Item Assunto Página
I Informações Gerais da Empresa e Objetivo do Trabalho 3
II Introdução 4
III Metodologia 5
IV Avaliação Ergonômica dos Postos de Trabalho 10
VI Conformidade em Relação à NR-17 - Ergonomia 12
VII Recomendações e Comentários Gerais 14
I. INFORMAÇÕES GERAIS DA EMPRESA E OBJETIVO DO TRABALHO
Endereço:
Ramo de atividade: Salão de Beleza
Grau de Risco:
Data das Avaliações: 04/12/2004
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Objetivo:
Proceder a avaliação ergonômica dos postos de trabalho, bem como apresentar
recomendações aos trabalhadores no momento das entrevistas e as que constam
neste laudo, que venham a eliminar ou minimizar possíveis situações anti-
ergonômicas observadas.
Alvo da Análise:
Postos de trabalho das cabeleireiras e das manicures deste Salão de Beleza.
Análise da Demanda:
O principal motivo que levou-nos a analisar estes postos de trabalho foi a
grande incidência de queixas músculo-esqueléticas relacionadas às atividades
desenvolvidas por estes profissionais.
II. INTRODUÇÃO
Ergonomia é a ciência das pessoas no trabalho. Ela envolve a aplicação dos
conhecimentos sobre as características do ser humano para beneficiar seu bem-estar
e os resultados de seu trabalho e da empresa. Qualquer atividade industrial pode ser
vista como um sistema homem-máquina dentro de um certo ambiente. Qualquer
sistema existe para atingir objetivos pela consecução de certas funções. Na maioria
das atividades industriais o ser humano preenche muitas destas funções. Exposição a
condições de trabalho adversas podem resultar em dores momentâneas, fadiga e
lesões a médio e longo-prazo.
Ambientes de trabalho com projeto inadequado contribuem para reduzir a
eficiência, produção, qualidade e aumentar o absenteísmo e os custos de produção. A
ergonomia está preocupada em fazer a interface homem-máquina e homem-ambiente
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tão segura, eficiente e confortável quanto possível, preocupando-se em primeiro plano
com a saúde do trabalhador e sua satisfação pelo trabalho e em segundo plano com o
aumento da lucratividade da empresa.
Além da visão prevencionista que deve nortear o trabalho das empresas, a
Portaria nº 3.214/78, da Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho, do Ministério
do Trabalho e Emprego, em sua Norma Regulamentadora nº 17 - Ergonomia, com
nova redação dada pela Portaria nº 3751, de 23/11/1990, estabelece parâmetros que
permitem a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas
dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e
desempenho eficiente, e que deve ser observada e implementada pelos
empregadores.
III. METODOLOGIA
Em linhas gerais foram analisados e considerados em cada posto de trabalho
todos os requisitos da Norma Regulamentadora nº 17 - Ergonomia, quais sejam:
Mobiliário dos postos de trabalho como: mesas, cadeiras, dimensões, recursos,
adequação ergonômica;
Espaço de trabalho;
Repetição;
Força das mãos;
Posturas adotadas no trabalho;
Avaliação qualitativa e quantitativa das condições ambientais: ruído, temperatura e
iluminamento;
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Aspectos gerais ligados à organização do sistema de trabalho.
As condições de conforto como ruído e conforto térmico foram avaliadas com base
nos itens 17.5.2 a/b/c/d, da NR-17.
As condições de iluminamento foram avaliadas com base no item 17.5.3 e sub-
itens, da NR-17.
Os níveis de iluminamento utilizados como referência, bem como a metodologia de
medição, são aqueles determinados pela Norma Brasileira NBR 5413 - Iluminância de
Interiores.
Os níveis de iluminamento foram medidos com um luxímetro modelo LX-102,
marca Lutron.
Os níveis de ruído foram avaliados com decibelimetro marca Lutron, modelo
SL-4001.
O conforto térmico foi avaliado através do:
a) calor: Indicador de Temperatura digital marca Politeste, modelo TGM100, com
escala de –50ºC a 100ºC;
b) umidade relativa do ar: Termo Higrômetro MTH-1380 marca Minipa.
Para a realização da análise ergonômica de cada posto de trabalho, foram
utilizadas as seguintes metodologias:
• Observações de campo de forma a abranger todos os tipos de mobiliários do salão
de beleza, assim como as condições ambientais de trabalho acima descritas.
• Entrevistas com os colaboradores buscando avaliar o potencial de risco de cada
posto de trabalho, bem como situações relacionadas à própria organização do
trabalho.
• Recurso fotográfico a fim de permitir uma análise complementar para identificação
de situações antiergonômicas e possíveis soluções.
• Orientações aos colaboradores durante o processo de avaliação a fim de sanar
dúvidas com relação ao mobiliário, posturas adotadas.
Foi utilizada a escala psicofísica de Borg como ferramenta auxiliar para avaliação
de forças. Segue a classificação abaixo:
Escala Psicofísica (Borg)
0.5 Muito, Muito Leve
1 Muito Leve
2 Leve
3
4 Até Certo Ponto Pesado
5 Moderadamente Pesado
6
7 Pesado
8 Muito Pesado
9 Muito, Muito Pesado
5
10 Máximo
Classificação do Esforço
0,5 - 3 Esforço Leve
4-6 Esforço Moderado
7 - 10 Esforço Pesado
A maioria das pessoas entre nós pode dizer se um grupo de músculos está
carregado com muito peso ou levemente carregado. No caso de haver dificuldade ao
fazer a avaliação, a escala psicofísica de 10 pontos pode ser usada para classificar o
esforço físico usando descrições em palavras. O empregado deve ser solicitado para
fazer um esforço máximo dos músculos para fixar o topo da escala e depois decidir
onde o esforço do trabalho cai na escala para cada grupo de músculos.
Em geral as tarefas classificadas como “Esforço Leve” não apresentam risco
relevante e assume-se que estejam abaixo de 30% da máxima capacidade de força de
um determinado grupamento muscular.
Tarefas classificadas como de “Esforço Moderado” devem ser analisadas
cuidadosamente, pois podem indicar esforços acima de 30% da capacidade máxima
de um determinado grupamento muscular, os quais devem ser evitados.
Tarefas classificadas como de “Esforço Pesado” sugerem que a força aplicada por
um determinado grupamento muscular é superior a 50% da sua capacidade máxima e
sempre deveriam ser evitadas.
Porém, em todos os casos a aplicação de forças deve ser analisada em conjunto
com outros aspectos biomecânicos e a repetitividade requerida na operação.
IV. Avaliação Ergonômica dos Postos de Trabalho
Setor: Cabelo
Função: Cabeleireira
Número de funcionários deste setor: 5
Descrição das atividades desenvolvidas:
Esses profissionais realizam cortes de cabelos, escovas, luzes, reflexos e
penteados. As atividades destes profissionais são idênticas, sendo avaliadas as
atividades de corte e escova. As atividades consistem em:
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Pegar uma toalha do armário e colocar nas costas da cliente.
Lavar os cabelos da cliente realizando massageamento do couro cabeludo.
Pegar uma toalha e enrolar os cabelos.
Ajustar a altura da cadeira para a cliente.
Pegar os materiais necessários como escovas, secador de cabelos, tesouras,
pentes, presilhas de dentro da gaveta ao lado da bancada e colocá-los sobre a
bancada.
Pegar tesoura com mão direita e efetuar o corte dos cabelos, separando-os por
mechas e prendendo-os com presilhas.
Após o término do corte, pegar secador de cabelos com mão esquerda e com mão
direita uma escova.
Efetuar o escovamento dos cabelos.
Passar silicone nas pontas dos cabelos com as mãos e penteá-los com dedos da
mão esquerda enquanto que com a direita efetua a escova final.
Pegar a escova com mão direita e efetuar o penteado final.
Descer a cadeira para a cliente descer.
Higienizar os materiais utilizados, limpando-os com solução higienizadora.
Avaliação ergonômica do posto de trabalho:
Repetitividade:
• Trabalho repetitivo, com duração média de um corte de cabelos de 20 minutos e
tempo médio de realização da escova de 30 minutos. Possui macropausas de
aproximadamente 5 minutos entre o atendimento de uma cliente e outra.
• Efetua em média, 6 cortes de cabelo, 8 escovas e 2 reflexos por dia de trabalho,
sendo válido das quintas-feiras aos sábados, onde o movimento do salão é maior.
Nos demais dias, efetua em média 3 cortes de cabelos, 3 escovas e 1 reflexo por
dia.
Forças:
• Esforço físico leve de membros superiores ao massagear couro cabeludo da cliente
no momento da lavagem dos cabelos.
• Esforço físico moderado a pesado de membro superior direito ao utilizar escova
durante o escovamento dos cabelos, dependendo do comprimento dos cabelos,
quanto mais comprido ou mais crespos os cabelos, maior o esforço.
• Esforço físico moderado a pesado de membro superior esquerdo ao utilizar o
secador de cabelos, sendo justificado pelos mesmos motivos citados acima.
• Esforço físico leve de membro inferior direito ao acionar pedal da cadeira a fim de
elevá-la ou de abaixá-la.
• Esforço físico leve de membro superior direito, principalmente de dedos ao efetuar
corte de cabelos com tesoura.
Posturas:
• Trabalho em pé, com pouca movimentação, sendo agravado pelo uso de sapatos
com salto alto, ocasionando alteração postural de membros inferiores e acentuando
a lordose lombar, o que pode gerar lombalgias e apresentar risco inclusive de
torções de tornozelos.
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• Postura estática de ombros durante abdução de membros superiores entre 70 e
120 graus ao efetuar o escovamento dos cabelos, sendo agravada ao fato de
exercer esforço físico moderado a pesado e de sustentar o peso do secador que é
de aproximadamente 3,5 quilos. Esta postura é muito relevante, visto ser repetitiva.
• Torções de punhos com desvio ulnar, principalmente à direita ao utilizar escova.
• Desvio ulnar de punho direito ao utilizar tesoura durante o corte de cabelo.
• Flexão de coluna cervical durante todo o trabalho.
Compressões mecânicas:
• Ao utilizar tesouras com cabos metálicos e não anatômicos.
Organização do Sistema de Trabalho:
• Horário de trabalho: Terça à Quinta das 8:00 às 18:00 e de Sexta à Sábado das
8:00 às 19:00 horas, possuindo 1hora e 30 minutos de almoço, sendo que há
revezamento para o almoço.
Principais queixas em relação ao trabalho:
• Dores em membros superiores, principalmente à esquerda relacionada ao uso
freqüente do secador, o qual é relatado como pesado.
• Dores em punho e antebraços direito relacionado a movimentos repetitivos durante
escovação de cabelos.
• Dores em região lombar a qual as cabeleireiras relacionam ao fato de realizarem
trabalho em pé.
• Queixa com relação ao peso do secador de cabelos
Recomendações:
• Implantar sistemas de educação ergonômica a fim de conscientizar as cabelereiras
no sentido de evitar posturas críticas adequando a altura da cadeira da cliente
corretamente; conscientizar quanto a utilização de calçados mais confortáveis e
com salto de preferência Anabela a fim de minimizar desconfortos e dores em
membros inferiores e região lombar.
• Prover secadores de cabelo mais leves e com pegas anatômicas.
• Prover tesouras com cabos anatômicos e com revestimento emborrachado a fim de
eliminar compressões mecânicas.
• Prover banqueta de posição semi-sentada a fim de promover alternância de
posturas de membros inferiores e minimizar o cansaço.
• Instituir programas de ginástica laboral de aquecimento ou preparatória e de
relaxamento ou compensatória, a fim de minimizar queixas dolorosas e minimizar
riscos de DORT.
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Setor: Mãos e Pés
Função: Manicure
Número de funcionários deste setor: 5
Descrição das atividades desenvolvidas:
Esses profissionais realizam corte, lixamento e pintura de unhas, o que é
chamado de fazer as mãos. As atividades consistem em:
Pegar uma toalha do armário, pegar um recipiente pequeno com água morna e
levar até a mesinha de manicure.
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Sentar-se na cadeira de manicure e separar os materiais a serem utilizados como
lixas, alicates de cutícula, algodão, creme e esmalte.
Com a mão da cliente sobre a mesinha iniciar processo de lixamento das unhas de
uma das mãos.
Passar creme na mão da cliente e massagear com ambas as mãos.
Passar creme ao redor das unhas de uma das mãos e colocá-la dentro do
recipiente com água morna.
Enquanto amolece a cutícula de uma mão efetua o lixamento da outra.
Efetuar o mesmo processo agora com a outra mão.
Retirar mão da cliente do recipiente e com espátula afastar as cutículas.
Com alicate retirar a cutícula de todas as unhas.
Secar com toalha as mãos da cliente.
Pegar vidro de base, abri-lo e passar cuidadosamente em cada unha.
Pegar vidro de esmalte, abri-lo e passar nas unhas num total de duas camadas.
Pegar vidro de óleo secante, abri-lo e passar um pouquinho em cada unha.
Deixar secar por alguns instantes.
Avaliação ergonômica do posto de trabalho:
Repetitividade:
• Trabalho repetitivo, com duração média de realização de mãos de 30 minutos.
Possui macropausa de aproximadamente 3 minutos entre uma cliente e outra
durante finais de semana.
• Efetua em média, 15 mãos por dia.
Forças:
• Esforços físicos leves de membro superior direito ao lixar, espatular e retirar
cutículas com alicate, devido ser considerado um trabalho de precisão.
Posturas:
• Trabalho sentado com excessiva flexão de quadril e de joelhos, devido cadeira da
manicure ser muito baixa e sem possibilidades de ajustes devido inexistência de
dispositivos de regulagem.
• Postura estática de ombros durante todo o processo de trabalho, devido não ter
apoio de antebraços
• Flexão de coluna cervical e dorsal ao efetuar todo o trabalho com as unhas.
Compressões mecânicas:
• Ao utilizar alicates de cutícula e espátulas com cabos metálicos e não anatômicos.
Organização do Sistema de Trabalho:
• Horário de trabalho: Terça à Quinta das 8:00 às 18:00 e de Sexta à Sábado das
8:00 às 19:00 horas, possuindo 1hora e 30 minutos de almoço, sendo que há
revezamento para o almoço.
Principais queixas em relação ao trabalho:
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• Dores e cansaço em membros superiores, principalmente à direita.
• Dores em punho e antebraços direito relacionado a movimentos repetitivos durante
trabalho com alicate de cutícula.
• Dores em região cervical, dorsal e lombar devido posição sentada em cadeira
desconfortável.
• Queixa com relação a calosidades nas mãos devido uso intenso de alicates de
cutícula.
Recomendações:
• Estudar melhoria na cadeira da manicure a fim de que respeitem as normas da
NBR – 13.965 que segue abaixo, contemplando requisitos básicos de dimensões e
recursos de ajustes.
• Estudar melhoria da mesa da manicure a fim de que possua altura regulável e
apoio para os antebraços da manicure também regulável, eliminando postura
estática de membros superiores.
• Implantar sistemas de educação ergonômica a fim de conscientizar as manicures
no sentido de evitar posturas críticas procurando manter uma postura ereta e
realizar pequenas pausas durante o trabalho.
• Prover alicates de cutícula e espátulas com cabos anatômicos e com revestimento
emborrachado a fim de eliminar compressões mecânicas.
• Instituir programas de ginástica laboral de aquecimento ou preparatória e de
relaxamento ou compensatória.
VI. CONFORMIDADE EM RELAÇÃO A NR-17 - ERGONOMIA
1. Conformidade em relação ao item 17.2 - Levantamento, transporte e descarga
individual de materiais
• Não há situações de risco em relação a este item.
2. Conformidade em relação ao item 17.3 - Mobiliário dos postos de trabalho
• As mesas de trabalho e as cadeiras das manicures não possuem dimensões
compatíveis com o tipo de trabalho desenvolvido e não respeita as características
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antropométricas dos trabalhadores.
3. Conformidade em relação ao item 17.4 - Equipamentos dos postos de trabalho
• Há situações de risco com relação ao tipo e peso dos secadores de cabelos,
tesouras sem cabo anatômico e sem revestimento emborrachado, causando
compressão mecânica.
• Os alicates de cutículas e espátulas também não possuem cabo anatômico, nem
revestimento emborrachado, causando compressão mecânica.
4. Conformidade em relação ao item 17.5 - Condições ambientais de trabalho
a) Ruído: os valores obtidos encontram-se dentro do nível aceitável para efeito de
conforto nas atividades, como também dentro dos Limites de Tolerância
estabelecidos.
b) Calor: os valores obtidos encontram-se dentro dos Limites de Tolerância
estabelecidos.
c) Iluminação: os valores obtidos encontram-se dentro dos níveis mínimos de
iluminamento aceitável para efeito de conforto.
d) Índice de Temperatura Efetiva: os valores obtidos encontram-se dentro do
nível aceitável para efeito de conforto.
e) Velocidade do ar: os valores obtidos encontram-se dentro do nível aceitável
para efeito de conforto .
f) Umidade Relativa do Ar: os valores obtidos encontram-se dentro do nível
aceitável para efeito de conforto.
5. Conformidade em relação ao item 17.6 - Organização do Trabalho
• O ritmo de trabalho e as pausas são determinados pelo agendamento de clientes
efetuado pela recepcionista.
• A percepção dos trabalhadores em relação às demandas de trabalho é de que de
uma forma geral estão dentro de parâmetros aceitáveis, porém, há situações de
sobrecarga principalmente quando em épocas de festas e final de ano.
• Não são realizadas horas extras de forma habitual pela maioria dos funcionários.
Apenas a título de lembrete é recomendável que não sejam feitas de forma rotineira
mais que 8 horas extras por mês.
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VII. RECOMENDAÇÕES E COMENTÁRIOS GERAIS
Ergonomia de Concepção:
Mobiliário:
• Estabelecer e implementar na empresa uma prática-padrão estabelecendo
requerimentos básicos de ergonomia para mobiliário. É desejável que o mobiliário
seja totalmente ajustável.
• No caso de compra de cadeiras novas preferir as que possuam apoio para os
braços com altura regulável e apoio para as costas com ajuste de altura e de
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inclinação.
• Envolver funcionários na escolha de tipos para minimizar resistências.
• O mobiliário a ser comprado futuramente deve seguir as seguintes recomendações
básicas de ergonomia:
Para cadeiras, segundo NBR – 13.965:
Variável Valor em mm
Mínimo Máximo
Altura da superfície do assento 420 500
Largura do assento 400 -
Profundidade útil do assento 380 440
Altura do encosto 220 -
Ângulo de inclinação do assento ( p/ trás) 0º 5º
Altura da borda do encosto ao assento 350 -
Ângulo de inclinação do encosto 0º 15º
Largura do encosto 305 -
Altura do apóia braços 200 250
Distância interna dos apóia braços 450 560
Comprimento do apóia braços 200 -
Largura do apóia braços 40 -
ERGONOMIA DE CORREÇÃO:
Vide recomendações de cada posto de trabalho, a fim de realmente corrigir
inadequações ergonômicas tanto de mobiliários quanto de equipamentos e
ferramentas.
ERGONOMIA DE CONSCIENTIZAÇÃO
TREINAMENTO:
• Treinar funcionários sobre princípios básicos de ergonomia, riscos associados com
posturas inadequadas, esforços, movimentos repetitivos, compressões mecânicas,
ajustes do mobiliário e adoção de práticas que minimizem o potencial de ocorrência
de DORT, tais como o reconhecimento precoce e informação de DORT.
• Educar trabalhadores sobre a importância da adoção de micropausas ou mesmo a
intercalação de tarefas com diferentes padrões biomecânicos. Pequenas pausas
são preferíveis a pausas longas.
• Orientar recepcionistas para que, sempre que possível, alternar o tipo de trabalho
para cada cabeleireira, procurando não marcar por exemplo, duas escovas
seguidas para o mesmo profissional, mas alternar os horários entre os trabalhos
desenvolvidos por cada profissional.
Estabelecer as pausas necessárias
As pausas são necessárias quando:
• A atividade for altamente repetitiva, apresentar posturas críticas, esforços
excessivos e fatores contributivos relevantes como, por exemplo, calor excessivo.
• Não houver possibilidade de fazer rodízio de tarefas.
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• Houver possibilidade de haver rodízio de tarefas, mas as outras tarefas
apresentarem o mesmo padrão biomecânico; neste caso não haverá vantagem
biomecânica no rodízio.
Em todos os postos de trabalho avaliados as pausas são informais, não
havendo um controle rígido das mesmas. A possibilidade da adoção de pausas
formais deve ser considerada quando esgotadas as possibilidades de adoção de
medidas de adequação relativas à engenharia e outras administrativas.
Ritmo de trabalho
O ritmo de trabalho deve ser bem determinado de forma a não gerar tensão
para o trabalhador e seus colegas de trabalho. Há que se atender os objetivos da
empresa sem tensionar exageradamente os trabalhadores.
Conforme entrevistas com os colaboradores, a carga e o ritmo de trabalho são
compatíveis com suas capacidades em executá-las, porém referem sobrecargas nos
finais de semana principalmente quando em épocas de festas.
Ginástica Laboral
Estudar a implantação de programa de ginástica de aquecimento muscular
antes do início da jornada como forma de preparar a musculatura e tendões para o
tipo de trabalho que será realizado e distensionamento/relaxamento ao final da
jornada.
Este programa tem impacto positivo na prevenção dos DORT e os
colaboradores de todos os níveis devem ser incentivados a participarem do programa
visto que reconhecidamente traz impactos positivos na prevenção de DORT, além da
melhoria nos aspectos psicológicos.
Gerenciamento Administrativo e Médico do DORT
Recomendamos cuidado especial com relação aos controles epidemiológicos e
estatísticos, no sentido de traçar com a maior precisão possível de informações o
histórico profissional se houver casos de portadores de DORT, seu histórico
psicossocial e a utilização do diagnóstico objetivo no sentido de cruzar informações
que possam auxiliar no direcionamento dos esforços para identificação de postos
críticos e nas medidas para adequá-los ergonomicamente.
Estas informações estatísticas também são fundamentais para se mensurar o
desempenho do sistema de gestão ergonômica.
Organização do sistema de trabalho
A organização do sistema de trabalho deve ser analisada, de forma a não
implicar em situações de riscos adicionais e colaborar com a prevenção de DORT, isto
é:
• As demandas de trabalho devem ser cuidadosamente gerenciadas a não induzir a
pressões psicofisiológicas.
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• Estabelecer estratégias administrativas para atender ao aumento de demanda de
serviço.
• Manter canal aberto para a discussão de situações de trabalho ocasionadoras de
tensão.
• As pressões para obtenção de resultados devem ser adequadamente aplicadas.
• Os horários, duração da jornada não devem ser fator gerador de fadiga ou tensão.
• O número de horas extras por trabalhador deve ser inferior a 8 horas/mês.
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