1.
Prof. Enf. Álvaro Costa
Introdução
Parasitologia Básica
2.
Conteúdo Programático desta aula
Introdução
Principais características das
diferentes relações biológicas entre
seres vivos;
Relações entre as parasitoses e as
questões de saneamento básico;
Conceitos de epidemiologia de uma
infecção parasitária.
3.
Importância do Estudo de Parasitologia
O estudo da parasitologia é fundamental, pois,
as doenças parasitárias
população mundial.
são frequentes na
A parasitologia
humana recebeu uma importância renovada
uma vez que, com a globalização o mundo se
tornou menor devido à rápida movimentação
de pessoas e imigrantes de áreas endêmicas.
Introdução
4.
Por uma variedade de razões,
especialmente pacientes com
em
AIDS, fez com que parasitos
anteriormente sem importância
clínica em humanos passassem a ser
observados.
Importância do Estudo de Parasitologia
Introdução
5.
Importância do Estudo de Parasitologia
O grau de intensidade da doença parasitária depende de
vários fatores, entre eles, podemos destacar:
• o número de formas infectantes presentes;
• a virulência da cepa;
• a idade e o estado nutricional do hospedeiro;
• os órgãos atingidos;
• a associação de um parasita com outra espécie e o grau
da reposta imune ou inflamatória desencadeada.
Introdução
6.
desenvolvidos
parasitárias.
estão
Desta
mesmo
sujeitos
forma,
os países
a doenças
o estudo da PARASITOLOGIA
HUMANA é de suma importância.
Importância do Estudo de Parasitologia
Apesar do grande avanço tecnológico, do
alto padrão educacional, da boa nutrição
e de boas condições sanitárias, até
Introdução
7.
Introdução à Parasitologia
A parasitologia é uma ciência que estuda os organismos que
vivem no interior ou exterior de outro hospedeiro, obtendo
alimento às expensas de seu hospedeiro, consumindo-lhe os
tecidos e humores ou o conteúdo intestinal.
Introdução
8.
parasita com
não podendo
Introdução
seu
lesar
drasticamente o hospedeiro, evitando alterações
comprometedoras, o que o faria perder seu hospedeiro.
Esta convivência nem sempre é nociva ao hospedeiro,
pois o parasitismo ideal é aquele que não causa dano ao
hospedeiro e, por conseguinte, não provoca doença.
O Introdução à Parasitologia
No entanto, o relacionamento do
hospedeiro tem base nutricional,
9.
A parasitologia na prática abrange o
estudo de protozoários, helmintos e
artrópodes, onde a maiorias dos
parasitos de importância médica e
veterinária estão situados.
O Introdução à Parasitologia
Introdução
10.
Formas de transmissão dos parasitas
O parasita é capaz de se reproduzir disseminando seus ovos,
e estes, costumam infectar outros hospedeiros, dos quais
eles retirarão seus meios de sobrevivência através do
parasitismo. Eles podem ser transmitidos entre os seres
humanos através do contato pessoal ou do uso de objetos
pessoais.
Introdução
11.
Podem também ser transmitidos
através da água, alimentos, mãos
sem a devida higienização, poeira,
através do solo contaminado por
larvas, por hospedeiros
intermediários (moluscos) e por
muitos outros meios.
Formas de transmissão dos parasitas
Introdução
12.
Classificação dos parasitos segundo alguns critérios:
Introdução
• Quanto ao número de hospedeiros:
• monoxenos/monogenéticos e heteroxenos/digenéticos
• Quanto à localização nos hospedeiros:
• ectoparasitas ou endoparasitas
• Quanto ao número de células:
• unicelulares ou pluricelulares
13.
Monoxenos ou monogenéticos:
são os parasitas que realizam o
seu ciclo evolutivo em um
único hospedeiro.
Exemplos: o Ascaris
lumbricoides (lombriga) e o
Enterobius vermicularis
(oxiúrio).
Quanto ao número de hospedeiros:
Ascaris lumbricoides
Introdução
14.
Quanto ao número de hospedeiros:
Heteroxenos ou
digenéticos: são os
parasitas que só completam
o seu ciclo evolutivo
passando pelo menos em
dois hospedeiros.
Exemplos: Schistossoma sp
(esquistossomo) e o
Trypanosoma cruzi
(tripanossoma).
Schistossoma sp (esquistossomo)
Introdução
15.
Quanto à localização nos hospedeiros:
Ectoparasitas: são os que se
localizam nas partes
externas dos hospedeiros.
Exemplos: a sanguessuga, o
piolho, a pulga, etc.
piolho
Introdução
pulga
16.
Quanto à localização nos hospedeiros:
Endoparasitas: são os que se
localizam nas partes internas
dos hospedeiros.
Exemplos: as tênias (solitárias),
a lombriga, o esquistossomo,
etc.
esquistossomose
Introdução
17.
Unicelulares: possuem uma única célula que apresenta o
núcleo organizado, ou seja, está separado do citoplasma
São, portanto, organismos
pela membrana nuclear
.
eucariontes.
Exemplos: protozoários
Quanto ao número de células:
Introdução
18.
Pluricelulares: são organismos formados por
conjuntos de células semelhantes e interdependentes,
Que desempenham uma ou mais funções.
São, portanto, organismos eucariontes.
Exemplos: helmintos
Introdução
20.
PARASITISMO:
Introdução
É a interação entre indivíduos de espécies diferentes, em
que se estabelecem relações intimas e duradouras com
certo grau de dependência metabólica. Geralmente o
hospedeiro proporciona ao parasito todos os nutrientes e
as condições fisiológicas requeridas por este.
21.
Especificidade do hospedeiro:
Introdução
Dependendo das necessidades individuais de cada parasito,
ele utilizará apenas determinada espécie de hospedeiro ou
um grupo de diferentes espécies ou mais.
Quando o parasito exige apenas uma espécie de hospedeiro
para completar seu ciclo biológico, é dito monoxeno e, se a
espécie for sempre à mesma, será considerado estenoxeno.
22.
Especificidade do hospedeiro
Introdução
Por outro lado, quando o parasito necessita de mais de uma
espécie de hospedeiro para completar seu ciclo biológico,
um deles será o hospedeiro definitivo e os demais são
considerados hospedeiros intermediários.
23.
HOSPEDEIRO DEFINITIVO - é
o que apresenta o parasito
em fase de maturidade ou
em fase de atividade sexual.
Exemplo: do Plasmodium é o
Anopheles; do S. mansoni é o
ser humano
S. mansoni: ciclo da vida
Introdução
24.
HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO
- é o que apresenta o parasito
em fase larvária ou em fase
assexuada.
Exemplo: do Trypanosoma
cruzi é o triatomíneo, do S.
mansoni é o caramujo.
S. mansoni: ciclo da vida
Introdução
25.
Adaptações ao parasitismo
Introdução
A adaptação é a marca do parasitismo. Mostra a evolução
do parasito para melhorar seu relacionamento com o
hospedeiro. E esta evolução tornou o parasito (invasor)
mais dependente de seu hospedeiro.
26.
As adaptações principais são:
Morfológicas
•Degenerativas – perdas ou atrofias de órgãos
locomotores, aparelhos digestivo, etc...
• Hipertrofia – encontradas prioritariamente nos órgãos
de fixação, resistência ou proteção e reprodução
Introdução
27.
Biológicas
•Capacidade reprodutiva – produção de grandes
quantidades de ovos, cistos, ou outras formas
infectantes.
•Tipos de reprodução - reprodução mais fácil ou mais
segura: hermafroditismo, partenogênese, esquizogonia,
etc...
•Tropismos – para facilitar a propagação, reprodução ou
sobrevivência.
Introdução
28.
Relação parasito-hospedeiro
Existem diversos tipos de interação entre os parasitos e seus
hospedeiros. Mas com frequência, provocam uma resposta
do sistema imunológico com diferentes resultados:
• destruição do próprio parasito e cura da infecção;
•limitação da população parasitária, levando ao equilíbrio
da relação;
•hipersensibilidade ou inflamação, podem levar a necrose
do tecido em torno.
Introdução
29.
AÇÃO DOS PARASITOS SOBRE OS HOSPEDEIROS
Introdução
Nem sempre a presença de um parasito em um hospedeiro
indica que está havendo ação patogênica do mesmo.
Geralmente ocorrem poucos distúrbios, pois há uma
tendência de equilíbrio entre a ação do parasito e a
capacidade de resistência do hospedeiro. Dessa forma, vê-se
que a ação patogênica dos parasitos é muito variável.
30.
A AÇÃO PATOGÊNICA DOS PARASITOS É MUITO VARIÁVEL,
PODENDO SER:
• Ação espoliativa
• Ação tóxica
• Ação mecânica
• Ação traumática
• Ação irriativa
• Anóxia
Introdução
31.
AÇÃO ESPOLIATIVA
Quando o parasito absorve nutrientes ou mesmo sangue do
hospedeiro, podem deixar pontos hemorrágicos na mucosa
quando abandonam o local de sucção.
AÇÃO TÓXICA
Acontece quando algumas espécies produzem enzimas ou
metabólicos que podem lesar o hospedeiro.
Introdução
32.
AÇÃO MECÂNICA
Algumas espécies podem impedir o fluxo de alimento, bile ou
absorção alimentar.
AÇÃO TRAUMÁTICA
É provocada, geralmente, pela migração de formas larvais de
helmintos, embora vermes adultos e protozoários também
possam fazê-lo.
Introdução
33.
AÇÃO IRRITATIVA
Alguns parasitos têm a propriedade de sensibilizar o
organismo humano, causando fenômenos alérgicos.
ANÓXIA
Qualquer parasito que consuma o oxigênio da hemoglobina, ou
produza anemia, é capaz de provocar uma anóxia.
Introdução
34.
RELAÇÕES ENTRE SERES VIVOS
Introdução
entre seres vivos
Podemos classificar as relações
inicialmente em dois grupos:
• intraespecíficas
• interespecíficas
harmônicas ou positivas e
desarmônicas ou negativas
35.
RELAÇÕES HARMÔNICAS
Ocorrem entre organismos de espécies diferentes.
mutualismo,
comensalismo e
simbiose.
Introdução
36.
RELAÇÕES DESARMÔNICAS
Entre espécies diferentes, em uma mesma comunidade,
apresentam nichos ecológicos iguais ou muito semelhantes.
Competição,
Canibalismo,
Parasitismo e
Predatismo.
Introdução
37.
Nesta aula, você:
Aprendeu que a Parasitologia é ciência que estuda os
parasitos, seus hospedeiros e as relações entre eles;
Tomou conhecimento das relações entre os parasitos e
seus hospedeiros.
Introdução
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