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UM NOVO TESTE PARA TUBERCULOSE




             Rio de Janeiro e Manaus testam para o Ministério da Saúde uma nova tecnologia
                               para o diagnóstico da tuberculose pulmonar




Que novo teste é este?
O Xpert MTB/RIF® é um método molecular com base na reação em cadeia pela polimerase (PCR). É uma
nova plataforma de teste, automatizada, simples, rápida e de fácil execução nos laboratórios. O teste detecta
simultaneamente o Mycobacterium tuberculosis e a resistência à rifampicina (RIF), diretamente do escarro,
em aproximadamente 2 horas. Ele dá resultados com risco mínimo de contaminação.




                                                                                                                 
O que é PCR?
A PCR (Polimerase Chain Reaction – Reação em Cadeia da Polimerase) é um método molecular que
consiste na amplificação de uma sequência do material genético de um organismo a partir de quantidades
muito reduzidas de DNA, utilizando a enzima DNA-polimerase, a mesma enzima que participa da replicação
natural do material genético das células.

Esta técnica compreende três etapas:
1. Extração de ácido nucléico das amostras biológicas
2. Amplificação de um segmento selecionado
3. Detecção dos fragmentos amplificados de DNA, gerados durante o processo.

A técnica da PCR foi desenvolvida por Kary Mullis na década de 80, tendo sido agraciado com o prêmio
Nobel de química em 1993, por este feito.




                                                   Amplificação
                                30 ciclos geram aproximadamente 109 moléculas




E o que é PCR em Tempo Real?
Ao contrário da PCR convencional que só apresenta resultados qualitativos, a PCR em Tempo Real,
considerada uma evolução tecnológica da PCR convencional, consegue quantificar o número de fragmentos
de DNA gerados em cada ciclo. Nesta metodologia, os processos de amplificação, detecção e quantificação
de DNA são realizados em uma única etapa, permitindo rapidez na obtenção dos resultados.




                                                                                                           
Por que devemos implantar este novo teste?




Atualmente as ferramentas em uso para o diagnóstico da tuberculose (TB) apresentam inúmeras limitações.
A baciloscopia do escarro é um exame de baixa sensibilidade (Tabela). Apesar de a cultura apresentar uma
sensibilidade maior, os resultados deste exame com teste de suscetibilidade aos antimicrobianos (TSA) só
ficam disponíveis após 4 a 8 semanas, além de exigir condições rigorosas de biossegurança. Estudos
demonstraram que a sensibilidade do Xpert MTB/RIF® é de 92%, o que representa um ganho expressivo em
relação à baciloscopia. Além disso, este teste detecta a resistência à rifampicina com 99% de sensibilidade.


                                                 BACILOSCOPIA                            CULTURA                     XPERT MTB/RIF®
                                                                                         BK + TSA

                Sensibilidade                             65%                                 81%                              92%

          Boehme CC et al. N Engl J Med. 2010;363(11):1005-15
          Lobue PA et all. In: Reichman LB, Hershfield ES, editors. Tuberculosis: a comprehensive international pproach. Vol. 144 of Lung Biology
          in Health and disease. New York: Marcel Dekker, 2000:323-39.



Que melhorias se espera atingir, considerando o cenário epidemiológico da TB?
Espera-se um aumento na detecção e o tratamento precoce dos casos de TB pulmonar confirmados, assim
como uma maior agilidade no diagnóstico da TB resistente a uma ou mais drogas, ou Tuberculose
Multirresistente (TBMR). Isso permitirá o início mais precoce do uso das drogas de segunda linha,
recomendadas para estes casos. Consequentemente, espera-se a redução da morbidade e da mortalidade
por TB e do número de casos tratados erroneamente.

Este novo método já está validado para uso?
Sim. Foi aprovado como método DIAGNÓSTICO pela ANVISA em 2009 e já está disponível na rede privada.
Em dezembro de 2010 a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou seu uso em países onde a TB é
endêmica, considerando-o um marco importante no diagnóstico da TB em nível mundial.




                                                                                                                                                     
Se o teste já está validado e aprovado, por que o Ministério da Saúde quer avaliá-lo mais uma vez?
O MS quer verificar as vantagens e desvantagens da implementação do método nas situações de rotina da
rede pública de serviços. A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC) do MS
exige que existam dados nacionais de custo-efetividade capazes de garantir que os benefícios da
incorporação de qualquer nova tecnologia no sistema público de saúde causem impacto significativo na
saúde da população, a um custo acessível e justificável. Pretende-se obter estas respostas com a
implementação do novo método nos municípios do Rio de Janeiro e de Manaus.

Este novo teste vai substituir totalmente a baciloscopia?
Não. Ele será utilizado apenas para o DIAGNÓSTICO da TB pulmonar. Para o acompanhamento do
tratamento, continuaremos a realizar a baciloscopia.

O que vai mudar na rotina de atendimento?
Não haverá qualquer mudança na rotina de atendimento aos pacientes. Os profissionais de saúde
continuarão atendendo os pacientes sintomáticos respiratórios e solicitando baciloscopia do escarro em
duas amostras. Haverá, portanto, uma mudança na rotina dos laboratórios.

Que mudança será essa?
Todos os pacientes com suspeita clínica de TB pulmonar terão o exame do escarro realizado, mas ao invés
da baciloscopia, o escarro será examinado através do Xpert MTB/RIF®. No caso de Xpert MTB/RIF®
DETECTÁVEL (positivo) sem indicação de resistência à RIF, será recomendado o início do tratamento.

Como os resultados deste exame serão apresentados?
Existem três possibilidades de resultados:
1. DNA para Mycobacterium tuberculosis: Detectável. Rifampicina: Não Resistente
2. DNA para Mycobacterium tuberculosis: Detectável. Rifampicina: Resistente
3. DNA para Mycobacterium tuberculosis: Não Detectável

Como interpretar esses resultados?
   DNA para Mycobacterium tuberculosis DETECTÁVEL: significa que o DNA do Mycobacterium
   tuberculosis foi detectado na amostra, sendo, então, o resultado POSITIVO (significa que é TB)
   DNA para Mycobacterium tuberculosis NÃO DETECTÁVEL: significa que o DNA do Mycobacterium
   tuberculosis não foi detectado na amostra, sendo, então, o resultado NEGATIVO (significa que não é TB).

Como interpretar os resultados em relação à resistência à rifampicina?
   Rifampicina NÃO RESISTENTE: a mutação do gen rpoB foi não foi detectada. Significa que não existe
   resistência à rifampicina (rpoB-).
   Rifampicina RESISTENTE: a mutação do gen rpoB foi detectada. Significa que existe resistência à
   rifampicina (rpoB+).

Nos casos em que for detectada resistência à rifampicina, qual deve ser o procedimento?
Deve-se iniciar tratamento para tuberculose com Esquema Básico e encaminhar o paciente para as
referências com Pneumologista, para confirmação e tratamento. A referência secundária deverá solicitar uma
cultura para BK com TSA, entrar em contato com a referência terciária e fornecer o cartão Riocard para o
paciente. O paciente deverá comparecer na referência terciária na data agendada para o atendimento,
quando será coletada uma amostra de escarro para realização de cultura por MGIT.
                                                                                                              
Resumo da interpretação dos resultados:




            Nota: se o resultado do Xpert MTB/RIF® for NEGATIVO, não será feito um segundo exame, nem
              baciloscopia. Assim, um resultado NEGATIVO é suficiente para afastar o diagnóstico de TB.



E se houver uma suspeita clínica forte de que determinado caso é tuberculose e o resultado do Xpert
MTB/RIF® for NEGATIVO?
Neste caso deve ser solicitada uma nova amostra para novo exame de escarro. Se o resultado for
NEGATIVO mais uma vez, a cultura para micobactéria deverá ser solicitada.

E como fica a rotina do laboratório?
Os escarros para DIAGNÓSTICO serão submetidos ao teste Xpert MTB/RIF®. Sempre que o resultado for
POSITIVO, será recomendado o início do tratamento de tuberculose. Contudo, nestes casos, a baciloscopia
do escarro também será realizada.




                                                                                                           
Se este teste tem uma sensibilidade maior para detectar TB, por que é necessário realizar o exame
baciloscópico nas amostras que foram positivas no Xpert MTB/RIF®?
Por duas razões:

1. Para servir como base para o controle do tratamento: o Xpert MTB/RIF® foi validado apenas para
DIAGNÓSTICO e não para controle do tratamento. O exame mensal de controle continua a ser a
BACILOSCOPIA do escarro. Por este motivo é importante que no pedido do exame, seja assinalado se a
amostra é para DIAGNÓSTICO ou para CONTROLE DE TRATAMENTO.

2. Para quantificar o número de casos de TB ativa que foram detectados pelo Xpert MTB/RIF ®, mas que não
teriam sido diagnosticados pela baciloscopia. O que interessa neste caso são os resultados discordantes, ou
seja, as amostras que foram POSITIVAS no Xpert MTB/RIF®, porém NEGATIVAS na baciloscopia.

                          Xpert MTB/RIF ® POSITIVO ↔ Baciloscopia NEGATIVA



Este teste será feito nas amostras de controle de tratamento?
Não. O teste foi validado para o DIAGNÓSTICO de tuberculose, mas não para controle do tratamento. Por
este motivo é importante preencher corretamente a solicitação de baciloscopia, assinalando se a amostra é
para DIAGNÓSTICO ou para ACOMPANHAMENTO (CONTROLE).




                    Os itens “1ª e 2ª amostra”
                       estão relacionados
                         ao exame para
                         DIAGNÓSTICO




                             O item
                      “Mês de tratamento”
                        está relacionado
                        aos exames de
                          CONTROLE




Este teste pode ser utilizado para diagnóstico de TB em outros materiais, como líquido pleural e
urina?
Não. O teste só está validado para utilização em amostras respiratórias como o escarro, escarro induzido ou
material de lavado broncoalveolar.



                                                                                                               
Como deve ser preenchida a ficha de notificação do SINAN-TB?
A ficha de notificação do SINAN-TB já foi modificada para incluir o resultado do Xpert MTB/RIF®. Ao notificar
um caso de TB cujo diagnóstico se deu através do Xpert MTB/RIF®, o campo 46 deve ser assinalado.
Caso receba o resultado de baciloscopia e de Xpert MTB/RIF®, os dois campos (40 e 46) devem ser
preenchidos.




                                                                                                          Local para colocar o 
                                                                                                           resultado do Xpert 
                                                                                                               MTB/RIF® 




Referências bibliográficas
        Boehme CC, Nabeta P, Hillemann D, et al. Rapid molecular detection of tuberculosis and rifampin resistance. N
        Engl J Med 2010;363:1005-15.
         Small PM, Pai M. Tuberculosis Diagnosis — Time for a Game Change. N Engl J Med 2010;363:1070-71.
         World Health Organization. Policy statement: automated real-time nucleic acid amplification technology for
        rapid and simultaneous detection of tuberculosis and rifampicin resistance: Xpert MTB/RIF system.
        WHO/HTM/TB/2011.4. Disponível em: http://whqlibdoc.who.int/publications/2011/9789241501545_eng.pdf
        World Health Organization/Stop TB Department. - UPDATE - Implementation and roll-out of Xpert MTB/RIF.
         Disponível em: http://www.stoptb.org/wg/gli/assets/documents/1_19_300_XpertMTB-RIF




                                                                                                                         
 

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  • 1. UM NOVO TESTE PARA TUBERCULOSE Rio de Janeiro e Manaus testam para o Ministério da Saúde uma nova tecnologia para o diagnóstico da tuberculose pulmonar Que novo teste é este? O Xpert MTB/RIF® é um método molecular com base na reação em cadeia pela polimerase (PCR). É uma nova plataforma de teste, automatizada, simples, rápida e de fácil execução nos laboratórios. O teste detecta simultaneamente o Mycobacterium tuberculosis e a resistência à rifampicina (RIF), diretamente do escarro, em aproximadamente 2 horas. Ele dá resultados com risco mínimo de contaminação.  
  • 2. O que é PCR? A PCR (Polimerase Chain Reaction – Reação em Cadeia da Polimerase) é um método molecular que consiste na amplificação de uma sequência do material genético de um organismo a partir de quantidades muito reduzidas de DNA, utilizando a enzima DNA-polimerase, a mesma enzima que participa da replicação natural do material genético das células. Esta técnica compreende três etapas: 1. Extração de ácido nucléico das amostras biológicas 2. Amplificação de um segmento selecionado 3. Detecção dos fragmentos amplificados de DNA, gerados durante o processo. A técnica da PCR foi desenvolvida por Kary Mullis na década de 80, tendo sido agraciado com o prêmio Nobel de química em 1993, por este feito. Amplificação 30 ciclos geram aproximadamente 109 moléculas E o que é PCR em Tempo Real? Ao contrário da PCR convencional que só apresenta resultados qualitativos, a PCR em Tempo Real, considerada uma evolução tecnológica da PCR convencional, consegue quantificar o número de fragmentos de DNA gerados em cada ciclo. Nesta metodologia, os processos de amplificação, detecção e quantificação de DNA são realizados em uma única etapa, permitindo rapidez na obtenção dos resultados.  
  • 3. Por que devemos implantar este novo teste? Atualmente as ferramentas em uso para o diagnóstico da tuberculose (TB) apresentam inúmeras limitações. A baciloscopia do escarro é um exame de baixa sensibilidade (Tabela). Apesar de a cultura apresentar uma sensibilidade maior, os resultados deste exame com teste de suscetibilidade aos antimicrobianos (TSA) só ficam disponíveis após 4 a 8 semanas, além de exigir condições rigorosas de biossegurança. Estudos demonstraram que a sensibilidade do Xpert MTB/RIF® é de 92%, o que representa um ganho expressivo em relação à baciloscopia. Além disso, este teste detecta a resistência à rifampicina com 99% de sensibilidade. BACILOSCOPIA CULTURA XPERT MTB/RIF® BK + TSA Sensibilidade 65% 81% 92% Boehme CC et al. N Engl J Med. 2010;363(11):1005-15 Lobue PA et all. In: Reichman LB, Hershfield ES, editors. Tuberculosis: a comprehensive international pproach. Vol. 144 of Lung Biology in Health and disease. New York: Marcel Dekker, 2000:323-39. Que melhorias se espera atingir, considerando o cenário epidemiológico da TB? Espera-se um aumento na detecção e o tratamento precoce dos casos de TB pulmonar confirmados, assim como uma maior agilidade no diagnóstico da TB resistente a uma ou mais drogas, ou Tuberculose Multirresistente (TBMR). Isso permitirá o início mais precoce do uso das drogas de segunda linha, recomendadas para estes casos. Consequentemente, espera-se a redução da morbidade e da mortalidade por TB e do número de casos tratados erroneamente. Este novo método já está validado para uso? Sim. Foi aprovado como método DIAGNÓSTICO pela ANVISA em 2009 e já está disponível na rede privada. Em dezembro de 2010 a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou seu uso em países onde a TB é endêmica, considerando-o um marco importante no diagnóstico da TB em nível mundial.  
  • 4. Se o teste já está validado e aprovado, por que o Ministério da Saúde quer avaliá-lo mais uma vez? O MS quer verificar as vantagens e desvantagens da implementação do método nas situações de rotina da rede pública de serviços. A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC) do MS exige que existam dados nacionais de custo-efetividade capazes de garantir que os benefícios da incorporação de qualquer nova tecnologia no sistema público de saúde causem impacto significativo na saúde da população, a um custo acessível e justificável. Pretende-se obter estas respostas com a implementação do novo método nos municípios do Rio de Janeiro e de Manaus. Este novo teste vai substituir totalmente a baciloscopia? Não. Ele será utilizado apenas para o DIAGNÓSTICO da TB pulmonar. Para o acompanhamento do tratamento, continuaremos a realizar a baciloscopia. O que vai mudar na rotina de atendimento? Não haverá qualquer mudança na rotina de atendimento aos pacientes. Os profissionais de saúde continuarão atendendo os pacientes sintomáticos respiratórios e solicitando baciloscopia do escarro em duas amostras. Haverá, portanto, uma mudança na rotina dos laboratórios. Que mudança será essa? Todos os pacientes com suspeita clínica de TB pulmonar terão o exame do escarro realizado, mas ao invés da baciloscopia, o escarro será examinado através do Xpert MTB/RIF®. No caso de Xpert MTB/RIF® DETECTÁVEL (positivo) sem indicação de resistência à RIF, será recomendado o início do tratamento. Como os resultados deste exame serão apresentados? Existem três possibilidades de resultados: 1. DNA para Mycobacterium tuberculosis: Detectável. Rifampicina: Não Resistente 2. DNA para Mycobacterium tuberculosis: Detectável. Rifampicina: Resistente 3. DNA para Mycobacterium tuberculosis: Não Detectável Como interpretar esses resultados? DNA para Mycobacterium tuberculosis DETECTÁVEL: significa que o DNA do Mycobacterium tuberculosis foi detectado na amostra, sendo, então, o resultado POSITIVO (significa que é TB) DNA para Mycobacterium tuberculosis NÃO DETECTÁVEL: significa que o DNA do Mycobacterium tuberculosis não foi detectado na amostra, sendo, então, o resultado NEGATIVO (significa que não é TB). Como interpretar os resultados em relação à resistência à rifampicina? Rifampicina NÃO RESISTENTE: a mutação do gen rpoB foi não foi detectada. Significa que não existe resistência à rifampicina (rpoB-). Rifampicina RESISTENTE: a mutação do gen rpoB foi detectada. Significa que existe resistência à rifampicina (rpoB+). Nos casos em que for detectada resistência à rifampicina, qual deve ser o procedimento? Deve-se iniciar tratamento para tuberculose com Esquema Básico e encaminhar o paciente para as referências com Pneumologista, para confirmação e tratamento. A referência secundária deverá solicitar uma cultura para BK com TSA, entrar em contato com a referência terciária e fornecer o cartão Riocard para o paciente. O paciente deverá comparecer na referência terciária na data agendada para o atendimento, quando será coletada uma amostra de escarro para realização de cultura por MGIT.  
  • 5. Resumo da interpretação dos resultados: Nota: se o resultado do Xpert MTB/RIF® for NEGATIVO, não será feito um segundo exame, nem baciloscopia. Assim, um resultado NEGATIVO é suficiente para afastar o diagnóstico de TB. E se houver uma suspeita clínica forte de que determinado caso é tuberculose e o resultado do Xpert MTB/RIF® for NEGATIVO? Neste caso deve ser solicitada uma nova amostra para novo exame de escarro. Se o resultado for NEGATIVO mais uma vez, a cultura para micobactéria deverá ser solicitada. E como fica a rotina do laboratório? Os escarros para DIAGNÓSTICO serão submetidos ao teste Xpert MTB/RIF®. Sempre que o resultado for POSITIVO, será recomendado o início do tratamento de tuberculose. Contudo, nestes casos, a baciloscopia do escarro também será realizada.  
  • 6. Se este teste tem uma sensibilidade maior para detectar TB, por que é necessário realizar o exame baciloscópico nas amostras que foram positivas no Xpert MTB/RIF®? Por duas razões: 1. Para servir como base para o controle do tratamento: o Xpert MTB/RIF® foi validado apenas para DIAGNÓSTICO e não para controle do tratamento. O exame mensal de controle continua a ser a BACILOSCOPIA do escarro. Por este motivo é importante que no pedido do exame, seja assinalado se a amostra é para DIAGNÓSTICO ou para CONTROLE DE TRATAMENTO. 2. Para quantificar o número de casos de TB ativa que foram detectados pelo Xpert MTB/RIF ®, mas que não teriam sido diagnosticados pela baciloscopia. O que interessa neste caso são os resultados discordantes, ou seja, as amostras que foram POSITIVAS no Xpert MTB/RIF®, porém NEGATIVAS na baciloscopia. Xpert MTB/RIF ® POSITIVO ↔ Baciloscopia NEGATIVA Este teste será feito nas amostras de controle de tratamento? Não. O teste foi validado para o DIAGNÓSTICO de tuberculose, mas não para controle do tratamento. Por este motivo é importante preencher corretamente a solicitação de baciloscopia, assinalando se a amostra é para DIAGNÓSTICO ou para ACOMPANHAMENTO (CONTROLE). Os itens “1ª e 2ª amostra” estão relacionados ao exame para DIAGNÓSTICO O item “Mês de tratamento” está relacionado aos exames de CONTROLE Este teste pode ser utilizado para diagnóstico de TB em outros materiais, como líquido pleural e urina? Não. O teste só está validado para utilização em amostras respiratórias como o escarro, escarro induzido ou material de lavado broncoalveolar.  
  • 7. Como deve ser preenchida a ficha de notificação do SINAN-TB? A ficha de notificação do SINAN-TB já foi modificada para incluir o resultado do Xpert MTB/RIF®. Ao notificar um caso de TB cujo diagnóstico se deu através do Xpert MTB/RIF®, o campo 46 deve ser assinalado. Caso receba o resultado de baciloscopia e de Xpert MTB/RIF®, os dois campos (40 e 46) devem ser preenchidos. Local para colocar o  resultado do Xpert  MTB/RIF®  Referências bibliográficas Boehme CC, Nabeta P, Hillemann D, et al. Rapid molecular detection of tuberculosis and rifampin resistance. N Engl J Med 2010;363:1005-15. Small PM, Pai M. Tuberculosis Diagnosis — Time for a Game Change. N Engl J Med 2010;363:1070-71. World Health Organization. Policy statement: automated real-time nucleic acid amplification technology for rapid and simultaneous detection of tuberculosis and rifampicin resistance: Xpert MTB/RIF system. WHO/HTM/TB/2011.4. Disponível em: http://whqlibdoc.who.int/publications/2011/9789241501545_eng.pdf World Health Organization/Stop TB Department. - UPDATE - Implementation and roll-out of Xpert MTB/RIF. Disponível em: http://www.stoptb.org/wg/gli/assets/documents/1_19_300_XpertMTB-RIF  
  • 8.