2. Conceito:
Atualmente se dispõe de um conjunto de
sistemas de informação de interesse para a
saúde, gerenciados por órgãos do Governo
Federal.
A operacionalização desses sistemas(coleta de
dados. Alimentação do sistemas), acontece nos
municípios que devem transferir os dados
consolidados, numa periodicidade pré
estabelecida para cada sistema e pactuada nos
instrumentos de gestão, ao nível do governo
estadual, que por sua vez, repassa ao governo
federal
A lei 8080/90 estabelece o papel de
informações em saúde e a formação dos
sistemas de informação.
3. Como em qualquer outra atividade, no setor saúde a
informação deve ser entendida como um redutor de
incertezas, um instrumento para detectar focos
prioritários, levando a um planejamento responsável
e a execução de ações de que condicionem a
realidade às transformações necessárias
Planejar
executaravaliar
4. Planejamento é um processo de tomada de
decisões que, com base na situação atual, visa
a determinação de providências a tomar
objetivando atingir uma situação futura
desejada.
Situação atual
Processo de
transformação
Situação
futura
5. A Organização Mundial da Saúde define Sistema
de Informação em Saúde –SIS como um
mecanismo de coleta, processamento,
análise e transmissão da informação
necessária para se planejar, organizar, operar e
avaliar os serviços de saúde.
6. No novo modelo de assistência à saúde, é preciso
reverter a atual situação de centralização de dados,
de limitação do uso dos mesmos, da demora com
que são analisados e que retornam para o nível,
bem como de ações para a melhoria da qualidade
dos dados.
Conhecer os passos de cada uma das etapas de um
Sistema de Informações é de fundamental
importância para garantir não só a fidedignidade das
bases de dados, mas também a permanência e
plena utilização das mesmas.
8. Principais Sub- Sistemas de Informação
em Saúde
Além dos grandes bancos de dados gerados por atividades
de outros setores (Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística-IBGE, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada-
IPEA, etc) e estudos amostrais realizados por universidades
e outras instituições, o SIS é composto por diferentes Sub-
sistemas, que produzem uma enorme quantidade de dados
referentes à atividades setoriais em saúde, gerando grandes
bancos de dados nacionais,
dos quais se destacam:
11. O SIM é o mais antigo sistema de informação de
saúde em funcionamento no País. Foi instituído pelo
MS em 1975. Sua implementação é realizada com
apoio do Centro Brasileiro de Classificação de
Doenças (CBCD), sediado na Faculdade de Saúde
Pública da USP, que atua como referência nacional
para informações sobre mortalidade. O registro da
causa de morte baseia-se na Classificação
Internacional de Doenças, estando implantada, desde
1996, a 10ª Revisão (OMS, 1995).
Sistema de informações
sobre mortalidade (SIM)
12. O documento básico é a Declaração de Óbito
(DO), padronizada nacionalmente e distribuída
pelo Ministério da Saúde, em três vias. A
Declaração deve ser preenchida pelo médico;
nos locais sem médico, o preenchimento é feito
em cartório, diante de duas testemunhas. Esse
documento é indispensável para o fornecimento
da certidão de óbito em cartório de registro civil
e para o sepultamento. As DO são coletadas
pelas secretarias estaduais ou municipais de
saúde, em estabelecimentos de saúde e
cartórios, sendo então codificadas e transcritas
para um sistema informatizado.
16. Sistema de informações sobre nascidos
vivos (Sinasc)
Implantado gradualmente pelo MS, a partir de 1990.
Propicia informações sobre nascidos vivos no País, com
dados sobre a gravidez, o parto e as condições da
criança ao nascer.
O documento básico é a Declaração de Nascido Vivo
(DN), padronizada nacionalmente e distribuída pelo
MS, em três vias.
17. Para os partos realizados em hospitais e outras
instituições de saúde, a primeira via da DN deve ser
preenchida e enviada à secretaria de saúde
correspondente. No caso de partos domiciliares, essa
comunicação compete aos cartórios do registro civil.
Da mesma forma que no SIM, as informações são
consolidadas pelas secretarias estaduais de saúde,
que as enviam em meio eletrônico ao Cenepi/Funasa.
20. Sistema de informações de agravos de
notificação (Sinan)
Tem como objetivo coletar, transmitir e disseminar
dados, nas três esferas de governo, para apoiar
processos de investigação e de análise das
informações sobre doenças de notificação compulsória.
Concebido como sistema modular e informatizado
desde o nível local, pode ser operado a partir das
unidades de saúde.
21. Há dois documentos básicos, que
complementam entre si as informações
sobre cada caso notificado.
O primeiro é a ficha individual de
notificação (FIN), encaminhada pelas
unidades assistenciais a partir da
suspeita clínica da ocorrência de algum
agravo.
Segue-se a ficha individual de
investigação (FII), que contém campos
específicos de orientação para o
investigador do caso.
23. O Sinan foi implantado no País de forma a gradual, a
partir de 1993. Em 1998, o Cenepi redefiniu seus
instrumentos, fluxos e software, bem como as
estratégias para imediata implantação em todo o
território nacional .
Atualmente, o sistema informatizado está implantado
em 3.804 municípios. No nível nacional, o Cenepi
processa os dados que são enviados pelas secretarias
estaduais de saúde, em base quinzenal (entre o 1º e
o 3º, e entre o 15º e o17º dia útil de cada mês).
26. Sistema de informações hospitalares
do SUS (SIH/SUS)
O SIH/SUS foi concebido para operar o sistema de
pagamento de internação aos hospitais contratados
pelo Ministério da Previdência. Em 1986, foi estendido
aos hospitais filantrópicos; em 1987, aos
universitários e de ensino; e, em 1991, aos hospitais
públicos municipais, estaduais e federais
(administração indireta e outros ministérios). Reúne
informações sobre 60-70% das internações
hospitalares realizadas no país.
O documento básico é a Autorização de Internação
Hospitalar (AIH), que habilita a internação do paciente
e gera valores para pagamento.
27. A AIH é preenchida pelo estabelecimento
hospitalar e enviada mensalmente, em meio
magnético, ao gestor municipal e/ou estadual do
SUS, conforme o nível de gestão, para
processamento no nível nacional. São disponíveis
dados individualizados sobre o diagnóstico de
internação e de alta – codificados pela
Classificação Internacional de Doenças (CID) –, os
procedimentos realizados, os valores pagos e os
dados cadastrais das unidades de atendimento. O
sistema disponibiliza dados de forma sistemática,
com defasagem de apenas dois meses a partir da
data de internação.
30. Sistema de informações ambulatoriais
do SUS (SIA/SUS)
O SIA/SUS é o sistema responsável pela captação
e processamento das contas ambulatoriais do
SUS, que representam mais de 130 milhões de
atendimentos mensais.
O documento básico é o Boletim de Produção
Ambulatorial (BPA), preenchido pelas unidades
ambulatoriais. Seu processamento é
descentralizado na esfera estadual ou municipal,
conforme o nível de gestão, para envio ao
Datasus. O BPA contém o número de
atendimentos realizados por tipo de procedimento
e, dependendo deste, por grupo populacional. Os
dados não são individualizados, fornecendo
basicamente indicadores operacionais.
34. SISTEMA DE INFORMAÇÃO DA
ATENÇÃO BÁSICA (SIAB)
Possibilita conhecer a realidade da população
adscrita, seus principais problemas de saúde,
seu modo de vida e o andamento das
atividades das equipes ;
É um sistema que agrega e processa as
informações sobre a população visitada;
Essas informações são recolhidas em fichas de
cadastramento e de acompanhamento e
analisadas a partir dos relatórios de
consolidação dos dados
35. Os instrumentos de coleta de dados são:
Ficha A: cadastramento das famílias
Ficha B-GES: acompanhamento de gestantes
Ficha B-HA: acompanhamento de hipertensos
Ficha B-DIA: acompanhamento de diabéticos
Ficha B-TB: acompanhamento de pacientes com
tuberculose
Ficha B-HAN: acompanhamento de pacientes com
hanseníase
Ficha C: acompanhamento de crianças (Cartão da
Criança)
Ficha D: registro de atividades, procedimentos e
notificações
47. Passou a integrar com o Cartão Nacional de Saúde .
Esta integração visa agilizar e garantir qualidade ao
processo de regulação nacional, dando assim uma
maior credibilidade aos dados dos pacientes atendidos.
Serve para o gerenciamento de todo Complexo
Regulatório, indo da rede básica à internação
hospitalar, visando à humanização dos serviços, maior
controle do fluxo e a otimização na utilização dos
recursos, além de integrar a regulação com as áreas
de avaliação, controle e auditoria.
48. Atualmente o sistema atua em 1600
municípios em todo o Brasil com 204
CENTRAIS DE REGULAÇÃO AMBULATORIAL
e 19 CENTRAIS DE REGULAÇÃO
HOSPITALAR.
Fonte: Coordenação de Desenvolvimento de Sistemas de Saúde/CGAM
Departamento de Informática do SUS
49. SISREG ambulatorial
É um sistema que se destina a regular as consultas
ambulatoriais especializadas bem como os exames
complementares.
As vagas para esse nível de complexidade são finitas e
portanto o encaminhamento para consultas e a
solicitação dos exames complementares deve ser uma
conduta reservada .
Não se destina portanto à regulação de vagas urgentes
e situações de emergência nem tampouco regulação de
vagas de internação hospitalar. Nessas situações os
profissionais devem acessar diretamente a Central de
regulação hospitalar
50. Critérios de Prioridade
O SISREG permite no momento da solicitação de exame/consulta
especializada a priorização por cores:
VERMELHO: são situações clínicas graves e/ou que necessitam
um agendamento prioritário, em até 30dias.
AMARELO: são situações clínicas que necessitam um
agendamento prioritário, para próximos dias, em até 90dias.
VERDE: são situações clínicas que necessitam um agendamento
prioritário, Podendo aguardar até 180dias.
AZUL: são situações clínicas que não necessitam um
agendamento prioritário, Podendo aguardar mais que 180 dias.
ATENÇÂO: trata-se exclusivamente de regulação ambulatorial.
Toda situação que necessitar encaminhamento imediato ao
especialista ou remoção, em caso de urgência ou emergência
com risco de morte deve ser acionada a Central de Regulação
para “VAGA ZERO” e a central de ambulâncias se houver
necessidade de remoção.
52. O Sis-Pré Natal tem a finalidade de permitir o
acompanhamento adequado das gestantes
inseridas no Programa de Humanização no Pré-
Natal e Nascimento (PHPN), do Sistema Único de
Saúde.
No Sis-Pré Natal está definido o elenco mínimo de
procedimentos para uma assistência pré-natal
adequada.
Permite o acompanhamento das gestantes, desde o
início da gravidez até a consulta de puerpério.
53. SISCOLO/SISMAMA - Sistema de
Informação do câncer do colo do útero
e Sistema de Informação do câncer e
mama
54. Sistema informatizado de entrada de dados
desenvolvido pelo DATASUS em parceria com o INCA,
para auxiliar a estruturação do Viva Mulher
(Programa Nacional de Controle do Câncer do Colo do
Útero e de Mama). Coleta e processa informações
sobre identificação de pacientes e laudos de exames
citopatológicos e histopatológicos, fornecendo dados
para o monitoramento externo da qualidade dos
exames, e assim orientando os gerentes estaduais do
Programa sobre a qualidade dos laboratórios
responsáveis pela leitura dos exames no município.
Emite laudo de exames citopatológicos e
histopatológicos;
56. Por definição o SISVAN é um sistema que visa
o acompanhamento do estado nutricional de
crianças de 0 a 5 anos que frequentam a rede
municipal de saúde e todas as gestantes que
fazem o pré natal na rede pública municipal de
saúde, interferindo sempre que necessário,
para evitar os agravos nutricionais.