norberto fariaProfessor de Filosofia e Psicologia - Músico e compositor -Musicoterapia Modelo Benenzon em Colégio Internato dos Carvalhos - Centro Benenzon Portugal
norberto fariaProfessor de Filosofia e Psicologia - Músico e compositor -Musicoterapia Modelo Benenzon em Colégio Internato dos Carvalhos - Centro Benenzon Portugal
2. Etimologicamente, o termo mente vem do
latim mèntem, que tem o significado de
pensar, conhecer, entender, e significa
também medir, visto que alguém que pensa
não faz mais que medir, ponderar as ideias.
Os gregos utilizavam o termo nous para
indicar a mente, a razão, o pensamento, a
intuição.
3. Durante muito tempo,
associou-se a mente
apenas à dimensão
cognitiva:
Raciocínio, dedução,
abstracção, juízos,
conceitos;
Manifestação da
racionalidade humana;
Actividade consciente.
4. Durante o século XX chegou-se à conclusão de que o
funcionamento da mente não se reduz à produção
racional, abstracta de conhecimentos.
A mente passou a ser entendida como a manifestação
total de processos dinâmicos que interagem entre si
de forma complexa, implicando-se mutuamente.
A mente começou assim a ser vista como um
SISTEMA que integra vários processos (cognitivos,
emocionais e conativos).
6. A percepção é um
processo mediante o
qual a informação
sensorial é activamente
organizada e
interpretada pelo
cérebro e que nos ajuda
a compreender o
mundo à nossa volta.
7. SENSAÇÃO PERCEPÇÃO
É a detecção e recepção dos estímulos É a interpretação, organização e
nos órgãos dos sentidos, que são descodificação dos dados sensíveis, feita
traduzidos em impulsos nervosos que são pelo cérebro.
conduzidos ao Sistema Nervoso Central
pera serem processados pelo cérebro. Selecciona, organiza, interpreta, atribui
sentido.
É um processo mental activo, embora
dependa da sensação.
8. A visão que temos do
mundo não é uma
reprodução, mas sim uma
interpretação. Fazemos
uma correcção mental, e
de modo automático, ao
conteúdo da nossa
percepção de modo a
manter a regularidade do
mundo externo.
9. Toda a informação sensorial é captada pelos
sentidos e enviada para diferentes áreas do
cérebro, onde é representada.
Não reproduz o mundo como um espelho,
como uma fotografia, porque o cérebro
constrói uma representação mental ou
imagem da realidade.
10. “É no cérebro que a
papoila se torna
vermelha, que a maçã
se torna aromática,
que a cotovia canta.”
Oscar Wilde
12. INTENSIDADE TAMANHO CONTRASTE
Tendência a percepcionar Tendência para captar objectos Tendência para ser mais sensível a
Os estímulos com maior com tamanhos maiores. estímulos que contrastem no meio.
intensidade.
Figuras grandes num desenho. Um brilho na penumbra, uma erva
Brilho forte, um som alto, uma cor aromática não habitual num prato
berrante… cozinhado…
SURPRESA E NOVIDADE REPETIÇÃO MOVIMENTO
Muito utilizado quando se pretende Tendência para prestar atenção a Tendência para percepcionar mas
chamar a atenção. um estímulo novo e repetitivo. facilmente estímulos em
movimento
Um slogan publicitário.
Uma bola a rodar para chamar a
atenção de um gato.
13. A visão é a percepção de raios luminosos pelo sistema visual. Esta
é a forma de percepção mais estudada pela psicologia da
percepção. A maioria dos princípios gerais da percepção foram
desenvolvidos a partir de teorias especificamente elaboradas para
a percepção visual.
14. A audição é a percepção de sons pelos
ouvidos. A psicologia, a acústica e a
psicoacústica estudam a forma como
percebemos os fenómenos sonoros.
Uma aplicação particularmente
importante da percepção auditiva é a
música.
15. O olfacto é a percepção de odores pelo nariz. Este sentido é
relativamente ténue nos humanos, mas é importante para a
alimentação. A memória olfactiva também tem uma grande
importância afectiva. A perfumaria e a enologia são
aplicações dos conhecimentos de percepção olfactiva.
Em alguns animais, como os cães, a percepção olfactiva é
muito mais desenvolvida e tem uma capacidade de
discriminação e alcance muito maior que nos humanos.
16. O paladar é o sentido de sabores pela
língua. Importante para a alimentação.
Embora seja um dos sentidos menos
desenvolvidos nos humanos, o paladar é
geralmente associado ao prazer e a
sociedade contemporânea muitas vezes
valoriza o paladar sobre os aspectos
nutritivos dos alimentos. A culinária e a
enologia são aplicações importantes da
percepção gustativa. O principal factor
desta modalidade de percepção é a
discriminação de sabores.
17. O tacto é sentido pela pele em todo o corpo. Permite reconhecer
a presença, forma e tamanho de objectos em contacto com o
corpo e também a sua temperatura. Além disso o tacto é
importante para o posicionamento do corpo e a protecção física.
O tacto não é distribuído uniformemente pelo corpo. Os dedos
da mão possuem uma discriminação muito maior que as demais
partes, enquanto algumas partes são mais sensíveis ao calor. O
tacto tem papel importante na afectividade e no sexo.
18. Não existem órgãos específicos
para a percepção do tempo, no
entanto é certo que as pessoas
são capazes de sentir a
passagem do tempo.
A percepção temporal já foi
objecto de diversos estudos
desde o século XIX até os dias de
hoje, em que é estudado por
técnicas de imagem como a
ressonância magnética.
19. Assim como as durações, não possuímos um
órgão específico para a percepção espacial, mas
as distâncias entre os objectos podem ser
efectivamente estimadas. Isso envolve a
percepção da distância e do tamanho relativo
dos objectos.
Aparentemente a percepção espacial é supra-
modal, ou seja, é compartilhada pelas demais
modalidades e utiliza elementos da percepção
auditiva, visual e temporal.
Assim, é possível distinguir se um som procede
especificamente de um objecto visto e se esse
objecto (ou o som) está a aproximar-se ou a
afastar-se.
20. É a capacidade em reconhecer a localização
espacial do corpo, a sua posição e
orientação, a força exercida pelos músculos
e a posição de cada parte do corpo em
relação às demais, sem utilizar a visão.
Este tipo específico de percepção permite a
manutenção do equilíbrio postural e a
realização de diversas actividades práticas.
Resulta da interacção das fibras musculares
que trabalham para manter o corpo na sua
base de sustentação, de informações
tácteis e do sistema vestibular, localizado
no ouvido interno.
21. A teoria da GESTALT foi formulada no início
do século XX por um grupo de Psicólogos
alemães (Wertheimer, Kolher e Koffka).
Gestalt significa forma, padrão, configuração.
Este movimento elaborou um conjunto de
leis que tentaram explicar como a mente, de
forma imediata, interpreta as informações
sensoriais e produz uma percepção
organizada.
22. A principal tese dos
gestaltistas é esta: o
todo é maior que a
soma das partes.
Temos a percepção de
formas unificadas e
não de peças ou
fragmentos.
23. Assim, só reconhecemos
uma melodia ouvindo-a
globalmente: isoladas, as
notas musicais nada
significam. Uma vez
organizada a melodia
damos atenção à forma
conjunta e não a notas
isoladas.
24. O mesmo acontece
quando estamos a ver
um filme de banda
desenhada. Não
vemos as imagens
estáticas que são as
suas partes mas o
movimento, o filme
como um todo.
25. A constância perceptiva
é a capacidade de
percepcionar um objecto
com os seus atributos
básicos, independentes
da variedade sensorial
com que ele se
apresenta.
26. CONSTÂNCIA DA
DIMENSÃO/TAMANHO.
O reconhecimento de que
um objecto continua a ser
o mesmo ou a ter a
mesma dimensão
independentemente da
sua imagem na retina
mudar.
27. CONSTÂNCIA
QUANTO À COR
Capacidade de
percepcionar a cor dos
objectos familiares
como constante,
apesar da sensação de
cor mudar.
28. CONSTÂNCIA
QUANTO À FORMA
A tendência para
percepcionar um
objecto como tendo
uma forma constante
mesmo quando muda a
imagem que é
projectada na retina.
30. "Sem ela [constância perceptiva], o nosso mundo
perceptivo seria caótico. Suponhamos que os nossos
amigos pareciam anões a certa distância e gigantes
quando se aproximavam. Um bebé de colo seria
percebido maior que um adulto, a um metro de
distância. O mecânico que tivesse de escolher um
parafuso ou uma porca de tamanho apropriado de
entre uma grande variedade, a distâncias diversas
dele, enfrentaria uma tarefa desesperada. À medida
que se movesse, mudaria a percepção da grandeza e
da forma dos objectos, tornando-se-lhe impossível
confiar no que via ao interpretar a realidade.»
Kendler, Int. à Psicologia
31. Segundo um estudo de uma uniservidade
inglesa a odrem das lertas numa palarva não
émuito improtante, o que improta é a
premiera e útlima lerta. O resto não é miuto
improtante pois cousegnes ler sem
dilficudade.
32. Quando
percepcionamos, a
primeira coisa que
fazemos é separar a
figura do fundo. A
nossa atenção
selecciona partes da
imagem e forma a
percepção consoante
a escolha feita.
35. Tendência para
agrupar os
estímulos
recebidos num
todo coerente.
36. PROXIMIDADE
Quando
percepcionamos um
aglomerado de
objectos (estímulos
perceptivos),
tendemos a ver os
objectos que estão
próximos uns dos
outros como
formando um grupo
ou unidade.
37. SEMELHANÇA
Os objectos
semelhantes ou
em posição
semelhante
são, por
tendência, agrupa
dos juntos ou
vistos como uma
unidade.
38. FECHAMENTO
Figuras
incompletas
tendem a ser
vistas como
completas.
39. O sujeito ao percepcionar estímulos pode
atribuir-lhes significações inadequadas,
estabelecendo certa discrepância entre o real
e percepção do mesmo.
Tal discrepância pode ser mais ou menos
acentuada, permitindo que em certos casos
falemos de falsa percepções, ou de distúrbios
perceptivos.
40. Agnosias – se
determinadas áreas
cerebrais forem
afectadas, o indivíduo
perde total ou
parcialmente as
capacidades
perceptivas. Existem
diversos tipos de
agnosias como sejam a
visual, a auditiva e a
somatossensorial.
41. Alucinações – são
“percepções sem
objecto”, na medida em
que o indivíduo que as
experimenta passa por
uma experiência
psicológica interna que
o leva a comportar-se
como se os estímulos
externos existissem de
facto.
42. Ilusões – as ilusões
perceptivas ou
sensoriais resultam
duma deformação
dos estímulos reais,
pois muitas vezes o
cérebro engana-se:
discrepância entre a
grandeza física e a
perceptiva.
43. O ESTUDANTE DISSE O PROFESSOR É PARVO.
O ESTUDANTE, DISSE O PROFESSOR, É PARVO.
O ESTUDANTE DISSE: O PROFESSOR É PARVO.
44. Pessoas que vivem em
regiões sem
estradas, cujas linhas
convergem num certo
ponto, sem casa
rectangulares com
telhados que fazem
ângulos, não estão
familiarizadas com o tipo
de indicadores que dão
origem a esta ilusão
perceptiva.
45. Os pigmeus que vivem nas densas florestas do
Congo raramente vêem objectos a longa
distância. O antropólogo Colin Turnbull observou
que, quando os pigmeus dessas áreas viajavam
para as savanas e viam búfalos no horizonte,
pensavam que os animais eram pequenos
insectos e não volumosos mamíferos. A falta de
experiência com objectos distantes explica a sua
incapacidade para percepcionar a permanência
do tamanho dos objectos.