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Crescimento das Bactérias
Modelando o Cotidiano
Grupo Sigma
Estudo do crescimento
bacteriano
• Para se estudar o crescimento de uma bactéria é preciso cultivá-la,
como cultura pura, em meios de cultura e condições ambientais que
variam em condições químicas e físicas, tais como fontes de
nutrientes, osmolaridade, pH, presença ou ausência de oxigênio e
temperatura de incubação. Por exemplo, a bactéria E. coli
crescendo em um meio de cultura rico e sob condições aeróbicas,
atinge uma concentração final de 2 a 5 X 109 células por ml em
cerca de 12 a 18 horas.
• Uma das abordagens mais comuns no estudo do crescimento
bacteriano é a obtenção de curvas de crescimento. Estas são
representações gráficas do aumento do número de indivíduos em
um determinado período de tempo (Figura 1). Uma linha de
tendência passando pelos pontos do gráfico é uma curva
exponencial e cada ponto por onde a curva passa indica o número
teórico de células, em um dado tempo.
A tendência de crescimento representada na Figura 1 só pode ser
mantida indefinidamente se houver um suprimento ilimitado de
nutrientes, ambiente inalterável e espaço ilimitado. Em ambientes
naturais e em condições experimentais nas quais as disponibilidades de
nutrientes e de espaço sejam limitadas, em um dado momento algum
fator se torna desfavorável: um nutriente essencial torna-se escasso
(fontes de energia, elementos-traço), produtos tóxicos do metabolismo
acumulam-se em concentrações que inibem a divisão celular, o espaço
torna-se limitado, etc.
Quaisquer uma dessas situações, isoladamente ou em conjunto, inibem o
crescimento, provocando um declínio do número de células viáveis na
população até o ponto em que esta se extinga completamente (Figura 2).
• Em condições experimentais, quando se inocula uma população bacteriana em
um frasco contendo uma quantidade inalterável de meio de cultura (sistema
fechado), o crescimento dessa população passa por quatro fases
características, dependendo do ponto no qual o processo do crescimento seja
interrompido pelo experimentador. Essas quatro fases estão representadas na
Figura 3.
Fases do crescimento bacteriano
• A curva de crescimento da Figura 3 representa as quatro fases do crescimento
populacional bacteriano em uma situação próxima da real quando uma população de
bactérias cresce em um ambiente fechado (modelo baseado no cultivo da bactéria E. coli
em um meio de cultura rico e sob condições aeróbicas).
• 1 - Fase lag
Fase de adaptação metabólica ao novo ambiente; o metabolismo celular está
direcionado para sintetizar as enzimas requeridas para o crescimento nas
novas condições ambientais encontradas pelas células. O número de
indivíduos não aumenta nesta fase, podendo até mesmo decrescer. A duração
dessa fase depende das condições ambientais nas quais as células se
encontravam anteriormente. A fase lag será tão mais longa quanto maiores as
diferenças de composição do ambiente anterior ou se a população for
constituído de bactérias esporuladas
• 2 - Fase exponencial
Fase na qual o número de células da população dobra a cada geração. Esta
taxa de crescimento não pode ser mantida indefinidamente em um sistema
fechado. Após um determinado período de crescimento exponencial, as
condições ambientais tornam-se desfavoráveis pela escassez de nutrientes
essenciais, acúmulo de metabólitos tóxicos e limitação de espaço. À medida
que a disponibilidade de nutrientes diminui as células se tornam menos
capazes de gerar ATP e a taxa de crescimento se reduz. A duração da fase
exponencial é altamente variável dependendo tanto das características
genéticas da bactéria quanto das condições ambientais.
• 3 - Fase estacionária
Fase em que a taxa de crescimento diminui significativamente devido às
condições limitantes do meio. As células continuam metabolizando e se
dividindo, mas parte das células torna-se inviável e a taxa de divisão celular é
muito próxima da taxa de morte celular, o que mantém constante o número de
células viáveis na população. A curva de crescimento atinge um platô. A
duração da fase estacionária depende do balanço entre a taxa de divisão
celular e o número de células que vão se tornando inviáveis (morte celular ou
incapacidade de se dividir) devido às condições ambientais tornarem-se
progressivamente desfavoráveis.
• 4 - Fase de declínio
Fase em as células perdem a capacidade de se dividir, a taxa de morte celular
torna-se maior que a taxa de divisão e o número de células viáveis decresce
exponencialmente até a completa extinção da população. Nesta fase muitas
células assumem formas incomuns. Em bactérias formadoras de esporos
sobrevivem mais esporos que células vegetativas. A duração desta fase é
variável dependendo tanto das características genéticas da bactéria quanto das
condições ambientais.
Bibliografia
• Black JG. 2002. Microbiologia: fundamentos e perspectivas. 4ª
ed.Guanabara-Koogan, RJ.
• Pelczar MJ et al. 1997. Microbiologia: Conceitos e Aplicações - Vol. 1.
Makron Books.
• Trabulsi LR et al. 1999. Microbiologia. 3ª ed., Atheneu, SP.
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ed.Guanabara-Koogan, RJ.
• Pelczar MJ et al. 1997. Microbiologia: Conceitos e Aplicações - Vol. 1.
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  • 1. Crescimento das Bactérias Modelando o Cotidiano Grupo Sigma
  • 2. Estudo do crescimento bacteriano • Para se estudar o crescimento de uma bactéria é preciso cultivá-la, como cultura pura, em meios de cultura e condições ambientais que variam em condições químicas e físicas, tais como fontes de nutrientes, osmolaridade, pH, presença ou ausência de oxigênio e temperatura de incubação. Por exemplo, a bactéria E. coli crescendo em um meio de cultura rico e sob condições aeróbicas, atinge uma concentração final de 2 a 5 X 109 células por ml em cerca de 12 a 18 horas. • Uma das abordagens mais comuns no estudo do crescimento bacteriano é a obtenção de curvas de crescimento. Estas são representações gráficas do aumento do número de indivíduos em um determinado período de tempo (Figura 1). Uma linha de tendência passando pelos pontos do gráfico é uma curva exponencial e cada ponto por onde a curva passa indica o número teórico de células, em um dado tempo.
  • 3. A tendência de crescimento representada na Figura 1 só pode ser mantida indefinidamente se houver um suprimento ilimitado de nutrientes, ambiente inalterável e espaço ilimitado. Em ambientes naturais e em condições experimentais nas quais as disponibilidades de nutrientes e de espaço sejam limitadas, em um dado momento algum fator se torna desfavorável: um nutriente essencial torna-se escasso (fontes de energia, elementos-traço), produtos tóxicos do metabolismo acumulam-se em concentrações que inibem a divisão celular, o espaço torna-se limitado, etc.
  • 4. Quaisquer uma dessas situações, isoladamente ou em conjunto, inibem o crescimento, provocando um declínio do número de células viáveis na população até o ponto em que esta se extinga completamente (Figura 2).
  • 5. • Em condições experimentais, quando se inocula uma população bacteriana em um frasco contendo uma quantidade inalterável de meio de cultura (sistema fechado), o crescimento dessa população passa por quatro fases características, dependendo do ponto no qual o processo do crescimento seja interrompido pelo experimentador. Essas quatro fases estão representadas na Figura 3.
  • 6. Fases do crescimento bacteriano • A curva de crescimento da Figura 3 representa as quatro fases do crescimento populacional bacteriano em uma situação próxima da real quando uma população de bactérias cresce em um ambiente fechado (modelo baseado no cultivo da bactéria E. coli em um meio de cultura rico e sob condições aeróbicas).
  • 7. • 1 - Fase lag Fase de adaptação metabólica ao novo ambiente; o metabolismo celular está direcionado para sintetizar as enzimas requeridas para o crescimento nas novas condições ambientais encontradas pelas células. O número de indivíduos não aumenta nesta fase, podendo até mesmo decrescer. A duração dessa fase depende das condições ambientais nas quais as células se encontravam anteriormente. A fase lag será tão mais longa quanto maiores as diferenças de composição do ambiente anterior ou se a população for constituído de bactérias esporuladas • 2 - Fase exponencial Fase na qual o número de células da população dobra a cada geração. Esta taxa de crescimento não pode ser mantida indefinidamente em um sistema fechado. Após um determinado período de crescimento exponencial, as condições ambientais tornam-se desfavoráveis pela escassez de nutrientes essenciais, acúmulo de metabólitos tóxicos e limitação de espaço. À medida que a disponibilidade de nutrientes diminui as células se tornam menos capazes de gerar ATP e a taxa de crescimento se reduz. A duração da fase exponencial é altamente variável dependendo tanto das características genéticas da bactéria quanto das condições ambientais.
  • 8. • 3 - Fase estacionária Fase em que a taxa de crescimento diminui significativamente devido às condições limitantes do meio. As células continuam metabolizando e se dividindo, mas parte das células torna-se inviável e a taxa de divisão celular é muito próxima da taxa de morte celular, o que mantém constante o número de células viáveis na população. A curva de crescimento atinge um platô. A duração da fase estacionária depende do balanço entre a taxa de divisão celular e o número de células que vão se tornando inviáveis (morte celular ou incapacidade de se dividir) devido às condições ambientais tornarem-se progressivamente desfavoráveis. • 4 - Fase de declínio Fase em as células perdem a capacidade de se dividir, a taxa de morte celular torna-se maior que a taxa de divisão e o número de células viáveis decresce exponencialmente até a completa extinção da população. Nesta fase muitas células assumem formas incomuns. Em bactérias formadoras de esporos sobrevivem mais esporos que células vegetativas. A duração desta fase é variável dependendo tanto das características genéticas da bactéria quanto das condições ambientais.
  • 9. Bibliografia • Black JG. 2002. Microbiologia: fundamentos e perspectivas. 4ª ed.Guanabara-Koogan, RJ. • Pelczar MJ et al. 1997. Microbiologia: Conceitos e Aplicações - Vol. 1. Makron Books. • Trabulsi LR et al. 1999. Microbiologia. 3ª ed., Atheneu, SP.
  • 10. Bibliografia • Black JG. 2002. Microbiologia: fundamentos e perspectivas. 4ª ed.Guanabara-Koogan, RJ. • Pelczar MJ et al. 1997. Microbiologia: Conceitos e Aplicações - Vol. 1. Makron Books. • Trabulsi LR et al. 1999. Microbiologia. 3ª ed., Atheneu, SP.