Este documento discute como ensinar literatura de forma engajada para estudantes. Ele sugere que os professores devem mostrar como a literatura usa a linguagem de forma estética e não devem apenas usar textos literários como pretexto para outras atividades. Além disso, recomenda ler com os alunos em vez de apenas para eles e considerar atividades como dramatização para envolver os estudantes.
2. Olá como vai ????
Eu vou indo. E você tudo bem ????
Chico Buarque
3. REFLEXÃO INICIAL
• Como numa sala de aula eu posso levar o aluno a
perceber que a literatura faz uso estético da
linguagem?
• A literatura é uma coisa “bacana”?
4. • Como posso convencer meu aluno de que um texto
é bom e interessante?
• É possível provar para meu aluno o valor da
literatura se eu apenas a “uso” como pretexto para
outras atividades (moralizar, ensinar gramática,
ilustrar fatos históricos)?
• Devo ler “com” meus alunos ou “para” meus
alunos?
5. • Dramatização e apreciação de filmes
substituem a leitura do texto literário?
• É possível, de vez em quando, o
professor ler com os alunos pela mera
fruição estética do texto, sem precisar
“cobrar” resumos, questionários?
7. Martins (1984) diz que a leitura só será compreensível e interessante no momento
em que “preencher uma lacuna em nossa vida, vir ao encontro de uma necessidade, de
uma vontade de conhecer mais”. Cada leitor vai descobrir o seu melhor jeito de ler e
as suas leituras preferidas.
De início, precisa entender que “nada é gratuito, nem o prazer”. E depois, para
aprimorar os conhecimentos, será preciso que tenha interesse em prosseguir lendo
com metas e empenho para atingi-las. Para a autora, “A leitura, mais cedo ou mais
tarde, sempre acontece, desde que se queira realmente ler”.
8. O professor precisa:
• Buscar a “contemporaneidade” dos textos
antigos
• Saber ler o texto literário, captando a voz
“implícita” dos personagens ou o ritmo que
se juntam ao sentido do texto
11. Coração bate de novo no compasso da serenata...
As cenas são centenárias, mas não há quem não sonhe ser a mocinha ou o mocinho que cruzam
olhares no embalo de uma serenata, que tenham nos olhos o reflexo da chama amarelada das velas
sobre a mesa de jantar e que, emocionados, molhem o sorriso com lágrimas na entrega da rosa.
O comportamento parece ridículo, mas também não há quem não sonhe em ficar sentado horas
esperando o telefone tocar para, depois, relembrar palavra por palavra dada do outro lado da linha;
escrever frases bregas no cartãozinho mais brega ainda (e achar um exemplo de bom gosto e
originalidade); ficar sem fome (ou comer demais); ouvir música (melosa) sem descanso e perder o maior
tempo imaginando os passos do outro.
Não há quem não queira ser o motivo da “loucura” e da inspiração (mesmo desastrada) para o versinho
que vem assinado pelo Chuchu, pelo Fofo ou pela Gatinha – apelidos que fazem o resto do mundo cair
na gargalhada e ele(a) se sentir realmente fofo, um chuchu ou uma gatinha. Os últimos românticos
ganharam milhões de companheiros. O romantismo sobreviveu a todas as formas de revoluções de
comportamento. Ele pode ter emprestado as vestes da modernidade, mas, despido, ainda tem as velhas
formas que emocionam todas as gerações. Não há como negar.
Não há quem não queira ser o Te do Eu te amo.
GUERREIRO, Márcia. O Estado de S. Paulo, 12 jun. 1994.
12. Literatura & Currículo
De acordo com o Currículo Oficial de Língua
Portuguesa SEE
“A Literatura é uma manifestação cultural. O
estudo da Literatura não pode ser reduzido à
mera exposição de listas de escolas literárias,
autores e suas características”.
14. Orientações:
Após a revisitação da Situação Aprendizagem observe:
Apresenta estudo da Literatura através de textos seja ela linear ou
não?
Como?
Quais habilidades e competências pertinentes a esses estudos são
apresentadas na Situação de Aprendizagem?