1. Geografia
A CIÊNCIA GEOGRÁFICA
Prof. Jayro
Agente de transformação da Sociedade
Rios, mares, oceanos, florestas, países, capitais, planetas, pontos cardeais, latitude, longitude,
planaltos, clima, poluição, mapas. Ufa! Tudo isso é geografia. E tem mais: a matéria também estuda o
mundo, as guerras, os fenômenos da natureza, os movimentos sociais e políticos, a sociedade.
Nos noticiários que assistimos, vimos guerras, tráfico de drogas, desastres ambientais. Novelas
mostram metrópoles, pontos turísticos do país e do mundo, desigualdades sociais e artistas que,
geralmente, representam a classe rica da sociedade em que vivemos. Como discernir tudo isso sem antes
aprender geografia?
A Geografia está em tudo que vivemos. Dificilmente, alguém que não a conhece entenderá o que
acontece ao seu redor e no mundo.
Então para assumirmos nosso papel de agente transformador dentro desta sociedade, para
expressarmos com inteligência nossas opiniões, é preciso que conheçamos as razões e os porquês dos
fatos e agirmos com consciência e determinação. Ser cidadão pleno em nossa época significa antes de
tudo estar integrado criticamente na sociedade, participando ativamente de suas transformações. Para
isso, devemos refletir buscando uma compreensão ampla do mundo, desde o local em que moramos,
nosso bairro, nossa cidade, a região, o estado, nosso país, e o planeta como um todo.
Observando a nossa cidade veremos que existem problemas que são comuns em todo o Brasil, como
falta de moradia para população de baixa renda, redução das oportunidades de emprego, desmatamento,
ocupação de áreas de preservação ambiental, saturação do aterro sanitário, invasões e ocupações de
terras. Os problemas sociais da América Latina. No continente europeu, os conflitos envolvendo os
diversos grupos étnicos (Iugoslávia, desmembrada em várias nações ), no Oriente Médio , a questão da
Palestina, envolvendo árabes e Judeus, na Ásia a invasão americana do Iraque, a disputa da região da
Caxemira entre Índia e Paquistão, as relações comerciais com a China e seus 1,3 bilhão de habitantes. No
Brasil, a economia vai bem, a política nem tanto, o relacionamento do Brasil com seus parceiros do
Mercosul. Além disso, com a globalização da economia, os problemas ambientais também se
globalizaram. O mundo todo despertando interesse pela região amazônica.
Diante destas questões, é que a Geografia torna-se uma importante ferramenta para reflexão,
compreensão dos fatos naturais e aqueles provocados pelo homem no espaço em que est á inserido. É a
Geografia uma ciência que nos permite ser um agente de transformação da sociedade a partir da
compreensão da realidade em que vivemos.
DEFINIÇÃO
Geografia é uma palavra que tem origem na Grécia antiga, onde "geo" significa Terra e "graphos"
significa escrever, portanto, Geografia é o estudo científico da superfície da Terra com o objetivo de
descrever e analisar a variação espacial de fenômenos físicos, biológicos e humanos que acontecem na
superfície do globo terrestre.
Modernamente a Geografia é definida como o estudo das relações entre o espaço e as sociedades. Daí
a necessidade, hoje experimentada pelo geógrafo, de recorrer a outras ciências como à Geologia,
Oceanografia, Meteorologia, Ecologia, matemática, estatística, bem como também às Ciências Sociais, tais
como a Economia, Sociologia, História e Política.
A Geografia é o estudo do nosso próprio planeta enquanto morada da humanidade. Pois ela enfoca a
organização da sociedade e nas suas relações com espaço físico, os diversos aspectos da natureza e da
paisagem.
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HISTÓRIA DA GEOGRAFIA
A geografia surgiu na Antiga Grécia, sendo no começo chamada de história natural ou filosofia natural.
Grande parte do mundo ocidental conhecido era dominada pelos gregos, em especial o leste do
Mediterrâneo. Sempre interessados em descobrir novos territórios de domínio e atuação comercial, era
fundamental que conhecessem o ambiente físico e os fenômenos naturais.
No século IV a.C., os gregos observavam o planeta como um todo. Através de estudos filosóficos e
observações astronômicas, Aristóteles foi o primeiro a receber crédito ao conceituar a Terra como uma
esfera.
Em sua especulação sobre o formato da Terra, Strabo acabou escrevendo uma obra de 17 volumes,
'Geographicae', onde descrevia suas próprias experiências do mundo - da Galícia e Bretanha para a Índia, e
do Mar Negro à Etiópia. Apesar de alguns erros e omissões em sua obra, Strabo acabou tornando -se o pai
de geografia regional.
Os gregos deixaram para as futuras gerações escritos que contavam a sua vivência geográfica. Estudos
feitos acerca do rio Nilo, no Egito, detalhavam, entre outras coisas, seu período de cheia anual.
Com o colapso do Império Romano, os grandes herdeiros da geografia grega foram os árabes. Muitos
trabalhos foram traduzidos do grego para o árabe. Ocorreram, no entanto, a partir daí, algumas
regressões: após o ano de 900 d.C., as indicações de latitude e longitude já não apareciam mais nos
mapas.
Os árabes acabaram recuperando e aprofundando o estudo da geografia, e já no século XII, Al-Idrisi
apresentaria um sofisticado sistema de classificação climática. Em suas viagens à África e à Ásia, outro
explorador árabe, Ibn Battuta, encontrou a evidência concreta de que, ao contrário do que afirmara
Aristóteles, as regiões quentes do mundo eram perfeitamente habitáveis.
Já no século XV, viajantes como Bartolomeu Dias e Cristóvão Colombo redescobririam o interess e pela
exploração, pela descrição geográfica e pelo mapeamento. A confirmação do formato global da Terra veio
quinze anos mais tarde, em uma viagem de circunavegação realizada pelo navegador português Fernando
Magalhães, permitindo uma maior precisão das medidas e observações.
Ainda que a Geografia possua uma gênese grega, e que dela tenham resultado os primeiros estudos
geográficos, sua verdadeira gênese como ciência ocorreu na Alemanha do século XIX, à luz dos trabalhos
de Alexander von Humboldt e Karl Ritter. Somente após a brilhante contribuição desses grandes mestres, a
Geografia pôde estabelecer-se sobre bases científicas verdadeiras, deixando de ser uma simples descrição
do planeta para transformar-se em uma ciência, fundamentada na busca pelas relações entre natureza e
sociedade, suas causas e consequências.
AS CORRENTES DE PENSAMENTO GEOGRÁFICO
A evolução do pensamento geográfico ao longo da história evidenciou o aparecimento de linhas de
raciocínio distintas entre si. Estas diferentes formas de se pensar a geografia originaram o surgimento das
seguintes escolas:
A) Determinismo Ambiental – O determinismo ambiental surge na Alemanha no final do século XIX quando
a geografia torna-se, neste país, uma disciplina acadêmica. Seus principais defensores o geógrafo
alemão Frederic Ratzel e sua discípula Ellem Semple afirmavam que as condições naturais,
especialmente as climáticas, e dentro delas a variação de temperatura ao longo das estações do ano,
determinam o comportamento do homem, interferindo na sua capacidade de progredir. Cresceriam
aqueles países ou povos que estivessem localizados em áreas climáticas mais propícias.
B) Possibilismo – Em reação ao determinismo ambiental surge, na França, no final do século XIX um outro
paradigma da geografia, o possibilismo. À semelhança do determinismo ambiental, a v isão possibilista,
que teve como principal divulgador e mestre Vidal de La Blache, focaliza as relações homem natureza,
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mas não o faz considerando a natureza determinante do comportamento humano. Para os possibilistas,
os homens podem modificar a natureza de acordo com as suas necessidades.
C) Método Regional – O método regional consiste no terceiro paradigma da geografia, opondo-se ao
determinismo ambiental e ao possibilismo. Esta escola ganha força apenas a partir dos anos 40 nos
Estados Unidos. Principal autor desta corrente de pensamento, o geógrafo norte-americano Richard
Hartshorne, defendia que a superfície terrestre era muito heterogênea e com isso evidenciava -se a
necessidade de se produzir uma geografia regional.
D) Nova geografia – Na década de 60 surge simultaneamente na Inglaterra e na Suécia a Nova geografia
também chamada de teorética, pragmática ou quantitativa. Este paradigma incorpora métodos
matemáticos e estatísticos na busca pela compreensão do espaço, utilizando-os como ferramenta para
o planejamento dos estados capitalistas, em virtude das novas dinâmicas geopolíticas e geoeconômicas
inauguradas no pós-guerra.
E) Geografia Crítica – Surgida nos anos 70 e 80 em virtude das novas circunstâncias que passam a
caracterizar o capitalismo, a geografia critica é calcada no materialismo histórico e na dialética marxista.
Este paradigma passa a questionar as desigualdades econômicas em todas as escalas (mundial,
regional e entre indiv íduos), compreendendo-as como um produto da expansão do capitalismo. A
relação sociedade natureza é repensada à luz do Marxismo. Surgem as discussões a cerca da
degradação do meio ambiente. Seus principais autores são o francês Yves Lacoste e o brasileiro Milton
Santos.
SUJEITO E OBJETO DA CIÊNCIA GEOGRÁFICA
O campo de preocupações da Geografia é o espaço da sociedade humana, onde vivem homens e
mulheres e, ao mesmo tempo, produzem modificações neste espaço, que esta em permanente (re)
construção.
Indústrias, cidades, agricultura, rios, solos, climas, populações e muitos outros elementos constituem o
espaço geográfico, isto é, o meio ou a realidade material onde a humanidade vive.
Tudo neste espaço depende da natureza e do ser humano. A natureza é a fonte primeira de todo o
mundo real. A água, a madeira, o petróleo, o ferro, o cimento, e todas as outras coisas existentes, nada
mais são do que aspectos da natureza. Mas a ação do homem, reelabora, transforma os elementos naturais
e o meio ambiente ao fabricar os plásticos a partir do petróleo, ao represar rios e construir usinas
hidrelétricas, ao aterrar mangues edificar cidades, ao inventar meios de transportes e comunicações para
encurtar as distâncias. Assim, o espaço geográfico, não é apenas o local de morada da sociedade humana,
mas principalmente por uma realidade que a cada momento é transformada pela ação do homem.
AS CATEGORIAS GEOGRÁFICAS
A Geografia usa conceitos-chave como instrumentos de análise científica do espaço:
Território: Conceito ligado ao poder, dominação e conquista. O território é todo espaço definido e
delimitado por e a partir de relações de poder, podendo ser contíguo ou fragmentado, variando, por
exemplo, de um quarteirão dominado por uma quadrilha de traficantes ou um País constituído de unidades
federativas ou um bloco constituído por vários países membros (blocos econômicos).
Região: É uma porção do espaço, mutável, de dimensão variável e passível de ser indiv idualizada através
de critérios naturais e/ou socioeconômicos.
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Paisagem: É uma porção do espaço compreendida com base no horizonte visual do indiv íduo, ou seja,
tudo que é possível de se ver num lance de vista.. A paisagem é composta por elementos concretos e
visíveis (relevo, vegetação etc.) e por elementos abstratos que podem ser percebidos a partir de uma visão
geográfica mais aprofundada (Segregação Espacial, Dinâmicas Sociais, etc.). A paisagem é, portanto,
composta de elementos naturais e humanizados.
Paisagem natural – é a paisagem sem a ação modificadora do homem.
Paisagem cultural – é modelada a partir de uma paisagem natural por meio de um grupo cultural. A
cultura é o agente, a área natural é o meio e a paisagem cultural é o resultado.
Lugar: O lugar pode ser definido como a porção do espaço apreendida a partir da experiência p essoal de
cada indiv íduo. É o espaço viv ido, pensado, sentido, apropriado. O lugar pode ser analisado pela tríade:
habitante-identidade-lugar.
O “não lugar” são áreas de passagem, como aeroportos, estradas, supermercados, local de trabalho
etc., não existindo uma relação ou mesmo uma identidade com o indiv iduo.
Espaço: Corresponde ao resultado da ação humana sobre a natureza. O espaço geográfico ou
simplesmente espaço, É construído pela sociedade quando esta imprime na paisagem as marcas de sua
atuação e organização social.
Outros conceitos de Espaço Geográfico:
“Espaço geográfico é a união dos elementos físicos e culturais da paisagem” (Prof. Roberto Lobato)
“Espaço geográfico é a natureza socializada, pois, muitos fenômenos apresentados como se fossem
naturais, são, de fato, sociais” (Prof. Milton Santos)
“O espaço é formado por elementos naturais ou artificiais construídos pelo homem, ou seja, a interrelação existente entre sociedade e natureza delimitada numa porção da superfície terrestre.” (Prof.
Humberto Catuzzo)
EXERCÍCIO
1. Atente para o texto:
“A Geografia hoje se propõe a algo mais que descrever paisagens, pois a simples descrição não nos
fornece elementos suficientes para uma compreensão global daquilo que pretendemos conhecer
geograficamente. As paisagens que vemos são as manifestações fís icas das sociedades que as
constituíram.” (Geografia, Ciência do Espaço. Diamantino Pereira et allii – Edit. Atual)
O que expressa o texto vale:
a)
b)
c)
d)
apenas para as paisagens naturais.
para qualquer espaço em que haja o trabalho humano.
somente para espaços urbanizados.
exclusivamente para onde haja obras de engenharia civ il.
2. Estudar geograficamente o mundo é essencialmente:
a) verificar as diferenciações de áreas, a partir da relação do homem com a natureza.
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b) mapear e localizar as regiões, países e cidades.
c) investigar a dinâmica física que está por trás das paisagens ou formas espaciais.
d) estudar as condições naturais, especialmente o clima, que determina o comportamento do homem,
interferindo na sua capacidade de progredir.
3. Referindo-se às manifestações geográficas decorrentes dos novos progressos, Milton Santos revela “A
diferença, ante as formas anteriores do meio geográfico, vem da lógica global que acaba por se impor a
todos os territórios e a cada território como um todo. (...) O meio geográfico tende a ser universal.
Mesmo onde se manifesta pontualmente, [o meio geográfico] ele assegura o funcionamento dos
processos encadeados a que se está chamando de globalização.”
SANTOS, Milton. A natureza do espaço. São Paulo: Hucitec, 1996.
Na perspectiva teórica acima, o autor considera que estamos diante de um meio geográfico que
representa a produção de algo novo, ao privilegiar a interação entre
a) natureza e trabalho.
b) técnica e natureza.
c) sociedade e história.
d) ciência, natureza e redes sociais.
e) técnica, ciência e informação.
4. “O agricultor que tem acesso ao conhecimento do solo, de plantas, de animais, de máquinas, de
fertilizantes, de irrigação e de muitas outras técnicas agrícolas pode produzir alimentos em abundância,
mesmo que a terra seja pobre.”
O texto reflete o pensamento da Escola Geográfica:
a) Determinista
d) Renovada
b) Humanista
e) Capitalista
c) Possibilista
5. “O homem não pode ser estudado cientificamente desligado da terra que cultiva, das regiões que
percorre, dos mares que navega, como o urso polar e o cacto não podem ser compreendidos sem se
ter em conta seu habitat.”
Quanto às concepções geográficas, pode-se afirmar que o texto acima é típico da:
a) Escola Renovadora
b) Geografia Pragmática
c) Escola Alemã
d) Escola Francesa
e) Geografia Comportamental
6. Considerando-se o homem como sujeito e objeto do estudo da ciência geográfica, é correto afirmar
a) O homem não pode ser qualificado como o elemento mais importante na construção do espaço
geográfico.
b) O homem se apropria da natureza e, ao fazer isso, ele a modifica e constrói o que vem a ser
considerado espaço geográfico.
c) A paisagem geográfica já existe mesmo antes de o homem nascer, sendo irrelevante, portanto,
considerar a sua atuação na construção do espaço geográfico.
d) O principal papel do homem é construir a natureza, tornando-se, assim, o elemento mais
importante na organização do espaço geográfico.
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e) No sentido geográfico, o homem é mais importante que a natureza, sendo desnecessário para a
Geografia estudar a paisagem natural.
7. A história da Geografia, como de todas as ciências particulares, passou por fases determinadas pelo
pensamento de eminentes geógrafos.
Desse modo, podemos afirmar
a) A Geografia só teve dois momentos: o do Determinismo e o do Positiv ismo.
b) Hoje predominam os trabalhos de geógrafos mais ligados ao pensamento Lablachiano.
c) No último pós-guerra, ficou a Geografia reduzida às postulações da Geografia quantitativa, um
ramos da Geografia pragmática.
d) Na atualidade, as propostas da Geografia crítica, como instrumento de libertação do homem,
opõem-se às postulações da Geografia pragmática e às da Geografia tradicional.
8. “A partir do momento em que o homem começou a modificar a natureza, plantando e colhendo,
criando animais, erguendo construções, o planeta deixou de ser apenas uma paisagem natural para se
transformar em espaço geográfico: um espaço humanizado”. (Igor Moreira – O espaço geográfico –
p.9)
Com base no transcrito acima, é correto afirmar que
a) O espaço geográfico é a natureza modificada pelo homem, através de seu trabalho, portanto, um
produto histórico e social.
b) O espaço geográfico não pode ser considerado humanizado, uma vez que nele se estabelecem
lutas, conflitos e desigualdades.
c) As sociedades indígenas não produzem Espaço geográfico, uma vez que convivem em harmonia
com a natureza.
d) O espaço geográfico é definido como sendo a adaptação do homem ao meio natural, visto que a
ação humana está limitada pelas condições climáticas.
e) Algumas áreas da superfície terrestre como: Antártida, Amazônia, e os grandes desertos
permanecerão como espaços naturais devido à impossibilidade de transforma-los.
9. “É qualquer porção da superfície terrestre apropriada por grupos humanos que, estabelece ndo suas
fronteiras ou limites, exercem relação ou prática de poder no espaço.” O texto acima apresenta a
definição de qual Categoria Geográfica?
a)
b)
c)
d)
e)
Paisagem.
Lugar.
Território.
Região.
Nação.
10. RIO DA BARRA (Zé Marcolino)
“Oh, Deus me manda
Pr’aquela terrinha
Que ela é só minha
Quero pra mim só
...
Rio da Barra, vejo ele de cá
Pareço estar lá na imaginação
Eu amo tanto aquele lugarejo
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Fecho os olhos e vejo na recordação.”
Fonte: CD Pedra de Amolar, da obra de Zé Marcolino. Memorial Musical da Paraíba. V.2. Campina GrandePB: Prosound Estúdio,
dez/2003 – mar/2004.
Os termos terrinha e lugarejo, na composição do poeta paraibano Zé Marcolino, têm o sentido geográfico
de
a) PAISAGEM, espaço delimitado pelo alcance visual, constituído de elementos materia is e culturais.
b) TERRITÓRIO, espaço delimitado e definido pelas relações de poder, apropriado e ocupado por grupos
sociais.
c) LUGAR, pois estão revestidos da ideia de espaço vivido, no qual as relações cotidianas, as ideias de
pertencimento e identidade estão presentes.
d) REGIÃO, espaço no qual o domínio de determinadas características o distingue das demais áreas.
e) ESPAÇO, pois se refere ao produto das ações humanas na interação com o meio.
11. “O tratamento dos aspectos físicos do planeta ou, como querem alguns, do quadro natural, não faz da
geografia e nem da geografia física uma ciência natural, biológica ou da terra; ela é, acima de tudo,
uma ciência do espaço e é aí que encontramos sua característica fundamental. Enquanto div isão geral
das ciências, ela se encontra indubitavelmente entre as ciências humanas e é ali o seu lugar correto,
haja vista possuir como objetivo primeiro o estudo do jogo de influências entre sociedade e natureza na
organização do espaço.” (MENDONÇA, Francisco. Geografia Física: Ciência Humana? Ed. Contexto,
1989)
Após a leitura do texto, pode-se afirmar que o autor:
a) considera que a Geografia, por ser uma ciência do espaço, não mantém relações com as ciências
naturais, que se dedicam ao estudo da estruturação natural das paisagens.
b) defende que a Geografia é uma ciência humana, mas, mesmo assim, não pode ser considerada uma
ciência social porque também estuda a estruturação do quadro natural.
c) só considera como análise geográfica a interpretação das interferências do quadro natural sobre a
produção do espaço geográfico.
d) defende que o objetivo central da ciência geográfica é a análise da produção do espaço a partir das
relações entre a sociedade e o meio natural.
e) concorda com o fato de que a Geografia é apenas uma disciplina e não uma ciência natural, biológica ou
da Terra.
12. Vamos supor que um determinado pesquisador escreveu o seguinte texto sobre a Amazônia brasileira.
“A Amazônia brasileira, uma das principais regiões do País, está fadada ao subdesenvolvimento. O
distanciamento físico entre ela e as demais regiões e as condições naturais extremamente adversas
impedem ou dificultam consideravelmente qualquer tentativa governamental de promover o crescimento
econômico regional. É praticamente impossível pensar em desenvolvimento num espaço geográfico
caracterizado por um clima com elevadas temperaturas médias mensais, uma umidade relativa do ar
excessiva e solos bastante lix iviados.”
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Esse pesquisador está defendendo ideais que podem ser considerados como nitidamente:
a) marxistas.
b) possibilistas.
c) neoliberais.
d) neomalthusianos.
e) deterministas.
13. Um dos conceitos mais importantes no estudo da Geografia é o do espaço geográfico. Qual das
alternativas abaixo é a que melhor o caracteriza?
a) O espaço geográfico é sinônimo de espaço natural, portanto podemos utilizar indistintamente qualquer
um desses dois termos para nos referirmos ao objeto de estudo da geografia.
b) O conceito de espaço geográfico tem como fundamento a noção da transformação de um espaço natura l
pela ação dos grupos humanos.
c) O espaço natural nunca poderá se transformar em espaço geográfico, pois são dois conceitos
absolutamente distintos entre si.
d) O conceito de espaço geográfico abrange somente as características que se relacionam com os a spectos
da natureza.
e) O espaço geográfico deve considerar em sua conceituação todos os elementos do quadro natural,
independentemente da ação humana em sua transformação.
14. De acordo com a composição “Triste Partida” de Patativa do Assaré, nas estrofes que dizem
No topo da serra
Oiando pra terra
Seu berço, seu lar
[...]
Aquele nortista
Partido de pena
De longe acena
Adeus meu lugar...
A categoria geográfica “lugar” que aparece no fragmento do texto está empregada
a) com o sentido de paisagem, pois é do topo da serra que o retirante delimita visualmente o que ele
denomina como o seu lugar.
b) erroneamente porque ninguém pode ter o sentimento de identidade e de pertencimento a uma terra
inóspita que só lhe causa sofrimento. O lugar é para cada pessoa o espaço onde consegue se reproduzir
economicamente.
c) com o sentido de território, pois trata-se de um espaço apropriado pelo fazendeiro, o qual exerce sobre
o mesmo uma relação de poder.
d) corretamente porque está impregnada de emoções e de afetividade. Há uma identidade de
pertencimento para com esta parcela d espaço.
e) com conotação de região natural, pois trata-se do Sertão nordestino de abrangência do clima semiárido
de chuvas escassas e irregulares e da presença da vegetação de caatinga.
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15. Leia o fragmento da música, e assinale a opção VERDADEIRA referente à categoria geográfica utilizada:
SAMBA DO AVIÃO
Composição: Antônio Carlos Jobim
Eparrê
Aroeira beira de mar
[...]
Vejo o Rio de Janeiro
Estou morrendo de saudades
Rio, seu mar
Praia sem fim
[...]
Este samba é só porque
Rio, eu gosto de você
A morena vai sambar
Seu corpo todo balançar
[...]
Aperte o cinto, vamos chegar
Água brilhando, olha a pista chegando
E vamos nós
Pousar...
a). CARTOGRAFIA, o trecho da música citada mostra aspectos visuais do espaço geográfico que podemos
representar em mapas.
b). ESPAÇO GEOGRAFICO, pois a composição mostra aspectos do Universo que v ivemos, ou seja, nosso
Espaço Sideral.
c). REGIÃO, os recortes espaciais abordados na canção trazem implícitos a ideia de particularidade e
agrupa elementos semelhantes entre si.
d). LUGAR, pois remete a ideia de espaço vivido e conhecido, pode-se dizer que é com este sentido afetivo
que o autor se refere à sua terra.
e). TERRITÓRIO, pois na composição, o autor aborda as territorialidades disputadas por grupos sociais
diferentes.
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