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PERFILE DOS UTILIZADORES DE TV MÓVEL (TVm) POR
    ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS EM PORTUGAL

 (será que experiências prévias de consumo TV tradicional influenciam
                          a adoção de TVm?)



                                              Luís Miguel Pato – Doutorando UBI
                                          LabCom – Universidade da Beira Interior
                                                         http://www.jdm.ubi.pt/
Taxa de penetração tecnológica na
            população portuguesa

99,9% das pessoas têm pelo menos uma TV;

50,5% usam um portátil;

88,5% utilizam um telemóvel;

4,2% têm e usam um “smartphone”;

75.8% confirmaram que consomem TV na Internet;

3.7% afirmam que utilizam o telemóvel para esta ação.

Dados (Marktest, 2012; Obercom, 2012; Anacom, 2012)
TVm ?
1. Convergência de dois casos de sucesso dos media - Telemóvel e a TV;

2. Com a democratização dos acessos WiFi, 3G e 4G, já não se trata de
   um serviço isolado (como acontece com a proposta da EU – DVB - H)
   (Monpetit, et, al., 2010);

3. É membro integrante de um leque de opções baseadas em TIC’s que
   permitem um acesso à TV sem barreiras e em demanda – tais como
   IPTV ou serviços “Cloud” de onde o utilizador pode selecionar o
   conteúdo televisivo desejado (Montpetit, et. al., 2010; Lai, et. al.,
   2011);

4. Investigações dividem-se em duas abordagens fundamentais
    (Bouwmann, et. al., 2011)
    a) serviços;
    b) adoção tecnológica.
Especificidades da TVm?

Em termos de consumo é composta por: – flexibilidade,
interatividade, imediatez (em demanda), personalização,
mobilidade e multifuncional;

O seu consumo localiza-se fundamentalmente em:
transportes públicos, em casa, no emprego e para ocupar
tempo (consultórios médicos) (Cui, et. al., 2008);

A oferta baseia-se na reutilização do conteúdos da emissão
tradicional.

A sua distribuição é feita pelas seguintes modalidades (de
Renesse, 2011; Kumar, 2007)
1)   Sideloading (transferência a partir de um portátil ou desktop);
2)   Partilha Bluetooth;
3)   Unicast – serviços personalizados;
4)   Multicast – distribuição tradicional.
Que género televisivo para a TVm?

Problemas relacionados com - Ecrãs reduzidos, durabilidade da
   bateria, reflexo, áudio e o acesso à rede conduzem a um
   “consumo reflexivo” – onde o consumidor de TVm adapta o
   seu consumo à plataforma de acesso (Figeac, 2009).

   Os conteúdos mais ajustados são de curta duração temporal
   – Videoclipes e Notícias televisivas



   33% das apps específicas para TVm são para consumo
    de notícias televisivas (Nielson, 2011).
O Mercado português é composto
Projetos específicos para TVm

Coprodução RTP – Produções Fictícias
1. Quinze (2006 - 2008)
2. Hotspot (2008)*

3. RTP e TVI, TVI24 (monotemático de
   informação) – têm “apps” para telemóvel
4. É possível aceder aos canais da SIC através da
   Internet
Abordagem teórica desta investigação
 (Qual a motivação em que subjaz a intenção
              de adotar a TVm)



1) Ciências da                         2) Ciências
   Comunicação                            Comportamentais

a)   Usos e Gratificações (Katz, et.   a)   Teoria da Acão Planeada
     al., 1973)
                                            (Ajzen, 1991)
b)   Difusão de Inovações (Rogers,
                                       b)   Teoria da Ação Relacional
     1986, 1995)
                                            (ibid., 1985)
c)   Qualidade de Serviço (Iverson,
     2005)
d)   Qualidade de Experiência (ITU,
     2007)
Teoria dos Usos e Gratificações (Katz, et. al., 1973)

1. O que motiva o uso de um determinado médium
por uma pessoa?

2. Como agem as pessoas quando usam um médium?

3. Que consequências podem advir do consumo
mediático?
Processo de difusão e de adoção de tecnologias (Rogers, 1986,
 1995)


CONHECIMENTO      PERSUASÃO      DECISÃO        IMPLEMENTAÇÃO         CONFRONTAÇÃO



            Porquê estudar jovens universitários?

1)   Organização deste   2)   Adoção de              3) Com a disponibilidade
     processo (ibid.,         tecnologias móveis          das redes sociais para
     1995)                    (LSE., 2006)                telemóveis (Experian,
                                                          2011)
a)   Pioneiros                                            Estas duas faixas etárias
                         a)   Geração Móvel               passaram a ser
b)   Primeiros Grupos*   b)   Telefanáticos               definidas como
c)   Maioria Tardia      c)   Ligados Inteligentes        “Mobirati”
d)   Retardatários       d)   Dedos e polegares
                         e)   Céticos de Prata
Dados internacionais/nacionais
Nos EUA em 2009, 77% dos jovens universitários (22-24 anos de
idade) tinham um telemóvel. Em 2011 este número subiu para
98% (Nielson, 2011).

Em Portugal, na faixa etária (15 aos 24), a taxa de penetração
destes aparelhos cifra-se nos 98.5% (Cardoso, et. al., 2012).

Em 2012 – entraram 40.415 novos estudantes para o ensino
superior nacional onde já estavam 403.445 o que resulta na
possibilidade de 4% da população nacional ser composta por
potencias utilizadores destes sistemas (DGES, 2012).


Trata-se de 443.86 do total da população nacional (10.781.459).
Abordagem metodológica

Dimensão da amostra tratada – 630 alunos do ensino
  superior nacional (UBI, ISMT, ESEC, ISEC, ISCAC, ESTsC);

Cronologia da recolha de dados – Outubro de 2011 e Maio
   de 2012;

Ferramenta – inquérito que tencionava medir os dados
   demográficos acerca dos usos da TV e do telemóvel
   para consumo de media em geral e de TV em particular.
   E tencionou-se também medir as expectativas da
   amostra em relação à TVm.

A amostra era composta por 45.7% (288) Masc. e 54.3%
   (342) Fem.
TV
90.3% - têm uma televisão em casa sendo que 54.7% fruem deste
   médium no quarto;

49.9% - consomem TV entre 2 a 5 horas por dia;

IPTV
72.5% - têm serviços integrados como IPTV. Sendo que 32.7% aderiram
   a este serviço há menos de um ano;

71.7% - Não têm canais pagos;

79.6% - Não alugam filmes em sistema on-demand/pay-per-view;

59.3% - usam as STB para registo de conteúdos;

Web TV
52.7% - não usam;
71.7% - dos que usam declararam que o fazem através de “video
   streaming” e 49.8% consomem este tipo de conteúdos durante
   pelo menos uma hora.
Géneros TV
 12.4% - consomem Notícias TV, Desporto, Filmes e Séries TV sendo
   que 11.5% declararam preferência pela Informação TV;

Telemóveis
72.8% - usam o telemóvel desde 10-15 anos de idade;
56.0% - não têm smartphone;
62.8% - não têm assinatura de dados;
66.6% - não usam o telemóvel para aceder a dados;
Vídeo no telemóvel
63.0% - já viram vídeo pelo telemóvel;
79.1% - consideram que este serviço pode ser interessante;
34.6% - encaram videoclips como os conteúdos mais indicados;
22.6% - preferem notícias TV;
57.6% - consideram que o download é a melhor forma de acesso.

TVMóvel
79.7% - nunca a usaram;
20.6% - usaram-na experimentalmente e destes 76.5% usaram-na
   apenas uma vez;
80.6% - não consideram o telemóvel como ferramenta viável para a
   transmissão de TV;
Devido à
23.2% - dimensão de ecrã reduzido;
16.2% - qualidade do som;

Acesso à TVm e conteúdos mais indicados

54.2% - consideram o “streaming” como a melhor forma de acesso;
27.2% - apontam as notícias TV
13.7% - videoclips
Conclusões Gerias
  Os jovens universitários em Portugal
  apresentam uma:
  - Taxa de penetração considerável de tecnologias
  móveis acontecendo o mesmo com a TV;

  - O uso de “smartphones” ainda é residual;

  - Adoção recente de serviços de TV Paga (IPTV);

  - Tendência para personalizar e fragmentar o seu
  consumo televisivo;

  - Adoção sóbria de Web TV;
-Tendência de escolha de género é determinada à medida que o ecrã de
acesso à TV diminui regista-se, por isso, uma preferência por conteúdos
de curta duração;

-Utilização de TV Móvel específica ainda residual;

- Apetência para aceder a conteúdos vídeo através deste dispositivo em
sistemas “freemium” e por “download”;

-O uso do telemóvel para aceder a dados é ainda residual;

- Tanto na Web TV como na TVm “streaming” apresenta-se como a forma
de acesso preferencial;

-Problemas da TVm residem essencialmente em elementos relacionados
com o telemóvel – dimensão reduzida do ecrã e o áudio.

Conclusão final
Em suma, apesar de uma elevada taxa de penetração de telemóveis, e de
um desejo inerente de personalização da emissão TV, o estudante do
ensino superior em Portugal não se serve da plenitude das
potencialidades que compõem estas formas de acesso. E a TVm não se
apresenta ainda como uma forma de acesso cristalizada.
PERFILE DOS UTILIZADORES DE TV MÓVEL (TVm) POR
    ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS EM PORTUGAL

 (será que experiências prévias de consumo TV tradicional influenciam
                          a adoção de TVm?)

                                Tak!

                                              Luís Miguel Pato – Doutorando UBI
                                          LabCom – Universidade da Beira Interior
                                                         http://www.jdm.ubi.pt/

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  • 1. PERFILE DOS UTILIZADORES DE TV MÓVEL (TVm) POR ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS EM PORTUGAL (será que experiências prévias de consumo TV tradicional influenciam a adoção de TVm?) Luís Miguel Pato – Doutorando UBI LabCom – Universidade da Beira Interior http://www.jdm.ubi.pt/
  • 2. Taxa de penetração tecnológica na população portuguesa 99,9% das pessoas têm pelo menos uma TV; 50,5% usam um portátil; 88,5% utilizam um telemóvel; 4,2% têm e usam um “smartphone”; 75.8% confirmaram que consomem TV na Internet; 3.7% afirmam que utilizam o telemóvel para esta ação. Dados (Marktest, 2012; Obercom, 2012; Anacom, 2012)
  • 3. TVm ? 1. Convergência de dois casos de sucesso dos media - Telemóvel e a TV; 2. Com a democratização dos acessos WiFi, 3G e 4G, já não se trata de um serviço isolado (como acontece com a proposta da EU – DVB - H) (Monpetit, et, al., 2010); 3. É membro integrante de um leque de opções baseadas em TIC’s que permitem um acesso à TV sem barreiras e em demanda – tais como IPTV ou serviços “Cloud” de onde o utilizador pode selecionar o conteúdo televisivo desejado (Montpetit, et. al., 2010; Lai, et. al., 2011); 4. Investigações dividem-se em duas abordagens fundamentais (Bouwmann, et. al., 2011) a) serviços; b) adoção tecnológica.
  • 4. Especificidades da TVm? Em termos de consumo é composta por: – flexibilidade, interatividade, imediatez (em demanda), personalização, mobilidade e multifuncional; O seu consumo localiza-se fundamentalmente em: transportes públicos, em casa, no emprego e para ocupar tempo (consultórios médicos) (Cui, et. al., 2008); A oferta baseia-se na reutilização do conteúdos da emissão tradicional. A sua distribuição é feita pelas seguintes modalidades (de Renesse, 2011; Kumar, 2007) 1) Sideloading (transferência a partir de um portátil ou desktop); 2) Partilha Bluetooth; 3) Unicast – serviços personalizados; 4) Multicast – distribuição tradicional.
  • 5. Que género televisivo para a TVm? Problemas relacionados com - Ecrãs reduzidos, durabilidade da bateria, reflexo, áudio e o acesso à rede conduzem a um “consumo reflexivo” – onde o consumidor de TVm adapta o seu consumo à plataforma de acesso (Figeac, 2009). Os conteúdos mais ajustados são de curta duração temporal – Videoclipes e Notícias televisivas 33% das apps específicas para TVm são para consumo de notícias televisivas (Nielson, 2011).
  • 6. O Mercado português é composto Projetos específicos para TVm Coprodução RTP – Produções Fictícias 1. Quinze (2006 - 2008) 2. Hotspot (2008)* 3. RTP e TVI, TVI24 (monotemático de informação) – têm “apps” para telemóvel 4. É possível aceder aos canais da SIC através da Internet
  • 7. Abordagem teórica desta investigação (Qual a motivação em que subjaz a intenção de adotar a TVm) 1) Ciências da 2) Ciências Comunicação Comportamentais a) Usos e Gratificações (Katz, et. a) Teoria da Acão Planeada al., 1973) (Ajzen, 1991) b) Difusão de Inovações (Rogers, b) Teoria da Ação Relacional 1986, 1995) (ibid., 1985) c) Qualidade de Serviço (Iverson, 2005) d) Qualidade de Experiência (ITU, 2007)
  • 8. Teoria dos Usos e Gratificações (Katz, et. al., 1973) 1. O que motiva o uso de um determinado médium por uma pessoa? 2. Como agem as pessoas quando usam um médium? 3. Que consequências podem advir do consumo mediático?
  • 9. Processo de difusão e de adoção de tecnologias (Rogers, 1986, 1995) CONHECIMENTO PERSUASÃO DECISÃO IMPLEMENTAÇÃO CONFRONTAÇÃO Porquê estudar jovens universitários? 1) Organização deste 2) Adoção de 3) Com a disponibilidade processo (ibid., tecnologias móveis das redes sociais para 1995) (LSE., 2006) telemóveis (Experian, 2011) a) Pioneiros Estas duas faixas etárias a) Geração Móvel passaram a ser b) Primeiros Grupos* b) Telefanáticos definidas como c) Maioria Tardia c) Ligados Inteligentes “Mobirati” d) Retardatários d) Dedos e polegares e) Céticos de Prata
  • 10. Dados internacionais/nacionais Nos EUA em 2009, 77% dos jovens universitários (22-24 anos de idade) tinham um telemóvel. Em 2011 este número subiu para 98% (Nielson, 2011). Em Portugal, na faixa etária (15 aos 24), a taxa de penetração destes aparelhos cifra-se nos 98.5% (Cardoso, et. al., 2012). Em 2012 – entraram 40.415 novos estudantes para o ensino superior nacional onde já estavam 403.445 o que resulta na possibilidade de 4% da população nacional ser composta por potencias utilizadores destes sistemas (DGES, 2012). Trata-se de 443.86 do total da população nacional (10.781.459).
  • 11. Abordagem metodológica Dimensão da amostra tratada – 630 alunos do ensino superior nacional (UBI, ISMT, ESEC, ISEC, ISCAC, ESTsC); Cronologia da recolha de dados – Outubro de 2011 e Maio de 2012; Ferramenta – inquérito que tencionava medir os dados demográficos acerca dos usos da TV e do telemóvel para consumo de media em geral e de TV em particular. E tencionou-se também medir as expectativas da amostra em relação à TVm. A amostra era composta por 45.7% (288) Masc. e 54.3% (342) Fem.
  • 12. TV 90.3% - têm uma televisão em casa sendo que 54.7% fruem deste médium no quarto; 49.9% - consomem TV entre 2 a 5 horas por dia; IPTV 72.5% - têm serviços integrados como IPTV. Sendo que 32.7% aderiram a este serviço há menos de um ano; 71.7% - Não têm canais pagos; 79.6% - Não alugam filmes em sistema on-demand/pay-per-view; 59.3% - usam as STB para registo de conteúdos; Web TV 52.7% - não usam; 71.7% - dos que usam declararam que o fazem através de “video streaming” e 49.8% consomem este tipo de conteúdos durante pelo menos uma hora.
  • 13. Géneros TV 12.4% - consomem Notícias TV, Desporto, Filmes e Séries TV sendo que 11.5% declararam preferência pela Informação TV; Telemóveis 72.8% - usam o telemóvel desde 10-15 anos de idade; 56.0% - não têm smartphone; 62.8% - não têm assinatura de dados; 66.6% - não usam o telemóvel para aceder a dados; Vídeo no telemóvel 63.0% - já viram vídeo pelo telemóvel; 79.1% - consideram que este serviço pode ser interessante; 34.6% - encaram videoclips como os conteúdos mais indicados; 22.6% - preferem notícias TV; 57.6% - consideram que o download é a melhor forma de acesso. TVMóvel 79.7% - nunca a usaram; 20.6% - usaram-na experimentalmente e destes 76.5% usaram-na apenas uma vez;
  • 14. 80.6% - não consideram o telemóvel como ferramenta viável para a transmissão de TV; Devido à 23.2% - dimensão de ecrã reduzido; 16.2% - qualidade do som; Acesso à TVm e conteúdos mais indicados 54.2% - consideram o “streaming” como a melhor forma de acesso; 27.2% - apontam as notícias TV 13.7% - videoclips
  • 15. Conclusões Gerias Os jovens universitários em Portugal apresentam uma: - Taxa de penetração considerável de tecnologias móveis acontecendo o mesmo com a TV; - O uso de “smartphones” ainda é residual; - Adoção recente de serviços de TV Paga (IPTV); - Tendência para personalizar e fragmentar o seu consumo televisivo; - Adoção sóbria de Web TV;
  • 16. -Tendência de escolha de género é determinada à medida que o ecrã de acesso à TV diminui regista-se, por isso, uma preferência por conteúdos de curta duração; -Utilização de TV Móvel específica ainda residual; - Apetência para aceder a conteúdos vídeo através deste dispositivo em sistemas “freemium” e por “download”; -O uso do telemóvel para aceder a dados é ainda residual; - Tanto na Web TV como na TVm “streaming” apresenta-se como a forma de acesso preferencial; -Problemas da TVm residem essencialmente em elementos relacionados com o telemóvel – dimensão reduzida do ecrã e o áudio. Conclusão final Em suma, apesar de uma elevada taxa de penetração de telemóveis, e de um desejo inerente de personalização da emissão TV, o estudante do ensino superior em Portugal não se serve da plenitude das potencialidades que compõem estas formas de acesso. E a TVm não se apresenta ainda como uma forma de acesso cristalizada.
  • 17. PERFILE DOS UTILIZADORES DE TV MÓVEL (TVm) POR ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS EM PORTUGAL (será que experiências prévias de consumo TV tradicional influenciam a adoção de TVm?) Tak! Luís Miguel Pato – Doutorando UBI LabCom – Universidade da Beira Interior http://www.jdm.ubi.pt/