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Memórias de um Sargento de Milícias Manuel Antônio de Almeida
Por quê Memórias?
Por quê Memórias? Memórias Póstumas de Brás Cubas .
Por quê Memórias? Memórias Póstumas de Brás Cubas . Narrado em Terceira Pessoa. Narrador onisciente. "Era no tempo do rei" D.João VI 1808-1822
Por quê Memórias? Livro escrito em folhetins 1852-1853 Enunciação 1852-1853 é diferente do Enunciado 1808-1822.
Classificação do Romance Primeiro Romance Malandro: 
Classificação do Romance Romance Malandro: Vive do prazer Romance de Costumes urbanos: classes baixas (povão) Subúrbio carioca
Leonardo português que se muda para o Brasil para ser meirinho. (oficial de Justiça)
Maria da Hortaliça Quitandeira das praças de Lisboa
Maria e Leonardo Se conheceram em meio a uma pisadela e um beliscão
Maria e Leonardo Chegaram no Brasil. Maria estava grávida. Morar juntos sem se casar.
Sete meses depois... Quando saltaram em terra começou a Maria a sentir certos enojos: foram os dois morar juntos: e daí a um mês manifestaram-se claramente
os efeitos da pisadela e do beliscão; sete meses depois teve a Maria um filho, formidável menino de quase três palmos de comprido, gordo e vermelho, cabeludo, esperneador e chorão; o qual, logo depois que nasceu, mamou duas horas seguidas sem largar o peito. E este nascimento é certamente de tudo o que temos dito o que mais nos interessa, porque o menino de quem falamos é herói desta história.
Leonardinho"anti- herói"
Leonardinho  Tinha como madrinha a Parteira. Tinha como padrinho o Barbeiro
Leonardo, e o chifre Pega Maria na cama com o capitão do navio
Leonardo, e o chifre Pega Maria na cama com o capitão do navio O moleque rasga todo seu trabalho “-És filho de uma pisadela e de um beliscão”.
Maria foge com o capitão para Portugal Leonardinho vai morar com o padrinho Leonardo acaba gostando da cigana Leonardo faz uma macumba pra cigana voltar pra ele
A lei Major Vidigal: Com o rei no Brasil, Vidigal  é quem punha ordem no subúrbio
A lei Como a macumba era proibida Vidigal prende Leonardo Comadre vai até o quartel, com a tentativa de soltura de Leonardo
A lei Depois da conversa Tenente coronel  solta Leonardo Já que Leonardo fez um favor para seu filho
Leonardo apaixonado pela cigana e a cigana tendo um caso com o padre
Leonardinho o padrinho sonhava com Leonardinho padre mas o matriculou na escola Campeão de palmatória Leonardinho faz amizade com um sacristão (coroinha) Sacristão da Sé
Leonardinho vizinha estava na missa...
Leonardinho vizinha estava na missa... Leonardinhoja sacristão, jogou cera derretida da vela que estava segurando, no véu da vizinha.
Leonardinho Mestre de cerimônia que está transando com a cigana pede para Leonardinhochamá-lo na hora do sermão
Leonardinho O chama uma hora depois do horário do sermão
Cigana aniversariante Faz uma festa e convida a todos menos Leonardo que era apaixonado por ela
Cigana aniversariante Chico Juca, que era só chico antes de ter derrotado Juca em uma luta.
Cigana aniversariante Vidigal chega e prende a todos, inclusive o padre. Padre desiste da cigana, e Leonardo volta com ela
Leonardinho apaixonado Dona Maria movia ações contra as pessoas por isso tinha dinheiro move ação contra a família pela tutela de sua sobrinha
Luisinha Desengonçada, dentuça, que andava com o queijo colado no peito, cabelo parecia uma viseira de cavalo
Declaração Não sabia se declarar, e pra piorar aparece José Manuel um português interessado na herança da tia
Declaração Leonardinho vai até a casa de Luisinha e a encontra debruçada na janela olhando o movimento da rua
“A bulha dos passos cessou sem que ninguém chegasse à sala;os dois levaram  algum tempo naquela mesma posição, até que o Leonardo, por um supremo esforço, rompeu o silêncio e com voz trêmula e em tom o mais sem graça que se possa imaginar perguntou desenxabidamente:
-A senhora...sabe...uma coisa? E riu-se com uma risada forçada, pálida e tola Luizinha não respondeu. Ele repetiu no mesmo tom: -Então...a senhora...é porque não quer dizer... Nada de resposta. -Se a senhora não ficasse zangada... eu dizia...Silêncio -Está bom...eu digo sempre... mas a senhora fica ou não fica zangada? Luisinha fez um gesto de quem estava impacientada. -Pois então eu digo... a senhora não sabe....eu...eu lhe quero muito bem”. .
Mulher de Leonardo Leonardo se junta com outra, tratada como filha da comadre. Chiquinha era seu nome. E com ela tem uma filha.
Morte do Padrinho Com a morte de seu Padrinho Leonardinho volta a morar com seu pai
Onde por desrespeitar  Chiquinha é expulso pela segunda vez
Leonardinho encontra Sacristão da Sé e ele oferece abrigo na casa de duas viuvas que moravam na Sé, uma tinha três filhos e outra três filhas. Leonardinho aceita e vira agregado.
Vidinha Mulata de 18 anos, lábios carnudos, seios fartos, coxas roliças
18 anos Sem emprego Leonardinho vira vadio, e acaba sendo denunciado por dois primos de Vidinha que também sentia atração por ela
Cumadre/emprego Leonardinhoconsegue fugir de Vidigal e a comadre lhe arruma um emprego na "despensa real" trabalho pesado
Toma-largura Leonardinho é pego com a mulher de Toma-largura corre pra sua casa e se faz de vitima para Vidinha
Toma-largura Faz uma festinha pra tentar ficar com Vidinha, acaba bebendo e arrumando confusão É preso por Vidigal Que trouxe com ele Leonardinho com Granadeiro
D.Maria/José Manuel/Luisinha Dona Maria não gostando mais de José promove uma ação contra ele
D.Maria/José Manuel/Luisinha Ele recebendo a noticia de que tinha perdido a ação infarta e morre
Aniversário de um ano
Aniversário de um ano Leonardo avisa ao bicheiro que vai ser preso e o bicheiro foge.
Aniversário de um ano Vidigal prende Leonardinho mais uma vez por não cumprir o que foi mandado
Maria Regalada Morava na prainha Mulher escandalosa que ria alto
Maria Regalada Consegue a soltura de leonardinho promentendo morar junto com o Major
Voltando com Luisinha Leonardinho sai da prisão e vai direto para o velório de José Manuel E reconquista Luisinha
Sem poder casar com Luizinha graças ao seu cargo de granadeiro, Maria Regalada mais uma vez ajuda Leonardinho. Pedindo a transferência do cargo de granadeiro para o de Sargento de Milícias.
Passado o tempo indispensável do luto, o Leonardinho, em uniforme de Sargento de Milícias, recebeu-se na Sé com Luisinha, assistindo à cerimônia a família em peso .
Daqui em diante aparece o reverso da medalha. Seguiu-se a morte de D.Maria, a do Leonardo-Pataca, e uma enfiada de acontecimentos tristes que pouparemos aos leitores, fazendo aqui ponto final.
Resumo e Análise da obra O romance de Manuel Antônio de Almeida, escrito no período do romantismo, retrata a vida do Rio de Janeiro no início do século XIX e desenvolve pela primeira vez na literatura nacional a figura do malandro
Memórias de um Sargento de Milícias surgiu como um romance de folhetim, ou seja, em capítulos, publicados semanalmente no jornal Correio Mercantil, do Rio de Janeiro, entre junho de 1852 e julho de 1853. Os folhetins não indicavam quem era o autor. A história saiu em livro em 1854 (primeiro volume) e 1855 (segundo volume), com autoria creditada a “Um Brasileiro”. O nome de Manuel Antônio de Almeida aparecerá apenas na terceira edição, já póstuma, em 1863.
Enredo Por ser originariamente um folhetim, publicado semanalmente, o enredo necessitava prender a atenção do leitor, com capítulos curtos e até certo ponto independentes, em geral contendo um episódio completo. A trama, por isso, é complexa, formada de histórias que se sucedem e nem sempre se relacionam por causa e efeito.
“Filho de uma pisadela e de um beliscão” (referência à maneira como seus pais flertaram, ao se conhecer no navio que os conduz de Portugal ao Brasil), o pequeno Leonardo é uma criança intratável, que parece prever as dificuldades que irá enfrentar. E não são poucas: abandonado pela mãe, que foge para Portugal com um capitão de navio, é igualmente abandonado pelo pai, mas encontra no padrinho seu protetor. Esse é dono de uma barbearia e tem guardada boa soma em dinheiro.
A origem pouco digna desse capital – o barbeiro desviou a herança que um capitão moribundo deixara à sobrinha – só será revelada posteriormente. A fórmula “arranjei-me” sintetiza, no romance, a explicação dada pelo barbeiro para a posse do dinheiro. O autor acaba por dizer que muitos “arranjei-me”, equivalentes ao atual “jeitinho brasileiro”, se explicam assim, e estende essa representação de sua história a toda a sociedade da época.
As aventuras e desventuras de Leonardo, que o autor faz desfilar diante dos leitores com dinamismo, conduzem o protagonista a apuros dos quais ele sempre se salva, graças a seus protetores. Leonardo é um personagem fixo no romance, suas características básicas não mudam.
TEMPO A história se passa no começo do século XIX, ocasião em que a família real portuguesa se refugiou no Brasil. Por isso, o romance tem início com a expressão “Era no tempo do rei”, referindo-se ao rei português dom João VI. Essa fórmula também faz referência – e isso é mais relevante para entender a estrutura do romance – aos inícios dos contos de fada: “Era uma vez...”
NARRADOR Apesar do título de “memórias”, o romance não é narrado pelo personagem Leonardo, e sim por um narrador onisciente em terceira pessoa, que tece comentários e digressões no desenrolar dos acontecimentos. O termo “memórias” refere-se à evocação de um tempo passado, reconstruído por meio das histórias por que passa o personagem Leonardo.
ORDEM E DESORDEM  Duas forças de tensão movem os personagens do romance: ordem e desordem, que se revelarão características profundas da sociedade colonial de então.
A figura do major Vidigal representa o polo que, na história, cuida da ordem: “O major Vidigal era o rei absoluto, o árbitro supremo de tudo que dizia respeito a esse ramo de administração; era o juiz que dava e distribuía penas e, ao mesmo tempo, o guarda que dava caça aos criminosos; nas causas da sua justiça não havia testemunhas, nem provas, nem razões, nem processos; ele resumia tudo em si (...)”.
A estabilidade social representa a ordem, enquanto a instabilidade se refere à desordem. Dessa forma, o barbeiro, completamente adequado à sociedade, ao revelar as origens pouco recomendáveis de sua estabilidade financeira, evoca no seu passado a desordem.
Personagens como o major Vidigal, a comadre, dona Maria e o compadre pertencem ao lado da ordem. Mas os personagens desse polo nada têm de retidão, apenas estão em uma situação social mais estável.
O polo da desordem é formado pelo malandro Teotônio, o sacristão da Sé e Vidinha. A acomodação dos personagens, tanto na ordem como na desordem, está sujeita a uma mudança repentina de polo, ou seja, não existe quem esteja totalmente situado no campo da ordem nem no da desordem. Não há, portanto, uma caracterização maniqueísta dos tipos apresentados.
O major Vidigal, por exemplo, um típico mantenedor da ordem, transgredia o código moral ao libertar e promover Leonardo em troca dos favores amorosos de Maria Regalada.
ROMANCE MALANDRO  Nos estudos sobre a obra, houve uma linha de interpretação que, seguindo as indicações de Mário de Andrade, e tendo como base o enredo episódico do livro, classificou o romance como uma manifestação tardia do “romance picaresco”, gênero popular espanhol medieval dos séculos XVII e XVIII.
O gênero picaresco – caracteriza-se por narrar, em primeira pessoa, os infortúnios de um pícaro, um garoto inocente e puro que se torna amargo à medida que entra em contato com a dureza das condições de sobrevivência. Por isso procura sempre agradar a seus superiores. O pícaro tem geralmente um destino negativo, acaba por aceitar a mediocridade e acomodar-se na lamentação desiludida, na miséria ou num casamento que não lhe dá prazer algum.
Nenhuma dessas características está presente em Memórias de um Sargento de Milícias. Leonardo não é inocente. Ao contrário, parece já ter nascido com “maus bofes”, como afirma a vizinha agourenta. Também não é totalmente abandonado, tendo sempre alguém que toma seu partido e procura favorecê-lo.
Ele ainda desafia seus superiores, como o mestre-de-cerimônias e o Vidigal. Por fim, Leonardo não encontra um destino negativo, pois se casa com o objeto de sua paixão (Luisinha, a sobrinha de dona Maria), acumulando cinco heranças e granjeando uma promoção com o major Vidigal.
Existem, de fato, algumas semelhanças entre Leonardo e os personagens picarescos. Uma é a atitude inconsequente do protagonista, que o leva, por exemplo, a esquecer-se rapidamente de Luisinha ao conhecer Vidinha. Depois, o amor antigo retorna, mas nada dá a entender que não possa acabar novamente. Essas semelhanças, porém, são superficiais, por isso é problemática a classificação de Memórias de um Sargento de Milícias como romance picaresco.
O que se vê é que Manuel Antônio de Almeida foge completamente ao idealismo romântico de sua época. Se há traços românticos em sua obra, eles estão no tom irônico e satírico que assume o narrador.
A conclusão possível é que estamos diante de um novo gênero nacional, que se constrói em torno da figura do malandro, personagem que tem influências popularescas, como Pedro Malasarte; mas é urbano e relaciona- se socialmente com as esferas da ordem e da desordem, já citadas.
É mais apropriado, por isso, classificar essa obra como um “romance malandro”, de cunho satírico e com elementos de fábula. Esse gênero frutificará em vários romances posteriores, como Macunaíma, de Mário de Andrade, e Serafim Ponte Grande, de Oswald de Andrade.
Referência http://guiadoestudante.abril.com.br/estude/literatura/materia_413965.shtml

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Memórias de um Sargento de Milícias

  • 1. Memórias de um Sargento de Milícias Manuel Antônio de Almeida
  • 3. Por quê Memórias? Memórias Póstumas de Brás Cubas .
  • 4. Por quê Memórias? Memórias Póstumas de Brás Cubas . Narrado em Terceira Pessoa. Narrador onisciente. "Era no tempo do rei" D.João VI 1808-1822
  • 5. Por quê Memórias? Livro escrito em folhetins 1852-1853 Enunciação 1852-1853 é diferente do Enunciado 1808-1822.
  • 6. Classificação do Romance Primeiro Romance Malandro: 
  • 7. Classificação do Romance Romance Malandro: Vive do prazer Romance de Costumes urbanos: classes baixas (povão) Subúrbio carioca
  • 8. Leonardo português que se muda para o Brasil para ser meirinho. (oficial de Justiça)
  • 9. Maria da Hortaliça Quitandeira das praças de Lisboa
  • 10. Maria e Leonardo Se conheceram em meio a uma pisadela e um beliscão
  • 11. Maria e Leonardo Chegaram no Brasil. Maria estava grávida. Morar juntos sem se casar.
  • 12. Sete meses depois... Quando saltaram em terra começou a Maria a sentir certos enojos: foram os dois morar juntos: e daí a um mês manifestaram-se claramente
  • 13. os efeitos da pisadela e do beliscão; sete meses depois teve a Maria um filho, formidável menino de quase três palmos de comprido, gordo e vermelho, cabeludo, esperneador e chorão; o qual, logo depois que nasceu, mamou duas horas seguidas sem largar o peito. E este nascimento é certamente de tudo o que temos dito o que mais nos interessa, porque o menino de quem falamos é herói desta história.
  • 15. Leonardinho Tinha como madrinha a Parteira. Tinha como padrinho o Barbeiro
  • 16. Leonardo, e o chifre Pega Maria na cama com o capitão do navio
  • 17. Leonardo, e o chifre Pega Maria na cama com o capitão do navio O moleque rasga todo seu trabalho “-És filho de uma pisadela e de um beliscão”.
  • 18. Maria foge com o capitão para Portugal Leonardinho vai morar com o padrinho Leonardo acaba gostando da cigana Leonardo faz uma macumba pra cigana voltar pra ele
  • 19. A lei Major Vidigal: Com o rei no Brasil, Vidigal é quem punha ordem no subúrbio
  • 20. A lei Como a macumba era proibida Vidigal prende Leonardo Comadre vai até o quartel, com a tentativa de soltura de Leonardo
  • 21. A lei Depois da conversa Tenente coronel  solta Leonardo Já que Leonardo fez um favor para seu filho
  • 22. Leonardo apaixonado pela cigana e a cigana tendo um caso com o padre
  • 23. Leonardinho o padrinho sonhava com Leonardinho padre mas o matriculou na escola Campeão de palmatória Leonardinho faz amizade com um sacristão (coroinha) Sacristão da Sé
  • 25. Leonardinho vizinha estava na missa... Leonardinhoja sacristão, jogou cera derretida da vela que estava segurando, no véu da vizinha.
  • 26. Leonardinho Mestre de cerimônia que está transando com a cigana pede para Leonardinhochamá-lo na hora do sermão
  • 27.
  • 28. Leonardinho O chama uma hora depois do horário do sermão
  • 29. Cigana aniversariante Faz uma festa e convida a todos menos Leonardo que era apaixonado por ela
  • 30. Cigana aniversariante Chico Juca, que era só chico antes de ter derrotado Juca em uma luta.
  • 31. Cigana aniversariante Vidigal chega e prende a todos, inclusive o padre. Padre desiste da cigana, e Leonardo volta com ela
  • 32. Leonardinho apaixonado Dona Maria movia ações contra as pessoas por isso tinha dinheiro move ação contra a família pela tutela de sua sobrinha
  • 33. Luisinha Desengonçada, dentuça, que andava com o queijo colado no peito, cabelo parecia uma viseira de cavalo
  • 34. Declaração Não sabia se declarar, e pra piorar aparece José Manuel um português interessado na herança da tia
  • 35. Declaração Leonardinho vai até a casa de Luisinha e a encontra debruçada na janela olhando o movimento da rua
  • 36. “A bulha dos passos cessou sem que ninguém chegasse à sala;os dois levaram  algum tempo naquela mesma posição, até que o Leonardo, por um supremo esforço, rompeu o silêncio e com voz trêmula e em tom o mais sem graça que se possa imaginar perguntou desenxabidamente:
  • 37. -A senhora...sabe...uma coisa? E riu-se com uma risada forçada, pálida e tola Luizinha não respondeu. Ele repetiu no mesmo tom: -Então...a senhora...é porque não quer dizer... Nada de resposta. -Se a senhora não ficasse zangada... eu dizia...Silêncio -Está bom...eu digo sempre... mas a senhora fica ou não fica zangada? Luisinha fez um gesto de quem estava impacientada. -Pois então eu digo... a senhora não sabe....eu...eu lhe quero muito bem”. .
  • 38. Mulher de Leonardo Leonardo se junta com outra, tratada como filha da comadre. Chiquinha era seu nome. E com ela tem uma filha.
  • 39. Morte do Padrinho Com a morte de seu Padrinho Leonardinho volta a morar com seu pai
  • 40. Onde por desrespeitar Chiquinha é expulso pela segunda vez
  • 41. Leonardinho encontra Sacristão da Sé e ele oferece abrigo na casa de duas viuvas que moravam na Sé, uma tinha três filhos e outra três filhas. Leonardinho aceita e vira agregado.
  • 42. Vidinha Mulata de 18 anos, lábios carnudos, seios fartos, coxas roliças
  • 43. 18 anos Sem emprego Leonardinho vira vadio, e acaba sendo denunciado por dois primos de Vidinha que também sentia atração por ela
  • 44. Cumadre/emprego Leonardinhoconsegue fugir de Vidigal e a comadre lhe arruma um emprego na "despensa real" trabalho pesado
  • 45. Toma-largura Leonardinho é pego com a mulher de Toma-largura corre pra sua casa e se faz de vitima para Vidinha
  • 46. Toma-largura Faz uma festinha pra tentar ficar com Vidinha, acaba bebendo e arrumando confusão É preso por Vidigal Que trouxe com ele Leonardinho com Granadeiro
  • 47. D.Maria/José Manuel/Luisinha Dona Maria não gostando mais de José promove uma ação contra ele
  • 48. D.Maria/José Manuel/Luisinha Ele recebendo a noticia de que tinha perdido a ação infarta e morre
  • 50. Aniversário de um ano Leonardo avisa ao bicheiro que vai ser preso e o bicheiro foge.
  • 51. Aniversário de um ano Vidigal prende Leonardinho mais uma vez por não cumprir o que foi mandado
  • 52. Maria Regalada Morava na prainha Mulher escandalosa que ria alto
  • 53. Maria Regalada Consegue a soltura de leonardinho promentendo morar junto com o Major
  • 54. Voltando com Luisinha Leonardinho sai da prisão e vai direto para o velório de José Manuel E reconquista Luisinha
  • 55. Sem poder casar com Luizinha graças ao seu cargo de granadeiro, Maria Regalada mais uma vez ajuda Leonardinho. Pedindo a transferência do cargo de granadeiro para o de Sargento de Milícias.
  • 56. Passado o tempo indispensável do luto, o Leonardinho, em uniforme de Sargento de Milícias, recebeu-se na Sé com Luisinha, assistindo à cerimônia a família em peso .
  • 57. Daqui em diante aparece o reverso da medalha. Seguiu-se a morte de D.Maria, a do Leonardo-Pataca, e uma enfiada de acontecimentos tristes que pouparemos aos leitores, fazendo aqui ponto final.
  • 58. Resumo e Análise da obra O romance de Manuel Antônio de Almeida, escrito no período do romantismo, retrata a vida do Rio de Janeiro no início do século XIX e desenvolve pela primeira vez na literatura nacional a figura do malandro
  • 59. Memórias de um Sargento de Milícias surgiu como um romance de folhetim, ou seja, em capítulos, publicados semanalmente no jornal Correio Mercantil, do Rio de Janeiro, entre junho de 1852 e julho de 1853. Os folhetins não indicavam quem era o autor. A história saiu em livro em 1854 (primeiro volume) e 1855 (segundo volume), com autoria creditada a “Um Brasileiro”. O nome de Manuel Antônio de Almeida aparecerá apenas na terceira edição, já póstuma, em 1863.
  • 60. Enredo Por ser originariamente um folhetim, publicado semanalmente, o enredo necessitava prender a atenção do leitor, com capítulos curtos e até certo ponto independentes, em geral contendo um episódio completo. A trama, por isso, é complexa, formada de histórias que se sucedem e nem sempre se relacionam por causa e efeito.
  • 61. “Filho de uma pisadela e de um beliscão” (referência à maneira como seus pais flertaram, ao se conhecer no navio que os conduz de Portugal ao Brasil), o pequeno Leonardo é uma criança intratável, que parece prever as dificuldades que irá enfrentar. E não são poucas: abandonado pela mãe, que foge para Portugal com um capitão de navio, é igualmente abandonado pelo pai, mas encontra no padrinho seu protetor. Esse é dono de uma barbearia e tem guardada boa soma em dinheiro.
  • 62. A origem pouco digna desse capital – o barbeiro desviou a herança que um capitão moribundo deixara à sobrinha – só será revelada posteriormente. A fórmula “arranjei-me” sintetiza, no romance, a explicação dada pelo barbeiro para a posse do dinheiro. O autor acaba por dizer que muitos “arranjei-me”, equivalentes ao atual “jeitinho brasileiro”, se explicam assim, e estende essa representação de sua história a toda a sociedade da época.
  • 63. As aventuras e desventuras de Leonardo, que o autor faz desfilar diante dos leitores com dinamismo, conduzem o protagonista a apuros dos quais ele sempre se salva, graças a seus protetores. Leonardo é um personagem fixo no romance, suas características básicas não mudam.
  • 64. TEMPO A história se passa no começo do século XIX, ocasião em que a família real portuguesa se refugiou no Brasil. Por isso, o romance tem início com a expressão “Era no tempo do rei”, referindo-se ao rei português dom João VI. Essa fórmula também faz referência – e isso é mais relevante para entender a estrutura do romance – aos inícios dos contos de fada: “Era uma vez...”
  • 65. NARRADOR Apesar do título de “memórias”, o romance não é narrado pelo personagem Leonardo, e sim por um narrador onisciente em terceira pessoa, que tece comentários e digressões no desenrolar dos acontecimentos. O termo “memórias” refere-se à evocação de um tempo passado, reconstruído por meio das histórias por que passa o personagem Leonardo.
  • 66. ORDEM E DESORDEM Duas forças de tensão movem os personagens do romance: ordem e desordem, que se revelarão características profundas da sociedade colonial de então.
  • 67. A figura do major Vidigal representa o polo que, na história, cuida da ordem: “O major Vidigal era o rei absoluto, o árbitro supremo de tudo que dizia respeito a esse ramo de administração; era o juiz que dava e distribuía penas e, ao mesmo tempo, o guarda que dava caça aos criminosos; nas causas da sua justiça não havia testemunhas, nem provas, nem razões, nem processos; ele resumia tudo em si (...)”.
  • 68. A estabilidade social representa a ordem, enquanto a instabilidade se refere à desordem. Dessa forma, o barbeiro, completamente adequado à sociedade, ao revelar as origens pouco recomendáveis de sua estabilidade financeira, evoca no seu passado a desordem.
  • 69. Personagens como o major Vidigal, a comadre, dona Maria e o compadre pertencem ao lado da ordem. Mas os personagens desse polo nada têm de retidão, apenas estão em uma situação social mais estável.
  • 70. O polo da desordem é formado pelo malandro Teotônio, o sacristão da Sé e Vidinha. A acomodação dos personagens, tanto na ordem como na desordem, está sujeita a uma mudança repentina de polo, ou seja, não existe quem esteja totalmente situado no campo da ordem nem no da desordem. Não há, portanto, uma caracterização maniqueísta dos tipos apresentados.
  • 71. O major Vidigal, por exemplo, um típico mantenedor da ordem, transgredia o código moral ao libertar e promover Leonardo em troca dos favores amorosos de Maria Regalada.
  • 72. ROMANCE MALANDRO Nos estudos sobre a obra, houve uma linha de interpretação que, seguindo as indicações de Mário de Andrade, e tendo como base o enredo episódico do livro, classificou o romance como uma manifestação tardia do “romance picaresco”, gênero popular espanhol medieval dos séculos XVII e XVIII.
  • 73. O gênero picaresco – caracteriza-se por narrar, em primeira pessoa, os infortúnios de um pícaro, um garoto inocente e puro que se torna amargo à medida que entra em contato com a dureza das condições de sobrevivência. Por isso procura sempre agradar a seus superiores. O pícaro tem geralmente um destino negativo, acaba por aceitar a mediocridade e acomodar-se na lamentação desiludida, na miséria ou num casamento que não lhe dá prazer algum.
  • 74. Nenhuma dessas características está presente em Memórias de um Sargento de Milícias. Leonardo não é inocente. Ao contrário, parece já ter nascido com “maus bofes”, como afirma a vizinha agourenta. Também não é totalmente abandonado, tendo sempre alguém que toma seu partido e procura favorecê-lo.
  • 75. Ele ainda desafia seus superiores, como o mestre-de-cerimônias e o Vidigal. Por fim, Leonardo não encontra um destino negativo, pois se casa com o objeto de sua paixão (Luisinha, a sobrinha de dona Maria), acumulando cinco heranças e granjeando uma promoção com o major Vidigal.
  • 76. Existem, de fato, algumas semelhanças entre Leonardo e os personagens picarescos. Uma é a atitude inconsequente do protagonista, que o leva, por exemplo, a esquecer-se rapidamente de Luisinha ao conhecer Vidinha. Depois, o amor antigo retorna, mas nada dá a entender que não possa acabar novamente. Essas semelhanças, porém, são superficiais, por isso é problemática a classificação de Memórias de um Sargento de Milícias como romance picaresco.
  • 77. O que se vê é que Manuel Antônio de Almeida foge completamente ao idealismo romântico de sua época. Se há traços românticos em sua obra, eles estão no tom irônico e satírico que assume o narrador.
  • 78. A conclusão possível é que estamos diante de um novo gênero nacional, que se constrói em torno da figura do malandro, personagem que tem influências popularescas, como Pedro Malasarte; mas é urbano e relaciona- se socialmente com as esferas da ordem e da desordem, já citadas.
  • 79. É mais apropriado, por isso, classificar essa obra como um “romance malandro”, de cunho satírico e com elementos de fábula. Esse gênero frutificará em vários romances posteriores, como Macunaíma, de Mário de Andrade, e Serafim Ponte Grande, de Oswald de Andrade.