SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 40
Baixar para ler offline
Obra: Contos bizarros
Autor: Dark Angel (J.Paulo Lima)

Medo é apenas um incentivo chamado emoção...
O sol além da montanha
Prólogo
Acabo de regressar de uma viagem, sou jornalista e gostaria muito de saber da
história de Luce e Arthur, um casal marcado pelo ódio a dor e a traição.
_Senhor Inácio_ chamou-me Isobel.
_Sim querida_ respondi-lhe.
_Há uma senhora que deseja falar com o senhor.
_Mande-a entrar_ pedi
Alguns minutos depois entra na sala uma senhora de trajes típicos do
lugar que acabo de regressar.
_Boa tarde cavalheiro_ me chamo Hanna e gostaria de contar-lhe a história
que tanto quer saber.
_Mas por que agora?_ perguntei-lhe sério
_Por que este é o momento da história verdadeira ser revelada_ disse ela com
um brilho no olhar.
_Tudo bem, sinta-se a vontade...

Capítulo um

Tudo começa na antiga fazenda do coronel Camilo Albuquerque, chamada o
sol além da montanha, uma das mais belas da região, e que hoje vive
abandonada.
O coronel tinha duas filhas de sangue Maria Luiza e Isabella e também
tinha uma filha adotiva a quem amava muito chamada Luce. Isabella adorava
torturar Luce que era doce pura e virtuosa, Maria Luiza era muito estudiosa,
enquanto Isabella era muito orgulhosa e ríspida.
Houve uma tarde que Luce e Maria Luiza estavam conversando perto da
lareira, quando chegou Isabella dizendo:
_Oh querida Maria Luiza, finalmente Gustave me pediu em casamento.
Gustave era um dos homens que mais possuía bens naquela região.
_Que alegria querida irmã_ disse Mari L. naquele momento o senhor Camilo
entra na sala e logo Isabella corre.
_Papai, papai estou tão contente.
_Que bom meu anjo, Luce querida quero falar com você.
Isabella morria de ódio e inveja de Luce, o coronel não era rude com
nenhuma das filhas, mais ele era muito ambicioso.
Numa manhã ensolarada Luce saiu para pegar laranjas do outro lado da
fazenda. Quando Luce começou a pegar as laranjas, passa um homem simples,
mais muito atraente.
_Boa tarde Srta. Posso ajuda-la de alguma forma?
_Obrigada senhor, como se chama?_ perguntou Luce.
_Arthur Lockwood, a sua disposição.
_Prazer, me chamo Luce Albuquerque.
Passando-se algumas semanas Luce e Arthur começaram a se
encontrar ás escondidas, sempre no mesmo lugar, perto da laranjeira, e pouco
tempo depois os dois deram início a um belo romance.
Alguns meses depois eis que chega à região um homem muito rico e
bem apresentado, e que logo cai de amores por Luce. O senhor Camilo
quando vê seu amigo rico não pensa duas vezes e grita por sua querida filha
adotiva.
_Sim querido pai, pra que me chamastes?_ quis saber Luce entrando na sala.
_Querida quero que cases com o rico médico aqui, o senhor Alexandre Fadel.
Luce pensou e respondeu:
_Assim será feito a sua vontade meu pai.
Capítulo dois
Houve um domingo muito chuvoso na região Luce e toda sua família
estavam reunidos na saleta quando o coronel chamou a atenção de todos.
_Minhas amadas filhas, quero comunicar-lhes algo que me deixou muito
feliz.
Naquele momento alguém invade a sala dizendo:
_Luce meu amor estou aqui para casar com você vim para lhe pedir em
casamento_ falou Arthur.
_Quem é este homem?_ berrou o coronel.
_ Luce _continuou Arthur _ quero que aceite ser minha esposa.
_Guardas _ gritou Luce _ levem este homem daqui. Eu o conheço senhor?
_ Conheces aquele homem irmã?_ perguntou Mari L.
_ Nunca o vi na vida_ respondeu Luce.
_ E como ele sabia o teu nome?_ insistiu a irmã.
_ Oh como és ingênua, esqueces que o papai é um dos mais ricos desta
região?
Quando Luce voltou ao quarto logo se debulhou em lágrimas... e Arthur
sumira por muito tempo.
Alguns meses depois do ocorrido o coronel adoecera pedindo assim que
o casamento de sua filha adotiva fosse adiantado, pois ele temia morrer antes
e desde já queria deixar sua filha casada, pois Maria L. E Isabella já estavam
casadas, Maria casara-se com um advogado rico chamado Medeiros e Isabella
com Gustave Pontara até que finalmente chega o dia do casamento, foi uma
linda cerimônia a céu aberto e enquanto tudo acontecia de longe Arthur via
tudo.
Três meses depois do casamento de Luce, o coronel morre de uma
violenta febre cerebral e deixa todos os seus bens móveis e imóveis para suas
três filhas.
Passando-se algumas semanas depois da morte do coronel tudo na
fazenda voltava ao normal, um lindo dia pela manhã Luce vai passear pela
fazenda e leva um susto com Gustave.
_ Meus Deus que susto Gustave.
_ Desculpe-me querida Luce _ falou Gustave rindo.
_ Onde está Isabella?
_ Saiu com Maria L. foram até a vila fazer compras e o doutor Medeiros foi
com elas.
_ E Alexandre?
_ Está no pomar lendo um longo memorado.
_ Ah _ suspirou Luce pegando umas rosas.
_ Nossa querida você não devia estar aqui sozinha _ disse Gustave.
_ Eu sei me cuidar muito bem sozinha Gustave.
_ Luce me perdoe se soou mal o que eu falei.
_ Desculpe-me querido pela ignorância.
Gustave e Luce viraram muito amigos, o que estava deixando Isabella
furiosa, que não pensou duas vezes antes de envenenar Alexandre contra sua
amada esposa.
_ Alexandre percebeu a aproximação do meu marido com sua mulher?
_ Luce jamais me abandonaria _ esbravejou Alexandre percebendo onde
Isabella queria chegar.
_ Mas olha como eles estão amiguinhos _ dizia ela com desprezo.
Mas Alexandre jamais ouviu Isabella pois sabia o quanto ela tinha inveja
de Luce. E Luce sempre dava provas do seu amor para com ele.
Capítulo três
Como grande prova desse amor nasce Alexia, filha a quem Luce e seu
amor amaram muito. De tantos mimos a garotinha crescia orgulhosa e
arrogante igual à tia.
E a cada dia Luce amava muito mais Alexandre. Houve uma tarde que
Luce foi até a laranjeira para pegar algumas laranjas para um piquenique que
preparava com seu marido quando ela escuta.
_ Olá querida como estás?
_ Arthur és mesmo tu? Como tu mudaste. Onde Esteves durante todo este
tempo? Como estas bonito.
_ É querida, coisa que o dinheiro faz, uma delas é mudar as pessoas.
_ Por que não vem tomar o chá da tarde conosco?
_ Será um grande prazer _ sussurrou Arthur.
Enquanto Luce estava feliz em vê-lo ele a odiava cada vez mais. Quando
lá chegaram ela disse.
_ Este é Arthur Lockwood.
_ Sente-se senhor _ falou Isabella interrompendo a irmã.
E assim ficaram a conversar durante muito tempo até que Arthur teve de
ir embora, já um pouco longe da casa alguém grita seu nome.
_ Senhor Lockwood...
_ Pois não _ diz ele virando-se.
_ Se não me engano acho que o já vi por aqui antes, estou errada?.
_ Não, não está eu sou aquele que sofreu aquela humilhação em vossa casa,
há algum tempo atrás.
_ Hum agora me recordo bem.
_ Como eu odeio Luce.
_ Nossa que coisa magnífica eu também odeio ela.
_ Que tal se fazermos um trato? E juntos se vingarmos dela?
_ Feito _ disse Arthur apertando a mão de Isabella.
Então o pior começou...

Capítulo quatro
Novamente chegara o dia de Isabella e Arthur se encontrarem, os dois faziam
muitos planos malignos para acabar com a felicidade de Luce e o mais
abominável é o que o senhor vai saber agora

_ Quero que coloque isto no chá de Alexandre _ disse Arhtur.
_ Mas o que é isso? _ quis saber Isabella.
_ É uma substância tóxica que o matará.
_ E o que eu ganho com isso?
_ Que tal o sofrimento da sua ´´querida irmã``? isso não basta?
_ Basta.
Na hora do chá Isabella fez como Arthur mandara... e algumas horas
depois todos se assustaram com os gritos de Luce.
_ Socorro alguém me ajude.
_ O que foi irmã? _ quis saber Maria L
_ Alexia está morta _ disse Luce chorando.
_O que? _ gritou Isabella.
_O maldito chá que Alexandre dera.
Logo a família entrou em luto. Claro que Arthur viera para o velório,
pois ele queria saber o que dera errado.
_O que deu errado? _ perguntou ele aproximando-se de Isabella.
_O Alexandre não bebeu o chá e o deu para a filha.
_ Mas não se preocupe vamos continuar com nossos planos antigos.
_ Claro que sim, eu só vou parar quando ver Luce no fundo do poço _ disse
Isabella com rispidez _ e qual é o novo plano?
_ Depois eu digo, aqui não.
Depois do enterro Arthur fora conversar com Luce.
_ Sinto muito querida Luce.
_ Oh Arthur minha única filha _ disse ela abraçando o maldito homem.
_ Não chore querida _ falava ele falsamente.
_ Mas ela era minha única filha.
_ Mais chorar não vai trazer ela de volta.
_ Tendes razão _ murmurou ela enxugando as lágrimas
Já na fazenda como Luce e Alexandre estavam muito pesarosos não
tardaram a ir deitar-se, quando Isabella vinha chegando do cemitério logo
Gustave perguntou:
_ O que tu tanto falavas com aquele senhor?
_ Ah Gustave que coisa, ele estava apenas dando-me os seus pêsames. Mas ao
acaso estás desconfiando de mim?
_ Não querida foi apenas uma pontada de ciúme.
_ Assim espero querido Gustave, assim eu espero.
Alguns meses depois da morte de Alexia, Isabella e seu novo
companheiro fiel Arthur colocavam de novo os diabólicos planos em prática.
Nem Arthur e nem Isabella queriam ver a felicidade do casal em luto.
Mas a desgraça de Luce estava apenas começando pois agora ela ia
ficar sozinha com Isabella, pois Maria L. fora embora com Medeiros, pois ele
tinha vários trabalhos importantes na capital e levou a esposa, para nunca,
nunca mais voltar.
Capítulo cinco
O outono chegara desfolhando tudo e também entristecendo tudo e
também para ficar pior, Luce viu seu amado ficar doente com uma terrível
febre causada pelo frio da estação.
_ Luce meu amor, quero que se cuide, pois sei que meu tempo de vida agora é
muito curto.
_ E quem disse que tu irás morrer?
_ Eu apenas sinto isso.
E a cada dia Alexandre piorava mais, até o dia em que morreu sem ar. Luce
quase morreu junto e graças a estas mortes seguidas uma da outra, logo
entrou em delírios, tanto que até Gustave tinha medo dela.
_ Luce estás bem? _ perguntou Gustave entrando no quarto, carregando uma
pesada bandeja com a comida de Luce.
_ Por que me perguntas isso? Não vedes o quanto sofro? Oh querido amigo é
tão ruim vê-lo e não poder tocá-lo.
_ Do que estás falando Luce? Ver e tocar em quem?
_ Ali Gustave, olhe, não o vedes rindo para mim?
_ Quem Luce?
_ Não brinque comigo Gustave _ disse ela irritada.
_ Querida acho que é melhor você tomar o seu remédio.
_ Oh por Deus Gustave eu não estou louca deixe-me, deixe-me.
A cada dia que passava Luce piorava mais, houve uma vez que ela saiu
gritando por Alexandre na chuva, o que agravou muito sua saúde e tudo o
mais piorou quando Arthur pôs o seu outro plano diabólico em prática.
_ Luce tem visita pra ti _ anunciou Isabella _ entre senhor Arthur.
_ Oh Arthur é mesmo tu? Quanto tempo não te vejo, oh meu anjo venha e
cura-me, cura-me as dores da alma, cura-me as feridas do coração.
_ Luce posso te fazer uma pergunta?
_ Claro que pode meu anjo.
_ Você tem algum sentimento ainda por mim? Como homem?
_ Se queres mesmo saber eu nunca deixei de ti amar.
_ Mas e o Alexandre você não o amava?
_ Amava mais não como eu te amei um dia.
_ Não me amas mais então?
_Claro que amo, eu não viveria sem ti um minuto sequer, o fogo consumiria a
alma, o gelo quebraria meu coração, e a chuva depois lavaria todas as minhas
mágoas e infelicidades, amar-te? Claro que ainda te amo. Como se tu o fosses
o meu coração, como não amar meu coração? Como lutar contra o que me
prende? Como não amar ainda o meu primeiro amor? E tu Arthur ainda me
amas?
_ Pena que eu não te amo mais, lembra-te a humilhação pela qual tu me
fizeste passar, pensou em mim? Se pensou tenho certeza que eu pensei mais
em ti do que tu pensaste em mim, lembra-te o dia em que tu despedaçaste
meu coração, deixando-o apenas ferido e machucado? Lembra-te? _ disse
Arthur chorando e soluçando.
_ Oh Arthur por que falas assim comigo? Não vedes que eu preciso de ti?
_ Sim, sei que tu és bem egoísta a este ponto. Claro que agora tu precisa de
mim já não o tem mais o seu amorzinho né? Pois bem fica com os teus
fantasmas, fica com os teus sofrimentos, que eu ficarei como um louco no
hospício sabendo que minha amada humilhou-me e depois me pede o perdão,
como se fosse fácil dá este perdão que tanto queres.
_ Oh meu anjo seria capaz de fazeres isto comigo? _ quis saber Luce chorando
muito.
_ Claro e o vou fazer agora mesmo, adeus Luce Albuquerque.
_Não querido _ soluçava Luce apenas para o quarto vazio.
Enquanto Luce chorava Arthur e Isabella riam.
_ O que tu disseste a meretriz?
_ Tudo o que estava preso em minha cabeça, mais não o que na verdade sinto
em meu coração.
_ Ótimo _ sussurrou Isabella.
Quando Isabella ia falar novamente foi interrompida pelo beijo de
Arthur, beijo este que ela retribuíra com muito prazer. Houve uma noite em
que enquanto Arthur e Isabella amavam-se Luce piorava mais, só não morreu
mais depressa graças aos cuidados de Gustave, e Isabella a cada novo dia
amava muito mais Arthur e sempre dizia:
_ Oh Arthur como eu te amo.
_ Se tu me amas tanto me prova este amor.
_ Como?
_ Mate Gustave e fuja comigo e deixe Luce morrer sozinha.

Capítulo especial:
O início do fim...
Algumas semanas depois Arthur recebe um chamado urgente de Isabella na
cabana que ambos se encontram.
_ O que queres Isabella?
_ Dar-lhe um presente, venha comigo e feche os olhos.
Isabella o guiou até o quarto onde ardentes foram aquelas noites de
amor.
_ Agora abra os seus olhos meu anjo.
_ Nossa, Isabella, agora sei que tu me amas de verdade.
Isabella matou Gustave com quatro facadas no coração e os dois
enterraram o corpo ali mesmo. Depois Isabella e Arthur voltaram ao sol além
da montanha para matarem Luce.
_ Luce querida agora tenha bons sonhos _ sussurrou Arthur ao ouvido de Luce
que dormia.
Arthur matou luce e depois se casou com Isabella, que morreu duas
semanas depois envenenada por seu marido.
E Arthur finalmente consegue sua vingança, a herança da família de Luce,
mais Arthur morre uma semana depois atormentado pelo seu único e
verdadeiro amor
Luce...

_ Senhor Inácio acorde _ falou Isobel
_ Que sonho bizarro.
_ Há uma senhora chamada Hanna que deseja vê-lo...
_ Que estranho...
_ O que é estranho? _ quis saber a secretária.
_ A vida querida... A vida...

Amor vampiro

Sentada aqui, sozinha no quarto com o coração dilacerado... Com sentimentos
agonizantes, olho pela janela, o que vejo? Uma noite escura e nublada e ao
lado uma floresta escura, soturna e agourenta.
Resolvi então ir dar um passeio pelo cais do leste, ao andar pelas longas
ruas escuras avistei o grande cemitério, um lugar sem dúvida assustador mais
pra mim, romântico e foi lá, quando eu vagava pela noite que eu o vi pela
primeira vez.
_ Boa noite Srta. O que faz aqui?
_ Curtindo este belo e amedrontador silêncio, gosto de passear em cemitérios,
mesmo dando alguns arrepios algumas vezes.
_ Entendo _ disse ele, quando ele se aproximou pude notar melhor sua
fisionomia, era alto, forte, e muito pálido, olhos de um azul perfeito e grande
e às vezes dão a impressão de mudar de cor, e é encantador e sedutor.
_ Como se chama? _ perguntou ele.
_ Me chamo Catherine Montenegro e o senhor?
_ Me chamo Marcos Vladimir, mas todos me chamam de Vlad.
_ Tudo bem senhor Vlad, e o que faz aqui?
_ Assim como vós eu também gosto muito de cemitério_ disse ele pegando
uma linda rosa vermelha e entregando-me com um gesto cortês disse _ por
favor, aceite.
_ Ah muito obrigada _ agradeci-lhe.
_ Gostaria de dar um passeio noturno comigo?
_ Seria uma honra _ falei.
Andamos por todo o cemitério e depois por todo o bosque que havia ali
perto, ele era muito nobre e educado e isso me atraiu, logo comecei a olhá-lo
muito e foi quando ele percebeu dizendo.
_ Estou incomodando?
_ Não _ respondi com sinceridade _ e que estava admirando o quanto és
bonito.
_ Obrigado, mais bela aqui é a Srta.
_ Como és gentil.
Fiquei com ele por várias horas, até que ouvi um relógio distante bater as
badaladas da meia-noite.
_ Vlad, tenho que ir.
_ Esperarei no mesmo lugar Srta. Catherine.
_ Até mais vê.
Naquele momento, quando já estava um pouco distante, olhei para trás,
mas Vlad já sumira, achei estranho mais apenas ri, foi quando senti vários
arrepios e vi um morcego sobrevoando a capela do antigo cemitério e ouvi em
seguida os cães ladrarem e em seguida uivos e mais uivos e depois corri pra
casa depressa.
Já em casa fui direto para o quarto e comecei a pensar em Vlad e nos
acontecimentos que ocorrera. Ao amanhecer fui diretamente para o meu
lugar agora mais perfeito, pra voltar a ver Vlad mais não o encontrei e é que
esperei até às três da tarde e já cansada resolvi ir embora e voltar somente à
noite.
Fui por volta das dez horas da noite de volta ao antigo cemitério, à
vizinhança já estava toda recolhida e não havia mais ninguém nas ruas, a noite
era fria e lúgubre foi quando eu ouvi aquela voz linda e assustadora.
_ Pensei que não viesse hoje.
_ Por que eu não viria querido, vim também mais cedo mais não te encontrei.
_ Eu não saio muito durante o dia.
_ Entendo _ sussurrei.
_ Obrigado por entender _ disse ele.
_ Por nada querido.
_ Cathy querida, quero te dizer uma coisa.
_ Pode dizer meu anjo.
_ Eu te amo.
_ Cala-te por que dizer mais? Eu amo-te também
Logo começamos uma longa noite de amor e durante este prazeroso
momento percebi que ele era gélido e que beijava muito meu pescoço e ele
me apertava com muita força, tanto que ás vezes ficava sem ar.
Até que com o chegar do amanhecer por fim nos separamos. Já em casa ao
olhar-me no espelho percebi com espanto meu corpo cheio de hematomas,
nossa que estranho, pois durante a noite eu não sentia nada a não ser os
abraços de Vlad, que estranho.
Alguns meses depois do meu envolvimento com Vlad comecei a desconfiar
de algumas atitudes dele, era frio, e não temia nada. Então eu o surpreendi.
_ Vlad? _ gritei.
_ Eu posso explicar Catherine.
Vlad estava bebendo o sangue de uma criança.
_ És psicopata?
_ Não querida Catherine, sou apenas um ser que vive nas sombras... Um ser
que vive na depressão... sou... Um vampiro _ falou mostrando-me os dentes.
_ Que horror _ gritei saia de perto de mim
_ Oh querida Cathy eu te amo, vai me deixar a sofrer assim?
_ Adeus Marcos Vladimir

Há meses não o vejo, sinto saudades suas principalmente nas noites de
luar, oh querido Vladimir.
_ Catherine amor, posso entrar? _ perguntou Caius.
_ Entre amor...
Caius é meu futuro marido, ele me ama, mais eu não o amo como ele me
ama.
_ Querida vamos fazer um passeio noturno?
_ O que quiser amor.
Quando saímos fomos para um lugar onde eu e Vlad costumávamos ficar,
onde nós fizemos amor pela primeira vez.
_ Oh querida Catherine, como eu te amo, oh meu anjo, oh minha vida, eu
jamais conseguirei viver sem ti.
_ Oh querido _ falei _ eu não mereço esse teu amor.
_ Mereces todo o amor do mundo.
Quando íamos embora eu ouvi um sussurro por detrás do túmulo.
_ Oh querida Catherine, ele jamais vai te amar do tanto que eu te amei, oh
querida e doce Cathy. Ao ouvir novamente aquela voz eu chorei.
_ O que houve amor?
_ Nada, foi só um cisco no meu olho.
_ Oh meu amor, venha vamos embora.
Passando-se alguns anos Caius virou meu marido, eu não era feliz mais
estava tudo bem pra mim, pois Caius estava feliz, eu me sentia bem em
satisfazê-lo.
Houve uma madrugada em que Caius não queria parar de fazer amor
comigo, mais mesmo assim eu sempre o satisfazia, até que da janela
iluminado pela luz do luar eu vi um grande morcego sobrevoando perto da
janela do meu quarto.
Na noite seguinte, assim que meu marido dormiu eu me levantei e saí, fui
em direção ao cemitério, afim de espairecer minha tristeza e o luar estava tão
bonito, mais eu não podia enganar a mim mesma eu estava ali na verdade
para ver Vlad. Mas era obvio que ela não iria aparecer.
No dia seguinte fui surpreendida ao café da manhã.
_ Onde foi ontem à noite meu anjo?
_ Fui dar uma volta no jardim.
_ É que eu fiquei assustado com o que vi no jornal, e temia por ti olhe.
Gazeta diária
13 de setembro
A gazeta diária informa o desaparecimento de crianças e de animais no
zoológico e acredita-se que se trata de um maníaco em série, ou de um louco
fugido do hospício da cidade, e foram encontrados alguns vestígios de uma
peste ou doença que pode ser mortal.
_ Isso é horrível _ disse eu.
_ Querida Catherine, quero tome cuidado caso queira dar estes passeios
noturnos, entendeste?
_ Sim querido _ respondi.
Quando tive a oportunidade de ficar sozinha, analisei novamente a
matéria no jornal e logo percebi que aquilo era obra de... Um... Vampiro.
Setembro...
Outubro...

Caius pegou um surto de gripe e ficou tuberculoso durante esse tempo, o que
me deixou muito preocupada, pois ele já não tinha mais a disposição de antes.
Houve uma noite em que saí para dar um passeio noturno, e foi quando eu
percebi que nuvens se aglomeravam no céu ameaçando uma forte
tempestade, então eu logo voltei para casa, voltei para o lado de Caius.
_ Adeus meu amor _ disse ele quando eu entrei.
_ Adeus por quê? Você não vai morrer, fique aí descansando meu amor.
Dois dias depois Caius morreu com uma violenta tosse e ardendo em
febre. E Vlad? Nunca mais o vi.
Muitos anos depois...
_ Nossa vovó que história legal.
_ Obrigada Arthur.
_ Tchau vovó, já é hora de ir pra casa.
_ Tchau amor.
_ Quanto tempo Catherine _ falou Vlad quando Arthur saiu _ já tem netos?
_ Sim ele é filho do meu filho do meu segundo casamento, mais você não
mudou nada Vladimir.
_ Pena que eu não posso dizer o mesmo de você, vim me despedir, vou partir
para outro país.
_ Adeus.
_ Mais antes quero lhe dizer uma coisa.
_ Pode dizer meu anjo.
_ Eu ainda te amo...

José Macário
Prólogo

_ Vai Hellen, lembra a história que prometeu me contar? A história do José
Macário?
_ Tenha calma Fernando, deixe-me terminar de arrumar estes pertences.
_ Deixe isso pra depois, vai Hellen, por favor, se tu não vir vou chorar até
adoecer.
_ Tudo bem, tudo bem, acalma-te.
_ Mas dize-me esta história é verdadeira ou imaginária?
_ Não vou te enganar, é uma história verdadeira, e eu no meu ato de trabalho
presenciei tudo.
_ Então o que estás esperando? Conta logo.
_ Tudo bem.

1897

José Macário querido Fernando foi muito meu amigo na infância, eu fui criada
na casa dele como uma verdadeira Alvarenga Leal.
Nossa infância foi muito doce e delicada, adorávamos correr durante a
época do verão pela propriedade. Mas o tempo passou e nós crescemos...
Alguns anos depois José foi viajar e quando regressou trouxe com ele uma
esposa chamada Jesebel , a quem engravidou e deu a luz a um filho chamado
Henrique
E logo fui designada a cuidar do menino pois a sua mãe morreu duas horas
depois do parto, depois da morte da mulher ele ficou muito atordoado, logo
começou a beber, e a ficar agressivo, ele estava me deixando muito
preocupada, muito triste em vê-lo no estado em que se encontrava, desde a
morte da mulher estava misterioso.
Houve uma noite em que ele tinha saído até a vila e eu para descobrir ou
ver alguma pista fui ao quarto e remexi em todas as suas coisas. Até que
encontrei em seu guarde roupas um livro intitulado como a magia de Macário,
e logo entendi por que ele havia adotado aquele nome, pois seu nome era
José Bonifácio e não José Macário, que foi um famoso bruxo a quem seus
livros eram raros. Foi quando me dei conta que ele estava virando um bruxo.

Lá pelas tantas da madrugada acordei com uns longos batidos na porta, era
José completamente bêbado, seu João e dona Maria estavam completamente
atordoados com o comportamento do filho, que jamais havia agido assim, e
graças a isso sua mãe ficou doente, e morreu dois meses depois daquela
noite. José nem se comoveu, mais já seu pai ficou inconsolável, ele já não era
mais o mesmo, andava sempre só e trancavam-se todas as noites no quarto
ou na biblioteca.
Uma noite quando eu fui até a biblioteca para deixar-lhe algo para comer
eu o vi completamente eufórico e feliz... Não entendi o motivo para ele agir
assim, mais nada pude fazer então lhe perguntei.
_ O senhor está bem?
_ Nunca estive melhor...
_ Desculpe-me ais o senhor está tão estranho e mui pálido.
_ Vede ali? Ali naquela cadeira _ disse-me ele apontando uma cadeira vazia.
_ Não senhor, eu não vejo nada.
_ Então saia e deixe-me a sós com meu amor.
Achei estranho, mas fiz o que ele me pedia. Quando amanheceu fui levar
algo para o senhor alimentar-se, mais quando entrei no quarto ele estava
estendido no chão, gritei ao perceber que ele estava mesmo morto.
Preparei o velório com ajuda de José que estava mais misterioso do que
antes e não vou negar que até eu mesma estava assustada, durante todo o
funeral ele estava calado e não derramava uma lágrima.
Depois da morte de seus pais ele piorou emocionalmente, ele não parava
em casa, e sempre que estava era trancado em seu próprio quarto e houve
uma vez que ele chegou a mim apavorado dizendo a seguinte história.
Macabro Macário.
_ Oh Hellen estou muito agoniado, ouve-me, por favor.
_ O que tens senhor? Diga.
_ Lembra-te aquela noite de sexta que eu saí e voltei de madrugada?
Aquiesci que sim com a cabeça.
_ Pois bem eu vinha andando de volta pra casa, eu vinha pela estrada de terra,
quando de repente eu senti um arrepio na espinha dorsal, logo os cães
começaram a ladrar e eu fiquei com muito medo. Quando me virei um susto.
Um homem alto, pálido e todo vestido de preto, ele disse... Disse que viria me
buscar Hellen. O que eu vou fazer? Disse-me que a minha condenação foi
aquele livro, disse que eu não o usei direito.
_ O senhor deve ter sonhado, vá dormir e descanse um pouco, assim o senhor
irá melhorar.
A morte de José Macário.
_No outro dia quando fui ao quarto eis que José estava morto, estendido no
chão.
_ Mas Hellen como ele morreu? Diz Hellen, como ele morreu.
_ Ele morreu afogado no próprio vômito.
A corrente maligna e o pingente enfeitiçado
Atenção leitores, a história que se segue foi inspirada em um conto que me
assustou a bastante, chama-se a pata do macaco de W.W. Jacobs
Muito cuidado com o que você deseja...

Era um dia chuvoso... Lá fora a chuva caía com força pinicando o telhado, o
vento corria forte, sem dúvida um dia soturno e frio, mas madame Bevelly não
ligava e servia chocolate quente aos seus convidados.
_ Obrigado _ disse o general recebendo a caneca de chocolate quente.
_ General conte para nós algumas de suas viagens, sei que deve ter vivido
muitas coisas interessantes. _ pediu Arthur, sobrinho de madame Bevelly.
_ E como querido Arhtur e como, já vi de tudo um pouco, inclusive ´´lendas``
que eu presenciei.
_ Então conte algo para nós _pedia madame Bevelly.
_ Tudo bem, já que querem eu vou contar algo que eu vivi.

Foi numa dessas minhas viagens por aí a fora, eu estava no Canadá, era época
de inverno, o gelo batia em meus joelhos, e eu procurava por abrigo, bati em
uma casa que a princípio parecia vazia, logo uma mulher abriu a porta e
mandou-me entrar, pedi abrigo até o fim da tempestade e ela disse que eu
poderia ficar se... Eu aceitasse um presente que ela já o não queria mais e
queria se livrar, eu aceitei. Era um pingente em forma de lua crescente, ele
disse-me que este tal pingente´´realizava`` todos os nossos desejos mais me
disse que não era bom mexer com o destino. Contou-me que aquele objeto
realizava três desejos concedidos, uma simples história boba.
_ E a corrente? _ quis saber madame Bevelly.
_ Está aqui _ disse o general preparando-se para jogar o pingente fora quando
madame falou.
_ Se não o que me dê.
_ Tudo bem, mais eu não me responsabilizo por nada ok?
_ Tudo bem, e como se usa?
_ Segure-o com a mão direita e faça o seu pedido.
Quando todos se foram madame Bevelly pegou o seu novo objeto levantou
e pediu.
_ Desejo possuir várias riquezas. Mal ela terminou de dizer suas palavras deu
um forte grito.
_ O que foi tia? _ quis saber Arthur entrando na sala.
_ Está sentindo este cheiro de lixo podre aqui no ar?
_ Tia você tá sonhando, não tem cheiro nenhum aqui.
_ É eu devo ter imaginado.
Quando amanheceu Arthur deu um beijo na tia e foi embora para o trabalho,
ele era um excelente profissional, ele trabalhava como operador de máquinas
em uma fábrica.
Algumas horas depois...
Madame Bevelly estava arrumando um vaso de flores quando alguém bate a
sua porta.
_ Pois não_ disse ela abrindo a porta para um homem que ao que parecia
trabalhava no mesmo lugar de seu sobrinho.
_ Sinto muito em informar-lhe, mais seu sobrinho morreu mutilado por uma
das máquinas e como nossa empresa é séria lhe daremos a indenização de
meio milhão de reais.
Passando-se alguns dias da morte de seu sobrinho madame Bevelly ficava
cada vez mais triste e deprimida, foi quando ela se lembrou da maldita
correntinha e o pingente, então ela pegou e disse:
_ Desejo que meu sobrinho volte.
Madame Bevelly sentou-se na poltrona esperando ansiosa pelos resultados
até que ela ouviu algo se arrastando, logo então ela lembrou que o sobrinho
morrera mutilado.
_ Meus Deus _ gritou ela quando a porta começou a abrir então antes daquela
criatura entrar ela pegou de novo a corrente e desejou forte seu último
pedido.
Tudo agora era somente o vento e as folhas farfalhando lá fora, e galhos que
batiam violentamente contra a vidraça.

Dias felizes virão
Prólogo
Era uma linda noite de luar com várias estrelas no céu, eu estava ali sentado à
beira do rio, olhando o gramado verde, a água escorrendo, o vento
chicoteando em meus cabelos, sentindo a dor emanar do meu pobre
coração... Fazendo-o sangrar... Oh que dor...
O início
_Oh que tédio_ disse Ana Bell _ Bruno vamos fazer alguma coisa... Se pelo
menos não estivesse chovendo...
_ Mais o que Ana? _ quis saber Bruno.
_Hum que tal histórias de terror?
_ É uma ótima ideia.
_ Se quiserem eu conto uma _ falou uma velha empregada da família. Ana e
Bruno se entreolharam, afinal o que uma senhora poderia contar de
interessante?
_ Tudo bem _ falou Ana.
A empregada falou todos fizeram silêncio...
_ A história que eu vou contar é realmente verdadeira e aqui está a prova.
_ Um diário _ falou Ana curiosa.
_ Mais não é um simples diário, e agora se calem que eu vou lê-lo

Diário de Adriel de Lockwood Ginger
Dia 03 de janeiro de 1983
Dores da alma
Oh querido diário estou totalmente perdido em pensamentos e mais
pensamentos... pensamentos tão sombrios que prefiro não mencioná-los aqui.
Hoje fui dar um passeio noturno afim de espairecer toda a minha tristeza,
quando cheguei no lago o luar estava extremamente maravilhoso e belo,
totalmente estonteante tanto que as aves noturnas desfrutavam cada minuto
daquela noite linda e bela, como se ela fosse a última, o ar árido da noite
tocava minha pele, e a noite já ia avançada quando eu a vi pela primeira vez,
ela era perfeitamente linda, seus olhos eram negros, tinha uma pele tão pálida
que parecia um fantasma, pena que quando eu me aproximei dela ela correu,
e depois disso eu nunca mais a vi.

05 de janeiro
Afogado em pensamentos
Hoje faz exatamente dois dias que não escrevo neste diário, estou totalmente
imerso em pensamentos, não consigo parar der pensar na linda jovem que
vira no lago, hoje fui novamente até ao lago para tentar vê-la de novo, mais
chegando lá vi apenas a natureza pura e divina, não senti nada a não ser dor.

06 de janeiro
Surpresa no antigo cemitério
Caro diário, o que tenho para contar-lhe hoje é totalmente incrível , ao andar
por minha propriedade , vi ao longe o antigo cemitério e tive vontade de ir
até lá.
Peguei imediatamente um cavalo e fui até lá, quando cheguei estava tudo
tão lúgubre, com seus túmulos solitários e com aquela torre erguida quase até
o céu com seus anjos rodeados em uma glória eterna e depressiva. Quando
estava me preparando para vir embora eu a vi novamente, era o anjo que eu
encontrara no lago... oh meu Deus como ela estava bela, desta vez aproximeime devagar para não assustá-la, quando me aproximei perguntei-lhe seu
nome e ela disse que era Angela e depois disso conversamos muito tempo,
perguntei-lhe onde ela orava mais ela não me respondeu.
Quando começou a entardecer ela dissera que precisava ir, mais logo
pediu-me que eu voltasse todos os domingos ali mesmo no cemitério e
dizendo isso ela se foi.

08 de janeiro
O lago dos puros
Hoje estou totalmente cansado, mais como considero escrever neste diário
uma obrigação não poderia de deixar de relatar aqui os meus segredos do dia.
Pela manhã decidi ir ao lago para ver se conseguiria lembrar daquela linda
criatura, quando cheguei fiquei maravilhado com a beleza daquele lugar então
eu o batizei de o lago dos puros

10 de janeiro
Pesados pesadelos
Um fato curioso acaba de ocorrer e eu não poderia deixar de relatá-lo aqui.
Tive um pesadelo horrível que acontecia no lago, lago este que durante o dia é
lindo e maravilhoso... durante a noite é extremamente triste e agourento.
No sonho eu estava no lago quando vindo do bosque um barulho
assustador e em seguida uma voz que gritava pelo meu nome. Então decidi
atender aquele chamado, e logo fui seguindo cada vez mais para dentro do
bosque , e quanto mais eu entrava mais a voz ia desaparecendo e até que
tudo cessou... um barulho agourento tomou conta do lugar o que me deixou
mais assustado ainda, então eu gritei... e minha voz ecoou deixando o lugar
muito mais agourento.
Foi quando eu acordei suado e gritando, que pesadelo mais estranho... Já
passa das duas da madrugada e eu não consigo mais dormir só consigo pensar
na estranheza que me rodeia.

12 de janeiro
O encontro com a querida dama
Sim, sim querido diário, hoje foi o dia do encontro com a querida dama que
por sua vez só veio me dizer adeus... Então nada vou escrever hoje a não ser
este pequeno fragmento.

23 de janeiro
A depressão
Desculpe-me querido diário por ficar tanto tempo sem escrever é que desde
do último dia doze meu coração está partido, a depressão rodeia meu peito, o
medo domina minha alma, e eu estou corroído pela desgraça pela melancolia
e pelo meu sofrimento que não chega ao fim, os meus olhos estão doendo de
tanto chorar, eu estou morrendo pouco a pouco queria apenas uma fonte de
alegria que me libertasse desta cama e que aliviasse o meu triste coração, que
desconsolado sofre...

25 de janeiro
O fogo do desejo
A minha dor não poderia ser maior... Hoje quando fui até o lago, vi uma
mulher que era totalmente parecida com ela... A dor era tanta que eu não
conseguia nem dizer o nome dela, a estranha se aproximou e disse
_ Boa tarde cavalheiro.
_ Boa tarde _ falei eu.
_ Desculpe-me mais o senhor está macilento como um defunto, o que houve?
_ Não cara Srta é que fiquei impressionado com sua beleza.
_ Obrigada senhor, meu nome é Angela.
_ O que?_ perguntei-lhe totalmente perdido
_ Meu nome é Angela e o seu?
Quando recuperei os sentidos respondi.
_ Adriel_ respondi entregando-lhe uma rosa.
_Obrigada _ respondeu ela, e ao pegar a rosa furou seu lindo dedo mais ela
apenas riu. E desde deste dia nos encontrávamos com frequência, o que logo
gerou um lindo e belo romance.

03 de março
A queda do cavalo
O tempo que fiquei sem escrever foi bom e ruim ao mesmo tempo. Bom por
que eu e Angela nos amávamos cada vez mais, e ruim por que a poucos dias
ela caiu de um cavalo e seu estado de saúde está se agravando.
Deus queira que esteja bem.

05 de março
A morte
Dor é tudo que sinto em minha pobre alma, ontem Angela morreu, mais só
hoje é que tive forças para escrever aqui o que aconteceu. Durante o velório
pedi para que todos que estivessem ao seu redor saíssem para que eu
pudesse ficar só com ela e assim ter minha última noite de amor com meu
anjo querido.

10 de março
O antigo cemitério
Desde que Angela morreu eu passei a frequentar mais o cemitério, escrevo
agora de um banco próximo a capela da minha querida e amada esposa, fiz
uma bela obra em seu túmulo e paguei para que escrevessem com tinta
vermelha a seguinte frase: amor eterno. Oh querida Angela por que me
abandonou?

13 de março
Real ou irreal?
Oh querido diário eu estou mortalmente pálido e fraco, eu estou tão triste e
amargurado. Ontem quando fui deitar-me vi um vulto branco passando pela
porta do quarto, levantei-me silenciosamente para poder ver o que seria
aquilo. Quando percebi era Angela, então logo gritei:
_ Oh querida entra e não vá mais embora, venha até mim, oh querida venha
me abraçar e me desejar, não vedes o quanto estou a sofrer? Não me deixe.
Quando fui novamente me deitar estava eufórico e feliz até que vi escrito no
chão com sangue as seguintes palavras
Oh meu querido amor eu sempre serei grata por me fazer feliz, saiba que eu
também estou sofrendo, é muito triste te ver todo dia e não poder tocar tua
doce pele, oh meu querido oh meu anjo como eu te amo
Vim apenas te dar o meu último adeus
Saiba que te espero aonde quer que eu vá e se for pra vagar que seja nós dois
juntos
Te amo até no leito da morte.

17 de abril
Viagem maldita
Pensei que nunca mais escreveria neste diário, mais agora chegou o
momento, e dessa vez querido diário vou relatar-lhe a viagem maldita que eu
fiz e que me impediu de escrever aqui por muitos dias.
Foi quando eu ia tratar de alguns negócios no exterior que minha carruagem
caiu de um enorme precipício, os meus dois cocheiros morreram e eu fiquei
muito ferido e ali fiquei várias horas até que um casal de camponeses me
encontraram e me deram abrigo. Foi um mês agonizante até que finalmente
pude voltar para minha casa.
Algum tempo depois eu estava totalmente curado fisicamente, mais não
emocionalmente... Que dor... Eu estou morrendo...

19 de abril
Lacrimosa
Oh querido e adorado diário, estou totalmente triste, quase não consigo
escrever, a palidez toma conta de mim, e a febre o meu corpo, estou
perdidamente perdido, estou cansado e a lacrimejar.

03 de maio
A bruxa do espelho
Medo... Medo foi tudo que eu senti hoje, e vou relatar-lhe o porquê, fui ao
espelho e vi totalmente e tenebrosamente uma horrível mulher dentro do
espelho, seus olhos e cabelos eram vermelhos, que criatura será aquela?
Senhor me proteja.

08 de maio
Passagem sombria
Ontem querido diário aconteceu um fato muito impressionante, uma sombra
enorme surgiu em meu quarto, o que seria aquilo? comecei a pensar quando a
sombra começou a me puxar.
Quando dei por mim estava na floresta, uma floresta horrível e muito escura,
mesmo com alguns feixes de luar se infiltrando por suas enormes folhas ela
ainda sim era assustadora. Estava tão assustado que nem conseguia me
mover, logo comecei a ouvir gritos, gritos que vinham da parte mais obscura
da floresta, os gritos aumentavam cada vez mais até que de repente aparece
um vulto branco perto de mim, quando fui tentar olhar o rosto já estava de
volta em meu quarto.

18 de maio
O amor nunca morre
Hoje querido diário me despeço de suas lindas e belas folhas, pois agora irei à
busca do meu único e verdadeiro amor Angela... Adeus...

_ E depois o que aconteceu Onória? Perguntou Bruno.
_ Não me chame pelo nome de Onória... Depois foi descoberto que Angela
não havia morrido, a que havia morrido era a mulher que ela conheceu no
lago, e a outra era sua irmã gêmea e seu nome era...
_ Era o que? _ quis saber Ana Bell.
_ Nada crianças a história terminou...

Epílogo
O amor nunca morre
_ Oh Adriel perdoe-me pelo que fiz _ dizia Onória _ eu o amo, amo e sempre
amarei, Onória morreu sabendo que o amor nunca morre...
As quatro estações
Prólogo
Primavera...
Verão...
Outono...
Inverno...

Primavera
Felicidade é a palavra certa para o tipo de sentimento que sinto agora,
motivos para eu estar assim? Primeiro a vide é linda, segundo vou me casar
com a mulher que mais amo no mundo, minha querida e adorada Heidiey.
_ Oh querido Félix como eu te amo, amo-o mais do que tudo neste mundo _
disse Heidiey sorrindo.
_ Oh querida eu também te amo muito, pra que te dizer mais? Amo-te muito
e muito mais.
_ O que deseja para nós em algum futuro próximo?
_ Felicidade e muitos filhos.
A cada momento eu a amava mais, meu senhor como ela podia ser tão
bela? Logo nos banhamos na voluptuosidade do amor e da agonia.
Algumas horas depois recebo o telegrama de Londres, remetente
Dr.Vasconcelos um velho amigo de infância.
Remetente: Vasconcelos
Para: Félix Demétrio
Olá querido Félix, quero agradecer-lhe pelo convite, será que Heidiey anda tão
bela quanto antes? Não deixarei de comparecer
Abraço.

A data do casamento se aproxima e Heidiey anda muito preocupada com o
enxoval e quer que eu vá embora agora, pois ela diz que o noivo não pode ver
o vestido antes da hora do casamento.

Verão
Algumas semanas depois...
Hoje é o dia do meu casamento com Heidiey, eu estou tão feliz, a festa será
apenas para familiares e amigos íntimos.
_ Olá Félix! Quanto tempo _ falou Vasconcelos
_ Quanto tempo hein? Ainda lembra-se das loucuras da adolescência? _ falei
eu cumprimentando-o.
_ Claro! Como eu iria me esquecer? E, aliás, onde está a noiva?
_ Ainda se arrumando...
_ Foi bom vê-lo amigo mais agora eu vou dar uma volta por aí –falou ele me
interrompendo.
Depois que saímos do cartório, fomos para direto para a cerimônia , algumas
horas depois do casamento Heidiey sumira, onde será que se meteu? Eu me
perguntava, então deixei os convidados no jardim e entrei em casa, olhei no
quarto, na sala, na cozinha, até no banheiro. Mais nada.
_Olá Gabriela, sabe me responder onde está Heidiey?
Gabriela era irmã de Vasconcelos.
_ Não, não a vi.
_ Obrigado.
Quando fui olhar pelos fundos da casa... O que vejo? Vasconcelos e minha
esposa se beijando, então sem dizer nada saí silenciosamente para não ser
visto ou ouvido.
Algumas horas depois Heidiey chegou dizendo.
_ Oh querido amor como eu te amo.
_ Ah querida eu te amo muito mais _ falei beijando-lhe.
Alguns minutos depois...
_ Olá quero dar os parabéns aos recém casados _ falou Vasconcelos.
_ Obrigado Vasconcelos e aproveitando que está aqui quero te convidar para
uma festa amanhã a meia noite neste endereço.
_ Que festa amor _ quis saber Heidiey.
_ Uma festa que alguns amigos organizaram para amanhã, cê sabe né festa só
de homens.
_ Claro pode contar comigo _ disse Vasconcelos saindo.
_ Amor por que naõ me contou desta festa?
_ Ah querida foi uma surpresa pra mim também _ falei rindo.
_ Surpresa mesmo _ disse ela.

Outono
_ Cheguei Félix onde é a festa?
_ Não tem festa nenhuma, a festa é minha _ disse eu dando-lhe uma
coronhada na cabeça.

Algumas horas depois...
_ Por que fez isso Félix?
_ Ah pensei que não fosse acordar nunca.
_ Por que fez isso? _ repetiu ele.
_ Para que saiba que ninguém mexe comigo e sai impune.
_ Do que está falando?
_ Disso _ disse eu cortando um dos seus dedos _ isso Félix quero ouvir você
gritar _ completei pegando uma taça e enchendo com seu sangue que jorrava.
_ Por favor solte-me.
_ Hum seu sangue tem gosto bom... Posso até te soltar se você pedir perdão.
_ Perdão pelo quê?
_ Por isso! _ disse-lhe eu arrancando-lhe outro dedo.
_ Ah _ gritava ele enquanto eu ria.
_ Volto já dr.
_ Onde vai?
_ Trazer-lhe um presentinho.
Alguns minutos depois...
_ Espero que tenha se comportado.
_ Seu canalha _ gritou ele.
_ Ah esqueces que você tá algemado e que eu posso fazer com você o que eu
bem quiser? Ah eu trouxe um remedinho pra você.
_ O que é isso?
_ Estenda a mão... Ah esqueci que você está algemado e não pode pegar
então eu dou pra você.
_ O que é isso? _ repetiu ele.
_ Ah relaxa é apenas um pouco de ácido corrosivo ... Para os seus ferimentos .
_ Não, não por favor...
_ Ah só uma gotinha _ disse jogando muito ácido em seus dedos amputados.
_ Ah _ gritava o desgraçado.
_ Mais um pouco? Ah claro que sim _ falei jogando mais ácido em seus
ferimentos.
_ Você é louco Félix?
_ Agora você adivinhou _ disse jogando mais ácido em suas pernas.
_ Ah _gritava o vagabundo.
_ Sua perna está doendo?
_ Por favor me mata logo... Me mata logo.
_Tudo bem mais só depois que eu cortar o resto dos seus dedos, não melhor
seus cílios ou sua língua, não tive uma ideia melhor, vou deixar um recipiente
cheio de ácido que vai cair em sua cabeça em... Cinco minutinhos... Tem
últimas palavras?
_ Você vai se arrepender...
_ Ah ok vou diminuir seu tempo em quatro, três, dois, um... Agora.
_ Ah _ gritava ele enquanto lentamente morria.
_ Descanse em paz... Seu infeliz.
Algumas horas depois...
_ Heidiey amor cheguei...
_ Ah Félix até que enfim, vamos para a cama eu tenho uma surpresinha pra
você.
_ Não querida, eu é que tenho uma surpresinha pra você
_ E o que é?
_ Entrem rapazes e se divirtam, depois quero que a matem, o pagamento é
excelente.

Inverno
_ Agora é minha vez, com este copo de veneno eu encerro a minha sentença
pois
A primavera é o apogeu...
O verão talvez a vida...
O outono é a chamada decadência...
E o inverno é a morte...
Triste fim...
Atenção leitores a história que se segue foi inspirada pelo conto do gato
preto de Edgar Allan Poe
O corvo maldito.
Sempre fui muito feliz, muito feliz mesmo, até o dia que aconteceu o
seguinte fato...
Era uma vez que eu voltava do trabalho, estava demasiadamente cansado, e
me arrastava com muita lentidão ao passar pelo cemitério ( fui visitar o
túmulo de meu falecido pai ) enquanto eu ia olhava com curiosidade por
todos os lados, pois tenho certo receio de lugares assim e ao mesmo tempo
atração, minha mulher sempre dizia que não há o que temer pois ali seria o
nosso último descanso.
O fato é que quando cheguei em seu jazigo tinha um corvo enorme em
cima da lápide, dizem que os corvos dão azar e desgraça, mais eu não
acreditava nestas malditas superstições, então logo comecei a acender
algumas velas, quando terminei fiz algumas orações, terminado tudo estava
arrumando-me para sair quando o corvo veio e pousou em meu ombro,
apalpei-o com a mão para que se afastasse, quando saí do cemitério o corvo
tinha voado, alguns minutos depois percebi o corvo sobrevoando por cima de
mim, até que novamente pousou em meu ombro, parecia até aquela ave
havia gostado de mim então por que não levá-lo comigo? Pensei eu.
Quando cheguei em casa com o pássaro no ombro Cristine não disse nada
mais estranhou então perguntou.
_ Adolfo e este corvo em seu ombro? Não sabes que os corvos dão azar?
_ Bobagem mulher, tu ainda acreditas nestas lendas bobas? _ perguntei-lhe.
_ Mais se tu queres o corvo meu amor eu não discutirei.
_ Obrigado meu amor.
Passando-se alguns meses tudo começou a mudar, minha condição
financeira ia caindo cada vez mais, minha querida esposa estava doente e eu
adquiri o vício da bebida depois de ser demitido do trabalho, houve uma
noite em que eu dormira ébrio na rua e quando acordei ainda bêbado fui
direto para casa cheguei já batendo na porta com muita violência e logo
Cristine abriu.
_ Entre meu amor.
_ Cala-te Cristine que hoje eu não estou para romances.
_ Meu amor, queres alguma coisa para comer?
_ Quero mais é que me deixes em paz, anda sai daqui, levanta-te daqui e não
me perturba mais.
Quando ela saiu, eu a ouvi chorar baixinho e aquilo despertou em mim uma
fúria demoníaca que me fez levantar até ela então gritei.
_ Agora vou dar-lhe motivos para chorar.
Dei-lhe uma grande surra e depois a tranquei no quarto. Quando cheguei na
sala vi o corvo, então peguei-lhe pela asa e arranquei seus dois olhos. No
outro dia comecei a beber logo pela manhã, cheguei em casa por volta das
sete, sete e meia por aí. Eu estava tão eufórico e por isso peguei o corvo leveio para o jardim e o enforquei com o varal de roupas.
Quando entrei novamente em casa bati em Cristine e depois abri-lhe a
cabeça com uma machadada, enrolei o corpo dela em um saco plástico e
esperei ansioso a meia noite. Quando chegou a meia noite olhei para ver se
não via ninguém mais nas ruas não vendo ninguém eu saí.
Já no cemitério quando terminei de cavar a sepultura algo me fez arrepiar
totalmente os cabelos, não liguei e enterrei o corpo de minha mulher. Quando
terminei de enterrá-la eu vi com assombro, e o que vi me fez pular, era um
corvo grande, com os dois olhos furados, era a própria imagem do demônio.
O gatinho da Mimi
A história que se segue juro de dedo cruzado e é uma que até os dias de hoje
me assusta bastante.
Mimi tinha tudo que uma criança de nove anos queria ter, tinha muitos
amigos, muitos brinquedos, e tudo o que se pode imaginar, mais ela nunca
estava feliz, e o seu pai sempre fazia de tudo para alegrá-la, mais nada fazia
efeito.
Uma tarde quando voltava da escola, Mimi viu uma feirinha de animais e
logo ficou encantada com tudo aquilo.
_ Papai, vamos dar uma olhada? Eu quero, por favor, por favor.
O pai para não contraria-la atendeu ao seu pedido levou-a, Mimi correu
descendo do carro e logo viu muitos bichinhos bonitos, ela estava segurando
um cachorrinho quando ela o viu, era um gatinho feio, magro e com uma
perna amputada.
_ Pai eu posso ficar com esse gatinho aqui?_ falo ela apontando para o
horrível gatinho.
_ Ora filhinha não quer outro bichinho?
_ Não, eu quero aquele e se você não me dar, eu vou chorar até adoecer.
Novamente, o pai como sempre atendeu ao pedido da filha e foi comprar o
gatinho.
_ Quanto custa aquele gatinho?_ perguntou o pai de Mimi ao vendedor.
_ Se o quer mesmo pode levar _ falou o vendedor _ ele está nesta feira há
mais de um mês e ninguém jamais o quis.
_ Então obrigado _ falou o pai de Mimi.
Já no caminho de volta pra casa Mimi acariciava o pelo de seu novo bichinho
de estimação, este que por acaso adorava as carícias e retribuía com várias
lambidas em suas mãos.
_ Mamãe olha só o que o papai comprou veja só como ele é lindo.
_ O que é meu amor? Deixe-me ver.
Quando a mãe de Mimi viu o horrível gatinho gritou horrorizada.
_ Por que está gritando mãe?
_ Que gatinho feio Mimi, por que deu isso a ela _ perguntou virando-se para o
marido.
_ Ora amor é só um gatinho aleijado, deixe-o ficar com ela.
_ Tudo bem _ falou ela voltando-se para Mimi _ pode ficar com ele desde que
ela não cruze o meu caminho.
_ Tudo bem mãe.
Durante alguns dias a paz reinou na casa de Mimi, até que tudo aconteceu.
Era meia noite quando Mimi foi até o quarto dos seus pais, o pai que estava
acordado perguntou:
_ O que você quer Mimi?
_ Eu quero isso _ disse ela dando-lhe uma forte facada no peito. A mãe de
Mimi para tentar reverter a situação pegou um pouco de ácido e jogou na cara
da filha que por sua vez como se estivesse possuída por um demônio desviou
facilmente pegando o vidrinho e jogando de volta na cara da sua mãe,
enquanto a face do rosto da mulher se desfigurava Mimi enfiou logo uma faca
para mata-la de uma vez, e depois rindo do que havia feito saiu em direção ao
seu quarto, lá chegando pegou o gato abriu a janela e o jogou lá de cima e
depois o susto o gato continuava ali, ela o jogou novamente mais o gato
continuava ali, e quando Mimi olhou para o gato seus olhos faiscaram e Mimi
caiu da janela temendo o gatinho que era um demônio

João Paulo Lima
Dark Angel
Estilo gótico

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

14 pretty little liars mortais - (vol. 14) - sarah shepard
14 pretty little liars   mortais - (vol. 14) - sarah shepard14 pretty little liars   mortais - (vol. 14) - sarah shepard
14 pretty little liars mortais - (vol. 14) - sarah shepardEucclydes2Pinnheiro
 
Sangue e Chocolate
Sangue e ChocolateSangue e Chocolate
Sangue e ChocolatePaulo Pires
 
O encantador - Lila Azam Zanganeh
O encantador - Lila Azam ZanganehO encantador - Lila Azam Zanganeh
O encantador - Lila Azam ZanganehJornal do Commercio
 
00. ali's pretty little lies [pequenas mentiras da ali]
00. ali's pretty little lies [pequenas mentiras da ali]00. ali's pretty little lies [pequenas mentiras da ali]
00. ali's pretty little lies [pequenas mentiras da ali]Talles Lisboa
 
O Preço Da Magia - Cap.1
O Preço Da Magia - Cap.1O Preço Da Magia - Cap.1
O Preço Da Magia - Cap.1Thales Murilo
 
Sala de heróis episódio 104
Sala de heróis episódio 104Sala de heróis episódio 104
Sala de heróis episódio 104thais78543
 
josé a saga de um preto velho
josé a saga de um preto velhojosé a saga de um preto velho
josé a saga de um preto velhoFilhos de Oxalà
 
Gabriel garcia marques ninguém escreve ao coronel
Gabriel garcia marques   ninguém escreve ao coronelGabriel garcia marques   ninguém escreve ao coronel
Gabriel garcia marques ninguém escreve ao coronelstudio silvio selva
 
A caixa da liberdade (1)
A caixa da liberdade (1)A caixa da liberdade (1)
A caixa da liberdade (1)ringoribeiro
 

Mais procurados (12)

14 pretty little liars mortais - (vol. 14) - sarah shepard
14 pretty little liars   mortais - (vol. 14) - sarah shepard14 pretty little liars   mortais - (vol. 14) - sarah shepard
14 pretty little liars mortais - (vol. 14) - sarah shepard
 
Perfeição,- cap. 20
Perfeição,- cap. 20Perfeição,- cap. 20
Perfeição,- cap. 20
 
Sangue e Chocolate
Sangue e ChocolateSangue e Chocolate
Sangue e Chocolate
 
A menina desprezada
A menina desprezadaA menina desprezada
A menina desprezada
 
O encantador - Lila Azam Zanganeh
O encantador - Lila Azam ZanganehO encantador - Lila Azam Zanganeh
O encantador - Lila Azam Zanganeh
 
00. ali's pretty little lies [pequenas mentiras da ali]
00. ali's pretty little lies [pequenas mentiras da ali]00. ali's pretty little lies [pequenas mentiras da ali]
00. ali's pretty little lies [pequenas mentiras da ali]
 
O Preço Da Magia - Cap.1
O Preço Da Magia - Cap.1O Preço Da Magia - Cap.1
O Preço Da Magia - Cap.1
 
Sala de heróis episódio 104
Sala de heróis episódio 104Sala de heróis episódio 104
Sala de heróis episódio 104
 
Dona sinhá
Dona sinháDona sinhá
Dona sinhá
 
josé a saga de um preto velho
josé a saga de um preto velhojosé a saga de um preto velho
josé a saga de um preto velho
 
Gabriel garcia marques ninguém escreve ao coronel
Gabriel garcia marques   ninguém escreve ao coronelGabriel garcia marques   ninguém escreve ao coronel
Gabriel garcia marques ninguém escreve ao coronel
 
A caixa da liberdade (1)
A caixa da liberdade (1)A caixa da liberdade (1)
A caixa da liberdade (1)
 

Semelhante a Contos bizarros e traições

00419#MeuPDF Agatha Christie - A CIGANA (CONTO).pdf
00419#MeuPDF Agatha Christie - A CIGANA (CONTO).pdf00419#MeuPDF Agatha Christie - A CIGANA (CONTO).pdf
00419#MeuPDF Agatha Christie - A CIGANA (CONTO).pdfmichele moreira
 
No Vale da Lua 2
No Vale da Lua 2No Vale da Lua 2
No Vale da Lua 2Carla F
 
Carmilla, karnstein vapyre j. sheridan le fanu
Carmilla, karnstein vapyre  j. sheridan le fanuCarmilla, karnstein vapyre  j. sheridan le fanu
Carmilla, karnstein vapyre j. sheridan le fanulauc10
 
49 nosso lar regressando à casa
49 nosso lar  regressando à casa49 nosso lar  regressando à casa
49 nosso lar regressando à casaFatoze
 
Ficha de leitura sobre felicidade clandestina
Ficha de leitura sobre felicidade clandestinaFicha de leitura sobre felicidade clandestina
Ficha de leitura sobre felicidade clandestinaDuda Pequena
 
A personagem lucrecia em caes da provincia (1)
A personagem lucrecia em caes da provincia (1)A personagem lucrecia em caes da provincia (1)
A personagem lucrecia em caes da provincia (1)LALLi
 

Semelhante a Contos bizarros e traições (9)

00419#MeuPDF Agatha Christie - A CIGANA (CONTO).pdf
00419#MeuPDF Agatha Christie - A CIGANA (CONTO).pdf00419#MeuPDF Agatha Christie - A CIGANA (CONTO).pdf
00419#MeuPDF Agatha Christie - A CIGANA (CONTO).pdf
 
No Vale da Lua 2
No Vale da Lua 2No Vale da Lua 2
No Vale da Lua 2
 
Carmilla, karnstein vapyre j. sheridan le fanu
Carmilla, karnstein vapyre  j. sheridan le fanuCarmilla, karnstein vapyre  j. sheridan le fanu
Carmilla, karnstein vapyre j. sheridan le fanu
 
À Espera-II
À Espera-IIÀ Espera-II
À Espera-II
 
49 nosso lar regressando à casa
49 nosso lar  regressando à casa49 nosso lar  regressando à casa
49 nosso lar regressando à casa
 
Contos de Rayassim
Contos de RayassimContos de Rayassim
Contos de Rayassim
 
Ficha de leitura sobre felicidade clandestina
Ficha de leitura sobre felicidade clandestinaFicha de leitura sobre felicidade clandestina
Ficha de leitura sobre felicidade clandestina
 
Capitulo dois
Capitulo doisCapitulo dois
Capitulo dois
 
A personagem lucrecia em caes da provincia (1)
A personagem lucrecia em caes da provincia (1)A personagem lucrecia em caes da provincia (1)
A personagem lucrecia em caes da provincia (1)
 

Contos bizarros e traições

  • 1. Obra: Contos bizarros Autor: Dark Angel (J.Paulo Lima) Medo é apenas um incentivo chamado emoção... O sol além da montanha Prólogo Acabo de regressar de uma viagem, sou jornalista e gostaria muito de saber da história de Luce e Arthur, um casal marcado pelo ódio a dor e a traição. _Senhor Inácio_ chamou-me Isobel. _Sim querida_ respondi-lhe. _Há uma senhora que deseja falar com o senhor. _Mande-a entrar_ pedi Alguns minutos depois entra na sala uma senhora de trajes típicos do lugar que acabo de regressar. _Boa tarde cavalheiro_ me chamo Hanna e gostaria de contar-lhe a história que tanto quer saber. _Mas por que agora?_ perguntei-lhe sério _Por que este é o momento da história verdadeira ser revelada_ disse ela com um brilho no olhar. _Tudo bem, sinta-se a vontade... Capítulo um Tudo começa na antiga fazenda do coronel Camilo Albuquerque, chamada o sol além da montanha, uma das mais belas da região, e que hoje vive abandonada.
  • 2. O coronel tinha duas filhas de sangue Maria Luiza e Isabella e também tinha uma filha adotiva a quem amava muito chamada Luce. Isabella adorava torturar Luce que era doce pura e virtuosa, Maria Luiza era muito estudiosa, enquanto Isabella era muito orgulhosa e ríspida. Houve uma tarde que Luce e Maria Luiza estavam conversando perto da lareira, quando chegou Isabella dizendo: _Oh querida Maria Luiza, finalmente Gustave me pediu em casamento. Gustave era um dos homens que mais possuía bens naquela região. _Que alegria querida irmã_ disse Mari L. naquele momento o senhor Camilo entra na sala e logo Isabella corre. _Papai, papai estou tão contente. _Que bom meu anjo, Luce querida quero falar com você. Isabella morria de ódio e inveja de Luce, o coronel não era rude com nenhuma das filhas, mais ele era muito ambicioso. Numa manhã ensolarada Luce saiu para pegar laranjas do outro lado da fazenda. Quando Luce começou a pegar as laranjas, passa um homem simples, mais muito atraente. _Boa tarde Srta. Posso ajuda-la de alguma forma? _Obrigada senhor, como se chama?_ perguntou Luce. _Arthur Lockwood, a sua disposição. _Prazer, me chamo Luce Albuquerque. Passando-se algumas semanas Luce e Arthur começaram a se encontrar ás escondidas, sempre no mesmo lugar, perto da laranjeira, e pouco tempo depois os dois deram início a um belo romance. Alguns meses depois eis que chega à região um homem muito rico e bem apresentado, e que logo cai de amores por Luce. O senhor Camilo quando vê seu amigo rico não pensa duas vezes e grita por sua querida filha adotiva. _Sim querido pai, pra que me chamastes?_ quis saber Luce entrando na sala.
  • 3. _Querida quero que cases com o rico médico aqui, o senhor Alexandre Fadel. Luce pensou e respondeu: _Assim será feito a sua vontade meu pai. Capítulo dois Houve um domingo muito chuvoso na região Luce e toda sua família estavam reunidos na saleta quando o coronel chamou a atenção de todos. _Minhas amadas filhas, quero comunicar-lhes algo que me deixou muito feliz. Naquele momento alguém invade a sala dizendo: _Luce meu amor estou aqui para casar com você vim para lhe pedir em casamento_ falou Arthur. _Quem é este homem?_ berrou o coronel. _ Luce _continuou Arthur _ quero que aceite ser minha esposa. _Guardas _ gritou Luce _ levem este homem daqui. Eu o conheço senhor? _ Conheces aquele homem irmã?_ perguntou Mari L. _ Nunca o vi na vida_ respondeu Luce. _ E como ele sabia o teu nome?_ insistiu a irmã. _ Oh como és ingênua, esqueces que o papai é um dos mais ricos desta região? Quando Luce voltou ao quarto logo se debulhou em lágrimas... e Arthur sumira por muito tempo. Alguns meses depois do ocorrido o coronel adoecera pedindo assim que o casamento de sua filha adotiva fosse adiantado, pois ele temia morrer antes e desde já queria deixar sua filha casada, pois Maria L. E Isabella já estavam casadas, Maria casara-se com um advogado rico chamado Medeiros e Isabella com Gustave Pontara até que finalmente chega o dia do casamento, foi uma linda cerimônia a céu aberto e enquanto tudo acontecia de longe Arthur via tudo.
  • 4. Três meses depois do casamento de Luce, o coronel morre de uma violenta febre cerebral e deixa todos os seus bens móveis e imóveis para suas três filhas. Passando-se algumas semanas depois da morte do coronel tudo na fazenda voltava ao normal, um lindo dia pela manhã Luce vai passear pela fazenda e leva um susto com Gustave. _ Meus Deus que susto Gustave. _ Desculpe-me querida Luce _ falou Gustave rindo. _ Onde está Isabella? _ Saiu com Maria L. foram até a vila fazer compras e o doutor Medeiros foi com elas. _ E Alexandre? _ Está no pomar lendo um longo memorado. _ Ah _ suspirou Luce pegando umas rosas. _ Nossa querida você não devia estar aqui sozinha _ disse Gustave. _ Eu sei me cuidar muito bem sozinha Gustave. _ Luce me perdoe se soou mal o que eu falei. _ Desculpe-me querido pela ignorância. Gustave e Luce viraram muito amigos, o que estava deixando Isabella furiosa, que não pensou duas vezes antes de envenenar Alexandre contra sua amada esposa. _ Alexandre percebeu a aproximação do meu marido com sua mulher? _ Luce jamais me abandonaria _ esbravejou Alexandre percebendo onde Isabella queria chegar. _ Mas olha como eles estão amiguinhos _ dizia ela com desprezo. Mas Alexandre jamais ouviu Isabella pois sabia o quanto ela tinha inveja de Luce. E Luce sempre dava provas do seu amor para com ele. Capítulo três
  • 5. Como grande prova desse amor nasce Alexia, filha a quem Luce e seu amor amaram muito. De tantos mimos a garotinha crescia orgulhosa e arrogante igual à tia. E a cada dia Luce amava muito mais Alexandre. Houve uma tarde que Luce foi até a laranjeira para pegar algumas laranjas para um piquenique que preparava com seu marido quando ela escuta. _ Olá querida como estás? _ Arthur és mesmo tu? Como tu mudaste. Onde Esteves durante todo este tempo? Como estas bonito. _ É querida, coisa que o dinheiro faz, uma delas é mudar as pessoas. _ Por que não vem tomar o chá da tarde conosco? _ Será um grande prazer _ sussurrou Arthur. Enquanto Luce estava feliz em vê-lo ele a odiava cada vez mais. Quando lá chegaram ela disse. _ Este é Arthur Lockwood. _ Sente-se senhor _ falou Isabella interrompendo a irmã. E assim ficaram a conversar durante muito tempo até que Arthur teve de ir embora, já um pouco longe da casa alguém grita seu nome. _ Senhor Lockwood... _ Pois não _ diz ele virando-se. _ Se não me engano acho que o já vi por aqui antes, estou errada?. _ Não, não está eu sou aquele que sofreu aquela humilhação em vossa casa, há algum tempo atrás. _ Hum agora me recordo bem. _ Como eu odeio Luce. _ Nossa que coisa magnífica eu também odeio ela. _ Que tal se fazermos um trato? E juntos se vingarmos dela?
  • 6. _ Feito _ disse Arthur apertando a mão de Isabella. Então o pior começou... Capítulo quatro Novamente chegara o dia de Isabella e Arthur se encontrarem, os dois faziam muitos planos malignos para acabar com a felicidade de Luce e o mais abominável é o que o senhor vai saber agora _ Quero que coloque isto no chá de Alexandre _ disse Arhtur. _ Mas o que é isso? _ quis saber Isabella. _ É uma substância tóxica que o matará. _ E o que eu ganho com isso? _ Que tal o sofrimento da sua ´´querida irmã``? isso não basta? _ Basta. Na hora do chá Isabella fez como Arthur mandara... e algumas horas depois todos se assustaram com os gritos de Luce. _ Socorro alguém me ajude. _ O que foi irmã? _ quis saber Maria L _ Alexia está morta _ disse Luce chorando. _O que? _ gritou Isabella. _O maldito chá que Alexandre dera. Logo a família entrou em luto. Claro que Arthur viera para o velório, pois ele queria saber o que dera errado. _O que deu errado? _ perguntou ele aproximando-se de Isabella. _O Alexandre não bebeu o chá e o deu para a filha. _ Mas não se preocupe vamos continuar com nossos planos antigos.
  • 7. _ Claro que sim, eu só vou parar quando ver Luce no fundo do poço _ disse Isabella com rispidez _ e qual é o novo plano? _ Depois eu digo, aqui não. Depois do enterro Arthur fora conversar com Luce. _ Sinto muito querida Luce. _ Oh Arthur minha única filha _ disse ela abraçando o maldito homem. _ Não chore querida _ falava ele falsamente. _ Mas ela era minha única filha. _ Mais chorar não vai trazer ela de volta. _ Tendes razão _ murmurou ela enxugando as lágrimas Já na fazenda como Luce e Alexandre estavam muito pesarosos não tardaram a ir deitar-se, quando Isabella vinha chegando do cemitério logo Gustave perguntou: _ O que tu tanto falavas com aquele senhor? _ Ah Gustave que coisa, ele estava apenas dando-me os seus pêsames. Mas ao acaso estás desconfiando de mim? _ Não querida foi apenas uma pontada de ciúme. _ Assim espero querido Gustave, assim eu espero. Alguns meses depois da morte de Alexia, Isabella e seu novo companheiro fiel Arthur colocavam de novo os diabólicos planos em prática. Nem Arthur e nem Isabella queriam ver a felicidade do casal em luto. Mas a desgraça de Luce estava apenas começando pois agora ela ia ficar sozinha com Isabella, pois Maria L. fora embora com Medeiros, pois ele tinha vários trabalhos importantes na capital e levou a esposa, para nunca, nunca mais voltar. Capítulo cinco
  • 8. O outono chegara desfolhando tudo e também entristecendo tudo e também para ficar pior, Luce viu seu amado ficar doente com uma terrível febre causada pelo frio da estação. _ Luce meu amor, quero que se cuide, pois sei que meu tempo de vida agora é muito curto. _ E quem disse que tu irás morrer? _ Eu apenas sinto isso. E a cada dia Alexandre piorava mais, até o dia em que morreu sem ar. Luce quase morreu junto e graças a estas mortes seguidas uma da outra, logo entrou em delírios, tanto que até Gustave tinha medo dela. _ Luce estás bem? _ perguntou Gustave entrando no quarto, carregando uma pesada bandeja com a comida de Luce. _ Por que me perguntas isso? Não vedes o quanto sofro? Oh querido amigo é tão ruim vê-lo e não poder tocá-lo. _ Do que estás falando Luce? Ver e tocar em quem? _ Ali Gustave, olhe, não o vedes rindo para mim? _ Quem Luce? _ Não brinque comigo Gustave _ disse ela irritada. _ Querida acho que é melhor você tomar o seu remédio. _ Oh por Deus Gustave eu não estou louca deixe-me, deixe-me. A cada dia que passava Luce piorava mais, houve uma vez que ela saiu gritando por Alexandre na chuva, o que agravou muito sua saúde e tudo o mais piorou quando Arthur pôs o seu outro plano diabólico em prática. _ Luce tem visita pra ti _ anunciou Isabella _ entre senhor Arthur. _ Oh Arthur é mesmo tu? Quanto tempo não te vejo, oh meu anjo venha e cura-me, cura-me as dores da alma, cura-me as feridas do coração. _ Luce posso te fazer uma pergunta? _ Claro que pode meu anjo.
  • 9. _ Você tem algum sentimento ainda por mim? Como homem? _ Se queres mesmo saber eu nunca deixei de ti amar. _ Mas e o Alexandre você não o amava? _ Amava mais não como eu te amei um dia. _ Não me amas mais então? _Claro que amo, eu não viveria sem ti um minuto sequer, o fogo consumiria a alma, o gelo quebraria meu coração, e a chuva depois lavaria todas as minhas mágoas e infelicidades, amar-te? Claro que ainda te amo. Como se tu o fosses o meu coração, como não amar meu coração? Como lutar contra o que me prende? Como não amar ainda o meu primeiro amor? E tu Arthur ainda me amas? _ Pena que eu não te amo mais, lembra-te a humilhação pela qual tu me fizeste passar, pensou em mim? Se pensou tenho certeza que eu pensei mais em ti do que tu pensaste em mim, lembra-te o dia em que tu despedaçaste meu coração, deixando-o apenas ferido e machucado? Lembra-te? _ disse Arthur chorando e soluçando. _ Oh Arthur por que falas assim comigo? Não vedes que eu preciso de ti? _ Sim, sei que tu és bem egoísta a este ponto. Claro que agora tu precisa de mim já não o tem mais o seu amorzinho né? Pois bem fica com os teus fantasmas, fica com os teus sofrimentos, que eu ficarei como um louco no hospício sabendo que minha amada humilhou-me e depois me pede o perdão, como se fosse fácil dá este perdão que tanto queres. _ Oh meu anjo seria capaz de fazeres isto comigo? _ quis saber Luce chorando muito. _ Claro e o vou fazer agora mesmo, adeus Luce Albuquerque. _Não querido _ soluçava Luce apenas para o quarto vazio. Enquanto Luce chorava Arthur e Isabella riam. _ O que tu disseste a meretriz? _ Tudo o que estava preso em minha cabeça, mais não o que na verdade sinto em meu coração.
  • 10. _ Ótimo _ sussurrou Isabella. Quando Isabella ia falar novamente foi interrompida pelo beijo de Arthur, beijo este que ela retribuíra com muito prazer. Houve uma noite em que enquanto Arthur e Isabella amavam-se Luce piorava mais, só não morreu mais depressa graças aos cuidados de Gustave, e Isabella a cada novo dia amava muito mais Arthur e sempre dizia: _ Oh Arthur como eu te amo. _ Se tu me amas tanto me prova este amor. _ Como? _ Mate Gustave e fuja comigo e deixe Luce morrer sozinha. Capítulo especial: O início do fim... Algumas semanas depois Arthur recebe um chamado urgente de Isabella na cabana que ambos se encontram. _ O que queres Isabella? _ Dar-lhe um presente, venha comigo e feche os olhos. Isabella o guiou até o quarto onde ardentes foram aquelas noites de amor. _ Agora abra os seus olhos meu anjo. _ Nossa, Isabella, agora sei que tu me amas de verdade. Isabella matou Gustave com quatro facadas no coração e os dois enterraram o corpo ali mesmo. Depois Isabella e Arthur voltaram ao sol além da montanha para matarem Luce. _ Luce querida agora tenha bons sonhos _ sussurrou Arthur ao ouvido de Luce que dormia. Arthur matou luce e depois se casou com Isabella, que morreu duas semanas depois envenenada por seu marido.
  • 11. E Arthur finalmente consegue sua vingança, a herança da família de Luce, mais Arthur morre uma semana depois atormentado pelo seu único e verdadeiro amor Luce... _ Senhor Inácio acorde _ falou Isobel _ Que sonho bizarro. _ Há uma senhora chamada Hanna que deseja vê-lo... _ Que estranho... _ O que é estranho? _ quis saber a secretária. _ A vida querida... A vida... Amor vampiro Sentada aqui, sozinha no quarto com o coração dilacerado... Com sentimentos agonizantes, olho pela janela, o que vejo? Uma noite escura e nublada e ao lado uma floresta escura, soturna e agourenta. Resolvi então ir dar um passeio pelo cais do leste, ao andar pelas longas ruas escuras avistei o grande cemitério, um lugar sem dúvida assustador mais pra mim, romântico e foi lá, quando eu vagava pela noite que eu o vi pela primeira vez.
  • 12. _ Boa noite Srta. O que faz aqui? _ Curtindo este belo e amedrontador silêncio, gosto de passear em cemitérios, mesmo dando alguns arrepios algumas vezes. _ Entendo _ disse ele, quando ele se aproximou pude notar melhor sua fisionomia, era alto, forte, e muito pálido, olhos de um azul perfeito e grande e às vezes dão a impressão de mudar de cor, e é encantador e sedutor. _ Como se chama? _ perguntou ele. _ Me chamo Catherine Montenegro e o senhor? _ Me chamo Marcos Vladimir, mas todos me chamam de Vlad. _ Tudo bem senhor Vlad, e o que faz aqui? _ Assim como vós eu também gosto muito de cemitério_ disse ele pegando uma linda rosa vermelha e entregando-me com um gesto cortês disse _ por favor, aceite. _ Ah muito obrigada _ agradeci-lhe. _ Gostaria de dar um passeio noturno comigo? _ Seria uma honra _ falei. Andamos por todo o cemitério e depois por todo o bosque que havia ali perto, ele era muito nobre e educado e isso me atraiu, logo comecei a olhá-lo muito e foi quando ele percebeu dizendo. _ Estou incomodando? _ Não _ respondi com sinceridade _ e que estava admirando o quanto és bonito. _ Obrigado, mais bela aqui é a Srta. _ Como és gentil. Fiquei com ele por várias horas, até que ouvi um relógio distante bater as badaladas da meia-noite. _ Vlad, tenho que ir. _ Esperarei no mesmo lugar Srta. Catherine.
  • 13. _ Até mais vê. Naquele momento, quando já estava um pouco distante, olhei para trás, mas Vlad já sumira, achei estranho mais apenas ri, foi quando senti vários arrepios e vi um morcego sobrevoando a capela do antigo cemitério e ouvi em seguida os cães ladrarem e em seguida uivos e mais uivos e depois corri pra casa depressa. Já em casa fui direto para o quarto e comecei a pensar em Vlad e nos acontecimentos que ocorrera. Ao amanhecer fui diretamente para o meu lugar agora mais perfeito, pra voltar a ver Vlad mais não o encontrei e é que esperei até às três da tarde e já cansada resolvi ir embora e voltar somente à noite. Fui por volta das dez horas da noite de volta ao antigo cemitério, à vizinhança já estava toda recolhida e não havia mais ninguém nas ruas, a noite era fria e lúgubre foi quando eu ouvi aquela voz linda e assustadora. _ Pensei que não viesse hoje. _ Por que eu não viria querido, vim também mais cedo mais não te encontrei. _ Eu não saio muito durante o dia. _ Entendo _ sussurrei. _ Obrigado por entender _ disse ele. _ Por nada querido. _ Cathy querida, quero te dizer uma coisa. _ Pode dizer meu anjo. _ Eu te amo. _ Cala-te por que dizer mais? Eu amo-te também Logo começamos uma longa noite de amor e durante este prazeroso momento percebi que ele era gélido e que beijava muito meu pescoço e ele me apertava com muita força, tanto que ás vezes ficava sem ar. Até que com o chegar do amanhecer por fim nos separamos. Já em casa ao olhar-me no espelho percebi com espanto meu corpo cheio de hematomas,
  • 14. nossa que estranho, pois durante a noite eu não sentia nada a não ser os abraços de Vlad, que estranho. Alguns meses depois do meu envolvimento com Vlad comecei a desconfiar de algumas atitudes dele, era frio, e não temia nada. Então eu o surpreendi. _ Vlad? _ gritei. _ Eu posso explicar Catherine. Vlad estava bebendo o sangue de uma criança. _ És psicopata? _ Não querida Catherine, sou apenas um ser que vive nas sombras... Um ser que vive na depressão... sou... Um vampiro _ falou mostrando-me os dentes. _ Que horror _ gritei saia de perto de mim _ Oh querida Cathy eu te amo, vai me deixar a sofrer assim? _ Adeus Marcos Vladimir Há meses não o vejo, sinto saudades suas principalmente nas noites de luar, oh querido Vladimir. _ Catherine amor, posso entrar? _ perguntou Caius. _ Entre amor... Caius é meu futuro marido, ele me ama, mais eu não o amo como ele me ama. _ Querida vamos fazer um passeio noturno? _ O que quiser amor. Quando saímos fomos para um lugar onde eu e Vlad costumávamos ficar, onde nós fizemos amor pela primeira vez. _ Oh querida Catherine, como eu te amo, oh meu anjo, oh minha vida, eu jamais conseguirei viver sem ti. _ Oh querido _ falei _ eu não mereço esse teu amor.
  • 15. _ Mereces todo o amor do mundo. Quando íamos embora eu ouvi um sussurro por detrás do túmulo. _ Oh querida Catherine, ele jamais vai te amar do tanto que eu te amei, oh querida e doce Cathy. Ao ouvir novamente aquela voz eu chorei. _ O que houve amor? _ Nada, foi só um cisco no meu olho. _ Oh meu amor, venha vamos embora. Passando-se alguns anos Caius virou meu marido, eu não era feliz mais estava tudo bem pra mim, pois Caius estava feliz, eu me sentia bem em satisfazê-lo. Houve uma madrugada em que Caius não queria parar de fazer amor comigo, mais mesmo assim eu sempre o satisfazia, até que da janela iluminado pela luz do luar eu vi um grande morcego sobrevoando perto da janela do meu quarto. Na noite seguinte, assim que meu marido dormiu eu me levantei e saí, fui em direção ao cemitério, afim de espairecer minha tristeza e o luar estava tão bonito, mais eu não podia enganar a mim mesma eu estava ali na verdade para ver Vlad. Mas era obvio que ela não iria aparecer. No dia seguinte fui surpreendida ao café da manhã. _ Onde foi ontem à noite meu anjo? _ Fui dar uma volta no jardim. _ É que eu fiquei assustado com o que vi no jornal, e temia por ti olhe. Gazeta diária 13 de setembro A gazeta diária informa o desaparecimento de crianças e de animais no zoológico e acredita-se que se trata de um maníaco em série, ou de um louco fugido do hospício da cidade, e foram encontrados alguns vestígios de uma peste ou doença que pode ser mortal. _ Isso é horrível _ disse eu.
  • 16. _ Querida Catherine, quero tome cuidado caso queira dar estes passeios noturnos, entendeste? _ Sim querido _ respondi. Quando tive a oportunidade de ficar sozinha, analisei novamente a matéria no jornal e logo percebi que aquilo era obra de... Um... Vampiro. Setembro... Outubro... Caius pegou um surto de gripe e ficou tuberculoso durante esse tempo, o que me deixou muito preocupada, pois ele já não tinha mais a disposição de antes. Houve uma noite em que saí para dar um passeio noturno, e foi quando eu percebi que nuvens se aglomeravam no céu ameaçando uma forte tempestade, então eu logo voltei para casa, voltei para o lado de Caius. _ Adeus meu amor _ disse ele quando eu entrei. _ Adeus por quê? Você não vai morrer, fique aí descansando meu amor. Dois dias depois Caius morreu com uma violenta tosse e ardendo em febre. E Vlad? Nunca mais o vi. Muitos anos depois... _ Nossa vovó que história legal. _ Obrigada Arthur. _ Tchau vovó, já é hora de ir pra casa. _ Tchau amor. _ Quanto tempo Catherine _ falou Vlad quando Arthur saiu _ já tem netos? _ Sim ele é filho do meu filho do meu segundo casamento, mais você não mudou nada Vladimir. _ Pena que eu não posso dizer o mesmo de você, vim me despedir, vou partir para outro país.
  • 17. _ Adeus. _ Mais antes quero lhe dizer uma coisa. _ Pode dizer meu anjo. _ Eu ainda te amo... José Macário Prólogo _ Vai Hellen, lembra a história que prometeu me contar? A história do José Macário? _ Tenha calma Fernando, deixe-me terminar de arrumar estes pertences. _ Deixe isso pra depois, vai Hellen, por favor, se tu não vir vou chorar até adoecer. _ Tudo bem, tudo bem, acalma-te. _ Mas dize-me esta história é verdadeira ou imaginária? _ Não vou te enganar, é uma história verdadeira, e eu no meu ato de trabalho presenciei tudo. _ Então o que estás esperando? Conta logo. _ Tudo bem. 1897 José Macário querido Fernando foi muito meu amigo na infância, eu fui criada na casa dele como uma verdadeira Alvarenga Leal. Nossa infância foi muito doce e delicada, adorávamos correr durante a época do verão pela propriedade. Mas o tempo passou e nós crescemos...
  • 18. Alguns anos depois José foi viajar e quando regressou trouxe com ele uma esposa chamada Jesebel , a quem engravidou e deu a luz a um filho chamado Henrique E logo fui designada a cuidar do menino pois a sua mãe morreu duas horas depois do parto, depois da morte da mulher ele ficou muito atordoado, logo começou a beber, e a ficar agressivo, ele estava me deixando muito preocupada, muito triste em vê-lo no estado em que se encontrava, desde a morte da mulher estava misterioso. Houve uma noite em que ele tinha saído até a vila e eu para descobrir ou ver alguma pista fui ao quarto e remexi em todas as suas coisas. Até que encontrei em seu guarde roupas um livro intitulado como a magia de Macário, e logo entendi por que ele havia adotado aquele nome, pois seu nome era José Bonifácio e não José Macário, que foi um famoso bruxo a quem seus livros eram raros. Foi quando me dei conta que ele estava virando um bruxo. Lá pelas tantas da madrugada acordei com uns longos batidos na porta, era José completamente bêbado, seu João e dona Maria estavam completamente atordoados com o comportamento do filho, que jamais havia agido assim, e graças a isso sua mãe ficou doente, e morreu dois meses depois daquela noite. José nem se comoveu, mais já seu pai ficou inconsolável, ele já não era mais o mesmo, andava sempre só e trancavam-se todas as noites no quarto ou na biblioteca. Uma noite quando eu fui até a biblioteca para deixar-lhe algo para comer eu o vi completamente eufórico e feliz... Não entendi o motivo para ele agir assim, mais nada pude fazer então lhe perguntei. _ O senhor está bem? _ Nunca estive melhor... _ Desculpe-me ais o senhor está tão estranho e mui pálido. _ Vede ali? Ali naquela cadeira _ disse-me ele apontando uma cadeira vazia. _ Não senhor, eu não vejo nada. _ Então saia e deixe-me a sós com meu amor.
  • 19. Achei estranho, mas fiz o que ele me pedia. Quando amanheceu fui levar algo para o senhor alimentar-se, mais quando entrei no quarto ele estava estendido no chão, gritei ao perceber que ele estava mesmo morto. Preparei o velório com ajuda de José que estava mais misterioso do que antes e não vou negar que até eu mesma estava assustada, durante todo o funeral ele estava calado e não derramava uma lágrima. Depois da morte de seus pais ele piorou emocionalmente, ele não parava em casa, e sempre que estava era trancado em seu próprio quarto e houve uma vez que ele chegou a mim apavorado dizendo a seguinte história. Macabro Macário. _ Oh Hellen estou muito agoniado, ouve-me, por favor. _ O que tens senhor? Diga. _ Lembra-te aquela noite de sexta que eu saí e voltei de madrugada? Aquiesci que sim com a cabeça. _ Pois bem eu vinha andando de volta pra casa, eu vinha pela estrada de terra, quando de repente eu senti um arrepio na espinha dorsal, logo os cães começaram a ladrar e eu fiquei com muito medo. Quando me virei um susto. Um homem alto, pálido e todo vestido de preto, ele disse... Disse que viria me buscar Hellen. O que eu vou fazer? Disse-me que a minha condenação foi aquele livro, disse que eu não o usei direito. _ O senhor deve ter sonhado, vá dormir e descanse um pouco, assim o senhor irá melhorar. A morte de José Macário. _No outro dia quando fui ao quarto eis que José estava morto, estendido no chão. _ Mas Hellen como ele morreu? Diz Hellen, como ele morreu. _ Ele morreu afogado no próprio vômito. A corrente maligna e o pingente enfeitiçado
  • 20. Atenção leitores, a história que se segue foi inspirada em um conto que me assustou a bastante, chama-se a pata do macaco de W.W. Jacobs Muito cuidado com o que você deseja... Era um dia chuvoso... Lá fora a chuva caía com força pinicando o telhado, o vento corria forte, sem dúvida um dia soturno e frio, mas madame Bevelly não ligava e servia chocolate quente aos seus convidados. _ Obrigado _ disse o general recebendo a caneca de chocolate quente. _ General conte para nós algumas de suas viagens, sei que deve ter vivido muitas coisas interessantes. _ pediu Arthur, sobrinho de madame Bevelly. _ E como querido Arhtur e como, já vi de tudo um pouco, inclusive ´´lendas`` que eu presenciei. _ Então conte algo para nós _pedia madame Bevelly. _ Tudo bem, já que querem eu vou contar algo que eu vivi. Foi numa dessas minhas viagens por aí a fora, eu estava no Canadá, era época de inverno, o gelo batia em meus joelhos, e eu procurava por abrigo, bati em uma casa que a princípio parecia vazia, logo uma mulher abriu a porta e mandou-me entrar, pedi abrigo até o fim da tempestade e ela disse que eu poderia ficar se... Eu aceitasse um presente que ela já o não queria mais e queria se livrar, eu aceitei. Era um pingente em forma de lua crescente, ele disse-me que este tal pingente´´realizava`` todos os nossos desejos mais me disse que não era bom mexer com o destino. Contou-me que aquele objeto realizava três desejos concedidos, uma simples história boba. _ E a corrente? _ quis saber madame Bevelly. _ Está aqui _ disse o general preparando-se para jogar o pingente fora quando madame falou. _ Se não o que me dê. _ Tudo bem, mais eu não me responsabilizo por nada ok? _ Tudo bem, e como se usa?
  • 21. _ Segure-o com a mão direita e faça o seu pedido. Quando todos se foram madame Bevelly pegou o seu novo objeto levantou e pediu. _ Desejo possuir várias riquezas. Mal ela terminou de dizer suas palavras deu um forte grito. _ O que foi tia? _ quis saber Arthur entrando na sala. _ Está sentindo este cheiro de lixo podre aqui no ar? _ Tia você tá sonhando, não tem cheiro nenhum aqui. _ É eu devo ter imaginado. Quando amanheceu Arthur deu um beijo na tia e foi embora para o trabalho, ele era um excelente profissional, ele trabalhava como operador de máquinas em uma fábrica. Algumas horas depois... Madame Bevelly estava arrumando um vaso de flores quando alguém bate a sua porta. _ Pois não_ disse ela abrindo a porta para um homem que ao que parecia trabalhava no mesmo lugar de seu sobrinho. _ Sinto muito em informar-lhe, mais seu sobrinho morreu mutilado por uma das máquinas e como nossa empresa é séria lhe daremos a indenização de meio milhão de reais. Passando-se alguns dias da morte de seu sobrinho madame Bevelly ficava cada vez mais triste e deprimida, foi quando ela se lembrou da maldita correntinha e o pingente, então ela pegou e disse: _ Desejo que meu sobrinho volte. Madame Bevelly sentou-se na poltrona esperando ansiosa pelos resultados até que ela ouviu algo se arrastando, logo então ela lembrou que o sobrinho morrera mutilado. _ Meus Deus _ gritou ela quando a porta começou a abrir então antes daquela criatura entrar ela pegou de novo a corrente e desejou forte seu último pedido.
  • 22. Tudo agora era somente o vento e as folhas farfalhando lá fora, e galhos que batiam violentamente contra a vidraça. Dias felizes virão Prólogo Era uma linda noite de luar com várias estrelas no céu, eu estava ali sentado à beira do rio, olhando o gramado verde, a água escorrendo, o vento chicoteando em meus cabelos, sentindo a dor emanar do meu pobre coração... Fazendo-o sangrar... Oh que dor... O início _Oh que tédio_ disse Ana Bell _ Bruno vamos fazer alguma coisa... Se pelo menos não estivesse chovendo... _ Mais o que Ana? _ quis saber Bruno. _Hum que tal histórias de terror?
  • 23. _ É uma ótima ideia. _ Se quiserem eu conto uma _ falou uma velha empregada da família. Ana e Bruno se entreolharam, afinal o que uma senhora poderia contar de interessante? _ Tudo bem _ falou Ana. A empregada falou todos fizeram silêncio... _ A história que eu vou contar é realmente verdadeira e aqui está a prova. _ Um diário _ falou Ana curiosa. _ Mais não é um simples diário, e agora se calem que eu vou lê-lo Diário de Adriel de Lockwood Ginger Dia 03 de janeiro de 1983 Dores da alma Oh querido diário estou totalmente perdido em pensamentos e mais pensamentos... pensamentos tão sombrios que prefiro não mencioná-los aqui. Hoje fui dar um passeio noturno afim de espairecer toda a minha tristeza, quando cheguei no lago o luar estava extremamente maravilhoso e belo, totalmente estonteante tanto que as aves noturnas desfrutavam cada minuto daquela noite linda e bela, como se ela fosse a última, o ar árido da noite tocava minha pele, e a noite já ia avançada quando eu a vi pela primeira vez, ela era perfeitamente linda, seus olhos eram negros, tinha uma pele tão pálida que parecia um fantasma, pena que quando eu me aproximei dela ela correu, e depois disso eu nunca mais a vi. 05 de janeiro Afogado em pensamentos Hoje faz exatamente dois dias que não escrevo neste diário, estou totalmente imerso em pensamentos, não consigo parar der pensar na linda jovem que
  • 24. vira no lago, hoje fui novamente até ao lago para tentar vê-la de novo, mais chegando lá vi apenas a natureza pura e divina, não senti nada a não ser dor. 06 de janeiro Surpresa no antigo cemitério Caro diário, o que tenho para contar-lhe hoje é totalmente incrível , ao andar por minha propriedade , vi ao longe o antigo cemitério e tive vontade de ir até lá. Peguei imediatamente um cavalo e fui até lá, quando cheguei estava tudo tão lúgubre, com seus túmulos solitários e com aquela torre erguida quase até o céu com seus anjos rodeados em uma glória eterna e depressiva. Quando estava me preparando para vir embora eu a vi novamente, era o anjo que eu encontrara no lago... oh meu Deus como ela estava bela, desta vez aproximeime devagar para não assustá-la, quando me aproximei perguntei-lhe seu nome e ela disse que era Angela e depois disso conversamos muito tempo, perguntei-lhe onde ela orava mais ela não me respondeu. Quando começou a entardecer ela dissera que precisava ir, mais logo pediu-me que eu voltasse todos os domingos ali mesmo no cemitério e dizendo isso ela se foi. 08 de janeiro O lago dos puros Hoje estou totalmente cansado, mais como considero escrever neste diário uma obrigação não poderia de deixar de relatar aqui os meus segredos do dia. Pela manhã decidi ir ao lago para ver se conseguiria lembrar daquela linda criatura, quando cheguei fiquei maravilhado com a beleza daquele lugar então eu o batizei de o lago dos puros 10 de janeiro Pesados pesadelos
  • 25. Um fato curioso acaba de ocorrer e eu não poderia deixar de relatá-lo aqui. Tive um pesadelo horrível que acontecia no lago, lago este que durante o dia é lindo e maravilhoso... durante a noite é extremamente triste e agourento. No sonho eu estava no lago quando vindo do bosque um barulho assustador e em seguida uma voz que gritava pelo meu nome. Então decidi atender aquele chamado, e logo fui seguindo cada vez mais para dentro do bosque , e quanto mais eu entrava mais a voz ia desaparecendo e até que tudo cessou... um barulho agourento tomou conta do lugar o que me deixou mais assustado ainda, então eu gritei... e minha voz ecoou deixando o lugar muito mais agourento. Foi quando eu acordei suado e gritando, que pesadelo mais estranho... Já passa das duas da madrugada e eu não consigo mais dormir só consigo pensar na estranheza que me rodeia. 12 de janeiro O encontro com a querida dama Sim, sim querido diário, hoje foi o dia do encontro com a querida dama que por sua vez só veio me dizer adeus... Então nada vou escrever hoje a não ser este pequeno fragmento. 23 de janeiro A depressão Desculpe-me querido diário por ficar tanto tempo sem escrever é que desde do último dia doze meu coração está partido, a depressão rodeia meu peito, o medo domina minha alma, e eu estou corroído pela desgraça pela melancolia e pelo meu sofrimento que não chega ao fim, os meus olhos estão doendo de tanto chorar, eu estou morrendo pouco a pouco queria apenas uma fonte de alegria que me libertasse desta cama e que aliviasse o meu triste coração, que desconsolado sofre... 25 de janeiro
  • 26. O fogo do desejo A minha dor não poderia ser maior... Hoje quando fui até o lago, vi uma mulher que era totalmente parecida com ela... A dor era tanta que eu não conseguia nem dizer o nome dela, a estranha se aproximou e disse _ Boa tarde cavalheiro. _ Boa tarde _ falei eu. _ Desculpe-me mais o senhor está macilento como um defunto, o que houve? _ Não cara Srta é que fiquei impressionado com sua beleza. _ Obrigada senhor, meu nome é Angela. _ O que?_ perguntei-lhe totalmente perdido _ Meu nome é Angela e o seu? Quando recuperei os sentidos respondi. _ Adriel_ respondi entregando-lhe uma rosa. _Obrigada _ respondeu ela, e ao pegar a rosa furou seu lindo dedo mais ela apenas riu. E desde deste dia nos encontrávamos com frequência, o que logo gerou um lindo e belo romance. 03 de março A queda do cavalo O tempo que fiquei sem escrever foi bom e ruim ao mesmo tempo. Bom por que eu e Angela nos amávamos cada vez mais, e ruim por que a poucos dias ela caiu de um cavalo e seu estado de saúde está se agravando. Deus queira que esteja bem. 05 de março A morte
  • 27. Dor é tudo que sinto em minha pobre alma, ontem Angela morreu, mais só hoje é que tive forças para escrever aqui o que aconteceu. Durante o velório pedi para que todos que estivessem ao seu redor saíssem para que eu pudesse ficar só com ela e assim ter minha última noite de amor com meu anjo querido. 10 de março O antigo cemitério Desde que Angela morreu eu passei a frequentar mais o cemitério, escrevo agora de um banco próximo a capela da minha querida e amada esposa, fiz uma bela obra em seu túmulo e paguei para que escrevessem com tinta vermelha a seguinte frase: amor eterno. Oh querida Angela por que me abandonou? 13 de março Real ou irreal? Oh querido diário eu estou mortalmente pálido e fraco, eu estou tão triste e amargurado. Ontem quando fui deitar-me vi um vulto branco passando pela porta do quarto, levantei-me silenciosamente para poder ver o que seria aquilo. Quando percebi era Angela, então logo gritei: _ Oh querida entra e não vá mais embora, venha até mim, oh querida venha me abraçar e me desejar, não vedes o quanto estou a sofrer? Não me deixe. Quando fui novamente me deitar estava eufórico e feliz até que vi escrito no chão com sangue as seguintes palavras Oh meu querido amor eu sempre serei grata por me fazer feliz, saiba que eu também estou sofrendo, é muito triste te ver todo dia e não poder tocar tua doce pele, oh meu querido oh meu anjo como eu te amo Vim apenas te dar o meu último adeus Saiba que te espero aonde quer que eu vá e se for pra vagar que seja nós dois juntos
  • 28. Te amo até no leito da morte. 17 de abril Viagem maldita Pensei que nunca mais escreveria neste diário, mais agora chegou o momento, e dessa vez querido diário vou relatar-lhe a viagem maldita que eu fiz e que me impediu de escrever aqui por muitos dias. Foi quando eu ia tratar de alguns negócios no exterior que minha carruagem caiu de um enorme precipício, os meus dois cocheiros morreram e eu fiquei muito ferido e ali fiquei várias horas até que um casal de camponeses me encontraram e me deram abrigo. Foi um mês agonizante até que finalmente pude voltar para minha casa. Algum tempo depois eu estava totalmente curado fisicamente, mais não emocionalmente... Que dor... Eu estou morrendo... 19 de abril Lacrimosa Oh querido e adorado diário, estou totalmente triste, quase não consigo escrever, a palidez toma conta de mim, e a febre o meu corpo, estou perdidamente perdido, estou cansado e a lacrimejar. 03 de maio A bruxa do espelho Medo... Medo foi tudo que eu senti hoje, e vou relatar-lhe o porquê, fui ao espelho e vi totalmente e tenebrosamente uma horrível mulher dentro do espelho, seus olhos e cabelos eram vermelhos, que criatura será aquela? Senhor me proteja. 08 de maio
  • 29. Passagem sombria Ontem querido diário aconteceu um fato muito impressionante, uma sombra enorme surgiu em meu quarto, o que seria aquilo? comecei a pensar quando a sombra começou a me puxar. Quando dei por mim estava na floresta, uma floresta horrível e muito escura, mesmo com alguns feixes de luar se infiltrando por suas enormes folhas ela ainda sim era assustadora. Estava tão assustado que nem conseguia me mover, logo comecei a ouvir gritos, gritos que vinham da parte mais obscura da floresta, os gritos aumentavam cada vez mais até que de repente aparece um vulto branco perto de mim, quando fui tentar olhar o rosto já estava de volta em meu quarto. 18 de maio O amor nunca morre Hoje querido diário me despeço de suas lindas e belas folhas, pois agora irei à busca do meu único e verdadeiro amor Angela... Adeus... _ E depois o que aconteceu Onória? Perguntou Bruno. _ Não me chame pelo nome de Onória... Depois foi descoberto que Angela não havia morrido, a que havia morrido era a mulher que ela conheceu no lago, e a outra era sua irmã gêmea e seu nome era... _ Era o que? _ quis saber Ana Bell. _ Nada crianças a história terminou... Epílogo O amor nunca morre _ Oh Adriel perdoe-me pelo que fiz _ dizia Onória _ eu o amo, amo e sempre amarei, Onória morreu sabendo que o amor nunca morre...
  • 30. As quatro estações Prólogo Primavera... Verão... Outono... Inverno... Primavera Felicidade é a palavra certa para o tipo de sentimento que sinto agora, motivos para eu estar assim? Primeiro a vide é linda, segundo vou me casar com a mulher que mais amo no mundo, minha querida e adorada Heidiey.
  • 31. _ Oh querido Félix como eu te amo, amo-o mais do que tudo neste mundo _ disse Heidiey sorrindo. _ Oh querida eu também te amo muito, pra que te dizer mais? Amo-te muito e muito mais. _ O que deseja para nós em algum futuro próximo? _ Felicidade e muitos filhos. A cada momento eu a amava mais, meu senhor como ela podia ser tão bela? Logo nos banhamos na voluptuosidade do amor e da agonia. Algumas horas depois recebo o telegrama de Londres, remetente Dr.Vasconcelos um velho amigo de infância. Remetente: Vasconcelos Para: Félix Demétrio Olá querido Félix, quero agradecer-lhe pelo convite, será que Heidiey anda tão bela quanto antes? Não deixarei de comparecer Abraço. A data do casamento se aproxima e Heidiey anda muito preocupada com o enxoval e quer que eu vá embora agora, pois ela diz que o noivo não pode ver o vestido antes da hora do casamento. Verão Algumas semanas depois... Hoje é o dia do meu casamento com Heidiey, eu estou tão feliz, a festa será apenas para familiares e amigos íntimos. _ Olá Félix! Quanto tempo _ falou Vasconcelos _ Quanto tempo hein? Ainda lembra-se das loucuras da adolescência? _ falei eu cumprimentando-o. _ Claro! Como eu iria me esquecer? E, aliás, onde está a noiva?
  • 32. _ Ainda se arrumando... _ Foi bom vê-lo amigo mais agora eu vou dar uma volta por aí –falou ele me interrompendo. Depois que saímos do cartório, fomos para direto para a cerimônia , algumas horas depois do casamento Heidiey sumira, onde será que se meteu? Eu me perguntava, então deixei os convidados no jardim e entrei em casa, olhei no quarto, na sala, na cozinha, até no banheiro. Mais nada. _Olá Gabriela, sabe me responder onde está Heidiey? Gabriela era irmã de Vasconcelos. _ Não, não a vi. _ Obrigado. Quando fui olhar pelos fundos da casa... O que vejo? Vasconcelos e minha esposa se beijando, então sem dizer nada saí silenciosamente para não ser visto ou ouvido. Algumas horas depois Heidiey chegou dizendo. _ Oh querido amor como eu te amo. _ Ah querida eu te amo muito mais _ falei beijando-lhe. Alguns minutos depois... _ Olá quero dar os parabéns aos recém casados _ falou Vasconcelos. _ Obrigado Vasconcelos e aproveitando que está aqui quero te convidar para uma festa amanhã a meia noite neste endereço. _ Que festa amor _ quis saber Heidiey. _ Uma festa que alguns amigos organizaram para amanhã, cê sabe né festa só de homens. _ Claro pode contar comigo _ disse Vasconcelos saindo. _ Amor por que naõ me contou desta festa? _ Ah querida foi uma surpresa pra mim também _ falei rindo.
  • 33. _ Surpresa mesmo _ disse ela. Outono _ Cheguei Félix onde é a festa? _ Não tem festa nenhuma, a festa é minha _ disse eu dando-lhe uma coronhada na cabeça. Algumas horas depois... _ Por que fez isso Félix? _ Ah pensei que não fosse acordar nunca. _ Por que fez isso? _ repetiu ele. _ Para que saiba que ninguém mexe comigo e sai impune. _ Do que está falando? _ Disso _ disse eu cortando um dos seus dedos _ isso Félix quero ouvir você gritar _ completei pegando uma taça e enchendo com seu sangue que jorrava. _ Por favor solte-me. _ Hum seu sangue tem gosto bom... Posso até te soltar se você pedir perdão. _ Perdão pelo quê? _ Por isso! _ disse-lhe eu arrancando-lhe outro dedo. _ Ah _ gritava ele enquanto eu ria. _ Volto já dr. _ Onde vai? _ Trazer-lhe um presentinho. Alguns minutos depois... _ Espero que tenha se comportado.
  • 34. _ Seu canalha _ gritou ele. _ Ah esqueces que você tá algemado e que eu posso fazer com você o que eu bem quiser? Ah eu trouxe um remedinho pra você. _ O que é isso? _ Estenda a mão... Ah esqueci que você está algemado e não pode pegar então eu dou pra você. _ O que é isso? _ repetiu ele. _ Ah relaxa é apenas um pouco de ácido corrosivo ... Para os seus ferimentos . _ Não, não por favor... _ Ah só uma gotinha _ disse jogando muito ácido em seus dedos amputados. _ Ah _ gritava o desgraçado. _ Mais um pouco? Ah claro que sim _ falei jogando mais ácido em seus ferimentos. _ Você é louco Félix? _ Agora você adivinhou _ disse jogando mais ácido em suas pernas. _ Ah _gritava o vagabundo. _ Sua perna está doendo? _ Por favor me mata logo... Me mata logo. _Tudo bem mais só depois que eu cortar o resto dos seus dedos, não melhor seus cílios ou sua língua, não tive uma ideia melhor, vou deixar um recipiente cheio de ácido que vai cair em sua cabeça em... Cinco minutinhos... Tem últimas palavras? _ Você vai se arrepender... _ Ah ok vou diminuir seu tempo em quatro, três, dois, um... Agora. _ Ah _ gritava ele enquanto lentamente morria. _ Descanse em paz... Seu infeliz.
  • 35. Algumas horas depois... _ Heidiey amor cheguei... _ Ah Félix até que enfim, vamos para a cama eu tenho uma surpresinha pra você. _ Não querida, eu é que tenho uma surpresinha pra você _ E o que é? _ Entrem rapazes e se divirtam, depois quero que a matem, o pagamento é excelente. Inverno _ Agora é minha vez, com este copo de veneno eu encerro a minha sentença pois A primavera é o apogeu... O verão talvez a vida... O outono é a chamada decadência... E o inverno é a morte... Triste fim...
  • 36. Atenção leitores a história que se segue foi inspirada pelo conto do gato preto de Edgar Allan Poe O corvo maldito. Sempre fui muito feliz, muito feliz mesmo, até o dia que aconteceu o seguinte fato... Era uma vez que eu voltava do trabalho, estava demasiadamente cansado, e me arrastava com muita lentidão ao passar pelo cemitério ( fui visitar o túmulo de meu falecido pai ) enquanto eu ia olhava com curiosidade por todos os lados, pois tenho certo receio de lugares assim e ao mesmo tempo atração, minha mulher sempre dizia que não há o que temer pois ali seria o nosso último descanso. O fato é que quando cheguei em seu jazigo tinha um corvo enorme em cima da lápide, dizem que os corvos dão azar e desgraça, mais eu não acreditava nestas malditas superstições, então logo comecei a acender algumas velas, quando terminei fiz algumas orações, terminado tudo estava arrumando-me para sair quando o corvo veio e pousou em meu ombro, apalpei-o com a mão para que se afastasse, quando saí do cemitério o corvo tinha voado, alguns minutos depois percebi o corvo sobrevoando por cima de mim, até que novamente pousou em meu ombro, parecia até aquela ave havia gostado de mim então por que não levá-lo comigo? Pensei eu. Quando cheguei em casa com o pássaro no ombro Cristine não disse nada mais estranhou então perguntou. _ Adolfo e este corvo em seu ombro? Não sabes que os corvos dão azar? _ Bobagem mulher, tu ainda acreditas nestas lendas bobas? _ perguntei-lhe.
  • 37. _ Mais se tu queres o corvo meu amor eu não discutirei. _ Obrigado meu amor. Passando-se alguns meses tudo começou a mudar, minha condição financeira ia caindo cada vez mais, minha querida esposa estava doente e eu adquiri o vício da bebida depois de ser demitido do trabalho, houve uma noite em que eu dormira ébrio na rua e quando acordei ainda bêbado fui direto para casa cheguei já batendo na porta com muita violência e logo Cristine abriu. _ Entre meu amor. _ Cala-te Cristine que hoje eu não estou para romances. _ Meu amor, queres alguma coisa para comer? _ Quero mais é que me deixes em paz, anda sai daqui, levanta-te daqui e não me perturba mais. Quando ela saiu, eu a ouvi chorar baixinho e aquilo despertou em mim uma fúria demoníaca que me fez levantar até ela então gritei. _ Agora vou dar-lhe motivos para chorar. Dei-lhe uma grande surra e depois a tranquei no quarto. Quando cheguei na sala vi o corvo, então peguei-lhe pela asa e arranquei seus dois olhos. No outro dia comecei a beber logo pela manhã, cheguei em casa por volta das sete, sete e meia por aí. Eu estava tão eufórico e por isso peguei o corvo leveio para o jardim e o enforquei com o varal de roupas. Quando entrei novamente em casa bati em Cristine e depois abri-lhe a cabeça com uma machadada, enrolei o corpo dela em um saco plástico e esperei ansioso a meia noite. Quando chegou a meia noite olhei para ver se não via ninguém mais nas ruas não vendo ninguém eu saí. Já no cemitério quando terminei de cavar a sepultura algo me fez arrepiar totalmente os cabelos, não liguei e enterrei o corpo de minha mulher. Quando terminei de enterrá-la eu vi com assombro, e o que vi me fez pular, era um corvo grande, com os dois olhos furados, era a própria imagem do demônio.
  • 38. O gatinho da Mimi A história que se segue juro de dedo cruzado e é uma que até os dias de hoje me assusta bastante. Mimi tinha tudo que uma criança de nove anos queria ter, tinha muitos amigos, muitos brinquedos, e tudo o que se pode imaginar, mais ela nunca estava feliz, e o seu pai sempre fazia de tudo para alegrá-la, mais nada fazia efeito. Uma tarde quando voltava da escola, Mimi viu uma feirinha de animais e logo ficou encantada com tudo aquilo. _ Papai, vamos dar uma olhada? Eu quero, por favor, por favor. O pai para não contraria-la atendeu ao seu pedido levou-a, Mimi correu descendo do carro e logo viu muitos bichinhos bonitos, ela estava segurando um cachorrinho quando ela o viu, era um gatinho feio, magro e com uma perna amputada. _ Pai eu posso ficar com esse gatinho aqui?_ falo ela apontando para o horrível gatinho. _ Ora filhinha não quer outro bichinho? _ Não, eu quero aquele e se você não me dar, eu vou chorar até adoecer. Novamente, o pai como sempre atendeu ao pedido da filha e foi comprar o gatinho. _ Quanto custa aquele gatinho?_ perguntou o pai de Mimi ao vendedor. _ Se o quer mesmo pode levar _ falou o vendedor _ ele está nesta feira há mais de um mês e ninguém jamais o quis. _ Então obrigado _ falou o pai de Mimi.
  • 39. Já no caminho de volta pra casa Mimi acariciava o pelo de seu novo bichinho de estimação, este que por acaso adorava as carícias e retribuía com várias lambidas em suas mãos. _ Mamãe olha só o que o papai comprou veja só como ele é lindo. _ O que é meu amor? Deixe-me ver. Quando a mãe de Mimi viu o horrível gatinho gritou horrorizada. _ Por que está gritando mãe? _ Que gatinho feio Mimi, por que deu isso a ela _ perguntou virando-se para o marido. _ Ora amor é só um gatinho aleijado, deixe-o ficar com ela. _ Tudo bem _ falou ela voltando-se para Mimi _ pode ficar com ele desde que ela não cruze o meu caminho. _ Tudo bem mãe. Durante alguns dias a paz reinou na casa de Mimi, até que tudo aconteceu. Era meia noite quando Mimi foi até o quarto dos seus pais, o pai que estava acordado perguntou: _ O que você quer Mimi? _ Eu quero isso _ disse ela dando-lhe uma forte facada no peito. A mãe de Mimi para tentar reverter a situação pegou um pouco de ácido e jogou na cara da filha que por sua vez como se estivesse possuída por um demônio desviou facilmente pegando o vidrinho e jogando de volta na cara da sua mãe, enquanto a face do rosto da mulher se desfigurava Mimi enfiou logo uma faca para mata-la de uma vez, e depois rindo do que havia feito saiu em direção ao seu quarto, lá chegando pegou o gato abriu a janela e o jogou lá de cima e depois o susto o gato continuava ali, ela o jogou novamente mais o gato continuava ali, e quando Mimi olhou para o gato seus olhos faiscaram e Mimi caiu da janela temendo o gatinho que era um demônio João Paulo Lima