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138
- XXIX -
AVALIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DE ESTUDANTES
DAS ESCOLAS TÉCNICAS: A GESTÃO DA INFORMAÇÃO
EM DESTAQUE
Michel Franklin de Oliveira
Universidade Cidade de São Paulo - Unicid
m8frank@gmail.com
INTRODUÇÃO DO PROBLEMA
O presente projeto de pesquisa pretende propor um modelo de acompanhamento e
avaliação, como fonte inicial a avaliação diagnóstica realizada no Vestibulinho proposto para
o processo seletivo dos cursos técnicos das Etecs. Além das informações prévias sobre as
competências e habilidades das diversas áreas de conhecimento exigidas no Processo Seletivo
(vestibulinho), é possível verificar o perfil socioeconômico, como também mapear
geograficamente as distâncias das residências dos alunos em relação a unidade escolar.
Explorar essas informações é uma oportunidade para o conhecimento do perfil do aluno
antes mesmo em que a matrícula se concretize. Os professores planejam melhor suas as aulas
à medida que identificam as lacunas de aprendizagem previamente. Essa necessidade vem ao
encontro das minhas experiências como Coordenador de Projetos Responsável pela
Orientação e Apoio Educacional, que tem como princípio norteador assistir alunos que
apresentam dificuldades na vivência escolar, assim como problemas de desempenho,
processos relacionais e/ou outras dificuldades escolares. Na função de Orientador
Educacional percebi a necessidade do acolhimento do aluno, buscando conhecer suas
competências e habilidades prévias para o melhor acompanhamento de seus processos
formativos que favorecem o desempenho longitudinal do aluno. Desse modo, dar mais apoio
ao docente e facilitar a sua prática didática e auxilia o professor a lidar as dificuldades de
aprendizagem e compreender o comportamento dos alunos e a agir de maneira preventiva.
Esse trabalho se pauta no conceito de Redes de Cooperação Mútua, onde a equipe
gestora acessa dashboards (painéis interativos) gerados pela ferramenta Microsoft Power BI
139
e estudam conjuntamente as possíveis tomadas de decisão desde o processo da avaliação e
seu acompanhamento, a partir da rede estabelecida, num sistema orgânico, preponderante e
vital.
DESENVOLVIMENTO
A coleta dos dados obtidos em diferentes episódios avaliativos da vida escolar do
estudante – processo seletivo, provas, enquetes, entrevistas dentre outros, devem ser
consideradas como fontes de informações que, se sistematizadas, oferecem suporte as
gestões administrativas e acadêmicas, a partir de teorias, metodologias, processos, estruturas
e tecnologias que transformam uma grande quantidade de dados brutos em informação útil
para ações de aperfeiçoamento do trabalho educativo.
O acesso às respostas do processo seletivo é um exemplo da utilização de fontes de
informação que já são geradas no cotidiano da escola. A Unidade escolar recebe o arquivo
de todos os alunos inscritos e os respectivos resultados individuais dos candidatos. Esse
material é rico de informações e pode ser compartilhado com a esquipe gestora para
realização das matrículas e demais estudos. Essas informações são pertinentes no que se diz
respeito a compreensão do perfil do aluno e sua respectiva recepção a escola. Além dessa
base de dados, outras bases podem contribuir para as análises, são elas: as avaliações
formativas, avaliação institucional, enquetes e entrevistas disponibilizadas em ferramentas
tecnológicas de BI.
BI (Business Intelligence) é um termo utilizado para descrever um
conjunto amplo, coeso e integrado de ferramentas e processos
utilizados para captar, coletar, integrar, armazenar e analisar dados
para a geração e a apresentação de informações que deem suporte
à tomada de decisões (ROB; CORONEL, 2011).
Com base nas respostas dos estudantes, pode-se estruturar e utilizar das técnicas de
Data Warehouse, OLAP e Data Mining que são três áreas da ciência da computação que são
altamente interligadas e comercializadas sob o título de Business Intelligence. As
funcionalidades destas três áreas se complementam entre si (TEOREY; LIGHTSTONE;
NADEAU, 2007).
A metodologia foi proposta considerando a análise documental e a abordagem
quantitativa-qualitativa dos indicadores para monitoramento das diferentes demandas, que
implica na compreensão com vista ao acompanhamento de tomada de decisões para orientar
140
o aperfeiçoamento do trabalho educativo, com uma proposição de formação permanente
deste alunado.
CONCLUSÕES
Após a análise de todo o contexto apresentado foi possível fundamentar proposta de
gestão escolar estratégica institucional que englobam ações com alunos, professores,
coordenadores e demais gestores. Os resultados principais apontam que a concepção de
Rede de Cooperação Mútua integra-se ao conceito de participação qualificada como ponto
essencial para a implantação de um projeto de intervenção institucional com foco no acesso,
permanência e qualidade de ensino.
REFERÊNCIAS
ÁLVAREZ MÉNDEZ, J.M. Avaliar para conhecer, examinar para excluir. Porto Alegre:
Artmed Editora, 2002
CASTELLS, M. A sociedade em rede. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1999.
CHOO, C. W. A organização do conhecimento: como as organizações usam a informação
para criar significado, construir conhecimento e tomar decisões. São Paulo: Editora SENAC,
2003. 425p.
CRESWELL, J. W. Projeto de Pesquisa: Métodos qualitativo, quantitativo e misto.
Porto Alegre. Editora: Artmed. 2ª Edição. 2007.
GRINSPUN, Mirian P. S. Zippin. A orientação educacional: conflito de paradigmas e
alternativas para a escola. São Paulo: Editora Cortez, 2006. 216p.
GUBA, E.; LINCOLN, Y. Effective evalution. San Francisco: Jossey Bass Publishers, 1988.
______. Fourth generation evaluation. Newbury Park: Sage Publications, 1989.
HADJI, Charles. A avaliação desmistificada. Porto Alegre: ArtMed, 2001.
________. Avaliação. Regras do jogo: das intenções aos instrumentos. Portugal: Porto
Editora, 1994. (Coleção Ciência da Educação).
INMON, Bill; KELLEY, Chuck. The twelve rules of data warehouse for a client/ server
world. Data Management Review, maio de 1994, p. 6-16.
141
JICK, T.D. (1979). Mixing Qualitative and Quantitative Methods: Triangulation in
Action. Administrative Science Quarterly. 24. 602-611.
MANUAL DE OSLO. Diretrizes para Coleta e Interpretação de Dados sobre
Inovação. 3ª Ed. Disponível em: https://www.finep.gov.br/images/apoio-e-
financiamento/manualoslo.pdf Acessado em: 21 nov. 2018.
PERRENOUD, Philippe. Construir as competências desde a escola. Porto Alegre:
Editora Artmed, 1999. 96p.
ROB, Peter; CORONEL, Carlos. Sistemas de banco de dados – projeto, implementação
e administração. 8ª ed. São Paulo: Cengage Learning, 2011. 711p. Inglês. Estados Unidos.
ROSENTAL, Claude; FRÉMONTIER-MURPHY, Camille. Introdução aos métodos
quantitativos em ciências humanas e sociais. Porto Alegre: Instituto Piaget, 2001.
SÁ, C. P. A Construção do Objeto de Pesquisa em Representações Sociais. Ed UERJ,
1998.
TEOREY, Toby; LIGHTSTONE, Sam; NADEAU, Tom. Projeto e modelagem de
banco de dados. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.
SAUL, Ana Maria. Avaliação emancipatória: desafio à teoria e à prática da avaliação e
reformulação de currículo. São Paulo: Cortez, 1995.
THIESEN, Juares da Silva. O futuro da educação: contribuições da gestão do
conhecimento. Campinas, SP: Papirus, 2011.
ZABALA, A. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998.

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Avaliação e acompanhamento de estudantes das escolas técnicas: A gestão da informação em destaque

  • 1. 138 - XXIX - AVALIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DE ESTUDANTES DAS ESCOLAS TÉCNICAS: A GESTÃO DA INFORMAÇÃO EM DESTAQUE Michel Franklin de Oliveira Universidade Cidade de São Paulo - Unicid m8frank@gmail.com INTRODUÇÃO DO PROBLEMA O presente projeto de pesquisa pretende propor um modelo de acompanhamento e avaliação, como fonte inicial a avaliação diagnóstica realizada no Vestibulinho proposto para o processo seletivo dos cursos técnicos das Etecs. Além das informações prévias sobre as competências e habilidades das diversas áreas de conhecimento exigidas no Processo Seletivo (vestibulinho), é possível verificar o perfil socioeconômico, como também mapear geograficamente as distâncias das residências dos alunos em relação a unidade escolar. Explorar essas informações é uma oportunidade para o conhecimento do perfil do aluno antes mesmo em que a matrícula se concretize. Os professores planejam melhor suas as aulas à medida que identificam as lacunas de aprendizagem previamente. Essa necessidade vem ao encontro das minhas experiências como Coordenador de Projetos Responsável pela Orientação e Apoio Educacional, que tem como princípio norteador assistir alunos que apresentam dificuldades na vivência escolar, assim como problemas de desempenho, processos relacionais e/ou outras dificuldades escolares. Na função de Orientador Educacional percebi a necessidade do acolhimento do aluno, buscando conhecer suas competências e habilidades prévias para o melhor acompanhamento de seus processos formativos que favorecem o desempenho longitudinal do aluno. Desse modo, dar mais apoio ao docente e facilitar a sua prática didática e auxilia o professor a lidar as dificuldades de aprendizagem e compreender o comportamento dos alunos e a agir de maneira preventiva. Esse trabalho se pauta no conceito de Redes de Cooperação Mútua, onde a equipe gestora acessa dashboards (painéis interativos) gerados pela ferramenta Microsoft Power BI
  • 2. 139 e estudam conjuntamente as possíveis tomadas de decisão desde o processo da avaliação e seu acompanhamento, a partir da rede estabelecida, num sistema orgânico, preponderante e vital. DESENVOLVIMENTO A coleta dos dados obtidos em diferentes episódios avaliativos da vida escolar do estudante – processo seletivo, provas, enquetes, entrevistas dentre outros, devem ser consideradas como fontes de informações que, se sistematizadas, oferecem suporte as gestões administrativas e acadêmicas, a partir de teorias, metodologias, processos, estruturas e tecnologias que transformam uma grande quantidade de dados brutos em informação útil para ações de aperfeiçoamento do trabalho educativo. O acesso às respostas do processo seletivo é um exemplo da utilização de fontes de informação que já são geradas no cotidiano da escola. A Unidade escolar recebe o arquivo de todos os alunos inscritos e os respectivos resultados individuais dos candidatos. Esse material é rico de informações e pode ser compartilhado com a esquipe gestora para realização das matrículas e demais estudos. Essas informações são pertinentes no que se diz respeito a compreensão do perfil do aluno e sua respectiva recepção a escola. Além dessa base de dados, outras bases podem contribuir para as análises, são elas: as avaliações formativas, avaliação institucional, enquetes e entrevistas disponibilizadas em ferramentas tecnológicas de BI. BI (Business Intelligence) é um termo utilizado para descrever um conjunto amplo, coeso e integrado de ferramentas e processos utilizados para captar, coletar, integrar, armazenar e analisar dados para a geração e a apresentação de informações que deem suporte à tomada de decisões (ROB; CORONEL, 2011). Com base nas respostas dos estudantes, pode-se estruturar e utilizar das técnicas de Data Warehouse, OLAP e Data Mining que são três áreas da ciência da computação que são altamente interligadas e comercializadas sob o título de Business Intelligence. As funcionalidades destas três áreas se complementam entre si (TEOREY; LIGHTSTONE; NADEAU, 2007). A metodologia foi proposta considerando a análise documental e a abordagem quantitativa-qualitativa dos indicadores para monitoramento das diferentes demandas, que implica na compreensão com vista ao acompanhamento de tomada de decisões para orientar
  • 3. 140 o aperfeiçoamento do trabalho educativo, com uma proposição de formação permanente deste alunado. CONCLUSÕES Após a análise de todo o contexto apresentado foi possível fundamentar proposta de gestão escolar estratégica institucional que englobam ações com alunos, professores, coordenadores e demais gestores. Os resultados principais apontam que a concepção de Rede de Cooperação Mútua integra-se ao conceito de participação qualificada como ponto essencial para a implantação de um projeto de intervenção institucional com foco no acesso, permanência e qualidade de ensino. REFERÊNCIAS ÁLVAREZ MÉNDEZ, J.M. Avaliar para conhecer, examinar para excluir. Porto Alegre: Artmed Editora, 2002 CASTELLS, M. A sociedade em rede. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1999. CHOO, C. W. A organização do conhecimento: como as organizações usam a informação para criar significado, construir conhecimento e tomar decisões. São Paulo: Editora SENAC, 2003. 425p. CRESWELL, J. W. Projeto de Pesquisa: Métodos qualitativo, quantitativo e misto. Porto Alegre. Editora: Artmed. 2ª Edição. 2007. GRINSPUN, Mirian P. S. Zippin. A orientação educacional: conflito de paradigmas e alternativas para a escola. São Paulo: Editora Cortez, 2006. 216p. GUBA, E.; LINCOLN, Y. Effective evalution. San Francisco: Jossey Bass Publishers, 1988. ______. Fourth generation evaluation. Newbury Park: Sage Publications, 1989. HADJI, Charles. A avaliação desmistificada. Porto Alegre: ArtMed, 2001. ________. Avaliação. Regras do jogo: das intenções aos instrumentos. Portugal: Porto Editora, 1994. (Coleção Ciência da Educação). INMON, Bill; KELLEY, Chuck. The twelve rules of data warehouse for a client/ server world. Data Management Review, maio de 1994, p. 6-16.
  • 4. 141 JICK, T.D. (1979). Mixing Qualitative and Quantitative Methods: Triangulation in Action. Administrative Science Quarterly. 24. 602-611. MANUAL DE OSLO. Diretrizes para Coleta e Interpretação de Dados sobre Inovação. 3ª Ed. Disponível em: https://www.finep.gov.br/images/apoio-e- financiamento/manualoslo.pdf Acessado em: 21 nov. 2018. PERRENOUD, Philippe. Construir as competências desde a escola. Porto Alegre: Editora Artmed, 1999. 96p. ROB, Peter; CORONEL, Carlos. Sistemas de banco de dados – projeto, implementação e administração. 8ª ed. São Paulo: Cengage Learning, 2011. 711p. Inglês. Estados Unidos. ROSENTAL, Claude; FRÉMONTIER-MURPHY, Camille. Introdução aos métodos quantitativos em ciências humanas e sociais. Porto Alegre: Instituto Piaget, 2001. SÁ, C. P. A Construção do Objeto de Pesquisa em Representações Sociais. Ed UERJ, 1998. TEOREY, Toby; LIGHTSTONE, Sam; NADEAU, Tom. Projeto e modelagem de banco de dados. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. SAUL, Ana Maria. Avaliação emancipatória: desafio à teoria e à prática da avaliação e reformulação de currículo. São Paulo: Cortez, 1995. THIESEN, Juares da Silva. O futuro da educação: contribuições da gestão do conhecimento. Campinas, SP: Papirus, 2011. ZABALA, A. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998.