A Avaliação de Desemprenho Contribui para o Desenvolvimento Profissional e Pe...
Projeto de Comunicação para Promon
1. ANA CAROLINA VIDAL
FABÍOLA HIGASHI OVERRATH
LUCIANE BOTTAMEDI
MAÍRA VELÔSO MEDEIROS
PATRÍCIA FARHAT
PROJETO EXPERIMENTAL
PROMON
FACULDADE CÁSPER LÍBERO
COORDENADORIA DE RELAÇÕES PÚBLICAS
SÃO PAULO
2004
2. 1
ANA CAROLINA VIDAL
FABÍOLA HIGASHI OVERRATH
LUCIANE BOTTAMEDI
MAÍRA VELÔSO MEDEIROS
PATRÍCIA FARHAT
PROJETO EXPERIMENTAL
PROMON
Trabalho apresentado à Faculdade Cásper
Líbero, como exigência parcial para
conclusão do curso de Comunicação
Social, com habilitação em Relações
Públicas, sob orientação das professoras
Ethel Pereira e Vicky Schmidt.
FACULDADE CÁSPER LÍBERO
COORDENADORIA DE RELAÇÕES PÚBLICAS
SÃO PAULO
2004
4. 3
Resumo
O plano de comunicação estruturado pela Ato Comunicação, agência de
assessoria e consultoria, para a empresa Promon, que oferece serviços na área de
engenharia e tecnologia, tem como principal objetivo estabelecer o diálogo da
organização nos âmbitos interno e externo de acordo com o conceito de relações
públicas.
O grande desafio ao realizar esse projeto foi conhecer a especificidade desse
negócio e traduzir a linguagem técnica de engenharia e tecnologia a fim de
desenvolver um plano de ações que garantisse credibilidade à marca Promon e ao
fortalecimento institucional.
As ações propostas utilizaram-se da comunicação integrada para o
envolvimento dos públicos de interesse tornando-os pró-ativos a qualquer processo
de mudança, fortalecendo, assim, a marca, a identidade, a imagem institucional e os
valores da Promon.
Para tanto, foi realizado amplo levantamento de dados primários e
secundários, estudos de mercado, pesquisa, diagnóstico e por fim propostas de
ações que contemplassem todos os públicos da organização de forma estratégica e
definitiva.
5. 4
Abstract
The public relations consultancy agency Ato Comunicação has prepared a
plan of communication for the engineer and technology company Promon, with the
aim of establishing an efficient public relations dialogue at both the internal and
external levels.
This project’s great challenge was to know the company’s business field and
fully understand its technical language in order to develop an action plan for
strengthening the Promon’s brand, its credibility and institutional image.
Based on an integrated communication model and on primary and secondary
data, market studies, and a complete diagnosis, the plan aims at involving the publics
of interest by stimulating them to become proactive agents in changing processes as
a way to improve Promon’s identity and values.
6. 5
Há homens que lutam um dia e são bons,
Há outros que lutam um ano e são melhores,
Há os que lutam muitos anos e são muito bons,
Mas há os que lutam toda a vida e estes são imprescindíveis.
(Bertold Brecht)
7. 6
Agradecimentos
Gostaríamos de agradecer a todos que nos apoiaram ao longo do ano para a
realização deste projeto, com contribuições as mais diversas possíveis.
Agradecemos a amigos e familiares pela compreensão e apoio em todos os
sentidos.
Em especial, agradecemos ao Cliente, Promon, à oportunidade oferecida em
realizarmos este aprendizado, e por estabelecer com as alunas um relacionamento
sempre aberto e amistoso.
Ainda gostaríamos de agradecer às professoras Ethel Pereira e Vicky
Schimidt, por toda a atenção e comprometimento com o projeto, e estendemos os
votos de carinho a todo o corpo docente da Coordenadoria de Relações Públicas,
não apenas pelo apoio no ano de realização do projeto, mas por todos os anos que
permitiram, juntos, a nossa formação como profissionais.
Um último agradecimento aos nossos amigos que se formam conosco neste
ano de 2004, essenciais em todos os momentos, na faculdade, e fora dela.
8. 7
Sumário
Carta de aceite........................................................................................... 2
Resumo...................................................................................................... 3
Abstrat........................................................................................................ 4
Agradecimentos......................................................................................... 6
Introdução.................................................................................................. 9
1. Histórico................................................................................................. 11
1.1 Contextualização com o cenário brasileiro....................................... 11
2. Briefing................................................................................................... 18
2.1 Institucional...................................................................................... 18
2.2 Cultura Organizacional..................................................................... 20
2.3 Carta de Campos do Jordão............................................................ 22
2.4 Situação da empresa no mercado................................................... 22
2.5 Estratégias da organização.............................................................. 28
2.6 Novos mercados.............................................................................. 29
2.7 Concorrência.................................................................................... 29
2.8 Público governamental (federal, estadual e municipal)................... 30
2.9 Comunicação................................................................................... 31
3. Estudo de Mercado................................................................................ 33
3.1 Situação do mercado internacional e nacional em Engenharia....... 33
3.2 Situação do mercado internacional e nacional em Tecnologia........ 37
3.3 Principais clientes da Promon.......................................................... 40
3.4 Concorrência.................................................................................... 42
3.5 Governo........................................................................................... 55
3.6 Governança Corporativa.................................................................. 65
3.7 Responsabilidade Empresarial........................................................ 67
3.8 Imprensa.......................................................................................... 75
4. Pesquisa................................................................................................. 76
4.1 Projeto de Pesquisa......................................................................... 76
4.2 Roteiro para sondagem.................................................................... 82
4.3 Análise da pesquisa......................................................................... 83
5. Diagnóstico............................................................................................. 86
9. 8
5.1 Intranet / Internet.............................................................................. 87
5.2 Manual de conduta ética.................................................................. 87
5.3 Gerenciamento de crise................................................................... 88
5.4 Responsabilidade empresarial......................................................... 89
5.5 Comunicação com acionistas.......................................................... 90
5.6 Identidade Corporativa..................................................................... 91
6. Ações..................................................................................................... 93
6.1 Programa de Reposicionamento Institucional................................. 96
6.1.1 Definir direcionamento.............................................................. 98
6.1.2 Vincular Visão, Missão e Cultura.............................................. 100
6.1.3 Divulgar e Envolver................................................................... 105
6.1.4 Relacionamento com Universidades........................................ 109
6.2 Programa de Responsabilidade Empresarial.................................. 114
6.2.1 Responsabilidade Social.......................................................... 114
6.2.2 Fomento a Cultura Nacional..................................................... 118
6.2.3 Responsabilidade Ambiental.................................................... 124
6.2.4 Gerenciamento de Crise........................................................... 127
6.3 Programa 45 anos............................................................................ 130
6.3.1 Selo comemorativo e papelaria................................................ 131
6.3.2 Extra divulgações..................................................................... 132
6.3.3 Você é especial........................................................................ 135
6.3.4 Memória Institucional................................................................ 137
Cronograma............................................................................................... 141
Orçamento.................................................................................................. 142
Recomendações........................................................................................ 144
Conclusão.................................................................................................. 147
Bibliografia.................................................................................................. 148
Anexos e Apêndices................................................................................... 151
11. 9
Introdução
As organizações passam atualmente por grandes mudanças. Numa
perspectiva global de negócios, tomaram diversas decisões que estão
revolucionando suas estruturas na busca de modernização e sobrevivência. Queda
da produtividade e do faturamento, alto custo dos produtos e/ou serviços, novas
exigências do mercado, avanços tecnológicos, concorrência mais agressiva,
estruturas inchadas, que limitavam a eficiência empresarial, são alguns dos fatos
que contribuíram, de forma decisiva, para que a maioria das organizações
começasse a refletir sobre o papel da comunicação e de que forma elas se
relacionavam com seus públicos estratégicos.
Em seu aspecto empresarial, a comunicação contribui consideravelmente
para a melhoria deste cenário, visto que estabelece o diálogo da organização em
âmbito interno e externo.
Em vista do exposto, pode-se dizer que relações públicas:
Tem por objetivo maior liderar o processo de comunicação total da
organização, tanto no nível do entendimento, como no de persuasão nos
negócios. O ponto de partida é a criação de uma filosofia global, corporativa
e integrada de comunicação para orientar e dar sentido a todos os
relacionamentos organizacionais. (KUNSCH, 2001. p. 9).
A Agência
A Ato Comunicação é uma agência de assessoria e consultoria que se formou
com o intuito de desenvolver o Projeto Experimental de Relações Públicas para o
cliente Promon.
O objetivo deste projeto é desenvolver um plano de comunicação estruturado
de acordo com o conceito de relações públicas, que, segundo o Acordo do México,
São o dialogo planificado e permanente entre uma instituição e seus
públicos, com o objetivo de determinar o interesse social e identificá-lo com
o interesse privado; o exercício profissional das Relações Públicas exige
uma ação planejada com o apoio da pesquisa na comunicação sistemática
e na participação programada, para elevar o nível de entendimento,
solidariedade e colaboração entre uma entidade pública e privada e os
grupos sociais a ela vinculados em um processo de interação de interesses
legítimos, para promover seu desenvolvimento recíproco e o da
comunidade a qual pertence. (ANDRADE, 1996, p. 105).
12. 10
Tendo em vista promover e fortalecer a imagem institucional da Promon, a
Ato Comunicação apresentará propostas de ações que permitam agregar valores
positivos tanto à identidade corporativa quanto à operação do negócio, desenvolvida
pela instituição estudada.
Escolha do cliente
As profissionais da Ato Comunicação sempre tiveram em foco conceber um
projeto em que fosse possível desenvolver junto ao cliente um planejamento
estratégico, envolvendo os pontos que alicerçam a estrutura de uma organização.
Com foco nesse aspecto, escolhemos conceber o projeto experimental para
toda a estrutura organizacional da instituição Promon, porque nos permite
desenvolver um trabalho de comunicação estratégica que flua entre todas as suas
empresas.
Assim, a Promon atende às expectativas da Ato Comunicação, pois se trata
de uma empresa pioneira e modelo nos setores de Engenharia e Tecnologia, com
grandes corporações em sua carteira de clientes. E também com grandes desafios.
13. 11
1. HISTÓRICO
1.1 Contextualização com o cenário brasileiro
A Promon surgiu no mercado brasileiro na década de 1960, fruto da
necessidade do desenvolvimento de infra-estrutura para a industrialização do país.
Como as áreas de atuação em que a empresa se especializou ao longo dos anos
são Engenharia e Tecnologia, a construção do histórico delineia-se sobre as
empresas Promon Engenharia e Promon Tecnologia, para priorizar os principais
acontecimentos nesses ramos. Dentro do setor de Engenharia, a Promon mantém
seu foco de operação em obras civis, energia e óleo e gás. Em Tecnologia, a
organização se especializou em TI – Tecnologia da Informação – e
Telecomunicações.
Nesse âmbito, faz-se necessário esclarecer o contexto histórico do qual
nasceu esta instituição.
Os primórdios da industrialização no Brasil
Durante o período colonial, o processo de industrialização no Brasil esbarrava
nas regras da política mercantilista, que não permitiam ser desenvolvidas no Brasil
quaisquer atividades produtivas que viessem a competir com as da metrópole,
Portugal, ou que pudessem prejudicar seus interesses comerciais.
Os primeiros esforços importantes para a industrialização vêm do Império, por
meio de empresários brasileiros e grupos estrangeiros, mas a política econômica
oficial continuava a privilegiar a agricultura exportadora.
Os efeitos da quebra da Bolsa de Nova York sobre a agricultura cafeeira e as
mudanças geradas pela Revolução de 1930 modificaram o eixo da economia, que
assumiu caráter mais nacionalista e industrialista, com a política de implantação de
indústrias de base de Getúlio Vargas.
Período JK e surgimento da Promon
14. 12
O nacionalismo da Era Vargas foi substituído pelo desenvolvimentismo do
governo Juscelino Kubitschek, de 1956 a 1961. Atraindo capital estrangeiro e
estimulando o capital nacional, JK implantou a indústria de bens de consumo
duráveis, com o objetivo de multiplicar o número dessas indústrias e das fábricas de
peças e componentes. Ampliou ainda os serviços de infra-estrutura, como transporte
e fornecimento de energia elétrica. No início dos anos 60, o setor industrial superou
a média de crescimento dos demais setores da economia brasileira.
Nesse período, nasceu a Promon, em 1960, como uma aliança entre a
empresa americana Procon, Inc. e a brasileira Montreal Engenharia S.A. A partir de
1963, a Promon passou por momentos críticos, sufocada por uma conjuntura
econômica quase caótica.
Para salvar a empresa da crise e levantar o mínimo de capital necessário
para a manutenção das operações, um grupo de dirigentes e funcionários decidiu
abrir mão de seus salários e passaram a retirar apenas os recursos indispensáveis à
manutenção de suas famílias.
Esse mesmo grupo, em 1966, adquiriu o capital da acionista Procon – que
encerrou suas atividades no país, e, em 1970, comprou as ações da Montreal. Daí
surgiu o nome “Promon”, da junção da inicial dos nomes das empresas que deram
origem à organização. Com o controle total da empresa, o grupo implantou o novo
modelo societário, que implicava partilhar o capital da companhia entre todos os
funcionários, e um estilo de administração mais participativo e humano. Essa política
de administração perdura até hoje, traduzida na criação posterior, em 1976, da
Fundação Promon de Previdência Social.
Nesse ambiente, surgiu a Promon Engenharia, voltada ao primeiro foco de
atividade da Promon S.A., também em 1960. A empresa norte-americana Procon,
Inc. e a brasileira Montreal Engenharia S.A. uniram-se em um consórcio para
disputar a concorrência internacional para o projeto de quatro unidades da Refinaria
Presidente Bernardes, da Petrobras, e conquistar espaço no nascente mercado de
engenharia de grandes projetos no Brasil. A Promon Engenharia S.A. venceu a
concorrência e, assim, executou o primeiro trabalho desse gênero realizado no país.
Ainda na primeira fase da década de 60, apesar da instabilidade política no
Brasil, a Promon, concentrando-se inicialmente em atividades de engenharia
consultiva e projetos, participou de grandes empreendimentos para clientes do porte
15. 13
de Alcan, Atlantic, Carbocloro, Copebrás, Instituto de Energia Atômica e Comissão
Nacional de Energia Nuclear.
A partir de 1967, o governo brasileiro iniciou um grande programa de
investimentos na infra-estrutura do país. Começava, então, o ciclo de ouro da
engenharia brasileira, momento em que o setor de energia elétrica crescia
rapidamente em duas frentes: hidrelétricas e energia nuclear.
A Promon Engenharia teve presença de destaque nesse período, que
também marcou seu primeiro movimento de diversificação de atuação, com a
entrada no mercado de transportes urbanos de massa, como a construção do metrô,
e, em seguida, nos de projetos hidrelétricos e de mineração. Nessa fase,
profissionais de grande reputação desempenharam papel importante na
consolidação da competência da Promon em projetos de engenharia pesada. Muitas
dessas pessoas, como professores, contribuíram para aproximar a Promon das
universidades brasileiras de maior prestígio. No segmento de usinas hidrelétricas, a
Promon Engenharia obteve, em 1968, o contrato para o projeto da Usina de
Marimbondo, de Furnas Centrais Elétricas, com capacidade de geração de 1.440MW
de potência, ou seja, a segunda maior potência instalada dentre as usinas de
Furnas. Para a realização desse empreendimento foi estabelecido o escritório do Rio
de Janeiro, que, posteriormente, passou a prestar serviços para clientes como
Petrobras, Eletrosul, Vale do Rio Doce e Governo do Estado do Rio de Janeiro.
“Milagre econômico”
O crescimento econômico brasileiro acelerou-se e diversificou-se no período
do chamado “milagre econômico”, de 1968 a 1974. A disponibilidade externa de
capital e a determinação dos governos militares de fazer do Brasil uma “potência
emergente” viabilizaram pesados investimentos em infra-estrutura, nas indústrias de
base, transformação, equipamentos e bens duráveis e na agroindústria de
alimentos.
A experiência e a competência profissional da empresa nessa área foram
aumentando ao longo dos anos e, em 1974, ela foi selecionada para projetar a
barragem principal da hidrelétrica de Itaipu, a maior do mundo em concreto de
gravidade aliviada, com 1,5km de comprimento e 170m de altura. O volume total de
16. 14
concreto utilizado na construção de Itaipu seria suficiente para construir 210 estádios
de futebol como o do Maracanã, no Rio de Janeiro.
O sucesso da Promon Engenharia na realização do projeto de Itaipu rendeu-
lhe um grande desafio: adquirir tecnologia em sistemas de transmissão em alta
tensão em corrente contínua – CCAT –, para o que viriam a ser, simplesmente, as
duas maiores estações conversoras de sistema de transmissão em corrente
contínua até então construídas no mundo. A Promon e suas consorciadas Asea AB
(empresa sueca) e Asea Elétrica do Brasil Ltda. ganharam a concorrência
internacional, realizada por Furnas e, em 1979, tornaram-se responsáveis pela
1
execução de um contrato turnkey cujo valor atingiria cerca de US$ 1,2 bilhão, um
terço dos quais a cargo da Promon.
Antes desse contrato, a empresa respondera por alguns outros de
responsabilidade global, mas de pequeno vulto. A partir deste contrato, a Promon
Engenharia passou a ser, além de uma empresa de consultoria e projetos, uma
organização apta a responder pela implantação de grandes empreendimentos.
Paralelamente à sua evolução no setor de energia hidrelétrica, a Promon
Engenharia, desde 1963, vinha desenvolvendo capacitação na área nuclear. Na
década de 70, foi selecionada por Furnas para a parte nacional do projeto de Angra
I, a primeira usina nuclear do Brasil. Em 1976, credenciada por seu trabalho em
Angra I, a Promon Engenharia foi responsável pelo projeto de engenharia civil e pela
engenharia das tubulações da usina Angra II.
Crise: momento de diversificação
Em meados dos anos 70, a crise do petróleo e a alta internacional dos juros
desaceleram a expansão industrial. É justamente nesse período que a Promon
diversificou-se, inovou e ampliou sua área de atuação, até então focada apenas em
engenharia. Participou na implementação dos Planos Diretores para a Telebrás e do
Plano Nacional de Telecomunicações para o Ministério de Comunicações da Nigéria.
Com o financiamento externo mais caro, a economia brasileira entra num
período de dificuldades crescentes, que levam o país, na década de 80, ao
desequilíbrio da balança de pagamentos e ao descontrole da inflação. O Brasil
1
Turnkey (girar a chave):Contrato em que a obra é entregue pronta para operação. A analogia com
“girar a chave” se deve ao fato de que o processo se completa com esta ação.
17. 15
mergulha numa longa recessão que praticamente bloqueia seu crescimento
econômico.
Anos 80: aprofundamento da crise econômica
Com o início da década de 80, apesar das dificuldades de investimento
público nessa época, a Promon seguiu seu caminho e adquiriu a Projectum
Engenharia, empresa de excelente reputação técnica em estruturas, que trabalhava
nos projetos do arquiteto Oscar Niemeyer. Essa ligação permaneceu depois que ela
foi incorporada à Promon e resultou em vários empreendimentos importantes, como
o projeto e o gerenciamento da Passarela do Samba e dos Centros Integrados de
Ensino Público – CIEPs, no Rio de Janeiro, e do Memorial da América Latina, em
São Paulo. Outra aquisição importante, em 1985, foi a da empresa Electra-Ptel,
também de alta reputação técnica. Além de agregar à Promon Engenharia sua
experiência em projetos de subestações e linhas de transmissão e aumentar a
participação da empresa em empreendimentos desse tipo e em estudos de sistemas
no mercado brasileiro, essa aquisição foi a porta de entrada da Promon no mercado
externo, gerando contratos em países como México, Costa Rica, Guatemala,
Panamá, El Salvador, Honduras, Nicarágua, Venezuela, Colômbia, Malásia e
Filipinas.
Na década de 80, há a consolidação da atuação da Promon no setor de
telecomunicações com o gerenciamento e a implementação de mais de 10 milhões
de linhas para operadoras de telefonia fixa em todo o Brasil.
Anos 90: novos negócios
No começo dos anos 90, a produção industrial foi praticamente a mesma de
dez anos antes. No decorrer da década, também por conta da abertura econômica
que permitiu a entrada maciça de produtos importados, o setor industrial sofreu
encolhimento e perdeu participação no PIB – Produto Interno Bruto – para o setor de
serviços. Houve ainda, com o governo Collor, a abertura do mercado para
multinacionais e o crescimento do mercado de telecomunicações.
Nesse momento, a Promon permaneceria atuando de forma decisiva em
investimentos de grande porte da infra-estrutura brasileira, nos mercados de energia,
18. 16
óleo e gás, indústrias, obras civis e transportes. Entre seus destaques na década de
90, estão o papel importante que desempenhou no novo ciclo de incentivos à
indústria automobilística brasileira, com participação na implantação de unidades
para Volkswagen, Renault, Peugeot-Citroën e Michelin; e a construção dos Centros
de Atenção Integral à Criança e ao Adolescente - CAICs.
A Promon Engenharia hoje tem aplicado toda a sua experiência e essa
expressiva capacitação nos mais diversos segmentos, para implantar ou expandir
usinas termoelétricas, unidades industriais, refinarias, metrôs – no Rio de Janeiro,
em São Paulo e em Salvador –, laboratórios para a indústria aeroespacial brasileira,
duas novas unidades geradoras para Itaipu e uma unidade geradora para FPSO –
Floating Production, Storage and Offshore Loading (produção, armazenagem e
transporte flutuante em alto-mar)2 – plataforma P-33, para a Petrobras. Além disso,
por meio de contratos do tipo EPC – Engineering Procuriment Construction
(engenharia, suprimentos e construção)3 –, participou da implantação de quatro
usinas termelétricas para o sistema brasileiro.
No setor de tecnologia, os anos 90 marcaram a participação da Promon na
expansão da rede brasileira de telecomunicações, por meio de projetos de telefonia
fixa nos principais Estados, pela implementação da infra-estrutura da telefonia móvel
e do primeiro sistema móvel celular da banda B.
Há a participação ativa e contínua nos empreendimentos relativos a expansão
e evolução de redes e execução do Plano de Antecipação de Metas da Anatel –
Agência Nacional de Telecomunicações – envolvendo o gerenciamento da
implementação de milhões de linhas em tempo recorde.
Além disso, a Promon Tecnologia tem gerenciado e implementado grandes
projetos de integração de sistemas empresariais, soluções de e-learning4, portais
corporativos e desenvolvimento de aplicativos, conquistando um dos principais
projetos do mercado de energia no Brasil que envolvem infra-estrutura de
telecomunicações e integração de aplicativos de coleta e processamento.
2
Espécie de plataforma petrolífera que tem como base de sustentação um tipo de “navio”, que fica
em operação flutuando em alto-mar, sem apoio de âncora ou alicerce no fundo do oceano – Retirado
do site www.gomr.mms.gov, acesso em 24/03/2004
3
É um tipo de desenvolvimento de grandes obras de engenharia que envolve todo o projeto, desde a
concepção, passando por sua construção e sua supervisão.
4
Educação on-line
20. 17
2. BRIEFING
No caso de Projetos Experimentais, briefing, em sentido estrito, representa
o conjunto de informações colhidas junto à empresa-cliente.
Os dados colhidos permitirão fazer a análise do perfil do cliente e formular
o diagnóstico e as propostas de atividades adequadas às suas
necessidades de comunicação. (FRANÇA, 2001, p.121)
2.1 Institucional
Ramo de atividade
A Promon é uma empresa 100% brasileira. Líder no desenvolvimento de
soluções, sua atuação abrange projeto, integração e implantação de
empreendimentos e negócios para setores de infra-estrutura da economia, como
engenharia, telecomunicações, TI e e-learning.
A Promon é uma comunidade de profissionais que, essencialmente, projeta,
integra e implementa soluções complexas de infra-estrutura, sobretudo para setores
de energia, óleo e gás, indústrias de processo, obras civis, tecnologia da informação
e telecomunicações. Utilizando suas competências em gerenciamento e engenharia
de sistemas e formando parcerias de peso, a Promon responde pela execução de
empreendimentos grandiosos como usinas hidrelétricas e termoelétricas, plantas de
refino, estações de metrô e redes de telefonia e de comunicações de dados.
21. 18
Estrutura Organizacional e Administrativa5
A Promon é uma organização que tem em sua estrutura outras empresas, as
quais desenvolvem duas atividades principais: engenharia e tecnologia. As
atividades operacionais da organização são conduzidas por quatro empresas:
Promon Engenharia, Promon Tecnologia (ambas subsidiárias integrais), Trópico
(joint venture com a Fundação CPqD – Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em
Telecomunicações e Cisco Systems) e UTE Bahia – Usina Termoelétrica Bahia (joint
venture com a Ecoluz Consultores Associados). Compõem ainda o grupo a
Fundação Promon de Previdência Social, a Fundação Cultural Promon e o Instituto
Razão Social, entidade mantida em associação com o Instituto Camargo Corrêa, a
Gerdau, a Gradiente e o McKinsey.
Todas citadas acima estão ligadas à Promon S.A., que centraliza as funções
administrativas do negócio, como, por exemplo, recursos humanos e comunicação .
No topo da estrutura organizacional, encontram-se a Promon Ltda, que é uma
organização “virtual”, composta por acionistas majoritários – os principais executivos
– detentores de 51% do capital.
O modelo societário caracteriza-se pela possibilidade de aquisição de ações
pelo funcionário no momento em que é admitido na organização, mantendo a
principal característica da Promon, de ter seus funcionários como decisores do
5
Foco estabelecido na estrutura organizacional principal.
22. 19
processo. Ao longo do tempo, a participação acionária pode chegar a, no máximo,
5%, mantendo a pulverização das ações.
Modelo Acionário
A Promon é uma empresa que pertence integralmente a seus profissionais –
556 funcionários – sendo que 400 têm participação acionária totalmente voluntária.
Esses funcionários integrados ao modelo representam o engajamento na companhia
e não uma simples alternativa de investimento.
O modelo societário da Promon pressupõe uma renovação constante do
quadro de acionistas. A empresa compra as ações dos profissionais que se
desvinculam e as coloca à disposição dos que chegam.
A companhia adotou uma política de participação dos resultados que contribui
para manter a liquidez do modelo. Dos lucros anuais, dois terços são distribuídos em
partes iguais aos funcionários e acionistas, sob forma de participação nos lucros e
dividendos, e um terço é retido para investimentos na companhia.
Entre seus dirigentes, há a convicção de que o modelo acionário permite
engajar todos os níveis hierárquicos na conquista de um objetivo comum, sem que
haja conflito entre capital e trabalho, além de ressaltar a valorização do espírito de
cooperação.
2.2 Cultura Organizacional
De acordo com informações coletadas no site6 os princípios da Promon são:
Visão
O conhecimento será instrumento de realização dos indivíduos e da
sociedade se utilizado de forma compartilhada e consciente.
6
Extraído do site www.promon.com.br, acesso em 21/03/2004
23. 20
Missão
Empreender negócios e prover soluções de infra-estrutura com aplicação
consciente e inovadora de tecnologia, por meio de uma comunidade dinâmica de
profissionais, criando valor para os clientes e sendo agente do processo de
transformação da sociedade.
Valores
Excelência
Integridade
Inovação
Entusiasmo
Confiança
Humor
Filosofia
Temos uma visão otimista do futuro: a de que, pelo conhecimento, utilizado
de forma compartilhada e consciente, o mundo se tornará mais justo e sustentável.
De que, pela educação, milhões de pessoas que hoje vivem excluídas do benefício
do crescimento econômico se integrarão e, dessa forma, não precisarão buscar
identificação com a violência e os extremismos de qualquer natureza.
Acreditamos que as empresas têm papel fundamental nesse processo, tanto
pelo exemplo como pela ação.
Cremos em uma empresa voltada para o futuro, mas solidamente enraizada
em seus princípios.
Cremos que é possível e fundamental conciliar capital e trabalho, realização
profissional e lucro, sucesso e integridade.
Cremos, acima de tudo, no enorme potencial humano de criação e de
realização de nossos profissionais.
A nova sociedade é a sociedade do conhecimento. O conhecimento é seu
recurso mais valioso, e os profissionais do conhecimento, o grupo dominante na
24. 21
força de trabalho. É nesse novo cenário, complexo e fascinante, que a Promon está
posicionada.
2.3 Carta de Campos do Jordão
A carta de Campos do Jordão7, redigida em 1970, reúne alguns dos princípios
básicos da filosofia da Promon. Aborda temas como o objetivo da organização –
prestação de serviços com alto padrão de qualidade, a realização e o valor humano
e do profissional, o conceito de participação na comunidade, a busca do consenso
na tomada de decisões e o exercício da hierarquia, o modelo acionário e a relação
com o mercado.
Em 2001, os principais acionistas voltaram a Campos do Jordão, ao mesmo
lugar onde a carta foi redigida, com o intuito de reavaliá-la. Perceberam que o
conteúdo da carta ainda era condizente com os objetivos da empresa,
permanecendo o mesmo modelo de 1970. ( Anexo1).
2.4 Situação da Empresa no Mercado
Promon Engenharia
A Promon Engenharia, inicialmente, trabalhava com a concepção de projetos
de Engenharia, com obras de hidroelétricas e refinarias.
Ao longo dos anos, percebeu-se a necessidade de trabalhar a concepção da
obra de uma forma mais integrada, traduzida pelo sistema EPC, engenharia,
suprimentos e construção. Com isso, a rentabilidade e a competitividade dos
projetos aumentaram, e o número de concorrentes diminuiu.
A Promon Engenharia é hoje líder em soluções completas de engenharia,
com destacada atuação nos setores de energia, óleo e gás e obras civis.
Responsável por projetos públicos e privados, no Brasil e no exterior, cujos
investimentos somam mais de US$ 30 bilhões, a empresa tem em seu histórico
realizações como refinarias de petróleo, plataformas off-shore8, usinas nucleares,
plantas petroquímicas, terminais de petróleo e derivados, usinas geradoras de
7
Carta de Campos do Jordão – Anexo 1
8
Longe, distante da costa.
25. 22
energia hidrelétrica e termelétrica, sistemas de transmissão, plantas siderúrgicas e
de mineração, indústrias automotivas, sistemas viários e infra-estrutura de
transportes urbanos.
Gráfico 1 – Participação na receita - Engenharia
Participação da Receita - Engenharia
59%
35%
6%
Energia
Óleo e gas
Obras civis e infra estrutura industrial
Fonte: Relatório Anual 2003
As obras civis têm um retorno financeiro pequeno, porém é de interesse da
empresa mantê-las, não do ponto de vista estritamente econômico, mas por
proporcionarem reconhecimento e manterem relacionamento com governos
estaduais e prefeituras.
Como novos mercados, a Promon Engenharia visa:
• Energia: PCH - Pequenas Centrais Hidrelétricas e energias alternativas como
a eólica;
• Óleo e gás: EPC e todas as áreas do setor óleo e gás;
• Indústria: expansão de capacidade no ramo de siderurgia, papel e celulose,
mineração e metalurgia;
• Obras civis: saneamento básico
Para o futuro, a Promon Engenharia renova sua aposta no crescimento da
economia e na necessidade de obras de infra-estrutura para atender às demandas
reprimidas de energia elétrica, derivados de petróleo e transporte público, entre
outras.
26. 23
Promon Tecnologia
A consolidação dos negócios da Promon Telecom, Promon IP e Promon
Intelligent deu origem a uma empresa líder em integração de sistemas,
gerenciamento de projetos complexos e alianças tecnológicas de ponta: a Promon
Tecnologia. Ela oferece ao mercado produtos e serviços de integração de redes e
sistemas de telecomunicações, consultoria tecnológica, gerenciamento e turnkeys,
modelagem, arquitetura e desenvolvimento de sistemas, integração de aplicativos de
TI e soluções de e-learning e gestão de conteúdo, tendo como clientes as grandes
operadoras de telecomunicações e algumas das maiores empresas públicas e
privadas do país.
Gráfico 2 – Participação da Receita - Tecnologia
Participação de receita - Tecnologia
78%
8% 4% 10%
Consultoria Gerenciamento
Implantação de Redes Tecnologia da Informação
Fonte: Relatório Anual Promon – 2003
Para a Promon Tecnologia, os novos mercados são:
• Telecomunicações: investimentos em banda larga, speed, estágio de
serviços de valor agregado.
• Tecnologia da informação: gestão de rede/serviços, sistemas de
gerenciamento e novas tentativas de TI para óleo e gás.
27. 24
Trópico
A Trópico Sistemas de Telecomunicações S.A., fundada em 1999, por meio
de joint venture entre a Promon e o CPqD, transforma redes de telefonia em
operadoras multisserviços.
No fim de 2001, a Trópico Telecomunicações recebeu um investimento
minoritário da Cisco Systems, o que significou mais um passo para oferecer
soluções conjuntas de redes multiserviços aos seus clientes.
Ela está na vanguarda da tecnologia para redes de nova geração – NGN Next
Generation Networks – nas quais voz, dados e imagem convergem numa mesma
plataforma, ou seja, todo ponto de telefone será um computador ligado a internet. Na
caixa de entrada de correspondências, existirão e-mails, vídeo mails e voice mails.
Em 2003, a Trópico recebeu da Telefonica sua primeira encomenda de
equipamentos com a tecnologia NGN, em cujo desenvolvimento investiu nos últimos
anos.
As perspectivas para 2004 são positivas, com as operadoras inclinadas a
iniciar a evolução de suas redes para NGN, em busca de redução de custos
operacionais e ampliação da capacidade de transmissão de dados, possibilitando o
atendimento da demanda por serviços de comunicação de multimídia cada vez mais
sofisticados.
Adicionalmente, a nova etapa do Plano Geral de Metas de Universalização da
Anatel, voltada para o atendimento de pequenas localidades, poderá representar um
importante mercado para as centrais Trópico.
UTE Bahia
A UTE Bahia – Usina Termoelétrica Bahia é uma joint venture entre a Promon
e a Ecoluz Consultores Associados, na qual a Promon detém 80% do capital.
Localizada no Pólo Petroquímico de Camaçari, a usina está enquadrada no
Programa Emergencial do Governo, que cria uma reserva de energia assegurada
para suprir o sistema interligado em situações de emergência. Em operação desde o
28. 25
final de 2003, em virtude do baixo nível dos reservatórios do Nordeste no verão, vem
cumprindo seu papel de usina reserva para o sistema interligado.
Fundação Promon de Previdência Social
Entidade fechada de previdência complementar, a Fundação Promon de
Previdência Social nasceu, em 1975, como uma das primeiras instituições do gênero
no país. Ela é um dos elementos do ideal de “comunidade de profissionais” que a
Promon incorpora.
A Fundação concede benefícios previstos em um plano básico e um plano
suplementar. O primeiro é integralmente custeado pelas patrocinadoras – as
empresas da organização. O segundo é mantido mediante contribuições facultativas
dos participantes, incrementando os benefícios concedidos de acordo com o plano
básico. Dessa maneira, a Fundação provê uma combinação equilibrada de
vantagens a seus participantes, respectivamente por intermédio de um plano que
estabelece a concessão de benefícios definidos e outro que atribui benefícios a
partir de contribuições.
Gráfico 3 – Ativos e Passivos
Ativos (R$ milhões)
Passivos (R$ milhões)
25,8 5,4 2,8
59 46,2 3,8
325,3 140,2 228,1
Investimentos em renda fixa Investimentos em renda variável Reserva de benefícios concedidos
Reserva de benefícios a conceder
Investimentos em imóveis Empréstimos Superávit técnico
Outros ativos Outros passivos
Fonte: Relatório Anual Promon – 2003
29. 26
Fundação Cultural Promon
A Fundação Cultural Promon promove e coordena atividades, sobretudo nas
áreas do teatro e da música, integrando-se aos objetivos humanos e sociais da
organização Promon. Localizado em São Paulo, o Espaço Promon dispõe de uma
sala com capacidade de 350 lugares.
A Fundação Cultural Promon estabeleceu, entre outras atividades, uma
parceria com o Grupo Tapa, um dos mais atuantes e premiados grupos teatrais
nacionais. Como resultado dessa parceria, em 2003, foram levadas para o Espaço
Promon as principais peças do repertório do Grupo Tapa, projeto iniciado com a
encenação de “Os Executivos”.
Já as atividades musicais são orientadas para prestigiar compositores e
intérpretes brasileiros de qualidade, seja de perfil erudito seja popular. O Espaço
Promon oferece oportunidade para a revelação de novos talentos musicais, ao
mesmo tempo em que abre as portas para instituições tradicionais no cenário
artístico brasileiro, como é o caso do Quarteto de Cordas da cidade de São Paulo.
Instituto Razão Social
O Instituto Razão Social é uma sociedade sem fins lucrativos, fundada em
julho de 2002 por empresas e Institutos parceiros e, a Promon, com a missão de
contribuir para a melhoria da qualidade da educação no Brasil por meio do apoio a
projetos de capacitação de professores do ensino básico público.
O Instituto fornece apoio estratégico, tecnológico, de gestão e também de
captação de recursos de financiadores para projetos selecionados, viabilizando o
sucesso e a sustentabilidade das diferentes iniciativas.
Além da qualidade da capacitação, um dos critérios essenciais para a seleção
de projetos é seu potencial de multiplicação em larga escala. Esse critério garante
que as ações apoiadas produzam o impacto social desejado, contribuindo para a
capacitação de um grande número de professores da rede pública em todo o Brasil.
O valor dessa proposta para os financiadores decorre da competência na
seleção dos projetos e de seus gestores, assegurando a aplicação eficiente e
30. 27
transparente dos recursos, além de acompanhamento e avaliação criteriosa do
impacto obtido.
Desde a sua constituição, o Instituto conquistou parceiros como IBM, Egon
Zehnder International e Thymus Branding. Mais de 30 projetos foram analisados e, a
partir disso, foram estabelecidos contatos com instituições ligadas à educação para
o estudo de iniciativas potenciais.
Ciente de sua responsabilidade, o Instituto Razão Social pretende, nos
próximos anos, aprofundar seu apoio a iniciativas de alta qualidade e elevado
impacto social, contribuindo continuamente para a melhoria da educação no Brasil.
2.5 Estratégias da Organização
Política Administrativa e de Pessoal – Eleição de Dirigentes
Uma das bases do modelo participativo de administração da Promon está na
forma de escolha de seus principais dirigentes. A Direção Geral é eleita pelos
acionistas para um mandato, renovável, de três anos. Todos os acionistas participam
da eleição, que tem votação secreta e apurada por auditores externos.
O presidente, em conjunto com a diretoria, nomeia cargos de direção
funcional e comando de unidades operacionais. Para cargos de chefia, são
comumente preferidas, promoções internas e movimentações laterais.
O relacionamento dos profissionais com os dirigentes está fundamentado em
alguns princípios, sobretudo, o de que as decisões da Promon são tomadas por
consenso, estimulado em todos os níveis da empresa.
A transparência e o alinhamento de informações são características
marcantes do modelo participativo de gestão adotado pela Promon. Como exemplo
disso, citamos a preocupação em ouvir todos os funcionários, independentemente
do seu nível hierárquico, e a realização freqüente de reuniões com a comunidade
para troca de informações e idéias, em que são analisados o andamento do negócio
e o ambiente econômico.
31. 28
2.6 Novos Mercados
A Promon é reconhecida por sua capacidade de se adaptar a mudanças
sempre em busca de soluções inovadoras para os mais variados tipos de projetos.
Esse comprometimento está presente em cada uma de suas empresas. A
concretização de novos empreendimentos em que a Promon atua como investidor é
fruto de uma atitude sistemática de identificação e desenvolvimento de negócios,
sejam essas oportunidades de ganhos de curto prazo ou projetos estratégicos
voltados para a renovação do portfólio de atuação da organização.
A Promon, sempre atenta às necessidades de seus clientes e mercados-alvo,
acredita em um futuro promissor para o seu modelo empresarial e seu
posicionamento em negócios como integrador de sistemas, calcado nas
competências de gerenciamento e engenharia.
Para 2004, as perspectivas são favoráveis, com a expectativa de crescimento
da economia e a retomada ou a aceleração de investimentos em diversos setores.
Destacam-se os investimentos da Petrobras em óleo & gás e setores exportadores,
como mineração, metalurgia, siderurgia e papel e celulose, que apresentam
tendência de expansão, com necessidade de implantação de infra-estrutura e
também obras na área de saneamento, pela grande demanda da iniciativa pública.
Na área de Energia, estão previstos investimentos nas energias alternativas,
como a eólica e a construção de PCH – Pequenas Centrais Hidroelétricas.
Em telecomunicações, antevê-se a continuidade dos investimentos das
operadoras nas áreas de comunicação de dados, banda larga e comunicação móvel
celular, além da busca de soluções para maximizar as receitas provenientes das
redes já instaladas, como serviços móveis avançados e novas ofertas utilizando a
tecnologia IP9.
2.7 Concorrência
Por ter seu foco em grandes obras e projetos, muitas vezes, a Promon
mantêm uma relação de coo-petição (cooperação e competição) com outras
empresas do segmento, pois ora possui um vínculo de parceria, em que as obras
9
Plataforma que permite o tráfego de voz e imagem.
32. 29
são divididas e distribuídas; ora de concorrência, como a Camargo Corrêa,
Odebrecht e Andrade Gutierrez. Geralmente, as parcerias são estabelecidas através
de consórcios – quando uma nova empresa é gerada por um acordo entre partes
para a elaboração de um único projeto, sendo desfeita após sua conclusão.
Essa relação é desafiadora e delicada, pois informações estratégicas não
podem ser compartilhadas já que empresas que eram parceiras competem pelo
mesmo negócio.
A relação com empresas de pequeno porte não acontece no âmbito da
concorrência. Segundo Claudia Lemme, gerente de Comunicação, “são focos de
trabalho diferentes, uma empresa de pequeno porte não tem estrutura física e
tecnológica para construir e manter obras de 100 milhões de reais, cumprindo
prazos e sem riscos para o cliente”.
Principais concorrentes da Promon:
• Óleo e gás: construtoras e montadoras, como Camargo Corrêa, Odebrecht,
Andrade Gutierrez, Techint, Technip, Skanska, Bechtel, Halliburton.
• Energia elétrica: quase as mesmas empresas do setor Óleo e gás, sendo
que para termoelétricas existem empresas como Siemens e GE – General
Eletric, concorrentes na fabricação de turbinas.
• Obras Civis: Queiroz Galvão Perfurações S.A. e Método Engenharia.
Principais concorrentes também da Promon Tecnologia.
• Telecomunicações: CPM – Contingency Planning & Management, Medidata
Informática, Nortell, Siemens, Alcatel, Lucent, Intel Corporation, Microsoft.
• TI: Accenture e IBM – Consultorias em TI.
2.8 Público governamental (federal, estadual, municipal)
Por atender a clientes muito variados, que tem como característica o fato de
serem pessoas jurídicas, o relacionamento com o público governamental é, além de
necessário, fundamental para a organização, pois, muitas vezes, esse se torna
cliente.
Essa relação pode ser facilmente observada no ramo de Obras civis, da
Promon Engenharia, já que seus principais clientes são as prefeituras e os governos
33. 30
estaduais. Caso da construção dos metrôs de São Paulo e Salvador, em que houve
forte engajamento com as prefeituras municipais.
2.9 Comunicação
A Comunicação é dividida em três partes: institucional, comercialização e processos
internos.
• Institucional: garante que a imagem institucional, da organização e seus
negócios perante os públicos externo e interno, reflitam adequadamente seus
valores, sua cultura e seu posicionamento estratégico.
• Comercialização: dá suporte aos esforços de comercialização dos negócios
no que tange à comunicação da proposta de valor aos públicos-alvo.
• Processos internos: suporta diversos processos internos da organização
como a disseminação de informação e conhecimento, desenvolvimento
profissional, implementação de políticas e diretrizes corporativas, entre outros.
Logotipia
Anteriormente à crise de 2002, a Promon era dividida em três empresas
totalmente separadas e operacionalmente completas: Promon Engenharia, Promon
Tecnologia e Promon IP.
Por se tratar de um negócio precursor para a época, a Promon IP era a
grande aposta do grupo. A plataforma IP de transmissão de dados (internet.com)
deu origem à idéia da logotipia.
Criada pela agência DPZ, a identidade visual do grupo e das empresas foi
baseada no novo empreendimento IP. O logotipo, representado por uma árvore Ipê,
que, por florescer na Semana da Pátria é símbolo do Brasil, demonstra a importância
de ser uma empresa genuinamente brasileira.
As cores foram definidas para estar presentes em todas as manifestações da
empresa no mercado. Além disso, cada ramo da empresa adota uma das cores da
bandeira do Brasil (verde, amarelo e branco).
34. 31
Figura 1: Logotipo da Holding
Figura 2: Logotipo da Promon Engenharia
Figura 3: Logotipo da Promon Tecnologia
Relacionamento com a Imprensa
O relacionamento da Promon com a imprensa precisa ser cuidadosamente
gerenciado e obedecer a diretrizes bem definidas para evitar a publicação de
informações não autorizadas, incorretas ou inadequadas e garantir a preservação de
uma imagem coerente com a filosofia da empresa e seu posicionamento no
mercado. Por isso, todos os contatos com a imprensa são coordenados pela
Unidade de Comunicação – PM – e realizados por intermédio da assessoria de
imprensa A4 Comunicação – empresa terceirizada.
Os serviços prestados pela assessoria de imprensa compreendem desde de
releases à media training. A A4 também viabiliza almoços de portas-voz da Promon
com jornalistas a fim de estreitar o relacionamento com a imprensa.
36. 32
3. ESTUDO DE MERCADO
Em geral, uma unidade de negócio precisa monitorar as forças
macroambientais (demográfica, econômicas, políticas, legais, sociais e
culturais) e os atores microambientais importantes (consumidores,
concorrentes, canais de distribuição, fornecedores) [...]. A unidade de
negócio deve estabelecer um sistema de inteligência de marketing para
rastrear tendências e desenvolvimentos importantes. Para cada tendência
e desenvolvimento, a administração precisa identificar as oportunidades e
ameaças associadas. (KOTLER, 1998,p.87)
3.1 Situação do mercado internacional e nacional em Engenharia
Energia
Para a energia que movimenta a indústria, o transporte, o comércio e os
demais setores econômicos do país chegar ao local de consumo, é necessário ser
transportada por gasodutos, linhas de transmissão, rodovias e/ou ferrovias. Por outro
lado, a energia extraída da natureza não se encontra nas formas mais adequadas
para os usos finais, necessitando, na maioria dos casos, passar por processos de
transformação (refinarias que transformam o petróleo em óleo diesel, gasolina, etc;
usinas hidrelétricas que aproveitam a energia mecânica da água para a produção de
energia elétrica; carvoarias que transformam a lenha em carvão vegetal, etc.).
A Promon encontra, em alguns desses processos, seu share de mercado na
área de Energia.
O mercado de energia elétrica experimenta um crescimento da ordem de
4,5% ao ano. O planejamento governamental de médio prazo prevê necessidade de
investimentos da ordem de R$ 6 a 7 bilhões/ano, para expansão da matriz
energética brasileira, em atendimento à demanda do mercado consumidor.
Para o futuro, algumas alterações devem ocorrer na estrutura dos
investimentos em energia, incluindo a instalação de centrais termelétricas a gás
natural, que exigem prazos de implementação e investimentos menores que as
hidrelétricas. Por outro lado, deverão ser ampliadas as importações de energia da
Argentina, da Venezuela e da Bolívia comprovando a tendência de universalização
37. 33
de energia elétrica; e a interligação elétrica entre o Sul e o Norte do Brasil, o que
significa maiores investimentos em redes de transmissão.
As principais oportunidades de negócios no mercado de energia elétrica
nacional estão ligadas à oferta de novos empreendimentos de geração, para
exploração pela iniciativa privada; e à construção de linhas de transmissão, bem
como à privatização de ativos de sistemas de distribuição e de geração.
O sistema elétrico brasileiro apresenta como particularidade um parque
produtor de geração predominantemente hidrelétrico. O mercado consumidor (47,2
milhões de unidades) concentra-se nas regiões Sul e Sudeste, mais industrializadas.
A região Nordeste é atendida de forma intensiva por pequenas centrais geradoras, a
maioria termelétrica.
Em 2003, o agravamento da situação energética na região Nordeste levou um
grande número de usinas termelétricas emergenciais a entrar em operação, entre
elas, a Usina Termelétrica Bahia, joint venture entre a Promon e a Ecoluz
Consultores Associados, comprovando sua importância em regiões de grande risco
de déficit de energia elétrica por condições hidrológicas adversas.
Para 2004, algumas tendências desenham um cenário de novos
investimentos. A assinatura, pelo Presidente da República, do decreto que
regulamenta o PROINFA – Programa de Incentivo às Fontes Alternativas –
apresenta-se como um importante indicador de tendência política. O Programa é um
instrumento para a diversificação da matriz energética nacional, garantindo maior
confiabilidade e segurança ao abastecimento de energia, e estabelece a contratação
de 3.300 MW de energia produzidas por fontes eólicas, biomassa e PCHs, sendo
divididas igualmente por cada fonte.
Atualmente, o abastecimento de energia elétrica do país é gerado, quase em
totalidade (90%), pela energia hidráulica. As fontes de energia alternativa servirão de
complemento sazonal ao abastecimento hidráulico, pois, na região Nordeste, o
período de chuvas é inverso ao de ventos e nas regiões Sul e Sudeste, com o uso
da biomassa, cujas safras propícias à geração de energia elétrica (cana-de-açúcar e
arroz) ocorrem em período diferente do chuvoso.
Segundo Mozart Schmitt de Queiroz, Gerente de Energia Renovável da
Petrobras, o vento, o sol, o gás natural e os biocombustíveis, quando utilizados
como fontes energéticas, são os principais candidatos a, se não substituírem,
ganharem força perante o petróleo.
38. 34
“Há no mundo um potencial em energia eólica equivalente a três hidroelétricas
de Itaipu. No Brasil, a região Nordeste é a mais propensa a desenvolver essa
modalidade, já que conta com a vantagem dos ventos que sopram ali”, diz Schimitt.
Além da energia eólica, que já é foco de interesse da Promon, como
comentado anteriormente no briefing, o Brasil tem potencial de geração de energia
com biomassa estimado em 13,5 mil MW, mais do que a atual capacidade instalada
da hidrelétrica de Itaipu (12,6 mil MW). De acordo com Luiz Gonzaga Bertelli, Diretor
do Departamento de infra-estrutura da Fiesp/Ciesp, o setor industrial paulista já vem
procurando a biomassa como fonte alternativa, já que o Estado de São Paulo
apresenta grande potencial gerador desse tipo de energia, devido à grande
quantidade de plantações de cana-de-açúcar.
Reafirmando a tendência de universalização de Energia Elétrica, os governos
brasileiro e americano criaram, em 19 de abril de 2004, uma equipe conjunta para
atuar no desenvolvimento de pesquisas e aplicações de tecnologia para o uso do
hidrogênio como fonte de energia.
Essa iniciativa servirá como base para o desenvolvimento conjunto de um
produto inovador, cujos custos serão divididos entre os dois países, por meio de
parcerias públicas privadas.
Esse comitê é resultado de um comunicado assinado em junho de 2003, pelos
presidentes do Brasil e dos EUA, que estabelece mecanismos de troca de
informações e cooperação na área energética para desenvolvimento de tecnologia
de interesse mútuo.
Óleo e gás
Se persistir o resultado do ano de 2003, o segmento de óleo e gás continuará
recebendo vultosos investimentos. A Petrobras, um dos principais clientes da
Promon, realizará grandes investimentos no setor, que apresenta tendência de
expansão com necessidade de implantação de infra-estrutura, principalmente com
as grandes descobertas de reservas de gás nas bacias de Santos e do Espírito
Santo.
O projeto alternativo ao PDET – Plano Diretor de Escoamento e Tratamento de Óleo
da Bacia de Campos – anunciado em abril de 2004, tinha como objetivo inicial a
39. 35
implantação de um oleoduto terrestre para ligar a Bacia de Campos às refinarias do
Sudeste.
O novo modelo, por mar, viabilizará, ainda, o transporte da produção futura de
petróleo do litoral fluminense e garantirá a meta de auto-suficiência em 2006/2007.
O novo projeto, avaliado em R$ 4,6 bilhões, vai ligar um duto a ser construído
na Bacia de Campos a uma plataforma de bombeamento do óleo, que será
transportado por navio a São Paulo.
A obra, que vai levar de dois a três anos para ser concluída, envolve outros
projetos em execução, como a construção das plataformas P51 e P52 e a plataforma
de rebombeio (PRA), que, para a Promon, são oportunidades de negócios.
A estratégia é criar o mais rapidamente possível condições de escoamento do
petróleo da Bacia de Campos para as três refinarias de São Paulo, a de Minas
Gerais e de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. A produção local da Bacia de
Campos deve aumentar de 1,2 bilhão de barris/ano para 1,7 bilhão/ano até 2007,
que atualmente já corresponde por 80% da produção nacional de petróleo.
No setor de óleo e gás, a Promon Engenharia atua em todas as etapas da
cadeia produtiva, desde a produção do onshore10 e offshore até o transporte de gás
natural.
Até 2020 nenhum outro combustível terá crescimento médio tão acelerado
nos países industrializados. Estima-se um crescimento de 2,1% ao ano.
A previsão do suprimento de gás natural é de 60 anos, mas novas reservas
estão sendo descobertas a cada dia. O Brasil, por exemplo, foi presenteado, em
2003, com a descoberta de nova bacia de gás natural (GN), localizada exatamente
ao lado de nosso principal mercado consumidor: os mares do Rio de Janeiro e de
São Paulo, vizinho de Minas Gerais. O país praticamente triplicou suas reservas
provadas de gás natural. Demos um salto de 236 bilhões/m³ em 2002 para 657
bilhões/m³ em 2003.
A utilização do gás natural como fonte primária de energia oferece custo de
geração mais baixo que os de outros combustíveis, além de emissão menor de
poluentes, trazendo à sociedade inúmeros benefícios.
Um dos problemas que o gás natural enfrenta ainda é a falta de conhecimento
dos seus benefícios e toda a segurança que ele proporciona na sua utilização. Para
10
Plataforma de extração de petróleo e derivados em terra.
40. 36
que o mercado do gás natural cresça, é preciso tornar sua infra-estrutura mais sólida
e contar com maior interação dos atores do setor. A Argentina já utiliza o gás natural
há 15 anos e sua frota de veículos bicombustíveis é de 615 mil veículos.
Obra Civil
O mercado de Obras Civis é influenciado indiretamente pela demanda gerada
pelo mercado exportador. As perspectivas para 2004 são favoráveis, com a
expectativa de crescimento da economia e a retomada ou, a aceleração de
investimentos em diversos setores.
Empresas do setor de Siderurgia, Metalurgia, Mineração e Papel e Celulose
apresentam grande necessidade de aumento de infra-estrutura nesse novo cenário,
as exportações no Brasil vêm aumentado significativamente nos últimos anos, como
demonstrado no quadro seguinte11
Quadro 01: Evolução das exportações brasileiras (em US$ bilhões)
Programas 1999 2000 2001 2002 2003
Exportação no Brasil
48 55 58,2 60,4 73,1
(US$ bilhões)
3.2 Situação do mercado internacional e nacional em Tecnologia
O mercado de tecnologia deverá crescer. Gastos com produtos de alta
tecnologia devem movimentar US$ 2,4 trilhões, o que representa 5,4% de
crescimento do mercado, segundo informação de consultoria Gartner, publicada no
site do Los Angeles Time12.
11
Retirado do site www.bndes.gov.br/exportacao, acesso em 19/04/2004.
12
Retirado do site www.idcbrasil.com.br, acesso em 12/04/2004.
41. 37
Telecomunicações
Em 2003 houve um grande crescimento em internet rápida, o maior entre os
serviços de telecomunicações no Brasil. Apesar do número crescente,
características sociais, políticas e econômicas do país acabaram limitando a
quantidade de pessoas que puderam acessar a banda larga, por diversos motivos,
entre eles a falta de incentivo por parte do governo.
No ano de 2004, a aceitação dos serviços de banda larga pelo segmento
corporativo aumentará, pois as operadoras de telecomunicações, que em 2003
investiram pesado na criação de suas próprias unidades de serviço, focarão sua
estratégia no segmento vertical de prédios comerciais, o que se torna uma ameaça
para a saúde do negócio da Promon. A próxima expansão da internet e dos
processos digitais dentro das empresas fará com que estas partam para o acesso de
alta velocidade.
Para o futuro, a IDC Brasil13 constatou que o segredo para o sucesso da
banda larga estará cada vez mais vinculado à oferta de serviços de valor agregado.
Também foram levantados como pontos a serem trabalhados: a oferta de conteúdo
que justifique a necessidade de internet rápida e a rede de acesso limitado que
ainda deixa muitas regiões do país sem atendimento.
De acordo com a nova versão do estudo conduzido pela IDC Brasil - Telecom
Investiment Trends 2004 –, cuja amostra abrange 506 grandes e médias empresas
atuantes no Brasil dos principais setores de atividades da economia e de todas as
regiões do país, os orçamentos corporativos para telecomunicações devem ser
reforçados em 2004. A IDC Brasil constata que os orçamentos de grandes e médias
empresas para serviços de Telecom aumentarão em média 16,2% sobre o volume
investido pelo setor em 2003, ao passo em que os orçamentos para equipamentos
de Telecom (incluindo equipamentos de rede, cabeamento, PABX, WLAN, aparelhos
celulares e handsets) deverão ter um acréscimo médio de 15,4% sobre os
investimentos e gastos feitos em 2003. Neste mesmo ano, a Promon Tecnologia
concentrou-se em projetos ligados a expansão da infra-estrutura de comunicação de
dados IP, banda larga e comunicação móvel celular e em ofertas de serviços que
tornam mais rentáveis os ativos das operadoras de telecomunicações.
13
Empresa do segmento de tecnologia.
42. 38
Tecnologia da Informação
Os fornecedores de Tecnologia da Informação estão otimistas em relação a
2004. A IDC Brasil acaba de finalizar uma série de estudos, cujo objetivo foi analisar
a tendência de investimentos em TI em vários segmentos. Os resultados mostram
que haverá aumento dos investimentos de TI neste ano, porém somente para alguns
produtos e soluções, e de maneira diferente em cada segmento. Apenas uma
solução é prioridade para todos: segurança da informação.
Um exemplo dessa “onda de segurança em TI” pode ser identificado nos
bancos, principais clientes da Promon Tecnologia, que estão preocupados com a
simplificação e padronização de suas transações financeiras, visando comodidade
ao cliente final e redução de custos. O maior desafio de 2004 é administrar produtos
e clientes cada vez mais segmentados, o que exigirá muito controle sobre dados dos
negócios, carteiras, clientes e operações.
A IDC Brasil acredita que o setor público também será um segmento
potencial, que apresentará boas oportunidades para o setor de TI, principalmente os
de infra-estrutura.
No segmento de manufatura, o ano de 2004 será caracterizado pela retomada
dos investimentos corporativos, após três anos de grande cautela. Basicamente,
uma considerada parcela das empresas represou seu potencial de investimentos em
TI devido ao cenário instável dos últimos anos. Em 2001, observamos uma restrição
de investimentos em tecnologia devido ao período pós-virada do milênio e aos
incidentes de 11 de setembro nos Estados Unidos. O ano de 2002 foi marcado por
conturbações e incertezas quanto aos conflitos no Oriente Médio, eleição
presidencial e alta desvalorização da moeda no Brasil. Já 2003, foi pontuado por
muita apreensão causada pelas ofensivas militares no Iraque e recessão econômica
mundial.
43. 39
3.3 Principais clientes da Promon
Engenharia
Óleo e gás
Halliburton, Petrobrás/Tranpetro, Petroquímica do Nordeste S.A., Polibrasil
Resinas S.A.
Energia
Termoelétricas: AES Uruguaiana, Termopernambuco Ltda, UTE Bahia, UTE
Norte Fluminense (EDF).
Hidroelétricas: CESP, CHESF, Endesa, Furnas, Itaipu Binacional S.A., Light.
Termonucleares: Gibbs and Hill, Nuclen – Nuclebras Engenharia S.A.
Sistema de transmissão: Coelba, CSN, Eletrosul, Estado do Mato Grosso,
Furnas.
Indústrias
Metalurgia: Alcan do Brasil S.A., Alunorte.
Química e petroquímica: Carbocloro, Cia de Carbonos Coloidais – CCC,
Stone & Webster.
Siderurgia: Açominas, Aços Anhanguera S.A., Mendes Jr. Engenharia S.A.,
Veja do Sul.
Manufaturas: Brahma, Caterpillar, GM, Peugeot-Citröen.
Mineração: Cia. Vale do Rio Doce
44. 40
Obras civis
CTS – Cia. de Transportes de Salvador (BA), Governo de São Paulo,
Governo do Rio de Janeiro, Governo Federal – Ministério da Educação,
Prefeitura de São Paulo, Prefeitura do Rio de Janeiro.
Grupo de Proyectos G.P.I., INPE, Marimex, Metropolitano de Lisboa,
Wyle Laboratories Inc., Fundação Carlos Chagas.
Tecnologia
American Express, Americel, AT&T, Audifar, B-Education, Banco do Brasil,
Banco Real, BCP, BM&F, Bovespa, BR Distribuidora, Bradesco Seguros,
Brasil Telecon, Caixa Econômica Federal, Carrefour, Centro Oeste Celular,
Cia Vale do Rio Doce, Citibank, Claro, Columbia Tristar Films of Brasil Inc
Credicard, Credit Suisse, CTBC, Datasul, Disney, Editora Abril, Fundação
CSN, Fundação Victor Civita, Furnas, Global Telecon, Globo.com, Itaú, Intelig,
Investa, Mitsubishi Corporation, Natura, O Globo on-line, Pegasus Telecon,
Pernambucanas, Portobello, Promon Engenharia, Serasa, Sony, Souza Cruz,
TAM, Telefônica, Telefônica Celular, Telemar, Telemig Celular, TV Globo,
UBS Warburg, Universal, Varig, Véper.
Gráfico nº 04: Divisão dos clientes por projetos solicitados.
Divisão de projetos solicitados por área de
atuação (em %)
4%
17%
53% 14%
12%
Oleo e Gás Energia Industrias Obras Civis Tecnologia
Fonte: www.promon.com.br.
45. 41
3.4 Concorrência
A concorrência da Promon foi avaliada entre as principais empresas do setor
de engenharia e tecnologia, elencadas a partir do ranking das maiores e melhores
empresas segundo o Guia Exame Melhores e Maiores Empresas de 2002. Neste
setor, o Guia inclui empreiteiros de construção pesada, construção civil, empresas
de montagem industrial e de projetos de engenharia, os quais formam a principal
concorrência direta da organização-cliente.
A fim de permitir foco maior em empresas que operam em quase todos os
ramos de atuação da Promon (obras civis, energia, óleo e gás, indústrias e
tecnologia) e com as mesmas características do negócio – voltadas prioritariamente
à gestão de projetos –, o estudo baseou-se nos concorrentes elencados na pesquisa
das maiores empresas do setor de construção do ano de 2002, segundo a revista
Exame (exceto a empresa de concreto Engemix, que atua apenas no ramo de
concretagem). Não foram consideradas empresas de construção, porque ali se
encontram empresas que têm como operação prioritária de negócio apenas
construções e incorporações do mercado imobiliário, exceção feita à empresa Geral-
Damulakis, pois foi classificada como a melhor empresa do setor.
Após a descrição resumida de cada concorrente, foi traçado ainda um breve
perfil das empresas classificadas no Guia Exame de Melhores Empresas para você
trabalhar e no Guia Exame de Boa Cidadania Corporativa.
46. 42
Maiores e Melhores Empresas de 2002 (mesma área de atuação da Promon)
Tabela 1- As maiores e melhores
Classificação das empresas por receita operacional bruta – em US$ milhões
1. Norberto Odebrecht 867,1
2. Camargo Corrêa 589,3
3. C.R. Almeida 565,6
4. Andrade Gutierrez 431,8
5. Construtora Queiroz Galvão 396,9
6. OAS 289,5
7. Concreto Engemix 164,7
8. Via Dragados 133,5
9. Schahin 132,5
10. ETE 130,4
Fonte: Guia Exame Melhores e Maiores – Edição 2002.
Tabela 2 - Liderança de mercado
Mercado conquistado nas vendas das maiores – em %
1. Norberto Odebrecht 14,1
2. Camargo Corrêa 9,6
3. C.R. Almeida 9,2
4. Andrade Gutierrez 7,0
5. Construtora Queiroz Galvão 6,5
6. OAS 4,7
7. Concreto Engemix 2,7
8. Via Dragados 2,2
9. Schahin 2,2
10. ETE 2,1
Fonte: Guia Exame Melhores e Maiores – Edição 2002.
47. 43
Tabela 3 - As melhores
Classificação das empresas por pontos obtidos
Ordem Pontos Vendas (em US$ milhões)
1. Geral-Damulakis 550 99,7
2. Racional 485 52,9
3. C.R. Almeida 385 565,6
4. Camargo Corrêa 360 589,3
5. Setal Construções 340 124,7
6. Queiroz Galvão 340 396,9
7. Gafisa 340 74,9
8. Delta Construções 290 73,6
9. Método 210 63,7
10. Galvão 200 43,7
Fonte: Guia Exame Maiores e Melhores – Edição 2002.
Concorrentes
Norberto Odebrecht
Fundada em 1944, a Organização Odebrecht atua nas áreas de Engenharia e
Construção e Química e Petroquímica, com participações nos setores de Infra-
estrutura e Serviços Públicos.
São mais de 28 mil funcionários em países da América do Sul, da América do
Norte, da África e da Europa. O Brasil é o país-sede.
As empresas de engenharia e construção da Odebrecht atuam de forma
integrada, sob a liderança da Construtora Norberto Odebrecht S.A., tendo como foco
a prestação de serviços EPCM (Engineering, Procuriment, Construction and
Management – Engenharia, Suprimento, Construção e Gerenciamento).
Sua larga experiência abrange a construção de edificações, usinas
termoelétricas e hidroelétricas, centrais nucleares, usinas siderúrgicas, centrais
petroquímicas, rodovias, ferrovias, portos e aeroportos e projetos de mineração,
plataformas de operação offshore, saneamento básico e irrigação.
48. 44
Presentes há mais de 20 anos no exterior, as empresas de engenharia e
construção da Odebrecht são responsáveis pela maior exportação brasileira de
serviços.
Na área Química e Petroquímica, a Odebrecht adquiriu em 2001, em
associação com o Grupo Mariani, o controle da Copene – Petroquímica do Nordeste
S.A., central de matérias-primas do Pólo de Camaçari. Com a integração das
empresas do setor, foi criada a Braskem, fazendo da Odebrecht o maior grupo
petroquímico da América Latina.
A Organização Odebrecht, em associação com a Bento Pedroso
Construções, participa de concessões de serviços públicos em Portugal. No Brasil,
mantém participação societária na empresa concessionária do segmento de
saneamento Águas de Limeira S.A., através da – OSI – Odebrecht Serviços de Infra-
estrutura S.A. constituída em 1997.
Fundação Odebrecht
Criada em 1965, a Fundação Odebrecht é uma instituição privada, sem fins
lucrativos, mantida pelas empresas da Organização Odebrecht. Seu objetivo é
promover a educação dos jovens para a vida. Para atingir esta meta, a Fundação
investe na realização de programas educacionais e no aperfeiçoamento de políticas
e ações desenvolvidas nos diferentes setores da sociedade brasileira. Na década de
90, as ações desenvolvidas pela Fundação Odebrecht beneficiaram cerca de 500 mil
adolescentes e 12 mil educadores em todo o país.
Núcleo de Memória Odebrecht
O acervo do Núcleo da Memória Odebrecht visa manter vivos na lembrança
de sucessivas gerações os resultados alcançados pelas gerações precedentes, por
meio de publicações, documentos, depoimentos, iconografia e objetos que tenham
valor histórico para a Organização. O Núcleo de Memória visa também tornar
disponível o conhecimento acumulado nos 60 anos de existência da organização,
consolidado em sua cultura explícita e ativa.
49. 45
Camargo Corrêa
Com 16 empresas e cerca de 35 mil funcionários, o Grupo Camargo Corrêa é
hoje uma das maiores corporações privadas do país. Iniciou suas atividades como
construtora, em 1939, e avançou para muitas outras áreas. Engenharia, produção de
cimento, tecidos, calçados, siderurgia e metalurgia, meio ambiente, serviços na área
de rodovias, geração e distribuição de energia elétrica são as áreas de atuação
deste Grupo.
Engenharia e construção
Cinco empresas compõem a área de Engenharia e Construção (E&C):
Construções e Comércio Camargo Corrêa (CCCC), CNEC Engenharia, Reago,
Camargo Corrêa Desenvolvimento Imobiliário e Camargo Corrêa Equipamentos e
Sistemas (CCES). Todas funcionam de maneira integrada e sob comando único, de
modo a obter flexibilidade na busca de soluções para clientes dos mais diversos
setores, com um portfólio de serviços abrangente.
Energia
A Camargo Corrêa Energia é uma empresa voltada à administração de
negócios de geração e distribuição de energia elétrica. Por meio dela, o grupo
participa da VBC, maior investidor privado no setor elétrico brasileiro, e desenvolve
projetos de geração de energia.
Gestão ambiental
Na área de gestão ambiental, o grupo opera por meio de duas empresas, a
Cavo e a Essencis. Trata-se de um mercado de procura crescente, devido à
preocupação das empresas de considerarem os riscos ambientais na avaliação dos
negócios.
50. 46
Cimento
Na área de cimento, o grupo opera por meio da Camargo Corrêa Cimentos,
produzindo e comercializando cimento portland e branco, concreto, sílica ativa e
argamassas especiais.
Concessões rodoviárias
O grupo Camargo Corrêa está presente no negócio de concessões
rodoviárias com a sua controlada Camargo Corrêa Transportes (CCTrans), que tem
como principal ativo a participação na Companhia de Concessões Rodoviárias
(CCR). A CCTrans controla, ainda, com 80% do capital, a SAO Parking, responsável
pela administração do estacionamento do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo.
Outros negócios e participações
O grupo Camargo Corrêa tem negócios também nas áreas de Metalurgia,
Tecnologia da Informação, Agropecuária e Transporte Aéreo e, ainda, detém
participação na Usiminas, líder no mercado brasileiro de aços planos.
Instituto Camargo Corrêa
No ano de 2000 foi criado o Instituto Camargo Corrêa, com o objetivo de
orientar as ações das empresas do Grupo Camargo Corrêa e direcionar seus
investimentos sociais.
Além de dar apoio financeiro a iniciativas que beneficiam prioritariamente as
comunidades próximas às áreas em que estão instaladas as empresas do Grupo, o
Instituto Camargo Corrêa é parceiro técnico de inúmeros projetos desenvolvidos por
organizações não-governamentais.
O Instituto também estimula e apóia a atividade social dos funcionários do
Grupo Camargo Corrêa, com programas especiais de apoio financeiro para projetos
comunitários.
Sua missão é apoiar projetos de educação, saúde e cultura, desenvolvidos
por organizações não-governamentais, prioritariamente nas áreas em que a
Camargo Corrêa atua, dirigidos a crianças e adolescentes.
51. 47
C.R. Almeida
Adequando-se aos novos rumos da economia brasileira e da competitividade
global, a nova estrutura administrativa do Grupo CR Almeida, um dos mais sólidos
do Brasil, atua desde 1954, quando foi fundado com empresas coligadas nos
setores de Engenharia de Construções, Concessões de Serviços Públicos,
Mineração e Indústrias Químicas.
Com atuação destacada no setor de construção pesada e com obras que
ajudaram a construir o Brasil, o Grupo redirecionou nos últimos anos sua estratégia,
ampliando suas áreas de atuação e incorporando novas unidades de negócio, como
a concessão de serviços públicos.
O Grupo CR Almeida atua em três grandes áreas de interesse: concessões
de serviços públicos com a coligada Primav Ecorodovias, exercendo o controle
acionário das empresas Ecovias, Ecovia e Ecosul; construção pesada com a
empresa CR Almeida Engenharia de Obras e no segmento químico, representada
pela IBQ Indústrias Químicas Ltda.
A CR Almeida é responsável por importantes projetos de infra-estrutura no
Brasil, desde o estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, passando por usinas
hidroelétricas, barragens, aeroportos, ferrovias, obras metroviárias, saneamento, até
a recente duplicação da Rodovia dos Imigrantes, em São Paulo, a maior obra
rodoviária da América Latina neste século.
Andrade Gutierrez
A Andrade Gutierrez é um dos maiores grupos privados da América Latina.
Atua, desde 1948, em construção pesada, concessões públicas, telecomunicações e
investimentos imobiliários.
O Grupo está organizado da seguinte forma:
1) Construção Pesada, com estruturas independentes de atuação para o Brasil
“Construção Brasil' e para os demais países ”Construção Internacional”;
2) AG Concessões, holding das concessões de serviços públicos, cujas funções são
o comando dos negócios existentes em rodovias, saneamento e transporte público,
e o desenvolvimento de novas oportunidades;
52. 48
3) AG Telecomunicações, holding dos negócios em telecomunicações, com a
responsabilidade de coordenar e potencializar os negócios atuais no segmento e
desenvolver oportunidades;
4) AG Investimentos Imobiliários, que desenvolve resorts e empreendimentos
residenciais.
Construção pesada
Até meados de 2000, a construtora atuava por meio de duas divisões
operacionais definidas ao longo dos anos, em função da estratégia de atuação e da
divisão geográfica no Brasil e no exterior. A partir de março de 2004, o negócio de
construção pesada passou a ter duas unidades independentes e bem distintas: uma,
voltada para o mercado no Brasil “Construção Brasil”, e a outra, voltada para o
mercado externo “Construção Internacional”.
Brasil
Com a reestruturação organizacional, a empresa passou a ter uma única
unidade voltada exclusivamente para prospectar e desenvolver oportunidades de
contratos no mercado brasileiro. Do potencial de R$ 40 bilhões em contratos
previstos para o mercado de construção nos próximos três anos, a empresa
pretende conquistar, ao menos, R$ 6 bilhões. A construtora tem mostrado enorme
disposição para cumprir suas metas. No mercado de hidroelétricas, por exemplo,
desde 1997, os consórcios dos quais a Andrade Gutierrez participou foram
vencedores de projetos com 40% da capacidade de geração licitada.
Internacional
Focada principalmente nos mercados de Portugal e América Latina, a
Construção Internacional obteve no ano de 2003 um lucro de US$ 1,7 milhão.
53. 49
Telecomunicações
A Andrade Gutierrez Telecomunicações (AG Telecom) distingue-se entre os
negócios do Grupo pelo vigor apresentado nos investimentos de que participa. A
empresa mantém em desenvolvimento os empreendimentos adquiridos ou criados
internamente, em especial a Telemar – que vem se sobressaindo entre as
companhias de telefonia privatizadas – e a Pegasus Telecom, além de buscar novas
oportunidades, principalmente as relacionadas ou complementares aos negócios
existentes.
A AG Telecom participa do grupo de controle da Telemar Participações S/A,
holding da Tele Norte Leste Participações S/A, a maior empresa privada nacional e
maior companhia de telefonia fixa do país, com atuação em 16 Estados. A Telemar
completou seu terceiro ano como privatizada em julho de 2001.
Queiroz Galvão
Reconhecido como um dos maiores grupos empresariais do país, a Queiroz
Galvão desenvolve também atividades no setor de Empreendimentos Imobiliários
desde 1977, contabilizando mais de 350 mil metros quadrados construídos,
desenvolvendo um trabalho que é sinônimo de pontualidade e segurança. Os
imóveis com a marca "Maria" passaram a ser uma referência no mercado imobiliário,
refletindo o trabalho realizado por uma eficiente equipe de funcionários e marcado,
sobretudo, pela qualidade e pelo uso de novas tecnologias.
O Grupo Queiroz Galvão foi fundado no Recife, em 13 de abril de 1953. Com
o passar dos anos, ampliou sua atuação, passando a abranger também as áreas de
Rodovia, Saneamento, Exploração de Petróleo, Energia, Abastecimento, Concessão
de Serviços Públicos, finanças, entre outras. Hoje, além de estar presente em várias
cidades brasileiras, a Queiroz Galvão tem ramificações também no exterior.
54. 50
OAS
Na Indústria da Construção, a Construtora OAS Ltda. está presente em todo o
país, atuando nos setores público, privado e de concessões. Esses setores são:
Edificações, Indústrias, Transportes, Infra-estrutura, Petróleo, Saneamento,
Concessões, Energia.
Mercado
Fundada em 1976, a construtora OAS Ltda. desenvolveu-se rapidamente,
tornando-se uma das mais importantes empresas brasileiras do setor de Construção.
Nos últimos 10 anos, sempre figurou entre as cinco melhores empresas nos
rankings das publicações especializadas, obtendo o prêmio de Melhor Empresa da
Revista Exame, por quatro anos consecutivos. Em 1996, foi classificada como a
Maior Empresa Brasileira no Setor da Construção por Receita Operacional Bruta.
Atividade Operacional
A construtora OAS Ltda. atua em todo o território nacional, executando ou
tendo executado obras em praticamente todos os Estados da Federação.
Atualmente, tem forte presença nos setores público, privado e de concessões.
Sua extensa experiência registra a concretização de uma grande variedade
de projetos, nas mais diversas áreas:
• Obras rodoviárias, ferroviárias e sistemas viários urbanos;
• Obras de saneamento e meio ambiente, envolvendo sistemas de água,
sistemas de esgoto, desassoreamento, canalizações e drenagens;
• Obras de irrigação;
• Obras de infra-estrutura e urbanização de favelas;
• Obras em usinas hidroelétricas;
• Obras industriais nos setores de papel e celulose, químico, siderúrgico,
metalúrgico, alimentício, de bebidas, têxtil, petroquímico e de refino de
petróleo;
55. 51
• Obras de edifícios comerciais, hotéis, shoppings centers, super e
hipermercados;
• Obras de edifícios residenciais e conjuntos habitacionais;
• Obras de edifícios administrativos, hospitais, escolas, teatros;
• Barragens, túneis, pontes, viadutos, canais e outros tipos de obras especiais;
• Obras marítimas e fluviais.
Via Dragados
Fundada em 1980, a Via Dragados S.A. é o resultado da associação entre a
Via Engenharia S.A., com mais de 20 anos de experiência, e a Dragados Obras y
Proyectos S.A. A Via Dragados atua, no Brasil, em obras importantes nos setores de
infra-estrutura (construção pesada), construção por empreitada (pública ou privada)
e concessões em geral.
Schahin
A Schahin atua, desde 1966, nos setores de Engenharia e Construção,
Imobiliário, Telecomunicações, Concessões de Energia, Petróleo e Gás, Finanças
(banco, corretora e financeira) e Monitoramento de Frotas Via Satélite.
Sua filosofia de trabalho e seu espírito empreendedor, aliados à sua vocação
para a engenharia, possibilitaram a execução de projetos inovadores e premiados
em diversas áreas e a conquista de certificações de qualidade internacional.
Patrocínios
• Parcerialegria
O Grupo Schahin, por meio do Banco Schahin, apoia a Parcerialegria,
organização não-governamental voltada à capacitação e à inserção no mercado de
trabalho de adolescentes de baixa renda, moradores de comunidades carentes.
Além disto, o Grupo Schahin divulga internamente o trabalho da instituição e
incentiva participação dos colaboradores em seus trabalhos voluntários.
56. 52
ETE
Fundada em 1969, a ETE – Engenharia de Telecomunicações e Eletricidade
S.A. – participou da construção do cabo submarino Brasil-Canárias e do nascimento
do sistema Telebrás e passou pela expansão da rede de telefonia de diversas
capitais brasileiras.
A ETE foi a primeira a instalar fibras ópticas no Brasil e construiu o primeiro
tronco-óptico Rio-São Paulo, entre outros. Também conquistou desafios
internacionais, como o projeto completo das redes de telefonia de 58 cidades da
Nigéria.
Produtos e serviços
• Construção e manutenção de redes externas de telecomunicações;
• Construção e manutenção de redes fixas de telecomunicações;
• Construção de troncos-ópticos interurbanos;
• Construção de rede wireless (sem fio);
• Construção e manutenção de redes de energia.
Geral Damulakis
Áreas de atuação
Onshore e Offshore
• Construção e montagem de dutos;
• Montagens industriais - indústria petroquímica e refinarias;
• Manutenção de dutos;
• Construção e manutenção de instalações de produção de petróleo e gás.
Certificações
A GDK Engenharia S.A. está qualificada na ISSO 9002, ISSO 14.001 e na
OHSAS 18.001 na construção de oleodutos, gasodutos e instalações industriais.
58. 54
3.5 Governo
Órgãos governamentais, em âmbito federal, estadual e municipal, compõem
um dos públicos estratégicos da Promon, pois a organização desenvolve relações de
negócios, parcerias e interesse de mercado com esse público. Devido a esses
fatores, relacionamos a seguir os principais órgãos que atuam nas áreas de
interesse da Promon.
Ministério de Ciência e Tecnologia14
Políticas atuais no setor de Tecnologia
O Brasil vem desenvolvendo uma política estruturada para o setor, apoiada em três
aspectos fundamentais:
• Desenvolvimento de bens finais (hardware), buscando a inovação
tecnológica;
• Política de desenvolvimento de software;
• Reestruturação e desenvolvimento do setor de Microeletrônica.
Essas características visam, tanto isoladamente como em conjunto, criar
condições de modificação do cenário das tecnologias de informação no país, no seu
conceito de produção, viabilizando a participação do setor no mercado internacional.
Desenvolvimento do Hardware
A política de desenvolvimento de bens finais (de hardware), apoiada em
legislação específica, nova lei de Informática, Lei n° 10.176/01, aprovada em 27 de
dezembro, p.p., e sancionada em 11 de janeiro de 2001, prioriza a pesquisa e o
desenvolvimento (P&D), contribui para a descentralização regional do conhecimento,
para a modernização da infra-estrutura e para o desenvolvimento de produtos no
Brasil, em parceria com o setor privado, visando consolidar no país a geração de
produtos para os mercados de países em desenvolvimento, tendo como objetivo a
14
Retirado do site www.mct.gov.br, acesso em 20/04/2004.