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AULA 03: LÓGICA PROPOSICIONAL
SUMÁRIO PÁGINA
1. Teoria 01
2. Resolução de questões 20
3. Lista das questões apresentadas na aula 52
4. Gabarito 63
Olá!
Vamos dar início à nossa terceira aula. Hoje veremos a teoria de estruturas
lógicas e lógica de argumentação. Resolveremos vários exercícios para você
começar a fixar os conceitos.
Lembre-se que este tema é um dos focos do seu edital. Sugiro que você
sempre tente resolver os exercícios antes de ler a minha resolução. E, sempre que
preciso, retorne aos pontos teóricos nos quais você encontre dificuldade.
1. TEORIA
1.1 Introdução
Para começar este assunto, você precisa saber que uma proposição é uma
frase que admita um valor lógico (V – verdadeiro ou F – falso). Ex.: A bola é azul.
Veja que não existe meio termo: ou a bola é realmente de cor azul, tornando a
proposição verdadeira, ou a bola é de outra cor, sendo a proposição falsa. Observe
que nem toda frase pode ser considerada uma proposição. Por exemplo, a
exclamação “Bom dia!” não pode ser classificada como verdadeira ou falsa. O
mesmo ocorre com as frases “Qual o seu nome?” ou “Vá dormir”, que também não
têm um valor lógico (V ou F). No estudo de lógica de argumentação, usamos letras
minúsculas (principalmente p, q e r) para simbolizar uma proposição.
É importante também conhecer alguns princípios relativos às proposições. O
princípio da não-contradição diz que uma proposição não pode ser, ao mesmo
tempo, Verdadeira e Falsa. Ou uma coisa ou outra. Já o princípio da exclusão do
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terceiro termo diz que não há um meio termo entre Verdadeiro ou Falso. Portanto,
se temos uma proposição p (exemplo: “2 mais 2 não é igual a 7”), sabemos que:
- se essa frase é verdadeira, então ela não pode ser falsa, e vice-versa (não-
contradição), e
- não é possível que essa frase seja “meio verdadeira” ou “meio falsa”, ela deve ser
somente Verdadeira ou somente Falsa (exclusão do terceiro termo).
Uma observação importante: não se preocupe tanto com o conteúdo da
proposição. Quem nos dirá se a proposição é verdadeira ou falsa é o enunciado do
exercício. Ao resolver exercícios você verá que, a princípio, consideramos todas as
proposições fornecidas como sendo verdadeiras, a menos que o exercício diga o
contrário. Se um exercício disser que a proposição “2 + 2 = 7” é Verdadeira, você
deve aceitar isso, ainda que saiba que o conteúdo dela não é realmente correto. Isto
porque estamos trabalhando com Lógica formal.
Vejamos duas proposições exemplificativas:
p: Chove amanhã.
q: Eu vou à escola.
Note que, de fato, p e q são duas proposições, pois cada uma delas pode ser
Verdadeira ou Falsa.
Duas ou mais proposições podem ser combinadas, criando proposições
compostas, utilizando para isso os operadores lógicos. Vamos conhecê-los
estudando as principais formas de proposições compostas. Para isso, usaremos
como exemplo as duas proposições que já vimos acima. Vejamos como podemos
combiná-las:
a) Conjunção (“e”): trata-se de uma combinação de proposições usando o
operador lógico “e”, ou seja, do tipo “p e q”. Por exemplo: “Chove amanhã e eu
vou à escola”. Utilizamos o símbolo ^ para representar este operador. Ou seja,
ao invés de escrever “p e q”, podemos escrever “ p q∧ ”.
Veja que, ao dizer que “Chove amanhã e eu vou à escola”, estou afirmando que
as duas coisas acontecem (chover e ir à escola). Em outras palavras, esta
proposição composta só pode ser Verdadeira se as duas proposições simples que
a compõem forem verdadeiras, isto é, acontecerem. Se chover e, mesmo assim, eu
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não for à escola, significa que a conjunção acima é Falsa. Da mesma forma, se não
chover e mesmo assim eu for à escola, a expressão acima também é Falsa.
Portanto, para analisar se a proposição composta é Verdadeira ou Falsa,
devemos olhar cada uma das proposições que a compõem. Já vimos que se p
acontece (p é Verdadeira) e q acontece (q é Verdadeira), a expressão p e q é
Verdadeira. Esta é a primeira linha da tabela abaixo. Já se p acontece (V), isto é, se
chove, e q não acontece (F), ou seja, eu não vou à escola, a expressão inteira
torna-se falsa. Isto também ocorre se p não acontece (F) e q acontece (V). Estas
são as duas linhas seguintes da tabela abaixo. Finalmente, se nem p nem q
acontecem (ambas são Falsas), a expressão inteira também será falsa. Veja esta
tabela:
Valor lógico de p
(“Chove amanhã”)
Valor lógico de q
(“Eu vou à escola”)
Valor lógico de p e q
( p q∧ )
V V V
V F F
F V F
F F F
A tabela acima é chamada de tabela-verdade da proposição combinada “p e q”.
Nesta tabela podemos visualizar que a única forma de tornar a proposição
verdadeira ocorre quando tanto p quanto q são verdadeiras. E que, para desmenti-
la (tornar toda a proposição falsa), basta provar que pelo menos uma das
proposições que a compõem é falsa.
b) Disjunção (“ou”): esta é uma combinação usando o operador “ou”, isto é, “p ou
q” (também podemos escrever p q∨ ). Ex.: “Chove amanhã ou eu vou à escola”.
Veja que, ao dizer esta frase, estou afirmando que pelo menos uma das coisas
vai acontecer: chover amanhã ou eu ir à escola. Se uma delas ocorrer, já estou
dizendo a verdade, independentemente da outra ocorrer ou não. Agora, se
nenhuma delas acontecer (não chover e, além disso, eu não for à escola), a minha
frase estará falsa. A tabela abaixo resume estas possibilidades:
Valor lógico de p
(“Chove amanhã”)
Valor lógico de q
(“Eu vou à escola”)
Valor lógico de p ou q
( p q∨ )
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V V V
V F V
F V V
F F F
Como você pode ver na coluna da direita, a única possibilidade de uma
Disjunção do tipo p ou q ser falsa ocorre quando tanto p quanto q não acontecem,
isto é, são falsas.
Talvez você tenha estranhado a primeira linha da tabela. Na língua
portuguesa, “ou” é utilizado para representar alternativas excludentes entre si (isto
é, só uma coisa poderia acontecer: chover ou então eu ir à escola). Assim, talvez
você esperasse que, caso p fosse verdadeira e q também fosse verdadeira, a frase
inteira seria falsa. Veja que isto não ocorre aqui. Veremos isso no próximo item, ao
estudar a disjunção exclusiva.
c) Disjunção exclusiva (Ou exclusivo): esta é uma combinação do tipo “ou p ou
q” (simbolizada por p q⊕ ). Ex.: “Ou chove amanhã ou eu vou à escola”.
Aqui, ao contrário da Disjunção que vimos acima, a proposição composta só é
verdadeira se uma das proposições for verdadeira e a outra for falsa. Isto é, se eu
digo “Ou chove amanhã ou eu vou à escola”, porém as duas coisas ocorrem
(amanhã chove e, além disso, eu vou à escola), a frase será falsa como um todo.
Veja abaixo a tabela-verdade deste operador lógico, chamado muitas vezes de “Ou
exclusivo”, em oposição ao “ou” alternativo que vimos acima:
Valor lógico de p
(“Chove amanhã”)
Valor lógico de q
(“Eu vou à escola”)
Valor lógico de Ou p ou
q
( p q⊕ )
V V F
V F V
F V V
F F F
Marquei em vermelho a única mudança que temos em relação ao caso
anterior.
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d) Condicional (implicação): uma condicional é uma combinação do tipo “se p,
então q” (simbolizada por p q→ ). Usando o nosso exemplo, podemos montar a
proposição composta “Se chove amanhã, eu vou à escola”.
Esta é a proposição composta mais comum em provas de concurso. Chamamos
este caso de Condicional porque temos uma condição (“se chove amanhã”) que,
caso venha a ocorrer, faz com que automaticamente a sua consequência (“eu vou à
escola”) tenha que acontecer. Isto é, se p for Verdadeira, isto obriga q a ser
também Verdadeira.
Se a condição p (“se chove amanhã”) não ocorre (é Falsa), q pode ocorrer (V)
ou não (F), e ainda assim a frase é Verdadeira. Porém se a condição ocorre (p é V)
e o resultado não ocorre (q é F), estamos diante de uma proposição composta que
é Falsa como um todo. Tudo o que dissemos acima leva a esta tabela:
Valor lógico de p
(“Chove amanhã”)
Valor lógico de q
(“Eu vou à escola”)
Valor lógico de Se p,
então q ( p q→ )
V V V
V F F
F V V
F F V
e) Bicondicional (“se e somente se”): uma bicondicional é uma combinação do
tipo “p se e somente se q” (simbolizada por p q↔ ). Ex.: “Chove amanhã se e
somente se eu vou à escola”.
Quando alguém nos diz a frase acima, ela quer dizer que, necessariamente,
as duas coisas acontecem juntas (ou então nenhuma delas acontece). Assim,
sabendo que amanhã chove, já sabemos que a pessoa vai à escola. Da mesma
forma, sabendo que a pessoa foi à escola, então sabemos que choveu. Por outro
lado, sabendo que não choveu, sabemos automaticamente que a pessoa não foi à
escola.
Note, portanto, que a expressão p q↔ só é verdadeira quando tanto p
quanto q acontecem (são Verdadeiras), ou então quando ambas não acontecem
(são Falsas). Se ocorrer outro caso (chover e a pessoa não for à escola, por
exemplo), a expressão p q↔ é Falsa. Isso está resumido na tabela abaixo:
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Valor lógico de p
(“Chove amanhã”)
Valor lógico de q
(“Eu vou à escola”)
Valor lógico de p se e
somente se q ( p q↔ )
V V V
V F F
F V F
F F V
Novamente, marquei em vermelho a única coisa que mudou em relação à
condicional p q→ .
1.2 Negação de proposições simples
Representamos a negação de uma proposição simples “p” pelo símbolo “~p”
(leia não-p).Também podemos usar a notação
p¬ , que é menos usual. Sabemos
que o valor lógico de “p” e “~p” são opostos, isto é, se p é uma proposição
verdadeira, ~p será falsa, e vice-versa.
Quando temos uma proposição simples (por ex.: “Chove agora”, “Todos os
nordestinos são fortes”, “Algum brasileiro é mineiro”), podemos negar essa
proposição simplesmente inserindo “Não é verdade que...” em seu início. Veja:
- Não é verdade que chove agora
- Não é verdade que todos os nordestinos são fortes
- Não é verdade que algum brasileiro é mineiro
Entretanto, na maioria dos exercícios serão solicitadas outras formas de
negar uma proposição. Para descobrir a negação, basta você se perguntar: o que
eu precisaria fazer para provar que quem disse essa frase está mentindo? Se você
for capaz de desmenti-lo, você será capaz de negá-lo.
Se João nos disse que “Chove agora”, bastaria confirmar que não está
chovendo agora para desmenti-lo. Portanto, a negação seria simplesmente “Não
chove agora”.
Entretanto, caso João nos diga que “Todos os nordestinos são fortes”,
bastaria encontrarmos um único nordestino que não fosse forte para desmenti-lo.
Portanto, a negação desta afirmação pode ser, entre outras possibilidades:
- “Pelo menos um nordestino não é forte”
- “Algum nordestino não é forte”
- “Existe nordestino que não é forte”
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Já se João nos dissesse que “Algum nordestino é forte”, basta que um único
nordestino seja realmente forte para que a frase dele seja verdadeira. Portanto, aqui
é mais difícil desmenti-lo, pois precisaríamos analisar todos os nordestinos e
mostrar que nenhum deles é forte. Assim, a negação seria, entre outras
possibilidades:
- “Nenhum nordestino é forte”
- “Não existe nordestino forte”
A tabela abaixo resume as principais formas de negação de proposições
simples. Veja que, assim como você pode usar as da coluna da direita para negar
frases com as expressões da coluna da esquerda, você também pode fazer o
contrário.
Proposição “p” Proposição “~p”
Meu gato é preto Meu gato não é preto
Todos gatos são pretos Algum/pelo menos um/existe gato (que) não
é preto
Nenhum gato é preto Algum/pelo menos um/existe gato (que) é
preto
Note ainda que ~(~p) = p, isto é, a negação da negação de p é a própria
proposição p. Isto é, negar duas vezes é igual a falar a verdade.
1.3 Negação de proposições compostas
Quando temos alguma das proposições compostas (conjunção, disjunção,
disjunção exclusiva, condicional ou bicondicional), podemos utilizar o mesmo truque
para obter a sua negação: buscar uma forma de desmentir quem estivesse falando
aquela frase. Vejamos alguns exemplos:
a) Conjunção: “Chove hoje e vou à praia”. Se João nos diz essa frase, ele está
afirmando que as duas coisas devem ocorrer (se tiver dúvida, retorne à tabela-
verdade da conjunção). Isto é, para desmenti-lo, bastaria provar que pelo menos
uma delas não ocorre. Isto é, a primeira coisa não ocorre ou a segunda coisa não
ocorre (ou mesmo as duas não ocorrem). Veja que para isso podemos usar uma
disjunção, negando as duas proposições simples como aprendemos no item
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anterior: “Não chove hoje ou não vou à praia”. Da mesma forma, se João tivesse
dito “Todo nordestino é forte e nenhum gato é preto”, poderíamos negar utilizando
uma disjunção, negando as duas proposições simples: “Algum nordestino não é
forte ou algum gato é preto”.
b) Disjunção: “Chove hoje ou vou à praia”. Essa afirmação é verdadeira se pelo
menos uma das proposições simples for verdadeira. Portanto, para desmentir quem
a disse, precisamos provar que as duas coisas não acontecem, isto é, as duas
proposições são falsas. Assim, a negação seria uma conjunção: “Não chove hoje e
não vou à praia”. Já a negação de “Todo nordestino é forte ou nenhum gato é preto”
seria “Algum nordestino não é forte e algum gato é preto”.
c) Disjunção exclusiva: “Ou chove hoje ou vou à praia”. Recorrendo à tabela-
verdade, você verá que a disjunção exclusiva só é verdadeira se uma, e apenas
uma das proposições é verdadeira, sendo a outra falsa. Assim, se mostrássemos
que ambas são verdadeiras, ou que ambas são falsas, estaríamos desmentindo o
autor da frase. Para isso, podemos usar uma bicondicional: “Chove hoje se e
somente se eu vou à praia”. Veja que esta frase indica que ou acontecem as duas
coisas (chover e ir à praia) ou não acontece nenhuma delas.
d) Condicional: “Se chove hoje, então vou à praia”. Lembra-se que a condicional só
é falsa caso a condição (p) seja verdadeira e o resultado (q) seja falso? Portanto, é
justamente isso que deveríamos provar se quiséssemos desmentir o autor da frase.
A seguinte conjunção nos permite negar a condicional: “Chove hoje e não vou à
praia”.
e) Bicondicional: “Chove hoje se e somente se vou à praia”. O autor da frase está
afirmando que as duas coisas (chover e ir à praia) devem ocorrer juntas, ou então
nenhuma delas pode ocorrer. Podemos desmenti-lo provando que uma das coisas
ocorre (é verdadeira) enquanto a outra não (é falsa). A disjunção exclusiva nos
permite fazer isso: “Ou chove hoje, ou vou à praia”.
Veja na tabela abaixo as principais formas de negação de proposições
compostas:
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Proposição composta Negação
Conjunção ( p q∧ )
Ex.: Chove hoje e vou à praia
Disjunção (~ ~p q∨ )
Ex.: Não chove hoje ou não vou à praia
Disjunção ( p q∨ )
Ex.: Chove hoje ou vou à praia
Conjunção (~ ~p q∧ )
Ex.: Não chove hoje e não vou à praia
Disjunção exclusiva ( p q⊕ )
Ex.: Ou chove hoje ou vou à praia
Bicondicional ( p q↔ )
Ex.: Chove hoje se e somente se vou à praia
Condicional ( p q→ )
Ex.: Se chove hoje, então vou à praia
Conjunção ( ~p q∧ )
Ex.: Chove hoje e não vou à praia
Bicondicional ( p q↔ )
Ex.: Chove hoje se e somente se vou à
praia.
Disjunção exclusiva ( p q⊕ )
Ex.: Ou chove hoje ou vou à praia
1.4 Construção da tabela-verdade de proposições compostas
Alguns exercícios podem exigir que você saiba construir a tabela-verdade de
proposições compostas. Para exemplificar, veja a proposição [(~ ) ]A B C∨ ∧ . A
primeira coisa que você precisa saber é que a tabela-verdade desta proposição terá
sempre 2n
linhas, onde n é o número de proposições simples envolvidas. Como só
temos 3 proposições simples (A, B e C), esta tabela terá 23
, ou seja, 8 linhas.
Para montar a tabela verdade de uma expressão como [(~ ) ]A B C∨ ∧ ,
devemos começar escrevendo criando uma coluna para cada proposição e, a
seguir, colocar todas as possibilidades de combinações de valores lógicos (V ou F)
entre elas:
Valor lógico
de A
Valor lógico
de B
Valor lógico
de C
V V V
V V F
V F V
V F F
F V V
F V F
F F V
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F F F
Agora, note que em [(~ ) ]A B C∨ ∧ temos o termo ~B entre parênteses.
Devemos, portanto, criar uma nova coluna na nossa tabela, inserindo os valores de
~B. Lembre-se que os valores de não-B são opostos aos valores de B (compare as
colunas em amarelo):
Valor lógico
de A
Valor lógico
de B
Valor lógico
de C
Valor lógico
de ~B
V V V F
V V F F
V F V V
V F F V
F V V F
F V F F
F F V V
F F F V
Agora que já temos os valores lógicos de ~B, e também temos os de C,
podemos criar os valores lógicos da expressão entre colchetes: [(~ ) ]B C∧ . Observe
que se trata de uma conjunção (“e”), que só tem valor lógico V quando ambos os
membros (no caso, ~B e C) são V:
Valor lógico
de A
Valor lógico
de B
Valor lógico
de C
Valor lógico
de ~B
Valor lógico
de [(~ ) ]B C∧
V V V F F
V V F F F
V F V V V
V F F V F
F V V F F
F V F F F
F F V V V
F F F V F
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Agora que já temos os valores lógicos de A e também os valores lógicos de
[(~ ) ]B C∧ , podemos analisar os valores lógicos da disjunção [(~ ) ]A B C∨ ∧ .
Lembre-se que uma disjunção só é F quando ambos os seus membros são F
(marquei esses casos em amarelo):
Valor
lógico de
A
Valor
lógico de
B
Valor
lógico de
C
Valor
lógico de
~B
Valor lógico
de
[(~ ) ]B C∧
Valor lógico
de
[(~ ) ]A B C∨ ∧
V V V F F V
V V F F F V
V F V V V V
V F F V F V
F V V F F F
F V F F F F
F F V V V V
F F F V F F
Assim, podemos omitir a 4ª e 5ª coluna, de modo que a tabela-verdade da
expressão [(~ ) ]A B C∨ ∧ é:
Valor
lógico de
A
Valor
lógico de
B
Valor
lógico de
C
Valor lógico
de
[(~ ) ]A B C∨ ∧
V V V V
V V F V
V F V V
V F F V
F V V F
F V F F
F F V V
F F F F
Veja que essa tabela nos dá os valores lógicos da expressão [(~ ) ]A B C∨ ∧
para todos os possíveis valores das proposições simples que a compõem (A, B e
C).
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1.5 Tautologia e contradição
Ao construir tabelas-verdade para expressões, como fizemos acima,
podemos verificar que uma determinada expressão sempre é verdadeira,
independente dos valores lógicos das proposições simples que a compõem. Trata-
se de uma tautologia. Por outro lado, algumas expressões podem ser sempre
falsas, independente dos valores das proposições que a compõem. Neste caso,
estaremos diante de uma contradição. Vejamos alguns exemplos:
a) Veja abaixo a tabela-verdade de ~p p∧ (ex.: Sou bonito e não sou bonito). Pela
simples análise desse exemplo, já vemos uma contradição (não dá para ser bonito e
não ser ao mesmo tempo). Olhando na coluna da direita dessa tabela, vemos que
ela é falsa para todo valor lógico de p:
Valor lógico de p Valor lógico de ~p Valor lógico de
~p p∧
V F F
F V F
Obs.: notou que essa tabela-verdade possui apenas duas linhas? Isso porque temos
apenas 1 proposição simples (p), e 21
= 2.
b) Veja abaixo a tabela-verdade de ~p p∨ (ex.: Sou bonito ou não sou bonito). Pela
simples análise desse exemplo, já vemos uma tautologia (essa frase sempre será
verdadeira, independente da minha beleza). Olhando na coluna da direita dessa
tabela, vemos que ela é verdadeira para todo valor lógico de p:
Valor lógico de p Valor lógico de ~p Valor lógico de
~p p∨
V F V
F V V
A maioria das proposições compostas apresenta valor Verdadeiro para
algumas combinações de valores lógicos das suas proposições simples, e Falso
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para outras combinações. Essas proposições compostas, que não são Tautologias
e nem Contradições, são conhecidas como Contingências.
1.6 Equivalência de proposições lógicas
Dizemos que duas proposições lógicas são equivalentes quando elas
possuem a mesma tabela-verdade. Como exemplo, vamos verificar se as
proposições p q→ e ~ ~q p→ são equivalentes.
Faremos isso calculando a tabela verdade das duas, para poder compará-las.
Mas intuitivamente você já poderia ver que elas são equivalentes. Imagine que
p q→ é “Se chove, então vou à praia”. Sabemos que se a condição (chove) ocorre,
necessariamente o resultado (vou à praia) ocorre. Portanto, se soubermos que o
resultado não ocorreu (não vou à praia), isso implica que a condição não pode ter
ocorrido (não chove). Isto é, podemos dizer que “Se não vou à praia, então não
chove”. Ou seja, ~ ~q p→ .
A tabela-verdade de p q→ encontra-se abaixo. Calcule-a sozinho, para
exercitar:
Valor
lógico de
p
Valor
lógico de q
Valor
lógico de
p q→
V V V
V F F
F V V
F F V
Já a tabela-verdade de ~ ~q p→ foi obtida abaixo:
Valor
lógico de
p
Valor
lógico de q
Valor
lógico de
~q
Valor
lógico de
~p
Valor lógico
de ~ ~q p→
V V F F V
V F V F F
F V F V V
F F V V V
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Repare na coluna da direita de cada tabela. Percebeu que são iguais? Isso
nos permite afirmar que ambas as proposições compostas são equivalentes.
Veja ainda a tabela verdade de ~p ou q:
Valor lógico
de p
Valor
lógico de q
Valor lógico
de ~p
Valor lógico
de ~p ou q
V V F V
V F F F
F V V V
F F V V
Perceba que a tabela-verdade de ~p ou q é igual às duas anteriores (p q e
~q ~p). Assim, essas 3 proposições são equivalentes.
Não usei este exemplo à toa. Ele cai bastante em concursos, portanto é bom
você gravar: p q→ , ~ ~q p→ e ~p ou q são proposições equivalentes!!!
1.6.1 Leis de De Morgan
O seu edital cobrou ainda duas equivalências lógicas conhecidas como Leis
de De Morgan. São elas:
a) ~ ( )p q∧ é equivalente a ~ ~p q∨
Observe que esta equivalência simplesmente nos diz que a negação de “p e
q” é dada por “não-p ou não-q”, como já vimos. Exemplo: sendo p = faz sol, e q =
vou à praia, as duas sentenças abaixo são equivalentes:
- Não é verdade que faz sol e vou à praia
- Não faz sol ou não vou à praia
b) ~ ( )p q∨ é equivalente a ~ ~p q∧
Repare que esta equivalência simplesmente nos diz que a negação de “p ou
q” é dada por “não-p e não-q”, como foi visto anteriormente. Exemplo: usando as
mesmas proposições p e q, as sentenças abaixo são equivalentes:
- Não é verdade que faz sol ou vou à praia
- Não faz sol e não vou à praia
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Vamos demonstrar as duas equivalências acima montando as respectivas
tabelas-verdade. Começando pela primeira equivalência, temos:
p q ~p ~q p q∧ p q∨ ~ ( )p q∧ ~ ~p q∨ ~ ( )p q∨ ~ ~p q∧
V V F F V V F F F F
V F F V F V V V F F
F V V F F V V V F F
F F V V F F V V V V
Observe que as colunas de ~ ( )p q∧ e ~ ~p q∨ são iguais, demonstrando
que essas duas proposições são equivalentes. Da mesma forma, as colunas de
~ ( )p q∨ e ~ ~p q∧ são iguais.
Se você se lembrar dessas duas equivalências em sua prova, assim como da
equivalência da condicional p q que vimos anteriormente, você tem boa chance
de conseguir resolver várias questões sem a necessidade de esquematizar tabelas-
verdade.
1.7 Condição necessária e condição suficiente
Quando temos uma condicional p q, sabemos que se a condição p
acontecer, com certeza o resultado q deve acontecer (para que p q seja uma
proposição verdadeira). Portanto, podemos dizer que p acontecer é suficiente para
afirmarmos que q acontece. Em outras palavras, p é uma condição suficiente para
q.
Por exemplo, se dissermos “Se chove, então o chão fica molhado”, é
suficiente saber que chove para afirmarmos que o chão fica molhado. Chover é uma
condição suficiente para que o chão fique molhado. Por outro lado, podemos dizer
que sempre que chove, o chão fica molhado. É necessário que o chão fique
molhado para podermos afirmar chove. Portanto, “o chão fica molhado” é uma
condição necessária para podermos dizer que chove (se o chão estivesse seco,
teríamos certeza de que não chove). Ou seja, q é uma condição necessária para p.
Resumidamente, quando temos uma condicional p q, podemos afirmar que
p é suficiente para q, e, por outro lado, q é necessária para p.
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Por outro lado, quando temos uma bicondicional p q↔ , podemos dizer que
p é necessária e suficiente para q, e vice-versa. Para a proposição “Chove se e
somente se o chão fica molhado” ser verdadeira, podemos dizer que é preciso
(necessário) que chova para que o chão fique molhado. Não é dada outra
possibilidade. E é suficiente saber que chove para poder afirmar que o chão fica
molhado. Da mesma forma, é suficiente saber que o chão ficou molhado para
afirmar que choveu; e a única possibilidade de ter chovido é se o chão tiver ficado
molhado, isto é, o chão ter ficado molhado é necessário para que tenha chovido.
1.8 Proposições abertas
Proposições abertas são proposições que possuem uma ou mais variáveis,
como o exemplo abaixo (do tipo p q):
“Se 2X é divisível por 5, então X é divisível por 5”
Temos a variável X nessa frase, que pode assumir diferentes valores. Se X
for igual a 10, teremos:
“Se 20 é divisível por 5, então 10 é divisível por 5”
Esta frase é verdadeira, pois p é V e q é V.
Se X = 11, teremos:
“Se 22 é divisível por 5, então 11 é divisível por 5”
Esta frase é verdadeira, pois p é F e q também é F.
Já se X = 12.5, teremos:
“Se 25 é divisível por 5, então 12.5 é divisível por 5”
Agora a frase é falsa, pois p é V e q é F!
Portanto, quando temos uma proposição aberta, não podemos afirmar de
antemão que ela é verdadeira ou falsa, pois isso dependerá do valor que as
variáveis assumirem.
1.9 Argumentos
Veja o exemplo abaixo:
a: Todo nordestino é loiro
b: José é nordestino
Conclusão: Logo, José é loiro.
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Temos premissas (a e b) e uma conclusão que é derivada daquelas
premissas. Isso é um argumento: um conjunto de premissas que leva a uma
conclusão.
Dizemos que um argumento é verdadeiro se, aceitando que as premissas
são verdadeiras, a conclusão é verdadeira. Veja que não nos interessa aqui
questionar a realidade das premissas. Todos nós sabemos que dizer que “todo
nordestino é loiro” é uma inverdade. Mas o que importa é que, se assumirmos que
todos os nordestinos são loiros, e também assumirmos que José é nordestino, a
conclusão lógica é que José deve ser loiro.
Os argumentos podem ter diversas premissas. Entretanto, o tipo de
argumento que vimos acima, com 2 premissas e 1 conclusão, é chamado de
silogismo. Note que temos uma PREMISSA MAIOR, mais geral (todo nordestino é
loiro); uma PREMISSA MENOR, mais específica (José é nordestino); e uma
CONCLUSÃO (Logo, José é loiro).
Sofisma ou falácia é um raciocínio errado com aparência de verdadeiro.
Consiste em chegar a uma conclusão inválida a partir de premissas válidas, ou
mesmo a partir de premissas contraditórias entre si. Por exemplo:
Premissa 1: A maioria dos políticos é corrupta.
Premissa 2: João é político.
Conclusão: Logo, João é corrupto.
Veja que o erro aqui foi a generalização. Uma coisa é dizer que a maioria dos
políticos é corrupta, outra é dizer que todos os políticos são corruptos. Não é
possível concluir que João é corrupto, já que ele pode fazer parte da minoria, isto é,
do grupo dos políticos que não são corruptos.
Observe esta outra falácia:
Premissa 1: Se faz sol no domingo, então vou à praia.
Premissa 2: Fui à praia no último domingo.
Conclusão: Logo, fez sol no último domingo.
A primeira premissa é do tipo condicional, sendo formada por uma condição
(se faz sol...) e um resultado (então vou à praia). Com base nela, podemos assumir
que se a condição ocorre (isto é, se efetivamente faz sol), o resultado
obrigatoriamente tem de acontecer. Mas não podemos assumir o contrário, isto é,
que caso o resultado ocorra (ir à praia), a condição ocorreu. Isto é, eu posso ter ido
à praia mesmo que não tenha feito sol no último domingo.
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1.10 Lógica de Primeira Ordem
A lógica de primeira ordem é uma extensão da lógica proposicional que
estudamos até aqui. Nela são utilizados diversos símbolos matemáticos para
escrever sentenças que podem assumir os valores lógicos V ou F. Aqui temos
sentenças abertas, isto é, sentenças onde existe uma ou mais variáveis que podem
assumir diversos valores, tornando a proposição V ou F, conforme o caso. Para
você entender melhor do que estamos tratando, vejamos um exemplo. Tente ler a
expressão abaixo:
( )( )( 0)x x x∃ ∈ <ℝ
Esta expressão pode ser lida assim: “existe valor x pertencente ao conjunto
dos números reais tal que x é menor do que zero”. Observe que, uma vez
“decifrada” a expressão, é muito fácil julgá-la como V ou F. De fato existem valores
no conjunto dos números reais que são menores do que 0, portanto essa
proposição é Verdadeira. Exemplificando, x = -5 ou então x = -17,45 são alguns
exemplos de valores x que pertencem aos números reais e são menores do que 0.
Por outro lado, veja a expressão abaixo:
( )( )( 0)x x x∀ ∈ <ℝ
Veja que simplesmente trocamos o símbolo ∃ por ∀ . Agora, a expressão é
lida assim: “todo valor x pertencente ao conjunto dos números reais é menor do que
zero”. Veja que essa simples troca de símbolo torna essa proposição Falsa, pois
existem valores no conjunto dos números reais que NÃO são menores do que zero.
Exemplificando, x = 0 e x = 3 são valores superiores a zero.
Façamos agora mais uma pequena modificação na primeira proposição:
( )( )( 0)x x x∃ ∈ <ℕ
Agora substituímos o conjunto dos números reais pelo conjunto dos números
naturais: “existe valor x pertencente ao conjunto dos números naturais que é menor
do que zero”. Esta alteração também torna a sentença Falsa, pois o conjunto dos
números naturais não possui nenhum número negativo.
Portanto, repare que, no estudo da lógica de primeira ordem, faz-se
necessário se habituar ao uso de alguns símbolos matemáticos. Os principais são:
x∃ existe x...
x∀ para todo x..., ou: qualquer x...
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∈ pertence
∉ não pertence
ℕ conjunto dos números naturais
ℤ conjunto dos números inteiros
ℚ conjunto dos números racionais
ℝ conjunto dos números reais
∅ vazio
Também é bom lembrar quais elementos compõem cada um dos principais
conjuntos numéricos que citei acima:
- Números naturais (ℕ ): números positivos construídos com os algarismos de 0 a 9, sem
casas decimais. Ex.: {0, 1, 2, 3 …, 15, 16, 17... }
- Números inteiros (ℤ ): números naturais positivos e negativos. Ex.: {... -3, -2, -1, 0, 1, 2,
3...}
- Números racionais (ℚ ): aqueles que podem ser representados pela divisão de 2 números
inteiros. Ex.: frações (1/2, 3/5, -13/25 etc.); números decimais de representação finita (1,25;
-2,45 etc.); dízimas periódicas (ex.: 0,36363636...).
- Números reais (ℝ ): números racionais e irracionais juntos (os irracionais são aqueles
números que possuem infinitas casas decimais que não se repetem. Ex.: 3,141592...π =
Veja que o conjunto dos números reais contém todos os demais conjuntos, enquanto
conjunto dos números racionais contém os números inteiros e naturais, e o conjunto dos
números inteiros contém o dos números naturais.
No estudo da lógica de primeira ordem, temos proposições da forma P(x), onde a
proposição P apresenta uma determinada característica a respeito dos elementos x que
compõem um conjunto C. Essa característica é apresentada nos predicados destas
proposições. Em nosso exemplo, a característica era “x < 0”.
Chamamos P(x) de proposição funcional, pois o seu valor lógico (V ou F) é função
do conjunto C e do próprio significado da proposição. Podemos ter também proposições
funcionais baseadas em mais de uma variável (ex.: P(x, y, z)).
Ao longo desta e das próximas aulas veremos algumas questões envolvendo lógica
de primeira ordem, onde você poderá exercitar os conceitos aqui mencionados.
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2. RESOLUÇÃO DE QUESTÕES
1. CESPE – TRE/BA – 2009) A negação da proposição “O presidente é o membro
mais antigo do tribunal e o corregedor é o vice-presidente” é “O presidente é o
membro mais novo do tribunal e o corregedor não é o vice-presidente”.
RESOLUÇÃO:
Para desmentir o autor da primeira frase (que é uma conjunção),
precisaríamos provar que pelo menos uma das suas afirmações não é verdadeira.
Assim, a negação seria simplesmente: O presidente não é o membro mais antigo do
tribunal OU o corregedor não é o vice-presidente. Item ERRADO.
Resposta: E
2. CESPE – STF – 2008)
Filho meu, ouve minhas palavras e atenta para meu conselho.
A resposta branda acalma o coração irado.
O orgulho e a vaidade são as portas de entrada da ruína do homem.
Se o filho é honesto então o pai é exemplo de integridade.
Tendo como referência as quatro frases acima, julgue o itens seguintes.
( ) A primeira frase é composta por duas proposições lógicas simples unidas pelo
conectivo de conjunção.
( ) A segunda frase é uma proposição lógica simples.
( ) A terceira frase é uma proposição lógica composta.
( ) A quarta frase é uma proposição lógica em que aparecem dois conectivos
lógicos.
RESOLUÇÃO:
( ) A primeira frase é composta por duas proposições lógicas simples unidas pelo
conectivo de conjunção.
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ERRADO. Trata-se de um “pedido” do pai. Não é possível atribuir valores
lógicos (V ou F), portanto não temos proposições.
( ) A segunda frase é uma proposição lógica simples.
CERTO. Aqui é possível atribuir valor V ou F.
( ) A terceira frase é uma proposição lógica composta.
ERRADO. Temos uma proposição simples.
( ) A quarta frase é uma proposição lógica em que aparecem dois conectivos
lógicos.
ERRADO. Temos apenas 1 conectivo lógico, que é a condicional ou
implicação.
Resposta: E C E E
3. CESPE – BANCO DO BRASIL – 2007) Na lógica sentencial, denomina-se
proposição uma frase que pode ser julgada como verdadeira (V) ou falsa (F), mas
não, como ambas. Assim, frases como “Como está o tempo hoje?” e “Esta frase é
falsa” não são proposições porque a primeira é pergunta e a segunda não pode ser
nem V nem F. As proposições são representadas simbolicamente por letras
maiúsculas do alfabeto — A, B, C etc. Uma proposição da forma “A ou B” é F se A e
B forem F, caso contrário é V; e uma proposição da forma “Se A então B” é F se A
for V e B for F, caso contrário é V. Um raciocínio lógico considerado correto é
formado por uma seqüência de proposições tais que a última proposição é
verdadeira sempre que as proposições anteriores na seqüência forem verdadeiras.
Considerando as informações contidas no texto acima, julgue os itens
subseqüentes.
( ) É correto o raciocínio lógico dado pela seqüência de proposições seguintes:
Se Antônio for bonito ou Maria for alta, então José será aprovado no concurso.
Maria é alta.
Portanto José será aprovado no concurso.
( ) É correto o raciocínio lógico dado pela seqüência de proposições seguintes:
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Se Célia tiver um bom currículo, então ela conseguirá um emprego.
Ela conseguiu um emprego.
Portanto, Célia tem um bom currículo.
( ) Na lista de frases apresentadas a seguir, há exatamente três proposições.
“A frase dentro destas aspas é uma mentira.”
A expressão X + Y é positiva.
O valor de 4 3 7+ = .
Pelé marcou dez gols para a seleção brasileira.
O que é isto?
RESOLUÇÃO:
( ) É correto o raciocínio lógico dado pela seqüência de proposições seguintes:
Se Antônio for bonito ou Maria for alta, então José será aprovado no concurso.
Maria é alta.
Portanto José será aprovado no concurso.
A informação “Maria é alta”, da segunda premissa, faz com que “Se Antônio
for bonito ou Maria for alta” seja Verdadeiro, pois pelo menos sabemos que Maria é
alta. Quando a proposição “p” da condicional p q é V, a proposição q precisa ser V
também. Portanto, José será aprovado no concurso. Item CERTO.
( ) É correto o raciocínio lógico dado pela seqüência de proposições seguintes:
Se Célia tiver um bom currículo, então ela conseguirá um emprego.
Ela conseguiu um emprego.
Portanto, Célia tem um bom currículo.
A informação “Ela conseguiu um emprego” faz com que, na condicional p q
(primeira premissa), a proposição q seja Verdadeira. Com isso, p pode ser V ou F e
ainda assim a condicional é verdadeira. Portanto, não podemos garantir que ela tem
um bom currículo. Item ERRADO.
( ) Na lista de frases apresentadas a seguir, há exatamente três proposições.
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“A frase dentro destas aspas é uma mentira.” não é uma proposição, pois não
pode ser nem F nem V (veja que ela é similar à frase “Esta frase é falsa”, do
enunciado).
A expressão X + Y é positiva. temos uma sentença aberta. Para podermos julgá-
la como F ou V, precisariam ser determinados os valores de X e Y. Como isso não é
feito, não temos uma proposição, no sentido do enunciado.
O valor de 4 3 7+ = . aqui temos uma proposição
Pelé marcou dez gols para a seleção brasileira. outra proposição
O que é isto? não é proposição, pois é uma pergunta.
Assim, temos apenas 2 proposições.
Resposta: C E E
4. FCC – Banco do Brasil – 2011) Um jornal publicou a seguinte manchete:
“Toda Agência do Banco do Brasil tem déficit de funcionários.”
Diante de tal inverdade, o jornal se viu obrigado a retratar-se, publicando uma
negação de tal manchete. Das sentenças seguintes, aquela que expressaria de
maneira correta a negação da manchete publicada é:
a) Qualquer Agência do Banco do Brasil não têm déficit de funcionários
b) Nenhuma Agência do Banco do Brasil tem déficit de funcionários
c) Alguma Agência do Banco do Brasil não tem déficit de funcionários
d) Existem Agências com déficit de funcionários que não pertencem ao Banco do
Brasil
e) O quadro de funcionários do Banco do Brasil está completo
RESOLUÇÃO:
Olhando a manchete publicada pelo jornal, bastaria que um leitor constatasse
que em pelo menos uma agência do BB não há déficit e ele já teria argumento
suficiente para desmentir o jornal, afinal o jornal tinha dito que todas as agências
possuem déficit. Uma forma desse leitor expressar-se seria dizendo:
“Pelo menos uma agência do BB não tem déficit de funcionários”.
Uma outra forma de dizer esta mesma frase seria:
“Alguma agência do BB não tem déficit de funcionários”.
Portanto, essa foi a frase que o jornal precisou usar para a retratação
(negação) da anterior.
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Resposta: C
5. FCC – BAHIAGÁS – 2010) “Se a soma dos dígitos de um número inteiro n é
divisível por 6, então n é divisível por 6”. Um valor de n que mostra ser falsa a frase
acima é:
a) 30
b) 33
c) 40
d) 42
e) 60
RESOLUÇÃO:
Estamos diante de uma proposição aberta, pois temos uma variável (n) que,
dependendo de seu valor, pode tornar a proposição falsa ou verdadeira.
Observe que a proposição do enunciado é uma condicional, isto é, uma frase
do tipo p q. Sabemos que só há uma forma da condicional ser falsa: se a
condição (p) for verdadeira, mas ainda assim o resultado (q) for falso (se ficou em
dúvida, volte na explicação de Condicionais da aula passada). Com isso, vamos
analisar as alternativas:
n = 30: a soma de seus dígitos não é divisível por 6 (3 + 0 = 3), o que torna a
condição p Falsa. Como a condição é falsa, o resultado (q) pode ser
verdadeiro ou falso que a frase continua verdadeira. A título de curiosidade,
note que neste caso q é Verdadeira (pois 30 é divisível por 6).
n = 33: a soma dos seus dígitos é divisível por 6 (3+3=6), ou seja, p é
Verdadeira. Entretanto, o resultado q é Falso, pois 33 não é divisível por 6.
Portanto, n = 33 torna a proposição composta Falsa. Este é o gabarito.
n = 40: neste caso, p é Falsa e q é Falsa. Com isso, a frase é Verdadeira
(para espanto daqueles não acostumados com o estudo da Lógica)
n = 42: neste caso, p e q são Verdadeiras, tornando p q Verdadeira
n = 60: idem ao anterior.
Resposta: B.
6. FCC – ALESP – 2010) Durante uma sessão no plenário da Assembléia
Legislativa, o presidente da mesa fez a seguinte declaração, dirigindo-se às galerias
da casa:
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“Se as manifestações desrespeitosas não forem interrompidas, então eu não
darei início à votação”.
Esta declaração é logicamente equivalente à afirmação:
a) se o presidente da mesa deu início à votação, então as manifestações
desrespeitosas foram interrompidas
b) se o presidente da mesa não deu início à votação, então as manifestações
desrespeitosas não foram interrompidas
c) se as manifestações desrespeitosas forem interrompidas, então o presidente da
mesa dará início à votação
d) se as manifestações desrespeitosas continuarem, então o presidente da mesa
começará a votação
e) se as manifestações desrespeitosas não continuarem, então o presidente da
mesa não começará a votação.
RESOLUÇÃO:
Observe que temos uma condicional ( p q→ ). A proposição ~ ~q p→ é
logicamente equivalente a ela, como vimos na teoria de hoje. Como ~q é “eu darei
início à votação” e ~p é “as manifestações desrespeitosas foram interrompidas”,
temos:
“Se o presidente da mesa deu início à votação, então as manifestações
desrespeitosas foram interrompidas”. (letra A)
Resposta: A
Resolvendo com mais calma, usando a lógica “intuitiva”, note que ao dizer a
sua frase, o presidente da mesa não prometeu que começaria a votação caso as
manifestações parassem. Ele simplesmente disse que não começaria a votar
enquanto houvesse as manifestações. Portanto, não podemos afirmar o que está
dito na alternativa C, por exemplo.
Na frase do presidente, temos uma condição (manifestações não fossem
interrompidas) que, enquanto fosse verdade, obrigaria a ocorrência do resultado
(votação não começar). Por outro lado, caso percebêssemos que o resultado deixou
de ocorrer (isto é, a votação começou), podemos concluir que a condição deixou de
existir (ou seja, as manifestações foram interrompidas). Daí deduzimos a frase da
letra A.
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7. CESPE – TRT/17ª – 2009) A negação da proposição “O juiz determinou a
libertação de um estelionatário e de um ladrão” é expressa na forma “O juiz não
determinou a libertação de um estelionatário nem de um ladrão”.
RESOLUÇÃO:
Observe que a primeira frase pode ser escrita na forma “O juiz determinou a
libertação de um estelionatário E o juiz determinou a libertação de um ladrão”. Isto
é, temos uma proposição do tipo “p e q” onde:
p: O juiz determinou a libertação de um estelionatário
q: O juiz determinou a libertação de um ladrão
Sabemos que uma proposição do tipo “p e q” só é verdadeira se ambos p e q
forem verdadeiros. Portanto, basta que um dos dois (p ou q), ou ambos, sejam
falsos para que a proposição inteira seja falsa. Com isso, sabemos que para negá-la
basta dizer que o juiz não determinou a libertação de um estelionatário OU o juiz
não determinou a libertação de um ladrão. Reescrevendo: “O juiz não determinou a
libertação de um estelionatário ou de um ladrão”.
Lembrando da teoria que vimos hoje, a negação de p q∧ é ~ ~p q∨ , o que
leva ao resultado que obtivemos.
Resposta: E (errado).
8. CESPE – Polícia Militar/AC – 2008) Se A é a proposição “Todo bom soldado é
pessoa honesta”, considere as proposições seguintes:
B Nenhum bom soldado é pessoa desonesta.
C Algum bom soldado é pessoa desonesta.
D Existe bom soldado que não é pessoa honesta.
E Nenhuma pessoa desonesta é um mau soldado.
Nesse caso, todas essas 4 últimas proposições podem ser consideradas como
enunciados para a proposição ¬A.
RESOLUÇÃO:
A proposição A é uma proposição categórica (“Todo”), o que nos remete ao
uso de diagramas lógicos. Esta proposição afirma que todos os elementos do
conjunto “bons soldados” são também elementos do conjunto “pessoas honestas”,
ou seja, o conjunto “bons soldados” está contido no conjunto “pessoas honestas”:
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Para desmentir o autor dessa frase, basta encontrarmos um único soldado
que não pertença ao conjunto das pessoas honestas. Assim, podemos escrever a
negação de A (¬A) das seguintes formas:
- Pelo menos um soldado não é pessoa honesta
- Existe soldado que não é pessoa honesta
- Algum soldado não é pessoa honesta
Vejamos as alternativas do enunciado:
B Nenhum bom soldado é pessoa desonesta.
Imagine o conjunto das pessoas desonestas. Ele deve encontrar fora do
conjunto das pessoas honestas – não há intersecção entre eles. Por conseqüência,
não haverá também intersecção entre o conjunto dos bons soldados e o conjunto
das pessoas desonestas. Ou seja, não há nenhum bom soldado que é desonesto.
Veja, portanto, que a frase B é equivalente à frase A, e não a sua negação.
Dizer que todo bom soldado é honesto equivale a dizer que nenhum bom soldado é
desonesto.
C Algum bom soldado é pessoa desonesta.
Como vimos acima, esta é uma forma de negar a frase A. Veja que dizer “é
pessoa desonesta” equivale a dizer “não é pessoa honesta”.
Pessoas honestas
Bons soldados
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D Existe bom soldado que não é pessoa honesta.
Esta é outra forma que vimos para negar a frase A.
E Nenhuma pessoa desonesta é um mau soldado.
Esta não é uma forma de negar A. Veja que não podemos afirmar nada sobre
os maus soldados, afinal não foi nos dada nenhuma informação sobre eles.
Portanto, apenas as frases C e D são formas de escrever a proposição ¬A. Item
ERRADO.
Resposta: E
9. FCC – SEFAZ/SP – 2009) Considere a afirmação:
Pelo menos um ministro participará da reunião ou nenhuma decisão será tomada.
Para que essa afirmação seja FALSA:
a) é suficiente que nenhum ministro tenha participado da reunião e duas decisões
tenham sido tomadas.
b) é suficiente que dois ministros tenham participado da reunião e alguma decisão
tenha sido tomada.
c) é necessário e suficiente que alguma decisão tenha sido tomada,
independentemente da participação de ministros na reunião.
d) é necessário que nenhum ministro tenha participado da reunião e duas decisões
tenham sido tomadas.
e) é necessário que dois ministros tenham participado da reunião e nenhuma
decisão tenha sido tomada.
RESOLUÇÃO:
Essa afirmação do enunciado é uma disjunção (“ou”). Ela só será falsa se
ambas as proposições que a compõem sejam falsas. Vamos, portanto, obter a
negação de cada uma delas separadamente:
p: Pelo menos um ministro participará da reunião
Como negar uma proposição com “Pelo menos um”? Basta usar “Nenhum”.
Assim, temos: Nenhum ministro participará da reunião.
q: nenhuma decisão será tomada.
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Podemos negar essa proposição dizendo: “Pelo menos uma decisão será
tomada”.
Como queremos que ambas as proposições sejam falsas, basta que a
conjunção abaixo seja verdadeira:
“Nenhum ministro participará da reunião e pelo menos uma decisão será tomada”.
Portanto, se sabemos que nenhum ministro participou da reunião e, mesmo
assim, 1 ou mais decisões foram tomadas, isto é suficiente para podermos afirmar
que a afirmação é FALSA. A alternativa A cita o caso em que sabemos que nenhum
ministro participou e, ainda assim, 2 decisões foram tomadas, o que é suficiente
para desmentir a afirmação do enunciado.
Resposta: A
10. CESPE – POLÍCIA FEDERAL – 2004) Uma noção básica da lógica é a de que
um argumento é composto de um conjunto de sentenças denominadas premissas e
de uma sentença denominada conclusão. Um argumento é válido se a conclusão é
necessariamente verdadeira sempre que as premissas forem verdadeiras. Com
base nessas informações, julgue os itens que se seguem.
( ) Toda premissa de um argumento válido é verdadeira.
( ) Se a conclusão é falsa, o argumento não é válido.
( ) Se a conclusão é verdadeira, o argumento é válido.
( ) É válido o seguinte argumento: Todo cachorro é verde, e tudo que é verde é
vegetal, logo todo cachorro é vegetal.
RESOLUÇÃO:
( ) Toda premissa de um argumento válido é verdadeira.
ERRADO. Não necessariamente as premissas são verdadeiras. Entretanto,
se as premissas forem verdadeiras, a conclusão tem de ser verdadeira.
( ) Se a conclusão é falsa, o argumento não é válido.
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ERRADO. O argumento não é válido quando, ao assumir que as premissas
são verdadeiras, a conclusão é falsa.
( ) Se a conclusão é verdadeira, o argumento é válido.
ERRADO. Se a conclusão é verdadeira quando as premissas são falsas,
nada se pode afirmar sobre a validade do argumento.
( ) É válido o seguinte argumento: Todo cachorro é verde, e tudo que é verde é
vegetal, logo todo cachorro é vegetal.
CERTO. Temos a seguinte estrutura:
Premissa 1: todo cachorro é verde
Premissa 2: tudo que é verde é vegetal
Conclusão: todo cachorro é vegetal
Veja que, se assumirmos que as premissas 1 e 2 são verdadeiras, a
conclusão necessariamente também será verdadeira. Portanto, o argumento é
válido.
Resposta: E E E C
11. FCC – SEFAZ/SP – 2009) Considere as seguintes afirmações:
I. Se ocorrer uma crise econômica, então o dólar não subirá.
II. Ou o dólar subirá, ou os salários serão reajustados, mas não ambos.
III. Os salários serão reajustados se, e somente se, não ocorrer uma crise
econômica.
Sabendo que as três afirmações são verdadeiras, é correto concluir que,
necessariamente,
a) o dólar não subirá, os salários não serão reajustados e não ocorrerá uma crise
econômica.
b) o dólar subirá, os salários não serão reajustados e ocorrerá uma crise econômica.
c) o dólar não subirá, os salários serão reajustados e ocorrerá uma crise econômica.
d) o dólar subirá, os salários serão reajustados e não ocorrerá uma crise econômica.
e) o dólar não subirá, os salários serão reajustados e não ocorrerá uma crise
econômica.
RESOLUÇÃO:
Resumindo as proposições, temos:
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I. Crise dólar não sobe
II. Ou dólar sobe ou salários reajustados
III. Salários reajustados ↔ não crise
Você deve resolver esse tipo de questão assumindo (“chutando”) que uma
das proposições simples é Verdadeira. Feito isso, você deverá analisar as demais
proposições, e ver se você chega em um absurdo. Se chegar, é porque o seu chute
estava errado (assim, basta voltar e chutar o contrário). Se não chegar, é porque
seu chute já estava certo.
Vamos chutar que ocorreu uma crise, isto é, a primeira proposição simples do
item I é Verdadeira.
Como o item I é uma condicional (p q), caso a condição “p” seja V, a
conseqüência “q” deve ser V também. Portanto, o dólar não sobe.
Sabendo disso, podemos partir para o item II. Note que a primeira parte do
item II é F (pois o dólar não sobe). Isso obriga a segunda parte ser V (isto é, os
salários são reajustados), para que a afirmação II seja verdadeira.
Vejamos agora o item III. Note que a primeira parte é V (salários
reajustados), mas a segunda é F (pois assumimos que ocorreu a crise). Isto é um
absurdo, pois torna a afirmação III falsa, e sabemos que ela é verdadeira. Onde está
o erro? Na hipótese que chutamos!
Devemos então chutar o oposto, isto é, que não ocorreu uma crise. Assim, a
primeira parte do item I é F, de modo que a segunda parte (dólar não sobe) pode
ser V ou F e ainda assim a afirmação I continua verdadeira.
Por outro lado, a segunda parte do item III é V (não crise), o que obriga a
primeira parte a ser V (salários reajustados) para que a afirmação III seja
verdadeira.
Com isso, vemos que a segunda parte do item II é V (salários reajustados), o
que obriga a primeira parte a ser F (portanto, o dólar não sobe) para que a
afirmação II seja verdadeira. Sabendo disso, podemos voltar no item I e verificar que
a sua segunda parte é V, o que mantém a afirmação I verdadeira.
Repare que agora conseguimos fazer com que as 3 afirmações fossem
verdadeiras, como disse o enunciado. Portanto, não ocorreu uma crise, os salários
são reajustados e o dólar não sobe.
Resposta: E
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12. CESPE – Polícia Federal – 2009) As proposições [ (~ )] (~ )A B A∨ → e
[(~ ) ] (~ )A B A∧ ∨ são equivalentes.
RESOLUÇÃO:
Duas proposições são equivalentes quando possuem a mesma tabela-
verdade. Portanto, devemos construir a tabela verdade de cada uma delas.
Inicialmente, veja que ambas possuem apenas 2 proposições simples (A e
B). O número de linhas da tabela-verdade é igual a 2n
, onde n é o número de
proposições simples (neste caso, n = 2). Portanto, teremos 4 linhas em cada tabela.
Vamos começar montando a tabela para [ (~ )] (~ )A B A∨ → . Devemos seguir
os passos abaixo:
1. Escrever todas as possíveis combinações de valores lógicos (V ou F) para A e B:
Valor lógico
de A
Valor lógico
de B
V V
V F
F V
F F
2. Inserir mais 1 coluna, colocando os valores lógicos de ~B (será o oposto do valor
lógico de B):
Valor lógico
de A
Valor lógico
de B
Valor lógico
de ~B
V V F
V F V
F V F
F F V
3. Inserir mais 1 coluna, colocando os valores lógicos de (~ )A B∨ . Como trata-se
de uma disjunção (“ou”), ela só é falsa quando A e (~B) são ambos falsos:
Valor lógico
de A
Valor lógico
de B
Valor lógico
de ~B
Valor
de (~ )A B∨
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V V F V
V F V V
F V F F
F F V V
4. Inserir mais 1 coluna, colocando os valores lógicos de ~A (serão o oposto de A):
Valor lógico
de A
Valor lógico
de B
Valor lógico
de ~B
Valor
de (~ )A B∨
Valor lógico
de ~A
V V F V F
V F V V F
F V F F V
F F V V V
5. Inserir a última coluna, colocando os valores lógicos de [ (~ )] (~ )A B A∨ → . Por se
tratar de uma condicional, ela só será falsa quando a condição ([ (~ )]A B∨ ) for falsa
e o resultado (~ )A verdadeiro:
Valor
lógico de
A
Valor
lógico de
B
Valor
lógico de
~B
Valor
de (~ )A B∨
Valor
lógico de
~A
[ (~ )] (~ )A B A∨ →
V V F V F F
V F V V F F
F V F F V V
F F V V V V
Podemos obter a tabela verdade de [(~ ) ] (~ )A B A∧ ∨ seguindo os mesmos
passos. Tente montá-la. O resultado será a tabela abaixo:
Valor
lógico de
A
Valor
lógico de
B
Valor
lógico de
~A
Valor de
(~ )A B∧
Valor
lógico de
~A
Valor de
[(~ ) ] (~ )A B A∧ ∨
V V F F F F
V F F F F F
F V V V V V
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F F V F V V
Note que as tabelas-verdade de [ (~ )] (~ )A B A∨ → é igual à de
[(~ ) ] (~ )A B A∧ ∨ . Portanto, essas proposições são equivalentes.
Resposta: C (certo).
13. CESPE – Polícia Militar/AC – 2008) Considere as seguintes proposições:
A 6 - 1 = 7 ou 6 + 1 > 2
B 6 + 3 > 8 e 6 - 3 = 4
C 9 × 3 > 25 ou 6 × 7 < 45
D 5 + 2 é um número primo e todo número primo é ímpar.
Nesse caso, entre essas 4 proposições, apenas duas são F.
RESOLUÇÃO:
Vejamos:
A 6 - 1 = 7 ou 6 + 1 > 2
Nessa disjunção, sabemos que 6 + 1 é maior que 2. Assim, a proposição
inteira é V.
B 6 + 3 > 8 e 6 - 3 = 4
Aqui vemos que 6 – 3 não é igual a 4. Isso torna a segunda proposição
simples Falsa. Como temos uma conjunção (“e”), onde uma proposição é F, então a
frase inteira é F.
C 9 × 3 > 25 ou 6 × 7 < 45
Veja que 9 x 3 é maior que 25, o que é suficiente para afirmar que a
disjunção é V.
D 5 + 2 é um número primo e todo número primo é ímpar.
Aqui temos uma conjunção, onde a primeira parte é V (5 + 2 = 7, que é
primo), porém a segunda parte é F (o número 2 é primo, porém é par). Assim, a
conjunção é F.
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Portanto, apenas 2 proposições são F (B e D). Item CERTO.
Resposta: C
14. CESPE – POLÍCIA FEDERAL – 2004) Quando Paulo estuda, ele é aprovado
nos concursos em que se inscreve. Como ele não estudou recentemente, não deve
ser aprovado neste concurso.
Em cada um dos itens a seguir, julgue se o argumento apresentado tem estrutura
lógica equivalente à do texto acima.
( ) Quando Paulo gosta de alguém, ele não mede esforços para oferecer ajuda.
Como Maria gosta muito de Paulo, ele vai ajudá-la a responder as questões de
direito constitucional.
( ) Quando os críticos literários recomendam a leitura de um livro, muitas pessoas
compram o livro e o lêem. O livro sobre viagens maravilhosas, lançado
recentemente, não recebeu comentários favoráveis dos críticos literários, assim, não
deve ser lido por muitas pessoas.
( ) Sempre que Paulo insulta Maria, ela fica aborrecida. Como Paulo não insultou
Maria recentemente, ela não deve estar aborrecida.
( ) Toda vez que Paulo chega a casa, seu cachorro late e corre a seu encontro.
Hoje Paulo viajou, logo seu cachorro está triste.
RESOLUÇÃO:
Quando Paulo estuda, ele é aprovado nos concursos em que se inscreve. Como ele
não estudou recentemente, não deve ser aprovado neste concurso.
Sendo p = Paulo estuda, e q = Paulo é aprovado, veja que a estrutura lógica
acima é:
p q
~p ~q
Vejamos a estrutura lógica de cada uma das alternativas.
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( ) Quando Paulo gosta de alguém, ele não mede esforços para oferecer ajuda.
Como Maria gosta muito de Paulo, ele vai ajudá-la a responder as questões de
direito constitucional.
p q
r q
Aqui, p = Paulo gosta de alguém, q = Paulo ajuda, r = Maria gosta de Paulo.
A estrutura lógica é diferente, portanto, o item é ERRADO.
( ) Quando os críticos literários recomendam a leitura de um livro, muitas pessoas
compram o livro e o lêem. O livro sobre viagens maravilhosas, lançado
recentemente, não recebeu comentários favoráveis dos críticos literários, assim, não
deve ser lido por muitas pessoas.
p (q e r)
~p ~r
Aqui, p = críticos recomendam; q = pessoas compram; e r = pessoas lêem.
Item ERRADO.
( ) Sempre que Paulo insulta Maria, ela fica aborrecida. Como Paulo não insultou
Maria recentemente, ela não deve estar aborrecida.
p q
~p ~q
Aqui, considerei p = Paulo insulta, e q = Maria fica aborrecida. Item CERTO,
pois a estrutura é idêntica.
( ) Toda vez que Paulo chega a casa, seu cachorro late e corre a seu encontro.
Hoje Paulo viajou, logo seu cachorro está triste.
p (q e r)
~p s
Aqui, p = Paulo chega em casa, q = o cachorro late, r = o cachorro corre a
seu encontro, s = o cachorro está triste. Veja que mesmo considerando que “Paulo
viajou” é a negação de “Paulo chega em casa” (o que não necessariamente é
verdade), o item está ERRADO.
Resposta: E E C E
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15. CESPE – Polícia Militar/AC – 2008) Considere as seguintes proposições:
A 3 + 4 = 7 ou 7 - 4 = 3
B 3 + 4 = 7 ou 3 + 4 > 8
C 32
= -1 ou 32
= 9
D 32
= -1 ou 32
= 1
Nesse caso, entre essas 4 proposições, apenas duas são V.
RESOLUÇÃO:
Vamos analisar cada proposição:
A 3 + 4 = 7 ou 7 - 4 = 3
Veja que 3 + 4 é realmente igual a 7. Para uma disjunção (“ou”) ser V, basta
que pelo menos uma das proposições simples seja V. Nem precisaríamos analisar
se 7 – 4 é realmente igual a 3.
B 3 + 4 = 7 ou 3 + 4 > 8
Assim como vimos acima, 3+4 é realmente igual a 7, o que já torna a
disjunção V.
C 32
= -1 ou 32
= 9
Como 32
é realmente igual a 9, já temos elementos suficientes para dizer que
essa disjunção é V.
D 32
= -1 ou 32
= 1
Veja que ambas as proposições simples desta disjunção são F. Isso torna a
disjunção Falsa.
Portanto, 3 proposições são V e uma é F, o que torna o item ERRADO.
Resposta: E
16. FMP/RS – TCE/MT – 2011) Se é verão, então vai esquentar. Se vai esquentar,
então chove. Se chove, então Manoel não vai à praia. Se Manoel não vai à praia,
então Maria fica em casa. Se Maria fica em casa, então a mãe de Maria faz doces.
A mãe de Maria não fez doces. Logo:
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a) Choveu
b) Manoel foi à praia
c) Maria ficou em casa
d) Esquentou
e) É verão
RESOLUÇÃO:
Veja que temos uma série de condicionais (p q), e devemos sempre
assumir que todas elas são verdadeiras (exceto se o exercício disser o contrário). E
lembre que uma condicional só não é verdadeira se p é V e q é F.
O exercício nos deu ainda uma proposição simples: “A mãe de Maria não fez
doces”. Essa proposição também deve ser verdadeira, portanto sabemos que a mãe
de Maria efetivamente não fez doces. Com isto em mãos, vamos analisar as
proposições anteriores. Vamos começar analisando a última condicional, pois ela
faz referência a algo que já sabemos (mãe de Maria):
Se Maria fica em casa, então a mãe de Maria faz doces.
Sabemos que a segunda parte dessa proposição (“a mãe da Maria faz
doces”) é falsa. Portanto, a condição (“Maria fica em casa”) precisa ser falsa
também, para que a condicional p q continue verdadeira. Com isso, descobrimos
que Maria não fica em casa.
Se Manoel não vai à praia, então Maria fica em casa.
Novamente vemos que a segunda parte (“Maria fica em casa”) é falsa, o que
obriga a primeira parte (“Manoel não vai à praia”) a ser falsa também, para manter a
condicional p q verdadeira. Assim, sabemos que Manoel vai à praia.
Se chove, então Manoel não vai à praia.
De novo, vemos que “q” é F, o que obriga “p” a ser F também. Portanto, não
chove.
Se vai esquentar, então chove.
Novamente, “q” é F, obrigando “p” a ser F. Isto é, não vai esquentar.
Se é verão, então vai esquentar.
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Aqui também “q” é F, obrigando “p” a ser F também. Assim, não é verão.
Assim, sabemos que:
- A mãe de Maria não fez doces
- Maria não fica em casa
- Manoel vai à praia
- não chove
- não vai esquentar
- não é verão
Resposta: B.
17. CESPE – Polícia Militar/AC – 2008) Considere as seguintes sentenças:
I O Acre é um estado da Região Nordeste.
II Você viu o cometa Halley?
III Há vida no planeta Marte.
IV Se x < 2, então x + 3 > 1.
Nesse caso, entre essas 4 sentenças, apenas duas são proposições.
RESOLUÇÃO:
Veja que a primeira frase é uma afirmação, que pode ser Verdadeira ou Falsa
(neste caso, sabemos que é falsa). Portanto, trata-se de uma proposição. O mesmo
vale para a terceira frase.
A segunda frase é uma pergunta, não podendo ser valorada como V ou F.
Assim, não é uma proposição.
A última frase é uma condicional. Trata-se de uma proposição aberta, que
pode ser V ou F dependendo dos valores da variável x. Portanto, 3 sentenças são
proposições (I, III e IV). Item ERRADO.
Resposta: E
18. CESPE – MPE/RR – 2008) Uma proposição simples é uma frase afirmativa,
constituída esquematicamente por um sujeito e um predicado, que pode ter um dos
dois valores: falso — F —, ou verdadeiro — V —, excluindo-se qualquer outro.
Novas proposições podem ser formadas a partir de proposições simples e dos
chamados conectivos: “e”, simbolizado por ^; “ou”, simbolizado por v; “se ... então”,
simbolizado por ; e “se e somente se”, simbolizado por ↔ . Também é usado
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o modificador “não”, simbolizado por ¬. As proposições são representadas por letras
do alfabeto: A, B, C etc. São as seguintes as valorações para algumas proposições
compostas:
Há expressões que não podem ser valoradas como V nem como F, como, por
exemplo: “Ele é contador”, “x + 3 = 8”. Essas expressões são denominadas
“proposições abertas”. Elas tornam-se proposições, que poderão ser julgadas como
V ou F, depois de atribuídos determinados valores ao sujeito, ou variável. O
conjunto de valores que tornam a proposição aberta uma proposição valorada como
V é denominado “conjunto verdade”.
Com base nessas informações, julgue os itens que se seguem, a respeito de
estruturas lógicas e lógica de argumentação.
( ) Considere a seguinte proposição.
A: Para todo evento probabilístico X, a probabilidade P(X) é tal que0 ( ) 1P X≤ ≤
Nesse caso, o conjunto verdade da proposição ¬A tem infinitos elementos.
( ) Considere como V as seguintes proposições.
A: Jorge briga com sua namorada Sílvia.
B: Sílvia vai ao teatro.
Nesse caso, ¬(A B) é a proposição C: “Se Jorge não briga com sua namorada
Sílvia, então Sílvia não vai ao teatro”.
( ) Considere as seguintes proposições.
A: Jorge briga com sua namorada Sílvia.
B: Sílvia vai ao teatro.
Nesse caso, independentemente das valorações V ou F para A e B, a expressão
¬(AvB) correspondente à proposição C: “Jorge não briga com sua namorada Sílvia e
Sílvia não vai ao teatro”.
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( ) Se A e B são proposições, então ¬(A B) tem as mesmas valorações que
[(¬A) (¬B)]^[(¬B) (¬A)].
RESOLUÇÃO:
( ) Considere a seguinte proposição.
A: Para todo evento probabilístico X, a probabilidade P(X) é tal que0 ( ) 1P X≤ ≤
Nesse caso, o conjunto verdade da proposição ¬A tem infinitos elementos.
A proposição ¬A seria: Para algum evento probabilístico X, a probabilidade
P(X) é tal que P(X) < 0 ou P(X) > 1. Como sabemos que é impossível um evento ter
probabilidade negativa ou superior a 1, então para nenhum valor de X a expressão
¬A é verdadeira. Isto é, o conjunto-verdade (conjunto de valores de X que tornam a
proposição verdadeira) da proposição ¬A é vazio. Item ERRADO.
( ) Considere como V as seguintes proposições.
A: Jorge briga com sua namorada Sílvia.
B: Sílvia vai ao teatro.
Nesse caso, ¬(A B) é a proposição C: “Se Jorge não briga com sua namorada
Sílvia, então Sílvia não vai ao teatro”.
A proposição A B seria: Se Jorge briga com sua namorada Sílvia, então
Sílvia vai ao teatro.
A negação de uma condicional A B, isto é, ¬(A B), seria A e ¬B: Jorge
briga com sua namorada Sílvia e Sílvia não vai ao teatro. Item ERRADO.
( ) Considere as seguintes proposições.
A: Jorge briga com sua namorada Sílvia.
B: Sílvia vai ao teatro.
Nesse caso, independentemente das valorações V ou F para A e B, a expressão
¬(AvB) correspondente à proposição C: “Jorge não briga com sua namorada Sílvia e
Sílvia não vai ao teatro”.
A disjunção AvB seria: Jorge briga com sua namorada Sílvia OU Sílvia vai ao
teatro.
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A negação dessa disjunção, isto é, ¬(AvB), seria ¬A e ¬B: Jorge não briga
com sua namorada Sílvia E Sílvia não vai ao teatro. Item CERTO.
( ) Se A e B são proposições, então ¬(A ↔B) tem as mesmas valorações que
[(¬A) (¬B)]^[(¬B) (¬A)].
Veja que ¬(A ↔B) é a negação de uma bicondicional (dupla implicação). Nós
vimos que essa negação pode ser feita com um “ou exclusivo”: Ou A, ou B; que
também pode ser representado por A⊕ B. Esta proposição é verdadeira apenas
quando A é V e B é F, ou A é F e B é V.
Vamos imaginar que A é V e B é F. Com isso, A⊕ B será verdadeiro. Para
esses mesmos valores lógicos de A e B, vamos analisar a expressão
[(¬A) (¬B)]^[(¬B) (¬A)].
Observando que ¬A é F e ¬B é V, temos: [ F V ] ^ [ V F]. Sabemos que
F V é uma condicional verdadeira, porém V F é uma condicional falsa. Com
isso, a conjunção (^) torna-se falsa.
Como vemos, para os mesmos valores lógicos de A e B, as expressões A⊕ B
e [(¬A) (¬B)]^[(¬B) (¬A)] tem valores diferentes. Item ERRADO.
Obs.: ao invés de analisar um caso único, como fizemos aqui, você poderia
escrever a tabela-verdade de cada uma dessas proposições. Tente montar essa
tabela da esquerda para a direita:
A B A ⊕ B ¬A ¬B [(¬A) (¬B)] [(¬B) (¬A)] [(¬A) (¬B)]^[(¬B) (¬A)]
V V F F F V V V
V F V F V V F F
F V V V F F V F
F F F V V V V V
Resposta: E E C E
19. FGV - MEC - 2008) Com relação à naturalidade dos cidadãos brasileiros,
assinale a alternativa logicamente correta:
a) Ser brasileiro é condição necessária e suficiente para ser paulista.
b) Ser brasileiro é condição suficiente, mas não necessária para ser paranaense.
c) Ser carioca é condição necessária e suficiente para ser brasileiro.
d) Ser baiano é condição suficiente, mas não necessária para ser brasileiro.
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e) Ser maranhense é condição necessária, mas não suficiente para ser brasileiro.
RESOLUÇÃO:
Vamos analisar cada alternativa, para você fixar bem os conceitos de
condição necessária, condição suficiente e condição necessária e suficiente.
a) Ser brasileiro é condição necessária e suficiente para ser paulista.
Falso. Observe que é necessário a pessoa ser brasileira para ser paulista.
Não existem paulistas que não são brasileiros. Porém não basta ser brasileiro para
ser paulista, isto é, não é suficiente saber que alguém é brasileiro para concluir que
esse alguém é paulista. Portanto, ser brasileiro é condição necessária para ser
paulista, mas não é suficiente.
Uma forma rápida de ver é montando a condicional: “Se você é paulista,
então você é brasileiro”. Numa condicional p q como esta, p é condição suficiente
para q, e q é condição necessária para p. Portanto, ser paulista é condição
suficiente para ser brasileiro, e ser brasileiro é condição necessária para ser
paulista.
b) Ser brasileiro é condição suficiente, mas não necessária para ser paranaense.
Falso. Não há como ser paranaense sem ser brasileiro, isto é, é necessário
que alguém seja brasileiro para que seja paranaense. Mas não basta saber que
alguém é brasileiro para concluir que esse alguém é paranaense, isto é, ser
brasileiro não é condição suficiente para ser paranaense.
c) Ser carioca é condição necessária e suficiente para ser brasileiro.
Falso. De fato é suficiente saber que alguém é carioca para afirmar que essa
pessoa é brasileira. Mas não é necessário ser carioca para ser brasileiro.
d) Ser baiano é condição suficiente, mas não necessária para ser brasileiro.
Verdadeiro. Assim como na letra C, sabemos que é suficiente saber que
alguém é baiano para afirmar que esse alguém é brasileiro, porém não é necessário
ser baiano para ser brasileiro.
e) Ser maranhense é condição necessária, mas não suficiente para ser brasileiro.
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Falso. Ser maranhense é condição suficiente, mas não necessária para ser
brasileiro.
Resposta: D
20. CONSULPLAN – PREF. ITABAIANA – 2010) Qual das proposições abaixo é
verdadeira?
A) O ar é necessário à vida e a água do mar é doce
B) O avião é um meio de transporte ou o aço é mole.
C) 6 é ímpar ou 2 + 3 ≠ 5.
D) O Brasil é um país e Sergipe é uma cidade.
E) O papagaio fala e o porco voa.
RESOLUÇÃO:
Vamos analisar cada alternativa.
A) O ar é necessário à vida e a água do mar é doce
Segundo nossos conhecimentos gerais, a primeira parte é verdadeira, porém
a segunda é falsa. Como esta proposição é uma conjunção, ela está falsa, pois só
seria verdadeira se ambas as proposições fossem verdadeiras.
B) O avião é um meio de transporte ou o aço é mole.
A primeira parte é verdadeira e a segunda é falsa. Como se trata de uma
disjunção, ela é verdadeira, pois basta que uma das proposições simples seja
verdadeira. Eis o gabarito.
C) 6 é ímpar ou 2 + 3 ≠ 5.
Temos uma disjunção onde ambas as proposições simples são falsas,
levando a uma sentença falsa.
D) O Brasil é um país e Sergipe é uma cidade.
Temos uma conjunção onde uma proposição é falsa, tornando a sentença
falsa.
E) O papagaio fala e o porco voa.
Outra conjunção com uma das proposições falsa.
Resposta: B.
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21. FGV - CODESP/SP - 2010) Se A não é azul, então B é amarelo. Se B não é
amarelo, então C é verde. Se A é azul, então C não é verde. Logo, tem-se
obrigatoriamente que:
a) A é azul
b) B é amarelo
c) C é verde
d) A não é azul
e) B não é amarelo
RESOLUÇÃO:
Para resolver esse exercício, vamos chutar que “A não é azul” (início da
primeira proposição) é falsa, isto é, “A é azul” é verdadeira. Feito isso, vamos
analisar as condicionais.
Ainda sobre a primeira sentença, se a proposição p (“A não é azul”) da
condicional é falsa, a proposição q pode ser verdadeira ou falsa e mesmo assim a
condicional será verdadeira. Portanto, ainda não podemos afirmar se “B é amarelo”
é V ou F. Vejamos a terceira frase:
“Se A é azul, então C não é verde”
Nessa terceira frase, sabemos que “A é azul” é verdadeira (pois definimos
que “A não é azul” é falsa). Portanto, “C não é verde” tem de ser verdadeira
também. Com isso em mãos, vamos verificar a segunda sentença:
Se B não é amarelo, então C é verde.
Sabemos que “C é verde” é falso. Assim, “B não é amarelo” precisa ser falsa
também para garantir que a condicional seja verdadeira. Portanto, “B é amarelo”
seria verdadeira.
Em resumo, quando chutamos que “A não é azul” é falsa, obtivemos:
- A é azul
- B é amarelo
- C não é verde.
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E se tivéssemos assumido que “A não é azul” é verdadeira? Analisando a
primeira condicional novamente, isso obrigaria “B é amarelo” a ser verdadeira
também, sob pena de tornar a condicional p q falsa.
Isto é, chutando “A não é azul” verdadeira ou falsa, chegamos à mesma
conclusão em relação a B. Assim, podemos garantir que B é realmente amarelo,
como afirma a letra B.
Resposta: B
22. FGV - MEC - 2008) O silogismo é uma forma de raciocínio dedutivo. Na sua
forma padronizada, é constituído por três proposições: as duas primeiras
denominam-se premissas e a terceira, conclusão. As premissas são juízos que
precedem a conclusão. Em um silogismo, a conclusão é conseqüência necessária
das premissas.
São dados 3 conjuntos formados por 2 premissas verdadeiras e 1 conclusão não
necessariamente verdadeira.
I.
Premissa 1: Alguns animais são homens.
Premissa 2: Júlio é um animal.
Conclusão: Júlio é homem.
II.
Premissa 1: Todo homem é um animal.
Premissa 2: João é um animal.
Conclusão: João é um homem.
III.
Premissa 1: Todo homem é um animal.
Premissa 2: José é um homem.
Conclusão: José é um animal.
É (são) silogismo(s) somente:
a) I
b) II
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c) III
d) I e III
e) II e III
RESOLUÇÃO:
Vamos analisar os 3 conjuntos dados. Em cada um deles, assumiremos que
as 2 premissas são verdadeiras e veremos se isso torna a conclusão verdadeira ou
não. Se torná-la verdadeira, temos um silogismo.
I.
Premissa 1: Alguns animais são homens.
Premissa 2: Júlio é um animal.
Conclusão: Júlio é homem.
Falso. Veja que nem todos os animais são homens, apenas alguns (premissa
1). É possível que Júlio seja algum dos animais que não é homem. Assim, não se
pode concluir que Júlio é homem.
II.
Premissa 1: Todo homem é um animal.
Premissa 2: João é um animal.
Conclusão: João é um homem.
Falso. A premissa 1 diz que todo homem é animal, mas não garante que todo
animal é homem. Isto é, podem existir animais que são homens e animais que não
são homens. Se João é um animal (premissa 2), ele pode estar em qualquer um
desses 2 grupos. Não podemos afirmar que ele está no grupo dos animais que são
homens, como diz a conclusão.
III.
Premissa 1: Todo homem é um animal.
Premissa 2: José é um homem.
Conclusão: José é um animal.
Verdadeiro. A premissa 1 é suficiente para afirmar que todos os homens
estão contidos no conjunto dos animais. Portanto, se José é um homem, ele
também está contido nesse conjunto. Portanto, ele é um animal (conclusão).
Resposta: C.
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Obs.: na aula de diagramas lógicos voltaremos a esse exercício para resolvê-
lo utilizando esta ferramenta.
23. FGV - CODESP/SP - 2010) A negação da sentença “Se tenho dinheiro, então
sou feliz” é:
a) Se não tenho dinheiro, então não sou feliz
b) Se não sou feliz, então não tenho dinheiro
c) Não tenho dinheiro e sou feliz
d) Não tenho dinheiro ou sou feliz
e) Tenho dinheiro, e não sou feliz
RESOLUÇÃO:
Para desmentir o autor dessa frase, seria preciso mostrar que, mesmo tendo
dinheiro, determinada pessoa não é feliz. Letra E.
Trata-se de uma condicional p q, cuja negação é p e ~q.
Resposta: E.
24. FGV - CODESP/SP - 2010) Em cada uma das cinco portas A, B, C, D e E, está
escrita uma sentença, conforme a seguir:
Porta A: “Eu sou a porta de saída”
Porta B: “A porta de saída é a C”
Porta C: “A sentença escrita na porta A é verdadeira”
Porta D: “Se eu sou a porta de saída, então a porta de saída não é a porta E”
Porta E: “Eu não sou a porta de saída”
Sabe-se que dessas cinco sentenças há uma única verdadeira e que há somente
uma porta de saída. A porta de saída é a porta:
a) D
b) A
c) B
d) C
e) E
RESOLUÇÃO:
Para resolver esse exercício, vamos admitir que uma sentença seja
verdadeira e as outras 4 sejam falsas. Mas, se elas forem falsas, as negações delas
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serão verdadeiras. Vejamos então como seria a negação de cada uma das
sentenças:
Sentença Negação
Porta A: “Eu sou a porta de saída” “Eu não sou a porta de saída”
Porta B: “A porta de saída é a C” “A porta de saída não é a C”
Porta C: “A sentença escrita na porta A é
verdadeira”
“A sentença escrita na porta A não é
verdadeira”
Porta D: “Se eu sou a porta de saída,
então a porta de saída não é a porta E”
“Eu sou a porta de saída e a porta de
saída é a porta E”
Porta E: “Eu não sou a porta de saída” “Eu sou a porta de saída”
Repare na negação da sentença D. Essa negação nunca pode ser
verdadeira, afinal ela diz que tanto a própria porta D quanto a porta E são a saída.
Temos certeza que essa frase é falsa. Se ela é falsa, então a sentença D deve ser
verdadeira: “Se eu sou a porta de saída, então a porta de saída não é a porta E”.
Ora, já descobrimos que apenas a porta D tem uma sentença verdadeira,
portanto a negação da sentença escrita em cada uma das outras portas também é
verdadeira.
Veja que a negação da frase da porta E é: “Eu sou a porta de saída”. Sendo
essa frase verdadeira, nosso gabarito é a letra E.
Resposta: E
25. CESPE – MPS – 2009) Julgue os itens que se seguem, acerca de tautologia,
proposições e operações com conjuntos.
( ) Considerando as proposições P e Q e os símbolos lógicos: ¬ (negação); v (ou);
^ (e); (se, ... então), é correto afirmar que a proposição (¬P)^Q (¬P)v Q é uma
tautologia.
( ) Se A for um conjunto não vazio e se o número de elementos do conjunto A B∪
for igual ao número de elementos do conjunto A B∩ , então o conjunto B terá pelo
menos um elemento.
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( ) A negação da proposição “Pedro não sofreu acidente de trabalho ou Pedro está
aposentado” é “Pedro sofreu acidente de trabalho ou Pedro não está aposentado”.
RESOLUÇÃO:
( ) Considerando as proposições P e Q e os símbolos lógicos: ¬ (negação); v (ou);
^ (e); (se, ... então), é correto afirmar que a proposição (¬P)^Q (¬P)v Q é uma
tautologia.
Vamos construir a tabela-verdade dessa proposição:
p q ~p ~q (¬P)^Q (¬P)v Q (¬P)^Q
(¬P)v Q
V V F F F V V
V F F V F F V
F V V F V V V
F F V V F V V
Observando a coluna da direita, vemos que a expressão é sempre
Verdadeira, independentemente dos valores lógicos de P e Q. Portanto, trata-se de
uma Tautologia. Item CERTO.
( ) Se A for um conjunto não vazio e se o número de elementos do conjunto
A B∪ for igual ao número de elementos do conjunto A B∩ , então o conjunto B terá
pelo menos um elemento.
Se o número de elementos comuns aos 2 conjuntos (intersecção) é igual ao
total de elementos dos 2 conjuntos (união), podemos afirmar que os conjuntos A e B
são iguais. Como A não é vazio, ele tem pelo menos um elemento. O mesmo ocorre
com B. Item CERTO.
( ) A negação da proposição “Pedro não sofreu acidente de trabalho ou Pedro está
aposentado” é “Pedro sofreu acidente de trabalho ou Pedro não está aposentado”.
Para desmentir o autor da primeira proposição, precisaríamos provar que
nenhuma das afirmações é verdadeira (pois se trata de uma disjunção). Assim, a
negação é feita com a conjunção: Pedro sofreu acidente de trabalho E Pedro não
está aposentado. Item ERRADO.
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Resposta: C C E
26. CESPE – PREVIC – 2011) Um argumento é uma sequência finita de
proposições, que são sentenças que podem ser julgadas como verdadeiras (V) ou
falsas (F). Um argumento é válido quando contém proposições assumidas como
verdadeiras — nesse caso, denominadas premissas — e as demais proposições
são inseridas na sequência que constitui esse argumento porque são verdadeiras
em consequência da veracidade das premissas e de proposições anteriores. A
última proposição de um argumento é chamada conclusão. Perceber a forma de um
argumento é o aspecto primordial para se decidir sua validade. Duas proposições
são logicamente equivalentes quando têm as mesmas valorações V ou F. Se uma
proposição for verdadeira, então a sua negação será falsa, e vice-versa. Com base
nessas informações, julgue o item a seguir.
( ) A negação da proposição “Se um trabalhador tinha qualidade de segurado da
previdência social ao falecer, então seus dependentes têm direito a pensão” é
logicamente equivalente à proposição “Um trabalhador tinha qualidade de segurado
da previdência social ao falecer, mas seus dependentes não têm direito a pensão”.
RESOLUÇÃO:
A primeira proposição é p q, onde p = o trabalhador era segurado e q = os
dependentes tem direito a pensão (resumidamente).
Já a segunda proposição é p e ~q. Temos, de fato, a negação de p q, pois a
condição (p) foi cumprida e, mesmo assim, o resultado (q) não ocorreu. Item
CERTO.
Resposta: C
***************************
Pessoal, por hoje é isso. Até a próxima aula, quando daremos continuidade à
resolução de exercícios sobre lógica proposicional e de argumentação. Garanta que
você entendeu bem a teoria da aula de hoje, para aproveitar bem as próximas
aulas. Abraço,
Arthur Lima (arthurlima@estrategiaconcursos.com.br)
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3. LISTA DAS QUESTÕES APRESENTADAS NA AULA
1. CESPE – TRE/BA – 2009) A negação da proposição “O presidente é o membro
mais antigo do tribunal e o corregedor é o vice-presidente” é “O presidente é o
membro mais novo do tribunal e o corregedor não é o vice-presidente”.
2. CESPE – STF – 2008)
Filho meu, ouve minhas palavras e atenta para meu conselho.
A resposta branda acalma o coração irado.
O orgulho e a vaidade são as portas de entrada da ruína do homem.
Se o filho é honesto então o pai é exemplo de integridade.
Tendo como referência as quatro frases acima, julgue o itens seguintes.
( ) A primeira frase é composta por duas proposições lógicas simples unidas pelo
conectivo de conjunção.
( ) A segunda frase é uma proposição lógica simples.
( ) A terceira frase é uma proposição lógica composta.
( ) A quarta frase é uma proposição lógica em que aparecem dois conectivos
lógicos.
3. CESPE – BANCO DO BRASIL – 2007) Na lógica sentencial, denomina-se
proposição uma frase que pode ser julgada como verdadeira (V) ou falsa (F), mas
não, como ambas. Assim, frases como “Como está o tempo hoje?” e “Esta frase é
falsa” não são proposições porque a primeira é pergunta e a segunda não pode ser
nem V nem F. As proposições são representadas simbolicamente por letras
maiúsculas do alfabeto — A, B, C etc. Uma proposição da forma “A ou B” é F se A e
B forem F, caso contrário é V; e uma proposição da forma “Se A então B” é F se A
for V e B for F, caso contrário é V. Um raciocínio lógico considerado correto é
formado por uma seqüência de proposições tais que a última proposição é
verdadeira sempre que as proposições anteriores na seqüência forem verdadeiras.
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Considerando as informações contidas no texto acima, julgue os itens
subseqüentes.
( ) É correto o raciocínio lógico dado pela seqüência de proposições seguintes:
Se Antônio for bonito ou Maria for alta, então José será aprovado no concurso.
Maria é alta.
Portanto José será aprovado no concurso.
( ) É correto o raciocínio lógico dado pela seqüência de proposições seguintes:
Se Célia tiver um bom currículo, então ela conseguirá um emprego.
Ela conseguiu um emprego.
Portanto, Célia tem um bom currículo.
( ) Na lista de frases apresentadas a seguir, há exatamente três proposições.
“A frase dentro destas aspas é uma mentira.”
A expressão X + Y é positiva.
O valor de 4 3 7+ = .
Pelé marcou dez gols para a seleção brasileira.
O que é isto?
4. FCC – Banco do Brasil – 2011) Um jornal publicou a seguinte manchete:
“Toda Agência do Banco do Brasil tem déficit de funcionários.”
Diante de tal inverdade, o jornal se viu obrigado a retratar-se, publicando uma
negação de tal manchete. Das sentenças seguintes, aquela que expressaria de
maneira correta a negação da manchete publicada é:
a) Qualquer Agência do Banco do Brasil não têm déficit de funcionários
b) Nenhuma Agência do Banco do Brasil tem déficit de funcionários
c) Alguma Agência do Banco do Brasil não tem déficit de funcionários
d) Existem Agências com déficit de funcionários que não pertencem ao Banco do
Brasil
e) O quadro de funcionários do Banco do Brasil está completo
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5. FCC – BAHIAGÁS – 2010) “Se a soma dos dígitos de um número inteiro n é
divisível por 6, então n é divisível por 6”. Um valor de n que mostra ser falsa a frase
acima é:
a) 30
b) 33
c) 40
d) 42
e) 60
6. FCC – ALESP – 2010) Durante uma sessão no plenário da Assembléia
Legislativa, o presidente da mesa fez a seguinte declaração, dirigindo-se às galerias
da casa:
“Se as manifestações desrespeitosas não forem interrompidas, então eu não
darei início à votação”.
Esta declaração é logicamente equivalente à afirmação:
a) se o presidente da mesa deu início à votação, então as manifestações
desrespeitosas foram interrompidas
b) se o presidente da mesa não deu início à votação, então as manifestações
desrespeitosas não foram interrompidas
c) se as manifestações desrespeitosas forem interrompidas, então o presidente da
mesa dará início à votação
d) se as manifestações desrespeitosas continuarem, então o presidente da mesa
começará a votação
e) se as manifestações desrespeitosas não continuarem, então o presidente da
mesa não começará a votação.
7. CESPE – TRT/17ª – 2009) A negação da proposição “O juiz determinou a
libertação de um estelionatário e de um ladrão” é expressa na forma “O juiz não
determinou a libertação de um estelionatário nem de um ladrão”.
8. CESPE – Polícia Militar/AC – 2008) Se A é a proposição “Todo bom soldado é
pessoa honesta”, considere as proposições seguintes:
B Nenhum bom soldado é pessoa desonesta.
C Algum bom soldado é pessoa desonesta.
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D Existe bom soldado que não é pessoa honesta.
E Nenhuma pessoa desonesta é um mau soldado.
Nesse caso, todas essas 4 últimas proposições podem ser consideradas como
enunciados para a proposição ¬A.
9. FCC – SEFAZ/SP – 2009) Considere a afirmação:
Pelo menos um ministro participará da reunião ou nenhuma decisão será tomada.
Para que essa afirmação seja FALSA:
a) é suficiente que nenhum ministro tenha participado da reunião e duas decisões
tenham sido tomadas.
b) é suficiente que dois ministros tenham participado da reunião e alguma decisão
tenha sido tomada.
c) é necessário e suficiente que alguma decisão tenha sido tomada,
independentemente da participação de ministros na reunião.
d) é necessário que nenhum ministro tenha participado da reunião e duas decisões
tenham sido tomadas.
e) é necessário que dois ministros tenham participado da reunião e nenhuma
decisão tenha sido tomada.
10. CESPE – POLÍCIA FEDERAL – 2004) Uma noção básica da lógica é a de que
um argumento é composto de um conjunto de sentenças denominadas premissas e
de uma sentença denominada conclusão. Um argumento é válido se a conclusão é
necessariamente verdadeira sempre que as premissas forem verdadeiras. Com
base nessas informações, julgue os itens que se seguem.
( ) Toda premissa de um argumento válido é verdadeira.
( ) Se a conclusão é falsa, o argumento não é válido.
( ) Se a conclusão é verdadeira, o argumento é válido.
( ) É válido o seguinte argumento: Todo cachorro é verde, e tudo que é verde é
vegetal, logo todo cachorro é vegetal.
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11. FCC – SEFAZ/SP – 2009) Considere as seguintes afirmações:
I. Se ocorrer uma crise econômica, então o dólar não subirá.
II. Ou o dólar subirá, ou os salários serão reajustados, mas não ambos.
III. Os salários serão reajustados se, e somente se, não ocorrer uma crise
econômica.
Sabendo que as três afirmações são verdadeiras, é correto concluir que,
necessariamente,
a) o dólar não subirá, os salários não serão reajustados e não ocorrerá uma crise
econômica.
b) o dólar subirá, os salários não serão reajustados e ocorrerá uma crise econômica.
c) o dólar não subirá, os salários serão reajustados e ocorrerá uma crise econômica.
d) o dólar subirá, os salários serão reajustados e não ocorrerá uma crise econômica.
e) o dólar não subirá, os salários serão reajustados e não ocorrerá uma crise
econômica.
12. CESPE – Polícia Federal – 2009) As proposições [ (~ )] (~ )A B A∨ → e
[(~ ) ] (~ )A B A∧ ∨ são equivalentes.
13. CESPE – Polícia Militar/AC – 2008) Considere as seguintes proposições:
A 6 - 1 = 7 ou 6 + 1 > 2
B 6 + 3 > 8 e 6 - 3 = 4
C 9 × 3 > 25 ou 6 × 7 < 45
D 5 + 2 é um número primo e todo número primo é ímpar.
Nesse caso, entre essas 4 proposições, apenas duas são F.
14. CESPE – POLÍCIA FEDERAL – 2004) Quando Paulo estuda, ele é aprovado
nos concursos em que se inscreve. Como ele não estudou recentemente, não deve
ser aprovado neste concurso.
Em cada um dos itens a seguir, julgue se o argumento apresentado tem estrutura
lógica equivalente à do texto acima.
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  • 1. Acesse www.baixarveloz.net RACIOCÍNIO LÓGICO p/ POLÍCIA FEDERAL TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS Prof. Arthur Lima – Aula 03 Prof. Arthur Lima www.estrategiaconcursos.com.br 1 AULA 03: LÓGICA PROPOSICIONAL SUMÁRIO PÁGINA 1. Teoria 01 2. Resolução de questões 20 3. Lista das questões apresentadas na aula 52 4. Gabarito 63 Olá! Vamos dar início à nossa terceira aula. Hoje veremos a teoria de estruturas lógicas e lógica de argumentação. Resolveremos vários exercícios para você começar a fixar os conceitos. Lembre-se que este tema é um dos focos do seu edital. Sugiro que você sempre tente resolver os exercícios antes de ler a minha resolução. E, sempre que preciso, retorne aos pontos teóricos nos quais você encontre dificuldade. 1. TEORIA 1.1 Introdução Para começar este assunto, você precisa saber que uma proposição é uma frase que admita um valor lógico (V – verdadeiro ou F – falso). Ex.: A bola é azul. Veja que não existe meio termo: ou a bola é realmente de cor azul, tornando a proposição verdadeira, ou a bola é de outra cor, sendo a proposição falsa. Observe que nem toda frase pode ser considerada uma proposição. Por exemplo, a exclamação “Bom dia!” não pode ser classificada como verdadeira ou falsa. O mesmo ocorre com as frases “Qual o seu nome?” ou “Vá dormir”, que também não têm um valor lógico (V ou F). No estudo de lógica de argumentação, usamos letras minúsculas (principalmente p, q e r) para simbolizar uma proposição. É importante também conhecer alguns princípios relativos às proposições. O princípio da não-contradição diz que uma proposição não pode ser, ao mesmo tempo, Verdadeira e Falsa. Ou uma coisa ou outra. Já o princípio da exclusão do
  • 2. Acesse www.baixarveloz.net RACIOCÍNIO LÓGICO p/ POLÍCIA FEDERAL TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS Prof. Arthur Lima – Aula 03 Prof. Arthur Lima www.estrategiaconcursos.com.br 2 terceiro termo diz que não há um meio termo entre Verdadeiro ou Falso. Portanto, se temos uma proposição p (exemplo: “2 mais 2 não é igual a 7”), sabemos que: - se essa frase é verdadeira, então ela não pode ser falsa, e vice-versa (não- contradição), e - não é possível que essa frase seja “meio verdadeira” ou “meio falsa”, ela deve ser somente Verdadeira ou somente Falsa (exclusão do terceiro termo). Uma observação importante: não se preocupe tanto com o conteúdo da proposição. Quem nos dirá se a proposição é verdadeira ou falsa é o enunciado do exercício. Ao resolver exercícios você verá que, a princípio, consideramos todas as proposições fornecidas como sendo verdadeiras, a menos que o exercício diga o contrário. Se um exercício disser que a proposição “2 + 2 = 7” é Verdadeira, você deve aceitar isso, ainda que saiba que o conteúdo dela não é realmente correto. Isto porque estamos trabalhando com Lógica formal. Vejamos duas proposições exemplificativas: p: Chove amanhã. q: Eu vou à escola. Note que, de fato, p e q são duas proposições, pois cada uma delas pode ser Verdadeira ou Falsa. Duas ou mais proposições podem ser combinadas, criando proposições compostas, utilizando para isso os operadores lógicos. Vamos conhecê-los estudando as principais formas de proposições compostas. Para isso, usaremos como exemplo as duas proposições que já vimos acima. Vejamos como podemos combiná-las: a) Conjunção (“e”): trata-se de uma combinação de proposições usando o operador lógico “e”, ou seja, do tipo “p e q”. Por exemplo: “Chove amanhã e eu vou à escola”. Utilizamos o símbolo ^ para representar este operador. Ou seja, ao invés de escrever “p e q”, podemos escrever “ p q∧ ”. Veja que, ao dizer que “Chove amanhã e eu vou à escola”, estou afirmando que as duas coisas acontecem (chover e ir à escola). Em outras palavras, esta proposição composta só pode ser Verdadeira se as duas proposições simples que a compõem forem verdadeiras, isto é, acontecerem. Se chover e, mesmo assim, eu
  • 3. Acesse www.baixarveloz.net RACIOCÍNIO LÓGICO p/ POLÍCIA FEDERAL TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS Prof. Arthur Lima – Aula 03 Prof. Arthur Lima www.estrategiaconcursos.com.br 3 não for à escola, significa que a conjunção acima é Falsa. Da mesma forma, se não chover e mesmo assim eu for à escola, a expressão acima também é Falsa. Portanto, para analisar se a proposição composta é Verdadeira ou Falsa, devemos olhar cada uma das proposições que a compõem. Já vimos que se p acontece (p é Verdadeira) e q acontece (q é Verdadeira), a expressão p e q é Verdadeira. Esta é a primeira linha da tabela abaixo. Já se p acontece (V), isto é, se chove, e q não acontece (F), ou seja, eu não vou à escola, a expressão inteira torna-se falsa. Isto também ocorre se p não acontece (F) e q acontece (V). Estas são as duas linhas seguintes da tabela abaixo. Finalmente, se nem p nem q acontecem (ambas são Falsas), a expressão inteira também será falsa. Veja esta tabela: Valor lógico de p (“Chove amanhã”) Valor lógico de q (“Eu vou à escola”) Valor lógico de p e q ( p q∧ ) V V V V F F F V F F F F A tabela acima é chamada de tabela-verdade da proposição combinada “p e q”. Nesta tabela podemos visualizar que a única forma de tornar a proposição verdadeira ocorre quando tanto p quanto q são verdadeiras. E que, para desmenti- la (tornar toda a proposição falsa), basta provar que pelo menos uma das proposições que a compõem é falsa. b) Disjunção (“ou”): esta é uma combinação usando o operador “ou”, isto é, “p ou q” (também podemos escrever p q∨ ). Ex.: “Chove amanhã ou eu vou à escola”. Veja que, ao dizer esta frase, estou afirmando que pelo menos uma das coisas vai acontecer: chover amanhã ou eu ir à escola. Se uma delas ocorrer, já estou dizendo a verdade, independentemente da outra ocorrer ou não. Agora, se nenhuma delas acontecer (não chover e, além disso, eu não for à escola), a minha frase estará falsa. A tabela abaixo resume estas possibilidades: Valor lógico de p (“Chove amanhã”) Valor lógico de q (“Eu vou à escola”) Valor lógico de p ou q ( p q∨ )
  • 4. Acesse www.baixarveloz.net RACIOCÍNIO LÓGICO p/ POLÍCIA FEDERAL TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS Prof. Arthur Lima – Aula 03 Prof. Arthur Lima www.estrategiaconcursos.com.br 4 V V V V F V F V V F F F Como você pode ver na coluna da direita, a única possibilidade de uma Disjunção do tipo p ou q ser falsa ocorre quando tanto p quanto q não acontecem, isto é, são falsas. Talvez você tenha estranhado a primeira linha da tabela. Na língua portuguesa, “ou” é utilizado para representar alternativas excludentes entre si (isto é, só uma coisa poderia acontecer: chover ou então eu ir à escola). Assim, talvez você esperasse que, caso p fosse verdadeira e q também fosse verdadeira, a frase inteira seria falsa. Veja que isto não ocorre aqui. Veremos isso no próximo item, ao estudar a disjunção exclusiva. c) Disjunção exclusiva (Ou exclusivo): esta é uma combinação do tipo “ou p ou q” (simbolizada por p q⊕ ). Ex.: “Ou chove amanhã ou eu vou à escola”. Aqui, ao contrário da Disjunção que vimos acima, a proposição composta só é verdadeira se uma das proposições for verdadeira e a outra for falsa. Isto é, se eu digo “Ou chove amanhã ou eu vou à escola”, porém as duas coisas ocorrem (amanhã chove e, além disso, eu vou à escola), a frase será falsa como um todo. Veja abaixo a tabela-verdade deste operador lógico, chamado muitas vezes de “Ou exclusivo”, em oposição ao “ou” alternativo que vimos acima: Valor lógico de p (“Chove amanhã”) Valor lógico de q (“Eu vou à escola”) Valor lógico de Ou p ou q ( p q⊕ ) V V F V F V F V V F F F Marquei em vermelho a única mudança que temos em relação ao caso anterior.
  • 5. Acesse www.baixarveloz.net RACIOCÍNIO LÓGICO p/ POLÍCIA FEDERAL TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS Prof. Arthur Lima – Aula 03 Prof. Arthur Lima www.estrategiaconcursos.com.br 5 d) Condicional (implicação): uma condicional é uma combinação do tipo “se p, então q” (simbolizada por p q→ ). Usando o nosso exemplo, podemos montar a proposição composta “Se chove amanhã, eu vou à escola”. Esta é a proposição composta mais comum em provas de concurso. Chamamos este caso de Condicional porque temos uma condição (“se chove amanhã”) que, caso venha a ocorrer, faz com que automaticamente a sua consequência (“eu vou à escola”) tenha que acontecer. Isto é, se p for Verdadeira, isto obriga q a ser também Verdadeira. Se a condição p (“se chove amanhã”) não ocorre (é Falsa), q pode ocorrer (V) ou não (F), e ainda assim a frase é Verdadeira. Porém se a condição ocorre (p é V) e o resultado não ocorre (q é F), estamos diante de uma proposição composta que é Falsa como um todo. Tudo o que dissemos acima leva a esta tabela: Valor lógico de p (“Chove amanhã”) Valor lógico de q (“Eu vou à escola”) Valor lógico de Se p, então q ( p q→ ) V V V V F F F V V F F V e) Bicondicional (“se e somente se”): uma bicondicional é uma combinação do tipo “p se e somente se q” (simbolizada por p q↔ ). Ex.: “Chove amanhã se e somente se eu vou à escola”. Quando alguém nos diz a frase acima, ela quer dizer que, necessariamente, as duas coisas acontecem juntas (ou então nenhuma delas acontece). Assim, sabendo que amanhã chove, já sabemos que a pessoa vai à escola. Da mesma forma, sabendo que a pessoa foi à escola, então sabemos que choveu. Por outro lado, sabendo que não choveu, sabemos automaticamente que a pessoa não foi à escola. Note, portanto, que a expressão p q↔ só é verdadeira quando tanto p quanto q acontecem (são Verdadeiras), ou então quando ambas não acontecem (são Falsas). Se ocorrer outro caso (chover e a pessoa não for à escola, por exemplo), a expressão p q↔ é Falsa. Isso está resumido na tabela abaixo:
  • 6. Acesse www.baixarveloz.net RACIOCÍNIO LÓGICO p/ POLÍCIA FEDERAL TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS Prof. Arthur Lima – Aula 03 Prof. Arthur Lima www.estrategiaconcursos.com.br 6 Valor lógico de p (“Chove amanhã”) Valor lógico de q (“Eu vou à escola”) Valor lógico de p se e somente se q ( p q↔ ) V V V V F F F V F F F V Novamente, marquei em vermelho a única coisa que mudou em relação à condicional p q→ . 1.2 Negação de proposições simples Representamos a negação de uma proposição simples “p” pelo símbolo “~p” (leia não-p).Também podemos usar a notação p¬ , que é menos usual. Sabemos que o valor lógico de “p” e “~p” são opostos, isto é, se p é uma proposição verdadeira, ~p será falsa, e vice-versa. Quando temos uma proposição simples (por ex.: “Chove agora”, “Todos os nordestinos são fortes”, “Algum brasileiro é mineiro”), podemos negar essa proposição simplesmente inserindo “Não é verdade que...” em seu início. Veja: - Não é verdade que chove agora - Não é verdade que todos os nordestinos são fortes - Não é verdade que algum brasileiro é mineiro Entretanto, na maioria dos exercícios serão solicitadas outras formas de negar uma proposição. Para descobrir a negação, basta você se perguntar: o que eu precisaria fazer para provar que quem disse essa frase está mentindo? Se você for capaz de desmenti-lo, você será capaz de negá-lo. Se João nos disse que “Chove agora”, bastaria confirmar que não está chovendo agora para desmenti-lo. Portanto, a negação seria simplesmente “Não chove agora”. Entretanto, caso João nos diga que “Todos os nordestinos são fortes”, bastaria encontrarmos um único nordestino que não fosse forte para desmenti-lo. Portanto, a negação desta afirmação pode ser, entre outras possibilidades: - “Pelo menos um nordestino não é forte” - “Algum nordestino não é forte” - “Existe nordestino que não é forte”
  • 7. Acesse www.baixarveloz.net RACIOCÍNIO LÓGICO p/ POLÍCIA FEDERAL TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS Prof. Arthur Lima – Aula 03 Prof. Arthur Lima www.estrategiaconcursos.com.br 7 Já se João nos dissesse que “Algum nordestino é forte”, basta que um único nordestino seja realmente forte para que a frase dele seja verdadeira. Portanto, aqui é mais difícil desmenti-lo, pois precisaríamos analisar todos os nordestinos e mostrar que nenhum deles é forte. Assim, a negação seria, entre outras possibilidades: - “Nenhum nordestino é forte” - “Não existe nordestino forte” A tabela abaixo resume as principais formas de negação de proposições simples. Veja que, assim como você pode usar as da coluna da direita para negar frases com as expressões da coluna da esquerda, você também pode fazer o contrário. Proposição “p” Proposição “~p” Meu gato é preto Meu gato não é preto Todos gatos são pretos Algum/pelo menos um/existe gato (que) não é preto Nenhum gato é preto Algum/pelo menos um/existe gato (que) é preto Note ainda que ~(~p) = p, isto é, a negação da negação de p é a própria proposição p. Isto é, negar duas vezes é igual a falar a verdade. 1.3 Negação de proposições compostas Quando temos alguma das proposições compostas (conjunção, disjunção, disjunção exclusiva, condicional ou bicondicional), podemos utilizar o mesmo truque para obter a sua negação: buscar uma forma de desmentir quem estivesse falando aquela frase. Vejamos alguns exemplos: a) Conjunção: “Chove hoje e vou à praia”. Se João nos diz essa frase, ele está afirmando que as duas coisas devem ocorrer (se tiver dúvida, retorne à tabela- verdade da conjunção). Isto é, para desmenti-lo, bastaria provar que pelo menos uma delas não ocorre. Isto é, a primeira coisa não ocorre ou a segunda coisa não ocorre (ou mesmo as duas não ocorrem). Veja que para isso podemos usar uma disjunção, negando as duas proposições simples como aprendemos no item
  • 8. Acesse www.baixarveloz.net RACIOCÍNIO LÓGICO p/ POLÍCIA FEDERAL TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS Prof. Arthur Lima – Aula 03 Prof. Arthur Lima www.estrategiaconcursos.com.br 8 anterior: “Não chove hoje ou não vou à praia”. Da mesma forma, se João tivesse dito “Todo nordestino é forte e nenhum gato é preto”, poderíamos negar utilizando uma disjunção, negando as duas proposições simples: “Algum nordestino não é forte ou algum gato é preto”. b) Disjunção: “Chove hoje ou vou à praia”. Essa afirmação é verdadeira se pelo menos uma das proposições simples for verdadeira. Portanto, para desmentir quem a disse, precisamos provar que as duas coisas não acontecem, isto é, as duas proposições são falsas. Assim, a negação seria uma conjunção: “Não chove hoje e não vou à praia”. Já a negação de “Todo nordestino é forte ou nenhum gato é preto” seria “Algum nordestino não é forte e algum gato é preto”. c) Disjunção exclusiva: “Ou chove hoje ou vou à praia”. Recorrendo à tabela- verdade, você verá que a disjunção exclusiva só é verdadeira se uma, e apenas uma das proposições é verdadeira, sendo a outra falsa. Assim, se mostrássemos que ambas são verdadeiras, ou que ambas são falsas, estaríamos desmentindo o autor da frase. Para isso, podemos usar uma bicondicional: “Chove hoje se e somente se eu vou à praia”. Veja que esta frase indica que ou acontecem as duas coisas (chover e ir à praia) ou não acontece nenhuma delas. d) Condicional: “Se chove hoje, então vou à praia”. Lembra-se que a condicional só é falsa caso a condição (p) seja verdadeira e o resultado (q) seja falso? Portanto, é justamente isso que deveríamos provar se quiséssemos desmentir o autor da frase. A seguinte conjunção nos permite negar a condicional: “Chove hoje e não vou à praia”. e) Bicondicional: “Chove hoje se e somente se vou à praia”. O autor da frase está afirmando que as duas coisas (chover e ir à praia) devem ocorrer juntas, ou então nenhuma delas pode ocorrer. Podemos desmenti-lo provando que uma das coisas ocorre (é verdadeira) enquanto a outra não (é falsa). A disjunção exclusiva nos permite fazer isso: “Ou chove hoje, ou vou à praia”. Veja na tabela abaixo as principais formas de negação de proposições compostas:
  • 9. Acesse www.baixarveloz.net RACIOCÍNIO LÓGICO p/ POLÍCIA FEDERAL TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS Prof. Arthur Lima – Aula 03 Prof. Arthur Lima www.estrategiaconcursos.com.br 9 Proposição composta Negação Conjunção ( p q∧ ) Ex.: Chove hoje e vou à praia Disjunção (~ ~p q∨ ) Ex.: Não chove hoje ou não vou à praia Disjunção ( p q∨ ) Ex.: Chove hoje ou vou à praia Conjunção (~ ~p q∧ ) Ex.: Não chove hoje e não vou à praia Disjunção exclusiva ( p q⊕ ) Ex.: Ou chove hoje ou vou à praia Bicondicional ( p q↔ ) Ex.: Chove hoje se e somente se vou à praia Condicional ( p q→ ) Ex.: Se chove hoje, então vou à praia Conjunção ( ~p q∧ ) Ex.: Chove hoje e não vou à praia Bicondicional ( p q↔ ) Ex.: Chove hoje se e somente se vou à praia. Disjunção exclusiva ( p q⊕ ) Ex.: Ou chove hoje ou vou à praia 1.4 Construção da tabela-verdade de proposições compostas Alguns exercícios podem exigir que você saiba construir a tabela-verdade de proposições compostas. Para exemplificar, veja a proposição [(~ ) ]A B C∨ ∧ . A primeira coisa que você precisa saber é que a tabela-verdade desta proposição terá sempre 2n linhas, onde n é o número de proposições simples envolvidas. Como só temos 3 proposições simples (A, B e C), esta tabela terá 23 , ou seja, 8 linhas. Para montar a tabela verdade de uma expressão como [(~ ) ]A B C∨ ∧ , devemos começar escrevendo criando uma coluna para cada proposição e, a seguir, colocar todas as possibilidades de combinações de valores lógicos (V ou F) entre elas: Valor lógico de A Valor lógico de B Valor lógico de C V V V V V F V F V V F F F V V F V F F F V
  • 10. Acesse www.baixarveloz.net RACIOCÍNIO LÓGICO p/ POLÍCIA FEDERAL TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS Prof. Arthur Lima – Aula 03 Prof. Arthur Lima www.estrategiaconcursos.com.br 10 F F F Agora, note que em [(~ ) ]A B C∨ ∧ temos o termo ~B entre parênteses. Devemos, portanto, criar uma nova coluna na nossa tabela, inserindo os valores de ~B. Lembre-se que os valores de não-B são opostos aos valores de B (compare as colunas em amarelo): Valor lógico de A Valor lógico de B Valor lógico de C Valor lógico de ~B V V V F V V F F V F V V V F F V F V V F F V F F F F V V F F F V Agora que já temos os valores lógicos de ~B, e também temos os de C, podemos criar os valores lógicos da expressão entre colchetes: [(~ ) ]B C∧ . Observe que se trata de uma conjunção (“e”), que só tem valor lógico V quando ambos os membros (no caso, ~B e C) são V: Valor lógico de A Valor lógico de B Valor lógico de C Valor lógico de ~B Valor lógico de [(~ ) ]B C∧ V V V F F V V F F F V F V V V V F F V F F V V F F F V F F F F F V V V F F F V F
  • 11. Acesse www.baixarveloz.net RACIOCÍNIO LÓGICO p/ POLÍCIA FEDERAL TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS Prof. Arthur Lima – Aula 03 Prof. Arthur Lima www.estrategiaconcursos.com.br 11 Agora que já temos os valores lógicos de A e também os valores lógicos de [(~ ) ]B C∧ , podemos analisar os valores lógicos da disjunção [(~ ) ]A B C∨ ∧ . Lembre-se que uma disjunção só é F quando ambos os seus membros são F (marquei esses casos em amarelo): Valor lógico de A Valor lógico de B Valor lógico de C Valor lógico de ~B Valor lógico de [(~ ) ]B C∧ Valor lógico de [(~ ) ]A B C∨ ∧ V V V F F V V V F F F V V F V V V V V F F V F V F V V F F F F V F F F F F F V V V V F F F V F F Assim, podemos omitir a 4ª e 5ª coluna, de modo que a tabela-verdade da expressão [(~ ) ]A B C∨ ∧ é: Valor lógico de A Valor lógico de B Valor lógico de C Valor lógico de [(~ ) ]A B C∨ ∧ V V V V V V F V V F V V V F F V F V V F F V F F F F V V F F F F Veja que essa tabela nos dá os valores lógicos da expressão [(~ ) ]A B C∨ ∧ para todos os possíveis valores das proposições simples que a compõem (A, B e C).
  • 12. Acesse www.baixarveloz.net RACIOCÍNIO LÓGICO p/ POLÍCIA FEDERAL TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS Prof. Arthur Lima – Aula 03 Prof. Arthur Lima www.estrategiaconcursos.com.br 12 1.5 Tautologia e contradição Ao construir tabelas-verdade para expressões, como fizemos acima, podemos verificar que uma determinada expressão sempre é verdadeira, independente dos valores lógicos das proposições simples que a compõem. Trata- se de uma tautologia. Por outro lado, algumas expressões podem ser sempre falsas, independente dos valores das proposições que a compõem. Neste caso, estaremos diante de uma contradição. Vejamos alguns exemplos: a) Veja abaixo a tabela-verdade de ~p p∧ (ex.: Sou bonito e não sou bonito). Pela simples análise desse exemplo, já vemos uma contradição (não dá para ser bonito e não ser ao mesmo tempo). Olhando na coluna da direita dessa tabela, vemos que ela é falsa para todo valor lógico de p: Valor lógico de p Valor lógico de ~p Valor lógico de ~p p∧ V F F F V F Obs.: notou que essa tabela-verdade possui apenas duas linhas? Isso porque temos apenas 1 proposição simples (p), e 21 = 2. b) Veja abaixo a tabela-verdade de ~p p∨ (ex.: Sou bonito ou não sou bonito). Pela simples análise desse exemplo, já vemos uma tautologia (essa frase sempre será verdadeira, independente da minha beleza). Olhando na coluna da direita dessa tabela, vemos que ela é verdadeira para todo valor lógico de p: Valor lógico de p Valor lógico de ~p Valor lógico de ~p p∨ V F V F V V A maioria das proposições compostas apresenta valor Verdadeiro para algumas combinações de valores lógicos das suas proposições simples, e Falso
  • 13. Acesse www.baixarveloz.net RACIOCÍNIO LÓGICO p/ POLÍCIA FEDERAL TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS Prof. Arthur Lima – Aula 03 Prof. Arthur Lima www.estrategiaconcursos.com.br 13 para outras combinações. Essas proposições compostas, que não são Tautologias e nem Contradições, são conhecidas como Contingências. 1.6 Equivalência de proposições lógicas Dizemos que duas proposições lógicas são equivalentes quando elas possuem a mesma tabela-verdade. Como exemplo, vamos verificar se as proposições p q→ e ~ ~q p→ são equivalentes. Faremos isso calculando a tabela verdade das duas, para poder compará-las. Mas intuitivamente você já poderia ver que elas são equivalentes. Imagine que p q→ é “Se chove, então vou à praia”. Sabemos que se a condição (chove) ocorre, necessariamente o resultado (vou à praia) ocorre. Portanto, se soubermos que o resultado não ocorreu (não vou à praia), isso implica que a condição não pode ter ocorrido (não chove). Isto é, podemos dizer que “Se não vou à praia, então não chove”. Ou seja, ~ ~q p→ . A tabela-verdade de p q→ encontra-se abaixo. Calcule-a sozinho, para exercitar: Valor lógico de p Valor lógico de q Valor lógico de p q→ V V V V F F F V V F F V Já a tabela-verdade de ~ ~q p→ foi obtida abaixo: Valor lógico de p Valor lógico de q Valor lógico de ~q Valor lógico de ~p Valor lógico de ~ ~q p→ V V F F V V F V F F F V F V V F F V V V
  • 14. Acesse www.baixarveloz.net RACIOCÍNIO LÓGICO p/ POLÍCIA FEDERAL TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS Prof. Arthur Lima – Aula 03 Prof. Arthur Lima www.estrategiaconcursos.com.br 14 Repare na coluna da direita de cada tabela. Percebeu que são iguais? Isso nos permite afirmar que ambas as proposições compostas são equivalentes. Veja ainda a tabela verdade de ~p ou q: Valor lógico de p Valor lógico de q Valor lógico de ~p Valor lógico de ~p ou q V V F V V F F F F V V V F F V V Perceba que a tabela-verdade de ~p ou q é igual às duas anteriores (p q e ~q ~p). Assim, essas 3 proposições são equivalentes. Não usei este exemplo à toa. Ele cai bastante em concursos, portanto é bom você gravar: p q→ , ~ ~q p→ e ~p ou q são proposições equivalentes!!! 1.6.1 Leis de De Morgan O seu edital cobrou ainda duas equivalências lógicas conhecidas como Leis de De Morgan. São elas: a) ~ ( )p q∧ é equivalente a ~ ~p q∨ Observe que esta equivalência simplesmente nos diz que a negação de “p e q” é dada por “não-p ou não-q”, como já vimos. Exemplo: sendo p = faz sol, e q = vou à praia, as duas sentenças abaixo são equivalentes: - Não é verdade que faz sol e vou à praia - Não faz sol ou não vou à praia b) ~ ( )p q∨ é equivalente a ~ ~p q∧ Repare que esta equivalência simplesmente nos diz que a negação de “p ou q” é dada por “não-p e não-q”, como foi visto anteriormente. Exemplo: usando as mesmas proposições p e q, as sentenças abaixo são equivalentes: - Não é verdade que faz sol ou vou à praia - Não faz sol e não vou à praia
  • 15. Acesse www.baixarveloz.net RACIOCÍNIO LÓGICO p/ POLÍCIA FEDERAL TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS Prof. Arthur Lima – Aula 03 Prof. Arthur Lima www.estrategiaconcursos.com.br 15 Vamos demonstrar as duas equivalências acima montando as respectivas tabelas-verdade. Começando pela primeira equivalência, temos: p q ~p ~q p q∧ p q∨ ~ ( )p q∧ ~ ~p q∨ ~ ( )p q∨ ~ ~p q∧ V V F F V V F F F F V F F V F V V V F F F V V F F V V V F F F F V V F F V V V V Observe que as colunas de ~ ( )p q∧ e ~ ~p q∨ são iguais, demonstrando que essas duas proposições são equivalentes. Da mesma forma, as colunas de ~ ( )p q∨ e ~ ~p q∧ são iguais. Se você se lembrar dessas duas equivalências em sua prova, assim como da equivalência da condicional p q que vimos anteriormente, você tem boa chance de conseguir resolver várias questões sem a necessidade de esquematizar tabelas- verdade. 1.7 Condição necessária e condição suficiente Quando temos uma condicional p q, sabemos que se a condição p acontecer, com certeza o resultado q deve acontecer (para que p q seja uma proposição verdadeira). Portanto, podemos dizer que p acontecer é suficiente para afirmarmos que q acontece. Em outras palavras, p é uma condição suficiente para q. Por exemplo, se dissermos “Se chove, então o chão fica molhado”, é suficiente saber que chove para afirmarmos que o chão fica molhado. Chover é uma condição suficiente para que o chão fique molhado. Por outro lado, podemos dizer que sempre que chove, o chão fica molhado. É necessário que o chão fique molhado para podermos afirmar chove. Portanto, “o chão fica molhado” é uma condição necessária para podermos dizer que chove (se o chão estivesse seco, teríamos certeza de que não chove). Ou seja, q é uma condição necessária para p. Resumidamente, quando temos uma condicional p q, podemos afirmar que p é suficiente para q, e, por outro lado, q é necessária para p.
  • 16. Acesse www.baixarveloz.net RACIOCÍNIO LÓGICO p/ POLÍCIA FEDERAL TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS Prof. Arthur Lima – Aula 03 Prof. Arthur Lima www.estrategiaconcursos.com.br 16 Por outro lado, quando temos uma bicondicional p q↔ , podemos dizer que p é necessária e suficiente para q, e vice-versa. Para a proposição “Chove se e somente se o chão fica molhado” ser verdadeira, podemos dizer que é preciso (necessário) que chova para que o chão fique molhado. Não é dada outra possibilidade. E é suficiente saber que chove para poder afirmar que o chão fica molhado. Da mesma forma, é suficiente saber que o chão ficou molhado para afirmar que choveu; e a única possibilidade de ter chovido é se o chão tiver ficado molhado, isto é, o chão ter ficado molhado é necessário para que tenha chovido. 1.8 Proposições abertas Proposições abertas são proposições que possuem uma ou mais variáveis, como o exemplo abaixo (do tipo p q): “Se 2X é divisível por 5, então X é divisível por 5” Temos a variável X nessa frase, que pode assumir diferentes valores. Se X for igual a 10, teremos: “Se 20 é divisível por 5, então 10 é divisível por 5” Esta frase é verdadeira, pois p é V e q é V. Se X = 11, teremos: “Se 22 é divisível por 5, então 11 é divisível por 5” Esta frase é verdadeira, pois p é F e q também é F. Já se X = 12.5, teremos: “Se 25 é divisível por 5, então 12.5 é divisível por 5” Agora a frase é falsa, pois p é V e q é F! Portanto, quando temos uma proposição aberta, não podemos afirmar de antemão que ela é verdadeira ou falsa, pois isso dependerá do valor que as variáveis assumirem. 1.9 Argumentos Veja o exemplo abaixo: a: Todo nordestino é loiro b: José é nordestino Conclusão: Logo, José é loiro.
  • 17. Acesse www.baixarveloz.net RACIOCÍNIO LÓGICO p/ POLÍCIA FEDERAL TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS Prof. Arthur Lima – Aula 03 Prof. Arthur Lima www.estrategiaconcursos.com.br 17 Temos premissas (a e b) e uma conclusão que é derivada daquelas premissas. Isso é um argumento: um conjunto de premissas que leva a uma conclusão. Dizemos que um argumento é verdadeiro se, aceitando que as premissas são verdadeiras, a conclusão é verdadeira. Veja que não nos interessa aqui questionar a realidade das premissas. Todos nós sabemos que dizer que “todo nordestino é loiro” é uma inverdade. Mas o que importa é que, se assumirmos que todos os nordestinos são loiros, e também assumirmos que José é nordestino, a conclusão lógica é que José deve ser loiro. Os argumentos podem ter diversas premissas. Entretanto, o tipo de argumento que vimos acima, com 2 premissas e 1 conclusão, é chamado de silogismo. Note que temos uma PREMISSA MAIOR, mais geral (todo nordestino é loiro); uma PREMISSA MENOR, mais específica (José é nordestino); e uma CONCLUSÃO (Logo, José é loiro). Sofisma ou falácia é um raciocínio errado com aparência de verdadeiro. Consiste em chegar a uma conclusão inválida a partir de premissas válidas, ou mesmo a partir de premissas contraditórias entre si. Por exemplo: Premissa 1: A maioria dos políticos é corrupta. Premissa 2: João é político. Conclusão: Logo, João é corrupto. Veja que o erro aqui foi a generalização. Uma coisa é dizer que a maioria dos políticos é corrupta, outra é dizer que todos os políticos são corruptos. Não é possível concluir que João é corrupto, já que ele pode fazer parte da minoria, isto é, do grupo dos políticos que não são corruptos. Observe esta outra falácia: Premissa 1: Se faz sol no domingo, então vou à praia. Premissa 2: Fui à praia no último domingo. Conclusão: Logo, fez sol no último domingo. A primeira premissa é do tipo condicional, sendo formada por uma condição (se faz sol...) e um resultado (então vou à praia). Com base nela, podemos assumir que se a condição ocorre (isto é, se efetivamente faz sol), o resultado obrigatoriamente tem de acontecer. Mas não podemos assumir o contrário, isto é, que caso o resultado ocorra (ir à praia), a condição ocorreu. Isto é, eu posso ter ido à praia mesmo que não tenha feito sol no último domingo.
  • 18. Acesse www.baixarveloz.net RACIOCÍNIO LÓGICO p/ POLÍCIA FEDERAL TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS Prof. Arthur Lima – Aula 03 Prof. Arthur Lima www.estrategiaconcursos.com.br 18 1.10 Lógica de Primeira Ordem A lógica de primeira ordem é uma extensão da lógica proposicional que estudamos até aqui. Nela são utilizados diversos símbolos matemáticos para escrever sentenças que podem assumir os valores lógicos V ou F. Aqui temos sentenças abertas, isto é, sentenças onde existe uma ou mais variáveis que podem assumir diversos valores, tornando a proposição V ou F, conforme o caso. Para você entender melhor do que estamos tratando, vejamos um exemplo. Tente ler a expressão abaixo: ( )( )( 0)x x x∃ ∈ <ℝ Esta expressão pode ser lida assim: “existe valor x pertencente ao conjunto dos números reais tal que x é menor do que zero”. Observe que, uma vez “decifrada” a expressão, é muito fácil julgá-la como V ou F. De fato existem valores no conjunto dos números reais que são menores do que 0, portanto essa proposição é Verdadeira. Exemplificando, x = -5 ou então x = -17,45 são alguns exemplos de valores x que pertencem aos números reais e são menores do que 0. Por outro lado, veja a expressão abaixo: ( )( )( 0)x x x∀ ∈ <ℝ Veja que simplesmente trocamos o símbolo ∃ por ∀ . Agora, a expressão é lida assim: “todo valor x pertencente ao conjunto dos números reais é menor do que zero”. Veja que essa simples troca de símbolo torna essa proposição Falsa, pois existem valores no conjunto dos números reais que NÃO são menores do que zero. Exemplificando, x = 0 e x = 3 são valores superiores a zero. Façamos agora mais uma pequena modificação na primeira proposição: ( )( )( 0)x x x∃ ∈ <ℕ Agora substituímos o conjunto dos números reais pelo conjunto dos números naturais: “existe valor x pertencente ao conjunto dos números naturais que é menor do que zero”. Esta alteração também torna a sentença Falsa, pois o conjunto dos números naturais não possui nenhum número negativo. Portanto, repare que, no estudo da lógica de primeira ordem, faz-se necessário se habituar ao uso de alguns símbolos matemáticos. Os principais são: x∃ existe x... x∀ para todo x..., ou: qualquer x...
  • 19. Acesse www.baixarveloz.net RACIOCÍNIO LÓGICO p/ POLÍCIA FEDERAL TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS Prof. Arthur Lima – Aula 03 Prof. Arthur Lima www.estrategiaconcursos.com.br 19 ∈ pertence ∉ não pertence ℕ conjunto dos números naturais ℤ conjunto dos números inteiros ℚ conjunto dos números racionais ℝ conjunto dos números reais ∅ vazio Também é bom lembrar quais elementos compõem cada um dos principais conjuntos numéricos que citei acima: - Números naturais (ℕ ): números positivos construídos com os algarismos de 0 a 9, sem casas decimais. Ex.: {0, 1, 2, 3 …, 15, 16, 17... } - Números inteiros (ℤ ): números naturais positivos e negativos. Ex.: {... -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3...} - Números racionais (ℚ ): aqueles que podem ser representados pela divisão de 2 números inteiros. Ex.: frações (1/2, 3/5, -13/25 etc.); números decimais de representação finita (1,25; -2,45 etc.); dízimas periódicas (ex.: 0,36363636...). - Números reais (ℝ ): números racionais e irracionais juntos (os irracionais são aqueles números que possuem infinitas casas decimais que não se repetem. Ex.: 3,141592...π = Veja que o conjunto dos números reais contém todos os demais conjuntos, enquanto conjunto dos números racionais contém os números inteiros e naturais, e o conjunto dos números inteiros contém o dos números naturais. No estudo da lógica de primeira ordem, temos proposições da forma P(x), onde a proposição P apresenta uma determinada característica a respeito dos elementos x que compõem um conjunto C. Essa característica é apresentada nos predicados destas proposições. Em nosso exemplo, a característica era “x < 0”. Chamamos P(x) de proposição funcional, pois o seu valor lógico (V ou F) é função do conjunto C e do próprio significado da proposição. Podemos ter também proposições funcionais baseadas em mais de uma variável (ex.: P(x, y, z)). Ao longo desta e das próximas aulas veremos algumas questões envolvendo lógica de primeira ordem, onde você poderá exercitar os conceitos aqui mencionados.
  • 20. Acesse www.baixarveloz.net RACIOCÍNIO LÓGICO p/ POLÍCIA FEDERAL TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS Prof. Arthur Lima – Aula 03 Prof. Arthur Lima www.estrategiaconcursos.com.br 20 2. RESOLUÇÃO DE QUESTÕES 1. CESPE – TRE/BA – 2009) A negação da proposição “O presidente é o membro mais antigo do tribunal e o corregedor é o vice-presidente” é “O presidente é o membro mais novo do tribunal e o corregedor não é o vice-presidente”. RESOLUÇÃO: Para desmentir o autor da primeira frase (que é uma conjunção), precisaríamos provar que pelo menos uma das suas afirmações não é verdadeira. Assim, a negação seria simplesmente: O presidente não é o membro mais antigo do tribunal OU o corregedor não é o vice-presidente. Item ERRADO. Resposta: E 2. CESPE – STF – 2008) Filho meu, ouve minhas palavras e atenta para meu conselho. A resposta branda acalma o coração irado. O orgulho e a vaidade são as portas de entrada da ruína do homem. Se o filho é honesto então o pai é exemplo de integridade. Tendo como referência as quatro frases acima, julgue o itens seguintes. ( ) A primeira frase é composta por duas proposições lógicas simples unidas pelo conectivo de conjunção. ( ) A segunda frase é uma proposição lógica simples. ( ) A terceira frase é uma proposição lógica composta. ( ) A quarta frase é uma proposição lógica em que aparecem dois conectivos lógicos. RESOLUÇÃO: ( ) A primeira frase é composta por duas proposições lógicas simples unidas pelo conectivo de conjunção.
  • 21. Acesse www.baixarveloz.net RACIOCÍNIO LÓGICO p/ POLÍCIA FEDERAL TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS Prof. Arthur Lima – Aula 03 Prof. Arthur Lima www.estrategiaconcursos.com.br 21 ERRADO. Trata-se de um “pedido” do pai. Não é possível atribuir valores lógicos (V ou F), portanto não temos proposições. ( ) A segunda frase é uma proposição lógica simples. CERTO. Aqui é possível atribuir valor V ou F. ( ) A terceira frase é uma proposição lógica composta. ERRADO. Temos uma proposição simples. ( ) A quarta frase é uma proposição lógica em que aparecem dois conectivos lógicos. ERRADO. Temos apenas 1 conectivo lógico, que é a condicional ou implicação. Resposta: E C E E 3. CESPE – BANCO DO BRASIL – 2007) Na lógica sentencial, denomina-se proposição uma frase que pode ser julgada como verdadeira (V) ou falsa (F), mas não, como ambas. Assim, frases como “Como está o tempo hoje?” e “Esta frase é falsa” não são proposições porque a primeira é pergunta e a segunda não pode ser nem V nem F. As proposições são representadas simbolicamente por letras maiúsculas do alfabeto — A, B, C etc. Uma proposição da forma “A ou B” é F se A e B forem F, caso contrário é V; e uma proposição da forma “Se A então B” é F se A for V e B for F, caso contrário é V. Um raciocínio lógico considerado correto é formado por uma seqüência de proposições tais que a última proposição é verdadeira sempre que as proposições anteriores na seqüência forem verdadeiras. Considerando as informações contidas no texto acima, julgue os itens subseqüentes. ( ) É correto o raciocínio lógico dado pela seqüência de proposições seguintes: Se Antônio for bonito ou Maria for alta, então José será aprovado no concurso. Maria é alta. Portanto José será aprovado no concurso. ( ) É correto o raciocínio lógico dado pela seqüência de proposições seguintes:
  • 22. Acesse www.baixarveloz.net RACIOCÍNIO LÓGICO p/ POLÍCIA FEDERAL TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS Prof. Arthur Lima – Aula 03 Prof. Arthur Lima www.estrategiaconcursos.com.br 22 Se Célia tiver um bom currículo, então ela conseguirá um emprego. Ela conseguiu um emprego. Portanto, Célia tem um bom currículo. ( ) Na lista de frases apresentadas a seguir, há exatamente três proposições. “A frase dentro destas aspas é uma mentira.” A expressão X + Y é positiva. O valor de 4 3 7+ = . Pelé marcou dez gols para a seleção brasileira. O que é isto? RESOLUÇÃO: ( ) É correto o raciocínio lógico dado pela seqüência de proposições seguintes: Se Antônio for bonito ou Maria for alta, então José será aprovado no concurso. Maria é alta. Portanto José será aprovado no concurso. A informação “Maria é alta”, da segunda premissa, faz com que “Se Antônio for bonito ou Maria for alta” seja Verdadeiro, pois pelo menos sabemos que Maria é alta. Quando a proposição “p” da condicional p q é V, a proposição q precisa ser V também. Portanto, José será aprovado no concurso. Item CERTO. ( ) É correto o raciocínio lógico dado pela seqüência de proposições seguintes: Se Célia tiver um bom currículo, então ela conseguirá um emprego. Ela conseguiu um emprego. Portanto, Célia tem um bom currículo. A informação “Ela conseguiu um emprego” faz com que, na condicional p q (primeira premissa), a proposição q seja Verdadeira. Com isso, p pode ser V ou F e ainda assim a condicional é verdadeira. Portanto, não podemos garantir que ela tem um bom currículo. Item ERRADO. ( ) Na lista de frases apresentadas a seguir, há exatamente três proposições.
  • 23. Acesse www.baixarveloz.net RACIOCÍNIO LÓGICO p/ POLÍCIA FEDERAL TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS Prof. Arthur Lima – Aula 03 Prof. Arthur Lima www.estrategiaconcursos.com.br 23 “A frase dentro destas aspas é uma mentira.” não é uma proposição, pois não pode ser nem F nem V (veja que ela é similar à frase “Esta frase é falsa”, do enunciado). A expressão X + Y é positiva. temos uma sentença aberta. Para podermos julgá- la como F ou V, precisariam ser determinados os valores de X e Y. Como isso não é feito, não temos uma proposição, no sentido do enunciado. O valor de 4 3 7+ = . aqui temos uma proposição Pelé marcou dez gols para a seleção brasileira. outra proposição O que é isto? não é proposição, pois é uma pergunta. Assim, temos apenas 2 proposições. Resposta: C E E 4. FCC – Banco do Brasil – 2011) Um jornal publicou a seguinte manchete: “Toda Agência do Banco do Brasil tem déficit de funcionários.” Diante de tal inverdade, o jornal se viu obrigado a retratar-se, publicando uma negação de tal manchete. Das sentenças seguintes, aquela que expressaria de maneira correta a negação da manchete publicada é: a) Qualquer Agência do Banco do Brasil não têm déficit de funcionários b) Nenhuma Agência do Banco do Brasil tem déficit de funcionários c) Alguma Agência do Banco do Brasil não tem déficit de funcionários d) Existem Agências com déficit de funcionários que não pertencem ao Banco do Brasil e) O quadro de funcionários do Banco do Brasil está completo RESOLUÇÃO: Olhando a manchete publicada pelo jornal, bastaria que um leitor constatasse que em pelo menos uma agência do BB não há déficit e ele já teria argumento suficiente para desmentir o jornal, afinal o jornal tinha dito que todas as agências possuem déficit. Uma forma desse leitor expressar-se seria dizendo: “Pelo menos uma agência do BB não tem déficit de funcionários”. Uma outra forma de dizer esta mesma frase seria: “Alguma agência do BB não tem déficit de funcionários”. Portanto, essa foi a frase que o jornal precisou usar para a retratação (negação) da anterior.
  • 24. Acesse www.baixarveloz.net RACIOCÍNIO LÓGICO p/ POLÍCIA FEDERAL TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS Prof. Arthur Lima – Aula 03 Prof. Arthur Lima www.estrategiaconcursos.com.br 24 Resposta: C 5. FCC – BAHIAGÁS – 2010) “Se a soma dos dígitos de um número inteiro n é divisível por 6, então n é divisível por 6”. Um valor de n que mostra ser falsa a frase acima é: a) 30 b) 33 c) 40 d) 42 e) 60 RESOLUÇÃO: Estamos diante de uma proposição aberta, pois temos uma variável (n) que, dependendo de seu valor, pode tornar a proposição falsa ou verdadeira. Observe que a proposição do enunciado é uma condicional, isto é, uma frase do tipo p q. Sabemos que só há uma forma da condicional ser falsa: se a condição (p) for verdadeira, mas ainda assim o resultado (q) for falso (se ficou em dúvida, volte na explicação de Condicionais da aula passada). Com isso, vamos analisar as alternativas: n = 30: a soma de seus dígitos não é divisível por 6 (3 + 0 = 3), o que torna a condição p Falsa. Como a condição é falsa, o resultado (q) pode ser verdadeiro ou falso que a frase continua verdadeira. A título de curiosidade, note que neste caso q é Verdadeira (pois 30 é divisível por 6). n = 33: a soma dos seus dígitos é divisível por 6 (3+3=6), ou seja, p é Verdadeira. Entretanto, o resultado q é Falso, pois 33 não é divisível por 6. Portanto, n = 33 torna a proposição composta Falsa. Este é o gabarito. n = 40: neste caso, p é Falsa e q é Falsa. Com isso, a frase é Verdadeira (para espanto daqueles não acostumados com o estudo da Lógica) n = 42: neste caso, p e q são Verdadeiras, tornando p q Verdadeira n = 60: idem ao anterior. Resposta: B. 6. FCC – ALESP – 2010) Durante uma sessão no plenário da Assembléia Legislativa, o presidente da mesa fez a seguinte declaração, dirigindo-se às galerias da casa:
  • 25. Acesse www.baixarveloz.net RACIOCÍNIO LÓGICO p/ POLÍCIA FEDERAL TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS Prof. Arthur Lima – Aula 03 Prof. Arthur Lima www.estrategiaconcursos.com.br 25 “Se as manifestações desrespeitosas não forem interrompidas, então eu não darei início à votação”. Esta declaração é logicamente equivalente à afirmação: a) se o presidente da mesa deu início à votação, então as manifestações desrespeitosas foram interrompidas b) se o presidente da mesa não deu início à votação, então as manifestações desrespeitosas não foram interrompidas c) se as manifestações desrespeitosas forem interrompidas, então o presidente da mesa dará início à votação d) se as manifestações desrespeitosas continuarem, então o presidente da mesa começará a votação e) se as manifestações desrespeitosas não continuarem, então o presidente da mesa não começará a votação. RESOLUÇÃO: Observe que temos uma condicional ( p q→ ). A proposição ~ ~q p→ é logicamente equivalente a ela, como vimos na teoria de hoje. Como ~q é “eu darei início à votação” e ~p é “as manifestações desrespeitosas foram interrompidas”, temos: “Se o presidente da mesa deu início à votação, então as manifestações desrespeitosas foram interrompidas”. (letra A) Resposta: A Resolvendo com mais calma, usando a lógica “intuitiva”, note que ao dizer a sua frase, o presidente da mesa não prometeu que começaria a votação caso as manifestações parassem. Ele simplesmente disse que não começaria a votar enquanto houvesse as manifestações. Portanto, não podemos afirmar o que está dito na alternativa C, por exemplo. Na frase do presidente, temos uma condição (manifestações não fossem interrompidas) que, enquanto fosse verdade, obrigaria a ocorrência do resultado (votação não começar). Por outro lado, caso percebêssemos que o resultado deixou de ocorrer (isto é, a votação começou), podemos concluir que a condição deixou de existir (ou seja, as manifestações foram interrompidas). Daí deduzimos a frase da letra A.
  • 26. Acesse www.baixarveloz.net RACIOCÍNIO LÓGICO p/ POLÍCIA FEDERAL TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS Prof. Arthur Lima – Aula 03 Prof. Arthur Lima www.estrategiaconcursos.com.br 26 7. CESPE – TRT/17ª – 2009) A negação da proposição “O juiz determinou a libertação de um estelionatário e de um ladrão” é expressa na forma “O juiz não determinou a libertação de um estelionatário nem de um ladrão”. RESOLUÇÃO: Observe que a primeira frase pode ser escrita na forma “O juiz determinou a libertação de um estelionatário E o juiz determinou a libertação de um ladrão”. Isto é, temos uma proposição do tipo “p e q” onde: p: O juiz determinou a libertação de um estelionatário q: O juiz determinou a libertação de um ladrão Sabemos que uma proposição do tipo “p e q” só é verdadeira se ambos p e q forem verdadeiros. Portanto, basta que um dos dois (p ou q), ou ambos, sejam falsos para que a proposição inteira seja falsa. Com isso, sabemos que para negá-la basta dizer que o juiz não determinou a libertação de um estelionatário OU o juiz não determinou a libertação de um ladrão. Reescrevendo: “O juiz não determinou a libertação de um estelionatário ou de um ladrão”. Lembrando da teoria que vimos hoje, a negação de p q∧ é ~ ~p q∨ , o que leva ao resultado que obtivemos. Resposta: E (errado). 8. CESPE – Polícia Militar/AC – 2008) Se A é a proposição “Todo bom soldado é pessoa honesta”, considere as proposições seguintes: B Nenhum bom soldado é pessoa desonesta. C Algum bom soldado é pessoa desonesta. D Existe bom soldado que não é pessoa honesta. E Nenhuma pessoa desonesta é um mau soldado. Nesse caso, todas essas 4 últimas proposições podem ser consideradas como enunciados para a proposição ¬A. RESOLUÇÃO: A proposição A é uma proposição categórica (“Todo”), o que nos remete ao uso de diagramas lógicos. Esta proposição afirma que todos os elementos do conjunto “bons soldados” são também elementos do conjunto “pessoas honestas”, ou seja, o conjunto “bons soldados” está contido no conjunto “pessoas honestas”:
  • 27. Acesse www.baixarveloz.net RACIOCÍNIO LÓGICO p/ POLÍCIA FEDERAL TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS Prof. Arthur Lima – Aula 03 Prof. Arthur Lima www.estrategiaconcursos.com.br 27 Para desmentir o autor dessa frase, basta encontrarmos um único soldado que não pertença ao conjunto das pessoas honestas. Assim, podemos escrever a negação de A (¬A) das seguintes formas: - Pelo menos um soldado não é pessoa honesta - Existe soldado que não é pessoa honesta - Algum soldado não é pessoa honesta Vejamos as alternativas do enunciado: B Nenhum bom soldado é pessoa desonesta. Imagine o conjunto das pessoas desonestas. Ele deve encontrar fora do conjunto das pessoas honestas – não há intersecção entre eles. Por conseqüência, não haverá também intersecção entre o conjunto dos bons soldados e o conjunto das pessoas desonestas. Ou seja, não há nenhum bom soldado que é desonesto. Veja, portanto, que a frase B é equivalente à frase A, e não a sua negação. Dizer que todo bom soldado é honesto equivale a dizer que nenhum bom soldado é desonesto. C Algum bom soldado é pessoa desonesta. Como vimos acima, esta é uma forma de negar a frase A. Veja que dizer “é pessoa desonesta” equivale a dizer “não é pessoa honesta”. Pessoas honestas Bons soldados
  • 28. Acesse www.baixarveloz.net RACIOCÍNIO LÓGICO p/ POLÍCIA FEDERAL TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS Prof. Arthur Lima – Aula 03 Prof. Arthur Lima www.estrategiaconcursos.com.br 28 D Existe bom soldado que não é pessoa honesta. Esta é outra forma que vimos para negar a frase A. E Nenhuma pessoa desonesta é um mau soldado. Esta não é uma forma de negar A. Veja que não podemos afirmar nada sobre os maus soldados, afinal não foi nos dada nenhuma informação sobre eles. Portanto, apenas as frases C e D são formas de escrever a proposição ¬A. Item ERRADO. Resposta: E 9. FCC – SEFAZ/SP – 2009) Considere a afirmação: Pelo menos um ministro participará da reunião ou nenhuma decisão será tomada. Para que essa afirmação seja FALSA: a) é suficiente que nenhum ministro tenha participado da reunião e duas decisões tenham sido tomadas. b) é suficiente que dois ministros tenham participado da reunião e alguma decisão tenha sido tomada. c) é necessário e suficiente que alguma decisão tenha sido tomada, independentemente da participação de ministros na reunião. d) é necessário que nenhum ministro tenha participado da reunião e duas decisões tenham sido tomadas. e) é necessário que dois ministros tenham participado da reunião e nenhuma decisão tenha sido tomada. RESOLUÇÃO: Essa afirmação do enunciado é uma disjunção (“ou”). Ela só será falsa se ambas as proposições que a compõem sejam falsas. Vamos, portanto, obter a negação de cada uma delas separadamente: p: Pelo menos um ministro participará da reunião Como negar uma proposição com “Pelo menos um”? Basta usar “Nenhum”. Assim, temos: Nenhum ministro participará da reunião. q: nenhuma decisão será tomada.
  • 29. Acesse www.baixarveloz.net RACIOCÍNIO LÓGICO p/ POLÍCIA FEDERAL TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS Prof. Arthur Lima – Aula 03 Prof. Arthur Lima www.estrategiaconcursos.com.br 29 Podemos negar essa proposição dizendo: “Pelo menos uma decisão será tomada”. Como queremos que ambas as proposições sejam falsas, basta que a conjunção abaixo seja verdadeira: “Nenhum ministro participará da reunião e pelo menos uma decisão será tomada”. Portanto, se sabemos que nenhum ministro participou da reunião e, mesmo assim, 1 ou mais decisões foram tomadas, isto é suficiente para podermos afirmar que a afirmação é FALSA. A alternativa A cita o caso em que sabemos que nenhum ministro participou e, ainda assim, 2 decisões foram tomadas, o que é suficiente para desmentir a afirmação do enunciado. Resposta: A 10. CESPE – POLÍCIA FEDERAL – 2004) Uma noção básica da lógica é a de que um argumento é composto de um conjunto de sentenças denominadas premissas e de uma sentença denominada conclusão. Um argumento é válido se a conclusão é necessariamente verdadeira sempre que as premissas forem verdadeiras. Com base nessas informações, julgue os itens que se seguem. ( ) Toda premissa de um argumento válido é verdadeira. ( ) Se a conclusão é falsa, o argumento não é válido. ( ) Se a conclusão é verdadeira, o argumento é válido. ( ) É válido o seguinte argumento: Todo cachorro é verde, e tudo que é verde é vegetal, logo todo cachorro é vegetal. RESOLUÇÃO: ( ) Toda premissa de um argumento válido é verdadeira. ERRADO. Não necessariamente as premissas são verdadeiras. Entretanto, se as premissas forem verdadeiras, a conclusão tem de ser verdadeira. ( ) Se a conclusão é falsa, o argumento não é válido.
  • 30. Acesse www.baixarveloz.net RACIOCÍNIO LÓGICO p/ POLÍCIA FEDERAL TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS Prof. Arthur Lima – Aula 03 Prof. Arthur Lima www.estrategiaconcursos.com.br 30 ERRADO. O argumento não é válido quando, ao assumir que as premissas são verdadeiras, a conclusão é falsa. ( ) Se a conclusão é verdadeira, o argumento é válido. ERRADO. Se a conclusão é verdadeira quando as premissas são falsas, nada se pode afirmar sobre a validade do argumento. ( ) É válido o seguinte argumento: Todo cachorro é verde, e tudo que é verde é vegetal, logo todo cachorro é vegetal. CERTO. Temos a seguinte estrutura: Premissa 1: todo cachorro é verde Premissa 2: tudo que é verde é vegetal Conclusão: todo cachorro é vegetal Veja que, se assumirmos que as premissas 1 e 2 são verdadeiras, a conclusão necessariamente também será verdadeira. Portanto, o argumento é válido. Resposta: E E E C 11. FCC – SEFAZ/SP – 2009) Considere as seguintes afirmações: I. Se ocorrer uma crise econômica, então o dólar não subirá. II. Ou o dólar subirá, ou os salários serão reajustados, mas não ambos. III. Os salários serão reajustados se, e somente se, não ocorrer uma crise econômica. Sabendo que as três afirmações são verdadeiras, é correto concluir que, necessariamente, a) o dólar não subirá, os salários não serão reajustados e não ocorrerá uma crise econômica. b) o dólar subirá, os salários não serão reajustados e ocorrerá uma crise econômica. c) o dólar não subirá, os salários serão reajustados e ocorrerá uma crise econômica. d) o dólar subirá, os salários serão reajustados e não ocorrerá uma crise econômica. e) o dólar não subirá, os salários serão reajustados e não ocorrerá uma crise econômica. RESOLUÇÃO: Resumindo as proposições, temos:
  • 31. Acesse www.baixarveloz.net RACIOCÍNIO LÓGICO p/ POLÍCIA FEDERAL TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS Prof. Arthur Lima – Aula 03 Prof. Arthur Lima www.estrategiaconcursos.com.br 31 I. Crise dólar não sobe II. Ou dólar sobe ou salários reajustados III. Salários reajustados ↔ não crise Você deve resolver esse tipo de questão assumindo (“chutando”) que uma das proposições simples é Verdadeira. Feito isso, você deverá analisar as demais proposições, e ver se você chega em um absurdo. Se chegar, é porque o seu chute estava errado (assim, basta voltar e chutar o contrário). Se não chegar, é porque seu chute já estava certo. Vamos chutar que ocorreu uma crise, isto é, a primeira proposição simples do item I é Verdadeira. Como o item I é uma condicional (p q), caso a condição “p” seja V, a conseqüência “q” deve ser V também. Portanto, o dólar não sobe. Sabendo disso, podemos partir para o item II. Note que a primeira parte do item II é F (pois o dólar não sobe). Isso obriga a segunda parte ser V (isto é, os salários são reajustados), para que a afirmação II seja verdadeira. Vejamos agora o item III. Note que a primeira parte é V (salários reajustados), mas a segunda é F (pois assumimos que ocorreu a crise). Isto é um absurdo, pois torna a afirmação III falsa, e sabemos que ela é verdadeira. Onde está o erro? Na hipótese que chutamos! Devemos então chutar o oposto, isto é, que não ocorreu uma crise. Assim, a primeira parte do item I é F, de modo que a segunda parte (dólar não sobe) pode ser V ou F e ainda assim a afirmação I continua verdadeira. Por outro lado, a segunda parte do item III é V (não crise), o que obriga a primeira parte a ser V (salários reajustados) para que a afirmação III seja verdadeira. Com isso, vemos que a segunda parte do item II é V (salários reajustados), o que obriga a primeira parte a ser F (portanto, o dólar não sobe) para que a afirmação II seja verdadeira. Sabendo disso, podemos voltar no item I e verificar que a sua segunda parte é V, o que mantém a afirmação I verdadeira. Repare que agora conseguimos fazer com que as 3 afirmações fossem verdadeiras, como disse o enunciado. Portanto, não ocorreu uma crise, os salários são reajustados e o dólar não sobe. Resposta: E
  • 32. Acesse www.baixarveloz.net RACIOCÍNIO LÓGICO p/ POLÍCIA FEDERAL TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS Prof. Arthur Lima – Aula 03 Prof. Arthur Lima www.estrategiaconcursos.com.br 32 12. CESPE – Polícia Federal – 2009) As proposições [ (~ )] (~ )A B A∨ → e [(~ ) ] (~ )A B A∧ ∨ são equivalentes. RESOLUÇÃO: Duas proposições são equivalentes quando possuem a mesma tabela- verdade. Portanto, devemos construir a tabela verdade de cada uma delas. Inicialmente, veja que ambas possuem apenas 2 proposições simples (A e B). O número de linhas da tabela-verdade é igual a 2n , onde n é o número de proposições simples (neste caso, n = 2). Portanto, teremos 4 linhas em cada tabela. Vamos começar montando a tabela para [ (~ )] (~ )A B A∨ → . Devemos seguir os passos abaixo: 1. Escrever todas as possíveis combinações de valores lógicos (V ou F) para A e B: Valor lógico de A Valor lógico de B V V V F F V F F 2. Inserir mais 1 coluna, colocando os valores lógicos de ~B (será o oposto do valor lógico de B): Valor lógico de A Valor lógico de B Valor lógico de ~B V V F V F V F V F F F V 3. Inserir mais 1 coluna, colocando os valores lógicos de (~ )A B∨ . Como trata-se de uma disjunção (“ou”), ela só é falsa quando A e (~B) são ambos falsos: Valor lógico de A Valor lógico de B Valor lógico de ~B Valor de (~ )A B∨
  • 33. Acesse www.baixarveloz.net RACIOCÍNIO LÓGICO p/ POLÍCIA FEDERAL TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS Prof. Arthur Lima – Aula 03 Prof. Arthur Lima www.estrategiaconcursos.com.br 33 V V F V V F V V F V F F F F V V 4. Inserir mais 1 coluna, colocando os valores lógicos de ~A (serão o oposto de A): Valor lógico de A Valor lógico de B Valor lógico de ~B Valor de (~ )A B∨ Valor lógico de ~A V V F V F V F V V F F V F F V F F V V V 5. Inserir a última coluna, colocando os valores lógicos de [ (~ )] (~ )A B A∨ → . Por se tratar de uma condicional, ela só será falsa quando a condição ([ (~ )]A B∨ ) for falsa e o resultado (~ )A verdadeiro: Valor lógico de A Valor lógico de B Valor lógico de ~B Valor de (~ )A B∨ Valor lógico de ~A [ (~ )] (~ )A B A∨ → V V F V F F V F V V F F F V F F V V F F V V V V Podemos obter a tabela verdade de [(~ ) ] (~ )A B A∧ ∨ seguindo os mesmos passos. Tente montá-la. O resultado será a tabela abaixo: Valor lógico de A Valor lógico de B Valor lógico de ~A Valor de (~ )A B∧ Valor lógico de ~A Valor de [(~ ) ] (~ )A B A∧ ∨ V V F F F F V F F F F F F V V V V V
  • 34. Acesse www.baixarveloz.net RACIOCÍNIO LÓGICO p/ POLÍCIA FEDERAL TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS Prof. Arthur Lima – Aula 03 Prof. Arthur Lima www.estrategiaconcursos.com.br 34 F F V F V V Note que as tabelas-verdade de [ (~ )] (~ )A B A∨ → é igual à de [(~ ) ] (~ )A B A∧ ∨ . Portanto, essas proposições são equivalentes. Resposta: C (certo). 13. CESPE – Polícia Militar/AC – 2008) Considere as seguintes proposições: A 6 - 1 = 7 ou 6 + 1 > 2 B 6 + 3 > 8 e 6 - 3 = 4 C 9 × 3 > 25 ou 6 × 7 < 45 D 5 + 2 é um número primo e todo número primo é ímpar. Nesse caso, entre essas 4 proposições, apenas duas são F. RESOLUÇÃO: Vejamos: A 6 - 1 = 7 ou 6 + 1 > 2 Nessa disjunção, sabemos que 6 + 1 é maior que 2. Assim, a proposição inteira é V. B 6 + 3 > 8 e 6 - 3 = 4 Aqui vemos que 6 – 3 não é igual a 4. Isso torna a segunda proposição simples Falsa. Como temos uma conjunção (“e”), onde uma proposição é F, então a frase inteira é F. C 9 × 3 > 25 ou 6 × 7 < 45 Veja que 9 x 3 é maior que 25, o que é suficiente para afirmar que a disjunção é V. D 5 + 2 é um número primo e todo número primo é ímpar. Aqui temos uma conjunção, onde a primeira parte é V (5 + 2 = 7, que é primo), porém a segunda parte é F (o número 2 é primo, porém é par). Assim, a conjunção é F.
  • 35. Acesse www.baixarveloz.net RACIOCÍNIO LÓGICO p/ POLÍCIA FEDERAL TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS Prof. Arthur Lima – Aula 03 Prof. Arthur Lima www.estrategiaconcursos.com.br 35 Portanto, apenas 2 proposições são F (B e D). Item CERTO. Resposta: C 14. CESPE – POLÍCIA FEDERAL – 2004) Quando Paulo estuda, ele é aprovado nos concursos em que se inscreve. Como ele não estudou recentemente, não deve ser aprovado neste concurso. Em cada um dos itens a seguir, julgue se o argumento apresentado tem estrutura lógica equivalente à do texto acima. ( ) Quando Paulo gosta de alguém, ele não mede esforços para oferecer ajuda. Como Maria gosta muito de Paulo, ele vai ajudá-la a responder as questões de direito constitucional. ( ) Quando os críticos literários recomendam a leitura de um livro, muitas pessoas compram o livro e o lêem. O livro sobre viagens maravilhosas, lançado recentemente, não recebeu comentários favoráveis dos críticos literários, assim, não deve ser lido por muitas pessoas. ( ) Sempre que Paulo insulta Maria, ela fica aborrecida. Como Paulo não insultou Maria recentemente, ela não deve estar aborrecida. ( ) Toda vez que Paulo chega a casa, seu cachorro late e corre a seu encontro. Hoje Paulo viajou, logo seu cachorro está triste. RESOLUÇÃO: Quando Paulo estuda, ele é aprovado nos concursos em que se inscreve. Como ele não estudou recentemente, não deve ser aprovado neste concurso. Sendo p = Paulo estuda, e q = Paulo é aprovado, veja que a estrutura lógica acima é: p q ~p ~q Vejamos a estrutura lógica de cada uma das alternativas.
  • 36. Acesse www.baixarveloz.net RACIOCÍNIO LÓGICO p/ POLÍCIA FEDERAL TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS Prof. Arthur Lima – Aula 03 Prof. Arthur Lima www.estrategiaconcursos.com.br 36 ( ) Quando Paulo gosta de alguém, ele não mede esforços para oferecer ajuda. Como Maria gosta muito de Paulo, ele vai ajudá-la a responder as questões de direito constitucional. p q r q Aqui, p = Paulo gosta de alguém, q = Paulo ajuda, r = Maria gosta de Paulo. A estrutura lógica é diferente, portanto, o item é ERRADO. ( ) Quando os críticos literários recomendam a leitura de um livro, muitas pessoas compram o livro e o lêem. O livro sobre viagens maravilhosas, lançado recentemente, não recebeu comentários favoráveis dos críticos literários, assim, não deve ser lido por muitas pessoas. p (q e r) ~p ~r Aqui, p = críticos recomendam; q = pessoas compram; e r = pessoas lêem. Item ERRADO. ( ) Sempre que Paulo insulta Maria, ela fica aborrecida. Como Paulo não insultou Maria recentemente, ela não deve estar aborrecida. p q ~p ~q Aqui, considerei p = Paulo insulta, e q = Maria fica aborrecida. Item CERTO, pois a estrutura é idêntica. ( ) Toda vez que Paulo chega a casa, seu cachorro late e corre a seu encontro. Hoje Paulo viajou, logo seu cachorro está triste. p (q e r) ~p s Aqui, p = Paulo chega em casa, q = o cachorro late, r = o cachorro corre a seu encontro, s = o cachorro está triste. Veja que mesmo considerando que “Paulo viajou” é a negação de “Paulo chega em casa” (o que não necessariamente é verdade), o item está ERRADO. Resposta: E E C E
  • 37. Acesse www.baixarveloz.net RACIOCÍNIO LÓGICO p/ POLÍCIA FEDERAL TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS Prof. Arthur Lima – Aula 03 Prof. Arthur Lima www.estrategiaconcursos.com.br 37 15. CESPE – Polícia Militar/AC – 2008) Considere as seguintes proposições: A 3 + 4 = 7 ou 7 - 4 = 3 B 3 + 4 = 7 ou 3 + 4 > 8 C 32 = -1 ou 32 = 9 D 32 = -1 ou 32 = 1 Nesse caso, entre essas 4 proposições, apenas duas são V. RESOLUÇÃO: Vamos analisar cada proposição: A 3 + 4 = 7 ou 7 - 4 = 3 Veja que 3 + 4 é realmente igual a 7. Para uma disjunção (“ou”) ser V, basta que pelo menos uma das proposições simples seja V. Nem precisaríamos analisar se 7 – 4 é realmente igual a 3. B 3 + 4 = 7 ou 3 + 4 > 8 Assim como vimos acima, 3+4 é realmente igual a 7, o que já torna a disjunção V. C 32 = -1 ou 32 = 9 Como 32 é realmente igual a 9, já temos elementos suficientes para dizer que essa disjunção é V. D 32 = -1 ou 32 = 1 Veja que ambas as proposições simples desta disjunção são F. Isso torna a disjunção Falsa. Portanto, 3 proposições são V e uma é F, o que torna o item ERRADO. Resposta: E 16. FMP/RS – TCE/MT – 2011) Se é verão, então vai esquentar. Se vai esquentar, então chove. Se chove, então Manoel não vai à praia. Se Manoel não vai à praia, então Maria fica em casa. Se Maria fica em casa, então a mãe de Maria faz doces. A mãe de Maria não fez doces. Logo:
  • 38. Acesse www.baixarveloz.net RACIOCÍNIO LÓGICO p/ POLÍCIA FEDERAL TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS Prof. Arthur Lima – Aula 03 Prof. Arthur Lima www.estrategiaconcursos.com.br 38 a) Choveu b) Manoel foi à praia c) Maria ficou em casa d) Esquentou e) É verão RESOLUÇÃO: Veja que temos uma série de condicionais (p q), e devemos sempre assumir que todas elas são verdadeiras (exceto se o exercício disser o contrário). E lembre que uma condicional só não é verdadeira se p é V e q é F. O exercício nos deu ainda uma proposição simples: “A mãe de Maria não fez doces”. Essa proposição também deve ser verdadeira, portanto sabemos que a mãe de Maria efetivamente não fez doces. Com isto em mãos, vamos analisar as proposições anteriores. Vamos começar analisando a última condicional, pois ela faz referência a algo que já sabemos (mãe de Maria): Se Maria fica em casa, então a mãe de Maria faz doces. Sabemos que a segunda parte dessa proposição (“a mãe da Maria faz doces”) é falsa. Portanto, a condição (“Maria fica em casa”) precisa ser falsa também, para que a condicional p q continue verdadeira. Com isso, descobrimos que Maria não fica em casa. Se Manoel não vai à praia, então Maria fica em casa. Novamente vemos que a segunda parte (“Maria fica em casa”) é falsa, o que obriga a primeira parte (“Manoel não vai à praia”) a ser falsa também, para manter a condicional p q verdadeira. Assim, sabemos que Manoel vai à praia. Se chove, então Manoel não vai à praia. De novo, vemos que “q” é F, o que obriga “p” a ser F também. Portanto, não chove. Se vai esquentar, então chove. Novamente, “q” é F, obrigando “p” a ser F. Isto é, não vai esquentar. Se é verão, então vai esquentar.
  • 39. Acesse www.baixarveloz.net RACIOCÍNIO LÓGICO p/ POLÍCIA FEDERAL TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS Prof. Arthur Lima – Aula 03 Prof. Arthur Lima www.estrategiaconcursos.com.br 39 Aqui também “q” é F, obrigando “p” a ser F também. Assim, não é verão. Assim, sabemos que: - A mãe de Maria não fez doces - Maria não fica em casa - Manoel vai à praia - não chove - não vai esquentar - não é verão Resposta: B. 17. CESPE – Polícia Militar/AC – 2008) Considere as seguintes sentenças: I O Acre é um estado da Região Nordeste. II Você viu o cometa Halley? III Há vida no planeta Marte. IV Se x < 2, então x + 3 > 1. Nesse caso, entre essas 4 sentenças, apenas duas são proposições. RESOLUÇÃO: Veja que a primeira frase é uma afirmação, que pode ser Verdadeira ou Falsa (neste caso, sabemos que é falsa). Portanto, trata-se de uma proposição. O mesmo vale para a terceira frase. A segunda frase é uma pergunta, não podendo ser valorada como V ou F. Assim, não é uma proposição. A última frase é uma condicional. Trata-se de uma proposição aberta, que pode ser V ou F dependendo dos valores da variável x. Portanto, 3 sentenças são proposições (I, III e IV). Item ERRADO. Resposta: E 18. CESPE – MPE/RR – 2008) Uma proposição simples é uma frase afirmativa, constituída esquematicamente por um sujeito e um predicado, que pode ter um dos dois valores: falso — F —, ou verdadeiro — V —, excluindo-se qualquer outro. Novas proposições podem ser formadas a partir de proposições simples e dos chamados conectivos: “e”, simbolizado por ^; “ou”, simbolizado por v; “se ... então”, simbolizado por ; e “se e somente se”, simbolizado por ↔ . Também é usado
  • 40. Acesse www.baixarveloz.net RACIOCÍNIO LÓGICO p/ POLÍCIA FEDERAL TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS Prof. Arthur Lima – Aula 03 Prof. Arthur Lima www.estrategiaconcursos.com.br 40 o modificador “não”, simbolizado por ¬. As proposições são representadas por letras do alfabeto: A, B, C etc. São as seguintes as valorações para algumas proposições compostas: Há expressões que não podem ser valoradas como V nem como F, como, por exemplo: “Ele é contador”, “x + 3 = 8”. Essas expressões são denominadas “proposições abertas”. Elas tornam-se proposições, que poderão ser julgadas como V ou F, depois de atribuídos determinados valores ao sujeito, ou variável. O conjunto de valores que tornam a proposição aberta uma proposição valorada como V é denominado “conjunto verdade”. Com base nessas informações, julgue os itens que se seguem, a respeito de estruturas lógicas e lógica de argumentação. ( ) Considere a seguinte proposição. A: Para todo evento probabilístico X, a probabilidade P(X) é tal que0 ( ) 1P X≤ ≤ Nesse caso, o conjunto verdade da proposição ¬A tem infinitos elementos. ( ) Considere como V as seguintes proposições. A: Jorge briga com sua namorada Sílvia. B: Sílvia vai ao teatro. Nesse caso, ¬(A B) é a proposição C: “Se Jorge não briga com sua namorada Sílvia, então Sílvia não vai ao teatro”. ( ) Considere as seguintes proposições. A: Jorge briga com sua namorada Sílvia. B: Sílvia vai ao teatro. Nesse caso, independentemente das valorações V ou F para A e B, a expressão ¬(AvB) correspondente à proposição C: “Jorge não briga com sua namorada Sílvia e Sílvia não vai ao teatro”.
  • 41. Acesse www.baixarveloz.net RACIOCÍNIO LÓGICO p/ POLÍCIA FEDERAL TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS Prof. Arthur Lima – Aula 03 Prof. Arthur Lima www.estrategiaconcursos.com.br 41 ( ) Se A e B são proposições, então ¬(A B) tem as mesmas valorações que [(¬A) (¬B)]^[(¬B) (¬A)]. RESOLUÇÃO: ( ) Considere a seguinte proposição. A: Para todo evento probabilístico X, a probabilidade P(X) é tal que0 ( ) 1P X≤ ≤ Nesse caso, o conjunto verdade da proposição ¬A tem infinitos elementos. A proposição ¬A seria: Para algum evento probabilístico X, a probabilidade P(X) é tal que P(X) < 0 ou P(X) > 1. Como sabemos que é impossível um evento ter probabilidade negativa ou superior a 1, então para nenhum valor de X a expressão ¬A é verdadeira. Isto é, o conjunto-verdade (conjunto de valores de X que tornam a proposição verdadeira) da proposição ¬A é vazio. Item ERRADO. ( ) Considere como V as seguintes proposições. A: Jorge briga com sua namorada Sílvia. B: Sílvia vai ao teatro. Nesse caso, ¬(A B) é a proposição C: “Se Jorge não briga com sua namorada Sílvia, então Sílvia não vai ao teatro”. A proposição A B seria: Se Jorge briga com sua namorada Sílvia, então Sílvia vai ao teatro. A negação de uma condicional A B, isto é, ¬(A B), seria A e ¬B: Jorge briga com sua namorada Sílvia e Sílvia não vai ao teatro. Item ERRADO. ( ) Considere as seguintes proposições. A: Jorge briga com sua namorada Sílvia. B: Sílvia vai ao teatro. Nesse caso, independentemente das valorações V ou F para A e B, a expressão ¬(AvB) correspondente à proposição C: “Jorge não briga com sua namorada Sílvia e Sílvia não vai ao teatro”. A disjunção AvB seria: Jorge briga com sua namorada Sílvia OU Sílvia vai ao teatro.
  • 42. Acesse www.baixarveloz.net RACIOCÍNIO LÓGICO p/ POLÍCIA FEDERAL TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS Prof. Arthur Lima – Aula 03 Prof. Arthur Lima www.estrategiaconcursos.com.br 42 A negação dessa disjunção, isto é, ¬(AvB), seria ¬A e ¬B: Jorge não briga com sua namorada Sílvia E Sílvia não vai ao teatro. Item CERTO. ( ) Se A e B são proposições, então ¬(A ↔B) tem as mesmas valorações que [(¬A) (¬B)]^[(¬B) (¬A)]. Veja que ¬(A ↔B) é a negação de uma bicondicional (dupla implicação). Nós vimos que essa negação pode ser feita com um “ou exclusivo”: Ou A, ou B; que também pode ser representado por A⊕ B. Esta proposição é verdadeira apenas quando A é V e B é F, ou A é F e B é V. Vamos imaginar que A é V e B é F. Com isso, A⊕ B será verdadeiro. Para esses mesmos valores lógicos de A e B, vamos analisar a expressão [(¬A) (¬B)]^[(¬B) (¬A)]. Observando que ¬A é F e ¬B é V, temos: [ F V ] ^ [ V F]. Sabemos que F V é uma condicional verdadeira, porém V F é uma condicional falsa. Com isso, a conjunção (^) torna-se falsa. Como vemos, para os mesmos valores lógicos de A e B, as expressões A⊕ B e [(¬A) (¬B)]^[(¬B) (¬A)] tem valores diferentes. Item ERRADO. Obs.: ao invés de analisar um caso único, como fizemos aqui, você poderia escrever a tabela-verdade de cada uma dessas proposições. Tente montar essa tabela da esquerda para a direita: A B A ⊕ B ¬A ¬B [(¬A) (¬B)] [(¬B) (¬A)] [(¬A) (¬B)]^[(¬B) (¬A)] V V F F F V V V V F V F V V F F F V V V F F V F F F F V V V V V Resposta: E E C E 19. FGV - MEC - 2008) Com relação à naturalidade dos cidadãos brasileiros, assinale a alternativa logicamente correta: a) Ser brasileiro é condição necessária e suficiente para ser paulista. b) Ser brasileiro é condição suficiente, mas não necessária para ser paranaense. c) Ser carioca é condição necessária e suficiente para ser brasileiro. d) Ser baiano é condição suficiente, mas não necessária para ser brasileiro.
  • 43. Acesse www.baixarveloz.net RACIOCÍNIO LÓGICO p/ POLÍCIA FEDERAL TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS Prof. Arthur Lima – Aula 03 Prof. Arthur Lima www.estrategiaconcursos.com.br 43 e) Ser maranhense é condição necessária, mas não suficiente para ser brasileiro. RESOLUÇÃO: Vamos analisar cada alternativa, para você fixar bem os conceitos de condição necessária, condição suficiente e condição necessária e suficiente. a) Ser brasileiro é condição necessária e suficiente para ser paulista. Falso. Observe que é necessário a pessoa ser brasileira para ser paulista. Não existem paulistas que não são brasileiros. Porém não basta ser brasileiro para ser paulista, isto é, não é suficiente saber que alguém é brasileiro para concluir que esse alguém é paulista. Portanto, ser brasileiro é condição necessária para ser paulista, mas não é suficiente. Uma forma rápida de ver é montando a condicional: “Se você é paulista, então você é brasileiro”. Numa condicional p q como esta, p é condição suficiente para q, e q é condição necessária para p. Portanto, ser paulista é condição suficiente para ser brasileiro, e ser brasileiro é condição necessária para ser paulista. b) Ser brasileiro é condição suficiente, mas não necessária para ser paranaense. Falso. Não há como ser paranaense sem ser brasileiro, isto é, é necessário que alguém seja brasileiro para que seja paranaense. Mas não basta saber que alguém é brasileiro para concluir que esse alguém é paranaense, isto é, ser brasileiro não é condição suficiente para ser paranaense. c) Ser carioca é condição necessária e suficiente para ser brasileiro. Falso. De fato é suficiente saber que alguém é carioca para afirmar que essa pessoa é brasileira. Mas não é necessário ser carioca para ser brasileiro. d) Ser baiano é condição suficiente, mas não necessária para ser brasileiro. Verdadeiro. Assim como na letra C, sabemos que é suficiente saber que alguém é baiano para afirmar que esse alguém é brasileiro, porém não é necessário ser baiano para ser brasileiro. e) Ser maranhense é condição necessária, mas não suficiente para ser brasileiro.
  • 44. Acesse www.baixarveloz.net RACIOCÍNIO LÓGICO p/ POLÍCIA FEDERAL TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS Prof. Arthur Lima – Aula 03 Prof. Arthur Lima www.estrategiaconcursos.com.br 44 Falso. Ser maranhense é condição suficiente, mas não necessária para ser brasileiro. Resposta: D 20. CONSULPLAN – PREF. ITABAIANA – 2010) Qual das proposições abaixo é verdadeira? A) O ar é necessário à vida e a água do mar é doce B) O avião é um meio de transporte ou o aço é mole. C) 6 é ímpar ou 2 + 3 ≠ 5. D) O Brasil é um país e Sergipe é uma cidade. E) O papagaio fala e o porco voa. RESOLUÇÃO: Vamos analisar cada alternativa. A) O ar é necessário à vida e a água do mar é doce Segundo nossos conhecimentos gerais, a primeira parte é verdadeira, porém a segunda é falsa. Como esta proposição é uma conjunção, ela está falsa, pois só seria verdadeira se ambas as proposições fossem verdadeiras. B) O avião é um meio de transporte ou o aço é mole. A primeira parte é verdadeira e a segunda é falsa. Como se trata de uma disjunção, ela é verdadeira, pois basta que uma das proposições simples seja verdadeira. Eis o gabarito. C) 6 é ímpar ou 2 + 3 ≠ 5. Temos uma disjunção onde ambas as proposições simples são falsas, levando a uma sentença falsa. D) O Brasil é um país e Sergipe é uma cidade. Temos uma conjunção onde uma proposição é falsa, tornando a sentença falsa. E) O papagaio fala e o porco voa. Outra conjunção com uma das proposições falsa. Resposta: B.
  • 45. Acesse www.baixarveloz.net RACIOCÍNIO LÓGICO p/ POLÍCIA FEDERAL TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS Prof. Arthur Lima – Aula 03 Prof. Arthur Lima www.estrategiaconcursos.com.br 45 21. FGV - CODESP/SP - 2010) Se A não é azul, então B é amarelo. Se B não é amarelo, então C é verde. Se A é azul, então C não é verde. Logo, tem-se obrigatoriamente que: a) A é azul b) B é amarelo c) C é verde d) A não é azul e) B não é amarelo RESOLUÇÃO: Para resolver esse exercício, vamos chutar que “A não é azul” (início da primeira proposição) é falsa, isto é, “A é azul” é verdadeira. Feito isso, vamos analisar as condicionais. Ainda sobre a primeira sentença, se a proposição p (“A não é azul”) da condicional é falsa, a proposição q pode ser verdadeira ou falsa e mesmo assim a condicional será verdadeira. Portanto, ainda não podemos afirmar se “B é amarelo” é V ou F. Vejamos a terceira frase: “Se A é azul, então C não é verde” Nessa terceira frase, sabemos que “A é azul” é verdadeira (pois definimos que “A não é azul” é falsa). Portanto, “C não é verde” tem de ser verdadeira também. Com isso em mãos, vamos verificar a segunda sentença: Se B não é amarelo, então C é verde. Sabemos que “C é verde” é falso. Assim, “B não é amarelo” precisa ser falsa também para garantir que a condicional seja verdadeira. Portanto, “B é amarelo” seria verdadeira. Em resumo, quando chutamos que “A não é azul” é falsa, obtivemos: - A é azul - B é amarelo - C não é verde.
  • 46. Acesse www.baixarveloz.net RACIOCÍNIO LÓGICO p/ POLÍCIA FEDERAL TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS Prof. Arthur Lima – Aula 03 Prof. Arthur Lima www.estrategiaconcursos.com.br 46 E se tivéssemos assumido que “A não é azul” é verdadeira? Analisando a primeira condicional novamente, isso obrigaria “B é amarelo” a ser verdadeira também, sob pena de tornar a condicional p q falsa. Isto é, chutando “A não é azul” verdadeira ou falsa, chegamos à mesma conclusão em relação a B. Assim, podemos garantir que B é realmente amarelo, como afirma a letra B. Resposta: B 22. FGV - MEC - 2008) O silogismo é uma forma de raciocínio dedutivo. Na sua forma padronizada, é constituído por três proposições: as duas primeiras denominam-se premissas e a terceira, conclusão. As premissas são juízos que precedem a conclusão. Em um silogismo, a conclusão é conseqüência necessária das premissas. São dados 3 conjuntos formados por 2 premissas verdadeiras e 1 conclusão não necessariamente verdadeira. I. Premissa 1: Alguns animais são homens. Premissa 2: Júlio é um animal. Conclusão: Júlio é homem. II. Premissa 1: Todo homem é um animal. Premissa 2: João é um animal. Conclusão: João é um homem. III. Premissa 1: Todo homem é um animal. Premissa 2: José é um homem. Conclusão: José é um animal. É (são) silogismo(s) somente: a) I b) II
  • 47. Acesse www.baixarveloz.net RACIOCÍNIO LÓGICO p/ POLÍCIA FEDERAL TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS Prof. Arthur Lima – Aula 03 Prof. Arthur Lima www.estrategiaconcursos.com.br 47 c) III d) I e III e) II e III RESOLUÇÃO: Vamos analisar os 3 conjuntos dados. Em cada um deles, assumiremos que as 2 premissas são verdadeiras e veremos se isso torna a conclusão verdadeira ou não. Se torná-la verdadeira, temos um silogismo. I. Premissa 1: Alguns animais são homens. Premissa 2: Júlio é um animal. Conclusão: Júlio é homem. Falso. Veja que nem todos os animais são homens, apenas alguns (premissa 1). É possível que Júlio seja algum dos animais que não é homem. Assim, não se pode concluir que Júlio é homem. II. Premissa 1: Todo homem é um animal. Premissa 2: João é um animal. Conclusão: João é um homem. Falso. A premissa 1 diz que todo homem é animal, mas não garante que todo animal é homem. Isto é, podem existir animais que são homens e animais que não são homens. Se João é um animal (premissa 2), ele pode estar em qualquer um desses 2 grupos. Não podemos afirmar que ele está no grupo dos animais que são homens, como diz a conclusão. III. Premissa 1: Todo homem é um animal. Premissa 2: José é um homem. Conclusão: José é um animal. Verdadeiro. A premissa 1 é suficiente para afirmar que todos os homens estão contidos no conjunto dos animais. Portanto, se José é um homem, ele também está contido nesse conjunto. Portanto, ele é um animal (conclusão). Resposta: C.
  • 48. Acesse www.baixarveloz.net RACIOCÍNIO LÓGICO p/ POLÍCIA FEDERAL TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS Prof. Arthur Lima – Aula 03 Prof. Arthur Lima www.estrategiaconcursos.com.br 48 Obs.: na aula de diagramas lógicos voltaremos a esse exercício para resolvê- lo utilizando esta ferramenta. 23. FGV - CODESP/SP - 2010) A negação da sentença “Se tenho dinheiro, então sou feliz” é: a) Se não tenho dinheiro, então não sou feliz b) Se não sou feliz, então não tenho dinheiro c) Não tenho dinheiro e sou feliz d) Não tenho dinheiro ou sou feliz e) Tenho dinheiro, e não sou feliz RESOLUÇÃO: Para desmentir o autor dessa frase, seria preciso mostrar que, mesmo tendo dinheiro, determinada pessoa não é feliz. Letra E. Trata-se de uma condicional p q, cuja negação é p e ~q. Resposta: E. 24. FGV - CODESP/SP - 2010) Em cada uma das cinco portas A, B, C, D e E, está escrita uma sentença, conforme a seguir: Porta A: “Eu sou a porta de saída” Porta B: “A porta de saída é a C” Porta C: “A sentença escrita na porta A é verdadeira” Porta D: “Se eu sou a porta de saída, então a porta de saída não é a porta E” Porta E: “Eu não sou a porta de saída” Sabe-se que dessas cinco sentenças há uma única verdadeira e que há somente uma porta de saída. A porta de saída é a porta: a) D b) A c) B d) C e) E RESOLUÇÃO: Para resolver esse exercício, vamos admitir que uma sentença seja verdadeira e as outras 4 sejam falsas. Mas, se elas forem falsas, as negações delas
  • 49. Acesse www.baixarveloz.net RACIOCÍNIO LÓGICO p/ POLÍCIA FEDERAL TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS Prof. Arthur Lima – Aula 03 Prof. Arthur Lima www.estrategiaconcursos.com.br 49 serão verdadeiras. Vejamos então como seria a negação de cada uma das sentenças: Sentença Negação Porta A: “Eu sou a porta de saída” “Eu não sou a porta de saída” Porta B: “A porta de saída é a C” “A porta de saída não é a C” Porta C: “A sentença escrita na porta A é verdadeira” “A sentença escrita na porta A não é verdadeira” Porta D: “Se eu sou a porta de saída, então a porta de saída não é a porta E” “Eu sou a porta de saída e a porta de saída é a porta E” Porta E: “Eu não sou a porta de saída” “Eu sou a porta de saída” Repare na negação da sentença D. Essa negação nunca pode ser verdadeira, afinal ela diz que tanto a própria porta D quanto a porta E são a saída. Temos certeza que essa frase é falsa. Se ela é falsa, então a sentença D deve ser verdadeira: “Se eu sou a porta de saída, então a porta de saída não é a porta E”. Ora, já descobrimos que apenas a porta D tem uma sentença verdadeira, portanto a negação da sentença escrita em cada uma das outras portas também é verdadeira. Veja que a negação da frase da porta E é: “Eu sou a porta de saída”. Sendo essa frase verdadeira, nosso gabarito é a letra E. Resposta: E 25. CESPE – MPS – 2009) Julgue os itens que se seguem, acerca de tautologia, proposições e operações com conjuntos. ( ) Considerando as proposições P e Q e os símbolos lógicos: ¬ (negação); v (ou); ^ (e); (se, ... então), é correto afirmar que a proposição (¬P)^Q (¬P)v Q é uma tautologia. ( ) Se A for um conjunto não vazio e se o número de elementos do conjunto A B∪ for igual ao número de elementos do conjunto A B∩ , então o conjunto B terá pelo menos um elemento.
  • 50. Acesse www.baixarveloz.net RACIOCÍNIO LÓGICO p/ POLÍCIA FEDERAL TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS Prof. Arthur Lima – Aula 03 Prof. Arthur Lima www.estrategiaconcursos.com.br 50 ( ) A negação da proposição “Pedro não sofreu acidente de trabalho ou Pedro está aposentado” é “Pedro sofreu acidente de trabalho ou Pedro não está aposentado”. RESOLUÇÃO: ( ) Considerando as proposições P e Q e os símbolos lógicos: ¬ (negação); v (ou); ^ (e); (se, ... então), é correto afirmar que a proposição (¬P)^Q (¬P)v Q é uma tautologia. Vamos construir a tabela-verdade dessa proposição: p q ~p ~q (¬P)^Q (¬P)v Q (¬P)^Q (¬P)v Q V V F F F V V V F F V F F V F V V F V V V F F V V F V V Observando a coluna da direita, vemos que a expressão é sempre Verdadeira, independentemente dos valores lógicos de P e Q. Portanto, trata-se de uma Tautologia. Item CERTO. ( ) Se A for um conjunto não vazio e se o número de elementos do conjunto A B∪ for igual ao número de elementos do conjunto A B∩ , então o conjunto B terá pelo menos um elemento. Se o número de elementos comuns aos 2 conjuntos (intersecção) é igual ao total de elementos dos 2 conjuntos (união), podemos afirmar que os conjuntos A e B são iguais. Como A não é vazio, ele tem pelo menos um elemento. O mesmo ocorre com B. Item CERTO. ( ) A negação da proposição “Pedro não sofreu acidente de trabalho ou Pedro está aposentado” é “Pedro sofreu acidente de trabalho ou Pedro não está aposentado”. Para desmentir o autor da primeira proposição, precisaríamos provar que nenhuma das afirmações é verdadeira (pois se trata de uma disjunção). Assim, a negação é feita com a conjunção: Pedro sofreu acidente de trabalho E Pedro não está aposentado. Item ERRADO.
  • 51. Acesse www.baixarveloz.net RACIOCÍNIO LÓGICO p/ POLÍCIA FEDERAL TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS Prof. Arthur Lima – Aula 03 Prof. Arthur Lima www.estrategiaconcursos.com.br 51 Resposta: C C E 26. CESPE – PREVIC – 2011) Um argumento é uma sequência finita de proposições, que são sentenças que podem ser julgadas como verdadeiras (V) ou falsas (F). Um argumento é válido quando contém proposições assumidas como verdadeiras — nesse caso, denominadas premissas — e as demais proposições são inseridas na sequência que constitui esse argumento porque são verdadeiras em consequência da veracidade das premissas e de proposições anteriores. A última proposição de um argumento é chamada conclusão. Perceber a forma de um argumento é o aspecto primordial para se decidir sua validade. Duas proposições são logicamente equivalentes quando têm as mesmas valorações V ou F. Se uma proposição for verdadeira, então a sua negação será falsa, e vice-versa. Com base nessas informações, julgue o item a seguir. ( ) A negação da proposição “Se um trabalhador tinha qualidade de segurado da previdência social ao falecer, então seus dependentes têm direito a pensão” é logicamente equivalente à proposição “Um trabalhador tinha qualidade de segurado da previdência social ao falecer, mas seus dependentes não têm direito a pensão”. RESOLUÇÃO: A primeira proposição é p q, onde p = o trabalhador era segurado e q = os dependentes tem direito a pensão (resumidamente). Já a segunda proposição é p e ~q. Temos, de fato, a negação de p q, pois a condição (p) foi cumprida e, mesmo assim, o resultado (q) não ocorreu. Item CERTO. Resposta: C *************************** Pessoal, por hoje é isso. Até a próxima aula, quando daremos continuidade à resolução de exercícios sobre lógica proposicional e de argumentação. Garanta que você entendeu bem a teoria da aula de hoje, para aproveitar bem as próximas aulas. Abraço, Arthur Lima (arthurlima@estrategiaconcursos.com.br)
  • 52. Acesse www.baixarveloz.net RACIOCÍNIO LÓGICO p/ POLÍCIA FEDERAL TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS Prof. Arthur Lima – Aula 03 Prof. Arthur Lima www.estrategiaconcursos.com.br 52 3. LISTA DAS QUESTÕES APRESENTADAS NA AULA 1. CESPE – TRE/BA – 2009) A negação da proposição “O presidente é o membro mais antigo do tribunal e o corregedor é o vice-presidente” é “O presidente é o membro mais novo do tribunal e o corregedor não é o vice-presidente”. 2. CESPE – STF – 2008) Filho meu, ouve minhas palavras e atenta para meu conselho. A resposta branda acalma o coração irado. O orgulho e a vaidade são as portas de entrada da ruína do homem. Se o filho é honesto então o pai é exemplo de integridade. Tendo como referência as quatro frases acima, julgue o itens seguintes. ( ) A primeira frase é composta por duas proposições lógicas simples unidas pelo conectivo de conjunção. ( ) A segunda frase é uma proposição lógica simples. ( ) A terceira frase é uma proposição lógica composta. ( ) A quarta frase é uma proposição lógica em que aparecem dois conectivos lógicos. 3. CESPE – BANCO DO BRASIL – 2007) Na lógica sentencial, denomina-se proposição uma frase que pode ser julgada como verdadeira (V) ou falsa (F), mas não, como ambas. Assim, frases como “Como está o tempo hoje?” e “Esta frase é falsa” não são proposições porque a primeira é pergunta e a segunda não pode ser nem V nem F. As proposições são representadas simbolicamente por letras maiúsculas do alfabeto — A, B, C etc. Uma proposição da forma “A ou B” é F se A e B forem F, caso contrário é V; e uma proposição da forma “Se A então B” é F se A for V e B for F, caso contrário é V. Um raciocínio lógico considerado correto é formado por uma seqüência de proposições tais que a última proposição é verdadeira sempre que as proposições anteriores na seqüência forem verdadeiras.
  • 53. Acesse www.baixarveloz.net RACIOCÍNIO LÓGICO p/ POLÍCIA FEDERAL TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS Prof. Arthur Lima – Aula 03 Prof. Arthur Lima www.estrategiaconcursos.com.br 53 Considerando as informações contidas no texto acima, julgue os itens subseqüentes. ( ) É correto o raciocínio lógico dado pela seqüência de proposições seguintes: Se Antônio for bonito ou Maria for alta, então José será aprovado no concurso. Maria é alta. Portanto José será aprovado no concurso. ( ) É correto o raciocínio lógico dado pela seqüência de proposições seguintes: Se Célia tiver um bom currículo, então ela conseguirá um emprego. Ela conseguiu um emprego. Portanto, Célia tem um bom currículo. ( ) Na lista de frases apresentadas a seguir, há exatamente três proposições. “A frase dentro destas aspas é uma mentira.” A expressão X + Y é positiva. O valor de 4 3 7+ = . Pelé marcou dez gols para a seleção brasileira. O que é isto? 4. FCC – Banco do Brasil – 2011) Um jornal publicou a seguinte manchete: “Toda Agência do Banco do Brasil tem déficit de funcionários.” Diante de tal inverdade, o jornal se viu obrigado a retratar-se, publicando uma negação de tal manchete. Das sentenças seguintes, aquela que expressaria de maneira correta a negação da manchete publicada é: a) Qualquer Agência do Banco do Brasil não têm déficit de funcionários b) Nenhuma Agência do Banco do Brasil tem déficit de funcionários c) Alguma Agência do Banco do Brasil não tem déficit de funcionários d) Existem Agências com déficit de funcionários que não pertencem ao Banco do Brasil e) O quadro de funcionários do Banco do Brasil está completo
  • 54. Acesse www.baixarveloz.net RACIOCÍNIO LÓGICO p/ POLÍCIA FEDERAL TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS Prof. Arthur Lima – Aula 03 Prof. Arthur Lima www.estrategiaconcursos.com.br 54 5. FCC – BAHIAGÁS – 2010) “Se a soma dos dígitos de um número inteiro n é divisível por 6, então n é divisível por 6”. Um valor de n que mostra ser falsa a frase acima é: a) 30 b) 33 c) 40 d) 42 e) 60 6. FCC – ALESP – 2010) Durante uma sessão no plenário da Assembléia Legislativa, o presidente da mesa fez a seguinte declaração, dirigindo-se às galerias da casa: “Se as manifestações desrespeitosas não forem interrompidas, então eu não darei início à votação”. Esta declaração é logicamente equivalente à afirmação: a) se o presidente da mesa deu início à votação, então as manifestações desrespeitosas foram interrompidas b) se o presidente da mesa não deu início à votação, então as manifestações desrespeitosas não foram interrompidas c) se as manifestações desrespeitosas forem interrompidas, então o presidente da mesa dará início à votação d) se as manifestações desrespeitosas continuarem, então o presidente da mesa começará a votação e) se as manifestações desrespeitosas não continuarem, então o presidente da mesa não começará a votação. 7. CESPE – TRT/17ª – 2009) A negação da proposição “O juiz determinou a libertação de um estelionatário e de um ladrão” é expressa na forma “O juiz não determinou a libertação de um estelionatário nem de um ladrão”. 8. CESPE – Polícia Militar/AC – 2008) Se A é a proposição “Todo bom soldado é pessoa honesta”, considere as proposições seguintes: B Nenhum bom soldado é pessoa desonesta. C Algum bom soldado é pessoa desonesta.
  • 55. Acesse www.baixarveloz.net RACIOCÍNIO LÓGICO p/ POLÍCIA FEDERAL TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS Prof. Arthur Lima – Aula 03 Prof. Arthur Lima www.estrategiaconcursos.com.br 55 D Existe bom soldado que não é pessoa honesta. E Nenhuma pessoa desonesta é um mau soldado. Nesse caso, todas essas 4 últimas proposições podem ser consideradas como enunciados para a proposição ¬A. 9. FCC – SEFAZ/SP – 2009) Considere a afirmação: Pelo menos um ministro participará da reunião ou nenhuma decisão será tomada. Para que essa afirmação seja FALSA: a) é suficiente que nenhum ministro tenha participado da reunião e duas decisões tenham sido tomadas. b) é suficiente que dois ministros tenham participado da reunião e alguma decisão tenha sido tomada. c) é necessário e suficiente que alguma decisão tenha sido tomada, independentemente da participação de ministros na reunião. d) é necessário que nenhum ministro tenha participado da reunião e duas decisões tenham sido tomadas. e) é necessário que dois ministros tenham participado da reunião e nenhuma decisão tenha sido tomada. 10. CESPE – POLÍCIA FEDERAL – 2004) Uma noção básica da lógica é a de que um argumento é composto de um conjunto de sentenças denominadas premissas e de uma sentença denominada conclusão. Um argumento é válido se a conclusão é necessariamente verdadeira sempre que as premissas forem verdadeiras. Com base nessas informações, julgue os itens que se seguem. ( ) Toda premissa de um argumento válido é verdadeira. ( ) Se a conclusão é falsa, o argumento não é válido. ( ) Se a conclusão é verdadeira, o argumento é válido. ( ) É válido o seguinte argumento: Todo cachorro é verde, e tudo que é verde é vegetal, logo todo cachorro é vegetal.
  • 56. Acesse www.baixarveloz.net RACIOCÍNIO LÓGICO p/ POLÍCIA FEDERAL TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS Prof. Arthur Lima – Aula 03 Prof. Arthur Lima www.estrategiaconcursos.com.br 56 11. FCC – SEFAZ/SP – 2009) Considere as seguintes afirmações: I. Se ocorrer uma crise econômica, então o dólar não subirá. II. Ou o dólar subirá, ou os salários serão reajustados, mas não ambos. III. Os salários serão reajustados se, e somente se, não ocorrer uma crise econômica. Sabendo que as três afirmações são verdadeiras, é correto concluir que, necessariamente, a) o dólar não subirá, os salários não serão reajustados e não ocorrerá uma crise econômica. b) o dólar subirá, os salários não serão reajustados e ocorrerá uma crise econômica. c) o dólar não subirá, os salários serão reajustados e ocorrerá uma crise econômica. d) o dólar subirá, os salários serão reajustados e não ocorrerá uma crise econômica. e) o dólar não subirá, os salários serão reajustados e não ocorrerá uma crise econômica. 12. CESPE – Polícia Federal – 2009) As proposições [ (~ )] (~ )A B A∨ → e [(~ ) ] (~ )A B A∧ ∨ são equivalentes. 13. CESPE – Polícia Militar/AC – 2008) Considere as seguintes proposições: A 6 - 1 = 7 ou 6 + 1 > 2 B 6 + 3 > 8 e 6 - 3 = 4 C 9 × 3 > 25 ou 6 × 7 < 45 D 5 + 2 é um número primo e todo número primo é ímpar. Nesse caso, entre essas 4 proposições, apenas duas são F. 14. CESPE – POLÍCIA FEDERAL – 2004) Quando Paulo estuda, ele é aprovado nos concursos em que se inscreve. Como ele não estudou recentemente, não deve ser aprovado neste concurso. Em cada um dos itens a seguir, julgue se o argumento apresentado tem estrutura lógica equivalente à do texto acima.