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INCÊNDIO
FÍSICO QUÍMICA DO FOGO – MÓDULO II
INTRODUÇÃO
Com a descoberta do fogo, houve grande mudança na vida dos homens, que aprenderam a utilizá-
lo em seu benefício, de diferentes formas: aquecer, preparar os alimentos, derreter metais, moldar utensílios
para casa e etc.
Mas o fogo nem sempre é útil e benéfico. Quando foge ao controle do homem, pode provocar
grandes transtornos, perda de materiais e até roubar vidas. Finalmente podemos afirmar que o incêndio é o
fogo sem controle.
Entendendo o fogo, o homem pode:
Produzi-lo;
Preveni-lo;
Controlá-lo;
Combatê-lo.
FOGO
Fogo ou combustão é o resultado de uma reação química caracterizada pelo desprendimento de luz
e calor, e para que haja esta combustão é necessário a presença, nas devidas proporções, entre o
combustível, comburente e fonte de calor.
Estes três elementos são simbolicamente representados por um triângulo equilátero, denominado
TRIÂNGULO DO FOGO.
COMBURENTE COMBUSTÍVEL
FONTE DE CALOR
A reação química se processa da seguinte maneira:
1 ) O Comburente (oxigênio ) se combina com o combustível através de uma fonte de calor.
2 ) A medida que a reação se processa, vai produzindo calor.
1
3 ) O calor propícia o prosseguimento da reação ( queima ), isto é uma reação química em cadeia,
chamada de combustão:
É importante ressaltar:
 Quando um combustível sólido ou líquido entra em combustão, na maioria das vezes, o
que queimam são os vapores desprendidos por eles.
 A proporcionalidade dos três elementos é essencial para a
formação e manutenção do fogo.
 Quanto mais dividido estiver o corpo mais rápida e completa será a combustão.
ex: madeira  serragem.
 Se a divisão do corpo estiver em forma de poeira em suspensão no ar e se entrar em
contato com uma fonte de ignição, além do maior risco de incêndio, temos o perigo de explosão do
ambiente que as contém.Pois a reação ocorre com muita rapidez.
ex: poeira em suspensão em contato com chave elétrica, interruptor.
COMBUSTÍVEL
Toda e qualquer substância sólida, líquida e gasosa capaz de se queimar.
TIPOS DE COMBUSTÍVEIS
SÓLIDOS LÍQUIDOS GASOSOS
Comuns Voláteis Não Voláteis Vapores ou Gases
Papel Álcool Óleo Lubrificante Acetileno
Algodão Éter Óleos Vegetais Amônia
Lã Gasolina Linhaça Hidrogênio
Borracha Querosene Diesel GLP
VOLÁTEIS  São aqueles que na temperatura ambiente, desprendem vapores capazes de se inflamar.
São os mais perigosos, devendo ser guardados e armazenados em condições especiais.
NÃO VOLÁTEIS  São aqueles que para desprender vapores de se inflamar, necessitam de um
aquecimento acima da temperatura ambiente.
COMBURENTE
É o elemento que embora não queima, facilita a combustão. Praticamente o oxigênio é comburente
que participa da maioria dos casos.
2
No ar atmosférico encontramos:
Nitrogênio 78 %
Oxigênio 21 %
Outros gases 1 %
Para que haja combustão é necessário 16 % de oxigênio, entretanto alguns combustíveis já trazem
este elemento incorporado a sua estrutura, portanto se queimam em concentração abaixo de 16 %.
Ex: Pólvora, celulóide, carvão.
FONTE DE CALOR
Elemento indispensável a produção e manutenção do fogo.
A fonte de calor produz no combustível:
 elevação de sua temperatura
 aumento de seu volume
 mudança de estado físico.
PONTO DE FULGOR, COMBUSTÃO E IGNIÇÃO
Para uma melhor compreensão dos corpos combustíveis, há necessidade de apresentarmos algumas
definições de propriedades relativas.
PONTO DE FULGOR
É a temperatura mínima na qual um corpo combustível
aquecido desprende quantidade suficiente vapores
para que, em mistura com o ar, se incendiar na
presença de uma chama externa. Entretanto ao ser
retirada a chama externa a combustão não se
mantém.
PONTO DE COMBUSTÃO
É a temperatura mínima na qual um corpo combustível
3
aquecido desprende quantidade suficiente vapores para que,
em mistura com o ar, se incendiar na presença de uma chama
externa. Entretanto ao ser retirada a chama externa a
combustão se mantém.
PONTO DE IGNIÇÃO
É a temperatura mínima onde os vapores desprendidos por um corpo
combustível aquecido inflamam-se ao entrar em contato com o ar,
independentemente ou não da presença de qualquer chama ou centelha
externa.
Nota: Em estudos de Classificação de áreas sujeitas a periculosidade (risco
de explosões), qualquer produto que no processo esteja sendo submetido a
temperaturas acima do seu ponto de fulgor caracteriza a área como risco de
explosão.
TRANSMISSÃO DE CALOR
O calor se propaga dos pontos mais quentes para os mais frios de três maneiras: CONDUÇÃO,
CONVECÇÃO e IRRADIAÇÃO.
A procura de possíveis fontes de calor que possam dar partida a um incêndio, constitui uma das
colunas mestras da prevenção contra incêndio.
CONDUÇÃO
É o processo pelo qual, o calor se transmite diretamente de corpo para corpo ou em mesmo corpo
de molécula a molécula.
Ex: Ferro de engomar
Ao aquecermos a extremidade de uma barra de ferro, na outra, se houver materiais combustíveis,
esses poderão se incendiar.
CONVECÇÃO
É o processo de transmissão de calor através da circulação de um meio transmissor, que pode ser
líquido ou gasoso.
É o caso da transmissão de calor através da massa de ar ou gases quentes que se deslocam do
local do fogo, podendo provocar incêndios em locais distantes da chama.
4
IRRADIAÇÃO
É o processo de transmissão de calor através de ondas caloríficas que se propaga pelo espaço
existente entre um corpo e outro.
Ex: calor dos raios solares, fogueira.
CLASSES DE INCÊNDIO:
Os incêndios são classificados em 4 classes principais:
CLASSE A : São aqueles que ocorrem com materiais que queimam na superfície e
internamente deixando como resíduos, cinzas, brasas.
Ex: algodão, papel, tecido.
CLASSE B : São aqueles que ocorrem com líquidos e gases inflamáveis, queimam somente na
superfície e não deixam resíduos.
Ex: óleo, gasolina, álcool, vernizes, tintas.
CLASSE C : São os que ocorrem em equipamentos elétricos energizados.
Ex: transformadores, quadros de distribuição, fios.
CLASSE D : São os que ocorrem com os metais pirófonos como:
magnésio, potássio, alumínio, zincônio, titânio.
MÉTODOS DE EXTINÇÃO DO INCÊNDIO
Para extinguirmos um incêndio, bastaria eliminar um dos lados do triângulo do fogo.
ISOLAMENTO: RETIRADA DO COMBUSTÍVEL
Consiste em retirar ou isolar o combustível ainda não atingido pelo incêndio.
Ex: fechamento do registro de passagem do gás de cozinha para os queimadores do fogão.
COMBURENTE COMBUSTÍVEL
FONTE DE CALOR
5
RESFRIAMENTO: RETIRADA DA FONTE DE CALOR
Consiste em diminuir o calor do material incendiado, até uma temperatura em que ele não se
queime e não emita mais vapores; que em contato com o oxigênio produza a combustão. O agente mais
conhecido e usado é a água.
COMBURENTE COMBUSTÍVEL
FONTE DE CALOR
ABAFAMENTO: RETIRADA DO COMBURENTE ( OXIGÊNIO )
Consiste basicamente na redução da taxa de oxigênio a níveis inferiores a 16 %.
É o método de extinção mais difícil. Naturalmente é utilizado em pequenos incêndios que podem ser
abafados com tampas de vasilhas, panos, cobertores e etc.
COMBURENTE COMBUSTÍVEL
FONTE DE CALOR
CAUSAS DE INCÊNDIO
Várias são as causas que concorrem para a erupção de um incêndio.
- Descuido com fontes de calor.
Ex: aquecedores, ferro elétrico, forno, lâmpadas.
- Descuido de fumantes
- Falta de lubrificação em eixos de transmissão, gerando energia calorífica suficiente para se
inflamar.
Ex: correias de polias.
- Sobrecarga elétrica em fios.
- Circuitos mal dimensionados.
- Uso indevido de Benjamins
- Combustão expontanea de materiais.
Ex: algodão, juta.
- Manuseio de gases
- Raios
AGENTES EXTINTORES
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Qualquer substância capaz de extinguir o fogo. Os mais utilizados são: água, espuma, gás carbônico e pó
químico.
ÁGUA ( H2O )
A água é o agente extintor de maior aplicação e a finalidade de seu emprego consiste em tentar
diminuir a temperatura do combustível que estiver queimando.
ESPUMA QUÍMICA ( Não mais utilizado)
É um aglomerado de bolhas de ar ou gás, formados de películas de água e ao aplicá-las sobre o
corpo inflamado, isola o ar atmosférico, extinguindo o fogo por abafamento.
PÓ QUÍMICO
Ao entrar em contato com as chamas, se decompõe , isolando o oxigênio do corpo combustível,
extinguindo o fogo por abafamento.
CO2 (Dióxido de Carbono)
É um gás inodoro, incolor, inerte e não condutor de eletricidade. Atua reduzindo a concentração de
oxigênio no ambiente onde foi aplicado, extinguindo o fogo por abafamento, possui também ação resfriadora
.
APARELHOS E INSTALAÇÕES DE PREVENÇÃO AO COMBATE A INCÊNDIO
Vários são os tipos de aparelhos e instalações utilizados para impedir ou evitar a propagação de um
incêndio. Alguns são sofisticados e outros muito simples, mas todos são de fundamental importância a
segurança contra incêndios, sendo imprescindíveis que estejam bem cuidados e prontos para entrar em
ação a qualquer momento.
Dentre os equipamentos utilizados, encontram-se:
EXTINTORES DE INCÊNDIO
SELEÇÃO DE EXTINTORES DE ACORDO COM OS RISCOS
Os extintores devem ser selecionados para cobrir as áreas com risco de incêndio, de acordo com sua
capacidade extintora e com a natureza dos combustíveis predominantes no ambiente, conforme a CLASSE
da NATUREZA DO FOGO.
Além dos princípios mencionados na classificação do fogo quanto à natureza, deverão ser considerados
outros fatores, também importantes, que podem influir na cobertura dos riscos:
7
TEMPERATURA
Ao ser selecionado um aparelho para cobrir uma determinada área, deve ser considerada a temperatura
ambiente do local, a fim de que esta não interfira com o bom funcionamento do extintor. Os extintores são
fabricados para funcionarem satisfatoriamente dentro de uma faixa de temperatura entre 5ºC e 50ºC.
Fora destas condições, os aparelhos devem ser protegidos por dispositivos que permitam um
funcionamento perfeito.
AGRESIVIDADE DO MEIO
Em certas instalações, como por exemplo, indústrias químicas, a agressividade do meio ambiente pode
atacar os aparelhos, destruindo ou alterando os seus diversos componentes e mecanismos.
VIBRAÇÃO
Quando os extintores são instalados em veículos ou em áreas sujeitas a vibrações, devem ser
providenciados suportes especiais para impedir um funcionamento acidental ou alterar as condições de
agente extintor.
PESO TOTAL DO APARELHO
Para certos locais, onde o trabalho é exercido por menores ou mulheres, há necessidade de selecionar
aparelhos cujo peso não interfira ou impeça a sua perfeita utilização.
RISCO DO AGENTE EXTINTOR
Certos aparelhos contêm agentes extintores que em determinados ambientes pequenos e fechados
podem ser asfixiantes; neste caso, os aparelhos devem ser sinalizados com legendas tais como:
ATENÇÃO: NÃO USE EM AMBIENTES COM VENTILAÇÃO DEFICIENTE.
REATIVIDADE DO AGENTE
O agente extintor pode ser também responsável por acidentes às vezes catastróficos, por que pode
reagir de forma violenta com produtos em chamas, por exemplo, água sobre sódio, magnésio, titânio etc, ou
ainda Pó químico seco a base de bicarbonato sobre Anidrido Maleico. Estas reações podem ser violentas
e / ou incontroláveis.
São aparelhos de fácil manejo e adequados para combater pequenos focos de incêndio logo no seu
inicio, quando é mais fácil a extinção.
São fabricados em cilindros de aço e no seu interior possui substâncias extintoras capazes de
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extinguir o fogo por abafamento, resfriamento e/ou isolamento.
- TIPOS DE EXTINTORES E SUA APLICAÇÃO
Atualmente os mais usados são:
ÁGUA CO2 PÓ QUÍMICO
CLASSE
S
COMBUSTÍVEI
S
GÁS PRESSUR
IZADA
SECO PRESSURIZAD
O
A madeira, papel,
tecido, papelão,
algodão.
sim
ótimo
sim
ótimo
sim
regular
sim
regular
sim
regular
B gasolina,óleo,
querosene,tintas,
graxas e etc.
não não sim
bom
sim
ótimo
sim
ótimo
C equipamentos
energizados
não não sim
ótimo
sim
bom
sim
bom
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EXTINTOR COMO OPERÁ-LO EFEITO
Água-gás Leve o extintor ao local do
fogo.
Abra a válvula do gás.
Empunhe a mangueira com o
esguicho.
Dirija o jato para a base do
fogo.
Resfriamento
Água-pressurizada Leve o extintor ao local do
fogo.
Retire o pino de segurança.
Empunhe a mangueira.
Aperte o gatilho.
Dirija o jato para a base do
fogo.
Resfriamento
CO2 Leve o extintor ao local do
fogo.
Retire o pino de segurança.
Empunhe o difusor.
Aperte o gatilho.
Dirija o jato em leque para a
base do fogo.
Abafamento e resfriamento
PQS pressurizado Leve o extintor ao local do
fogo.
Retire o pino de segurança.
Aperte o gatilho.
Dirija o jato para a base do
fogo.
Abafamento
PQ a pressurizar Leve o extintor ao local do
fogo.
Abra a válvula do gás
Empunhe a mangueira.
Aperte o gatilho.
Dirija o jato para a base do
fogo.
Abafamento
APARELHOS SOBRE-RODAS
São aqueles que pelo seu peso superior a 20Kg, necessitam de apoio sobre rodas para facilitar seu
transporte.
Quando existirem aparelhos sobre-rodas, os locais a proteger devem oferecer a necessária facilidade de
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movimentação. Em espaços abertos, as áreas devem permitir que os extintores sejam movimentados sem
dificuldades impostas pelo terreno.
Em áreas fechadas, portas, corredores, passagens devem ser examinadas de modo a permitir que os
aparelhos possam circular sem dificuldades.
Resumindo, recordaremos que os extintores são equipamentos que, contendo uma limitada quantidade
de um determinado agente extintor, não devem ser considerados como infalíveis e como tal capaz de
realizar MILAGRES.
Desde que constituídos de acordo com as normas brasileiras, distribuídos racionalmente (de acordo
com os possíveis riscos de incêndio), mantidos sempre em boas condições de funcionamento e operados
com um mínimo de técnica, assume-se que os extintores funcionarão satisfatoriamente e corresponderão ao
que deles se espera, sejam de que marca for.
Nos extintores é imprescindível que os aparelhos recebam manutenção adequada e que estejam
sempre carregados, com todos os seus componentes em condições de perfeito funcionamento. As firmas
que executam esses serviços devem obedecer as normas brasileiras ou regulamentos técnicos ao Instituto
Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial - INMETRO. Cada extintor deverá ter uma
etiqueta de identificação presa ao seu bojo, com data em que foi carregado, data para recarga e numero de
identificação. Esta etiqueta deverá ser protegida a fim de evitar que esses dados sejam danificados.
TIPO ESTACIONÁRIO
São aqueles que mais comumente são conhecidos também por instalações fixas, como por exemplo,
instalações fixas de CO2 etc.
LOCALIZAÇÃO E SINALIZAÇÃO DOS EXTINTORES
Os extintores deveram ser colocados em locais:
a ) De fácil visualização
b ) De fácil acesso
c ) Onde haja menos probabilidade do fogo bloquear o seu acesso
d ) Onde se conservem protegidos contra golpes.
Nos locais destinados aos extintores devem ser assinalados por um circulo vermelho ou por uma seta larga,
vermelha, com bordas amarelas, embaixo do extintor deverá ser pintada uma área de no mínimo 1 m x 1
m, a qual não poderá ser obstruída.
Os extintores não deverão ter sua parte superior a mais de 1,60 metros acima do piso.( Suporte no piso)
Os extintores não deverão ser localizados nas paredes das escadas e também não poderão ser encobertos
por pilhas de materiais. No caso de utilizarem extintores sobre rodas, deverão ter garantido o livre acesso a
qualquer ponto do estabelecimento, comercial e/ou industrial.
VANTAGENS E DESVANTAGENS
As principais vantagens do uso de extintores tipo pó químico e sua eficiência no combate ao incêndio,
isto é, apaga as chamas muito rapidamente por interferir diretamente na reação em cadeia do fogo.
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É mais eficiente que o CO2 por sofrer menos influência das correntes de ar.
Não conduz a corrente elétrica.
O operador não precisa aproximar-se muito do foco de incêndio uma vez que o jato tem bom alcance.
Ainda com relação aos aparelhos de CO2, os extintores de pó químico seco são muito mais leves, por
não necessitar de recipiente de alta pressão.
Tem como desvantagem, deixar resíduos, isto é, não muito recomendável para combate ao incêndio em
equipamentos elétricos ou eletrônicos sensíveis.
Portanto deverá ser conduzido pelos profissionais de segurança um estudo a respeito de possíveis riscos
de reatividade entre as substâncias químicas e os agentes extintores.
INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
Geralmente os aparelhos de extintores tipo pó químico possuem descarga controlada, isto é, tanto os
extintores pressurizados bem como com ampola externa de gás que possuem pistola na ponta da
mangueira, o que não ocorre com os extintores de água com ampola externa de gás propelente.
Os dispositivos de segurança podem ser de ALIVIO tipo intermitente não podendo sofrer entupimento,
ou de ruptura com disco adequado, mais usado nos aparelhos pressurizados.
Os extintores com carga a partir de 4Kg devem ter mangueiras, e ter comprimento de no mínimo 0,60m
para aparelhos de até 12Kg, e comprimento mínimo de 5m para extintores com 20 Kg, 50Kg até de 75Kg.
Os aparelhos pressurizados devem ter manômetro com escala de zero até duas vezes a pressão de
carregamento em Kgf/cm2.
Normalmente estes manômetros possuem três faixas de cores, a saber:
• Manômetro na faixa branca ou amarela, excesso de pressão;
• Manômetro na faixa verde, faixa ideal onde o ponteiro deve ficar quando em operação;
• Manômetro na faixa vermelha indica que a pressão é insuficiente para operação, deverá ser
recarregado.
A operação de lacre do aparelho deve ser feita de maneira tal que torne fácil verificar-se qualquer uso
ou violação.
Nota: As informações acima com relação ao manômetro também são válidas para extintores de água
pressurizados.
FORMAS DE IDENTIFICAÇÃO DE EXTINTORES PORTÁTEIS
Todo aparelho de extintor quando é fabricado apresenta as seguintes identificações:
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XXXX XXXXX 00 – 00 NBR 11751
Logomarca INMETRO Logomarca Fabricante Norma da ABNT
Mês – ano fabricaçãoNo de série do extintor
Nota: Nos extintores de fabricação recente está sendo estampado somente o ano de fabricação ao
invés de mês e ano de fabricação.
Estas informações estão à disposição dos responsáveis pela manutenção e / ou inspeção dos extintores
para fins de controle de validade da carga e reteste hidrostático bem como, de patrimônio, em locais
particulares, conforme figuras abaixo:
Nos extintores tipo de baixa pressão como os pressurizados ou com ampola externa de gás para os
agentes extintores água, espuma mecânica e pó químico seco, ficam na borda inferior dos aparelhos,
denominada de “SAIA” do extintor, e tem a seguinte padronização conforme apresentados na figura acima.
Nos extintores tipo de alta pressão como os de CO2, e nas ampolas de propelente de gás externo de
CO2 ou nitrogênio, ficam na parte superior do cilindro onde normalmente são denominados como
COLARINHO.
CARRETA
INSPEÇÕES PARA OS EXTINTORES
O sistema de proteção contra incêndio por extintores é considerado como sistema crítico por ser a primeira
linha de combate, portanto, deve ser dada atenção especial de modo a garantir que em caso de
necessidade de uso não venham a falhar.
De acordo com a norma NBR 12962 (Inspeção, Manutenção e Recarga em Extintores) podem ser
realizados nos extintores três tipos de serviços de manutenção:
MANUTENÇÃO DE PRIMEIRO NÍVEL
Aquela em que o proprietário do aparelho pode e deve conduzir a intervalos conforme especificado
nesta norma. Este tipo de manutenção pode ser feito pelos Técnicos de segurança ou ainda por empresas
contratadas, com a seguinte exigência: Não pode ser trocada nenhuma peça que esteja submetida à
pressão. Deste modo podemos substituir mangotes, difusores, adesivos fixados no corpo do extintor,
sinalização vertical e horizontal, suporte de parede e outros.
Entende-se por inspeção, uma rápida, porém criteriosa verificação para assegurar que o equipamento
esta em condições de ser operado. As inspeções poderão ser mensais ou em intervalos menores caso seja
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necessário.
Por isso mesmo, as pessoas envolvidas deverão promover mensalmente no mínimo uma inspeção
criteriosa das condições gerais do aparelho. Esta inspeção deverá ser registrada em formulário próprio e
individual de cada extintor (ver a seguir – Formulário básico de Inspeção para extintores). Nesta inspeção
deverão ser vistoriados os seguintes quesitos:
• Estado geral do corpo do extintor (corrosão, pintura e outro dano qualquer)
• Sinalização e suporte;
• Condições do selo do INMETRO e validade da carga e reteste;
• Acessibilidade ao extintor;
• Estados das rodas, eixos e estrutura do carro quando for sobre-rodas ou tipo carreta.
Além disso, particularmente para cada tipo de extintor o seguinte:
PARA EXTINTOR DE CO2
• Existência do quebra jato (dispositivo onde é feita a expansão do gás);
• Estado e conservação do difusor e punho;
• Válvula de disparo (gatilho) e de segurança (alívio);
• Cinta que segura o difusor;
• Mangote, se não esta quebrado ou cortado;
• Lacre e pino lateral de travamento do gatilho;
Semestralmente o extintor deverá ser pesado e comparado com as informações apresentadas no corpo
da válvula de disparo, peso cheio / vazio. Logo abaixo do gatilho, mais ainda no corpo da válvula existem
importantes informações codificadas pelas seguintes letras PC e PV, querem com isto informar qual o peso
do extintor cheio (PC) e conseqüentemente o peso vazio (PV), logo a diferença entre PC e PV é a carga de
agente extintor do aparelho.
Os extintores de CO2 devem ser
pesados a cada seis meses de acordo
com a NR-23 e outros regulamentos, e
comparado com o peso cheio, caso
houver uma redução de 10% da carga,
este aparelho deverá ser enviado para
recarga.
Os aparelhos dos extintores de CO2
(pela alta pressão) são fabricados sem
nenhuma costura isto é, são
produzidos através de aço sem costura
com espessura de 5mm.
PARA EXTINTORES DE ESPUMA MECÂNICA
• Válvula de disparo;
• Mangueira cortada ou entupida;
• Indicação do manômetro (deve estar o ponteiro na faixa amarela ou verde);
• Orifícios de adução de ar.
PARA EXTINTORES PRESSURIZADOS DE ÁGUA OU PÓ QUÍMICO
• Válvula de disparo;
• Mangueira cortada ou entupida;
• Indicação do manômetro (deve estar o ponteiro na faixa amarela ou verde).
PARA EXTINTORES COM AMPOLA DE GÁS EXTERNA DE ÁGUA OU PÓ QUÍMICO
• Pistola de disparo do extintor (para pó químico);
• Perfeito encaixe e vedação da conexão cilindro e ampola;
14
• Mangueira cortada ou entupida;
• Válvula de segurança (alívio);
• Alça para o transporte.
Cada extintor deve ter duas fichas de controle. Uma é conhecida como Etiqueta do Extintor e, deve estar
fixada no próprio extintor. Onde mensalmente o responsável pela inspeção registra seu trabalho.
A ficha a seguir é um modelo de Ficha de Controle de Inspeção de Extintores onde os responsáveis devem
mensalmente fazer as anotações devidas durante a rotina de inspeção. Sugiro que esta inspeção seja
registrada em ficha de papel, uma vez que a NR-23 tem esta exigência. Pode-se também ter um arquivo de
forma eletrônica como controle centralizado.
FICHA DE CONTROLE DE INSPEÇÃO DE EXTINTORES PORTÁTEIS
Tipo ____________ Localização __________________________________ N° de série ___________
Próxima Recarga ___ /____/____ Próximo Reteste ___ /___/____ Nº interno ______ Ano ________
Peso Kg ________Kg em ___/___/____ Peso Kg ________Kg em___/___/____
Meses do ano
Itens a serem inspecionados 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12
Acessibilidade ao Extintor
Adesivo com as Instruções
Corpo do Extintor sem Danos
Gatilho ou Válvula de Disparo
Lacre de Segurança
Nº de Série Visível
Pintura do Corpo
Rodas, Eixos e sua Estrutura
Selo do INMETRO
Sinalização do Piso (1,0 m2)
Sinalização Vertical
15
ETIQUETA DE INSPEÇÃO DE EXTINTORES
Mês Data Responsável
Jan
Fev
Mar
Abr
Maio
Jun
Jul
Ago
Set
Out
Nov
Dez
Suporte de Parede ou Piso
Ampola Externa (Água, PQS)
Anel Plástico da Válvula
Mangote de Descarga (Água,
PQS).
Manômetro Indicador (Água, PQS).
Pistola de Pó (PQS)
Cinta Plástica
Difusor Plástico de CO2
Mangote de Alta Pressão de CO2
Punho Isolante de CO2
Válvula de Segurança (CO2,
Ampola)
Outros
OK - Item dentro das especificações N - item em desacordo com especificações
Observações:
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
______________________________________________
Responsável pela inspeção:
Nome _____________________________________ Qualificação ___________________
MANUTENÇÃO DE SEGUNDO NÍVEL
Aquela em que o proprietário do aparelho não pode conduzir a intervalos conforme especificado nesta
norma. Este tipo de manutenção somente pode ser feito pelos Técnicos de uma empresa credenciada pelo
INMETRO:
RECARGA DE EXTINTORES
A manutenção de segundo nível consiste por recarga a reposição do agente extintor, inclusive do agente
expedidor, teste de manômetro, válvula de disparo e a substituição de peças defeituosas por novas do
próprio fabricante. Pode ainda ser refeita a pintura externa e outras manutenções de primeiro nível.
Todos extintores deverão ser recarregados após seu uso, manutenção ou quando for indicado pela
inspeção.
A recarga, assim como a manutenção deverá ser realizada por pessoal técnico especialmente treinado e
sempre deverão ser seguidas às instruções dos fabricantes e ABNT quanto, a utilização de ferramentas
adequadas, prazos e etc.
Todo aparelho de extintor portátil ou não, deve ser recarregado periodicamente. Esta periodicidade é
estabelecida pela NBR 12962, entretanto, em função do custo x benefício e confiabilidade, recomendamos
que seja feita anualmente a recarga dos extintores.
Os extintores tipo gás carbônico (CO2), bem como as ampolas de gás propelente, externas dos
extintores de água e pó químico, devem a cada seis meses ser pesada. Caso o seu peso tenha perda de
10% da carga, estes deverão ser enviados para recarga, independentemente de ter ou não completado o
prazo da última recarga.
16
Tipo de Extintor Inspeção Recarga NBR 12962 Recomendação
Água Mensal Até cinco anos. Anual.
CO2 Mensal Até cinco anos. Três anos.
Espuma Mecânica Mensal Até cinco anos. Três anos.
Pó químico seco Mensal De acordo com fabricante. Anual.
Na coluna “Recomendação” com base na minha experiência uma forma manutenção de segundo nível,
onde custo benefício é levado em consideração. Entretanto existem fabricantes que dão garantia de três
anos total nos extintores. Este custo se a empresa optar por recarga anual pode ser vantajoso uma vez que,
o somatório dos custos referentes à recarga pagam um novo aparelho ao fim de três anos. Logo este estudo
deve ser feito por cada um individualmente. Se optar pelos prazos da coluna Recomendação o somatório de
recarga não paga um aparelho novo.
CUIDADOS A SEREM TOMADOS COM A RECARGA
• Fazer concorrência envolvendo um mínimo três até seis empresas.
• Exigir cópias dos certificados do Corpo de Bombeiros estadual, INMETRO e do CREA do
responsável técnico. Se quiser verifique junto aos órgãos se são verdadeiros.
• Nesta concorrência apresentar uma planilha para preenchimentos de valores de peças
sobressalentes colocadas no extintor (ver a seguir).
• Fazer uma composição de custos dos serviços com as peças normalmente substituídas, tais como
difusor de CO2, mangotes de água, CO2, PQS, válvulas gatilho, etc.
• Fazer visita as empresas pré-selecionadas 2/3 empresas, de preferência sem aviso. Verificação das
condições de trabalho e a sua qualidade.
• Fazer um contrato anual, com rescisão a qualquer momento, incluindo as planilhas de preços, e
também a obrigação do contratado de fornecer no mínimo 50% do número de extintores que foram
para recarga para cobertura dos pontos de sua empresa que ficam descobertos.
• Separar extintores que irão para recarga.
• Esvaziá-los todos seja por treinamento ou simplesmente jogar fora o agente.
• Solicitar ao departamento fiscal para emissão de Nota Fiscal de Simples Remessa. Informar a este
setor as quantidades por tipos de extintores e seus números de série. Após emissão conferir dados.
• Rasure os selos de conformidade colados ao corpo do extintor.
• Danifique o anel de plástico amarelo daqueles extintores que já foram recarregados.
• Entregue os extintores para recarga.
• Se possível visite a empresa para checar os serviços que estão sendo feitos nos seus extintores.
• Ao receber de volta os extintores, conferir os números de série na sua cópia da Nota Fiscal de
Simples Remessa.
• Exigir da contratada uma Nota Fiscal de Simples Remessa para anular contabilmente a sua emitida.
• Verifique se os manômetros dos extintores pressurizados estão na faixa verde ou branca.
• Verifique o peso dos extintores de CO2 contra o valor indicado no corpo da válvula PC peso cheio,
valor abaixo se pode recusar a receber.
• Verifique se todos possuem o anel plástico entre corpo e válvula e as identificações nestes anéis.
• Verifique se os selos do INMETRO estão perfeitos, selos rasurados não devem ser aceitos.
• Exigir que todas as peças que foram substituídas sejam devolvidas. Danifique-as e depois faça a
reciclagem.
• Retire cópia das notas fiscais de Serviço (mão de obra) e de peças substituídas. Guarde-as junto
com a Nota Fiscal de Simples Remessa para garantir em auditorias que foram feitos serviços de
manutenção.
Nota: Recomendamos que o pó químico se não foi utilizado em treinamento, seja recolhido e tratado
como um “Resíduo Perigoso” dentro do Programa de Gerenciamento Ambiental e tratado como qual,
por exemplo, ser incinerado.
CUIDADOS A TOMAR NA CONTRATAÇÃO DE EMPRESA PARA RECARGA.
Como já dito no item acima referente aos cuidados com a recarga temos a seguir um modelo de carta
convite para servir de base para concorrência de serviços em extintores.
A Empresa ABC
17
Por favor, cotar os seguintes preços em R$ para os serviços abaixo relacionados. Devolver via fax para o
seguinte número 0(xx) XXXX-XXXX ou e-mail aos cuidados da Segurança Industrial.
Nota: Deverão ser disponibilizados no mínimo 50% dos extintores retirados para manutenção como
cobertura.
Recarga simples Recarga e pintura Reteste completo
CO2 com 6Kg
CO2 com 4Kg
Água (AP)10l
Água (AG) 10l
PQS (pres) 6Kg
PQS (amp) 6Kg
PQS (pres) 12Kg
PQS (amp) 12Kg
Nos preços já devem estar inclusos os impostos incidentes, a retirada e entrega no local indicado.
Fornecer também preço em separado das peças de reposição, considerando como colocada no extintor.
Descrição das peças Preço em R$
Válvula / gatilho para CO2 com anéis e demais acessórios (trava, disco de ruptura, etc).
Válvula ou gatilho para PQS com anéis e demais acessórios (trava, etc).
Punho isolante para CO2
Difusor para CO2
Mangote de alta pressão para CO2
Mangote para PQS (tipo pressurizado)
Mangote para PQS (tipo com pistola)
Mangote para extintor de água
Pistola para PQS
Manómetro para aparelho pressurizado
Quebra jato para CO2
Descrição das peças (cont.) Preço em R$
Cinta para fixação do difusor de CO2
Tubo sifão para CO2
Tubo sifão para Água
Tubo sifão para PQS
Manômetro para PQS ou água
MANUTENÇÃO DE TERCEIRO NÍVEL - RETESTE HIDROSTÁTICO
A norma NBR 13485 da ABNT é que estabelece os parâmetros de Reteste hidrostático. Todo aparelho de
extintor portátil ou não, deverá sofrer reteste hidrostático a cada cinco anos no mínimo, ou quando o usuário
suspeitar que o extintor esteja corroído ou com qualquer outro dano que possa por em risco a
funcionabilidade, ou acidente com o operador.Este tipo de manutenção somente pode ser feito pelos
Técnicos de uma empresa credenciada pelo INMETRO.
O reteste consiste em submeter o corpo do extintor a pressão hidrostática 28Kgf/cm² para extintores de
baixa pressão. Todo aparelho é desmontado, suas peças são separadas e são submetidas a inspeção
criteriosa. O corpo do extintor é colocado em banhos de soluções químicas (decapagem) que retira toda a
tinta. A seguir os aparelhos são preenchidos com água e, submetidos a um aumento da pressão produzido
por equipamento externo. Os cilindros de alta pressão ampolas externas de gás propelente e o extintor de
CO2 sofrem teste hidrostático da mesma maneira que os cilindros de gás industrial tipo oxigênio, nitrogênio
ou argônio.Sempre que qualquer extintor for para reteste hidrostático este, deverá ser devolvido
acompanhado de documentação própria relativa ao teste, e nos aparelhos deverão ser marcadas nos locais
acima mencionados anteriormente as seguintes codificações:
18
Quando os extintores são reprovados no reteste hidrostático a firma os devolverá com identificação do local
onde furou (para extintores de baixa pressão), ou deformação plástica junto com o relatório de reteste.
Cabe ao proprietário promover a baixa de patrimônio do aparelho e a sua destruição para impedir qualquer
reutilização.
SELO DE CONFORMIDADE DO INMETRO
Este selo é de vital importância, somente as empresas credenciadas pelo INMETRO o podem adquirir.
Neles estão informações importantíssimas para as quais devemos ter muita atenção, conforme mostrado
nas figuras abaixo:
O selo de cor Vermelha é o selo que sempre virá da fábrica, informando que este extintor é original, isto é,
ainda não sofre qualquer manutenção. O selo reage a luz Ultravioleta para dificultar a falsificação. Atenção a
este detalhe sempre que for comprar novos extintores. No selo vermelho devem vir as seguintes
informações:
• Logomarca do INMETRO;
• Número de série do selo;
• Identificação do fabricante do aparelho;
• O número de licença do fabricante;
• Identificação do Organismo de Certificação de Produto.
O selo de cor Azul é o selo que sempre virá da empresa contratada para serviços de manutenção como,
por exemplo, recarga ou reteste. Também reage a luz Ultravioleta. Atenção a este detalhe sempre que for
comprar novos extintores por que não são novos aparelhos. No selo azul devem vir as seguintes
informações:
• Logomarca do INMETRO;
• Número de série do selo;
• Identificação da empresa que fez a manutenção no aparelho;
• Data de realização da manutenção;
• Identificação do Organismo de Certificação de Produto.
Importante notar que qualquer rasura ou outras imperfeições que impeça a boa leitura dos dados,
podem causar problemas jurídicos, pois o selo é a única forma de identificação válida. Por isso, estes
devem ser bem protegidos.
Normalmente ao se receber extintores novos ou após qualquer serviço de manutenção é fortemente
19
recomendado usar uma proteção por uma cobertura com adesivo plástico transparente, que oferecerá
proteção contra chuva, sol, rasuras, ataque químico etc.
UNIDADE EXTINTORA
A definição de uma unidade extintora é baseada no estudo conduzido em laboratórios como foi
apresentada no item CLASSIFICAÇÃO DOS EXTINTORES. Isto é será um volume de agente extintor que é
capaz de extinguir um princípio (foco) de incêndio padronizado, e devem ter as seguintes especificações:
Agente Extintor Capacidade da Unidade Extintora
Água ou espuma mecânica 10 LITROS
Dióxido de Carbono CO2 06 Kg
Pó Químico Seco 04 Kg
Quando um extintor possuir mais volume que uma unidade extintora estes será considerada mais que
uma unidade baseada no seguinte:
Será feita a divisão entre o volume do extintor pelo volume da unidade extintora correspondente,
tomando-se como valor correto o menor inteiro quando o resultado assim não o for. Por exemplo:
Para um extintor com 10Kg de pó químico, temos então 10Kg / 4Kg = 2,5 logo este extintor tem duas
unidades extintoras.
EXTINTOR TIPO CARRETA
Um extintor para ser considerado como carreta deverá ter no mínimo cinco unidades extintoras, assim
sendo:
Agente Extintor Capacidade do Extintor carreta
Água ou espuma mecânica 50 LITROS
Dióxido de Carbono CO2 30 Kg
Pó Químico Seco 20 Kg
O extintor com volume de agente extintor menor que cinco unidades extintoras quando tem peso que
dificulte a sua movimentação possuem rodas por isso, são chamados de sobre-rodas, não confundir então
com carretas.
DISTRIBUIÇÃO DOS EXTINTORES
A distribuição de Unidades Extintoras tem premissas com variação razoável sempre relacionada a uma
norma local, federal ou regulamentos de seguradoras.
Quase todo regulamento se baseia na Circular 006 da SUSEP para classificar o risco de incêndio.
Atenção deve ser dada aqui nesta classificação e não confundir com a Classe de Incêndio Quanto a
Natureza do Fogo (tipo de combustível que esta queimando). Esta classificação leva em consideração a
Ocupação do local, isto é, com qual o tipo de atividade realizada para sua classificação, Quer dizer que esta
classificação quanto à ocupação pode ter no seu conteúdo materiais tipos classe “A”, “B” e “C”. A
Publicação No 49 do IRB (Instituto de Resseguros do Brasil) é fonte desta classificações. Esta publicação
dividiu o parque brasileiro de ocupações em treze divisões e cada divisão recebeu um número que varia de
01 até 13. A carga de incêndio e o risco de propagação e a probabilidade crescem na mesma razão
cronológica.
Classe de Risco Área máxima coberta por unidade
Extintora (m²)
Distância máxima percorrida pelo
operador (m)
SUSEP NR-23 Corpo
Bombeiros
SUSEP NR-23 (SP) Corpo
Bombeiros
A (Nº 01 e 02)
500 500 500 20 20 25
B (Nº 03 até 06)
250 250 250 15 10 20
C (Nº 07 até 13)
250 150 150 15 10 15
Importante notar que ambas as recomendações deverão ser atendidas. Outras considerações também
20
deverão ser observadas a saber:
• Será exigido um mínimo de duas unidades extintoras para cada pavimento, galeria, jirau ou risco
isolado;
• Permite-se a existência de apenas uma unidade extintora nos casos de área inferior à 50m2;
• Aos riscos constituídos por armazéns ou depósitos em que não haja processo de trabalho, à não
ser operações de carga e descarga, será permitida a colocação de extintores em grupos, em locais
de fácil acesso, de preferência em mais de um grupo e próximos às portas de entrada e / ou saída;
• No mínimo 50% das unidades extintoras que protegem um local, deverá ser tipos extintores
portáteis.
• Recomendamos que sejam estudados outros itens importantes presentes na circular com relação a
instalações de extintores.
LOCALIZAÇÃO E SINALIZAÇÃO DE EXTINTORES
Antes de entrar no assunto propriamente dito lembramos que toda e qualquer instalação de extintores
deverá obedecer ao seguinte:
• Sempre ao se estudar a localização de extintores deverá ser levado em consideração o LAY-OUT
interno, divisórias, prateleiras estrutura tipo rack metálico, grandes máquinas, isto é, todos e
qualquer bloqueio natural ao caminho percorrido pelo operador na hora de buscar o extintor e nunca
uma planta baixa sem estes detalhes;
• Procurar-se-á sempre colocar os extintores em locais de fácil acesso, e visibilidade e que não
fiquem bloqueados em caso de emergência.
• Os extintores deverão ser instalados de acordo com o seguinte;
 Os locais deverão ser assinalados por círculo ou seta vermelha com bordas amarelas que é
de acordo com as normas, entretanto, está sendo utilizado um pictograma acima à direita
para sinalização de extintor;
 É importante que os aparelhos estejam localizados em pontos perfeitamente visíveis e de
fácil acesso, devendo ser mantidos sempre prontos para utilização.
 O piso embaixo do extintor deverá ter uma área pintada na cor vermelha com as seguintes
dimensões 1,00 x 1,00m, que não poderá ser obstruída;
 Os extintores com peso total até 20Kg devem ter a sua parte superior sem ultrapassar a
altura de 1,60m acima do piso (por divergência entre três regulamentos, seguir a sugestão
de 1,60m apesar da circular 006 da Susep permitir à altura de 1,80m), porém, levando-se
em consideração a Ergonomia tem sido largamente praticado pelo mercado posicionar o
extintor em pequenos suportes de piso. A vantagem é que se pode retirar o extintor da base
sem risco de acidente comparando-se com extintor posicionado entre 1,60 e 1,80m de
altura com relação ao piso. Por exemplo, no caso de uma mulher ter que fazer uso de um
extintor de CO2 (peso aproximado de 20Kg) não tenha tanta dificuldade;
 Não uma exigência quanto a altura da sinalização vertical com relação ao piso recomenda-
se colocar a sinalização em altura tal que de qualquer lugar ao redor se possa identificar a
localização dos aparelhos;
 Outra sugestão relacionada à sinalização é quando se instalam extintores em armazéns ou
áreas produtivas onde se tem somente coluna de concreto ou de aço. Neste caso
21
recomenda-se pintar a sinalização conforme abaixo nas quatro faces da coluna. Com isso
mesmo que o aparelho não esteja visível poderemos saber sua localização;
 Em algumas instalações além do adesivo protegendo o Selo de Conformidade costuma-se
proteger o aparelho com sacos plásticos, abrigos fabricados em fibra de vidro ou metálicos.
Esta forma de proteção também facilita a visualização e localização dos extintores.
• Os extintores não deverão ser instalados nas paredes de escadas;
• Os extintores não poderão ser encobertos por pilhas de materiais;
• Os extintores sobre-rodas ou carretas deverão ter garantido sempre acesso livre a qualquer ponto
do local protegido.
SIMBOLOGIA NO CORPO DO EXTINTOR
Existem dois tipos de simbologia, uma para ser colocada no corpo do extintor em adesivo com a
classificação do agente extintor em função da classe de incêndio e, recomendações de uso. A segunda
forma de simbologia é a que normalmente é utilizada para identificação do tipo do extintor nos desenhos e
projetos de combate ao incêndio.
SIMBOLOGIA DO AGENTE EXTINTOR NO APARELHO
A utilização de simbologia com cores, letras e palavras permite a confirmação imediata de um extintor
quanto a sua adequação à classe de incêndio, permitindo seu uso correto e em tempo bastante breve.
Os símbolos são constituídos por figuras geométricas tendo em seu interior a letra da classe de
incêndio, e sobre e abaixo palavras indicativas da classe da natureza do fogo.
Os símbolos completos para a identificação das classes de incêndio são:
EXTINTORES DE INCÊNDIO CLASSE "A"
Ao lado do triângulo os tipos de COMBUSTÍVEIS;
Triângulo eqüilátero na cor VERDE;
Letra "A" escrita na cor BRANCA.
Atualmente a série abaixo de pictogramas vem sendo usada para facilitar as pessoas em reconhecer o extintor correto
para o tipo de classe de incêndio.
22
1,60
Máx.
1 M
2
EXTINTORES DE INCÊNDIO CLASSE "B"
Ao lado do quadrado a palavra: LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS;
Quadrado na cor VERMELHA;
Letra "B" escrita na cor BRANCA.
Atualmente a série abaixo de pictogramas vem sendo usada para facilitar as pessoas em reconhecer o extintor correto
para o tipo de classe de incêndio.
EXTINTORES DE INCÊNDIO CLASSE "C”
Acima do círculo a palavra" EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS;
Círculo na cor AZUL;
Letra "C" escrita na cor BRANCA;
Atualmente a série abaixo de pictogramas vem sendo usada para facilitar as pessoas em reconhecer o extintor correto
para o tipo de classe de incêndio.
23
EXTINTORES DE INCÊNDIO CLASSE "D"
Acima da estrela a palavra: METAIS;
Estrela de cinco pontas na cor AMARELA;
Letra "D" escrita na cor BRANCA;
Abaixo da estrela a palavra: COMBUSTÍVEIS
SIMBOLOGIA PARA PROJETOS DE COMBATE AO INCÊNDIO
A simbologia é tradicionalmente igual para todos os regulamentos quando se trata de projetos de
proteção contra incêndio é a mostrada a seguir;
Extintores de água - a simbologia é um círculo com um ponto no centro;
Extintores de espuma - a simbologia é um círculo com uma cruz na forma dos quadrantes
norte, sul, leste e oeste;
Extintores de gás carbônico - a simbologia é um círculo tendo uma indicação similar a um
relógio marcando 9 horas;
Extintor de pó químico seco - a simbologia é um círculo similar ao anterior só que há um
complemento para o quadrante sul.
Quando em um local existem mais de um tipo de capacidade, costuma-se colocar no desenho
representativo do extintor o volume do agente diferente do volume da unidade extintora.
24
10Kg
Extintores tipo carreta tem sua simbologia idêntica ao mencionado acima, entretanto, recebe duas pequenas barras
laterais, que querem dar a impressão que são rodas laterais.
TREINAMENTO PREVENTIVO:
É a parte mais importante de qualquer programa de prevenção contra incêndio, pois se a pessoa
não souber agir no incêndio, de nada adiantará ter conhecimento do fogo, classificá-lo e etc, bem como os
equipamentos de proteção, alarme, saídas de emergência.
O treinamento de combate ao fogo deve ser feito periodicamente objetivando os seguintes tópicos:
- Que o pessoal grave o significado do sinal de alerta
- Que a evacuação do local se faça em boa ordem
- Que seja evitado o pânico
- Distribuição de tarefas e responsabilidades.
Este treinamento deve ser realizado como se fosse um caso real de incêndio e deverão ser
realizadas por pessoas capazes de prepará-los e dirigi-los.
A falta de um treinamento específico e o pânico, são responsáveis pela maioria dos acidentes e
vítimas num incêndio.
O ESCAPE
Como a fuga é instintiva, a via de escape deve ser a mais curta possível, de fácil acesso e suficiente
ampla para acomodar a todos os que tentam escapar e devem estar livres, sem a presença de fumaça.
Portanto ao escapar de um incêndio, deve fazê-lo com calma, deixando de lado os valores
materiais, pois a vida não tem preço.
PERIGO DOS GASES
Numa combustão além dos gases resultantes da queima de determinado combustível,estão presentes:
monóxido decarbono Dióxido de carbono(Co2),Nitrogênio e Vapor d’água.
Estudaremos somente os efeitos causados pelo monóxido de carbono e dióxido de carbono, devido estarem
25
presentes em toda combustão.Ambos matam por asfixia.
MONÓXIDO DE CARBONO
Ao ser inalado, entra na corrente sanguínea, combinando-se com a hemoglobina do sangue,formando-se a
carboxihemoglobina,que é reação 300 vezes mais forte que a combinação normal do oxigênio com a
hemoglobina chamada de oxihemoglobina.
O poder de toxidez do Co é tão alto,que em percentagens acima de 1,28% de combinação com o ar
atmosférico,causa a morte de 1 a 3 minutos.
DIÓXIDO DE CARBONO
Por ser mais pesado que o oxigênio,atua reduzindo sua concentração no ambiente onde foi aplicado.Uma
pessoa num ambiente sem oxigênio tende a morrer por asfixia.
26

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Incêndio: Física Química do Fogo e Prevenção

  • 1. INCÊNDIO FÍSICO QUÍMICA DO FOGO – MÓDULO II INTRODUÇÃO Com a descoberta do fogo, houve grande mudança na vida dos homens, que aprenderam a utilizá- lo em seu benefício, de diferentes formas: aquecer, preparar os alimentos, derreter metais, moldar utensílios para casa e etc. Mas o fogo nem sempre é útil e benéfico. Quando foge ao controle do homem, pode provocar grandes transtornos, perda de materiais e até roubar vidas. Finalmente podemos afirmar que o incêndio é o fogo sem controle. Entendendo o fogo, o homem pode: Produzi-lo; Preveni-lo; Controlá-lo; Combatê-lo. FOGO Fogo ou combustão é o resultado de uma reação química caracterizada pelo desprendimento de luz e calor, e para que haja esta combustão é necessário a presença, nas devidas proporções, entre o combustível, comburente e fonte de calor. Estes três elementos são simbolicamente representados por um triângulo equilátero, denominado TRIÂNGULO DO FOGO. COMBURENTE COMBUSTÍVEL FONTE DE CALOR A reação química se processa da seguinte maneira: 1 ) O Comburente (oxigênio ) se combina com o combustível através de uma fonte de calor. 2 ) A medida que a reação se processa, vai produzindo calor. 1
  • 2. 3 ) O calor propícia o prosseguimento da reação ( queima ), isto é uma reação química em cadeia, chamada de combustão: É importante ressaltar:  Quando um combustível sólido ou líquido entra em combustão, na maioria das vezes, o que queimam são os vapores desprendidos por eles.  A proporcionalidade dos três elementos é essencial para a formação e manutenção do fogo.  Quanto mais dividido estiver o corpo mais rápida e completa será a combustão. ex: madeira  serragem.  Se a divisão do corpo estiver em forma de poeira em suspensão no ar e se entrar em contato com uma fonte de ignição, além do maior risco de incêndio, temos o perigo de explosão do ambiente que as contém.Pois a reação ocorre com muita rapidez. ex: poeira em suspensão em contato com chave elétrica, interruptor. COMBUSTÍVEL Toda e qualquer substância sólida, líquida e gasosa capaz de se queimar. TIPOS DE COMBUSTÍVEIS SÓLIDOS LÍQUIDOS GASOSOS Comuns Voláteis Não Voláteis Vapores ou Gases Papel Álcool Óleo Lubrificante Acetileno Algodão Éter Óleos Vegetais Amônia Lã Gasolina Linhaça Hidrogênio Borracha Querosene Diesel GLP VOLÁTEIS  São aqueles que na temperatura ambiente, desprendem vapores capazes de se inflamar. São os mais perigosos, devendo ser guardados e armazenados em condições especiais. NÃO VOLÁTEIS  São aqueles que para desprender vapores de se inflamar, necessitam de um aquecimento acima da temperatura ambiente. COMBURENTE É o elemento que embora não queima, facilita a combustão. Praticamente o oxigênio é comburente que participa da maioria dos casos. 2
  • 3. No ar atmosférico encontramos: Nitrogênio 78 % Oxigênio 21 % Outros gases 1 % Para que haja combustão é necessário 16 % de oxigênio, entretanto alguns combustíveis já trazem este elemento incorporado a sua estrutura, portanto se queimam em concentração abaixo de 16 %. Ex: Pólvora, celulóide, carvão. FONTE DE CALOR Elemento indispensável a produção e manutenção do fogo. A fonte de calor produz no combustível:  elevação de sua temperatura  aumento de seu volume  mudança de estado físico. PONTO DE FULGOR, COMBUSTÃO E IGNIÇÃO Para uma melhor compreensão dos corpos combustíveis, há necessidade de apresentarmos algumas definições de propriedades relativas. PONTO DE FULGOR É a temperatura mínima na qual um corpo combustível aquecido desprende quantidade suficiente vapores para que, em mistura com o ar, se incendiar na presença de uma chama externa. Entretanto ao ser retirada a chama externa a combustão não se mantém. PONTO DE COMBUSTÃO É a temperatura mínima na qual um corpo combustível 3
  • 4. aquecido desprende quantidade suficiente vapores para que, em mistura com o ar, se incendiar na presença de uma chama externa. Entretanto ao ser retirada a chama externa a combustão se mantém. PONTO DE IGNIÇÃO É a temperatura mínima onde os vapores desprendidos por um corpo combustível aquecido inflamam-se ao entrar em contato com o ar, independentemente ou não da presença de qualquer chama ou centelha externa. Nota: Em estudos de Classificação de áreas sujeitas a periculosidade (risco de explosões), qualquer produto que no processo esteja sendo submetido a temperaturas acima do seu ponto de fulgor caracteriza a área como risco de explosão. TRANSMISSÃO DE CALOR O calor se propaga dos pontos mais quentes para os mais frios de três maneiras: CONDUÇÃO, CONVECÇÃO e IRRADIAÇÃO. A procura de possíveis fontes de calor que possam dar partida a um incêndio, constitui uma das colunas mestras da prevenção contra incêndio. CONDUÇÃO É o processo pelo qual, o calor se transmite diretamente de corpo para corpo ou em mesmo corpo de molécula a molécula. Ex: Ferro de engomar Ao aquecermos a extremidade de uma barra de ferro, na outra, se houver materiais combustíveis, esses poderão se incendiar. CONVECÇÃO É o processo de transmissão de calor através da circulação de um meio transmissor, que pode ser líquido ou gasoso. É o caso da transmissão de calor através da massa de ar ou gases quentes que se deslocam do local do fogo, podendo provocar incêndios em locais distantes da chama. 4
  • 5. IRRADIAÇÃO É o processo de transmissão de calor através de ondas caloríficas que se propaga pelo espaço existente entre um corpo e outro. Ex: calor dos raios solares, fogueira. CLASSES DE INCÊNDIO: Os incêndios são classificados em 4 classes principais: CLASSE A : São aqueles que ocorrem com materiais que queimam na superfície e internamente deixando como resíduos, cinzas, brasas. Ex: algodão, papel, tecido. CLASSE B : São aqueles que ocorrem com líquidos e gases inflamáveis, queimam somente na superfície e não deixam resíduos. Ex: óleo, gasolina, álcool, vernizes, tintas. CLASSE C : São os que ocorrem em equipamentos elétricos energizados. Ex: transformadores, quadros de distribuição, fios. CLASSE D : São os que ocorrem com os metais pirófonos como: magnésio, potássio, alumínio, zincônio, titânio. MÉTODOS DE EXTINÇÃO DO INCÊNDIO Para extinguirmos um incêndio, bastaria eliminar um dos lados do triângulo do fogo. ISOLAMENTO: RETIRADA DO COMBUSTÍVEL Consiste em retirar ou isolar o combustível ainda não atingido pelo incêndio. Ex: fechamento do registro de passagem do gás de cozinha para os queimadores do fogão. COMBURENTE COMBUSTÍVEL FONTE DE CALOR 5
  • 6. RESFRIAMENTO: RETIRADA DA FONTE DE CALOR Consiste em diminuir o calor do material incendiado, até uma temperatura em que ele não se queime e não emita mais vapores; que em contato com o oxigênio produza a combustão. O agente mais conhecido e usado é a água. COMBURENTE COMBUSTÍVEL FONTE DE CALOR ABAFAMENTO: RETIRADA DO COMBURENTE ( OXIGÊNIO ) Consiste basicamente na redução da taxa de oxigênio a níveis inferiores a 16 %. É o método de extinção mais difícil. Naturalmente é utilizado em pequenos incêndios que podem ser abafados com tampas de vasilhas, panos, cobertores e etc. COMBURENTE COMBUSTÍVEL FONTE DE CALOR CAUSAS DE INCÊNDIO Várias são as causas que concorrem para a erupção de um incêndio. - Descuido com fontes de calor. Ex: aquecedores, ferro elétrico, forno, lâmpadas. - Descuido de fumantes - Falta de lubrificação em eixos de transmissão, gerando energia calorífica suficiente para se inflamar. Ex: correias de polias. - Sobrecarga elétrica em fios. - Circuitos mal dimensionados. - Uso indevido de Benjamins - Combustão expontanea de materiais. Ex: algodão, juta. - Manuseio de gases - Raios AGENTES EXTINTORES 6
  • 7. Qualquer substância capaz de extinguir o fogo. Os mais utilizados são: água, espuma, gás carbônico e pó químico. ÁGUA ( H2O ) A água é o agente extintor de maior aplicação e a finalidade de seu emprego consiste em tentar diminuir a temperatura do combustível que estiver queimando. ESPUMA QUÍMICA ( Não mais utilizado) É um aglomerado de bolhas de ar ou gás, formados de películas de água e ao aplicá-las sobre o corpo inflamado, isola o ar atmosférico, extinguindo o fogo por abafamento. PÓ QUÍMICO Ao entrar em contato com as chamas, se decompõe , isolando o oxigênio do corpo combustível, extinguindo o fogo por abafamento. CO2 (Dióxido de Carbono) É um gás inodoro, incolor, inerte e não condutor de eletricidade. Atua reduzindo a concentração de oxigênio no ambiente onde foi aplicado, extinguindo o fogo por abafamento, possui também ação resfriadora . APARELHOS E INSTALAÇÕES DE PREVENÇÃO AO COMBATE A INCÊNDIO Vários são os tipos de aparelhos e instalações utilizados para impedir ou evitar a propagação de um incêndio. Alguns são sofisticados e outros muito simples, mas todos são de fundamental importância a segurança contra incêndios, sendo imprescindíveis que estejam bem cuidados e prontos para entrar em ação a qualquer momento. Dentre os equipamentos utilizados, encontram-se: EXTINTORES DE INCÊNDIO SELEÇÃO DE EXTINTORES DE ACORDO COM OS RISCOS Os extintores devem ser selecionados para cobrir as áreas com risco de incêndio, de acordo com sua capacidade extintora e com a natureza dos combustíveis predominantes no ambiente, conforme a CLASSE da NATUREZA DO FOGO. Além dos princípios mencionados na classificação do fogo quanto à natureza, deverão ser considerados outros fatores, também importantes, que podem influir na cobertura dos riscos: 7
  • 8. TEMPERATURA Ao ser selecionado um aparelho para cobrir uma determinada área, deve ser considerada a temperatura ambiente do local, a fim de que esta não interfira com o bom funcionamento do extintor. Os extintores são fabricados para funcionarem satisfatoriamente dentro de uma faixa de temperatura entre 5ºC e 50ºC. Fora destas condições, os aparelhos devem ser protegidos por dispositivos que permitam um funcionamento perfeito. AGRESIVIDADE DO MEIO Em certas instalações, como por exemplo, indústrias químicas, a agressividade do meio ambiente pode atacar os aparelhos, destruindo ou alterando os seus diversos componentes e mecanismos. VIBRAÇÃO Quando os extintores são instalados em veículos ou em áreas sujeitas a vibrações, devem ser providenciados suportes especiais para impedir um funcionamento acidental ou alterar as condições de agente extintor. PESO TOTAL DO APARELHO Para certos locais, onde o trabalho é exercido por menores ou mulheres, há necessidade de selecionar aparelhos cujo peso não interfira ou impeça a sua perfeita utilização. RISCO DO AGENTE EXTINTOR Certos aparelhos contêm agentes extintores que em determinados ambientes pequenos e fechados podem ser asfixiantes; neste caso, os aparelhos devem ser sinalizados com legendas tais como: ATENÇÃO: NÃO USE EM AMBIENTES COM VENTILAÇÃO DEFICIENTE. REATIVIDADE DO AGENTE O agente extintor pode ser também responsável por acidentes às vezes catastróficos, por que pode reagir de forma violenta com produtos em chamas, por exemplo, água sobre sódio, magnésio, titânio etc, ou ainda Pó químico seco a base de bicarbonato sobre Anidrido Maleico. Estas reações podem ser violentas e / ou incontroláveis. São aparelhos de fácil manejo e adequados para combater pequenos focos de incêndio logo no seu inicio, quando é mais fácil a extinção. São fabricados em cilindros de aço e no seu interior possui substâncias extintoras capazes de 8
  • 9. extinguir o fogo por abafamento, resfriamento e/ou isolamento. - TIPOS DE EXTINTORES E SUA APLICAÇÃO Atualmente os mais usados são: ÁGUA CO2 PÓ QUÍMICO CLASSE S COMBUSTÍVEI S GÁS PRESSUR IZADA SECO PRESSURIZAD O A madeira, papel, tecido, papelão, algodão. sim ótimo sim ótimo sim regular sim regular sim regular B gasolina,óleo, querosene,tintas, graxas e etc. não não sim bom sim ótimo sim ótimo C equipamentos energizados não não sim ótimo sim bom sim bom 9
  • 10. EXTINTOR COMO OPERÁ-LO EFEITO Água-gás Leve o extintor ao local do fogo. Abra a válvula do gás. Empunhe a mangueira com o esguicho. Dirija o jato para a base do fogo. Resfriamento Água-pressurizada Leve o extintor ao local do fogo. Retire o pino de segurança. Empunhe a mangueira. Aperte o gatilho. Dirija o jato para a base do fogo. Resfriamento CO2 Leve o extintor ao local do fogo. Retire o pino de segurança. Empunhe o difusor. Aperte o gatilho. Dirija o jato em leque para a base do fogo. Abafamento e resfriamento PQS pressurizado Leve o extintor ao local do fogo. Retire o pino de segurança. Aperte o gatilho. Dirija o jato para a base do fogo. Abafamento PQ a pressurizar Leve o extintor ao local do fogo. Abra a válvula do gás Empunhe a mangueira. Aperte o gatilho. Dirija o jato para a base do fogo. Abafamento APARELHOS SOBRE-RODAS São aqueles que pelo seu peso superior a 20Kg, necessitam de apoio sobre rodas para facilitar seu transporte. Quando existirem aparelhos sobre-rodas, os locais a proteger devem oferecer a necessária facilidade de 10
  • 11. movimentação. Em espaços abertos, as áreas devem permitir que os extintores sejam movimentados sem dificuldades impostas pelo terreno. Em áreas fechadas, portas, corredores, passagens devem ser examinadas de modo a permitir que os aparelhos possam circular sem dificuldades. Resumindo, recordaremos que os extintores são equipamentos que, contendo uma limitada quantidade de um determinado agente extintor, não devem ser considerados como infalíveis e como tal capaz de realizar MILAGRES. Desde que constituídos de acordo com as normas brasileiras, distribuídos racionalmente (de acordo com os possíveis riscos de incêndio), mantidos sempre em boas condições de funcionamento e operados com um mínimo de técnica, assume-se que os extintores funcionarão satisfatoriamente e corresponderão ao que deles se espera, sejam de que marca for. Nos extintores é imprescindível que os aparelhos recebam manutenção adequada e que estejam sempre carregados, com todos os seus componentes em condições de perfeito funcionamento. As firmas que executam esses serviços devem obedecer as normas brasileiras ou regulamentos técnicos ao Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial - INMETRO. Cada extintor deverá ter uma etiqueta de identificação presa ao seu bojo, com data em que foi carregado, data para recarga e numero de identificação. Esta etiqueta deverá ser protegida a fim de evitar que esses dados sejam danificados. TIPO ESTACIONÁRIO São aqueles que mais comumente são conhecidos também por instalações fixas, como por exemplo, instalações fixas de CO2 etc. LOCALIZAÇÃO E SINALIZAÇÃO DOS EXTINTORES Os extintores deveram ser colocados em locais: a ) De fácil visualização b ) De fácil acesso c ) Onde haja menos probabilidade do fogo bloquear o seu acesso d ) Onde se conservem protegidos contra golpes. Nos locais destinados aos extintores devem ser assinalados por um circulo vermelho ou por uma seta larga, vermelha, com bordas amarelas, embaixo do extintor deverá ser pintada uma área de no mínimo 1 m x 1 m, a qual não poderá ser obstruída. Os extintores não deverão ter sua parte superior a mais de 1,60 metros acima do piso.( Suporte no piso) Os extintores não deverão ser localizados nas paredes das escadas e também não poderão ser encobertos por pilhas de materiais. No caso de utilizarem extintores sobre rodas, deverão ter garantido o livre acesso a qualquer ponto do estabelecimento, comercial e/ou industrial. VANTAGENS E DESVANTAGENS As principais vantagens do uso de extintores tipo pó químico e sua eficiência no combate ao incêndio, isto é, apaga as chamas muito rapidamente por interferir diretamente na reação em cadeia do fogo. 11
  • 12. É mais eficiente que o CO2 por sofrer menos influência das correntes de ar. Não conduz a corrente elétrica. O operador não precisa aproximar-se muito do foco de incêndio uma vez que o jato tem bom alcance. Ainda com relação aos aparelhos de CO2, os extintores de pó químico seco são muito mais leves, por não necessitar de recipiente de alta pressão. Tem como desvantagem, deixar resíduos, isto é, não muito recomendável para combate ao incêndio em equipamentos elétricos ou eletrônicos sensíveis. Portanto deverá ser conduzido pelos profissionais de segurança um estudo a respeito de possíveis riscos de reatividade entre as substâncias químicas e os agentes extintores. INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES Geralmente os aparelhos de extintores tipo pó químico possuem descarga controlada, isto é, tanto os extintores pressurizados bem como com ampola externa de gás que possuem pistola na ponta da mangueira, o que não ocorre com os extintores de água com ampola externa de gás propelente. Os dispositivos de segurança podem ser de ALIVIO tipo intermitente não podendo sofrer entupimento, ou de ruptura com disco adequado, mais usado nos aparelhos pressurizados. Os extintores com carga a partir de 4Kg devem ter mangueiras, e ter comprimento de no mínimo 0,60m para aparelhos de até 12Kg, e comprimento mínimo de 5m para extintores com 20 Kg, 50Kg até de 75Kg. Os aparelhos pressurizados devem ter manômetro com escala de zero até duas vezes a pressão de carregamento em Kgf/cm2. Normalmente estes manômetros possuem três faixas de cores, a saber: • Manômetro na faixa branca ou amarela, excesso de pressão; • Manômetro na faixa verde, faixa ideal onde o ponteiro deve ficar quando em operação; • Manômetro na faixa vermelha indica que a pressão é insuficiente para operação, deverá ser recarregado. A operação de lacre do aparelho deve ser feita de maneira tal que torne fácil verificar-se qualquer uso ou violação. Nota: As informações acima com relação ao manômetro também são válidas para extintores de água pressurizados. FORMAS DE IDENTIFICAÇÃO DE EXTINTORES PORTÁTEIS Todo aparelho de extintor quando é fabricado apresenta as seguintes identificações: 12 XXXX XXXXX 00 – 00 NBR 11751 Logomarca INMETRO Logomarca Fabricante Norma da ABNT Mês – ano fabricaçãoNo de série do extintor
  • 13. Nota: Nos extintores de fabricação recente está sendo estampado somente o ano de fabricação ao invés de mês e ano de fabricação. Estas informações estão à disposição dos responsáveis pela manutenção e / ou inspeção dos extintores para fins de controle de validade da carga e reteste hidrostático bem como, de patrimônio, em locais particulares, conforme figuras abaixo: Nos extintores tipo de baixa pressão como os pressurizados ou com ampola externa de gás para os agentes extintores água, espuma mecânica e pó químico seco, ficam na borda inferior dos aparelhos, denominada de “SAIA” do extintor, e tem a seguinte padronização conforme apresentados na figura acima. Nos extintores tipo de alta pressão como os de CO2, e nas ampolas de propelente de gás externo de CO2 ou nitrogênio, ficam na parte superior do cilindro onde normalmente são denominados como COLARINHO. CARRETA INSPEÇÕES PARA OS EXTINTORES O sistema de proteção contra incêndio por extintores é considerado como sistema crítico por ser a primeira linha de combate, portanto, deve ser dada atenção especial de modo a garantir que em caso de necessidade de uso não venham a falhar. De acordo com a norma NBR 12962 (Inspeção, Manutenção e Recarga em Extintores) podem ser realizados nos extintores três tipos de serviços de manutenção: MANUTENÇÃO DE PRIMEIRO NÍVEL Aquela em que o proprietário do aparelho pode e deve conduzir a intervalos conforme especificado nesta norma. Este tipo de manutenção pode ser feito pelos Técnicos de segurança ou ainda por empresas contratadas, com a seguinte exigência: Não pode ser trocada nenhuma peça que esteja submetida à pressão. Deste modo podemos substituir mangotes, difusores, adesivos fixados no corpo do extintor, sinalização vertical e horizontal, suporte de parede e outros. Entende-se por inspeção, uma rápida, porém criteriosa verificação para assegurar que o equipamento esta em condições de ser operado. As inspeções poderão ser mensais ou em intervalos menores caso seja 13
  • 14. necessário. Por isso mesmo, as pessoas envolvidas deverão promover mensalmente no mínimo uma inspeção criteriosa das condições gerais do aparelho. Esta inspeção deverá ser registrada em formulário próprio e individual de cada extintor (ver a seguir – Formulário básico de Inspeção para extintores). Nesta inspeção deverão ser vistoriados os seguintes quesitos: • Estado geral do corpo do extintor (corrosão, pintura e outro dano qualquer) • Sinalização e suporte; • Condições do selo do INMETRO e validade da carga e reteste; • Acessibilidade ao extintor; • Estados das rodas, eixos e estrutura do carro quando for sobre-rodas ou tipo carreta. Além disso, particularmente para cada tipo de extintor o seguinte: PARA EXTINTOR DE CO2 • Existência do quebra jato (dispositivo onde é feita a expansão do gás); • Estado e conservação do difusor e punho; • Válvula de disparo (gatilho) e de segurança (alívio); • Cinta que segura o difusor; • Mangote, se não esta quebrado ou cortado; • Lacre e pino lateral de travamento do gatilho; Semestralmente o extintor deverá ser pesado e comparado com as informações apresentadas no corpo da válvula de disparo, peso cheio / vazio. Logo abaixo do gatilho, mais ainda no corpo da válvula existem importantes informações codificadas pelas seguintes letras PC e PV, querem com isto informar qual o peso do extintor cheio (PC) e conseqüentemente o peso vazio (PV), logo a diferença entre PC e PV é a carga de agente extintor do aparelho. Os extintores de CO2 devem ser pesados a cada seis meses de acordo com a NR-23 e outros regulamentos, e comparado com o peso cheio, caso houver uma redução de 10% da carga, este aparelho deverá ser enviado para recarga. Os aparelhos dos extintores de CO2 (pela alta pressão) são fabricados sem nenhuma costura isto é, são produzidos através de aço sem costura com espessura de 5mm. PARA EXTINTORES DE ESPUMA MECÂNICA • Válvula de disparo; • Mangueira cortada ou entupida; • Indicação do manômetro (deve estar o ponteiro na faixa amarela ou verde); • Orifícios de adução de ar. PARA EXTINTORES PRESSURIZADOS DE ÁGUA OU PÓ QUÍMICO • Válvula de disparo; • Mangueira cortada ou entupida; • Indicação do manômetro (deve estar o ponteiro na faixa amarela ou verde). PARA EXTINTORES COM AMPOLA DE GÁS EXTERNA DE ÁGUA OU PÓ QUÍMICO • Pistola de disparo do extintor (para pó químico); • Perfeito encaixe e vedação da conexão cilindro e ampola; 14
  • 15. • Mangueira cortada ou entupida; • Válvula de segurança (alívio); • Alça para o transporte. Cada extintor deve ter duas fichas de controle. Uma é conhecida como Etiqueta do Extintor e, deve estar fixada no próprio extintor. Onde mensalmente o responsável pela inspeção registra seu trabalho. A ficha a seguir é um modelo de Ficha de Controle de Inspeção de Extintores onde os responsáveis devem mensalmente fazer as anotações devidas durante a rotina de inspeção. Sugiro que esta inspeção seja registrada em ficha de papel, uma vez que a NR-23 tem esta exigência. Pode-se também ter um arquivo de forma eletrônica como controle centralizado. FICHA DE CONTROLE DE INSPEÇÃO DE EXTINTORES PORTÁTEIS Tipo ____________ Localização __________________________________ N° de série ___________ Próxima Recarga ___ /____/____ Próximo Reteste ___ /___/____ Nº interno ______ Ano ________ Peso Kg ________Kg em ___/___/____ Peso Kg ________Kg em___/___/____ Meses do ano Itens a serem inspecionados 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 Acessibilidade ao Extintor Adesivo com as Instruções Corpo do Extintor sem Danos Gatilho ou Válvula de Disparo Lacre de Segurança Nº de Série Visível Pintura do Corpo Rodas, Eixos e sua Estrutura Selo do INMETRO Sinalização do Piso (1,0 m2) Sinalização Vertical 15 ETIQUETA DE INSPEÇÃO DE EXTINTORES Mês Data Responsável Jan Fev Mar Abr Maio Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
  • 16. Suporte de Parede ou Piso Ampola Externa (Água, PQS) Anel Plástico da Válvula Mangote de Descarga (Água, PQS). Manômetro Indicador (Água, PQS). Pistola de Pó (PQS) Cinta Plástica Difusor Plástico de CO2 Mangote de Alta Pressão de CO2 Punho Isolante de CO2 Válvula de Segurança (CO2, Ampola) Outros OK - Item dentro das especificações N - item em desacordo com especificações Observações: __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ ______________________________________________ Responsável pela inspeção: Nome _____________________________________ Qualificação ___________________ MANUTENÇÃO DE SEGUNDO NÍVEL Aquela em que o proprietário do aparelho não pode conduzir a intervalos conforme especificado nesta norma. Este tipo de manutenção somente pode ser feito pelos Técnicos de uma empresa credenciada pelo INMETRO: RECARGA DE EXTINTORES A manutenção de segundo nível consiste por recarga a reposição do agente extintor, inclusive do agente expedidor, teste de manômetro, válvula de disparo e a substituição de peças defeituosas por novas do próprio fabricante. Pode ainda ser refeita a pintura externa e outras manutenções de primeiro nível. Todos extintores deverão ser recarregados após seu uso, manutenção ou quando for indicado pela inspeção. A recarga, assim como a manutenção deverá ser realizada por pessoal técnico especialmente treinado e sempre deverão ser seguidas às instruções dos fabricantes e ABNT quanto, a utilização de ferramentas adequadas, prazos e etc. Todo aparelho de extintor portátil ou não, deve ser recarregado periodicamente. Esta periodicidade é estabelecida pela NBR 12962, entretanto, em função do custo x benefício e confiabilidade, recomendamos que seja feita anualmente a recarga dos extintores. Os extintores tipo gás carbônico (CO2), bem como as ampolas de gás propelente, externas dos extintores de água e pó químico, devem a cada seis meses ser pesada. Caso o seu peso tenha perda de 10% da carga, estes deverão ser enviados para recarga, independentemente de ter ou não completado o prazo da última recarga. 16
  • 17. Tipo de Extintor Inspeção Recarga NBR 12962 Recomendação Água Mensal Até cinco anos. Anual. CO2 Mensal Até cinco anos. Três anos. Espuma Mecânica Mensal Até cinco anos. Três anos. Pó químico seco Mensal De acordo com fabricante. Anual. Na coluna “Recomendação” com base na minha experiência uma forma manutenção de segundo nível, onde custo benefício é levado em consideração. Entretanto existem fabricantes que dão garantia de três anos total nos extintores. Este custo se a empresa optar por recarga anual pode ser vantajoso uma vez que, o somatório dos custos referentes à recarga pagam um novo aparelho ao fim de três anos. Logo este estudo deve ser feito por cada um individualmente. Se optar pelos prazos da coluna Recomendação o somatório de recarga não paga um aparelho novo. CUIDADOS A SEREM TOMADOS COM A RECARGA • Fazer concorrência envolvendo um mínimo três até seis empresas. • Exigir cópias dos certificados do Corpo de Bombeiros estadual, INMETRO e do CREA do responsável técnico. Se quiser verifique junto aos órgãos se são verdadeiros. • Nesta concorrência apresentar uma planilha para preenchimentos de valores de peças sobressalentes colocadas no extintor (ver a seguir). • Fazer uma composição de custos dos serviços com as peças normalmente substituídas, tais como difusor de CO2, mangotes de água, CO2, PQS, válvulas gatilho, etc. • Fazer visita as empresas pré-selecionadas 2/3 empresas, de preferência sem aviso. Verificação das condições de trabalho e a sua qualidade. • Fazer um contrato anual, com rescisão a qualquer momento, incluindo as planilhas de preços, e também a obrigação do contratado de fornecer no mínimo 50% do número de extintores que foram para recarga para cobertura dos pontos de sua empresa que ficam descobertos. • Separar extintores que irão para recarga. • Esvaziá-los todos seja por treinamento ou simplesmente jogar fora o agente. • Solicitar ao departamento fiscal para emissão de Nota Fiscal de Simples Remessa. Informar a este setor as quantidades por tipos de extintores e seus números de série. Após emissão conferir dados. • Rasure os selos de conformidade colados ao corpo do extintor. • Danifique o anel de plástico amarelo daqueles extintores que já foram recarregados. • Entregue os extintores para recarga. • Se possível visite a empresa para checar os serviços que estão sendo feitos nos seus extintores. • Ao receber de volta os extintores, conferir os números de série na sua cópia da Nota Fiscal de Simples Remessa. • Exigir da contratada uma Nota Fiscal de Simples Remessa para anular contabilmente a sua emitida. • Verifique se os manômetros dos extintores pressurizados estão na faixa verde ou branca. • Verifique o peso dos extintores de CO2 contra o valor indicado no corpo da válvula PC peso cheio, valor abaixo se pode recusar a receber. • Verifique se todos possuem o anel plástico entre corpo e válvula e as identificações nestes anéis. • Verifique se os selos do INMETRO estão perfeitos, selos rasurados não devem ser aceitos. • Exigir que todas as peças que foram substituídas sejam devolvidas. Danifique-as e depois faça a reciclagem. • Retire cópia das notas fiscais de Serviço (mão de obra) e de peças substituídas. Guarde-as junto com a Nota Fiscal de Simples Remessa para garantir em auditorias que foram feitos serviços de manutenção. Nota: Recomendamos que o pó químico se não foi utilizado em treinamento, seja recolhido e tratado como um “Resíduo Perigoso” dentro do Programa de Gerenciamento Ambiental e tratado como qual, por exemplo, ser incinerado. CUIDADOS A TOMAR NA CONTRATAÇÃO DE EMPRESA PARA RECARGA. Como já dito no item acima referente aos cuidados com a recarga temos a seguir um modelo de carta convite para servir de base para concorrência de serviços em extintores. A Empresa ABC 17
  • 18. Por favor, cotar os seguintes preços em R$ para os serviços abaixo relacionados. Devolver via fax para o seguinte número 0(xx) XXXX-XXXX ou e-mail aos cuidados da Segurança Industrial. Nota: Deverão ser disponibilizados no mínimo 50% dos extintores retirados para manutenção como cobertura. Recarga simples Recarga e pintura Reteste completo CO2 com 6Kg CO2 com 4Kg Água (AP)10l Água (AG) 10l PQS (pres) 6Kg PQS (amp) 6Kg PQS (pres) 12Kg PQS (amp) 12Kg Nos preços já devem estar inclusos os impostos incidentes, a retirada e entrega no local indicado. Fornecer também preço em separado das peças de reposição, considerando como colocada no extintor. Descrição das peças Preço em R$ Válvula / gatilho para CO2 com anéis e demais acessórios (trava, disco de ruptura, etc). Válvula ou gatilho para PQS com anéis e demais acessórios (trava, etc). Punho isolante para CO2 Difusor para CO2 Mangote de alta pressão para CO2 Mangote para PQS (tipo pressurizado) Mangote para PQS (tipo com pistola) Mangote para extintor de água Pistola para PQS Manómetro para aparelho pressurizado Quebra jato para CO2 Descrição das peças (cont.) Preço em R$ Cinta para fixação do difusor de CO2 Tubo sifão para CO2 Tubo sifão para Água Tubo sifão para PQS Manômetro para PQS ou água MANUTENÇÃO DE TERCEIRO NÍVEL - RETESTE HIDROSTÁTICO A norma NBR 13485 da ABNT é que estabelece os parâmetros de Reteste hidrostático. Todo aparelho de extintor portátil ou não, deverá sofrer reteste hidrostático a cada cinco anos no mínimo, ou quando o usuário suspeitar que o extintor esteja corroído ou com qualquer outro dano que possa por em risco a funcionabilidade, ou acidente com o operador.Este tipo de manutenção somente pode ser feito pelos Técnicos de uma empresa credenciada pelo INMETRO. O reteste consiste em submeter o corpo do extintor a pressão hidrostática 28Kgf/cm² para extintores de baixa pressão. Todo aparelho é desmontado, suas peças são separadas e são submetidas a inspeção criteriosa. O corpo do extintor é colocado em banhos de soluções químicas (decapagem) que retira toda a tinta. A seguir os aparelhos são preenchidos com água e, submetidos a um aumento da pressão produzido por equipamento externo. Os cilindros de alta pressão ampolas externas de gás propelente e o extintor de CO2 sofrem teste hidrostático da mesma maneira que os cilindros de gás industrial tipo oxigênio, nitrogênio ou argônio.Sempre que qualquer extintor for para reteste hidrostático este, deverá ser devolvido acompanhado de documentação própria relativa ao teste, e nos aparelhos deverão ser marcadas nos locais acima mencionados anteriormente as seguintes codificações: 18
  • 19. Quando os extintores são reprovados no reteste hidrostático a firma os devolverá com identificação do local onde furou (para extintores de baixa pressão), ou deformação plástica junto com o relatório de reteste. Cabe ao proprietário promover a baixa de patrimônio do aparelho e a sua destruição para impedir qualquer reutilização. SELO DE CONFORMIDADE DO INMETRO Este selo é de vital importância, somente as empresas credenciadas pelo INMETRO o podem adquirir. Neles estão informações importantíssimas para as quais devemos ter muita atenção, conforme mostrado nas figuras abaixo: O selo de cor Vermelha é o selo que sempre virá da fábrica, informando que este extintor é original, isto é, ainda não sofre qualquer manutenção. O selo reage a luz Ultravioleta para dificultar a falsificação. Atenção a este detalhe sempre que for comprar novos extintores. No selo vermelho devem vir as seguintes informações: • Logomarca do INMETRO; • Número de série do selo; • Identificação do fabricante do aparelho; • O número de licença do fabricante; • Identificação do Organismo de Certificação de Produto. O selo de cor Azul é o selo que sempre virá da empresa contratada para serviços de manutenção como, por exemplo, recarga ou reteste. Também reage a luz Ultravioleta. Atenção a este detalhe sempre que for comprar novos extintores por que não são novos aparelhos. No selo azul devem vir as seguintes informações: • Logomarca do INMETRO; • Número de série do selo; • Identificação da empresa que fez a manutenção no aparelho; • Data de realização da manutenção; • Identificação do Organismo de Certificação de Produto. Importante notar que qualquer rasura ou outras imperfeições que impeça a boa leitura dos dados, podem causar problemas jurídicos, pois o selo é a única forma de identificação válida. Por isso, estes devem ser bem protegidos. Normalmente ao se receber extintores novos ou após qualquer serviço de manutenção é fortemente 19
  • 20. recomendado usar uma proteção por uma cobertura com adesivo plástico transparente, que oferecerá proteção contra chuva, sol, rasuras, ataque químico etc. UNIDADE EXTINTORA A definição de uma unidade extintora é baseada no estudo conduzido em laboratórios como foi apresentada no item CLASSIFICAÇÃO DOS EXTINTORES. Isto é será um volume de agente extintor que é capaz de extinguir um princípio (foco) de incêndio padronizado, e devem ter as seguintes especificações: Agente Extintor Capacidade da Unidade Extintora Água ou espuma mecânica 10 LITROS Dióxido de Carbono CO2 06 Kg Pó Químico Seco 04 Kg Quando um extintor possuir mais volume que uma unidade extintora estes será considerada mais que uma unidade baseada no seguinte: Será feita a divisão entre o volume do extintor pelo volume da unidade extintora correspondente, tomando-se como valor correto o menor inteiro quando o resultado assim não o for. Por exemplo: Para um extintor com 10Kg de pó químico, temos então 10Kg / 4Kg = 2,5 logo este extintor tem duas unidades extintoras. EXTINTOR TIPO CARRETA Um extintor para ser considerado como carreta deverá ter no mínimo cinco unidades extintoras, assim sendo: Agente Extintor Capacidade do Extintor carreta Água ou espuma mecânica 50 LITROS Dióxido de Carbono CO2 30 Kg Pó Químico Seco 20 Kg O extintor com volume de agente extintor menor que cinco unidades extintoras quando tem peso que dificulte a sua movimentação possuem rodas por isso, são chamados de sobre-rodas, não confundir então com carretas. DISTRIBUIÇÃO DOS EXTINTORES A distribuição de Unidades Extintoras tem premissas com variação razoável sempre relacionada a uma norma local, federal ou regulamentos de seguradoras. Quase todo regulamento se baseia na Circular 006 da SUSEP para classificar o risco de incêndio. Atenção deve ser dada aqui nesta classificação e não confundir com a Classe de Incêndio Quanto a Natureza do Fogo (tipo de combustível que esta queimando). Esta classificação leva em consideração a Ocupação do local, isto é, com qual o tipo de atividade realizada para sua classificação, Quer dizer que esta classificação quanto à ocupação pode ter no seu conteúdo materiais tipos classe “A”, “B” e “C”. A Publicação No 49 do IRB (Instituto de Resseguros do Brasil) é fonte desta classificações. Esta publicação dividiu o parque brasileiro de ocupações em treze divisões e cada divisão recebeu um número que varia de 01 até 13. A carga de incêndio e o risco de propagação e a probabilidade crescem na mesma razão cronológica. Classe de Risco Área máxima coberta por unidade Extintora (m²) Distância máxima percorrida pelo operador (m) SUSEP NR-23 Corpo Bombeiros SUSEP NR-23 (SP) Corpo Bombeiros A (Nº 01 e 02) 500 500 500 20 20 25 B (Nº 03 até 06) 250 250 250 15 10 20 C (Nº 07 até 13) 250 150 150 15 10 15 Importante notar que ambas as recomendações deverão ser atendidas. Outras considerações também 20
  • 21. deverão ser observadas a saber: • Será exigido um mínimo de duas unidades extintoras para cada pavimento, galeria, jirau ou risco isolado; • Permite-se a existência de apenas uma unidade extintora nos casos de área inferior à 50m2; • Aos riscos constituídos por armazéns ou depósitos em que não haja processo de trabalho, à não ser operações de carga e descarga, será permitida a colocação de extintores em grupos, em locais de fácil acesso, de preferência em mais de um grupo e próximos às portas de entrada e / ou saída; • No mínimo 50% das unidades extintoras que protegem um local, deverá ser tipos extintores portáteis. • Recomendamos que sejam estudados outros itens importantes presentes na circular com relação a instalações de extintores. LOCALIZAÇÃO E SINALIZAÇÃO DE EXTINTORES Antes de entrar no assunto propriamente dito lembramos que toda e qualquer instalação de extintores deverá obedecer ao seguinte: • Sempre ao se estudar a localização de extintores deverá ser levado em consideração o LAY-OUT interno, divisórias, prateleiras estrutura tipo rack metálico, grandes máquinas, isto é, todos e qualquer bloqueio natural ao caminho percorrido pelo operador na hora de buscar o extintor e nunca uma planta baixa sem estes detalhes; • Procurar-se-á sempre colocar os extintores em locais de fácil acesso, e visibilidade e que não fiquem bloqueados em caso de emergência. • Os extintores deverão ser instalados de acordo com o seguinte;  Os locais deverão ser assinalados por círculo ou seta vermelha com bordas amarelas que é de acordo com as normas, entretanto, está sendo utilizado um pictograma acima à direita para sinalização de extintor;  É importante que os aparelhos estejam localizados em pontos perfeitamente visíveis e de fácil acesso, devendo ser mantidos sempre prontos para utilização.  O piso embaixo do extintor deverá ter uma área pintada na cor vermelha com as seguintes dimensões 1,00 x 1,00m, que não poderá ser obstruída;  Os extintores com peso total até 20Kg devem ter a sua parte superior sem ultrapassar a altura de 1,60m acima do piso (por divergência entre três regulamentos, seguir a sugestão de 1,60m apesar da circular 006 da Susep permitir à altura de 1,80m), porém, levando-se em consideração a Ergonomia tem sido largamente praticado pelo mercado posicionar o extintor em pequenos suportes de piso. A vantagem é que se pode retirar o extintor da base sem risco de acidente comparando-se com extintor posicionado entre 1,60 e 1,80m de altura com relação ao piso. Por exemplo, no caso de uma mulher ter que fazer uso de um extintor de CO2 (peso aproximado de 20Kg) não tenha tanta dificuldade;  Não uma exigência quanto a altura da sinalização vertical com relação ao piso recomenda- se colocar a sinalização em altura tal que de qualquer lugar ao redor se possa identificar a localização dos aparelhos;  Outra sugestão relacionada à sinalização é quando se instalam extintores em armazéns ou áreas produtivas onde se tem somente coluna de concreto ou de aço. Neste caso 21
  • 22. recomenda-se pintar a sinalização conforme abaixo nas quatro faces da coluna. Com isso mesmo que o aparelho não esteja visível poderemos saber sua localização;  Em algumas instalações além do adesivo protegendo o Selo de Conformidade costuma-se proteger o aparelho com sacos plásticos, abrigos fabricados em fibra de vidro ou metálicos. Esta forma de proteção também facilita a visualização e localização dos extintores. • Os extintores não deverão ser instalados nas paredes de escadas; • Os extintores não poderão ser encobertos por pilhas de materiais; • Os extintores sobre-rodas ou carretas deverão ter garantido sempre acesso livre a qualquer ponto do local protegido. SIMBOLOGIA NO CORPO DO EXTINTOR Existem dois tipos de simbologia, uma para ser colocada no corpo do extintor em adesivo com a classificação do agente extintor em função da classe de incêndio e, recomendações de uso. A segunda forma de simbologia é a que normalmente é utilizada para identificação do tipo do extintor nos desenhos e projetos de combate ao incêndio. SIMBOLOGIA DO AGENTE EXTINTOR NO APARELHO A utilização de simbologia com cores, letras e palavras permite a confirmação imediata de um extintor quanto a sua adequação à classe de incêndio, permitindo seu uso correto e em tempo bastante breve. Os símbolos são constituídos por figuras geométricas tendo em seu interior a letra da classe de incêndio, e sobre e abaixo palavras indicativas da classe da natureza do fogo. Os símbolos completos para a identificação das classes de incêndio são: EXTINTORES DE INCÊNDIO CLASSE "A" Ao lado do triângulo os tipos de COMBUSTÍVEIS; Triângulo eqüilátero na cor VERDE; Letra "A" escrita na cor BRANCA. Atualmente a série abaixo de pictogramas vem sendo usada para facilitar as pessoas em reconhecer o extintor correto para o tipo de classe de incêndio. 22 1,60 Máx. 1 M 2
  • 23. EXTINTORES DE INCÊNDIO CLASSE "B" Ao lado do quadrado a palavra: LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS; Quadrado na cor VERMELHA; Letra "B" escrita na cor BRANCA. Atualmente a série abaixo de pictogramas vem sendo usada para facilitar as pessoas em reconhecer o extintor correto para o tipo de classe de incêndio. EXTINTORES DE INCÊNDIO CLASSE "C” Acima do círculo a palavra" EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS; Círculo na cor AZUL; Letra "C" escrita na cor BRANCA; Atualmente a série abaixo de pictogramas vem sendo usada para facilitar as pessoas em reconhecer o extintor correto para o tipo de classe de incêndio. 23
  • 24. EXTINTORES DE INCÊNDIO CLASSE "D" Acima da estrela a palavra: METAIS; Estrela de cinco pontas na cor AMARELA; Letra "D" escrita na cor BRANCA; Abaixo da estrela a palavra: COMBUSTÍVEIS SIMBOLOGIA PARA PROJETOS DE COMBATE AO INCÊNDIO A simbologia é tradicionalmente igual para todos os regulamentos quando se trata de projetos de proteção contra incêndio é a mostrada a seguir; Extintores de água - a simbologia é um círculo com um ponto no centro; Extintores de espuma - a simbologia é um círculo com uma cruz na forma dos quadrantes norte, sul, leste e oeste; Extintores de gás carbônico - a simbologia é um círculo tendo uma indicação similar a um relógio marcando 9 horas; Extintor de pó químico seco - a simbologia é um círculo similar ao anterior só que há um complemento para o quadrante sul. Quando em um local existem mais de um tipo de capacidade, costuma-se colocar no desenho representativo do extintor o volume do agente diferente do volume da unidade extintora. 24 10Kg
  • 25. Extintores tipo carreta tem sua simbologia idêntica ao mencionado acima, entretanto, recebe duas pequenas barras laterais, que querem dar a impressão que são rodas laterais. TREINAMENTO PREVENTIVO: É a parte mais importante de qualquer programa de prevenção contra incêndio, pois se a pessoa não souber agir no incêndio, de nada adiantará ter conhecimento do fogo, classificá-lo e etc, bem como os equipamentos de proteção, alarme, saídas de emergência. O treinamento de combate ao fogo deve ser feito periodicamente objetivando os seguintes tópicos: - Que o pessoal grave o significado do sinal de alerta - Que a evacuação do local se faça em boa ordem - Que seja evitado o pânico - Distribuição de tarefas e responsabilidades. Este treinamento deve ser realizado como se fosse um caso real de incêndio e deverão ser realizadas por pessoas capazes de prepará-los e dirigi-los. A falta de um treinamento específico e o pânico, são responsáveis pela maioria dos acidentes e vítimas num incêndio. O ESCAPE Como a fuga é instintiva, a via de escape deve ser a mais curta possível, de fácil acesso e suficiente ampla para acomodar a todos os que tentam escapar e devem estar livres, sem a presença de fumaça. Portanto ao escapar de um incêndio, deve fazê-lo com calma, deixando de lado os valores materiais, pois a vida não tem preço. PERIGO DOS GASES Numa combustão além dos gases resultantes da queima de determinado combustível,estão presentes: monóxido decarbono Dióxido de carbono(Co2),Nitrogênio e Vapor d’água. Estudaremos somente os efeitos causados pelo monóxido de carbono e dióxido de carbono, devido estarem 25
  • 26. presentes em toda combustão.Ambos matam por asfixia. MONÓXIDO DE CARBONO Ao ser inalado, entra na corrente sanguínea, combinando-se com a hemoglobina do sangue,formando-se a carboxihemoglobina,que é reação 300 vezes mais forte que a combinação normal do oxigênio com a hemoglobina chamada de oxihemoglobina. O poder de toxidez do Co é tão alto,que em percentagens acima de 1,28% de combinação com o ar atmosférico,causa a morte de 1 a 3 minutos. DIÓXIDO DE CARBONO Por ser mais pesado que o oxigênio,atua reduzindo sua concentração no ambiente onde foi aplicado.Uma pessoa num ambiente sem oxigênio tende a morrer por asfixia. 26