mundo porque a transposição
passado/presente/futuro é, na realidade, ininterrupta, contínua, sobrando desses três “tempos”,
um Infinito AGORA, que é a única realidade distinta e realmente sensível, em termos de tempo
“vivo”.

   E o AGORA, que é INFINITO E ETERNO, é o “tempo” da Não Matéria, Não Vida, Não
Mundo.




                                               22
ESPAÇO 9 NÃO PENSAR

  O desconhecimento ou a insensibilidade à Não Matéria, Não Vida, Não Mundo cria, no ser
humano, estado de ansiedade quase incontrolável e toda a força é canalizada para a matéria,
vida e mundo que, por serem Estágios por enquanto dissociados do Estado Não Matéria, Não
Vida, Não Mundo são finitos, atribulados, desfocados, inconexos; são repletos de valores, não
totalmente falsos, mas sim, incompletos, porque não abrangem a Não Matéria, Não Vida, Não
Mundo.

  Veja, a matéria é passível de análises em laboratórios, através de ciências conhecidas, do
nosso mundo. A Não Matéria, não deverá ser passível de análises através das ciências do
mundo, pois seus “elementos” não são os elementos conhecidos ou presumidos pela ciência,
tal qual a temos; algo mais terá que ser associado a ela.

  Veja também o seguinte: mundo ─ por mais extensa que possa ser a suposição de mundo,
de cada pessoa, não é abrangente o bastante para captar o Não Mundo, pois é sempre
necessário utilizar “recortes” conhecidos para captar logicamente, e entre os “recortes”
conhecidos, não surge um específico para o Não Mundo, por mais que a pessoa pense a
respeito.

  Mas, é exatamente no pensar que reside a impossibilidade maior de captação do Não
Mundo, porque o Não Mundo é impenetrável quando se pensa nele, na forma usual de pensar,
do ser humano. O Estado para captação e compreensão da Não Matéria, Não Vida, Não
Mundo é exatamente o Estado do Não Pensar.




                                               23
ESPAÇO 10                                      CONSIDERAÇÕES SOBRE ESTÁGIO E
ESTADO

      No decorrer deste livro, vamos falar muitas vezes em Estágio e ESTADO. Para que você
possa compreender melhor o que será dito, é preciso que fique esclarecido o que realmente
quero dizer com Estágio e ESTADO, no que concerne ao assunto.

      Estágio, por definição: “aprendizado; situação transitória de preparação.”∗

      ESTADO, por definição: “modo de ser ou estar; situação; posição, modo de vida;
condição.”∗∗

      Assim, considero e chamo de Estágio, a matéria, a vida, o mundo, o pensar, encaixando-os
perfeitamente dentro daquilo que temos condição de constatar, analisar e até mudar.

      Por ESTADO, chamo a Não Matéria, a Não Vida, o Não Mundo e o Não Pensar, por
considerá-los condição natural dos estágios matéria, vida, mundo e pensar.

      Existe uma “simbiose” perfeita entre Matéria e Não Matéria, Vida e Não Vida, Mundo e Não
Mundo, Pensar e Não Pensar, havendo, em consequência, benefícios recíprocos entre Estágio
e ESTADO.

      Vejamos. O Estágio Matéria seria demasiadamente “vazio” se nele não existisse o ESTADO
Não Matéria.

      Por outro lado, o ESTADO Não Matéria impregna toda a matéria, dissociando-se desta,
apenas quando a matéria perde sua condição de vida natural ─ quando a matéria “morre” ─,
permanecendo a Não Matéria, que por ser um ESTADO puramente energético, deve ser
“sugado” para campos energéticos naturais, do Universo, justamente por ser PURA ENERGIA.

      De uma certa forma, a matéria “segura”, “prende” a Não Matéria, pelo menos enquanto
permanecemos na ignorância quanto ao ESTADO Não Matéria, pois quando o captamos,
quando o reconhecemos, quando o compreendemos, passamos a sentir, em toda profundidade
e extensão, a leveza, a suavidade da Não Matéria.

      Importante observar, que o ESTADO Não Matéria “existe’ enquanto a matéria é natural;
enquanto a matéria é natural é também Não Matéria, ─ PURA ENERGIA !




∗
    Conforme definição encontrada no Pequeno Dicionário da Língua Portuguesa de Aurélio B. de H. Ferreira.
∗∗
    Idem, acima.


                                                                            24
ESPAÇO 11 O AGORA

  Quando o ser humano pensa, dentro ou em conformidade com a estrutura chamada “lógica”
de pensar, cabe perfeitamente tempo fracionado minuto a minuto, segundo a segundo. Cabe
perfeitamente passado, presente e futuro, porque a “extensão” dada a cada um encaixa-se,
perfeitamente, dentro do chamado “raciocínio lógico”.

  Agora veja:

  Passado: condição do que deixou de ser AGORA;

  Presente: contínuo AGORA.

  Futuro: o mais indefinível e nunca realmente vivenciado, porque só se vive o AGORA, que é,
          em si mesmo─

  Passado/Presente/Futuro.




                                              25
ESPAÇO 12 A PERFEITA COMPOSIÇÃO

  Vamos ver se consigo transmitir, o que considero ser a Perfeita Composição.

  O Estágio Matéria, associado ao ESTADO Não Matéria é a grande realidade universal
porque é inconcebível a “solidão” da matéria, no Universo. A matéria, pura e simplesmente, não
consegue manter uma ligação mais íntima com o Universo, por mais que ela, a matéria, tenha
em sua composição elementos          do próprio Universo. Entretanto, mesmo o conhecimento
desses elementos comuns entre o ser humano e o Universo, não consegue despertar, no ser
humano, a consciência, a certeza de sua universalidade, de sua infinitude. Porém, o Estágio
Matéria associado, conexo ao Estado Não Matéria, traz ao ser humano a certeza de ser
Universal, de ser Pura Energia, Sempre.

  O Estágio Mundo, onde a “nossa” matéria se localiza, onde encontra seu habitat natural,
desenvolve-se, prolifera-se, é também muito concreto para fazer a pessoa sentir-se Universal,
principalmente quando esse Estágio Mundo, ao qual nos referimos, deixa de ser observado
como natural e passa a ser vivido, quase que exclusivamente, em sua composição artificial, ou
seja, o mundo material artificial, cria do ser humano. É realmente o mundo do concreto,
onde a validade maior está em comprovar, materialmente falando, tudo que nos cerca.

  Porém, quando o ser humano descobre o ESTADO Não Mundo, ele passa a beneficiar-se
bem mais do Estágio Mundo, tanto matéria quanto Não Matéria.

  Quanto ao Estágio Vida, a sua associação, a sua conexão ao ESTADO Não Vida, é o
vínculo mais forte entre o ser humano e o INFINITO dele. O ser humano aprendeu que após a
vida, ou seja, com a morte, é que ele passa a “viver” realmente. O curto espaço do ser
humano, entre a vida e a morte, é preenchido por inúmeras atividades físicas e mentais. As
atividades físicas são, em sua grande maioria, relacionadas à sobrevivência; as atividades
mentais, entre outras coisas, deveriam permitir ao ser humano, profundos questionamentos
sobre si mesmo, sobre a vida, mas normalmente, esses questionamentos do ser humano (pela
pouca amplitude e distorção das respostas dadas a ele), o levam a distanciar-se deles por
trazer-lhe uma profunda desilusão e um distanciamento, cada vez maior, da Unidade Universal
que palpita em seu íntimo e que ele procura ardentemente comprovar, de forma consciente ou
não. Assim, a esperança de que com a morte a pessoa possa encontrar essa Unidade
Universal, não é tão acalentadora.


                                              26
O ser humano, consciente ou inconscientemente, “sente” que gostaria de sentir algo mais
em sua vida e não ficar, apenas, na esperança de que um dia, após a morte, ele irá sentir o
que realmente deseja e que não sabe, na maioria das vezes, identificar o que é. E por não
saber identificar   sua insatisfação, por não saber identificar o que realmente sente, o ser
humano pensa, pensa muito, e o Estágio Pensar é algo profundamente ligado ao Estágio
Matéria. Dissociado do ESTADO Não Pensar, o Estágio Pensar permite ao ser humano
“concluir” apenas o superficial, por mais que esse superficial seja extremamente complexo e dê
a impressão de que é o máximo que a pessoa pode atingir em termos de conhecimento de si e
do mundo.

  Porém, o Estágio Pensar, associado, conexo ao ESTADO Não Pensar, abre ao ser humano
todos os caminhos possíveis do conhecimento Universal; derruba todas as barreiras do simples
pensar e abrange a Plenitude do TODO, sem recortes, sem limite algum, sem as
complexidades do pensar comum.

  O mais importante a sentir é que, enquanto Estágio, a matéria, a vida, o mundo, o pensar
estão devidamente recortados, desunidos; são parcelas bem distintas, para nós, de um Todo
que sabemos existir, mas que não conseguimos sentir.

  O ESTADO NÃO é o TODO CONEXO do qual, todo ser humano é, após atingir a sua
PLENITUDE DE SER.




                                              27
ESPAÇO 13 O TEMPO, PASSA?

  É importante observar, que enquanto no ESTADO Não Matéria, o espaço e o tempo
praticamente inexistem ─ da forma como nós os concebemos ─, no Estágio Matéria eles
vigoram em toda plenitude.

  Materialmente falando, ocupamos espaço e sofremos a influência do tempo que, segundo a
segundo, e de acordo com o conceito que temos de tempo, age de forma não dominável e sim,
de forma dominadora. Usamos uma expressão muito comum e incrivelmente associada ao
Estágio Matéria:   “o tempo passa”, expressão essa que causa certa angústia e um
‘”apressamento” em aproveitar ao máximo o tempo.

  Porém, no ESTADO Não Matéria, existe a libertação de conceitos materiais de espaço e
tempo, e com isso, a “fluidificação” é possível; é sensível ao ser humano tornar-se não
dimensionável.

  Na grande realidade, não é o tempo que passa: o tempo é, digamos assim, “estático”; na
realidade ele inexiste na forma como o concebemos no Estágio Matéria. O que passa, muda,
desloca-se é a matéria, enquanto a Não Matéria, associada ao Não Tempo, permanece
SEMPRE.

  Um dos mais famosos paradoxos da física moderna, o chamado “paradoxo dos gêmeos”
pode bem “demonstrar” a possibilidade de um tempo que não o que nós temos conhecimento,
em nosso Estágio Matéria.




                                           28
ESPAÇO 14 “VIAGEM” À NÃO MATÉRIA

  Uma coisa é certa, não será possível conceber algo sobre o ESTADO Não Matéria e
Estágio Matéria, se não os conhecermos em profundidade; e só conheceremos o Estágio
Matéria, em sua realidade, quando conhecermos o ESTADO Não Matéria, porque o Estágio
Matéria é totalmente avulso, externo, massificante, enquanto o ESTADO Não Matéria é
composto, interno, peculiar.

  Ele, o ESTADO Não Matéria, é composto por ser INFINITO e não pode ser decomposto por
ser INFINITO. Como decompor o INFINITO?

  O ESTADO Não Matéria é também peculiar, porque cada um de nós terá uma extensão,
uma dimensão do ESTADO Não Matéria totalmente compatível com o que realmente é, como
Não Matéria; não será igual a nenhum outro, sem ser diferente dos demais, pois a esse nível
as diferenças, da forma como nós entendemos diferenças, não existem.

  Ele também é interno, porque é só daquele ser humano, porque ele, o ESTADO Não Matéria
foi “captado” pelo ser humano em seu interior, não fora dele; foi preciso fazer uma viagem
interna, por suas entranhas, para que essa viagem interna o impulsionasse a uma vivência
diferente, e como vivência quero dizer algo interno, algo nas entranhas sendo captado/sentido.
Pode-se até chegar ao ESTADO Não Matéria através de algo externo, entretanto, é preciso
observar que o estímulo pode ser externo, mas a captação da realidade, a captação do
ESTADO Não Matéria é interno; acontece dentro de nós, em nosso interior profundo, levando-
nos, impulsionando-nos àquela viagem por nós, em nós.




                                             29
ESPAÇO 15 SENTINDO A NÃO MATÉRIA

  Torno a dizer que o uso de palavras dificulta tremendamente a compreensão do assunto, até
mesmo porque o assunto não é apenas para ser compreendido; o assunto é para ser sentido,
vivenciado e o que se sente, não tem como ser transferido através de palavras ou, de qualquer
outra forma comum, usual.

  A única coisa que se pode fazer é tentar, “externamente”, fazer com que haja, em cada um,
a vontade ou até mesmo a curiosidade em “experimentar” o ESTADO Não Matéria, mais a
fundo, já que todos o sentimos porém, ainda superficialmente, indefinidamente.

  Só que, após os primeiros “sentires” do ESTADO Não Matéria, qualquer que tenha sido o
motivo que levou a pessoa a principiar a caminhada ao seu encontro, esse motivo será
transformado em algo indefinível: não será vontade, desejo ou curiosidade; será um “sentir”
todo particular, infinitamente particular, indestrutivelmente particular.




                                                  30
ESPAÇO 16 “RUÍDOS” DO SILÊNCIO

  Quando a pessoa penetra em seu ser, em “sua” Não Matéria, é como se saísse da agitação
da vida artificial urbana e penetrasse numa caverna; por instantes, fica aturdida entre as
“lembranças” dos ruídos externos e o profundo, absoluto silêncio do novo local.

  Após algum tempo, que variará de pessoa para pessoa, gradualmente começam a ser
percebidos os ruídos próprios da caverna, que antes, era absoluto silêncio. E há então, um
apuro tão grande dos sentidos auditivo e visual, que o ser humano passa a ouvir e ver coisas,
que de fora da caverna, jamais poderia imaginar houvesse em seu interior.

  O mesmo ocorre conosco, quando penetramos em nosso interior; passamos a ouvir e ver
coisas de uma forma que jamais imaginaríamos.

  Esse ouvir e ver nada tem com algo como imagens e sons estranhos, anormais e sim,
passar a ver as coisas e ouvir os sons com uma profundidade maior, captando, através desse
“ver” e “ouvir”, mensagens plenas de significação, que serão             compreendidas, em
profundidade.




                                              31
ESPAÇO 17 CHOQUE DICOTÔMICO

  Vejamos o seguinte: a gente vive, materialmente falando, com a ideia/sugestão de dois
mundos completamente diferentes, opostos  o mundo material e o chamado mundo
espiritual. Essa dicotomia, inevitavelmente traz sobreposição de valores, que logicamente,
entram em choque constantemente.

  Por que?

  Porque o material é próximo, é aqui, é agora, é palpável, mensurável, etc, etc, etc...

  Em contrapartida, o chamado “mundo espiritual” é distante, é o depois; é um futuro sequer
passível de imaginação.

  Ao conseguirmos extirpar essa dicotomia, de nossa existência, sentindo as coisas como
Matéria e Não Matéria, traremos para nosso espaço conhecido, toda a certeza, toda realidade
daquele algo desconhecido, não sentido, jamais vivenciado por nós. Essa, creio eu, é e será
sempre a grande realização do ser humano; a mais profunda, a mais verdadeira; aquela
esperada, ansiada por todos, mesmo que inconscientemente.

  A metamorfose que ocorre no ser humano que capta e passa a viver em sintonia com as
duas maiores realidades existentes  Matéria e Não Matéria  , é algo inenarrável,
intransferível sob qualquer forma conhecida. Somente ao “captar”, ao vivenciar essa realidade
é que o ser humano pode saber o que realmente é, muito mais porque, cada ser humano é
uma única e legítima parcela da existência, não havendo duas iguais em hipótese alguma,
naturalmente falando. Exatamente nessa legítima individualidade é que residem as diferenças
de “sentires”, e daí digo que: somente vivenciando o ESTADO Não Matéria, o ESTADO NÃO,
O TODO CONEXO, é que o ser humano poderá realmente desfrutar da amplitude de sua
existência, pois cada um tem um grau de sensibilidade energética para vivê-lo, em maior ou
menor amplitude, porém todos, sem exceção, podem captá-lo, senti-lo, vivenciá-lo.

  Assim, inexistem mestres que possam fazer alguém “sentir” essa realidade maior  CADA
UM SERÁ SEU PRÓPRIO MESTRE , pois cada um encontrará dentro de si, O MESTRE.

  O que pode existir são pessoas que tentem, através de palavras, falar de suas experiências
levando a que outros desejem conhecer essa realidade dual natural  sem ser dicotômica ,
levando-os a observar, com maior agudez, quando e como sentirem que estão próximos dela.




                                               32
ESPAÇO 18 DE ONDE VIM? PARA ONDE IREI?

  Esses questionamentos, entre tantos outros que o ser humano faz, demonstram que ele não
prevê, para si, uma participação isolada a este Estágio.

  Só que os questionamentos saem do ser humano, para outros pontos, de forma
inteligente/racional; dessa forma, apenas, não há como conseguir que eles atinjam a plenitude
onde “orbitam” as verdadeiras respostas. É necessário, então, que o ser humano tente
interiorizar esses questionamentos, pois sendo ele, o ser humano, um “microuniverso”, todas
as respostas estão no próprio ser e não, fora dele. Além de tudo, de que adianta ao ser
humano continuar questionando, da forma como o faz ─ inteligente, racional, apenas ─ se
milhares e milhares de “respostas” já lhe foram dadas e ele ainda permanece em dúvida?

  Assim, o que realmente o ser humano precisa é “EMBRIONAR-SE” desses questionamentos
e aguardar as respostas que virão para ele, nele. Então, não haverá mais dúvida e um novo
Ser, o Ser que realmente é ─ Ser Infinito ─, nascerá.

  A partir do momento que as pessoas captarem os sintomas dessa realidade maior,
espontaneamente sentirão uma nova realidade palpitando em suas entranhas; uma nova visão
das coisas passará a acompanhar cada um, sempre e naturalmente, sem nenhum esforço
sobre-humano; passará a ser vivenciada a dualidade Matéria/Não Matéria, Vida/Não Vida,
Mundo/Não Mundo, Pensar/Não Pensar, sem a dicotomia atual.

  Pode parecer vago, sem consistência, extremamente irreal o que tento dizer; porém, posso
lhes assegurar que assim não o é.




                                               33
ESPAÇO 19 PENSARES 1

  A sensação de “não estar” identifica a afinidade que existe entre o ser humano matéria, e o
Ser Não Matéria.




                                             34
ESPAÇO 20 PENSARES 2

As chamadas “misérias do mundo” são frutos da materialidade extrema, da pessoa.

  A couraça imposta pelo Estágio Matéria  não o Estágio Matéria natural, mas o artificial, o
criado  , torna a pessoa incapaz de captar e sentir, profundamente, o ESTADO Não Matéria,
e com isso, a sociedade formada tem bases altamente desfavoráveis à combinação
Matéria/Não Matéria.




                                             35
ESPAÇO 21 PENSARES 3

  A condição natural do Não Pensar foi subjugada pela chamada “estrutura lógica do pensar”,
própria do Estágio Matéria, limitando, com isso, as possibilidades infinitas do ser humano, de
Captar, ficando apenas com a finita e limitante condição do conhecer e aprender.




                                              36
ESPAÇO 22 PENSARES 4

  A situação de perfeita conexão entre o Estágio Matéria e o ESTADO Não Matéria, poderá
ser denominado (como já o fiz), de TODO CONEXO, que seria definidor da VIDA, em sua
dimensão total.




                                          37
ESPAÇO 23 PENSARES 5

  Não é o tempo que passa; o tempo é, digamos assim ─ “estático”. Na realidade, ele inexiste
na forma, na concepção de tempo que temos, que conhecemos.

  O que passa, muda, desloca-se é a Matéria, enquanto que a Não Matéria, associada então,
ao Não Tempo, permanece SEMPRE.




                                            38
ESPAÇO 24 QUEM MORRE?
  Ao captar, sentir e vivenciar o ESTADO Não Matéria, dentro de nosso Estágio Matéria, um
dos aspectos mais polêmicos, mais traumatizantes que o ser humano vivencia, e que é a
morte, deixará de ser aquilo que hoje é, que hoje representa, pois, enquanto a morte
continuará sendo inevitável à matéria, a Não Matéria sequer será atingida pela ideia da morte.
Consequentemente, haverá uma postura totalmente diferente da que hoje existe, na relação
com a morte, mesmo porque, enquanto houver o desconhecimento do ESTADO Não Matéria,
fica bastante difícil acreditar na alma que terá continuidade após a morte, pois o conceito de
alma perpetuando-se além da morte, não exclui o sofrimento, o trauma da morte, durante o
período de vida do ser humano.

  Ao sentirmos em nós a existência do ESTADO Não Matéria ─ em conexão com o Estágio
Matéria ─ desaparecerá o peso, o fantasma da morte, pois enquanto na vivência única e
isolada do Estágio Matéria, pensamos em ela estar nos rondando como uma inimiga, pintada
de imagem destruidora, veremos que ao conectarmos o ESTADO Não Matéria, essa sensação
desaparecerá e ela, a morte, simplesmente estará existindo em nós, ou seja, concluiremos
pacificamente, sem traumas, sem lutas, que somos finitos enquanto matéria, e que sempre
fomos, somos e seremos, como Não Matéria, como Todo Conexo; e o que é mais importante:
viveremos realmente a calmaria da INFINITUDE      e ETERNIDADE conexa ao nosso Estágio
Matéria, que é finito, enquanto tal.




                                             39
ESPAÇO 25 PENSARES 6
  A vivência do Estágio Matéria, do Estágio Vida, dissociado do ESTADO Não Matéria, Não
Vida resulta na alienação em que está envolvido o ser humano.




                                            40
ESPAÇO 26 ESTADO NÃO
  Não é fácil transmitir as ocorrências todas, relativas ao ser humano quando atinge, quando
capta o ESTADO NÃO MATÉRIA e, essa dificuldade sentida divide-se em duas, de igual
importância.

  Uma dificuldade resulta da peculiaridade da sensação de captação do ESTADO Não; é
muito peculiar; é muito de cada um; é muito do quanto a pessoa consegue, concordante com
seu nível de sensibilidade. Portanto, não posso dizer da minha sensação ao captar o ESTADO
NÃO porque iria talvez distorcer o que você virá a sentir quando descobrir, quando captar o
“seu” ESTADO NÃO.

  A outra grande dificuldade (por mais vezes mencionada), em se tentar falar, lançar algo a
respeito do ESTADO NÃO, são as palavras passíveis de uso, já desgastadas em seus
múltiplos empregos. Através delas consegue-se, com pouca força, palidamente, apenas dar
ideia do que realmente se sente, mesmo porque as próprias palavras têm sua extensão
limitada de compreensão, para o ser humano; elas mesmas são e impõem um “recorte”, um
limite, principalmente enquanto ficarmos presos a elas e não pudermos captar a extensão que
elas podem ter, quando as deixamos mais “livres”.

  Realmente, a comunicação verbal ou escrita é pobre, é limitante dos “sentires”, que só
poderiam ser transmitidos a outros, numa forma extrassensorial, se assim se pode dizer.

  Esforço-me, então, para dizer a você que procure ir além, muito além das coisas ditas neste
pequeno livro; procure entrar na ESSÊNCIA da mensagem, pois na ESSÊNCIA do que tento
dizer, é que está a validade do que poderíamos designar de “chamado” ao “seu” ser Não
Matéria.

  E neste ponto, digo da maravilhosa capacidade intuitiva/emocional própria dos poetas; eles,
em sua grande maioria, “traduzem” de forma sublime, verdades que captam de Espaços
insondáveis e que nos tocam, profundamente, com suas mensagens. Gostaria imensamente de
ter condições de poetizar, sobre os assuntos tratados neste EgoCiência e SerCiência para dar
a eles ─ alguns, mais especificamente ─, uma face mais sublime, em acordo com a mensagem
de cada um, mas, não tenho pendor para tal, o que me frustra muito, confesso.




                                             41
ESPAÇO 27 SENTIR CONEXO
  É interessante observar que quando existe um sentimento forte, entre duas pessoas,
principalmente amor, quando naturalmente forte, não há quase necessidade em se falar;
transmite-se o que se quer dizer através de meios desconhecidos, em sua profundidade.

  Além disso, o conhecido binômio espaço/tempo é eliminado, pois, por mais distante que se
esteja da pessoa amada, consegue-se senti-la em toda plenitude no AGORA que se vive,
independente de distância e/ou fuso horário diferentes. E consegue-se mais, consegue-se
sentir, em plenitude total, tudo que se sente e vive quando juntas, quando unidas fisicamente.

  Com isso quero dizer que a vivência plena de um sentimento forte e natural, permite ao ser
humano (mesmo que inconscientemente), “sentir” os sintomas dos ESTADOS Não Matéria,
Não Vida, Não Mundo e Não Pensar.




                                               42
ESPAÇO 28 INTELIGÊNCIA E NÃO INTELIGÊNCIA
  Estágio Consciente Inteligente ─ o ser humano desenvolveu a inteligência que é,
especificamente, suporte da pessoa, durante o Estágio Matéria, Vida, Mundo, Pensar.

  Estado Consciente Não Inteligente ─ estado a ser redescoberto pelo ser humano, e que em
nada depende da matéria, da inteligência, propriamente ditas, e sim, de fatores peculiares ao
ESTADO NÃO; portanto, fatores naturais sensíveis que deverão voltar a reger (de forma mais
intensa), as civilizações futuras, quando será plenamente desenvolvido o até hoje pesquisado e
desconhecido lado chamado “sobrenatural” , do ser humano, que será apenas designado de
NATURAL, quando houver o pleno desenvolvimento do ESTADO NÃO.




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ESPAÇO 29 TODO CONEXO
  O ser humano, quando adulto, já se concebeu alienado/reprimido de seus impulsos naturais,
tornando bem mais difícil o processo de captação, de descoberta de sua condição bem mais
ampla do que a de ser humano, pois ser humano, foi e é um “recorte” imposto, que por mais
válido que seja, ainda não atinge a plenitude da Criatura, pois sua identificação real ─
CRIATURA ─, não admite nenhuma limitação, nenhum recorte, justamente pela sua
composição Não Matéria conexa à sua composição mais conhecida ─ Matéria.

  Uso a conhecida designação ser humano, por considerar a mais ampla, tendo em vista o
Estágio Matéria; porém, quando o ser humano, ultrapassando suas limitações como matéria,
atinge a plena conexão do ser humano, ou seja, Matéria/Não Matéria, então sua designação
poderá ser, com total consciência ─ Todo Conexo.




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ESPAÇO 30 GERAÇÃO
  No momento de geração de um filho, quando for possível e sensível ao ser humano “sair” do
nível Matéria, e impregnar-se da Não Matéria, essa geração fará, desse ser gerado, alguém
mutável na escala do tempo, pois virá sob a projeção Não Matéria impregnada em sua Matéria
─ como já o é ─, mas sentindo, à flor da pele, a conexão entre elas. Dessa forma, estará a
meio passo, apenas, da captação consciente de seu ESTADO Todo Conexo.

  As pessoas não devem esquecer que ao gerar um novo ser humano, parte do que está
ocorrendo com elas é transferido no ato da geração; isto quer dizer que todas as perturbações
de ordem material, todos os tumultos     da vida material podem explodir, quando do jorro
orgástico.

  A responsabilidade de geração de um novo ser deveria ser acompanhada de uma satisfação
infinita e natural, apenas possível quando o ato sexual, em sua plenitude, for acompanhado do
ESTADO Não Matéria. Na realidade, toda relação sexual deveria ser vivida no ESTADO Não
Matéria, para que fosse sentida toda plenitude, todo êxtase inerente a ela, que é totalmente
diferente do chamado “prazer sexual”, pois este é mais ou menos localizado, e o ÊXTASE do
ser pleno é maravilhosamente difuso.




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ESPAÇO 31 PENSARES 7
  Na matéria ─ corpo humano ─, existe obediência natural às leis naturais universais. Nada é
imposto; nada é forçado; o fluxo é natural, segue exatamente o que a natureza determina.

  Todo e qualquer órgão “sabe” exatamente a sua função, a sua interconexão com os outros
órgãos.

  Nada há, naturalmente falando, de inconexo no corpo humano.

  Comece por observar isso, com mais atenção, com mais carinho.




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ESPAÇO 32 PENSARES 8
  Nada do que não seja interno ao ser humano, poderá despertar-lhe o ser pleno que é.

  O ser humano não chegará a desfrutar da plenitude de “sua” Não Matéria, durante o Estágio
Matéria, se não for por seus próprios caminhos.

  NADA e NINGUÉM o levará a Não Matéria.

  É “EMBRIONANDO-SE” que o ser humano permitirá o surgimento do ser pleno, do Todo
Conexo que é, e que deve saber que o é.




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ESPAÇO 33 A FACE OCULTA DA MENTE
  Assim como o Universo é um complexo de imensa beleza, grandiosidade e energia, o ser
humano, como legítima parcela desse Universo, apresenta também complexidade tão bela, tão
grandiosa e energética, quanto ele.

  O ser humano, enquanto matéria encerra, em si mesmo, todo um mecanismo perfeito em
sua natureza Universal, que lhe confere qualidades específicas de pessoa. Sua unidade
criadora maior ─ A CABEÇA ─, entendida aqui como um todo, permite-lhe aprender, criar,
analisar, observar, comparar, etc.

  A grande verdade, creio eu, é que na cabeça do ser humano está o comando central dele,
como pessoa, como matéria. E como sabemos, é mínima a parcela dessa unidade em
funcionamento consciente; a parcela maior ainda permanece às escuras quanto ao que
realmente representa. Tenho para mim que essa parcela “às escuras” da cabeça do ser
humano, apenas será “iluminada” quando o ser humano atingir a perfeita sintonia, a perfeita
conexão e vivência do Estágio Matéria e ESTADO Não Matéria quando então estará também
conexo o ESTADO Não Pensar, do qual dependerá, tenho certeza, a descoberta da face oculta
da Mente.




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ESPAÇO 34 PENSARES 9
  A matéria não modifica a Não Matéria; porém esta, pela sua força e pela sua condição de
SEMPRE, pode modificar a matéria, em determinados níveis, a partir da captação e vivência,
pelo ser humano, do ESTADO Não Matéria.




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ESPAÇO 35 A PESSOA MATÉRIA
   A pessoa matéria, portanto nós, é o elemento da natureza mais exposto ao meio-ambiente
sendo também o elemento que mais sofre as influências desse meio-ambiente               ─ aqui
focalizado como meio ambiente material/artificial ─ , cria da própria espécie humana.

   Se em seu princípio, o ser humano matéria conectava-se de forma total com o meio
ambiente natural, obediente as suas leis naturais, hoje, ele está quase que totalmente
desconexo aos seus princípios naturais. Ouso mesmo pensar, que os seres humanos
“primários”, tinham a matéria embrutecida porém, o seu ESTADO Não Matéria seria mais
atuante, muito mais atuante, não deixando, entretanto, de ser desconhecido como tal. Penso
dessa forma porque, seguindo a evolução natural, vemos que foram em seres não tão
“materializados”, não tão embrutecidos pela materialidade, que a luz de grandes descobertas
sobre o mundo, sobre o Universo, sobre a Natureza e sobre o próprio ser, fez-se. Foi em seres
menos materializados, que a força do pensamento supra-humano fez-se presente, com a
transparência do Universal, pois esses seres praticamente foram responsáveis pelos alicerces
do conhecimento humano. O que se fez, na sequência, foi aprimorar, desenvolver aquilo que
poderíamos chamar de “princípios”.

   Com a evolução tecnológica, principalmente, o ser humano passou a contar com máquinas
que o auxiliam a “pensar”, e a acomodação a esse “sufocar” do pensamento, trouxe e traz
consequências à pessoa. Pensadores naturais, no mundo atual, são pessoas marginalizadas,
ainda perigosas aos sistemas, e também consideradas como improdutivas e alienadas.

   Comumente as pessoas dizem: “não tenho tempo para pensar em nada”; “pensar é perda
de tempo e tempo é dinheiro, e dinheiro é o que interessa”, “pensar não resolve nada”, etc.,
etc., etc. .

   Na era dos descartáveis, o Pensar também passou a ser quase que totalmente descartado
pela grande maioria das pessoas. Com isso concluímos que pouco a pouco, o Pensar foi
subestimado, foi relevado a planos inferiores, até mesmo por imposição ─ não aparente ─, dos
próprios sistemas sociais vigentes.

   Assim, o ser humano não pensou naturalmente; materializou-se quase que totalmente;
entregou-se às mãos da “máquina”, da “engrenagem” ─ cria do próprio ser humano; fez-se,
produziu-se conforme aquilo que o social-material vigente, exigia.

   Materialmente falando, evoluiu muito. Mas hoje, o ser humano sente, que do material, pouco
mais há a esperar, a não ser o estrangulamento, o colapso do próprio material, principalmente
pela destruição compulsiva do Natural.

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Talvez esse sentir, essa observação faça-o pensar, e do pensar, ele, o ser humano, chegue
ao Não Pensar e descubra, capte o que realmente é ─ Matéria/ Não Matéria ─ Ser Pleno ─
Todo Conexo.

  Talvez...




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ESPAÇO 36 PENSARES 10
  A Não Matéria é a Inteligência Superior do ser humano.

  Deus ─ Não Matéria absoluta;       TODO CONEXO,          Suprema Inteligência do Universo;
Energia Inteligente;   LUZ, da qual somos, no ESTADO Não Matéria, semelhantes, pois para
chegarmos a isso, fomos criados.




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ESPAÇO 37 E DEUS?
  Deus, dentro do pensamento maior, da vivência maior que envolve o que escrevo e que,
portanto, é o que sinto em plenitude, é     NÃO MATÉRIA, é       Essência Absoluta, de Tudo,
portanto ─ O TODO CONEXO ─ PURA ENERGIA.

  Assim, Deus somos nós, em nosso ESTADO NÃO; somos nós, porque somos parcela de
Seu Todo; somos força e energia semelhantes; somos ETERNIDADE E INFINITUDE D’DELE.
Somos de Deus o seu ponto de chegada; Ele chega em nós, tornando-se UNO conosco
através do “nosso” ESTADO NÃO.

  Somos Deus em nossa INFINITUDE, SEMPRE. Porém, como ainda somos incompletos por
desconhecermos o ESTADO Não Matéria, por vivermos mais o Estágio Matéria, sem
captarmos ainda a importância desse Estágio associado, conexo ao ESTADO Não Matéria,
precisamos de certas imagens, de certos “recortes” que nos deem a ideia de um deus que não
somos nós, que nunca poderemos ser e sim, algo inatingível na escala de espaço e tempo que
conhecemos, e que talvez possamos vir a saber Dele, mais verdadeiramente, apenas após a
morte.

  Sei que para muitos pode chocar, pode assustar a ideia de sermos Deus, em sua
INFINITUDE; é que olhamos para nós mesmos e nunca vemos o nosso interior, a nossa
contraparte de luz; o nosso avesso.

  Olhamos para os outros e vemos como eles se apresentam ao nosso mundo exterior;
olhamos para nós mesmos e para nossos semelhantes com o confuso, nublado e deturpado
olhar material, e o que vemos é a imagem da matéria, trabalhada ou mutilada pelo mundo
material artificial, que nos envolve. Enquanto não conseguirmos penetrar e caminhar, em nosso
avesso, em nossas entranhas, e aprender naturalmente a ver e sentir a totalidade que somos,
ou seja: Matéria/Não Matéria ─ Todo Conexo ─ Deus, permaneceremos apenas exterior,
fachada, luz apagada; não conseguiremos produzir em nós a Alquimia do Amor e Ele
permanecerá     fora   de   nós;   não    conseguiremos,   não    alcançaremos    a   UNIÃO
CONSUBSTANCIAL com Ele.

  Se demos à Energia Criativa o nome de Deus é hora de pensarmos em conhecer melhor
essa ENERGIA, saindo um pouco do contexto religioso e penetrando em um dos pontos da
Física ─ Física Quântica ─ que certamente trará maior amplitude de conexão ao se pensar a
Energia Criativa, tenho absoluta certeza disso.




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ESPAÇO 38 POR QUE DO ESTÁGIO MATÉRIA?
  Eis uma pergunta que deverá surgir com frequência: Por que do Estágio Matéria?

  Essa pergunta, eu a fiz muitas e muitas vezes, a mim mesma; ainda a faço, porque estou
apenas principiando a caminhada Matéria/Não Matéria; portanto, trago ainda toda a força do
Estágio Matéria, entrando em choque com o ESTADO Não Matéria, principalmente pelo uso do
pensamento material/racional que por vezes quer ter domínio no campo do pensar, não
querendo admitir o Não Pensar. Na realidade, centenas de questionamentos ainda
permanecem na periferia do pensar, aguardando sua absorção pelo Não Pensar.

  Como espero que as respostas venham do Todo Conexo, continuo aguardando o momento
de SENTÍ-LAS, isto se meu nível Não Matéria estiver programado para isso. Tenho comigo, por
tudo que já senti, que os chamados “grandes mistérios” da vida, só serão dissipados quando o
maior número possível de pessoas estiver conexo com O TODO CONEXO, pois isto permitirá
uma sintonia mais ampla, um campo mais favorável para recepção de uma gama enorme de
informações superiores. Antes disso, falta o mais importante: a busca, a captação e a perfeita
vivência Matéria/Não Matéria.

  Ousando, não será possível que o tão falado e comentado “Final dos Tempos”, possa ser,
de alguma forma, o início do Não Tempo? Esse Não Tempo seria, então, o término dos tempos
obscuros do ser humano, no que tange ao próprio ser humano; seria então, a descoberta e
vivência da INFINITUDE, mesmo havendo a Finitude da Matéria, porque o ser humano matéria,
será também Todo Conexo, de forma CONSCIENTEMENTE CONHECIDA , RECONHECIDA e
SENTIDA.

  Assim, pode-se até pensar que o Estágio Matéria tem a sua importância, justamente para
que haja, ainda, um dia, a descoberta ─ ou redescoberta? ─, e captação total do ESTADO
NÃO pelo ser humano, dando início a um novo Estágio de Vida ─ VIDA PLENA.




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ESPAÇO 39 CONEXÃO
  É provável que muitas pessoas vivam em certa conexão com o ESTADO Não Matéria, só
que de forma inconsciente, não em sua plenitude, portanto.

  A totalidade do ESTADO NÃO é abrangente à própria matéria, mantendo-a em suas
características naturais, não se desvinculando desta, enquanto for matéria natural.

  Portanto repito: o Estágio Matéria, conexo ao ESTADO Não Matéria resulta o Todo Conexo
que é o ser humano, em sua realidade maior e transcendente.




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ESPAÇO 40 REALIMENTAÇÃO ENERGÉTICA
  O ESTADO Não Matéria conecta o ser humano com as leis naturais universais, leis essas
que regem o que chamamos de vida e também, principalmente, a Não Vida, permitindo uma
realimentação energética natural e constante entre Matéria e Não Matéria, com reflexos
perfeitamente harmoniosos em todas as demais esferas, ou seja,       Mundo/Não Mundo,
Pensar/Não Pensar e aspectos próprios destes.

  A ausência ou, melhor dizendo, o enfraquecimento dessa conexão causa uma sobrecarga
para a matéria, criando situações profundamente desfavoráveis e “desarmônicas” para o ser
humano, para toda a natureza, e para o próprio Planeta Terra.




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ESPAÇO 41 GERAÇÃO DE UM SER PLENO
  Existe algo de que gostaria de falar, e que considero uma das coisas mais importantes,
dentro do Estágio Vida; algo, que de certa forma, não atingiu ainda a real importância ─
Geração de filhos.

  Possivelmente, dentro desta 1a parte, este Espaço venha a ser um dos mais longos; falarei
do assunto da forma mais clara e aberta possível; falarei em função do que penso a respeito,
tendo em vista a Não Matéria, enfim, o que chamei de ESTADO NÃO.

  MACHO/FÊMEA         ─     HOMEM/MULHER

  Desde que o mundo é mundo, desde que foi concebido como tal, desde que recebeu a
designação de mundo, temos a situação acima colocada e sempre, desde seu início,
conflitante. É evidente que quando falo de concepção do mundo, como tal, estou me referindo
mais especificamente, ao conteúdo racional de tal concepção, coisa que fez com que a
situação macho/homem fosse considerada altamente superior a situação fêmea/mulher. É
evidente que enquanto no reino animal, chamado irracional ─ o que é questionável, ao se
avaliar situações em que poderíamos merecer também tal designação ─, essa diferença
permaneceu apenas à questão física, para o “reino” animal racional a diferença foi imputada ao
todo, da pessoa. Não precisamos ir muito longe para atestar a veracidade dessa situação, para
confirmar essa situação altamente discriminatória ─ as pessoas preferem um filho ou uma
filha?   Se você fosse ganhar um animalzinho de presente, preferiria que fosse macho ou
fêmea? . Essa segunda pergunta atesta de que forma a nossa conceituação de macho/fêmea,
atinge o reino animal irracional através de nossas idéias, atos e preconceitos.

  Essa situação conflitante foi distanciando o homem e a mulher, do encontro maior,
colocando-os, infelizmente, em situações totalmente opostas, fazendo com que, por várias
razões, quase que uma única coisa os unisse ─ a cópula ─, que na maioria dos casos nunca
ultrapassou o Estágio Matéria, em sua realização. Essa união sexual entre seres humanos,
muitas vezes aconteceu envolvida pelo amor ─ um sentimento que só é o que realmente deve
ser, quando ultrapassa o Estágio Matéria, quando consegue despertar, no ser humano, os
sintomas do ESTADO NÃO. Mas, na grande maioria das vezes, o que existe não é realmente
AMOR; pode receber muitos outros nomes, mas não, AMOR.

  Vamos tentar ver o assunto de uma forma bastante simplificada. Um homem e uma mulher
se conhecem; passa a existir todo aquele envolvimento inicial e um dia, consideram-se
apaixonados e prontos para viver uma relação mais íntima ─ veja que estamos falando de
casos mais especiais, não daqueles em que apenas a relação sexual imediata, conta.


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Então, esse homem e essa mulher partem para o momento íntimo, e para que ele seja
completo, ficam nus (talvez apenas materialmente falando), e acontece a penetração do
homem na mulher; acontece a cópula que traz, evidentemente, um prazer sexual muitas vezes
intenso, mas localizado, ou seja, na região dos órgãos sexuais do homem e da mulher, apenas.
Porém, na grande maioria das vezes, existe uma fração milesimal de tempo, do prazer sentido
quando do ato sexual, que faz com que as pessoas procurem desesperadamente por esse
instante; é como se o ser humano quisesse perpetuá-lo, tamanha é a sua indescritível
plenitude. Nessa fração milesimal de tempo, não existe, não aparece, não é sentida a diferença
homem/mulher; nesse instante, altamente fugidio, os corpos deixam de ser e resumem-se em
ALGO ÚNICO. Nesse instante, o homem não sente que está dentro da mulher (sexualmente
falando), e nem a mulher sente que o homem está dentro dela (também sexualmente falando);
sentem-se únicos, nesse instante maior; a parceria deixa de existir. É nesse instante que
costuma ocorrer o que é chamado de Orgasmo∗, que sob o aspecto fisiológico, tem inúmeras
explicações de como e razão por que ocorre. Então, quando ocorre o Orgasmo, paira no ar
uma sensação de inexistência da pessoa, do mundo, e até da própria vida; o ser humano
“entra” em um estado desconhecido dele mesmo, definido normalmente como Êxtase, mas que
eu chamaria de Momento Pleno por ser um dos momentos em que mais próximo o ser humano
chega, da descoberta do ESTADO NÃO, pois nesse instante, ele (o ser humano), o mundo, a
vida, a morte, o pensamento tornam-se inexistentes. A busca pela repetição desse momento,
faz com que as pessoas busquem as relações sexuais com voracidade; assim o fazem, porque
não conseguem “armazenar” aquela sensação por um tempo maior do que aquele milesimal
espaço de tempo. Diria então, que em cada relação sexual existe uma “agonia”, um estado de
ansiedade que busca aquele momento de fugidia paz.

      Essa “agonia” ocorre porque, em sendo a relação sexual vivida apenas no Estágio Matéria, a
sensação de Momento Pleno não consegue perpetuar-se, no ser. Por mais que o Estado Não
Matéria esteja presente, nesse momento, ele ainda não é tocado em sua profundidade.
Quando o ser humano vive uma relação sexual em perfeita conexão Matéria/Não Matéria,
aquilo que chamei de Momento Pleno, transforma-se, aí sim, em ÊXTASE, e nesse instante o
ser humano se transforma em Ser, evidentemente, se esse for o seu caminho de encontro ao
Ser.




∗
    Orgasmo: sabe-se que o orgasmo pode ser atingido sem que haja a cópula, ou até mesmo, o ato sexual, pois ele, na verdade, é algo do ser único; ele não é
    sentido no outro e sim, no próprio ser; não é externo, não é local, não é parcial. O orgasmo, quando verdadeiro, quando ultrapassa o estágio Matéria e alcança
    o ESTADO Não-Matéria, transmuta-se em ÊXTASSE, que é verdadeiro, interno, total e independe do outro.


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A grande maioria dos seres humanos não tem, ainda, sensibilidade desenvolvida para
captar, sentir e vivenciar a magnitude de uma relação sexual; isto porque, sua sensibilidade é
ainda limitada e limitante ao Estágio Matéria. E normalmente, é sob o envolvimento dessa
sensibilidade limitada e limitante ao Estágio Matéria, que um novo ser humano é gerado; novo
ser humano visto aqui apenas no aspecto matéria, pois quando visto sob a ótica do Todo
Conexo, ele não é novo nem velho, é simplesmente Infinitamente Eterno, pois é Ser. Porém, o
novo ser humano, gerado em circunstâncias não plenas do ser, traz consigo todas as
interferências acumuladas de séculos e séculos e do dia a dia de seus geradores. Assim, um
novo ser é gerado, em um instante de euforia sexual, extremamente passageiro, e por ser
eufórico é, na grande maioria das vezes, também banal.

  E depois de gerado, enquanto é “gestado”, permanece ainda, o novo ser humano, sob o
efeito de preocupações quase que estritamente materiais ─ o que ele será ou deixará de ser,
dentro da ótica “mundo sócio-material”; pouco ou nada é pensado sobre ele, como ser humano
pleno; no nível de vida integral e plena.

  Acredito, do mais profundo do meu ser, que dia virá em que o ser humano pleno ─
Matéria/Não Matéria ─, fará vir ao mundo um ser especial, através de um momento especial;
um ser que trará as características do Todo Conexo em toda sua constituição molecular, em
todos os seus pensamentos, em todas as suas atitudes. Confio que esse tempo está mais
próximo do que possamos imaginar, pois o que falta, apenas, é que cada pessoa tente
“EMBRIONAR-SE”, nascer de novo e nascer pleno, para dar início às mudanças que o novo
ser ─ Todo Conexo ─, terá que fazer.




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ESPAÇO 42 FELICIDADE, O QUE É?
  Acredito que a felicidade nada mais é do que um “estar bem” constante, da pessoa com ela
mesma, independente de todo e qualquer problema relativo         à vida material (natural ou
artificial), pois esse “estar bem” consigo mesma e com a vida não acarreta nenhum distúrbio de
ordem psíquica, emocional, mesmo que a pessoa tenha que enfrentar situações de grande
dificuldade; mesmo assim, estará bem, porque estará plena, interiormente, daquela força que
nos sustenta, naturalmente, em qualquer situação.

  Porém, a vivência isolada do Estágio Matéria acarreta incompatibilidades tremendas com a
própria vida material causando, em função disso, praticamente todos os distúrbios emocionais
de que temos conhecimento, e com isso, a ausência quase que total desse estar bem.

  E qual é a razão para isso?

  É que o ser humano é Matéria e Não Matéria, e apenas através da vivência real de ambas,
através da conexão total de ambas é que poderá ajustar-se como ser humano pleno ─ Todo
Conexo. Enquanto isso não ocorrer, a vivência será desarmônica e consequentemente,
problemática.




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ESPAÇO 43 SER PLENO
  O ser humano pleno ─ Todo Conexo ─, é só, sem ser só.

  É só, porque o Todo é solitário, por ser Único, e o Único é só. Porém, não é só, porque
sendo Todo Conexo, ele é Pleno e sendo Pleno não é só, mesmo sendo único.

  A solidão que as pessoas normalmente sentem, por mais acompanhadas que estejam, é
porque consideram-se avulsas; consideram-se, não no Todo, mas na parte; considerando-se
como parte, não são plenas; e não sendo plenas, a solidão da parte as assola e elas buscam
mil e uma formas enganosas de complementarem-se, de tornarem-se plenas; mais
especificamente, cheias por dentro.

  Essa solidão da pessoa deixará de existir, da forma como é sentida, quando ela, a pessoa,
conceber-se Plena ─ Matéria/Não Matéria ─ Todo Conexo.




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ESPAÇO 44 REDE INVISÍVEL
  Pela solidão e desamparo que o ser humano matéria sente (mesmo que inconscientemente),
a proliferação de ideologias encontra terreno fértil. O ser humano precisa, pela solidão e
desamparo que sente, de uma ligação mais forte; de uma ligação que a ele pode não parecer,
mas que na grande maioria das vezes é de domínio.

  E cérebros humanos, privilegiados pela observação e sondagem das chamadas “fraquezas
humanas” ─ oriundas desse sentimento de solidão e desamparo ─ criaram uma rede que
lançada sobre o ser humano, não o permite escapar. Só que existem minúsculos espaços,
nessa rede, através dos quais alguns seres humanos escaparam, e tentaram falar sobre a
textura dessa rede; porém, ela é muito forte e os que ainda estão sob ela (a maioria de nós,
seres humanos), são vencidos cada vez mais, apesar de considerarem-se vencedores, isto,
pelo efeito “narcotizante “ de certos elementos constituintes dessa rede.

  Assim, só acredito no rompimento dessa rede, quando o ser humano captar e vivenciar o
Todo Conexo que é ─ Matéria/Não Matéria ─, não submisso a nada além do estritamente
natural, que é.




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ESPAÇO 45 DÚVIDAS
  Não posso deixar de admitir a enorme dificuldade quando nos propomos a “captar” nossa
realidade maior e transcendente, isto porque, o choque com tudo que nos rodeia é fatal e, por
inúmeras vezes, as dúvidas nos assolam quase que de forma incontrolável. Porém,
exatamente nas dúvidas do ser humano, em suas buscas maiores, é que reside o terreno fértil
para o encontro, para a captação de seu ESTADO NÃO.

  Quase todos os ensinamentos que temos, no que se refere principalmente ao campo
religioso, não nos dão permissão para duvidar. Se duvidamos, se ousamos duvidar dos
ensinamentos “instituídos”, que nos dão, nós mesmos tentamos afastar essas dúvidas porque
nos foi dito, nos foi imposto que, se duvidamos, então não temos fé, e o que é pior: somos
horríveis pecadores, não havendo perdão para isso, a não ser através de um sufocante e
destruidor sentimento de culpa.

  Nos foi ensinado que a fé, seja no que for, não admite dúvidas; que a fé deve, então, ser
cega; nos foi ensinado (por aqueles que instituíram credos), que há coisas que não podem ser
pensadas, que não podem ser questionadas pelo ser humano comum, porque a ele não foi
dado o direito de conhecer coisas, além daquelas que estão disponíveis (e perfeitamente
dosadas e/ou camufladas), para serem conhecidas. Então, o medo por estar agredindo, por
estar pecando, sufocou e sufoca ainda, na grande maioria dos seres humanos, todos os “será
que é isso mesmo?”; sufoca, no ser humano, toda busca natural e espontânea de respostas às
indagações que também, natural e espontaneamente o ser humano tem. Apesar de já estar
longe o famoso tempo da Inquisição, mesmo assim, perante a sociedade, e principalmente
perante algumas de suas instituições, ai de quem ousar pensar e duvidar ─ do que está escrito
e determinado ─ e divulgar suas dúvidas, torná-las de conhecimento público.

  Porém, existe um espaço onde essas dúvidas e questionamentos podem ser lançados, com
total segurança, com total liberdade, e até mesmo, certeza de respostas: o nosso interior.

  Portanto, torno a repetir que o ser humano precisa “EMBRIONAR-SE” dos questionamentos
que tem, e aguardar as respostas que virão, e o novo ser que “nascerá” juntamente com as
respostas captadas e sentidas. Para mim, prova maior do que foi dito acima, da necessidade
de questionar, de compreender e não apenas de crer, sem consistência interna, está nas
seguintes palavras de Jesus, O Cristo, quando perguntaram a Ele, qual era o maior
mandamento: “Ama o Senhor teu Deus, com todo o teu coração, com tôda a tua alma e com
todo o teu entendimento”. (Grifos da autora).




                                               63
ESPAÇO 46 PENSARES 11
  A hegemonia e continuidade das “engrenagens enferrujadas” estão no desuso do Pensar e
no sufocar das dúvidas.




                                          64
ESPAÇO 47 PENSARES 12
  E de simples, a vida tornou-se complexa e limitante, pela complexa e limitante forma de
domínio do ser humano, pelo próprio ser humano, como consequência do desconhecimento de
sua simples, Infinita e Ilimitada condição NÃO.




                                                  65
ESPAÇO 48 MUNDO MATÉRIA
  É importantíssimo observar que quando falo em “mundo matéria”, como sendo o grande
causador de transtornos ao ser humano, subentenda-se, nessa maneira de falar, não
propriamente o mundo, a matéria (naturais), como sendo o mal do ser humano, mas sim, os
Sistemas, as Doutrinas, as Instituições de Domínio, as Ideologias, etc., etc., etc... criadas para
“melhorar”, “aperfeiçoar” a condição de vida neste Planeta. Foram essas coisas instituídas que
“acertaram” as posições do ser humano, nos esquemas criados; ao mesmo tempo, sufocaram
os acertos naturais que o ser humano pleno ─ Matéria/Não Matéria ─ traz em si, para sua
sobrevivência durante o Estágio Matéria.




                                               66
ESPAÇO 49 EGOCIÊNCIA
  A EGOCIÊNCIA, que proclamo como auxiliar às ciências conhecidas, do nosso mundo, na
descoberta total da Não Matéria, do Todo Conexo, será encontrada quando o ser humano
“EMBRIONAR-SE” de seus, e em seus questionamentos.

  Nós somos, em natureza, a própria Ciência, e da Ciência que somos, somos também o
Cientista que a descobrirá e dará vazão a Ciência Eterna da Não Matéria Natural e Igual ─
SEMPRE.




                                           67
ESPAÇO 50 PENSARES 13
  DEUS ─ CIÊNCIA ─ TODO CONEXO, como prefiro chamá-lo, encontrado pela pura ciência
mais a ciência do ser ─ a SerCiência.

  Chamo de pura ciência, as Ciências do Natural, e do Sobrenatural, estas, assim chamadas,
por sua íntima ligação com o desconhecido do ser humano.




                                            68
ESPAÇO 51 DIREITO DE PENSAR E OUSAR
  O ser humano sempre se sentiu e se sente “duplo”, sem conseguir, entretanto, identificar
exatamente no que e em que reside esse “duplo” que ele tem, por vezes, a sensação de ser ou
ter. Mas, mesmo sentindo-se “duplo”, também sempre se sentiu e se sente só; uma solidão e
um desamparo frente a um Todo Desconhecido, no qual, tenta, algumas vezes, pensar. Mas,
cada vez que tenta pensar (na forma humana, material, racional, lógica de pensar), ele se
choca com seus próprios pensamentos, que podem, na grande maioria das vezes, não serem
tão seus; podem ser pensamentos de outro seres humanos, pensamentos que foram, também
de uma certa forma, “injetados” em nós, e assim sendo, muitas vezes confundem, perturbam o
ser humano em seus “arrojos” ao pensar.

  Parece então, ao ser humano, que tudo que havia para ser pensado e descoberto, já o foi; e
se ele se arroja a novos “pensares”, e os exterioriza, é totalmente desencorajado, porque a
grande maioria das pessoas tem opiniões estranhas a respeito de quem “ousa” duvidar,
perguntar, pensar sobre coisas que já lhe disseram ser “inquestionáveis”, ao ser humano
chamado “comum”. Com essa situação, abrem-se enormes brechas para que o ser humano
considere que apenas para alguns poucos        foi dado o direito de pensar e lançar seus
pensamentos ao mundo, e o mundo os “aceitar” como verdades únicas, portanto, definitivas a
respeito do ser humano e de tudo aquilo que a ele, mais profundamente, diz respeito.

  Mas, independente de tudo quanto já foi dito, ao ser humano, sobre ele mesmo, ele continua
a questionar, a duvidar, a ousar, e assim será ─ creio eu ─ até que cada ser humano consiga
“EMBRIONAR-SE” de suas dúvidas, de suas questões, de seus “pensares”, e descubra por si
mesmo, a sua verdade maior, o seu Todo Conexo.




                                              69
ESPAÇO 52 PENSARES 14
  Enquanto o Estágio Matéria dinamiza o ser humano em suas conexões materiais, o
ESTADO NÃO, insere-lhe sua INFINITUDE; insere-lhe seu ESTADO de Todo Conexo, e o
conecta, evidentemente, com esse TODO CONEXO que ele, ser humano, é.




                                         70
ESPAÇO 53 PENSARES 15
  A descoberta breve, ou não, do ESTADO NÃO, depende do nível de “congestionamento”, de
“concretude” em que se encontra a pessoa, em função da distorção da realidade do Estágio
Matéria.

  Entretanto, por mais estranho que possa parecer, esse próprio “congestionamento”, esse
estado de extrema “concretude”, da pessoa, do ser humano, pode vir a detonar a descoberta
do ESTADO NÃO, num curto espaço de tempo.




                                           71
ESPAÇO 54 PICO EVOLUTIVO
  Acredito que o pico evolutivo máximo, do ser humano, enquanto matéria, será a vivência
plena da Matéria e Não Matéria, pois enquanto uma é Finita, a outra foi, é e será SEMPRE.
Portanto, a plenitude do ser humano, acredito, deverá ser a vivência plenamente conhecida de
seu ESTADO NÃO; será sua vivência como Todo Conexo que sempre foi, é e será.




                                            72
ESPAÇO 55 O SEMPRE
  O ser humano, quando Todo Conexo, não é um ser morto, apegado a “raízes” distorcidas e
apodrecidas.



  Ele é sempre novo, porque o Todo Conexo vibra em conexão com a Natureza e esta sabe
bem o que fazer com as raízes distorcidas e apodrecidas, do seu meio.



   Na Natureza, Tudo é constantemente novo e mutante; não há estagnação, no sentido real
da palavra.



  O SEMPRE é sempre novo porque é constantemente renovador e renovado; por ser
SEMPRE, sua “época” é ininterrupta e vibrante; além do mais, o SEMPRE não é preso a nada;
ele paira além do que foi, do que é, e do que poderá ser.




                                               73
ESPAÇO 56 O TODO CONEXO ─ VOCÊ
  O que esta primeira parte do EgoCiência e SerCiência tentou dizer a você, é que NADA e
NINGUÉM pode tirar de você a sua INFINITUDE, mas que também, NADA e NINGUÉM poderá
descobrir em você, o Todo Conexo que você é, só você mesmo. A INFINITUDE DO TODO
CONEXO só você pode procurar, encontrar e viver.

  A caminhada ao encontro de “sua” Não-Matéria, enfim, a caminhada ao encontro de sua
verdade maior, o Todo Conexo que você é, é difícil pela força da rede que foi lançada sobre
nós, mas que nós temos força suficiente para “dissolvê-la”, e deixar fluir a verdadeira VIDA ─
Matéria/Não Matéria.




                                             74
ESPAÇO 57 “EMBRIONAR-SE”
  Devo admitir que foi longo o tempo de busca, até chegar a captar e sentir a realidade do
ESTADO Não Matéria, e da fusão dele, comigo mesma, que foi em verdade, o encontro com o
Todo Conexo , que sou. Daí a conclusão do Todo Conexo que somos e que é aquele que a
grande maioria chama de Deus.

  Para mim, Deus É TODO CONEXO ─ e assim prefiro chamá-lo ─, assim como você e eu
também somos, nas dimensões que a matéria nos permite, mas totalmente não dimensionáveis
e INFINITOS, em nosso ESTADO Não Matéria.

  EMBRIONEI-ME de todos os questionamentos que tinha sobre a vida; observei o material ─
natural e artificial ─, e captei a natural Não Matéria. Durante longo tempo pensei na vida, na
forma como ela é vivida e conhecida, e quando deixei de pensar e passei a ser o próprio
pensamento, “captei” e senti a vida e cheguei a Não Vida, exatamente através do Não Pensar.

  Agora estou no princípio de minha caminhada consciente Matéria/Não Matéria; sou recém-
nascida e vou ter que ver, agora, dentro do tempo que tenho no Estágio Matéria, o que é,
realmente, ser Todo Conexo, plenamente, como espero.




                                             75
EgoCiência e SerCiência

       Ensaios



        Parte 2




          76
Explicações Preliminares

Quando comecei a escrever a Parte 2 do EgoCiência e SerCiência-Ensaios, percebi, com
maior intensidade, a realidade maior do que havia “escrito” na Parte 1, e esta Parte 2 é uma
tentativa de ampliar as colocações, então feitas.
Você leitor, deve ter observado que usei aspas (“”) na palavra escrito; deve lembrar,também, o
mencionado sobre explicar a razão da utilização delas, no decorrer dos assuntos.
A explicação é simples. No que se refere a Parte 1, praticamente apenas passei para o papel
(em máquina de escrever, pois na época, não dispunha de computador) tudo o que havia
“pensado” e anotado, em momentos diversos e também tudo que havia “surgido” nas
gravações feitas, quando daquelas “conversas” já citadas na Parte 1.
Portanto, honestamente, não poderia assumir ─ racional e logicamente ─ de forma integral, a
autoria da maioria daqueles espaços; algo mais, além de meu racional e lógico, propôs as
questões e as “formulou” ao entendimento.
Tal coisa não aconteceu nesta Parte 2; aqui, o pensamento, da forma usual conhecida por nós,
formulou as questões e elas foram desenvolvidas, de certa forma ampliando, parte do que já foi
visto, provavelmente para uma melhor compreensão.
 As partes que veremos, a seguir, foram sendo desenvolvidas mais ou menos entre 1987 e
1990.
Creio ser importante dizer a você, leitor, qual motivo levou-me a propor o então Ensaios sobre
a Não Matéria, atual EgoCiência e SerCiência.
Não havia, de início, nenhuma intenção de fazê-lo; pensei em como seria difícil tentar expor
algo que havia nascido de experiência totalmente particular, e como tal, talvez devesse ficar
apenas comigo, pois que interesse poderia ter, para outra pessoa, aquilo pelo que passei, o
ponto onde cheguei e o que alcancei?
O que impulsionou-me a fazê-lo, primeiro foi ter verificado que, em cada livro lido por mim, algo
─ mesmo uma pequena frase ─ renovava aspectos internos importantes; segundo, que se a
maior parte do EgoCiência e SerCiência veio através daquilo que podemos chamar de insights,
com certeza é porque sua mensagem poderá encontrar eco em pessoas, que como eu,
almejam caminhos alternativos de busca.
Ainda um terceiro motivo surgiu ao pensar em quantas e quantas pessoas passam por
situações semelhantes, sem que consigam despertar para seus próprios meios de analisar os
fatos e encontrar respostas em si mesmas.




                                                77
Assim, continuemos juntos, percorrendo as linhas escritas e procurando ir além do que se
apresenta, deixando espaço aberto para que esta ou aquela frase, este ou aquele parágrafo
possam “dizer” algo mais.
É importante também que lhes diga que, as dificuldades encontradas na abordagem dos
assuntos contidos na Parte 1, continuaram nesta Parte 2. É mais que certo que as palavras não
podem “transportar”, por elas mesmas, a Essência do que está sendo escrito; além do mais, eu
mesma tenho limitações na exposição desses assuntos; não consigo trabalhá-los de forma
linear, seqüencial, discursiva; não há como escrever detalhadamente, pois tenho consciência
de que apenas os contornos devem ser expostos.
Por essa razão, continua a divisão dos assuntos em Espaços e estes, nesta Parte 2, foram
constituídos por aquilo que chamei de Pontos (P). Essa forma de expor os assuntos permite
que a penosa e restrita sequência linear, lógica de exposição através de palavras, seja
atenuada. Em cada Espaço, a sequência de Pontos baila com certa flexibilidade e liberdade, o
que permite que em cada um deles, você leitor, encontre ─ na grande maioria das vezes ─ um
todo que o é por si mesmo, apesar de fazer parte de um todo maior ─ o Espaço.
Então, comecemos.




                                             78
ESPAÇO 1 MUNDO
P.1 Se dermos a qualquer pessoa duas figuras totalmente diferentes, um quadrado e uma
esfera, e pedirmos que ao lado de uma delas escreva a palavra mundo, é evidente que a figura
escolhida será a esfera. Mas, nossa realidade sensível, para o mundo, não é a esfera porque
vivemos em conformidade com a tridimensionalidade, que por si só nos aprisiona, nos limita ─
fisicamente falando ─, e nos condiciona, psicologicamente. A tridimensionalidade envolve o ser
humano desde o nascimento:

─ o berço onde é colocado (a maioria dos seres humanos);

─ o quarto, onde fica o berço;

─ a casa onde ficam o quarto e o berço.

SÃO FORMAS E COISAS MARCANTES E SÃO TRIDIMENSIONAIS.

P.2   Provavelmente o movimento de nossos olhos ─ quando ainda crianças ─,ou melhor,
recém-nascidos, encontra naturalmente a limitação da tridimensionalidade, e a medida que
nosso cérebro registra a “realidade” dimensional em que vivemos ─ materialmente falando ─
vamos sendo programados para reconhecer a tridimensionalidade como uma de nossas
maiores realidades, mesmo que jamais pensemos a respeito, mesmo que jamais a
questionemos.

P.3   A tridimensionalidade que a vida física nos impõe, limita-nos, inclusive psicologicamente,
porque quando nos deparamos ─ visualmente falando ─ com algo que parece escapar a
tridimensionalidade, temos dificuldade em nos adaptarmos a essa visão; nossa psique, de certa
forma, é abalada pelo diferente, pelo fora do comum.

P.4      Ao vivermos em conformidade com a tridimensionalidade ─ por nossa condição
física/material e nosso condicionamento mental ─, vamos pouco a pouco “fechando” o mundo
em uma “pequena caixinha” onde “colocamos” e “guardamos” aquelas pessoas, coisas e
lugares de que mais gostamos ou necessitamos. É evidente que isso, na totalidade, não ocorre
a nível físico, mas sim, em nossa estrutura interna, de forma tão inconsciente que não nos
damos conta quão forte e limitada é a nossa estrutura interna de mundo. Essa estrutura
interna, se analisarmos bem, é tão limitada que a casa de nosso vizinho não faz parte dela, a
não ser que por alguma razão, nossa, esse vizinho tenha participação especial que o
diferenciará de outros e o colocará em nossa “caixinha mundo”, por exclusiva deferência nossa.


                                              79
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Egociencia - Livro 01 / 02

  • 1. EgoCiência e Serciência Ensaios Auxílio à busca do SER, busca essa, inscrita no DNA Cósmico- Terreno, de cada animal humano. Autoria: Maria do Rocio Macedo Moraes Curitiba – PR - Brasil 1
  • 2. Para download livre. Informação importante: O livro EgoCiência e SerCiência ─ Ensaios (bem como o EgoCiência e SerCiência ─ Em busca de conexões Quânticas) foi encaminhado à AMORC, como doação e guarda, do mesmo. 2
  • 3. Profundos agradecimentos a: Eloá Macedo Moraes e Vinicius Mossurunga Moraes, meus “compositores” por terem me ensinado a ver e ouvir além do que vejo e ouço. Cleidi, pela sua profunda afeição e despreendimento. Gil, pela ponte através da qual cheguei ao outro lado. 3
  • 4. Sempre senti como se minhas moléculas estivessem confinadas a um espaço muito pequeno, materialmente falando. Percebia suas agitações, suas turbulências, quase ao ponto de explosão. Então, pouco a pouco, fui aprendendo a liberá-las além de mim; sobreveio, então, a paz e o bem-estar físico e mental. Ofereço este livro a todas as pessoas que, como eu, sentem suas moléculas “gritando” por mais espaço. 4
  • 5. “À querida filhinha Maria do Rocio, ofereço este álbum para que nele guardes as tuas melhores recordações. Querida Filha: Tendo Deus ─ como único Bem a vida ─ como meio a virtude ─ por sustentáculo, Olha teu futuro, amando sempre a virtude; Entra na vida! Sorri! Caminha! Lembrando-te sempre destas palavras que tua mãe escreveu, creia sempre que a verdadeira grandeza está na virtude e não no êxito dos negócios ou de uma carreira, porque os bens do mundo são inconstantes e podes perdê-los, ao passo que os bens acumulados em ti mesma, a custa de aperfeiçoar-te no saber e na dignidade, nenhuma força conseguirá destruí-los! Tua mãe que muito te quer. Eloá. Curitiba, 29-5-1951” Tomei a liberdade de iniciar este livro com palavras de minha mãe, ao dar-me de presente um álbum, quando de meus 7 anos, completados em 05/02/51. A página desse álbum está comigo até hoje; as palavras estão gravadas na estrutura quântica do Ser. 5
  • 6. SUMÁRIO PRÓLOGO................................................................................................................................. 10 EGOCIÊNCIA E SERCIÊNCIA ENSAIOS PARTE 1 ESPAÇO 1 EXPLICAÇÕES PRELIMINARES .......................................................................... 13 ESPAÇO 2 MUNDO ................................................................................................................. 16 ESPAÇO 3 NÃO MUNDO........................................................................................................ 17 ESPAÇO 4 VIDA .................................................................................................................... 18 ESPAÇO 5 NÃO VIDA............................................................................................................ 19 ESPAÇO 6 MATÉRIA ............................................................................................................. 20 ESPAÇO 7 NÃO MATÉRIA ..................................................................................................... 21 ESPAÇO 8 ESPAÇO E TEMPO............................................................................................. 22 ESPAÇO 9 NÃO PENSAR ...................................................................................................... 23 ESPAÇO 10 CONSIDERAÇÕES SOBRE ESTÁGIO E ESTADO ........................................... 24 ESPAÇO 11 O AGORA ........................................................................................................... 25 ESPAÇO 12 A PERFEITA COMPOSIÇÃO ............................................................................. 26 ESPAÇO 13 O TEMPO, PASSA? .......................................................................................... 28 ESPAÇO 14 “VIAGEM” À NÃO MATÉRIA............................................................................... 29 ESPAÇO 15 SENTINDO A NÃO MATÉRIA ............................................................................ 30 ESPAÇO 16 “RUÍDOS” DO SILÊNCIO ................................................................................... 31 ESPAÇO 17 CHOQUE DICOTÔMICO .................................................................................... 32 ESPAÇO 18 DE ONDE VIM? PARA ONDE IREI? ................................................................ 33 ESPAÇO 19 PENSARES 1 ..................................................................................................... 34 ESPAÇO 20 PENSARES 2 ..................................................................................................... 35 ESPAÇO 21 PENSARES 3 ..................................................................................................... 36 ESPAÇO 22 PENSARES 4 .................................................................................................... 37 6
  • 7. ESPAÇO 23 PENSARES 5 ..................................................................................................... 38 ESPAÇO 24 QUEM MORRE?................................................................................................. 39 ESPAÇO 25 PENSARES 6 ................................................................................................... 40 ESPAÇO 26 ESTADO NÃO ................................................................................................... 41 ESPAÇO 27 SENTIR CONEXO ............................................................................................. 42 ESPAÇO 28 INTELIGÊNCIA E............................................................................................... 43 ESPAÇO 29 TODO CONEXO ................................................................................................ 44 ESPAÇO 30 GERAÇÃO ......................................................................................................... 45 ESPAÇO 31 PENSARES 7 ................................................................................................... 46 ESPAÇO 32 PENSARES 8 ..................................................................................................... 47 ESPAÇO 33 A FACE OCULTA DA MENTE ............................................................................ 48 ESPAÇO 34 PENSARES 9 .................................................................................................... 49 ESPAÇO 35 A PESSOA MATÉRIA........................................................................................ 50 ESPAÇO 37 E DEUS?............................................................................................................. 53 ESPAÇO 38 POR QUE DO ESTÁGIO MATÉRIA? ................................................................ 54 ESPAÇO 39 CONEXÃO ......................................................................................................... 55 ESPAÇO 40 REALIMENTAÇÃO ENERGÉTICA .................................................................... 56 ESPAÇO 41 GERAÇÃO DE UM SER PLENO ....................................................................... 57 ESPAÇO 42 FELICIDADE, O QUE É? ................................................................................... 60 ESPAÇO 43 SER PLENO ....................................................................................................... 61 ESPAÇO 44 REDE INVISÍVEL................................................................................................ 62 ESPAÇO 45 DÚVIDAS ............................................................................................................ 63 ESPAÇO 46 PENSARES 11 ................................................................................................... 64 ESPAÇO 47 PENSARES 12 ................................................................................................... 65 ESPAÇO 48 MUNDO MATÉRIA ............................................................................................. 66 ESPAÇO 49 EGOCIÊNCIA ..................................................................................................... 67 ESPAÇO 50 PENSARES 13 ................................................................................................... 68 ESPAÇO 51 DIREITO DE PENSAR E OUSAR....................................................................... 69 7
  • 8. ESPAÇO 53 PENSARES 15 ................................................................................................. 71 ESPAÇO 54 PICO EVOLUTIVO............................................................................................. 72 ESPAÇO 55 O SEMPRE ........................................................................................................ 73 ESPAÇO 56 O TODO CONEXO ─ VOCÊ.............................................................................. 74 ESPAÇO 57 “EMBRIONAR-SE”.............................................................................................. 75 EGOCIÊNCIA E SERCIÊNCIA ENSAIOS PARTE 2 EXPLICAÇÕES PRELIMINARES.............................................................................................. 77 ESPAÇO 1 MUNDO ................................................................................................................ 79 ESPAÇO 2 NÃO MUNDO.......................................................................................................... 85 ESPAÇO 3 VIDA ....................................................................................................................... 87 ESPAÇO 4 NÃO VIDA............................................................................................................. 91 ESPAÇO 5 MATÉRIA .............................................................................................................. 92 ESPAÇO 6 NÃO MATÉRIA ..................................................................................................... 95 ESPAÇO 7 ESPAÇO E TEMPO DA MATÉRIA ....................................................................... 98 ESPAÇO 8 ESPAÇO-TEMPO DA NÃO MATÉRIA ............................................................... 100 ESPAÇO 9 SENSAÇÃO DE SER............................................................................................ 103 ESPAÇO 10 PENSAR ............................................................................................................. 104 ESPAÇO 11 NÃO PENSAR .................................................................................................. 106 ESPAÇO 12 “EU SOU”.......................................................................................................... 108 ESPAÇO 13 EGOCIÊNCIA E SERCIÊNCIA .......................................................................... 113 ESPAÇO 14 PENSARES/SENTIRES ................................................................................... 120 ESPAÇO 15 UM POUCO DOS CAMINHOS PERCORRIDOS............................................. 122 8
  • 9. EGOCIÊNCIA E SERCIÊNCIA ENSAIOS PARTE 3 EXPLICAÇÕES PRELIMINARES............................................................................................ 127 “PRIORIDADE 1 ─ OBJETIVO MUNDIAL”......................................................................... 136 ADENDO AO EGOCIÊCIA E SERCIÊNCIA ─ PARTE 3......................................................... 136 INTRODUÇÃO......................................................................................................................... 136 EGOCIÊNCIA E SERCIÊNCIA ENSAIOS PARTE 4 EXPLICAÇÕES PRELIMINARES............................................................................................ 144 ESPAÇO 1 PRESSENTIMENTOS/SENSAÇÕES .................................................................. 145 ESPAÇO 2 SOBRE AS 4 PARTES DO EGOCIÊNCIA E SERCIÊNCIA .............................. 152 ESPAÇO 3 EGOCIÊNCIA E SERCIÊNCIA ........................................................................... 155 ESPAÇO 4 ENERGIA............................................................................................................. 160 ESPAÇO 5 SENSAÇÃO ......................................................................................................... 165 ESPAÇO 6 EGO E SER ......................................................................................................... 170 ESPAÇO 7 MENTE E CONSCIÊNCIA .................................................................................. 174 ESPAÇO 8 UM POUCO, DE TUDO QUE FOI VISTO........................................................... 182 BIBLIOGRAFIA REFERENTE À PARTE 4 ............................................................................. 195 9
  • 10. Prólogo A estória deste livro tem, ao todo, mais de 38 anos. Ao nascer, ele não tinha esse título ─ EgoCiência e SerCiência; chamava-se Ensaios sobre a Não Matéria. Como livro, propriamente dito, ele surgiu, para mim, em 1984, mas ele vinha sendo “gestado”, sem que percebesse, desde 1970 ou, antes. Nesse tempo de “gestação”, diferentes situações foram vivenciadas por mim, dando início a um prolongado período de busca por explicações, em diversas áreas, que será exposto na sequência do livro. Para que você, leitor, possa acompanhar o passo a passo, dessa busca, ele será dividido em 4 partes diferenciadas para as quais, você terá uma pequena explicação preliminar, principalmente para situá-las cronologicamente e enfatizar o conteúdo, de cada uma delas. Devo confessar a você a grande dificuldade que senti em escrevê-lo; o assunto merecia uma outra forma de exposição, diferente da linear discursiva que não consegue, na maioria das vezes, expressar a real intensidade dos fatos e experiências. São inúmeras as dificuldades encontradas por aqueles que sentem necessidade de expor “descobertas” que abrangem o inacessível, à pessoa, quando de seu envolvimento maior com a matéria, simplesmente. Essas dificuldades principiam pela forma como expor o assunto que, em si, é extremamente simples, extremamente claro para quem já caminhou e caminha por ele, mas que se torna complexo e aparentemente obscuro, quando o envolvemos com as palavras passíveis de uso, para sua abordagem. Nessa hora, tomamos consciência, de forma mais profunda, da enorme defasagem entre as palavras passíveis de uso e a essência daquilo que desejamos expressar, através delas. Muitos percebem essa “incapacidade”, das palavras, em transmitir a essência mesma principalmente, do que se escreve. No interessantíssimo livro ─ Sejam sábios, tornem-se profetas, dos físicos Georges Charpak e Rolan Omnès, destaco o trecho a seguir: “E com efeito existem, por trás dessa aparente magia, leis perfeitamente coerentes, hoje comprovadas em todos os seus aspectos e cuja estranheza tem um motivo simples. Como nossa imaginação e nossa intuição foram formadas num mundo de escala média, ou seja, em nossa própria escala, nada nos permite imaginar o mundo dos átomos e das partículas, nem do espaço-tempo. Pior ainda, as palavras de nossa linguagem, embora sejam perfeitamente capazes de descrever o que vemos todos os dias, não têm a sutileza das matemáticas, de tal maneira que nos atrapalham com a mesma frequência com que nos ajudam.”( negrito da autora) 10
  • 11. Assim, peço a você leitor, que procure ir ao âmago do assunto e até mesmo das palavras, pois a sua interpretação para tudo que lerá é, para mim, o aspecto mais importante e até mesmo, a razão de tê-lo “escrito” ─ o uso de aspas é pertinente e você saberá, em momento oportuno, a razão. 11
  • 12. EgoCiência e SerCiência Ensaios Parte 1 “ A mais bela emoção de que somos capazes é a mística. Ela é a força de toda arte e ciência verdadeiras. Aquele que não a experimenta está praticamente morto. Saber que o que é impenetrável para nós de fato existe, manifestando-se como a sabedoria maior e mais preclara formosura, que nossas toscas faculdades só podem captar em sua forma mais primitiva ─ esse conhecimento, esse sentimento está no centro da verdadeira religiosidade. Neste sentido, e apenas nele, pertenço ao grupo dos homens devotadamente religiosos.” Albert Einstein “Se nossos sentidos fossem suficientemente apurados, perceberíamos o penhasco imóvel como um caos dançante.” Nietzche 12
  • 13. Espaço 1 Explicações Preliminares O EgoCiência e SerCiência precisa de algumas explicações preliminares para esclarecer a razão da utilização dos termos Não Matéria, Não Vida, Não Mundo, Não Pensar e também a razão de estar dividido em quatro partes Antes, entretanto, quero dizer a você que se a 1ª parte vier e oferecer certa dificuldade de compreensão ou, ao contrário, demasiada simplicidade, você pode avançar para a 2ª onde tudo se torna mais claro, mais abrangente. Entretanto, ler o EgoCiência e SerCiência na seqüência apresentada poderá mostrar a você o passo a passo que envolveu todas as experiências que culminaram na escrita dele. Comecemos pelos termos, que apesar de não serem inéditos, pois em diversos tipos de literatura, um ou outro já foi utilizado ─ ou insinuado ─, para mim, eles “surgiram” vindos de três direções que poderíamos dizer, opostas. Apesar de extremamente difícil de explicar, em poucas linhas, tentarei fazê-lo da maneira mais simples possível. Durante um certo período de minha vida, precisei procurar uma forma de autoanálise mais direcionada a esclarecer a razão do meu repúdio à grande maioria daquilo que chamei de “programações mundo”, que englobavam quase todo o sistema sócio/econômico/político/cultural e religioso, em vigência em nosso mundo. O que havia comigo? Por que o “sistema operacional” embutido em meu “hardware” não rodava as “programações mundo” vigentes, satisfatoriamente? Após várias tentativas, resolvi analisar também as “programações mundo”; pensei e tentei reprogramar em linguagem diferente daquelas em que as “programações mundo” chegavam até mim; a esses novos programas dei o nome de “programações não mundo”, para diferenciá- las das anteriores. Essa foi, provavelmente, a primeira semente lançada; o verso e o reverso jogados para o alto; o sim e o não desvestidos de recortes e perfeitamente unidos. Como resultado mais efetivo da análise feita, posso apontar a descoberta da existência, em mim, de um “sensor” fortemente atuante, que emitia sinais de rejeição àquilo que não admitia, oferecendo, ao mesmo tempo, as razões dessa rejeição à mente consciente. 13
  • 14. Em outro período, resolvi analisar os efeitos que poderia causar em mim, ouvir-me falar sobre os mais diversos assuntos que viessem a minha cabeça, espontânea e naturalmente. Assim, fiz uma série de gravações onde expunha meus pensamentos e depois ouvia as fitas para verificar como eles retornavam a mim, sonoramente. Numas dessas gravações, surgiu o termo Não Matéria como substituto de termos como alma, espírito, e outros. Bem mais tarde, foram surgindo momentos de inspiração quando, estivesse onde estivesse, e independente do que fazia, palavras, frases e até parágrafos, um pouco mais longos, “surgiam” em minha cabeça e tinha que escrevê-los; nessas ocasiões, Não Matéria, Não Vida, Não Mundo, Não Pensar eram termos dominantes. Esses foram os três caminhos através dos quais esses termos utilizados no EgoCiência e SerCiência conectaram-se para dar vazão, creio eu, a uma verdade maior, muito maior ─ O TODO CONEXO ─ que inclui e “funde” o sim e o não; a cara e a coroa; o real e o imaginário; o visível e o invisível; a vida e a morte; enfim, unificação dos opostos, justamente por não serem opostos. Portanto, mesmo não sendo neologismos ─ Não Matéria, Não Vida, Não Mundo, Não Pensar ─, assim o foram, para mim, em relação ao ESTADO NOVO que a partir deles e com eles, descobri. A divisão em parte 1, 2, 3, 4 é consequência natural do processo de caminhada; as coisas não aconteceram todas ao mesmo tempo; houve um passo a passo que poderá ser perfeitamente sentido pelo leitor; por essa razão, cada parte terá uma explicação exclusiva. Complementando o EgoCiência e SerCiência ─ mais especificadamente em sua parte 3 ─ vem o “Prioridade I ─ Objetivo Mundial”, uma parte extremamente delicada, séria , muito mais transpessoal ─ em todo o seu conteúdo ─ do que qualquer das outras partes. Este livro será composto por Espaços, em sua parte 1 e 2, cada um deles encerrando, em si mesmo, o que foi proposto ao pensamento. Creio ser essa forma mais livre, mais objetiva de expor os pontos principais que nortearam quase todo livro, excetuando a parte 4, um pouco diferenciada, por razões óbvias. Esta Parte 1, especificamente, foi a resultante das “conversas” comigo mesma, gravadas em fitas K7, e dos escritos que surgiam ─ quase como os conhecidos insights ─ em vários momentos de minha vida. 14
  • 15. Quando resolvi passar tudo para o papel, nasceu a Parte 1 do então Ensaios Sobre a Não Matéria, isto em 1984, sendo que em 2008, seu nome foi mudado para o atual EgoCiência e SerCiência ─ Ensaios. O Espaço 2, dará início à exposição da caminhada. 15
  • 16. Espaço 2 Mundo Por definição: “conjunto do espaço, corpos e seres que a visão humana pode abranger”. ∗ Portanto, concebo que existe a mais diferenciada visão de mundo, pois cada pessoa “fecha” o seu mundo dentro de um quadrado de dimensões variadas, porém, sempre um quadrado, porque o círculo e/ou a esfera poderia vir a confundir posições que corpos ou seres viessem a ocupar dentro do espaço “mundo’ de cada pessoa. Mesmo que se tenha ideia de um mundo esférico, o mundo de cada um fecha-se num quadrado de dimensões variáveis e variadas. Normalmente, o mundo de cada um é repleto do concreto, do que é mensurável, do que é ou já foi provado como “real”, ou seja, existente de fato. Tudo o mais que assim não o foi, permanece fora do mundo de cada um; não consegue “espaço” dentro do espaço “mundo’, de cada pessoa. E tudo que “pertence” ao mundo de cada um de nós, é hermeticamente fechado e rotulado por pronomes possessivos que não admitem contestações: meu, minha, meus minhas. ∗ Conforme definição encontrada no Pequeno Dicionário da Língua Portuguesa de Aurélio B. de H. Ferreira. 16
  • 17. ESPAÇO 3 NÃO MUNDO O Não Mundo, não deveria ser associado a nenhuma imagem pré-concebida; entretanto, usando o círculo e/ou a esfera, proponho que eles podem, independente das dimensões dadas a eles, configurar INFINITUDE. Além disso, o círculo e/ou a esfera, dá a ideia de algo “inflável”, “expandível”. Assim, se a ideia de “inflável” puder ser associada ao círculo e/ou a esfera, também em relação a eles pode-se conceber a ideia de “vazio”; mas, se assim for, “inflável” de quê? “Vazio” de quê? Com isso quero colocar que o Não Mundo, associado a ideia de algo “inflável”, de algo “vazio”, só poderá ser “preenchido” pela Não Matéria, e que somente a Não Matéria pode “captar” a substância do Não Mundo. Com tudo que expus acima, tento dizer que o mundo, associado à ideia de um quadrado é facilmente entendido, e até mesmo, muito real para nós ─ FINITO. Não Mundo, associado à ideia de círculo e/ou esfera ─ “vazios”, “infláveis”─, torna-se à imaginação algo INFINITO. 17
  • 18. ESPAÇO 4 VIDA Por definição: “estado de incessante atividade funcional, peculiar à matéria orgânica, animal ou vegetal; tempo decorrido entre o nascimento e a morte. ∗ Mais uma vez um quadrado repleto de imagens, definições que subsidiam a existência/permanência da matéria “dentro” do mundo. E como o próprio mundo, o conceito de vida, a noção de vida, das pessoas, apresenta uma diversificação imensa. A maior ou menor amplitude de visão de vida, de cada pessoa, vai provavelmente depender da quantidade de “informações” recebidas, captadas, acumuladas dentro do limite VIDA  MORTE. Portanto, a vida é FINITA. ∗ Conforme definição encontrada no Pequeno Dicionário da Língua Portuguesa de Aurélio B. de H. Ferreira. 18
  • 19. ESPAÇO 5 NÃO VIDA Vazia de imagens, conceitos, definições (inerentes à vida e ao mundo), subsidiando a Não Matéria em sua “permanência” ─ frequência ─ no Não Mundo. A Não Vida não pode ser confundida com a morte. Nestes ensaios, a Não Vida deverá ser entendida como ESTADO inerente à vida; portanto, a Vida é “composição” da própria Não Vida, assim como a Matéria é “composição” da própria Não Matéria. A Não Vida é, na realidade, aquela sensação de “algo mais” que sentimos quando falamos de vida. É aquele “algo” não reconhecido que paira, naturalmente em nós, quando pensamos na vida. 19
  • 20. ESPAÇO 6 MATÉRIA Por definição: “qualquer substância sólida, líquida ou gasosa que ocupa lugar no espaço; substância suscetível de receber certa forma ou em que atua determinado agente.” Nós somos matéria; concebemo-nos como tal. Ocupamos lugar no espaço e mais que isso, ocupamos esse espaço por um determinado período de tempo. Como matéria, entendemos, “compreendemos” e vivemos em conformidade com o conceito de espaço e tempo, “estabelecido” pelo ser humano. Como matéria, recebemos determinada forma, moldagem e sofremos a atuação de não apenas um, mas de dezenas, centenas ou até milhares de agentes. A matéria, que somos nós, é uma condição para um Estágio de vida; portanto, uma situação transitória, passageira. Estamos em trânsito, como matéria, nesta parcela do Universo que é chamada ─ Planeta Terra. 20
  • 21. ESPAÇO 7 NÃO MATÉRIA Para mim, ESTADO inerente a própria matéria, porém, ainda desconhecido, principalmente do ponto de vista de nossa matéria, da matéria do ser humano, cuja Não Matéria significa PURA ENERGIA. Essa Não Matéria, que é PURA ENERGIA, anima a matéria e é indizível, individual e indivisível. É indizível porque dela, usando simplesmente palavras, nada se pode dizer; nada se pode explicar em profundidade. É individual ─ e eis a grande maravilha! Ela é a parcela Universal que cada um de nós traz, em nosso Estágio matéria. Aí, exatamente aí reside a IMORTALIDADE e a INFINITUDE do ser humano, e a sua continuidade, portanto, Ad infinitum. E exatamente aqui, quero ousar dizer o seguinte, em função da Não Matéria: Ninguém nasce Ninguém morre Todos continuam! A Não Matéria é também indivisível sem, entretanto, deixar de ser permutável. Podemos permutar, com toda a natureza, a “nossa” Não Matéria, sem que haja a troca de nosso conteúdo Não Matéria individual, mas sim, a troca de componentes de PURA ENERGIA UNIVERSAL, que é o significado maior da Não Matéria. A ligação Matéria/Não Matéria é de extrema beleza, pois enquanto a Matéria, que somos, é um mecanismo perfeito, a Não Matéria é de uma sensibilidade, de uma pureza, de uma intensidade tal, que captá-la, senti-la e vivê-la é a maior felicidade que o ser humano pode desfrutar, em meu entender, é claro. 21
  • 22. ESPAÇO 8 ESPAÇO E TEMPO Espaço ─ por definição: “extensão indefinida”. Espaço ─ concepção mais aproximada do Estado Não Matéria, quando o ser humano não consegue determinar (materialmente falando), o espaço imaginado; quando ele se perde nessa concepção passando, sem o perceber, de um espaço limitante e limitado, para um espaço ilimitado onde não consegue situar-se como matéria. Quando isso ocorre, e é sensível ao ser humano, a “sensação” descrita é de um vácuo, algo assim como se a matéria deixasse de sofrer a ação da força da gravidade. Tempo ─ por definição: “duração das coisas; duração limitada, sucessão de dias, horas, momentos...” Tempo ─ concepção contrária a Não Matéria, Não Vida, Não Mundo porque a transposição passado/presente/futuro é, na realidade, ininterrupta, contínua, sobrando desses três “tempos”, um Infinito AGORA, que é a única realidade distinta e realmente sensível, em termos de tempo “vivo”. E o AGORA, que é INFINITO E ETERNO, é o “tempo” da Não Matéria, Não Vida, Não Mundo. 22
  • 23. ESPAÇO 9 NÃO PENSAR O desconhecimento ou a insensibilidade à Não Matéria, Não Vida, Não Mundo cria, no ser humano, estado de ansiedade quase incontrolável e toda a força é canalizada para a matéria, vida e mundo que, por serem Estágios por enquanto dissociados do Estado Não Matéria, Não Vida, Não Mundo são finitos, atribulados, desfocados, inconexos; são repletos de valores, não totalmente falsos, mas sim, incompletos, porque não abrangem a Não Matéria, Não Vida, Não Mundo. Veja, a matéria é passível de análises em laboratórios, através de ciências conhecidas, do nosso mundo. A Não Matéria, não deverá ser passível de análises através das ciências do mundo, pois seus “elementos” não são os elementos conhecidos ou presumidos pela ciência, tal qual a temos; algo mais terá que ser associado a ela. Veja também o seguinte: mundo ─ por mais extensa que possa ser a suposição de mundo, de cada pessoa, não é abrangente o bastante para captar o Não Mundo, pois é sempre necessário utilizar “recortes” conhecidos para captar logicamente, e entre os “recortes” conhecidos, não surge um específico para o Não Mundo, por mais que a pessoa pense a respeito. Mas, é exatamente no pensar que reside a impossibilidade maior de captação do Não Mundo, porque o Não Mundo é impenetrável quando se pensa nele, na forma usual de pensar, do ser humano. O Estado para captação e compreensão da Não Matéria, Não Vida, Não Mundo é exatamente o Estado do Não Pensar. 23
  • 24. ESPAÇO 10 CONSIDERAÇÕES SOBRE ESTÁGIO E ESTADO No decorrer deste livro, vamos falar muitas vezes em Estágio e ESTADO. Para que você possa compreender melhor o que será dito, é preciso que fique esclarecido o que realmente quero dizer com Estágio e ESTADO, no que concerne ao assunto. Estágio, por definição: “aprendizado; situação transitória de preparação.”∗ ESTADO, por definição: “modo de ser ou estar; situação; posição, modo de vida; condição.”∗∗ Assim, considero e chamo de Estágio, a matéria, a vida, o mundo, o pensar, encaixando-os perfeitamente dentro daquilo que temos condição de constatar, analisar e até mudar. Por ESTADO, chamo a Não Matéria, a Não Vida, o Não Mundo e o Não Pensar, por considerá-los condição natural dos estágios matéria, vida, mundo e pensar. Existe uma “simbiose” perfeita entre Matéria e Não Matéria, Vida e Não Vida, Mundo e Não Mundo, Pensar e Não Pensar, havendo, em consequência, benefícios recíprocos entre Estágio e ESTADO. Vejamos. O Estágio Matéria seria demasiadamente “vazio” se nele não existisse o ESTADO Não Matéria. Por outro lado, o ESTADO Não Matéria impregna toda a matéria, dissociando-se desta, apenas quando a matéria perde sua condição de vida natural ─ quando a matéria “morre” ─, permanecendo a Não Matéria, que por ser um ESTADO puramente energético, deve ser “sugado” para campos energéticos naturais, do Universo, justamente por ser PURA ENERGIA. De uma certa forma, a matéria “segura”, “prende” a Não Matéria, pelo menos enquanto permanecemos na ignorância quanto ao ESTADO Não Matéria, pois quando o captamos, quando o reconhecemos, quando o compreendemos, passamos a sentir, em toda profundidade e extensão, a leveza, a suavidade da Não Matéria. Importante observar, que o ESTADO Não Matéria “existe’ enquanto a matéria é natural; enquanto a matéria é natural é também Não Matéria, ─ PURA ENERGIA ! ∗ Conforme definição encontrada no Pequeno Dicionário da Língua Portuguesa de Aurélio B. de H. Ferreira. ∗∗ Idem, acima. 24
  • 25. ESPAÇO 11 O AGORA Quando o ser humano pensa, dentro ou em conformidade com a estrutura chamada “lógica” de pensar, cabe perfeitamente tempo fracionado minuto a minuto, segundo a segundo. Cabe perfeitamente passado, presente e futuro, porque a “extensão” dada a cada um encaixa-se, perfeitamente, dentro do chamado “raciocínio lógico”. Agora veja: Passado: condição do que deixou de ser AGORA; Presente: contínuo AGORA. Futuro: o mais indefinível e nunca realmente vivenciado, porque só se vive o AGORA, que é, em si mesmo─ Passado/Presente/Futuro. 25
  • 26. ESPAÇO 12 A PERFEITA COMPOSIÇÃO Vamos ver se consigo transmitir, o que considero ser a Perfeita Composição. O Estágio Matéria, associado ao ESTADO Não Matéria é a grande realidade universal porque é inconcebível a “solidão” da matéria, no Universo. A matéria, pura e simplesmente, não consegue manter uma ligação mais íntima com o Universo, por mais que ela, a matéria, tenha em sua composição elementos do próprio Universo. Entretanto, mesmo o conhecimento desses elementos comuns entre o ser humano e o Universo, não consegue despertar, no ser humano, a consciência, a certeza de sua universalidade, de sua infinitude. Porém, o Estágio Matéria associado, conexo ao Estado Não Matéria, traz ao ser humano a certeza de ser Universal, de ser Pura Energia, Sempre. O Estágio Mundo, onde a “nossa” matéria se localiza, onde encontra seu habitat natural, desenvolve-se, prolifera-se, é também muito concreto para fazer a pessoa sentir-se Universal, principalmente quando esse Estágio Mundo, ao qual nos referimos, deixa de ser observado como natural e passa a ser vivido, quase que exclusivamente, em sua composição artificial, ou seja, o mundo material artificial, cria do ser humano. É realmente o mundo do concreto, onde a validade maior está em comprovar, materialmente falando, tudo que nos cerca. Porém, quando o ser humano descobre o ESTADO Não Mundo, ele passa a beneficiar-se bem mais do Estágio Mundo, tanto matéria quanto Não Matéria. Quanto ao Estágio Vida, a sua associação, a sua conexão ao ESTADO Não Vida, é o vínculo mais forte entre o ser humano e o INFINITO dele. O ser humano aprendeu que após a vida, ou seja, com a morte, é que ele passa a “viver” realmente. O curto espaço do ser humano, entre a vida e a morte, é preenchido por inúmeras atividades físicas e mentais. As atividades físicas são, em sua grande maioria, relacionadas à sobrevivência; as atividades mentais, entre outras coisas, deveriam permitir ao ser humano, profundos questionamentos sobre si mesmo, sobre a vida, mas normalmente, esses questionamentos do ser humano (pela pouca amplitude e distorção das respostas dadas a ele), o levam a distanciar-se deles por trazer-lhe uma profunda desilusão e um distanciamento, cada vez maior, da Unidade Universal que palpita em seu íntimo e que ele procura ardentemente comprovar, de forma consciente ou não. Assim, a esperança de que com a morte a pessoa possa encontrar essa Unidade Universal, não é tão acalentadora. 26
  • 27. O ser humano, consciente ou inconscientemente, “sente” que gostaria de sentir algo mais em sua vida e não ficar, apenas, na esperança de que um dia, após a morte, ele irá sentir o que realmente deseja e que não sabe, na maioria das vezes, identificar o que é. E por não saber identificar sua insatisfação, por não saber identificar o que realmente sente, o ser humano pensa, pensa muito, e o Estágio Pensar é algo profundamente ligado ao Estágio Matéria. Dissociado do ESTADO Não Pensar, o Estágio Pensar permite ao ser humano “concluir” apenas o superficial, por mais que esse superficial seja extremamente complexo e dê a impressão de que é o máximo que a pessoa pode atingir em termos de conhecimento de si e do mundo. Porém, o Estágio Pensar, associado, conexo ao ESTADO Não Pensar, abre ao ser humano todos os caminhos possíveis do conhecimento Universal; derruba todas as barreiras do simples pensar e abrange a Plenitude do TODO, sem recortes, sem limite algum, sem as complexidades do pensar comum. O mais importante a sentir é que, enquanto Estágio, a matéria, a vida, o mundo, o pensar estão devidamente recortados, desunidos; são parcelas bem distintas, para nós, de um Todo que sabemos existir, mas que não conseguimos sentir. O ESTADO NÃO é o TODO CONEXO do qual, todo ser humano é, após atingir a sua PLENITUDE DE SER. 27
  • 28. ESPAÇO 13 O TEMPO, PASSA? É importante observar, que enquanto no ESTADO Não Matéria, o espaço e o tempo praticamente inexistem ─ da forma como nós os concebemos ─, no Estágio Matéria eles vigoram em toda plenitude. Materialmente falando, ocupamos espaço e sofremos a influência do tempo que, segundo a segundo, e de acordo com o conceito que temos de tempo, age de forma não dominável e sim, de forma dominadora. Usamos uma expressão muito comum e incrivelmente associada ao Estágio Matéria: “o tempo passa”, expressão essa que causa certa angústia e um ‘”apressamento” em aproveitar ao máximo o tempo. Porém, no ESTADO Não Matéria, existe a libertação de conceitos materiais de espaço e tempo, e com isso, a “fluidificação” é possível; é sensível ao ser humano tornar-se não dimensionável. Na grande realidade, não é o tempo que passa: o tempo é, digamos assim, “estático”; na realidade ele inexiste na forma como o concebemos no Estágio Matéria. O que passa, muda, desloca-se é a matéria, enquanto a Não Matéria, associada ao Não Tempo, permanece SEMPRE. Um dos mais famosos paradoxos da física moderna, o chamado “paradoxo dos gêmeos” pode bem “demonstrar” a possibilidade de um tempo que não o que nós temos conhecimento, em nosso Estágio Matéria. 28
  • 29. ESPAÇO 14 “VIAGEM” À NÃO MATÉRIA Uma coisa é certa, não será possível conceber algo sobre o ESTADO Não Matéria e Estágio Matéria, se não os conhecermos em profundidade; e só conheceremos o Estágio Matéria, em sua realidade, quando conhecermos o ESTADO Não Matéria, porque o Estágio Matéria é totalmente avulso, externo, massificante, enquanto o ESTADO Não Matéria é composto, interno, peculiar. Ele, o ESTADO Não Matéria, é composto por ser INFINITO e não pode ser decomposto por ser INFINITO. Como decompor o INFINITO? O ESTADO Não Matéria é também peculiar, porque cada um de nós terá uma extensão, uma dimensão do ESTADO Não Matéria totalmente compatível com o que realmente é, como Não Matéria; não será igual a nenhum outro, sem ser diferente dos demais, pois a esse nível as diferenças, da forma como nós entendemos diferenças, não existem. Ele também é interno, porque é só daquele ser humano, porque ele, o ESTADO Não Matéria foi “captado” pelo ser humano em seu interior, não fora dele; foi preciso fazer uma viagem interna, por suas entranhas, para que essa viagem interna o impulsionasse a uma vivência diferente, e como vivência quero dizer algo interno, algo nas entranhas sendo captado/sentido. Pode-se até chegar ao ESTADO Não Matéria através de algo externo, entretanto, é preciso observar que o estímulo pode ser externo, mas a captação da realidade, a captação do ESTADO Não Matéria é interno; acontece dentro de nós, em nosso interior profundo, levando- nos, impulsionando-nos àquela viagem por nós, em nós. 29
  • 30. ESPAÇO 15 SENTINDO A NÃO MATÉRIA Torno a dizer que o uso de palavras dificulta tremendamente a compreensão do assunto, até mesmo porque o assunto não é apenas para ser compreendido; o assunto é para ser sentido, vivenciado e o que se sente, não tem como ser transferido através de palavras ou, de qualquer outra forma comum, usual. A única coisa que se pode fazer é tentar, “externamente”, fazer com que haja, em cada um, a vontade ou até mesmo a curiosidade em “experimentar” o ESTADO Não Matéria, mais a fundo, já que todos o sentimos porém, ainda superficialmente, indefinidamente. Só que, após os primeiros “sentires” do ESTADO Não Matéria, qualquer que tenha sido o motivo que levou a pessoa a principiar a caminhada ao seu encontro, esse motivo será transformado em algo indefinível: não será vontade, desejo ou curiosidade; será um “sentir” todo particular, infinitamente particular, indestrutivelmente particular. 30
  • 31. ESPAÇO 16 “RUÍDOS” DO SILÊNCIO Quando a pessoa penetra em seu ser, em “sua” Não Matéria, é como se saísse da agitação da vida artificial urbana e penetrasse numa caverna; por instantes, fica aturdida entre as “lembranças” dos ruídos externos e o profundo, absoluto silêncio do novo local. Após algum tempo, que variará de pessoa para pessoa, gradualmente começam a ser percebidos os ruídos próprios da caverna, que antes, era absoluto silêncio. E há então, um apuro tão grande dos sentidos auditivo e visual, que o ser humano passa a ouvir e ver coisas, que de fora da caverna, jamais poderia imaginar houvesse em seu interior. O mesmo ocorre conosco, quando penetramos em nosso interior; passamos a ouvir e ver coisas de uma forma que jamais imaginaríamos. Esse ouvir e ver nada tem com algo como imagens e sons estranhos, anormais e sim, passar a ver as coisas e ouvir os sons com uma profundidade maior, captando, através desse “ver” e “ouvir”, mensagens plenas de significação, que serão compreendidas, em profundidade. 31
  • 32. ESPAÇO 17 CHOQUE DICOTÔMICO Vejamos o seguinte: a gente vive, materialmente falando, com a ideia/sugestão de dois mundos completamente diferentes, opostos  o mundo material e o chamado mundo espiritual. Essa dicotomia, inevitavelmente traz sobreposição de valores, que logicamente, entram em choque constantemente. Por que? Porque o material é próximo, é aqui, é agora, é palpável, mensurável, etc, etc, etc... Em contrapartida, o chamado “mundo espiritual” é distante, é o depois; é um futuro sequer passível de imaginação. Ao conseguirmos extirpar essa dicotomia, de nossa existência, sentindo as coisas como Matéria e Não Matéria, traremos para nosso espaço conhecido, toda a certeza, toda realidade daquele algo desconhecido, não sentido, jamais vivenciado por nós. Essa, creio eu, é e será sempre a grande realização do ser humano; a mais profunda, a mais verdadeira; aquela esperada, ansiada por todos, mesmo que inconscientemente. A metamorfose que ocorre no ser humano que capta e passa a viver em sintonia com as duas maiores realidades existentes  Matéria e Não Matéria  , é algo inenarrável, intransferível sob qualquer forma conhecida. Somente ao “captar”, ao vivenciar essa realidade é que o ser humano pode saber o que realmente é, muito mais porque, cada ser humano é uma única e legítima parcela da existência, não havendo duas iguais em hipótese alguma, naturalmente falando. Exatamente nessa legítima individualidade é que residem as diferenças de “sentires”, e daí digo que: somente vivenciando o ESTADO Não Matéria, o ESTADO NÃO, O TODO CONEXO, é que o ser humano poderá realmente desfrutar da amplitude de sua existência, pois cada um tem um grau de sensibilidade energética para vivê-lo, em maior ou menor amplitude, porém todos, sem exceção, podem captá-lo, senti-lo, vivenciá-lo. Assim, inexistem mestres que possam fazer alguém “sentir” essa realidade maior  CADA UM SERÁ SEU PRÓPRIO MESTRE , pois cada um encontrará dentro de si, O MESTRE. O que pode existir são pessoas que tentem, através de palavras, falar de suas experiências levando a que outros desejem conhecer essa realidade dual natural  sem ser dicotômica , levando-os a observar, com maior agudez, quando e como sentirem que estão próximos dela. 32
  • 33. ESPAÇO 18 DE ONDE VIM? PARA ONDE IREI? Esses questionamentos, entre tantos outros que o ser humano faz, demonstram que ele não prevê, para si, uma participação isolada a este Estágio. Só que os questionamentos saem do ser humano, para outros pontos, de forma inteligente/racional; dessa forma, apenas, não há como conseguir que eles atinjam a plenitude onde “orbitam” as verdadeiras respostas. É necessário, então, que o ser humano tente interiorizar esses questionamentos, pois sendo ele, o ser humano, um “microuniverso”, todas as respostas estão no próprio ser e não, fora dele. Além de tudo, de que adianta ao ser humano continuar questionando, da forma como o faz ─ inteligente, racional, apenas ─ se milhares e milhares de “respostas” já lhe foram dadas e ele ainda permanece em dúvida? Assim, o que realmente o ser humano precisa é “EMBRIONAR-SE” desses questionamentos e aguardar as respostas que virão para ele, nele. Então, não haverá mais dúvida e um novo Ser, o Ser que realmente é ─ Ser Infinito ─, nascerá. A partir do momento que as pessoas captarem os sintomas dessa realidade maior, espontaneamente sentirão uma nova realidade palpitando em suas entranhas; uma nova visão das coisas passará a acompanhar cada um, sempre e naturalmente, sem nenhum esforço sobre-humano; passará a ser vivenciada a dualidade Matéria/Não Matéria, Vida/Não Vida, Mundo/Não Mundo, Pensar/Não Pensar, sem a dicotomia atual. Pode parecer vago, sem consistência, extremamente irreal o que tento dizer; porém, posso lhes assegurar que assim não o é. 33
  • 34. ESPAÇO 19 PENSARES 1 A sensação de “não estar” identifica a afinidade que existe entre o ser humano matéria, e o Ser Não Matéria. 34
  • 35. ESPAÇO 20 PENSARES 2 As chamadas “misérias do mundo” são frutos da materialidade extrema, da pessoa. A couraça imposta pelo Estágio Matéria  não o Estágio Matéria natural, mas o artificial, o criado  , torna a pessoa incapaz de captar e sentir, profundamente, o ESTADO Não Matéria, e com isso, a sociedade formada tem bases altamente desfavoráveis à combinação Matéria/Não Matéria. 35
  • 36. ESPAÇO 21 PENSARES 3 A condição natural do Não Pensar foi subjugada pela chamada “estrutura lógica do pensar”, própria do Estágio Matéria, limitando, com isso, as possibilidades infinitas do ser humano, de Captar, ficando apenas com a finita e limitante condição do conhecer e aprender. 36
  • 37. ESPAÇO 22 PENSARES 4 A situação de perfeita conexão entre o Estágio Matéria e o ESTADO Não Matéria, poderá ser denominado (como já o fiz), de TODO CONEXO, que seria definidor da VIDA, em sua dimensão total. 37
  • 38. ESPAÇO 23 PENSARES 5 Não é o tempo que passa; o tempo é, digamos assim ─ “estático”. Na realidade, ele inexiste na forma, na concepção de tempo que temos, que conhecemos. O que passa, muda, desloca-se é a Matéria, enquanto que a Não Matéria, associada então, ao Não Tempo, permanece SEMPRE. 38
  • 39. ESPAÇO 24 QUEM MORRE? Ao captar, sentir e vivenciar o ESTADO Não Matéria, dentro de nosso Estágio Matéria, um dos aspectos mais polêmicos, mais traumatizantes que o ser humano vivencia, e que é a morte, deixará de ser aquilo que hoje é, que hoje representa, pois, enquanto a morte continuará sendo inevitável à matéria, a Não Matéria sequer será atingida pela ideia da morte. Consequentemente, haverá uma postura totalmente diferente da que hoje existe, na relação com a morte, mesmo porque, enquanto houver o desconhecimento do ESTADO Não Matéria, fica bastante difícil acreditar na alma que terá continuidade após a morte, pois o conceito de alma perpetuando-se além da morte, não exclui o sofrimento, o trauma da morte, durante o período de vida do ser humano. Ao sentirmos em nós a existência do ESTADO Não Matéria ─ em conexão com o Estágio Matéria ─ desaparecerá o peso, o fantasma da morte, pois enquanto na vivência única e isolada do Estágio Matéria, pensamos em ela estar nos rondando como uma inimiga, pintada de imagem destruidora, veremos que ao conectarmos o ESTADO Não Matéria, essa sensação desaparecerá e ela, a morte, simplesmente estará existindo em nós, ou seja, concluiremos pacificamente, sem traumas, sem lutas, que somos finitos enquanto matéria, e que sempre fomos, somos e seremos, como Não Matéria, como Todo Conexo; e o que é mais importante: viveremos realmente a calmaria da INFINITUDE e ETERNIDADE conexa ao nosso Estágio Matéria, que é finito, enquanto tal. 39
  • 40. ESPAÇO 25 PENSARES 6 A vivência do Estágio Matéria, do Estágio Vida, dissociado do ESTADO Não Matéria, Não Vida resulta na alienação em que está envolvido o ser humano. 40
  • 41. ESPAÇO 26 ESTADO NÃO Não é fácil transmitir as ocorrências todas, relativas ao ser humano quando atinge, quando capta o ESTADO NÃO MATÉRIA e, essa dificuldade sentida divide-se em duas, de igual importância. Uma dificuldade resulta da peculiaridade da sensação de captação do ESTADO Não; é muito peculiar; é muito de cada um; é muito do quanto a pessoa consegue, concordante com seu nível de sensibilidade. Portanto, não posso dizer da minha sensação ao captar o ESTADO NÃO porque iria talvez distorcer o que você virá a sentir quando descobrir, quando captar o “seu” ESTADO NÃO. A outra grande dificuldade (por mais vezes mencionada), em se tentar falar, lançar algo a respeito do ESTADO NÃO, são as palavras passíveis de uso, já desgastadas em seus múltiplos empregos. Através delas consegue-se, com pouca força, palidamente, apenas dar ideia do que realmente se sente, mesmo porque as próprias palavras têm sua extensão limitada de compreensão, para o ser humano; elas mesmas são e impõem um “recorte”, um limite, principalmente enquanto ficarmos presos a elas e não pudermos captar a extensão que elas podem ter, quando as deixamos mais “livres”. Realmente, a comunicação verbal ou escrita é pobre, é limitante dos “sentires”, que só poderiam ser transmitidos a outros, numa forma extrassensorial, se assim se pode dizer. Esforço-me, então, para dizer a você que procure ir além, muito além das coisas ditas neste pequeno livro; procure entrar na ESSÊNCIA da mensagem, pois na ESSÊNCIA do que tento dizer, é que está a validade do que poderíamos designar de “chamado” ao “seu” ser Não Matéria. E neste ponto, digo da maravilhosa capacidade intuitiva/emocional própria dos poetas; eles, em sua grande maioria, “traduzem” de forma sublime, verdades que captam de Espaços insondáveis e que nos tocam, profundamente, com suas mensagens. Gostaria imensamente de ter condições de poetizar, sobre os assuntos tratados neste EgoCiência e SerCiência para dar a eles ─ alguns, mais especificamente ─, uma face mais sublime, em acordo com a mensagem de cada um, mas, não tenho pendor para tal, o que me frustra muito, confesso. 41
  • 42. ESPAÇO 27 SENTIR CONEXO É interessante observar que quando existe um sentimento forte, entre duas pessoas, principalmente amor, quando naturalmente forte, não há quase necessidade em se falar; transmite-se o que se quer dizer através de meios desconhecidos, em sua profundidade. Além disso, o conhecido binômio espaço/tempo é eliminado, pois, por mais distante que se esteja da pessoa amada, consegue-se senti-la em toda plenitude no AGORA que se vive, independente de distância e/ou fuso horário diferentes. E consegue-se mais, consegue-se sentir, em plenitude total, tudo que se sente e vive quando juntas, quando unidas fisicamente. Com isso quero dizer que a vivência plena de um sentimento forte e natural, permite ao ser humano (mesmo que inconscientemente), “sentir” os sintomas dos ESTADOS Não Matéria, Não Vida, Não Mundo e Não Pensar. 42
  • 43. ESPAÇO 28 INTELIGÊNCIA E NÃO INTELIGÊNCIA Estágio Consciente Inteligente ─ o ser humano desenvolveu a inteligência que é, especificamente, suporte da pessoa, durante o Estágio Matéria, Vida, Mundo, Pensar. Estado Consciente Não Inteligente ─ estado a ser redescoberto pelo ser humano, e que em nada depende da matéria, da inteligência, propriamente ditas, e sim, de fatores peculiares ao ESTADO NÃO; portanto, fatores naturais sensíveis que deverão voltar a reger (de forma mais intensa), as civilizações futuras, quando será plenamente desenvolvido o até hoje pesquisado e desconhecido lado chamado “sobrenatural” , do ser humano, que será apenas designado de NATURAL, quando houver o pleno desenvolvimento do ESTADO NÃO. 43
  • 44. ESPAÇO 29 TODO CONEXO O ser humano, quando adulto, já se concebeu alienado/reprimido de seus impulsos naturais, tornando bem mais difícil o processo de captação, de descoberta de sua condição bem mais ampla do que a de ser humano, pois ser humano, foi e é um “recorte” imposto, que por mais válido que seja, ainda não atinge a plenitude da Criatura, pois sua identificação real ─ CRIATURA ─, não admite nenhuma limitação, nenhum recorte, justamente pela sua composição Não Matéria conexa à sua composição mais conhecida ─ Matéria. Uso a conhecida designação ser humano, por considerar a mais ampla, tendo em vista o Estágio Matéria; porém, quando o ser humano, ultrapassando suas limitações como matéria, atinge a plena conexão do ser humano, ou seja, Matéria/Não Matéria, então sua designação poderá ser, com total consciência ─ Todo Conexo. 44
  • 45. ESPAÇO 30 GERAÇÃO No momento de geração de um filho, quando for possível e sensível ao ser humano “sair” do nível Matéria, e impregnar-se da Não Matéria, essa geração fará, desse ser gerado, alguém mutável na escala do tempo, pois virá sob a projeção Não Matéria impregnada em sua Matéria ─ como já o é ─, mas sentindo, à flor da pele, a conexão entre elas. Dessa forma, estará a meio passo, apenas, da captação consciente de seu ESTADO Todo Conexo. As pessoas não devem esquecer que ao gerar um novo ser humano, parte do que está ocorrendo com elas é transferido no ato da geração; isto quer dizer que todas as perturbações de ordem material, todos os tumultos da vida material podem explodir, quando do jorro orgástico. A responsabilidade de geração de um novo ser deveria ser acompanhada de uma satisfação infinita e natural, apenas possível quando o ato sexual, em sua plenitude, for acompanhado do ESTADO Não Matéria. Na realidade, toda relação sexual deveria ser vivida no ESTADO Não Matéria, para que fosse sentida toda plenitude, todo êxtase inerente a ela, que é totalmente diferente do chamado “prazer sexual”, pois este é mais ou menos localizado, e o ÊXTASE do ser pleno é maravilhosamente difuso. 45
  • 46. ESPAÇO 31 PENSARES 7 Na matéria ─ corpo humano ─, existe obediência natural às leis naturais universais. Nada é imposto; nada é forçado; o fluxo é natural, segue exatamente o que a natureza determina. Todo e qualquer órgão “sabe” exatamente a sua função, a sua interconexão com os outros órgãos. Nada há, naturalmente falando, de inconexo no corpo humano. Comece por observar isso, com mais atenção, com mais carinho. 46
  • 47. ESPAÇO 32 PENSARES 8 Nada do que não seja interno ao ser humano, poderá despertar-lhe o ser pleno que é. O ser humano não chegará a desfrutar da plenitude de “sua” Não Matéria, durante o Estágio Matéria, se não for por seus próprios caminhos. NADA e NINGUÉM o levará a Não Matéria. É “EMBRIONANDO-SE” que o ser humano permitirá o surgimento do ser pleno, do Todo Conexo que é, e que deve saber que o é. 47
  • 48. ESPAÇO 33 A FACE OCULTA DA MENTE Assim como o Universo é um complexo de imensa beleza, grandiosidade e energia, o ser humano, como legítima parcela desse Universo, apresenta também complexidade tão bela, tão grandiosa e energética, quanto ele. O ser humano, enquanto matéria encerra, em si mesmo, todo um mecanismo perfeito em sua natureza Universal, que lhe confere qualidades específicas de pessoa. Sua unidade criadora maior ─ A CABEÇA ─, entendida aqui como um todo, permite-lhe aprender, criar, analisar, observar, comparar, etc. A grande verdade, creio eu, é que na cabeça do ser humano está o comando central dele, como pessoa, como matéria. E como sabemos, é mínima a parcela dessa unidade em funcionamento consciente; a parcela maior ainda permanece às escuras quanto ao que realmente representa. Tenho para mim que essa parcela “às escuras” da cabeça do ser humano, apenas será “iluminada” quando o ser humano atingir a perfeita sintonia, a perfeita conexão e vivência do Estágio Matéria e ESTADO Não Matéria quando então estará também conexo o ESTADO Não Pensar, do qual dependerá, tenho certeza, a descoberta da face oculta da Mente. 48
  • 49. ESPAÇO 34 PENSARES 9 A matéria não modifica a Não Matéria; porém esta, pela sua força e pela sua condição de SEMPRE, pode modificar a matéria, em determinados níveis, a partir da captação e vivência, pelo ser humano, do ESTADO Não Matéria. 49
  • 50. ESPAÇO 35 A PESSOA MATÉRIA A pessoa matéria, portanto nós, é o elemento da natureza mais exposto ao meio-ambiente sendo também o elemento que mais sofre as influências desse meio-ambiente ─ aqui focalizado como meio ambiente material/artificial ─ , cria da própria espécie humana. Se em seu princípio, o ser humano matéria conectava-se de forma total com o meio ambiente natural, obediente as suas leis naturais, hoje, ele está quase que totalmente desconexo aos seus princípios naturais. Ouso mesmo pensar, que os seres humanos “primários”, tinham a matéria embrutecida porém, o seu ESTADO Não Matéria seria mais atuante, muito mais atuante, não deixando, entretanto, de ser desconhecido como tal. Penso dessa forma porque, seguindo a evolução natural, vemos que foram em seres não tão “materializados”, não tão embrutecidos pela materialidade, que a luz de grandes descobertas sobre o mundo, sobre o Universo, sobre a Natureza e sobre o próprio ser, fez-se. Foi em seres menos materializados, que a força do pensamento supra-humano fez-se presente, com a transparência do Universal, pois esses seres praticamente foram responsáveis pelos alicerces do conhecimento humano. O que se fez, na sequência, foi aprimorar, desenvolver aquilo que poderíamos chamar de “princípios”. Com a evolução tecnológica, principalmente, o ser humano passou a contar com máquinas que o auxiliam a “pensar”, e a acomodação a esse “sufocar” do pensamento, trouxe e traz consequências à pessoa. Pensadores naturais, no mundo atual, são pessoas marginalizadas, ainda perigosas aos sistemas, e também consideradas como improdutivas e alienadas. Comumente as pessoas dizem: “não tenho tempo para pensar em nada”; “pensar é perda de tempo e tempo é dinheiro, e dinheiro é o que interessa”, “pensar não resolve nada”, etc., etc., etc. . Na era dos descartáveis, o Pensar também passou a ser quase que totalmente descartado pela grande maioria das pessoas. Com isso concluímos que pouco a pouco, o Pensar foi subestimado, foi relevado a planos inferiores, até mesmo por imposição ─ não aparente ─, dos próprios sistemas sociais vigentes. Assim, o ser humano não pensou naturalmente; materializou-se quase que totalmente; entregou-se às mãos da “máquina”, da “engrenagem” ─ cria do próprio ser humano; fez-se, produziu-se conforme aquilo que o social-material vigente, exigia. Materialmente falando, evoluiu muito. Mas hoje, o ser humano sente, que do material, pouco mais há a esperar, a não ser o estrangulamento, o colapso do próprio material, principalmente pela destruição compulsiva do Natural. 50
  • 51. Talvez esse sentir, essa observação faça-o pensar, e do pensar, ele, o ser humano, chegue ao Não Pensar e descubra, capte o que realmente é ─ Matéria/ Não Matéria ─ Ser Pleno ─ Todo Conexo. Talvez... 51
  • 52. ESPAÇO 36 PENSARES 10 A Não Matéria é a Inteligência Superior do ser humano. Deus ─ Não Matéria absoluta; TODO CONEXO, Suprema Inteligência do Universo; Energia Inteligente; LUZ, da qual somos, no ESTADO Não Matéria, semelhantes, pois para chegarmos a isso, fomos criados. 52
  • 53. ESPAÇO 37 E DEUS? Deus, dentro do pensamento maior, da vivência maior que envolve o que escrevo e que, portanto, é o que sinto em plenitude, é NÃO MATÉRIA, é Essência Absoluta, de Tudo, portanto ─ O TODO CONEXO ─ PURA ENERGIA. Assim, Deus somos nós, em nosso ESTADO NÃO; somos nós, porque somos parcela de Seu Todo; somos força e energia semelhantes; somos ETERNIDADE E INFINITUDE D’DELE. Somos de Deus o seu ponto de chegada; Ele chega em nós, tornando-se UNO conosco através do “nosso” ESTADO NÃO. Somos Deus em nossa INFINITUDE, SEMPRE. Porém, como ainda somos incompletos por desconhecermos o ESTADO Não Matéria, por vivermos mais o Estágio Matéria, sem captarmos ainda a importância desse Estágio associado, conexo ao ESTADO Não Matéria, precisamos de certas imagens, de certos “recortes” que nos deem a ideia de um deus que não somos nós, que nunca poderemos ser e sim, algo inatingível na escala de espaço e tempo que conhecemos, e que talvez possamos vir a saber Dele, mais verdadeiramente, apenas após a morte. Sei que para muitos pode chocar, pode assustar a ideia de sermos Deus, em sua INFINITUDE; é que olhamos para nós mesmos e nunca vemos o nosso interior, a nossa contraparte de luz; o nosso avesso. Olhamos para os outros e vemos como eles se apresentam ao nosso mundo exterior; olhamos para nós mesmos e para nossos semelhantes com o confuso, nublado e deturpado olhar material, e o que vemos é a imagem da matéria, trabalhada ou mutilada pelo mundo material artificial, que nos envolve. Enquanto não conseguirmos penetrar e caminhar, em nosso avesso, em nossas entranhas, e aprender naturalmente a ver e sentir a totalidade que somos, ou seja: Matéria/Não Matéria ─ Todo Conexo ─ Deus, permaneceremos apenas exterior, fachada, luz apagada; não conseguiremos produzir em nós a Alquimia do Amor e Ele permanecerá fora de nós; não conseguiremos, não alcançaremos a UNIÃO CONSUBSTANCIAL com Ele. Se demos à Energia Criativa o nome de Deus é hora de pensarmos em conhecer melhor essa ENERGIA, saindo um pouco do contexto religioso e penetrando em um dos pontos da Física ─ Física Quântica ─ que certamente trará maior amplitude de conexão ao se pensar a Energia Criativa, tenho absoluta certeza disso. 53
  • 54. ESPAÇO 38 POR QUE DO ESTÁGIO MATÉRIA? Eis uma pergunta que deverá surgir com frequência: Por que do Estágio Matéria? Essa pergunta, eu a fiz muitas e muitas vezes, a mim mesma; ainda a faço, porque estou apenas principiando a caminhada Matéria/Não Matéria; portanto, trago ainda toda a força do Estágio Matéria, entrando em choque com o ESTADO Não Matéria, principalmente pelo uso do pensamento material/racional que por vezes quer ter domínio no campo do pensar, não querendo admitir o Não Pensar. Na realidade, centenas de questionamentos ainda permanecem na periferia do pensar, aguardando sua absorção pelo Não Pensar. Como espero que as respostas venham do Todo Conexo, continuo aguardando o momento de SENTÍ-LAS, isto se meu nível Não Matéria estiver programado para isso. Tenho comigo, por tudo que já senti, que os chamados “grandes mistérios” da vida, só serão dissipados quando o maior número possível de pessoas estiver conexo com O TODO CONEXO, pois isto permitirá uma sintonia mais ampla, um campo mais favorável para recepção de uma gama enorme de informações superiores. Antes disso, falta o mais importante: a busca, a captação e a perfeita vivência Matéria/Não Matéria. Ousando, não será possível que o tão falado e comentado “Final dos Tempos”, possa ser, de alguma forma, o início do Não Tempo? Esse Não Tempo seria, então, o término dos tempos obscuros do ser humano, no que tange ao próprio ser humano; seria então, a descoberta e vivência da INFINITUDE, mesmo havendo a Finitude da Matéria, porque o ser humano matéria, será também Todo Conexo, de forma CONSCIENTEMENTE CONHECIDA , RECONHECIDA e SENTIDA. Assim, pode-se até pensar que o Estágio Matéria tem a sua importância, justamente para que haja, ainda, um dia, a descoberta ─ ou redescoberta? ─, e captação total do ESTADO NÃO pelo ser humano, dando início a um novo Estágio de Vida ─ VIDA PLENA. 54
  • 55. ESPAÇO 39 CONEXÃO É provável que muitas pessoas vivam em certa conexão com o ESTADO Não Matéria, só que de forma inconsciente, não em sua plenitude, portanto. A totalidade do ESTADO NÃO é abrangente à própria matéria, mantendo-a em suas características naturais, não se desvinculando desta, enquanto for matéria natural. Portanto repito: o Estágio Matéria, conexo ao ESTADO Não Matéria resulta o Todo Conexo que é o ser humano, em sua realidade maior e transcendente. 55
  • 56. ESPAÇO 40 REALIMENTAÇÃO ENERGÉTICA O ESTADO Não Matéria conecta o ser humano com as leis naturais universais, leis essas que regem o que chamamos de vida e também, principalmente, a Não Vida, permitindo uma realimentação energética natural e constante entre Matéria e Não Matéria, com reflexos perfeitamente harmoniosos em todas as demais esferas, ou seja, Mundo/Não Mundo, Pensar/Não Pensar e aspectos próprios destes. A ausência ou, melhor dizendo, o enfraquecimento dessa conexão causa uma sobrecarga para a matéria, criando situações profundamente desfavoráveis e “desarmônicas” para o ser humano, para toda a natureza, e para o próprio Planeta Terra. 56
  • 57. ESPAÇO 41 GERAÇÃO DE UM SER PLENO Existe algo de que gostaria de falar, e que considero uma das coisas mais importantes, dentro do Estágio Vida; algo, que de certa forma, não atingiu ainda a real importância ─ Geração de filhos. Possivelmente, dentro desta 1a parte, este Espaço venha a ser um dos mais longos; falarei do assunto da forma mais clara e aberta possível; falarei em função do que penso a respeito, tendo em vista a Não Matéria, enfim, o que chamei de ESTADO NÃO. MACHO/FÊMEA ─ HOMEM/MULHER Desde que o mundo é mundo, desde que foi concebido como tal, desde que recebeu a designação de mundo, temos a situação acima colocada e sempre, desde seu início, conflitante. É evidente que quando falo de concepção do mundo, como tal, estou me referindo mais especificamente, ao conteúdo racional de tal concepção, coisa que fez com que a situação macho/homem fosse considerada altamente superior a situação fêmea/mulher. É evidente que enquanto no reino animal, chamado irracional ─ o que é questionável, ao se avaliar situações em que poderíamos merecer também tal designação ─, essa diferença permaneceu apenas à questão física, para o “reino” animal racional a diferença foi imputada ao todo, da pessoa. Não precisamos ir muito longe para atestar a veracidade dessa situação, para confirmar essa situação altamente discriminatória ─ as pessoas preferem um filho ou uma filha? Se você fosse ganhar um animalzinho de presente, preferiria que fosse macho ou fêmea? . Essa segunda pergunta atesta de que forma a nossa conceituação de macho/fêmea, atinge o reino animal irracional através de nossas idéias, atos e preconceitos. Essa situação conflitante foi distanciando o homem e a mulher, do encontro maior, colocando-os, infelizmente, em situações totalmente opostas, fazendo com que, por várias razões, quase que uma única coisa os unisse ─ a cópula ─, que na maioria dos casos nunca ultrapassou o Estágio Matéria, em sua realização. Essa união sexual entre seres humanos, muitas vezes aconteceu envolvida pelo amor ─ um sentimento que só é o que realmente deve ser, quando ultrapassa o Estágio Matéria, quando consegue despertar, no ser humano, os sintomas do ESTADO NÃO. Mas, na grande maioria das vezes, o que existe não é realmente AMOR; pode receber muitos outros nomes, mas não, AMOR. Vamos tentar ver o assunto de uma forma bastante simplificada. Um homem e uma mulher se conhecem; passa a existir todo aquele envolvimento inicial e um dia, consideram-se apaixonados e prontos para viver uma relação mais íntima ─ veja que estamos falando de casos mais especiais, não daqueles em que apenas a relação sexual imediata, conta. 57
  • 58. Então, esse homem e essa mulher partem para o momento íntimo, e para que ele seja completo, ficam nus (talvez apenas materialmente falando), e acontece a penetração do homem na mulher; acontece a cópula que traz, evidentemente, um prazer sexual muitas vezes intenso, mas localizado, ou seja, na região dos órgãos sexuais do homem e da mulher, apenas. Porém, na grande maioria das vezes, existe uma fração milesimal de tempo, do prazer sentido quando do ato sexual, que faz com que as pessoas procurem desesperadamente por esse instante; é como se o ser humano quisesse perpetuá-lo, tamanha é a sua indescritível plenitude. Nessa fração milesimal de tempo, não existe, não aparece, não é sentida a diferença homem/mulher; nesse instante, altamente fugidio, os corpos deixam de ser e resumem-se em ALGO ÚNICO. Nesse instante, o homem não sente que está dentro da mulher (sexualmente falando), e nem a mulher sente que o homem está dentro dela (também sexualmente falando); sentem-se únicos, nesse instante maior; a parceria deixa de existir. É nesse instante que costuma ocorrer o que é chamado de Orgasmo∗, que sob o aspecto fisiológico, tem inúmeras explicações de como e razão por que ocorre. Então, quando ocorre o Orgasmo, paira no ar uma sensação de inexistência da pessoa, do mundo, e até da própria vida; o ser humano “entra” em um estado desconhecido dele mesmo, definido normalmente como Êxtase, mas que eu chamaria de Momento Pleno por ser um dos momentos em que mais próximo o ser humano chega, da descoberta do ESTADO NÃO, pois nesse instante, ele (o ser humano), o mundo, a vida, a morte, o pensamento tornam-se inexistentes. A busca pela repetição desse momento, faz com que as pessoas busquem as relações sexuais com voracidade; assim o fazem, porque não conseguem “armazenar” aquela sensação por um tempo maior do que aquele milesimal espaço de tempo. Diria então, que em cada relação sexual existe uma “agonia”, um estado de ansiedade que busca aquele momento de fugidia paz. Essa “agonia” ocorre porque, em sendo a relação sexual vivida apenas no Estágio Matéria, a sensação de Momento Pleno não consegue perpetuar-se, no ser. Por mais que o Estado Não Matéria esteja presente, nesse momento, ele ainda não é tocado em sua profundidade. Quando o ser humano vive uma relação sexual em perfeita conexão Matéria/Não Matéria, aquilo que chamei de Momento Pleno, transforma-se, aí sim, em ÊXTASE, e nesse instante o ser humano se transforma em Ser, evidentemente, se esse for o seu caminho de encontro ao Ser. ∗ Orgasmo: sabe-se que o orgasmo pode ser atingido sem que haja a cópula, ou até mesmo, o ato sexual, pois ele, na verdade, é algo do ser único; ele não é sentido no outro e sim, no próprio ser; não é externo, não é local, não é parcial. O orgasmo, quando verdadeiro, quando ultrapassa o estágio Matéria e alcança o ESTADO Não-Matéria, transmuta-se em ÊXTASSE, que é verdadeiro, interno, total e independe do outro. 58
  • 59. A grande maioria dos seres humanos não tem, ainda, sensibilidade desenvolvida para captar, sentir e vivenciar a magnitude de uma relação sexual; isto porque, sua sensibilidade é ainda limitada e limitante ao Estágio Matéria. E normalmente, é sob o envolvimento dessa sensibilidade limitada e limitante ao Estágio Matéria, que um novo ser humano é gerado; novo ser humano visto aqui apenas no aspecto matéria, pois quando visto sob a ótica do Todo Conexo, ele não é novo nem velho, é simplesmente Infinitamente Eterno, pois é Ser. Porém, o novo ser humano, gerado em circunstâncias não plenas do ser, traz consigo todas as interferências acumuladas de séculos e séculos e do dia a dia de seus geradores. Assim, um novo ser é gerado, em um instante de euforia sexual, extremamente passageiro, e por ser eufórico é, na grande maioria das vezes, também banal. E depois de gerado, enquanto é “gestado”, permanece ainda, o novo ser humano, sob o efeito de preocupações quase que estritamente materiais ─ o que ele será ou deixará de ser, dentro da ótica “mundo sócio-material”; pouco ou nada é pensado sobre ele, como ser humano pleno; no nível de vida integral e plena. Acredito, do mais profundo do meu ser, que dia virá em que o ser humano pleno ─ Matéria/Não Matéria ─, fará vir ao mundo um ser especial, através de um momento especial; um ser que trará as características do Todo Conexo em toda sua constituição molecular, em todos os seus pensamentos, em todas as suas atitudes. Confio que esse tempo está mais próximo do que possamos imaginar, pois o que falta, apenas, é que cada pessoa tente “EMBRIONAR-SE”, nascer de novo e nascer pleno, para dar início às mudanças que o novo ser ─ Todo Conexo ─, terá que fazer. 59
  • 60. ESPAÇO 42 FELICIDADE, O QUE É? Acredito que a felicidade nada mais é do que um “estar bem” constante, da pessoa com ela mesma, independente de todo e qualquer problema relativo à vida material (natural ou artificial), pois esse “estar bem” consigo mesma e com a vida não acarreta nenhum distúrbio de ordem psíquica, emocional, mesmo que a pessoa tenha que enfrentar situações de grande dificuldade; mesmo assim, estará bem, porque estará plena, interiormente, daquela força que nos sustenta, naturalmente, em qualquer situação. Porém, a vivência isolada do Estágio Matéria acarreta incompatibilidades tremendas com a própria vida material causando, em função disso, praticamente todos os distúrbios emocionais de que temos conhecimento, e com isso, a ausência quase que total desse estar bem. E qual é a razão para isso? É que o ser humano é Matéria e Não Matéria, e apenas através da vivência real de ambas, através da conexão total de ambas é que poderá ajustar-se como ser humano pleno ─ Todo Conexo. Enquanto isso não ocorrer, a vivência será desarmônica e consequentemente, problemática. 60
  • 61. ESPAÇO 43 SER PLENO O ser humano pleno ─ Todo Conexo ─, é só, sem ser só. É só, porque o Todo é solitário, por ser Único, e o Único é só. Porém, não é só, porque sendo Todo Conexo, ele é Pleno e sendo Pleno não é só, mesmo sendo único. A solidão que as pessoas normalmente sentem, por mais acompanhadas que estejam, é porque consideram-se avulsas; consideram-se, não no Todo, mas na parte; considerando-se como parte, não são plenas; e não sendo plenas, a solidão da parte as assola e elas buscam mil e uma formas enganosas de complementarem-se, de tornarem-se plenas; mais especificamente, cheias por dentro. Essa solidão da pessoa deixará de existir, da forma como é sentida, quando ela, a pessoa, conceber-se Plena ─ Matéria/Não Matéria ─ Todo Conexo. 61
  • 62. ESPAÇO 44 REDE INVISÍVEL Pela solidão e desamparo que o ser humano matéria sente (mesmo que inconscientemente), a proliferação de ideologias encontra terreno fértil. O ser humano precisa, pela solidão e desamparo que sente, de uma ligação mais forte; de uma ligação que a ele pode não parecer, mas que na grande maioria das vezes é de domínio. E cérebros humanos, privilegiados pela observação e sondagem das chamadas “fraquezas humanas” ─ oriundas desse sentimento de solidão e desamparo ─ criaram uma rede que lançada sobre o ser humano, não o permite escapar. Só que existem minúsculos espaços, nessa rede, através dos quais alguns seres humanos escaparam, e tentaram falar sobre a textura dessa rede; porém, ela é muito forte e os que ainda estão sob ela (a maioria de nós, seres humanos), são vencidos cada vez mais, apesar de considerarem-se vencedores, isto, pelo efeito “narcotizante “ de certos elementos constituintes dessa rede. Assim, só acredito no rompimento dessa rede, quando o ser humano captar e vivenciar o Todo Conexo que é ─ Matéria/Não Matéria ─, não submisso a nada além do estritamente natural, que é. 62
  • 63. ESPAÇO 45 DÚVIDAS Não posso deixar de admitir a enorme dificuldade quando nos propomos a “captar” nossa realidade maior e transcendente, isto porque, o choque com tudo que nos rodeia é fatal e, por inúmeras vezes, as dúvidas nos assolam quase que de forma incontrolável. Porém, exatamente nas dúvidas do ser humano, em suas buscas maiores, é que reside o terreno fértil para o encontro, para a captação de seu ESTADO NÃO. Quase todos os ensinamentos que temos, no que se refere principalmente ao campo religioso, não nos dão permissão para duvidar. Se duvidamos, se ousamos duvidar dos ensinamentos “instituídos”, que nos dão, nós mesmos tentamos afastar essas dúvidas porque nos foi dito, nos foi imposto que, se duvidamos, então não temos fé, e o que é pior: somos horríveis pecadores, não havendo perdão para isso, a não ser através de um sufocante e destruidor sentimento de culpa. Nos foi ensinado que a fé, seja no que for, não admite dúvidas; que a fé deve, então, ser cega; nos foi ensinado (por aqueles que instituíram credos), que há coisas que não podem ser pensadas, que não podem ser questionadas pelo ser humano comum, porque a ele não foi dado o direito de conhecer coisas, além daquelas que estão disponíveis (e perfeitamente dosadas e/ou camufladas), para serem conhecidas. Então, o medo por estar agredindo, por estar pecando, sufocou e sufoca ainda, na grande maioria dos seres humanos, todos os “será que é isso mesmo?”; sufoca, no ser humano, toda busca natural e espontânea de respostas às indagações que também, natural e espontaneamente o ser humano tem. Apesar de já estar longe o famoso tempo da Inquisição, mesmo assim, perante a sociedade, e principalmente perante algumas de suas instituições, ai de quem ousar pensar e duvidar ─ do que está escrito e determinado ─ e divulgar suas dúvidas, torná-las de conhecimento público. Porém, existe um espaço onde essas dúvidas e questionamentos podem ser lançados, com total segurança, com total liberdade, e até mesmo, certeza de respostas: o nosso interior. Portanto, torno a repetir que o ser humano precisa “EMBRIONAR-SE” dos questionamentos que tem, e aguardar as respostas que virão, e o novo ser que “nascerá” juntamente com as respostas captadas e sentidas. Para mim, prova maior do que foi dito acima, da necessidade de questionar, de compreender e não apenas de crer, sem consistência interna, está nas seguintes palavras de Jesus, O Cristo, quando perguntaram a Ele, qual era o maior mandamento: “Ama o Senhor teu Deus, com todo o teu coração, com tôda a tua alma e com todo o teu entendimento”. (Grifos da autora). 63
  • 64. ESPAÇO 46 PENSARES 11 A hegemonia e continuidade das “engrenagens enferrujadas” estão no desuso do Pensar e no sufocar das dúvidas. 64
  • 65. ESPAÇO 47 PENSARES 12 E de simples, a vida tornou-se complexa e limitante, pela complexa e limitante forma de domínio do ser humano, pelo próprio ser humano, como consequência do desconhecimento de sua simples, Infinita e Ilimitada condição NÃO. 65
  • 66. ESPAÇO 48 MUNDO MATÉRIA É importantíssimo observar que quando falo em “mundo matéria”, como sendo o grande causador de transtornos ao ser humano, subentenda-se, nessa maneira de falar, não propriamente o mundo, a matéria (naturais), como sendo o mal do ser humano, mas sim, os Sistemas, as Doutrinas, as Instituições de Domínio, as Ideologias, etc., etc., etc... criadas para “melhorar”, “aperfeiçoar” a condição de vida neste Planeta. Foram essas coisas instituídas que “acertaram” as posições do ser humano, nos esquemas criados; ao mesmo tempo, sufocaram os acertos naturais que o ser humano pleno ─ Matéria/Não Matéria ─ traz em si, para sua sobrevivência durante o Estágio Matéria. 66
  • 67. ESPAÇO 49 EGOCIÊNCIA A EGOCIÊNCIA, que proclamo como auxiliar às ciências conhecidas, do nosso mundo, na descoberta total da Não Matéria, do Todo Conexo, será encontrada quando o ser humano “EMBRIONAR-SE” de seus, e em seus questionamentos. Nós somos, em natureza, a própria Ciência, e da Ciência que somos, somos também o Cientista que a descobrirá e dará vazão a Ciência Eterna da Não Matéria Natural e Igual ─ SEMPRE. 67
  • 68. ESPAÇO 50 PENSARES 13 DEUS ─ CIÊNCIA ─ TODO CONEXO, como prefiro chamá-lo, encontrado pela pura ciência mais a ciência do ser ─ a SerCiência. Chamo de pura ciência, as Ciências do Natural, e do Sobrenatural, estas, assim chamadas, por sua íntima ligação com o desconhecido do ser humano. 68
  • 69. ESPAÇO 51 DIREITO DE PENSAR E OUSAR O ser humano sempre se sentiu e se sente “duplo”, sem conseguir, entretanto, identificar exatamente no que e em que reside esse “duplo” que ele tem, por vezes, a sensação de ser ou ter. Mas, mesmo sentindo-se “duplo”, também sempre se sentiu e se sente só; uma solidão e um desamparo frente a um Todo Desconhecido, no qual, tenta, algumas vezes, pensar. Mas, cada vez que tenta pensar (na forma humana, material, racional, lógica de pensar), ele se choca com seus próprios pensamentos, que podem, na grande maioria das vezes, não serem tão seus; podem ser pensamentos de outro seres humanos, pensamentos que foram, também de uma certa forma, “injetados” em nós, e assim sendo, muitas vezes confundem, perturbam o ser humano em seus “arrojos” ao pensar. Parece então, ao ser humano, que tudo que havia para ser pensado e descoberto, já o foi; e se ele se arroja a novos “pensares”, e os exterioriza, é totalmente desencorajado, porque a grande maioria das pessoas tem opiniões estranhas a respeito de quem “ousa” duvidar, perguntar, pensar sobre coisas que já lhe disseram ser “inquestionáveis”, ao ser humano chamado “comum”. Com essa situação, abrem-se enormes brechas para que o ser humano considere que apenas para alguns poucos foi dado o direito de pensar e lançar seus pensamentos ao mundo, e o mundo os “aceitar” como verdades únicas, portanto, definitivas a respeito do ser humano e de tudo aquilo que a ele, mais profundamente, diz respeito. Mas, independente de tudo quanto já foi dito, ao ser humano, sobre ele mesmo, ele continua a questionar, a duvidar, a ousar, e assim será ─ creio eu ─ até que cada ser humano consiga “EMBRIONAR-SE” de suas dúvidas, de suas questões, de seus “pensares”, e descubra por si mesmo, a sua verdade maior, o seu Todo Conexo. 69
  • 70. ESPAÇO 52 PENSARES 14 Enquanto o Estágio Matéria dinamiza o ser humano em suas conexões materiais, o ESTADO NÃO, insere-lhe sua INFINITUDE; insere-lhe seu ESTADO de Todo Conexo, e o conecta, evidentemente, com esse TODO CONEXO que ele, ser humano, é. 70
  • 71. ESPAÇO 53 PENSARES 15 A descoberta breve, ou não, do ESTADO NÃO, depende do nível de “congestionamento”, de “concretude” em que se encontra a pessoa, em função da distorção da realidade do Estágio Matéria. Entretanto, por mais estranho que possa parecer, esse próprio “congestionamento”, esse estado de extrema “concretude”, da pessoa, do ser humano, pode vir a detonar a descoberta do ESTADO NÃO, num curto espaço de tempo. 71
  • 72. ESPAÇO 54 PICO EVOLUTIVO Acredito que o pico evolutivo máximo, do ser humano, enquanto matéria, será a vivência plena da Matéria e Não Matéria, pois enquanto uma é Finita, a outra foi, é e será SEMPRE. Portanto, a plenitude do ser humano, acredito, deverá ser a vivência plenamente conhecida de seu ESTADO NÃO; será sua vivência como Todo Conexo que sempre foi, é e será. 72
  • 73. ESPAÇO 55 O SEMPRE O ser humano, quando Todo Conexo, não é um ser morto, apegado a “raízes” distorcidas e apodrecidas. Ele é sempre novo, porque o Todo Conexo vibra em conexão com a Natureza e esta sabe bem o que fazer com as raízes distorcidas e apodrecidas, do seu meio. Na Natureza, Tudo é constantemente novo e mutante; não há estagnação, no sentido real da palavra. O SEMPRE é sempre novo porque é constantemente renovador e renovado; por ser SEMPRE, sua “época” é ininterrupta e vibrante; além do mais, o SEMPRE não é preso a nada; ele paira além do que foi, do que é, e do que poderá ser. 73
  • 74. ESPAÇO 56 O TODO CONEXO ─ VOCÊ O que esta primeira parte do EgoCiência e SerCiência tentou dizer a você, é que NADA e NINGUÉM pode tirar de você a sua INFINITUDE, mas que também, NADA e NINGUÉM poderá descobrir em você, o Todo Conexo que você é, só você mesmo. A INFINITUDE DO TODO CONEXO só você pode procurar, encontrar e viver. A caminhada ao encontro de “sua” Não-Matéria, enfim, a caminhada ao encontro de sua verdade maior, o Todo Conexo que você é, é difícil pela força da rede que foi lançada sobre nós, mas que nós temos força suficiente para “dissolvê-la”, e deixar fluir a verdadeira VIDA ─ Matéria/Não Matéria. 74
  • 75. ESPAÇO 57 “EMBRIONAR-SE” Devo admitir que foi longo o tempo de busca, até chegar a captar e sentir a realidade do ESTADO Não Matéria, e da fusão dele, comigo mesma, que foi em verdade, o encontro com o Todo Conexo , que sou. Daí a conclusão do Todo Conexo que somos e que é aquele que a grande maioria chama de Deus. Para mim, Deus É TODO CONEXO ─ e assim prefiro chamá-lo ─, assim como você e eu também somos, nas dimensões que a matéria nos permite, mas totalmente não dimensionáveis e INFINITOS, em nosso ESTADO Não Matéria. EMBRIONEI-ME de todos os questionamentos que tinha sobre a vida; observei o material ─ natural e artificial ─, e captei a natural Não Matéria. Durante longo tempo pensei na vida, na forma como ela é vivida e conhecida, e quando deixei de pensar e passei a ser o próprio pensamento, “captei” e senti a vida e cheguei a Não Vida, exatamente através do Não Pensar. Agora estou no princípio de minha caminhada consciente Matéria/Não Matéria; sou recém- nascida e vou ter que ver, agora, dentro do tempo que tenho no Estágio Matéria, o que é, realmente, ser Todo Conexo, plenamente, como espero. 75
  • 76. EgoCiência e SerCiência Ensaios Parte 2 76
  • 77. Explicações Preliminares Quando comecei a escrever a Parte 2 do EgoCiência e SerCiência-Ensaios, percebi, com maior intensidade, a realidade maior do que havia “escrito” na Parte 1, e esta Parte 2 é uma tentativa de ampliar as colocações, então feitas. Você leitor, deve ter observado que usei aspas (“”) na palavra escrito; deve lembrar,também, o mencionado sobre explicar a razão da utilização delas, no decorrer dos assuntos. A explicação é simples. No que se refere a Parte 1, praticamente apenas passei para o papel (em máquina de escrever, pois na época, não dispunha de computador) tudo o que havia “pensado” e anotado, em momentos diversos e também tudo que havia “surgido” nas gravações feitas, quando daquelas “conversas” já citadas na Parte 1. Portanto, honestamente, não poderia assumir ─ racional e logicamente ─ de forma integral, a autoria da maioria daqueles espaços; algo mais, além de meu racional e lógico, propôs as questões e as “formulou” ao entendimento. Tal coisa não aconteceu nesta Parte 2; aqui, o pensamento, da forma usual conhecida por nós, formulou as questões e elas foram desenvolvidas, de certa forma ampliando, parte do que já foi visto, provavelmente para uma melhor compreensão. As partes que veremos, a seguir, foram sendo desenvolvidas mais ou menos entre 1987 e 1990. Creio ser importante dizer a você, leitor, qual motivo levou-me a propor o então Ensaios sobre a Não Matéria, atual EgoCiência e SerCiência. Não havia, de início, nenhuma intenção de fazê-lo; pensei em como seria difícil tentar expor algo que havia nascido de experiência totalmente particular, e como tal, talvez devesse ficar apenas comigo, pois que interesse poderia ter, para outra pessoa, aquilo pelo que passei, o ponto onde cheguei e o que alcancei? O que impulsionou-me a fazê-lo, primeiro foi ter verificado que, em cada livro lido por mim, algo ─ mesmo uma pequena frase ─ renovava aspectos internos importantes; segundo, que se a maior parte do EgoCiência e SerCiência veio através daquilo que podemos chamar de insights, com certeza é porque sua mensagem poderá encontrar eco em pessoas, que como eu, almejam caminhos alternativos de busca. Ainda um terceiro motivo surgiu ao pensar em quantas e quantas pessoas passam por situações semelhantes, sem que consigam despertar para seus próprios meios de analisar os fatos e encontrar respostas em si mesmas. 77
  • 78. Assim, continuemos juntos, percorrendo as linhas escritas e procurando ir além do que se apresenta, deixando espaço aberto para que esta ou aquela frase, este ou aquele parágrafo possam “dizer” algo mais. É importante também que lhes diga que, as dificuldades encontradas na abordagem dos assuntos contidos na Parte 1, continuaram nesta Parte 2. É mais que certo que as palavras não podem “transportar”, por elas mesmas, a Essência do que está sendo escrito; além do mais, eu mesma tenho limitações na exposição desses assuntos; não consigo trabalhá-los de forma linear, seqüencial, discursiva; não há como escrever detalhadamente, pois tenho consciência de que apenas os contornos devem ser expostos. Por essa razão, continua a divisão dos assuntos em Espaços e estes, nesta Parte 2, foram constituídos por aquilo que chamei de Pontos (P). Essa forma de expor os assuntos permite que a penosa e restrita sequência linear, lógica de exposição através de palavras, seja atenuada. Em cada Espaço, a sequência de Pontos baila com certa flexibilidade e liberdade, o que permite que em cada um deles, você leitor, encontre ─ na grande maioria das vezes ─ um todo que o é por si mesmo, apesar de fazer parte de um todo maior ─ o Espaço. Então, comecemos. 78
  • 79. ESPAÇO 1 MUNDO P.1 Se dermos a qualquer pessoa duas figuras totalmente diferentes, um quadrado e uma esfera, e pedirmos que ao lado de uma delas escreva a palavra mundo, é evidente que a figura escolhida será a esfera. Mas, nossa realidade sensível, para o mundo, não é a esfera porque vivemos em conformidade com a tridimensionalidade, que por si só nos aprisiona, nos limita ─ fisicamente falando ─, e nos condiciona, psicologicamente. A tridimensionalidade envolve o ser humano desde o nascimento: ─ o berço onde é colocado (a maioria dos seres humanos); ─ o quarto, onde fica o berço; ─ a casa onde ficam o quarto e o berço. SÃO FORMAS E COISAS MARCANTES E SÃO TRIDIMENSIONAIS. P.2 Provavelmente o movimento de nossos olhos ─ quando ainda crianças ─,ou melhor, recém-nascidos, encontra naturalmente a limitação da tridimensionalidade, e a medida que nosso cérebro registra a “realidade” dimensional em que vivemos ─ materialmente falando ─ vamos sendo programados para reconhecer a tridimensionalidade como uma de nossas maiores realidades, mesmo que jamais pensemos a respeito, mesmo que jamais a questionemos. P.3 A tridimensionalidade que a vida física nos impõe, limita-nos, inclusive psicologicamente, porque quando nos deparamos ─ visualmente falando ─ com algo que parece escapar a tridimensionalidade, temos dificuldade em nos adaptarmos a essa visão; nossa psique, de certa forma, é abalada pelo diferente, pelo fora do comum. P.4 Ao vivermos em conformidade com a tridimensionalidade ─ por nossa condição física/material e nosso condicionamento mental ─, vamos pouco a pouco “fechando” o mundo em uma “pequena caixinha” onde “colocamos” e “guardamos” aquelas pessoas, coisas e lugares de que mais gostamos ou necessitamos. É evidente que isso, na totalidade, não ocorre a nível físico, mas sim, em nossa estrutura interna, de forma tão inconsciente que não nos damos conta quão forte e limitada é a nossa estrutura interna de mundo. Essa estrutura interna, se analisarmos bem, é tão limitada que a casa de nosso vizinho não faz parte dela, a não ser que por alguma razão, nossa, esse vizinho tenha participação especial que o diferenciará de outros e o colocará em nossa “caixinha mundo”, por exclusiva deferência nossa. 79