O documento discute a sombra, o lado inconsciente e não reconhecido da personalidade humana. Apresenta definições de Jung sobre a sombra e como ela se torna um tema importante na vida adulta. Também descreve formas de identificar a sombra e sugestões de como encontrá-la, incluindo em nossas vergonhas, projeções, vícios e sonhos. Finalmente, enfatiza a importância de integrar a sombra em vez de combatê-la.
2. Por: “Joanna De Angelis” Prof. Paulo Ratki
Apresentações
“Irmãos: Eu sei que em mim, isto é, na
minha natureza, não habita o bem, pois
querer o bem está o meu alcance, mas
realiza-lo não está. Na verdade, não faço
o bem, que quero, mas pratico o mal, que
não quero.”
Paulo Rom7, 18s
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Apresentações
As pessoas, quando educadas para
enxergarem claramente o lado sombrio
de sua própria natureza, aprendem ao
mesmo tempo a compreender e amar
seus semelhantes.
C. G. Jung
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Apresentações
A partir da juventude, e principalmente
na idade adulta, a sombra se torna um
tema importante e até obrigatório na vida
de todo ser humano, produzindo um
confronto na medida exata em que vamos
consolidando interna e externamente a
noção de quem somos.
5. Quanto mais estabelecida está a
concepção que criamos a nosso respeito e
quanto mais permitimos ou incentivamos
que o mundo crie uma concepção sobre
nós, mais constrangedor se torna essa
confrontação através da identificação de
impulsos, ideias e sentimentos que
destoam da imagem que construímos a
nosso próprio respeito.
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Apresentações
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Apresentações
Entendemos que a formação da
personalidade se dá a partir dos choques
entre a coletividade e a individualidade, e
desses choques decorre a sombra, posto
que ela é a coisa que uma pessoa não tem
desejo de ser.
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Apresentações
Ao longo de nossa vida somos impelidos a
fazer escolhas, estabelecendo padrões e
noções a nosso próprio respeito. Muitas
vezes, fazemos opções elegendo aquilo
que acreditamos ser o melhor para nós e
rejeitamos, declaradamente, certas coisas.
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Stein, no livro Jung: O Mapa da Alma,
afirma que, ao adaptar-se e enfrentar-se
com o mundo, o ego, de um modo
inteiramente involuntário, emprega a
sombra para executar operações
desagradáveis que ele não poderia
realizar sem cair num conflito moral.
9. O que ele quer dizer é que fazemos um
movimento de repressão, excluindo traços
psíquicos vergonhosos, desaprovados ou
indesejados, seja por razões sociais,
culturais, educacionais ou religiosas.
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10. Começamos a verificar a existência de
duas dimensões em nós: um "eu" que
reconheço, aceito, admiro e mostro a
todos; e um "não eu", uma parte que não
aceito, recrimino, julgo, condeno e
escondo de todos.
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11. Muitas vezes o que estamos fazendo em
termos de crescimento interior é quase
nulo. Temos crescido em aparência,
avolumado as máscaras, nos adequando
às exterioridades, acreditando que isso
seja a transformação que nos cabe sem
percebermos que essa mudança é
superficial e impermanente.
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É preciso maturidade para compreender
que não somos apenas a máscara, nem
apenas a sombra: constituímo-nos no
somatório das duas e de muitas outras
partes que compõem o ser humano.
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O problema é que, na maioria de nós,
essa oposição interna encontra-se como
uma grave dissociação. A sombra não
silencia à repressão, muito pelo
contrário, quanto mais a consciência
tenta forçar a anulação, mais a
personalidade sombria reage.
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Apresentações
Jung afirma: "Infelizmente, não se pode
negar que o homem como um todo é
menos bom do que ele se imagina ou
gostaria de ser. Todo indivíduo é
acompanhado por uma sombra, e quanto
menos ela estiver incorporada à sua vida
consciente, tanto mais escura e espessa
ela se tornará"
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A psicanalista inglesa Molly Tuby
apresenta seis formas de identificação
da sombra, SÃO ELAS:
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1. Nos nossos sentimentos exagerados em
relação aos outros ("Eu simplesmente não
acredito que ele tenha feito isso!", "Não consigo
entender como ela é capaz de usar uma roupa
dessas!");
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2. No feedback negativo que recebemos
daqueles que nos servem de espelhos ("Já é a
terceira vez que você chega tarde sem me
avisar.");
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3. Nas interações em que continuamente
exercemos o mesmo efeito perturbador sobre
diversas pessoas diferentes ("Eu e o Sam
achamos que você não está sendo honesto com
a gente.");
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4. Nos nossos atos impulsivos e não
intencionais ("Puxa, desculpe, eu não quis dizer
isso!");
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5. Nas situações em que somos humilhados
("Estou tão envergonhada com o jeito que ele
me trata."); simplesmente não consegue fazer
seu trabalho em tempo!", "Cara, mas ele perdeu
totalmente o controle do peso!").
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Os terapeutas Connie Zweig e Steve Wolf
nos presenteiam com sugestões de como
procurarmos nossa sombra, e
resumidamente o que dizem é que a
sombra se esconde, são elas:
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1. Em nossas vergonhas secretas: descobrir a
vergonha é descobrir o caminho para nossa
sombra; porque, provavelmente, trata de coisas
que não temos coragem de fazer abertamente,
mas que se fosse possível, ou não houvesse
recriminações, nós as faríamos;
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2. Em nossas projeções: se sentimos nojo,
estamos incrédulos ou envergonhados pelo
comportamento de uma pessoa, e se nossa
reação é maior do que gostaríamos,
provavelmente estejamos fazendo um esforço
inconsciente para banir aquelas características
de nós mesmos;
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3. Em nossos vícios: quando somos controlados
por comportamentos compulsivos, estamos
tentando, mesmo sem saber, amortecer
sentimentos sombrios e preencher um vazio
interior, que é invisível;
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4. Em nossos atos falhos: quando fazemos
afirmações trocadas, a sombra escorrega
momentaneamente e revela pensamentos e
sentimentos não intencionais, tais como
insinuações, sarcasmo ou crueldade;
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5. No nosso humor: especialmente em piadas
cruéis à custa de outros, ou quando rimos dos
comentários fora de hora e dos erros cometidos
por outras pessoas;
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6. Nos nossos sintomas físicos: podemos
mentir, mas o corpo não mente;
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7. Na crise de meia-idade: a tarefa da segunda
metade da vida é criar consciência daquilo que
foi negligenciado ou ignorado, gerando, muitas
vezes, instabilidade no amor ou no trabalho, ou
a sensação de que a energia está acabando e há
vontade de fugir do mundo;
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8. Nos nossos sonhos: por serem eles a ponte
com o inconsciente, embora precisem de um
certo trabalho e orientação para sua
compreensão adequada;
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9. Nos nossos trabalhos criativos: as artes têm
o poder de romper o controle rígido da mente
consciente, permitindo o surgimento de novas
imagens e estados de espírito desconhecidos.
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Pretender que o outro
deseje conhecer-se?
Determinar que ele
queira enxergar? Isso é
impossível.
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A raiz de nossa personalidade não está
na atitude que pode ser vista pelos
demais, não está no comportamento em
si, mas no inconsciente, ou, em termos
espiritistas, no Espírito.
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Toda vez que não damos atenção à
tentativa de integração da nossa sombra,
essa energia acaba se impondo de
maneira vigorosa e impulsiva, pelo
somatório de energias que foi aos
poucos retida, gerando danos
comportamentais como a água represada
que assola as barreiras impostas
artificialmente.
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Joanna atesta que existe no ser humano
uma natural e mórbida tendência de
ignorar em si e projetar nos outros
certas deficiências pessoais.
É possível inferir com isso que
acumulamos muitos prejuízos para nossas
relações, sejam elas conjugais, fraternais,
maternais/paternais, filiais e profissionais,
por causa desse funcionamento
inconsciente.
35. Joanna diz: "Todos aqueles que são portadores
de sombra — e todos o são — em vez de a
compreenderem na condição de processo de
crescimento, experimentam uma certa forma de
vergonha, de constrangimento, e procuram
disfarçá-la. Tal comportamento dá lugar a uma
sociedade hipócrita, artificial, incapaz de
procedimentos maduros e significativos que a
todos beneficie. O ser mais hábil no disfarce é
sempre o mais homenageado querido,
produzindo-lhe maior soma de conjunto, porque
se vê obrigado a continuar a parecer aquilo que,
realmente, não é".
Por: “Joanna De Angelis” Prof. Paulo Ratki
Apresentações
36. Por: “Joanna De Angelis” Prof. Paulo Ratki
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O contato face a face, olhos nos olhos, frente a
frente com nosso lado sombrio produz uma
profunda transformação dentro de nós - nunca
mais seremos os mesmos. A mentora espiritual,
com toda sua elevação moral, é quem nos dá a
certeza do caminho a ser seguido quando nos
convida a aceitarmos com naturalidade nosso
lado sombrio. "A sombra que existe no ser
humano não deve ser combatida, senão diluída
pela integração na sua realidade pessoal."
37. BIBLIOGRAFIA
JUNG, C. G. Os arquétipos e o inconsciente coletivo. 7. ed. Petrópolis: Vozes,
2011
7 JUNG, C. G. Fundamentos de psicologia analítica. 2. ed. Petrópolis: Vozes,
1983 -(Obras Completas Vol. 18/1), Quinta Conferência.
"ANGELIS, J. (Espírito); FRANCO, D. P. (médium). Atitudes renovadas. Salvador:
LEAL, 2009, cap. 8.
' KENN, S. O Criador de Inimigos. In: Connie Zweig e Jeremiah Abrams (Orgs.).
Ao encontro da sombra: o potencial oculto do lado escuro da natureza humana.
8. ed.
Sáo Paulo: Cultrix, 2011, p. 224.
10 ANGELIS, J. (Espírito); FRANCO, D. P. (médium). O ser consciente. Salvador:
LEAL, 2000, cap. 7.
" JUNG, C. G. Aion: estudo sobre o simbolismo do si-mesmo. 8. ed. Petrópolis:
Vozes, 2011 - (Obras Completas Vol. 9/2), cap. 2 - Sombra.
12 ANGELIS, Joanna de (Espírito); FRANCO, Divaldo P (médium). Psicologia da
gra¬tidão. Salvador: Leal, 2011, cap. 2.
1' WHITMONT, E. C. A busca do símbolo. 8. ed. São Paulo: Cultrix, 2008, cap.
10. 14 ANGELIS, J. (Espírito); FRANCO, D. P. (médium). Em busca da verdade.
Salva¬dor: LEAL, 2009, cap. 1.