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INOVAÇÕES DE EMPREENDEDORISMO 
Dessa forma, os empreendedores que estão dispostos a investir nas ideias de outros estão, na 
verdade, comprando um conhecimento que não possuem e estão também se associando a um 
grupo de empreendedores que investem na mesma marca ou bandeira. No entanto estes 
empreendedores ficam limitados aos padrões, à estética, ao comportamento e à criação dos 
donos da franquia. Estes empreendedores podem até tentar inovar em alguns aspectos que 
envolvem o seu negócio, mas essa não é a regra. 
Assim, as pessoas que têm um perfil empreendedor, mas que gostam de estar livres para 
inovar e desenvolver suas próprias ideias devem pensar duas vezes antes de se tornarem 
empreendedores através destes tipos de negócios, pois pode ser bastante frustrante não 
poder dar suas contribuições e mudar algumas coisas em um negócio que, afinal de contas, 
também é seu. 
Por outro lado, os próprios donos de franquias deveriam buscar ser mais inovadores. Sugiro 
que eles procurem adotar modelos de gestão da inovação que permitam que os franqueados 
participem dos processos de inovação dos negócios. Afinal, as próprias franquias em um 
primeiro momento foram inovadoras por terem criado algo que atraiu outros 
empreendedores dispostos a investir na sua rede. Ou seja, em um primeiro momento, eles 
foram inovadores, mas depois querem engessar o modelo porque acreditam ser esta uma 
fórmula de sucesso que não deve ser alterada. 
No entanto alguns empreendedores sem perfil inovador param de estudar e de buscar novos 
conhecimentos ao atingirem o nível de sucesso que eles esperavam chegar, passando a uma 
acomodação natural do ser humano. Há também os inovadores que acham que a inovação é 
um fim em si mesmo. 
A Inovação tem sido destacada como a grande força propulsora e renovadora das empresas e, 
consequentemente, do crescimento sustentável das nações. O fato de “fazer diferente” é 
reconhecido por todos como algo que proporciona uma posição de destaque junto aos 
clientes, fornecedores e a sociedade, gerando, com isso, valor econômico para as 
organizações. 
Inovar, pragmaticamente, é transformar ideias novas em resultados sustentáveis, ou seja, 
consiste no justo equilíbrio entre criatividade e processos para geração de valor. Em termos de 
criatividade, o Brasil tem um diferencial oportuno em comparação com outros países. É, ao
mesmo tempo, o país da biodiversidade e da etnodiversidade. É uma nação multicultural e 
linguisticamente unida - diferente da Europa, por exemplo -, em que o respeito e admiração da 
diferença, de forma geral, prevalecem. Por outro lado, o Brasil tem, também, um enorme 
desafio, que consiste na própria inserção efetiva desta diversidade no contexto organizacional. 
Para mencionar um único e bastante revelador dado, no Brasil, menos de 27% dos cientistas 
atualmente trabalham em projetos ligados a empresas. Nos Estados-Unidos, país que viu 
nascerem empresas como Cisco, Xerox, Google, Apple, Facebook, entre outras grandes 
marcas, 80% dos pesquisadores são inseridos em trabalhos empresariais. Na Correia do Sul, 
que acelerou de forma exemplar seu crescimento nas últimas duas gerações, este mesmo 
número é de 77%. 
O Brasil tem um cenário empreendedor interessante que o coloca como país de destaque no 
mundo. Porém, este destaque está mais ligado ao tamanho da população empreendedora do 
que pelo planejamento empreendedor. Infelizmente por aqui essa atividade ainda acontece 
mais no sentido de um da necessidade e não de oportunidade, e com muito pouco conteúdo 
inovador. 
Os dados da PINTEC (Pesquisa de Inovação Tecnológica) coletados pelo IBGE, demonstram que 
o protagonismo privado nos investimentos em inovação e, consequentemente, na cultura do 
risco como contrapartida da oportunidade, ainda é baixo. Efetivamente, a porcentagem total 
de investimentos privados em Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação (PD&I) no Brasil é de 
0,55% do PIB, contra 1,87% nos Estados Unidos e 2,45% na Correia do Sul. 
Naturalmente, não se deve utilizar de tais dados para autenticar que o país estacionou a 
inovação. No Paraná, por exemplo, tem se incentivado e verificado um esforço cada vez maior 
de desenvolvimento da inovação por meio de parcerias. Redes internas e externas de parceria, 
que decorrem do incentivo ao trabalho interno em rede (potencializado pela chamada web 
2.0), e pela busca constante pela aproximação de empresa-empresa, universidade-empresa, 
ONG-empresa e governo-empresa, têm sido decisivas para o fortalecimento da cultura de 
empreendedorismo inovador no Estado. 
Entre os esforços que estão propulsionando o Paraná em termos de referência para o Brasil 
em inovação, e que tem despertado o interesse de outros países, está a iniciativa da Federação 
das Indústrias do Paraná (Fiep), com a criação do C2i - Centro Internacional de Inovação 
(www.c2i.org.br). A abordagem do C2i para acelerar o desenvolvimento do setor produtivo do 
Estado, consiste em propor que “inovar é transformar conhecimentos novos em resultados 
sustentáveis”, e que a gestão da inovação está na “capacidade sistemática e estratégica de 
inovar”. Apontando, portanto, para dois pilares essenciais e em constante equilibro desta 
disciplina: a Cultura da Inovação, e os Processos de Inovação. 
Cinco Lições para Promover o &Empreendedorismo de Inovação pela 
PricewaterhouseCoopers [Inglês] 
Por Marcus Erb
Baixar o Artigo [Inglês] 
“Por que restringiríamos a solução do problema a 12 pessoas em volta de uma mesa 
quando temos 30.000 pessoas em 78 unidades em todo o país que poderiam estar nos 
ajudando?” — Mitra Best, Líder de Inovação nos Estados Unidos, 
PricewaterhouseCoopers 
Os líderes na PricewaterhouseCoopers, a empresa mundial de contabilidade e presente 
sete vezes na lista de 100 Melhores Lugares para Trabalhar da FORTUNE, estão 
constantemente em busca de criar uma mão-de-obra inovadora e empreendedora. O 
esforço para criar esse modelo de inovação contínua trouxe crescimento e receita. Nesse 
processo, seus trabalhos para colaborar e capacitar os funcionários ajudaram a criar um 
ambiente de trabalho ainda melhor. 
Na Conferência Great Place to Work®de 2011, em Denver, a Líder de Inovação da PwC 
nos EUA, Mitra Best, contou como ela e a empresa criaram um escritório de inovação 
de classe mundial através de 160.000 funcionários motivadores e inspiradores para 
desafiar o status quo e levar a empresa adiante. 
Este artigo ressalta cinco lições práticas da PricewaterhouseCoopers que podem ser 
aplicadas em qualquer ambiente de trabalho. 
A ImportâNcia Da InovaçãO Para O Empreendedorismo 
Presentation Transcript 
· 1. A Importância da Inovação Para o Empreendedorismo Prof. Marcelo Bárcia 
www.profbarcia.com 
· 2. Por Que a Inovação é tão importante para as empresas na atualidade ? 
o Segundo a Wikipedia : “ Inovação significa novidade ou renovação. A palavra é 
derivada dos termos em latinos novus (novo) e innovatio (algo criado novo) e 
se refere à uma idéia, método ou objeto que é criado e que pouco se parece 
com padrões anteriores” (2009) 
· 3. A realidade do cenário atual: 
o O ambiente empresarial vive um cenário marcado: 
o Pela competição acirrada; 
o Globalização ; 
o Mudanças rápidas e buscas e... 
o ...dificuldades em encontrar vantagens competitivas sobre concorrência. 
· 4. Neste sentido... 
o As Inovações podem auxiliar empresas e empreendedores na obtenção dessas 
vantagens. 
o Porém, é fácil ser Inovador ?
o Certamente, não. Não é só uma questão de visão extraordinária ou de excesso 
de criatividade de alguns Dirigentes, Empreendedores e Colaboradores. 
· 5. A Criação de um ambiente favorável à Inovação: 
o Uma organização inovadora permite e incentiva a participação de toda à sua 
equipe; 
o Uma organização inovadora é flexível em sua gestão; 
o Uma organização inovadora desenvolve espaços formais para a participação e 
envolvimento de todos. 
· 6. Portanto, podemos afirmar que... 
o A Inovação depende do envolvimento e vontade da direção da empresa; 
o É preciso disseminar, independente do porte ou setor, o conceito de Inovação 
dentro da empresa; 
o É preciso valorizar (até premiar) as idéias e sugestões inovadoras. 
· 7. O Que Ganha a Empresa Inovadora? 
o Além, das famosas Vantagens Competitivas sobre a concorrência. A empresa 
inovadora certamente gera um bem-estar e satisfação maior para 
Empreendedores e Colaboradores e isso já ajuda muito na criação de um 
ambiente inovador. 
ransformando o ambiente organizacional com a Inovação e o 
Intra-empreendedorismo 
Haroldo de Oliveira Costa 
Analista de Sistemas com Especialização em Gestão e Tecnologia da 
Informação e MBA em Gestão de Negócios pelo Ietec. Gerente de Tecnologia 
da Informação da Mineração Lapa Vermelha Ltda., Fazenda Lapa Vermelha. 
RESUMO 
Este artigo procura demonstrar a importância da Inovação e do Intra-empreendedorismo 
para as organizações modernas que operam no ambiente da economia globalizada e de 
concorrência assídua. Por meio de pesquisa bibliográfica e estudos de outros artigos 
levantaram-se aspectos importantes da inovação e do intra-empreendedorismo como 
fatores de transformação nas organizações, destacando os processos de implantação e 
desenvolvimento destes dois pilares de desenvolvimento. A inovação é o resultado da 
criatividade e o processo de inovação se constitui da idéia, a sua implementação e o 
resultado esperado. O Intra-empreendedorismo é o desenvolvimento de atividades 
empreendedoras no âmbito interno das organizações. 
Palavras-Chave: Ambiente Organizacional, Inovação e Intra-Empreendedorismo.
Inovação e Intra-empreendedorismo 
As organizações modernas estão atuando fortemente na área da Inovação e do Intra-empreendedorismo 
como fatores de diferencial competitivo para suas atividades, já que 
em uma economia globalizada a concorrência e a dificuldade de alcançar novos 
mercados são pontos críticos para o crescimento do negócio. Mercados que há alguns 
anos atrás eram restritos para poucas empresas hoje sofrem a pressão de novos 
concorrentes. 
A expressão inovação está cada vez mais presente nos estudos da área de administração 
e aliado a ela a atividade empreendedora, que antes estava focada na criação de novos 
negócios e agora se volta para o interior das empresas, como um novo perfil das 
atividades e funções intrínsecas dos colaboradores. 
A inovação pode ser percebida de várias formas nas organizações: novos produtos, 
remodelagem de produtos já existentes, novos processos internos, novas formas de 
atendimento a clientes, etc. 
“A constante invenção de soluções pode ser percebida não somente como obra do 
homem, mas também como fórmula da natureza. O estudo da história mostra que de 
maneira geral, estar em transformação é uma das poucas coisas constantes nos sistemas. 
Percebe-se que sistemas que nunca se reinventam, transformam e adaptam tendem ao 
desaparecimento no curso do tempo”, Carlos Amorim Lavieri, 2005, USP. 
O intra-empreendedorismo é o trabalho do empreendedor dentro das corporações, o que 
torna as pessoas intra-empreendedoras agentes da inovação, motivando a inovação e a 
evolução constante das organizações. “O empreendedorismo é um processo pelo qual se 
fazem algo novo (criativo) e algo diferente (inovador) com a finalidade de gerar riqueza 
para indivíduos e agregar valor para a sociedade”, Gina Paladino, 2006, FIEP. 
A aplicação destes dois pontos de evolução nas organizações passa por etapas de 
mudanças da cultura organizacional e do perfil dos colaboradores. Mudança na cultura 
organizacional com a adoção de meios para a valorização da inovação no ambiente da 
empresa, e mudança do perfil dos colaboradores com o incentivo e adoção do perfil 
empreendedor dos mesmos, criando assim um ambiente inovador e empreendedor. Para 
Schumpeter, produzir a Inovação e principalmente liderar (garantir) a implementação 
destas inovações nos processos produtivos era o papel exercido por aqueles que ele 
chamou então de empreendedores (SHUMPETER, 1982). 
Estas mudanças serão os novos pilares para as organizações inovadoras e atualizadas. 
"A empresa que se recusa a ser criativa, não aprimorando os seus produtos e sua 
estrutura, ou não estando atenta a novas descobertas desenvolvidas em outras partes do 
mundo, está fadada a ser superada rapidamente." Roberto Duailibi, 1990. 
Criação do ambiente Inovador com o Intra-Empreendedorismo 
Como transformar o ambiente das organizações para uma cultura empreendedora e 
inovadora? Esta é a grande questão a ser avaliada pelos gestores das organizações 
modernas.
A primeira consideração que devemos fazer é com relação às características dos 
colaboradores da organização, que devem estar voltadas para o empreendedorismo e 
assim seja praticado o intra-empreendedorismo e por conseqüência as idéias surjam na 
organização. Para a elevação desta característica devemos desenvolvê-la através de 
cursos e a organização deve abrir espaço para a criatividade dos indivíduos e das 
equipes, incentivando o surgimento de intra-empreendedores e empreendedores 
corporativos. Pinchot percebeu que o empreendedor descrito por Schumpeter não era 
apenas aquele indivíduo que constrói uma empresa, mas também aquele que dentro das 
estruturas corporativas existentes age de modo inovador e se responsabiliza por 
implementar as invenções necessárias aos mais variados processos. (PINCHOT, 1978). 
A gestão da empresa também deve ser considerada como ponto importante, já que as 
mudanças na cultura da empresa para uma valorização do intra-empreendedorismos 
devem vir da alta direção das organizações, que deve apoiar as mudanças e implementar 
ações de gestão e compensação das inovações. A alta direção deve delegar poderes para 
as mudanças e também definir limites, pois será instalado um ambiente de liberdade 
para inovação na organização. Os gerentes devem assumir uma posição de 
“patrocinadores” dos intra-empreendedores, dando-lhes apoio e uma direção na 
organização. Muitas vezes as organizações perdem oportunidades de melhorar sua 
competitividade porque a cultura empresarial, essencialmente avessa a mudanças, 
estimulava aquelas pessoas dentro da organização que seriam potenciais 
empreendedores a desistir dos projetos ou abandonar as empresas para implementá-las. 
Métodos de incentivo aos intra-empreendedores e as inovações também são fatores que 
facilitam a cultura inovadora nas empresas, motivando os colaboradores nas inovações e 
no desenvolvimento do potencial intra-empreendedor. Alguns métodos de incentivos 
como prêmios, bônus, aumento de salário, promoção e também o reconhecimento 
público, são aplicados nos sistemas de gestão da inovação como incentivo e 
mantenedores do processo de inovação nas organizações. 
Outros fatores também são importantes e devem ser considerados para a criação do 
ambiente inovador e do desenvolvimento do intra-empreendedorismo nas organizações: 
• A disciplina para tratar da inovação e dos seus processos, para que não se desvie dos 
objetivos de implantação de um sistema de Gestão de Inovação e intra-empreendedorismo 
nas organizações; 
• Criar uma cultura do aprendizado e da pesquisa na organização para a evolução 
constante e busca de novos conhecimentos e técnicas para as organizações; 
• Flexibilidade para mudanças, provocadas pelas inovações e para a implantação do 
sistema de gestão da inovação; 
• Tolerância aos riscos e erros que podem vir de inovações e idéias empreendedoras, o 
risco calculado deve ser estimulado e acompanhado para evitar problemas que 
desestimulem novas tentativas de inovação; 
• Criação de ambiente diferenciado para equipes que trabalhem com a inovação e com 
pesquisa; 
O processo de inovação e aplicação do intra-empreendedorismo nas organizações deve 
ser organizado para que tenha apoio dos colaboradores e sua participação contínua, 
assim a cultura inovadora se propaga pela organização e os colaboradores vão criando 
um perfil empreendedor. O processo como um todo deve ser tratado, do surgimento da 
idéia (tradução), da sua avaliação de viabilidade, implementar idéias e avaliar
resultados, não esquecendo sempre do reconhecimento dos trabalhos. 
Liderança Intra-empreendedora. 
As organizações modernas participam de mercados voláteis e competitivos onde o 
aumento das vendas torna-se cada vez mais difícil e existe uma dificuldade em se obter 
vantagens sobre os concorrentes, devido a estes fatores a inovação que advém de uma 
capacidade intra-empreendedora dos colaboradores será o diferencial para obter lucros e 
vantagens competitivas. 
A liderança das organizações terá um papel decisivo para a mudança da cultura interna, 
fomentando a inovação e o perfil empreendedor internamente. 
Um líder que propicie a inovação deve valorizar seus subordinados por suas idéias, 
permitir uma liberdade para exposição e desenvolvimento de idéias, serem parceiro no 
desenvolvimento de inovações, assumirem riscos, compartilhar conhecimentos e 
estimular a criação. “Aqui as pessoa são desconfortavelmente estimuladas a ir além da 
função específica de seu cargo”, afirma Luiz Ernesto Gemignani, presidente da Promon. 
A liderança empreendedora será o diferencial para a criação de equipes inovadoras e 
intra-empreendedoras. 
Empresas Inovadoras 
As empresas “Inovadoras” já trabalham com o intra-empreendedorismo e desenvolvem 
a cultura da inovação nos seus ambientes internos, para isto viram que não era 
necessário apenas investir em P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) e sim mudar suas 
culturas. Atualmente nestas empresas existe todo um ambiente voltado para a inovação, 
a gerência da empresa, os grupos de pesquisas, grupos multidisciplinares para estudos, 
sistema de motivação e premiação de inovações, sistema de gerência da inovação e do 
conhecimento. 
Exemplos clássicos como a 3M umas das recordistas em registro de patentes em todo o 
mundo, onde existem sistemas sofisticados para a inovação, a Gillete que tem dentro da 
uma linha de testes dos produtos pelos colaboradores e que está sempre inovando da 
frente dos concorrentes, a inovação também vem por meio de serviços como a GOL que 
inovou na forma de serviços prestados aos clientes e também no público alvo de seus 
serviços. 
Temos que salientar aqui que a inovação e o intra-empreendedorismo não estão 
presentes somente nas grandes corporações, está também em organizações de pequeno e 
médio porte, onde o ambiente e a própria origem são propícios a estas atividades. 
Conclusão 
Atualmente o perfil empreendedor das pessoas é visto como uma característica de suma 
importância, não só para a vida pessoal como também para o ambiente organizacional 
nos quais elas estão inseridas. Este perfil é o gerador de inovações nas organizações
modernas, que já enxergaram este diferencial empreendedor e o potencial das inovações 
para alavancarem os seus negócios. 
Organizações tradicionais com uma administração fechada e não inovadora estão 
caminhando para um futuro incerto onde os mercados estarão em mudanças contínuas e 
em evolução constante, abertos a novas idéias e altamente competitivos. 
Os gestores serão os responsáveis para a mudança do perfil das organizações e pela 
conquista de novos caminhos para um futuro no mercado globalizado e competitivo, 
estando sempre abertos a inovação e ao novo perfil de colaboradores empreendedores. 
No futuro as empresas inovadoras com profissionais intra-empreendedores estarão 
presentes no mercado e com uma força a mais em relação a seus concorrentes, 
tornando-as competitivas e preparadas para atuarem nos mercados em evolução. E além 
do mais a economia mundial vive um período de valorização do conhecimento, com a 
inovação e o intra-empreendedorismo tende-se a valorizar este bem das organizações. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
DRUCKER, P. Inovação e Espírito Empreendedor. São Paulo, Pioneira, 1987 5º Ed. 
LAVIERI, Carlos Amorim; MELLO, Álvaro. Estímulos ao Processo de inovação, 
associados ao intra-empreendedorismo. Em: SEMEAD, 2005, São Paulo. anais do VI 
SEMEAD, 2005. 
Disponível em 
<http://www.ead.fea.usp.br/semead/8semead/resultado/trabalhosPDF/399.pdf> Acesso 
em Outubro de 2008. 
LEAL, Wilson L.M. Apostila Gestão da Inovação. IETEC: Setembro / 2008. 
POLIGNANO, Luiz Castanheira. Apostila Gestão da Inovação. IETEC: Setembro / 
2008. 
MARQUES, Davi; RICCI, Fábio; MOLINA, Vera Lúcia Ignácio. Intra- 
Empreendedorismno e Sua Relação com o Desenvolvimento Regional. Disponível em 
< http://www.inicepg.univap.br/INIC_2006/epg/06/EPG00000428_ok.pdf> Acesso em 
Outubro de 2008. 
SBRAGLIA, Roberto (Coordenador). Inovação: Como vencer esse desafio empresarial. 
São Paulo, Clio Editora, 2006. 
PALADINO, Gina. Artigo EMPREENDORISMO DENTRO DA EMPRESA, 
22/09/2006. Disponível em <http://www.indicadoresjoinville.com.br/conteudo_1.asp? 
idmenu=127&idconteudo=594> Acesso em Outubro de 2008. 
SCHUMPETER, Joseph Alois. A Teoria do Desenvolvimento Econômico : uma 
investigação sobre lucros, capital, crédito, juro e o ciclo econômico. São Paulo: Abril 
Cultural, 1982.
PINCHOT, G.; PINCHOT, E. S. Intra-Corporate Entrepreneurship Fall, 1978 
ROBERTO, Duailibi, JR., Harry Simonsen. Criatividade e Marketing. McGraw-Hill: 
1990. 
novação, Processo Criativo e Empreendedorismo 
· Empreendedorismo Social , Especiais, Sustentabilidade 
· Nenhum comentário 
· 11 de outubro de. 2009 
Autor: Giórgio de Jesus da Paixão* 
Conhecimento é a matéria-prima das novas idéias. O individuo criativo é alguém com 
bagagem de conhecimentos, mas isso não basta. A verdadeira chave para se tornar 
criativo está no que se faz com o conhecimento. São as atitudes que definirão se o 
indivíduo é mais ou menos criativo e é em torno das suas atitudes que o empreendedor 
desenvolve e amplia seu potencial criativo, bem como de seus colaboradores (CHER, 
2008). 
Criatividade vem de criar, que significa “dar origem a”, “produzir”, “inventar”. É o 
processo que resulta no surgimento de um novo produto, serviço ou comportamento, 
aceito como útil, satisfatório ou de valor em algum momento. Assim, criar será inovar, e 
não haverá campo no qual a inovação não possa produzir efeitos, seja no modo de 
pensar, de agir, não agir, falar, trabalhar, entregar ou distribuir. (…) Onde houver um 
padrão e um costume haverá possibilidade de inovação, pois sempre será possível 
quebrá-los. Onde houver conhecimento será possível inovar, a partir do seu rearranjo 
(Cher, 2008, pág. 204) 
A fim de despertar esse espírito criativo no ser humano é necessário antes, romper com 
uma barreira interna inerente ao ser humano, a certeza que de que não há mais nada 
novo a ser criado e que já não exista no cotidiano das pessoas e das empresas. Como já 
visto, o empreendedorismo rompe com o este paradigma possibilitando ao ser humano, 
infindáveis oportunidades de recriar não somente ao seu ambiente, mas a toda uma 
sociedade é uma idéia de melhoria contínua. 
Outro aspecto importante é relativo à atenção do empreendedor à sua inovação. Se você 
lançar uma inovação e não se mantiver atento e ligado a ela, a mensagem que ficará 
para todos é que tal inovação não é importante nem para você, tampouco para seus 
funcionários e para a empresa (CHER, 2008). 
Desta forma, 
Para haver inovação é preciso criatividade. Toda definição pertinente de criatividade 
inclui o elemento essencial de novidade. Criamos quando descobrimos e exprimimos 
uma idéia, um produto, um serviço ou uma forma de comportamento que seja nova em 
certo grupo social (Cher, 2008, pág. 203).
Quando encontramos soluções constantes para os problemas, construímos novos 
produtos, definimos novas perguntas em determinado campo então utilizamos a 
criatividade empreendedora. 
O mundo tem passado por várias transformações em curtos períodos de tempo, 
principalmente no século XX, quando foi criada a maioria das invenções que 
revolucionaram o estilo de vida das pessoas. Geralmente, essas invenções são frutos de 
inovação, de algo inédito ou de uma nova visão de como utilizar coisas já existentes, 
mas que ninguém antes ousou olhar de outra maneira. Por trás dessas invenções, 
existem pessoas ou equipes de pessoas com características especiais que são visionárias, 
questionam, arriscam, querem algo diferente, fazem acontecer e empreendem. Os 
empreendedores são pessoas diferenciadas, que possuem motivação singular, 
apaixonadas pelo que fazem, não se contentam em ser mais um na multidão, querem ser 
reconhecidas e admiradas, referenciadas e imitadas, querem deixar um legado. Uma vez 
que os empreendedores estão revolucionando o mundo, seu comportamento é o próprio 
processo empreendedor devem ser estudados e entendidos (DORNELAS, 2005). 
Referências: 
CHER, Rogerio. Empreendedorismo na veia : um aprendizado constante. Rio de 
Janeiro: Elsevier; SEBRAE, 2008. 228 p. 
DORNELAS, José Carlos Assis,. Empreendedorismo: transformando idéias em 
negócios. 2. ed. Rio de Janeiro, RJ: Elsevier, 2005. 293 p. 
*Giórgio de Jesus da Paixão é graduado do curso de Administração Pública da 
UDESC/ESAG. Atualmente é colaborador do SENAI. 
INOVAÇÕES TECNOLOGICA 
Inovação tecnológica é um termo aplicável a inovações de processos e de produtos 1 . De modo 
geral, é toda novidade implantada pelo o setor produtivo, por meio de pesquisa ou 
investimentos, e que aumenta a eficiência do processo produtivo ou que implica um novo ou 
aprimorado produto, de acordo com o Manual de Oslo, elaborado pela Organização para 
Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) 
Tipos 
Inovação Tecnológica de Produto 
Inovação de Produtos tecnologicamente novos, são produtos cujas características 
tecnológicas ou usos pretendidos diferem daqueles dos produtos produzidos 
anteriormente. Tais inovações podem envolver tecnologias radicalmente novas e podem 
basear-se na combinação de tecnologias existentes em novos usos, ou podem ser 
derivadas do uso de novo conhecimento. 
Inovação de Produtos tecnologicamente aprimorados, são produtos existentes cujos 
desempenhos tenham sido significativamente aprimorados ou elevados. Um produto 
simples pode ser aprimorado (em termos de melhor desempenho ou menor custo)
através de componentes ou materiais de desempenho melhor, ou um produto complexo 
que consista em vários subsistemas técnicos integrados pode ser aprimorado através de 
modificações parciais em um dos subsistemas. 
Inovação Tecnológica de Processo 
Inovação tecnológica de processo é a adoção de métodos de produção novos ou 
significativamente melhorados, incluindo métodos de entrega dos produtos. Tais 
métodos podem envolver mudanças no equipamento ou na organização da produção, ou 
uma combinação dessas mudanças, e podem derivar do uso de novo conhecimento. Os 
métodos podem ter por objetivo produzir ou entregar produtos tecnologicamente novos 
ou aprimorados, que não possam ser produzidos ou entregues com os métodos 
convencionais de produção, ou pretender aumentar a produção ou eficiência na entrega 
de produtos existentes2 . 
Teorias da Inovação 
Em sua obra A extinção dos Tecnossauros, Nicola Nosengo oferece uma visita guiada 
com o intuito de aproveitar os fracassos, que são momentos de crise de um sistema, para 
evidenciar os lugares-comuns nos quais se baseia nossa percepção da inovação 
tecnológica configurando a tecnologia como um fator natural que deve ser explicado por 
uma ciência humana. A técnica de inovação só é levada a sério pelos humanistas e 
explorada pelas ciências sociais quando ocorre o surgimento dos meios eletrônicos e 
sistemas relacionados à informática. Várias metáforas foram exploradas pelos 
estudiosos para tentar pensar o processo da tecnologia, após ignorá-la como ciência 
durante dois mil anos. 3 
Metáfora da Caixa-Preta 
Enquanto economistas como Lionel Robbins excluíam a técnica da mudança 
tecnológica de seus campos, o teórico Joseph Schumpeter estudou os processos 
tecnológicos distinguindo invenção (atividade do cientista, técnico ou inventor) e 
inovação (atividade do empreendedor que mercantiliza a invenção). Apesar dessa 
distinção ter sido o destaque de sua análise na época, é observado que ela limitou o 
conhecimento de onde surgem as novas tecnologias e como prevalecem no tempo. 
Segundo Schumpeter, "a inovação é possível sem o que chamamos invenção, e a 
invenção não necessariamente comporta uma inovação [...] entre o processo social que 
dá lugar às invenções e aquele que dá lugar às inovações não existe uma relação 
recíproca." Nosengo afirma que a inovação é o motor principal da invenção, pois ela é 
externa ao sistema econômico. Ele também define progresso econômico como a 
incorporação de recursos produtivos em novos usos, retirando-os de seu uso original. 
Schumpeter também criou a definição de "destruição criadora", onde um produto 
inovador destrói um equilíbrio para originar um novo e superior no sentido tecnológico, 
desestabilizando o sistema capitalista e, ao mesmo tempo, assegurando a ordem. No 
período pós-guerra, teóricos dividiram-se em dois ideais: 
· Technological Push (Impulso Tecnológico): Posicionam o avanço do conhecimento 
científico como base para inovação e excluem a possibilidade da demanda do público 
oferecer alguma influência sobre o desenvolvimento tecnológico.
· Market Pull (Impulso do mercado): Defendem que as empresas buscam satisfazer a 
demanda do mercado oferecendo uma resposta para seus problemas. 
Ambas as concepções se devem a Nathan Rosenberg, autor de Dentro da caixa-preta, 
1991. O autor cita em sua obra o exemplo da ciência metalúrgica, quando a tecnologia 
definitivamente impulsionou a ciência. O conceito de demanda é insustentável, porém 
também não se pode afirmar que o desenvolvimento da ciência interfere diretamente no 
desenvolvimento de tecnologias. Técnica e mercado evoluem simultaneamente. 
Metáfora dos Tecidos, redes e costuras 
Possui raízes no campo da sociologia e história, tendo uma atitude mais controvertida 
que a economia em relação à técnica. Sociólogos do século XX adotaram visões 
simplistas e realizaram pesquisas em sua maioria a respeito dos "efeitos" que a 
tecnologia produz sobre a sociedade e vice-versa. Os pensadores se interessaram por 
muito tempo apenas no estudo da difusão das tecnologias, sem propor o entendimento 
de como e por que elas surgiram. Porém, há uma distinção temporal entre invenção e 
difusão: A maioria dos objetos técnicos se modificam a partir de sua difusão e de que 
forma é realizada. Já a História relatou muitas vezes a tecnologia apenas como 
contribuição dos inventores, sem compreender sua complexidade e seus atributos. 
Participantes da Associação Europeia para o Estudo da Ciência e da Tecnologia, em 
1982, propusaram uma visão de "construção social" da tecnologia, eliminando a teoria 
do inventor e posicionando as interações sociais como principal fonte de formação de 
um objeto técnico. Essa teoria ocasionou o surgimento de contribuições 
complementares à sua tese, como a coletânea de ensaios The social construction of 
technological systems, em 1989, que reúne manifestos de um novo gênero de estudo 
sobre a tecnologia, o SCOT (Social Construction of Technology). A abordagem da 
técnica era sintetizada em três pontos fundamentais: 
· Recusa da figura do inventor individual como conceito central. 
· Recusa do determinismo tecnológico (concepção de tecnologia como agente 
modificador da sociedade) 
· Recusa da distinção entre aspectos técnicos, sociais, políticos e econômicos do 
desenvolvimento tecnológico. 
A metáfora do "tecido sem costura" explica a união dessas dimensões da atividade 
humana. O modelo de desenvolvimento tecnológico proposto por Trevor Pinch e Wiebe 
Bijker se dá através da relação: 'grupo social relevante' > apresentação de um 'problema' 
> proposta de 'solução'. Não é necessário resolver efetivamente os problemas, e sim 
chegar a um encerramento retórico, no qual os grupos relevantes vêem o problema 
como resolvido. Michel Callon e Bruno Latour fundam a teoria da tecnociência baseada 
na metáfora da rede, na qual a tecnologia conecta aspectos sociais e técnicos, sem a 
possibilidade de os distinguir ou hierarquizar inteiramente. 
Correio pneumático e carro elétrico 
O caso do correio pneumático, que desapareceu das grandes cidades onde existiu por 
muitas décadas, mostra que “grandes sistemas podem ser considerados verdadeiramente 
concretizados apenas quando atingem um ponto provisório de não retorno.” O caso da
recorrentemente frustrada espera pelo carro elétrico ilustra que não se entra duas vezes 
no mesmo rio da tecnologia, pois “aquele carro elétrico permaneceu uma promessa não 
cumprida”. 
Videophone IMG 1107-white 
O fracasso do videofone ressalta que “a ausência de imagem é uma qualidade e não uma 
limitação do telefone.” A inexistência do carro voador é vista como evidência de que 
“os grandes sistemas técnicos precisam de um complexo aparato legislativo e logístico 
para funcionar, e é esse fator, só em parte influenciável pelo progresso técnico, o 
decisivo”. 
As batalhas entre o CD e o velho vinil, o long playing, ilustram que “nenhuma indústria, 
por mais unida e bem organizada que seja, pode impor uma inovação.” O caso da 
longevidade da fita cassete ilustra uma “espécie de hierarquia informal, pois ela se 
aproxima, mais do que o disco, de uma tecnologia de rede, no sentido de que sua 
utilidade depende em maior medida da sua difusão, de sua "troca" no interior de uma 
trama de relações sociais.” 
A televisão, o empreendimento econômico do Japão no pós-guerra, as características da 
escrita em uso no extremo Oriente, a evolução do mercado telefônico no Ocidente, o 
aparecimento de instituições transnacionais para a padronização de aparelhos 
eletrônicos configuraram a “primavera tardia do fax.” 
Um exame do estabelecimento de padrões mostra como as regras do jogo da 
concorrência podem se modificar e como a afirmação de um padrão pode “ser 
determinada mais pelas expectativas sobre o futuro do que pelas considerações sobre o 
presente.” 
Metáforas para uma teoria da inovação 
As limitações e mesmo as controvérsias relatadas no livro podem ser melhor percebidas 
quando se chega ao último capítulo. O autor desenvolve ali uma breve apresentação de 
“metáforas para uma teoria da inovação”, após o desfile no qual seu faro de perdigueiro 
soube identificar e apontar a heterogeneidade do mundo em que se configuram “redes 
sem costura”. 
Talvez o uso mais intenso e explícito destas mesmas metáforas durante a descrição dos 
casos tornasse despertasse mais atenção ao revelar um anseio por uma “verdadeira 
essência da tecnologia”, o que leva Nicola Nosengo a concluir o livro singularizando o 
que considera “provavelmente o mais ambicioso esforço realizado até agora para
modelar e compreender o processo de inovação”, mas um esforço que parece trazer em 
seu bojo, tal qual um cavalo de Troia, marcações e separações pretensamente universais 
que o restante do livro tanto ajuda a afastar. 
A Inovação Tecnológica na Indústria Brasileira 
Através da chamada Lei de Inovação Tecnológica 4 , o governo brasileiro pretende 
estimular a criação de ambientes especializados e cooperativos de inovação entre 
empresas e instituições científicas e tecnológicas. A Lei, de 2 de dezembro de 2004, se 
organiza em torno de três vertentes5 : 
· Constituição de ambiente propicio às parcerias estratégicas entre as universidades, 
institutos tecnológicos e empresas. 
· Estimulo à participação de instituições de ciência e tecnologia no processo de 
inovação. 
· Incentivo à inovação na empresa.6 . 
Apoio à pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica 
O Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações tem como 
objetivos estimular o processo de inovação tecnológica, incentivar a capacitação de 
recursos humanos, fomentar a geração de empregos e promover o acesso de pequenas e 
médias empresas a recursos de capital, de modo a ampliar a competitividade da 
indústria brasileira de telecomunicações, nos termos do art. 77 da Lei n° 9.472, de 16 de 
julho de 1997. 
Instituído pela Lei nº 10.052, de 28 de novembro de 2000, o fundo tem como agentes 
financeiros o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a 
Empresa Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). 
O Funttel é administrado por um Conselho Gestor, constituído por representantes dos 
Ministérios das Comunicações, da Ciência, Tecnologia e Inovação, do 
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, da Agência Nacional de 
Telecomunicações (Anatel), do BNDES, e da Finep7 . 
Tipos de Inovação 
Inovação Incremental 
Reflete pequenas melhorias contínuas em produtos ou em linhas de produtos. 
Geralmente, representam pequenos avanços nos benefícios percebidos pelo consumidor 
e não modificam de forma expressiva a forma como o produto é consumido ou o 
modelo de negócio. 
Exemplo: evolução do CD comum para CD duplo, com capacidade de armazenar o 
dobro de faixas musicais8 . 
Inovação Radical
Representa uma mudança drástica na maneira que o produto ou serviço é consumido. 
Geralmente, traz um novo paradigma ao segmento de mercado, que modifica o modelo 
de negócios vigente. 
Exemplo: evolução do CD de música para os arquivos digitais em MP39 . 
A Dinâmica da Inovação 
De um modo geral, as empresas são o centro da inovação. É por meio delas que as 
tecnologias, invenções, produtos, enfim, ideias, chegam ao mercado. A grande maioria 
das grandes empresas possuem áreas inteiras dedicadas à inovação, com laboratórios de 
pesquisa e desenvolvimento (P&D) que contam com diversos pesquisadores. Apesar 
deste papel central exercido pelas empresas, a interação entre parceiros é fundamental. 
Sem ela, as inovações são dificultadas. 
As empresas são o centro da inovação. É por meio delas que as tecnologias, invenções, 
produtos, enfim, ideias, chegam ao mercado. 
Esses parceiros têm diversas funções, desde a realização externa de pesquisa e de 
desenvolvimento de produtos e processos, até a aplicação de investimentos ou 
subsídios, passando por desenvolvimento de prototipação, de pesquisa de mercado e de 
escalonamento de produção. Dessa forma, um conjunto de instituições formam o que 
conhecemos como sistema de inovação: universidades, centros de pesquisa, agências de 
fomento, investidores, governo e empresas com seus clientes, fornecedores, 
concorrentes ou outros parceiros. 
Uma tendência que está se tornando cada vez mais forte é um modelo inovação aberta 
(ou open innovation), onde as empresas vão buscar fora de seus centros de P&D ideias e 
projetos que podem ajudá-las a agregar diferenciais competitivos. 
Inovação tecnológica é toda a novidade implantada pelo o setor produtivo, por meio de 
pesquisas ou investimentos, que aumenta a eficiência do processo produtivo ou que 
implica em um novo ou aprimorado produto. De acordo com o manual de Oslo, 
elaborado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), 
inovação tecnológica pode ser de produto ou de processo, conforme a seguir: 
- Inovação de Produtos tecnologicamente novos, são produtos cujas características 
tecnológicas ou usos pretendidos diferem daqueles dos produtos produzidos 
anteriormente. Tais inovações podem envolver tecnologias radicalmente novas e podem 
basear-se na combinação de tecnologias existentes em novos usos, ou podem ser 
derivadas do uso de novo conhecimento. 
- Inovação de Produtos tecnologicamente aprimorados, são produtos existentes cujos 
desempenhos tenham sido significativamente aprimorados ou elevados. Um produto 
simples pode ser aprimorado (em termos de melhor desempenho ou menor custo) 
através de componentes ou materiais de desempenho melhor, ou um produto complexo 
que consista em vários subsistemas técnicos integrados pode ser aprimorado através de 
modificações parciais em um dos subsistemas.
- Inovação tecnológica de processo é a adoção de métodos de produção novos ou 
significativamente melhorados, incluindo métodos de entrega dos produtos. Tais 
métodos podem envolver mudanças no equipamento ou na organização da produção, ou 
uma combinação dessas mudanças, e podem derivar do uso de novo conhecimento. Os 
métodos podem ter por objetivo produzir ou entregar produtos tecnologicamente novos 
ou aprimorados, que não possam ser produzidos ou entregues com os métodos 
convencionais de produção, ou pretender aumentar a produção ou eficiência na entrega 
de produtos existentes. 
No âmbito do Ministério das Comunicações, a principal ferramenta de apoio à Inovação 
Tecnológica é o Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações 
(Funttel), fundo setorial para inovação no setor de telecomunicações, criado pela Lei 
10.052/2000. 
No que diz respeito à inovação tecnológica, 2013 foi um ano de poucas mudanças: a 
Apple manteve os dispositivos já conhecidos, a maior parte apenas atualizados em 
diferentes cores e com telas mais nítidas. As empresas dos media sociais disputaram os 
melhores filtros de fotos, e Silicon Valley ofereceu pequenas interações sobre os 
produtos existentes. No entanto, 2014 promete ter muito mais para oferecer. 
Uma das novidades tecnológicas do novo ano passa pelos relógios, que já têm vindo 
a mostrar evoluções notáveis. Estes aparelhos irão assumir novas formas e funções, 
elevando-se a um novo nível: os "smartwatches". Daqui em diante será possível ligar os 
novos "relógios inteligentes" aos já conhecidos "smartphones", criando uma nova 
categoria de computação. Com esta associação será possível atender chamadas, ouvir 
músicas e realizar muitas outras tarefas através do relógio. Estes aparelhos serão 
capazes de contar os batimentos cardíacos e até registar o exercício físico diário. 
Sony e Samsung já lançaram as seus produtos neste segmento. Os analistas preveem que 
a Apple lance este ano o seu "smartwatches". 
Os telemóveis de 2014 irão parecer muito semelhantes aos de agora, sofrendo apenas 
alterações no tamanho e no peso, ou seja, tornando-se mais finos e mais leves. Os 
softwares também serão mais "inteligentes": em vez de ter de estar a olhar para o 
telemóvel o tempo todo, o "gadget" informa-lo-à quando precisa de olhar. 
A aplicação Foursquare fará ainda mais sucesso, informando-o quando estiver perto de 
locais que pode querer visitar, e o Twitter e o Facebook irão aconselhá-lo sobre quem 
deve congratular se, por exemplo, muitos dos seus amigos estiverem a enviar os 
parabéns a uma pessoa. 
TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA 
Transferência de tecnologia 
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. 
Transferência de tecnologia (tecnologia: grego: τεχνολογία; transferência: latim: 
transferre = transferir) é a transferência de conhecimento técnico ou cientifico (por 
exemplo: resultados de pesquisas e investigações científicas) em combinação com
fatores de produção. Pode ser entendido como processo de tornar disponível para 
indivíduos, empresas ou governos habilidades, conhecimentos, tecnologias, métodos de 
manufatura, tipos de manufatura e outras facilidades. Esse processo tem como objetivo 
assegurar que o desenvolvimento científico e tecnológico seja acessível para uma gama 
maior de usuários que podem desenvolver e explorar a tecnologia em novos produtos, 
processos aplicações, materiais e serviços. 
Índice 
· 1 Brasi l 
o 1.1 Tipos de contrato 
· 2 Ver também 
· 3 Referências 
Brasil 
No Brasil para que uma contratação tecnológica surta determinados efeitos econômicos, 
o contrato deve ser avaliado e averbado pelo Instituto Nacional da Propriedade 
Industrial (INPI). O INPI define1 o contrato de transferência de tecnologia como o 
comprometimento entre as partes envolvidas, formalizado em um documento onde 
estejam explicitadas as condições econômicas da transação e os aspectos de caráter 
técnico. Por disposição legal devem ser averbados/registrados pelo INPI todos os 
contratos que impliquem transferência de tecnologia, sejam entre empresas nacionais, 
ou entre empresas nacionais e sediadas ou domiciliadas no exterior, assim entendidos os 
de licença de direitos (exploração de patentes e de desenho industrial e uso de marcas), 
os de aquisição de conhecimentos tecnológicos (fornecimento de tecnologia e prestação 
de serviços de assistência técnica e científica) e os contratos de franquia. 
Tipos de contrato 
O INPI prevê2 seis tipos de contrato: Exploração de Patente, Exploração de Desenho 
Industrial, Uso de Marca, Fornecimento de Tecnologia, Prestação de Serviços de 
Assistência Técnica e Científica, e Franquia. No entanto, há acordos que fogem desse 
padrão, por se tratarem de transferência de tecnologia protegida na forma de segredo 
industrial, como é o caso das propostas finalistas que concorrem no Projeto FX-2. 
Exploração de Patente (EP) 
Contratos que objetivam o licenciamento de patente concedida ou pedido de patente 
depositado no INPI. Nos contratos que envolvem patentes as formas de pagamento 
usualmente negociadas são: valor fixo por unidade vendida e percentual incidente sobre 
o preço líqüido de venda. Os pedidos de patentes ainda não concedidos não farão jus a 
remuneração. Quando a patente for concedida a empresa deverá solicitar alteração do 
Certificado de Averbação, retroagindo a remuneração à data do início da licença. As 
licenças de exploração de patentes são averbáveis no máximo pelo prazo de vigência 
desses privilégios. 
Exploração de Desenho Industrial (DI)
Contratos que objetivam o licenciamento de desenho industrial concedido ou pedido de 
desenho industrial depositado no INPI. Os contratos de Licença de Desenho Industrial 
deverão conter o número do pedido ou do desenho industrial, o título e as condições 
relacionadas à exclusividade ou não da licença e permissão para sublicenciar. Nos 
contratos que envolvem desenho industrial as formas de pagamento usualmente 
negociadas são: valor fixo por unidade vendida e percentual incidente sobre o preço 
líqüido de venda. 
Os pedidos de desenho industrial ainda não concedidos não farão jus a remuneração. 
Quando o desenho industrial for concedido, a empresa deverá solicitar alteração do 
Certificado de Averbação, retroagindo a remuneração à data do início da licença. 
Uso de Marca (UM) 
Nos contratos que envolvem marcas as formas de pagamento usualmente negociadas 
são: valor fixo por unidade vendida e percentual incidente sobre o preço líqüido de 
venda. Nesses contratos a remuneração só é possível após o registro da marca. Os 
pedidos de marcas ainda não registrados não farão jus à remuneração. Quando o pedido 
virar registro, a empresa deverá solicitar alteração do Certificado de Averbação. 
Fornecimento de Tecnologia (FT) 
Contratos que objetivam a aquisição de conhecimentos e de técnicas não amparados por 
direitos de propriedade industrial, destinados à produção de bens industriais e serviços. 
Esses contratos deverão conter uma identificação perfeita dos produtos e/ou processos, 
bem como o setor industrial em que será aplicada a tecnologia. 
As remunerações e as formas de pagamento são estabelecidas de acordo com a 
negociação contratual, devendo ser levados em conta os níveis de preços praticados 
nacional e internacionalmente em contratações similares. As formas de pagamento mais 
usuais negociadas nesse tipo de contrato são valor fixo por unidade vendida e percentual 
sobre o preço líquido de venda. 
O prazo deve estar relacionado à necessidade de capacitação da empresa, e em geral são 
averbados por um prazo máximo de 5 (cinco) anos, passível de renovação por igual 
período desde que apresentadas as justificativas cabíveis. 
Prestação de Serviços de Assistência Técnica e Científica (SAT) 
Contratos que estipulam as condições de obtenção de técnicas, métodos de 
planejamento e programação, bem como pesquisas, estudos e projetos destinados à 
execução ou prestação de serviços especializados. São passíveis de registro no INPI os 
serviços relacionados a atividade fim da empresa, assim como os serviços prestados em 
equipamentos e/ou máquinas no exterior, quando acompanhados por técnico brasileiro 
e/ou gerararem qualquer tipo de documento, como por exemplo, relatório. Os contratos 
são registrados pelo prazo previsto para a realização do serviço ou a comprovação de 
que os mesmos já foram realizados 
Franquia (FRA) 
Contratos que se destinam à concessão temporária de direitos que envolvam uso de 
marcas, prestação de serviços de assistência técnica, combinadamente ou não, com 
qualquer outra modalidade de transferência de tecnologia necessária à consecução de
seu objetivo. A remuneração dos contratos estipulam usualmente taxa de franquia (valor 
fixo pago no início da negociação); taxa de royalties (percentual sobre o preço líquido 
de vendas); taxa de publicidade (percentual sobre vendas), além de outras taxas. 
Tranferência de Tecnologia 
Patentes 
Softwares 
Marcas 
Direitos Autorais 
Cultivares 
Dados USP 
Tranferência de Tecnologia 
Como Solicitar 
A transferência de tecnologia entre empresas e instituições de pesquisa tem sido 
impulsionada devido à crescente importância do conhecimento para o avanço 
tecnológico e competitividade. 
Com foco em tecnologias geradas no âmbito acadêmico, a transferência de tecnologia 
trata-se de “um processo que consiste de várias etapas, que inclui a revelação da 
invenção, o patenteamento, o licenciamento, o uso comercial da tecnologia pelo 
licenciado e a percepção dos royalties pela universidade” (Ritter e Solleiro (2004, 
p.787). 
O desenvolvimento das tecnologias pode ser realizado por meio de duas perspectivas: a 
inovação guiada pela ciência (Science Driven Innovation), segundo a qual os resultados 
de pesquisa mostram-se aplicáveis e promissores de tal forma que podem gerar negócios 
com base nas invenções. Também pode ocorrer a inovação guiada pelo mercado 
(Market Driven Innovation), em que as demandas das empresas é que orientam 
interfaces de processos inovativos podendo ser desenvolvida entre a academia e o setor 
industrial. 
Essas duas perspectivas estão presentes no mais moderno conceito de inovação aberta, o 
qual tem se difundido amplamente no século XXI, propagado especialmente por 
especialistas como Henry Chesbrough (2006). A referência desta proposição é a de que 
o maior resultado em inovação em quaisquer setores, especialmente o industrial, advém 
da utilização de recursos internos e externos a partir de redes de colaboração. Nesse 
contexto, o potencial da pesquisa acadêmica é reforçado, sendo a universidade também 
um agente do desenvolvimento econômico. 
Na Universidade de São Paulo, o processo de transferência de tecnologia pode ocorrer 
por meio dos licenciamentos dos pedidos de patente/patente, contratos de transferência 
de know-how, exploração de marcas, direitos autorais e convênios (onde são 
desenvolvidas demandas da empresa em conjunto com a universidade). Além das 
formas tradicionalmente acadêmicas envolvendo publicações, eventos e formação de 
pessoal qualificado. 
Para promover a transferência de tecnologia, a Agência USP de Inovação desenvolve 
diligências da inovação, visando priorizar os ativos com maior potencial de 
transferência e identificar potenciais parceiros para a exploração das tecnologias.
Veja abaixo as etapas do processo completo de transferência de tecnologia: 
1. Invenções entrantes: 
A partir de novas invenções apresentadas à Agência USP de Inovação são realizados 
dois processos de diligência. 
1.1 Diligência da Aplicabilidade de formas de proteção 
É realizada uma análise criteriosa respeitando os preceitos legais das diferentes formas 
de proteção às criações e determinada a forma específica para registro. Em alguns casos 
é até mesmo possível combinar duas formas de proteção como, por exemplo, um pedido 
de patente e marca. 
1.2 Diligência do valor inovativo e potencial de mercado 
Paralelamente ao processo de proteção da tecnologia, a Agência USP Inovação procede 
uma análise técnica do valor inovativo, considerando impactos para adoção da 
tecnologia, seu estágio de desenvolvimento e tempo estimado para aplicabilidade em 
processos da indústria. Para identificar o potencial de mercado são estudados produtos 
similares, posicionamento da tecnologia na cadeia produtiva e potenciais empresas 
interessadas. 
O resultado dessas diligências permite a indicação do efetivo mecanismo de proteção da 
tecnologia e a estratégia de comercialização a ser adotada. Especialmente para a 
diligência mencionada no item 1.2, há um Comitê interno de análise que procede a 
indicação da abordagem do mercado para busca de oportunidades de transferência de 
tecnologia. 
Essas iniciativas incluem parcialmente ou totalmente as seguintes ações de acordo com 
o perfil de cada tecnologia: manutenção do pedido de patente no banco de patentes da 
USP, contatos eletrônicos para rede de contatos e organizações externas afins e 
abordagem direta com empresas do respectivo segmento industrial. 
São três os principais canais de transferência de tecnologia: licenciamento, empresas 
nascentes e disponibilização das tecnologias via domínio público. 
Licenciamento 
Da ciência para o mercado 
As tecnologias geradas no âmbito da Universidade são apresentadas ao mercado para 
exploração comercial por intermédio de: 
· contato direto com potenciais parceiros da Agência USP de Inovação: empresas, 
entidade de classes, organizações governamentais e não governamentais. 
· prospecção de novos contatos e indicação dos inventores. 
· publicação no site da Agência USP de Inovação no Banco de Patentes 
Após a verificação de possíveis interessados é aberto um diálogo balizado no interesse 
da Universidade, Empresa e Sociedade. Este diálogo tem o objetivo de fornecer 
informações para elaboração de um modelo de licenciamento que pode ser:
· exclusivo – é a modalidade de licenciamento em que a empresa detentora da 
licença é a única que pode explorar a patente ou parte desta de acordo com as 
condições acordadas em contrato. 
· não exclusivo – é a modalidade de licenciamento em que poderá existir mais de 
uma empresa detentora da licença de exploração da patente ou parte desta de 
acordo com as condições acordadas em contrato. 
Definido o modelo e suas condições gerais é realizada a formalização da exploração 
seguindo legislação Brasileira vigente.(veja mais) 
Demanda do mercado 
Quando a demanda tecnológica é apresentada pela iniciativa privada e desenvolvida em 
conjunto com a universidade por meio de convênios, a propriedade intelectual gerada 
será em regime de co-titularidade e a empresa terá prioridade na sua exploração.(ver 
mais) 
Desta forma, o modelo de licenciamento é negociado diretamente entre a empresa e a 
Agência USP de Inovação que buscará o equilíbrio entre o interesse de todas as partes 
envolvidas: Universidade, Empresa e Sociedade. 
Domínio Público 
Todas as tecnologias que não são protegidas pelos instrumentos legais existentes: 
propriedade industrial,direito autoral, software, cultivares entre outros ou tiveram o 
período de registro da proteção extintos são de domínio público. 
Estas tecnologias são disponibilizadas para uso da sociedade livremente podendo ser 
acessadas por meio dos artigos, teses, dissertações (consulte a Biblioteca Digital da 
USP), patentes extintas ou indeferidas. 
De posse das informações, caso ainda exista a dificuldade na aplicação da tecnologia, 
pode ser firmado um acordo por meio de um contrato de transferência de tecnologia, em 
que as equipes de pesquisadores da Universidade poderão assessorar sua 
implementação. 
Os contratos de transferência de tecnologia não têm como objeto a exclusividade de 
exploração da tecnologia, por este motivo não existe a necessidade de editais, contudo, 
as condições de contrato seguem, em linhas gerais, o que se pratica nos casos de 
licenciamento de pedidos de patente/patente, conforme mencionado acima. (veja mais). 
Empresas Nascentes 
A universidade, enquanto geradora de conhecimento e novas tecnologias aplicáveis, 
oportuniza o surgimento de novas empresas que irão, efetivamente, oferecer produtos e 
serviços à sociedade. 
Para implementar tecnologias desenvolvidas na universidade e prover bens e serviços à 
sociedade podem ser criadas empresas que também são conhecidas por spin-out. No 
contexto acadêmico, a spin-out é uma empresa que pode ser oriunda de um laboratório,
resultante de uma plataforma de uma pesquisa acadêmica realizada. 
A Universidade de São Paulo também estimula a criação de empresas por 
pesquisadores, em especial, alunos egressos tendo como base a legislação vigente (Link 
Lei de Inovação). Para o desenvolvimento de uma nova empresa, será necessário 
verificar se a pesquisa acadêmica pode-se tornar uma plataforma de geração de negócios 
e, para tanto, são necessários profissionais capacitados para realizar esta avaliação. 
Assim, a USP possui parcerias com uma rede ampla de incubadoras de empresas 
(CIETEC em São Paulo, SUPERA em Ribeirão Preto, ParqTec em São Carlos, 
ESALQTec em Piracicaba e UNITec em Pirassununga), além de outras instituições 
como o SEBRAE, visando promover aproximação com essas estruturas de apoio, que 
são o principal lócus do desenvolvimento dessas empresas. 
Transferência de Tecnologia 
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Transferência de Tecnologia é o intercâmbio de conhecimento e habilidades 
tecnológicas entre instituições de ensino superior e/ou centros de pesquisa e empresas. 
Essa transferência se dá na forma de contratos de pesquisa e desenvolvimento, serviços 
de consultoria, formação profissional, inicial e continuada, comercialização de patentes, 
marcas e processos industriais, publicação na mídia científica, apresentação em 
congressos, migração de especialistas, programas de assistência técnica, inteligência 
industrial e atuação de empresas multinacionais. (Anprotec – Associação Nacional de 
Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores) 
O Critt, qualificado como Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) através da Resolução 
31/2005 do Conselho Superior, legitimou a inovação científica e tecnológica 
desenvolvida na UFJF, institucionalizando a transferência da tecnologia. A partir de 
então foi instituída a Coordenação de Transferência de Tecnologia do Critt, com a 
atribuição de gerir a transmissão formal de novas descobertas e/ou inovações resultantes 
de pesquisa científica da Universidade, bem como o atendimento a inventores 
independentes. Assim, toda demanda de transferência de tecnologia da UFJF deverá ser 
direcionada ao Critt, que conta com uma equipe de agentes de transferência de 
tecnologia para atender a demanda atual e potencial da instituição, realizando o devido 
encaminhamento. 
Atribuições do Centro, enquanto NIT (Lei de Inovação): 
· zelar pela manutenção da política institucional de estímulo à proteção das criações, 
licenciamento, inovação e outras formas de transferência de tecnologia; 
· avaliar solicitação de inventor independente para adoção de invenção pela UFJF. Caso 
necessário, o TT seleciona possíveis parceiros, entre o corpo de pesquisa (docentes e 
empresas juniores) da UFJF, para atender a demandas como, por exemplo, testes para 
assegurar a eficiência/aplicabilidade de um dado produto inovador.
Exemplos 
- Tecnologia adotada: 
“Sistema de Decúbito Fisiológico” (SDF) 
Desenvolvido pelo médico e inventor independente, Luís Antônio Tavares, o projeto 
trata de uma cama hospitalar que possui a propriedade de prevenir e tratar as disfunções 
e lesões causadas pelo longo tempo que o paciente permanece deitado, sem perder os 
movimentos mais comuns das camas hospitalares, já presentes no mercado. 
- Tecnologia Desenvolvida através de P&D dentro da UFJF 
“Fluxômetro Portátil” 
Desenvolvido pelos pesquisadores José Paulo de Mendonça, José Murilo Bastos Netto e 
André Avarese Figueiredo, o fluxômetro portátil possibilita que a medição da vazão 
urinária (volume de urina que passa pela uretra em uma unidade de tempo), possa ser 
feita em casa. Isso possibilitaria que várias medições fossem feitas durante o período em 
que ele está com aparelho, proporcionando maior conforto ao paciente. 
Transferência de Tecnologia 
A transferência de tecnologia faz com que as soluções tecnológicas geradas pela Embrapa 
Suínos e Aves sejam realmente colocadas à disposição dos públicos para as quais se destinam. 
Objetivo 
Validar e transferir soluções tecnológicas para o desenvolvimento da cadeia produtiva de 
suínos e aves, medindo seus impactos, identificando melhorias e oportunidades, visando 
subsidiar novos projetos que venham a atender as reais necessidades do setor. 
Atribuições 
Apoio aos projetos de pesquisa, com a viabilização de experimentos a campo, instalação e 
acompanhamento de unidades demonstrativas e prestação de serviços à empresas e 
entidades ligadas às cadeias suinícola e avícola. 
Articulação e formalização de parcerias para o desenvolvimento de ações de transferência das 
tecnologias geradas pela Embrapa Suínos e Aves aos agentes da extensão rural, assistência
técnica e produtores, ligados a suinocultura, avicultura e serviços relacionados às respectivas 
cadeias. 
Identificação e prospecção de demandas existentes nas cadeias de produção de suínos e aves, 
as quais subsidiam a elaboração de projetos alinhados as reais necessidades do setor. 
Além disso, a área de transferência de tecnologia também mede e avalia os impactos gerados 
pelas tecnologias desenvolvidas e implementadas pela Embrapa Suínos e Aves, de maneira a 
melhorar continuamente seus produtos e serviços. 
Dessa forma a área de transferência de tecnologia da Embrapa Suínos e Aves tem papel 
fundamental na transformação do conhecimento gerado pela pesquisa em benefícios para a 
sociedade brasileira. 
Resumo 
Este artigo objetiva descrever e caracterizar o processo de transferência de 
tecnologia do setor têxtil a luz dos conceitos teóricos básicos e da dinâmica e 
caracterização tecnológica do setor. Além da caracterização do processo de 
transferência tecnológica, o artigo apresenta os principáis gargalos observados no 
processo e possíveis ações para que os atores envolvidos busquem um maior 
efetivação da transferência tecnológica, diminuindo, assim, a sub-utilização da 
tecnologia adquirida ou a demora em sua plena utilização. 
Palavras-chave: Setor têxtil, inovação tecnológica, transferência de tecnologia. 
1. Introduçao 
A existência de um grande número de tecnologias empregadas faz com que 
nenhum país ou empresa consiga desenvolver toda a tecnologia necessária para o 
aumento da competitividade. Este processo, caso acontecesse, seria altamente 
complexo e de elevado custo. Logo, a transferência de tecnologia se torna uma 
ferramenta eficaz para que empresas ou países adquiram as tecnologias 
necessárias para o seu desenvolvimento. 
A transferência de tecnologia é um processo antigo. Como exemplo, pode-se citar a 
classificação dos estágios evolutivos da humanidade como reflexo da natureza da 
tecnologia. Os sitios arqueológicos podem indicar a transferência da tecnologia 
nova ou já estabelecida (Lowe, 1995). A transferência de tecnologia pode ser 
definida como a tradução e a transferência do conhecimento técnico, utilizado no 
desenvolvimento de novos produtos ou processos, entre organizações. Este 
conhecimento está ou pode estar incorporado em equipamentos de produção ou em 
produtos manufaturados (Mt.Auburn Associates, 1995). Segundo Ramsey (1995), a 
transferência de tecnologia é um processo formal e legal para um usuario final, e 
tem por finali-dade a comercialização tecnológica. O objetivo desta comercialização 
é gerar um impacto económico. A transferência tecnológica pode ser utilizada como
uma ferramenta, na tentativa de duas organizações buscarem um objetivo comum, 
gerando como resultado a plena satisfação das partes. Em um mercado competitivo 
e altamente veloz ñas mudanças de produtos e servicos,a transferência de 
tecnologia se tornou parte efetiva das estrategias tecnológicas e corporativas das 
empresas. O desenvolvimento ou compra de uma tecnologia devem ser vistos como 
uma ação da estrategia tecnológica corporativa de uma empresa. A transferência se 
inicia quando, ao se analisarem as necessidades de uma industria ou mercado, 
identificase uma tecnologia ou combinação de tecnologias para satisfazer tais 
necessidades. Em outras palavras, a transferência de tecnologia se dá através do 
compartilhamento de uma invenção ou inovação. Este pode ser feíto entre uma 
agência governamental e uma organização privada, entre organizações privadas ou 
entre organizações governamentais.As organizações governamentais podem ser 
instituições de pesquisa e desenvolvimento e universidades. Na transferência entre 
organizações privadas, deve-se levar em consideração se estas são de países 
industrializados ou em desenvolvimento. 
A transferência de tecnologia pode ser dividida em duas formas distintas. uma está 
baseada no desenvolvimento da tecnologia. Neste processo, os paradigmas 
tecnológicos são modificados pelo processo de inovação de produtos e processos. O 
outro tipo está baseado na difusão tecnológica. Este tipo abrange a adoção de 
tecnologias de produtos e processos disponíveis comercialmente e o uso de 
informações técnicas, oriundas de fontes externas, para a solução de problemas, 
utilizando os paradigmas tecnológicos existentes. (Mt.Auburn Associates, 1995). 
As instituições responsáveis pela transferência de tecnologia podem ser divididas 
em instituições fornecedoras de tecnologia (supply-side) e de análise da demanda 
tecnológica (demand-side). As instituições fornecedoras de tecnologia são aquelas 
que desenvolvem a tecnologia, ou representam as que desenvolvem. Estas 
instituições procuram por "consumidores" para a tecnologia desenvolvida. Podem-se 
citar como exemplos, instituições de P&D, produtores de equipamentos e firmas 
com patentes para licenciamento ou com licenças vencidas.As instituições de 
demanda tecnológica atuam em firmas com necessidades tecnológicas, e procuram 
trazer para essas a tecnologia apropriada. Como exemplo deste tipo de instituição 
tém-se associates comerciáis e instituições de servicos de assisténcia técnica. 
2. O Processo deTransferênciaTecnológica- uma breve revisão 
teórica 
Para o National Technology Transfer Center (NTTC) (1999) existem tres tipos 
principáis de transferência tecnológica: 
Spin-off Technology - Neste tipo de transferência, a tecnologia é desenvolvida por 
uma organização federal e transferida ao setor privado, a outra agência federal ou 
a governos loçãis. Esta tecnologia é do tipo genérica. 
Spin-on Technology - Esta transferência se refere ás tecnologias viáveis 
comercialmente, desenvolvidas por organizações privadas, mas com potêncial 
aplicação em organizações públicas. 
Dual-Use Technology - Esta se refere ao co-desenvolvimento da tecnologia por uma 
organização pública e privada. Os custos são divididos entre as organizações, pois 
ambas serão beneficiadas pela nova tecnologia. 
Além dos tipos, este centro considera que a transferência de tecnologia pode ser 
feíta de tres formas distintas:
Forma Passiva: Nesta transferência, o receptor da tecnologia pesquisa a tecnologia 
adequada, através do contato com as pessoas que desenvolveram a tecnologia, ou 
examinando os resultados de P&D. Nesta forma, nenhum agente de transferência 
de tecnologia é envolvido. 
Forma Semi-ativa: Neste mecanismo, entra em cena o agente de transferência 
tecnológica. Este tem como função auxiliar o receptor da tecnologia a identificar a 
melhor tecnologia disponível. 
Forma Ativa: Esta é a mais cara e mais efetiva forma de transferência de 
tecnologia. Neste mecanismo, uma pessoa, ou um pequeño grupo, possui a 
responsabilidade de verificar as possibilidades de utilização de uma determinada 
tecnologia e se ela é apta a atender as necessidades de mercado. Existe uma 
interação muito grande entre o setor de P&D, o mercado e as políticas regulatórias. 
O licenciamento, como mecanismo de obtenção de uma nova tecnologia, pode ser 
utilizado entre duas organizações, através de um contrato legal, onde se definirá o 
grau de exclusividade na utilização da tecnologia desenvolvida por uma das 
organizações. A licenca de transferência de direito é caracterizada pela 
exclusividade que o licenciado possui na utilização da tecnologia patenteada. Neste 
tipo de licenca, o licenciador não tem direito ao uso da tecnologia. É praticamente 
uma venda da patente. Na licenca de exclusividade, o licenciado, além do dono da 
patente, pode usar a tecnologia patenteada.A licenca de não-exclusividade dá ao 
licenciado o direito de uso da tecnologia, mas o dono da patente pode conceder a 
outro o uso desta. Quando uma patente é aprovada, qualquer pessoa está 
habilitada para o licenciamento, desde que cumpra os termos esta-belecidos pelo 
dono da patente. Neste caso tem-se a licenca de direito. Neste mecanismo de 
transferência, a organização licenciadora deverá fornecer os conhecimentos tácito e 
explícito, necessários para que o licenciado utilize a tecnologia de forma plena 
(Lowe, 1995). Este processo envolve tres etapas: 
a) A transferência da informação: Nesta etapa, ocorre a divulgação da nova 
tecnologia desenvolvida, através de publicações técnicas. O objetivo é buscar 
potenciáis licenciados. 
b) Consolidação do relacionamento: Na segunda etapa, a organização licenciadora 
personaliza a informação e inicia um processo de construção de um relacionamento 
sólido com a organização licenciada. 
c) Implementação do processo de transferência. 
A transferência de uma determinada tecnologia, para uma organização - 
empresarial ou não - ou mercado, necessita de uma boa infra-estrutura e de uma 
forte relação entre o fornecedor da tecnologia e o receptor desta. Isto significa dizer 
que não basta ao fornecedor transferir físicamente a tecnologia. Esta deve vir 
acompanhada de um suporte capaz de fazer com que o receptor utilize plenamente 
a tecnologia adquirida. Se o receptor não estiver completamente qualificado para 
absorver as novas informações e para utilizá-las efetivamente, em suas 
necessidades específicas, devem-se criar mecanismos para que uma interação face 
a face seja estabelecida. O sucesso deste processo está intimamente ligado á 
interação e colaboração entre os setores de pesquisa e desenvolvimento (P&D), de 
en-genharia e o corpo técnico. Para Meyer (1995), além dos setores citados ácima, 
a transferência envolve também o setor de marketing.A transferência de tecnologia 
está fundamentada não só na transferência de know-how técnico - informações de 
P&D, de engenharia e conhecimento de padróes - mas também no conhecimento 
processual - acordos, utilização de patentes e licenças, etc.
A interação na transferência tecnológica deve ser feita face a face, e a comunicação 
deve ser clara e feita, normalmente, de forma bidirecional. Em algumas situações, 
a forma é unidirecional. Nesta interação, o fornecedor da tecnologia deve: discernir 
o uso da tecnologia para as possíveis aplicações; aumentar a percepção de recursos 
em potêncial e do retorno do investimento desta nova tecnologia; aumentar o 
número de potenciáis receptores da tecnologia desenvolvida; selecionar a forma e o 
mecanismo apropriado da transferência da tecnologia; estabelecer e utilizar 
mecanismos para medir o sucesso da transferência tecnológica. 
Uma transferência tecnológica efetiva deve levar em conta algumas dimensóes 
externas ao processo em si (Mt. Auburn Associates, 1995). Estas dimensóes são: 
Novos Sistemas de Gerenáamento: A existência de novos sistemas de 
gerênciamento - Gestão pela Qualidade Total, Planejamento Estratégico,Técnicas 
Just-in-time, etc. - faz com que a organização tenha conhecimento das suas 
necessidades de mercado e tecnológicas. Além disso, ela estará preparada para 
gerênciar a nova tecnologia adquirida. 
Pesquisa de Mercado: A pesquisa de mercado é útil na compreensão do potêncial 
da tecnologia que se pretende adquirir e na verificação de sua viabilidade 
comercial. 
Intensificando das Habilidades: A utilização plena da nova tecnologia dependerá dos 
conhecimentos técnicos do fluxo pro-dutivo e das soluções de problemas. A 
empresa receptora da tecnologia deverá ter um processo sistemático de 
treinamento e atualização das pessoas envolvidas com esta tecnologia. O 
aprendizado é uma habilidade fundamental para que a transferência tecnológica 
ocorra de forma efetiva. 
Organização do Trabalho: A escolha e a transferência da tecnologia estão 
intimamente ligadas á organização do trabalho no "chao de fábrica". Uma estrutura 
extremamente hierarquizada, onde os funcionarios não possuem autonomia para 
solucionar os problemas e com uma rotatividade alta, provavelmente,terá 
dificuldade na implantação e implementação da tecnologia adquirida. 
Finanças: O gerênciamento das finanças é crítico, não só para o financiamento da 
nova tecnologia, mas também para investi-mentos na infra-estrutura necessária. 
Cooperando entre firmas: A cooperação entre as empresas pode auxiliar na difusão 
das novas tecnologias, através do compartil-hamento das experiências na utilização 
destas. Com isto, o processo de transferência de tecnologia para outras empresas 
vai se tornando gradualmente mais efetivo. 
Segundo Brandbury et al. (apud Mt.Auburn Associates, 1995), a atividade de 
transferência tecnológica, para ser efetiva, deve levar em consideração a 
combinação entre a tecnologia, a organizado receptora e os seus respectivos graus 
de ajuste e desajuste. O autor considera que o desajuste cria uma tensão criativa 
que estimula o aprendizado e a inovação na aplicação da tecnologia fornecida 
externamente. Além disso, os contextos tecnológico, social e económico da 
organização receptora devem ser levados em consideração. A transferência 
depende muito do conhecimento tácito.A efetiva transferência requer uma boa 
comunicação pessoal entre o agente de transferência e o staff da organização 
receptora. O grau de eficiência da transferência é, também, uma função de como a 
organização receptora considera a tecnologia, em relação a solução de suas 
necessidades e de como ela se encaixará no contexto da organização. A motivação
é outro item a se considerar em uma efetiva transferência de tecnologia, tanto para 
a organização fornecedora quanto para a receptora. 
Os programas de transferência de tecnologia devem analisar o mercado para o qual 
a tecnologia será transferida e utilizada. Esta análise deverá abranger: 
Informando: A análise da informação deverá observar como o mercado a trata. Isto 
é, qual a velocidade das mudanças de informações, qual o grau de disponibilidade 
das informações e como ocorre a difusão das informações ñas empresas que atuam 
neste mercado. 
Custos da Transferência: Os programas deverão analisar quais serão os custos da 
transferência para as empresas do mercado e se elas terão condições de arcar com 
tais custos. 
Recursos não-Tecnológicos: Os programas de transferência tecnológica devem 
considerar os recursos que deverão ser desenvolvidos para se ter uma 
transferência eficiente. Por exemplo:treinamento, reorganização do trabalho, etc. 
Estrategias: Para que os programas sejam efetivos, estes devem possuir 
estrategias para utilização de ferramentas para a transferência da tecnologia.As 
estrategias devem ser desenvolvidas observando-se as metas e os métodos mais 
efetivos no uso de tais ferramentas. O objetivo é alcancar o crescimento económico 
através do desenvolvimento de uma ou uma serie de industrias. 
Servicos: Os programas devem identificar os tipos e o grau de extensão dos 
servicos oferecidos. Isto é, verificar se estão sendo identificadas as necessidades 
dos setores envolvidos e se as correcóes necessárias estão sendo feitas. 
Na transferência de tecnologia entre firmas de países desenvolvidos e em 
desenvolvimento, deve-se verificar a existência de uma infraestrutura industrial, 
que fará com que a utilização da tecnologia adquirida seja plena. Os fornecedores 
de tais tecnologias devem ter atenção ñas condicóes económicas, sociais e culturáis 
dos compradores. Edsomwam (1989) considera que, para a transferência 
tecnológica para países em desenvolvimento ser efetiva, estes devem ter a 
infraestrutura necessária. A construção desta deve passar pelo(a): Treinamento dos 
agentes de transferência e dos usuarios da tecnologia; Formação de centros de 
transferência de tecnologia e manutenção desta; Estabelecimento de centros de 
treinamento para as tecnologias existentes e para as novas; Criação de pro-cedimentos 
para o estabelecimento das necessidades reais,com o objetivo de 
modificar, selecionar e justificar a aquisição das novas tecnologias. 
Na transferência de tecnologia entre empresas de países industrializados, imagina-se 
que ambas possuam a infra-estrutura necessária para que o processo ocorra a 
contento. Porém, ver¡fica-se que quando há transferência de uma empresa de um 
país industrializado para uma empresa de um país em desenvolvimento, nem 
sempre o receptor da tecnologia está preparado para assimilação e utilização total 
da tecnologia. 
3. Características Tecnológicas do Setor têxtil Brasileiro 
O setor têxtil no Brasil pode ser considerado, ainda, como um segmento em 
transformação. Por ser um dos setores mais antigos do mundo, sempre foi 
caracterizado como intensivo em mão-de-obra. Contudo, com o desenvolvimento e 
uso de sistemas de produção automatizados, esta característica está mudando para
intensivo em capital. Esta mudanca só não é mais rápida devido á grande 
heterogeneidade das empresas que compóem o setor no Brasil (Braga Jr. & 
Hemais, 2002). Como é de tecnologia tradicional, o setor comporta a presenca de 
pequeñas, medias e grandes empresas. Esta grande segmentação do setor faz com 
que haja uma grande diversidade tecnológica entre as empresas. Em uma visão 
macroeconómica, esta diversificação de tecnologia pode explicar porque países em 
desenvolvimento conseguem competir, normalmente em mercados de artigos mais 
básicos, com países desenvolvidos. O diferêncial da competição dos países em 
desenvolvimento são os baixos salarios e, em alguns casos, o subsidio 
governamental. A estrategia atualmente utilizada pelos países desenvolvidos é o 
deslocamento de sua produção para países em desenvolvimento. 
A inovação tecnológica para o setor é do tipo incorporada. O desenvolvimento 
tecnológico é feito básicamente pelos fornecedores, levando o setor a ser 
classificado como "dominado por fornecedores". A pesquisa e desenvolvimento 
feitos pelas empresas do setor são voltados para o acompanhamento das 
tendências de mercado e criação de novos artigos téxteis. O desenvolvimento de 
novos produtos téxteis é feito em conjunto com os fornecedores de tecnologia. 
Devido a competitividade do cenário atual, as empresas do setor buscam a 
tecnologia com o intuito de produzir e entregar artigos diferenciados e cada vez 
mais complexos, em um menor tempo possível. Com isto, nota-se que o setor esta 
deixando de ser intensivo em mão-de-obra para se transformar em intensivo em 
capital. 
Históricamente o setor têxtil nacional sempre teve seu desenvolvimento vinculado 
as políticas governamentais. Atos como aumento de tarifas de importação, 
aberturas abruptas de mercado, protecionismo de mercado e incentivos as 
exportações sempre influenciaram os rumos do desenvolvimento do setor. As 
empresas nacionais sempre se caracterizaram por uma estrutura familiar e fechada 
(CETIQT, 2007). 
Devido a grande heterogeneidade do setor, existe uma grande variação de idade e 
de tecnologia ñas máquinas e equipamen-tos utilizados. Apenas as grandes 
empresas estão capacitadas para investimentos em tecnologias de última geração. 
Quando essas empresas adquirem novas maquinarias, encontram, ñas medias e 
pequeñas empresas, potenciáis compradores. Isto faz com que a idade media das 
máquinas e equipamentos seja elevada. 
Até o inicio dos anos 90, o setor têxtil nacional trabalhava com um cenário de 
pouca ou nenhuma competição externa, visto que o Brasil possuía um mercado 
protegido contra produtos téxteis importados. Por outro lado, o setor era impedido 
de obter tecnologia importada devido as altas taxas de importação e ás constantes 
desvalorizares da moeda. Este cenário de protecionismo fez com que as empresas 
não investissem o suficiente na modernização de seus parques industriáis e na 
capacitação de sua mão-de-obra.As empresas se tornaram obsoletas 
tecnológicamente, sem a possibilidade de competir no mercado internacional. O 
fator inflacionario também contribuiu para a falta de investimentos em novas 
tecnologias. 
As mudanças tecnológicas são motivadas, básicamente, devido as pressóes do 
ambiente externo. A busca de beneficios económicos, com agregação de valor e 
redução dos custos, é a tónica para as inovações ocorridas no setor. 
Na busca pela modernização, as empresas ¡rao se deparar com inovações 
tecnológicas incorporadas em máquinas, produtos químicos e fibras téxteis. O
desenvolvimento de máquinas dependerá do sub-setor de atuação. Nos sub-setores 
de Fiação e Tecelagem,as inovações tecnológicas estão ligadas ao aumento de 
velocidade e, conseqüentemente, de produção, e ao desenvolvimento de sistemas 
automatizados de transporte entre as varias etapas do processo produtivo. No sub-setor 
de Acabamento, as novas tecnologias buscam uma melhora de produtividade, 
racionalizando a utilização de produtos químicos, agua e energía, assim como a 
qualidade do artigo beneficiado. 
O desenvolvimento de produtos químicos de alta qualidade, que busquem atender 
ás necessidades de otimização de processos right-first-time, bem como fornecer ao 
artigo têxtil características especiáis que atendam ás exigências de mercado, tem 
criado uma grande pressão sobre os principáis produtores de produtos químicos.As 
considerações ambientáis e de saúde também são levadas em consideração. 
A criação de novos produtos téxteis está intimamente ligada ao desenvolvimento de 
novas fibras. Estas buscam atender a uma demanda de mercado que necessita 
cada vez mais de fibras de melhor uso, que atendam a determinadas funções 
especiáis e que agreguem valor ao produto. 
O potencial uso da biotecnologia e o desenvolvimento de sistemas de controle, 
juntamente com o de máquinas e produtos químicos, estão fazendo com que os 
processos se tornem mais rápidos, menos agressivos ao meio-ambiente e mais 
eficientes, no que se refere á qualidade do artigo produzido. 
4. O Processo de Transferência Tecnológica no Setor têxtil 
Brasileiro 
O processo de compra da tecnologia está sendo, cada vez mais, descentralizado. 
Em empresas de grande e medio porte, ela é feita por um colegiado composto por 
representantes da alta direção, supervisão e departamento de criação. Observa-se 
que as empresas do setor não possuem uma estrategia tecnológica formal, optando 
pela troca da tecnologia de forma reativa e pontual. A explicação deste fato pode 
estar baseada no histórico de proteção á industria e na crise instalada no setor 
durante a década de 90. 
O processo de transferência da tecnologia é comandado pelos fornecedores, na 
forma de venda e posterior assisténcia técnica. Eles são os responsáveis pela 
difusão e implantação da nova tecnologia, através do treinamento das pessoas 
envolvidas na utilização da tecnologia adquirida. Devido a esta estreita ligação, o 
relacionamento entre empresas téxteis e fornecedores de tecnologia é de parceria. 
Este fenómeno é mais intenso entre fornecedores de produtos químicos. O grande 
número de concurrentes, a dinâmica de substituição dos produtos e a velocidade 
das inovações são fatores que explicam este relacionamento mais forte. 
Mesmo não existindo um processo comum de transferência tecnológica, devido 
principalmente á diversidade tecnológica e estrutural das empresas que compóem o 
setor, pode-se caracterizar um processo genérico de transferência tecnológica para 
o setor, através dos seguintes passos: a) Busca de novas tecnologias que visem 
atender a uma necessidade de mercado, lancar um novo produto ou otimizar 
processos. b) Verificação da efetividade da nova tecnologia, através de visitas a 
outras empresas que já possuam tal tecnologia. c) Compra da nova tecnologia na 
forma de maquinaria, produtos químicos ou novas fibras, d) Difusão da nova 
tecnologia, através de treinamentos, normalmente iniciados pelo fornecedor e 
mantidos pela empresa, e) Assisténcia técnica do fornecedor da tecnologia até que 
a nova tecnologia já esteja sendo usada de forma plena. O tipo de assisténcia
dependerá da tecnologia adquirida. A tabela 1 exemplifica as possíveis formas de 
assisténcia técnica em relação aos tipos de tecnologia adquirida. 
Nova Tecnologia Tipo de Assisténcia Técnica 
Produtos Químicos 
Tecnologia da aplicação 
Adequação da maquinaria 
Treinamento 
Acompanhamento do processo 
produtivo 
Atuação para possíveis correções 
Maquinaría 
Construção da máquina 
Start -up da máquina 
Treinamento 
Acompanhamento do processo 
produtivo 
Atuação para possíveis correções 
Fibras 
Tecnologia da aplicação 
Adequação da maquinaria 
Treinamento 
Acompanhamento do processo 
produtivo 
Atuação para possíveis correções 
Tabela I - Relação entre o tipo de assisténcia técnica e o tipo de tecnologia 
adquirida 
A estrategia dos fornecedores pode ser classificada como de engenharia aplicada 
(Lowe, 1995), caracterizado pela identificação de soluções tecnológicas para 
problemas específicos de clientes. 
O processo de transferência para o setor é do tipo spin-on techonology (NTTC, 
1999) e sua forma de aplicação é passiva, isto é, o receptor da tecnologia pesquisa 
a tecnologia adequada através do contato com as empresas que desenvolveram a 
tecnologia. Por se tratar de uma tecnologia tradicional, comprovou-se a teoría que 
afirma ser o grau de dependência das empresas deste tipo de industria, em relação 
ao fornecedor, alto, sendo mais acentuado nos casos onde a infraestrutura é mais 
deficiente.Além disso, os fornecedores estão bem estabelecidos no mercado e tém 
estrutura para acompanhamento das necessidades do setor. 
Outra classificação válida para o setor é aquela, onde uma das formas de 
transferência se dá através da utilização de tecnologias disponíveis comercialmente 
(Mt. Auburn Associates, 1995). O uso de informações técnicas é oriundo de fontes 
externas (fornecedores) com o objetivo de solucionar problemas específicos 
utilizando os paradigmas tecnológicos existentes. A difusão e a absorção da 
tecnologia ocorrem por assisténcia técnica. O processo de aprendizagem é feito 
pelo processo de learning by doing (aprendizagem pelo uso). 
A efetivação do processo de transferência tecnológica confirma alguns itens de 
análise de Edsomwam (1989), que são: 
Treinamento dos agentes de transferência e dos usuarios: O responsável por este 
processo é o fornecedor da tecnologia. O treinamento dos agentes de transferência 
é importante, principalmente quando o fornecedor é estrangeiro.
Existência de centros de treinamento para as tecnologias existentes e para as 
novas: O setor têxtil nacional possui centros de tecnologia, por exemplo, o 
SENAI/CETIQT, que tém como finalidade a preparação de profissionais que tenham 
o conhecimento das principáis tecnologias estabelecidas e das possíveis tendências 
tecnológicas. 
Criação de procedimentos:As empresas pesquisadas não possuem procedimentos 
formáis de estrategia tecnológica e transferência tecnológica, com o objetivo de se 
observarem as reais necessidades do mercado, com o objetivo de modificar, 
selecionar e justificar a aquisição das novas tecnologias. 
Em relação aos fatores externos que poderiam afetar o processo de transferência 
tecnológica, observa-se que, no caso do setor têxtil, muitos pontos não são levados 
em considerado. são eles: 
Novos sistemas de gerenáamento: As empresas pesquisadas não possuem, de 
forma sistematizada, sistemas gerenciais mais modernos, como, por exemplo, 
gestão pela qualidade total, processos formáis de planejamento estratégico etc. 
Isto as torna mais despreparadas para uma análise mais confiável das necessidades 
de mercado e para o gerenciamento de novas tecnologias. 
Pesquisa de mercodo:Apesar da maioria das empresas possuírem um processo 
formal de pesquisa de mercado, nem sempre con-segue exprimir com eficiência as 
novas mudanças. Existem casos nos quais a aquisição de uma nova tecnologia foi 
comprometida por uma ineficiente pesquisa sobre as tendências de mercado. 
Intensificando das habilidades: Foi constatado que a capacitação da mão-de-obra é 
um dos fatores críticos para o insucesso do processo de transferência tecnológica 
dentro do setor. O baixo nivel de escolaridade no chão-de-fábrica e a falta de um 
processo de treinamento sistemático por parte das empresas estudadas fazem com 
que a absorção e a utilização de uma nova tecnologia fiquem comprometidas. 
Contudo, observa-se um es-forco por parte destas empresas em pelo menos 
melhorar o nivel de escolaridade dos novos funcionarios. Pode-se dizer que as 
empresas do setor estão em uma fase de transição. 
Organizando do Trabalho: As empresas do setor têxtil possuem, por sua tradição 
familiar, uma estrutura hierarquizada.A autonomía para soluções de problemas é 
bastante reduzida, pos-suindo um turn-over bastante elevado. Isto faz com que a 
¡mplantação da tecnologia adquirida seja mais demorada. De acordó com a 
pesquisa,as empresas estão tentando intensificar o fluxo de informações tanto de 
cima para baixo, quanto de baixo para cima, mas são extremamente tradicionais na 
forma de passar tais informações. Este aumento pode fazer com que a 
compreensão da aquisição da nova tecnologia se torne mais clara, evitando 
problemas de absorção da nova tecnologia pelo não entendimento de sua 
finalidade. Em relação ao processo de coleta de sugestóes, a maioria das empresas 
não possui um sistema formal, aumentando as possibilidades de que importantes 
informações sobre as novas ou estabelecidas tecnologias não sejam verificadas. 
Finanças: Devido a crise sofrida durante a década de 90, o setor se encontra em 
fase de recuperação financeira. Isto pode explicar a dificuldade e a demora para 
aquisição de novas tecnologias. Contudo, as empresas estudadas tém buscado 
aumentara competitividade,através da aquisição de novas tecnologias e infra-estrutura 
necessárias, ou com recursos próprios ou buscando financiamentos 
governamentais.
Cooperando entre firmas: Durante o processo de transferência tecnológica a 
cooperação entre firmas é comum na fase de pesquisa da utilidade industrial da 
nova tecnologia. Durante esta fase, a empresa receptora da nova tecnologia visita 
outras empresas, mesmo concurrentes, para verificar in loco o funcionamento da 
tecnologia. 
5. Considerares Fináis 
Toda a aquisição de uma nova tecnologia deve ser precedida de uma preparação 
técnico-organizacional por parte da empresa receptora. Em um setor que está em 
fase de transformação - de intensivo em mão-de-obra para intensivo em capital - 
esta preparação é fundamental para a plena utilização da tecnologia adquirida.Além 
do fenómeno ácima citado, o setor nacional possui a característica de tem passado 
por períodos turbulentos, que alavancaram o processo de compra de novas 
tecnologias.A busca muito rápida de novas tecnologias que objetivam aumentar a 
produtividade, agregar valor aos produtos fináis e, conseqüentemente, a 
competitividade nem sempre levam em consideração a necessidade de um 
planejamento previo para a aquisição da nova tecnologia. Como resultado, tem-se 
a sub-utilização desta. 
Este fenómeno foi constatado através de casos que detalham as dificuldades do 
processo de transferência tecnológicaI. Os estudos mostram que as empresas 
tiveram problemas com a transferência tecnológica, principalmente durante a crise 
das importações chinesas na década de 90, por falta de uma infra-estrutura para 
utilização da tecnologia adquirida.As áreas que compóem esta infraestrutura são: 
capacitação da mão-de-obra, planejamento da produção e comercialização, 
sistemas organizacionais e equipamentos de suporte. Dos itens listados ácima, 
observou-se que a capacitação da mão-de-obra é o fator que mais influência tem 
no sucesso da transferência tecnológica. 
Para os fornecedores de tecnologia, um eficiente processo de transferência 
tecnológica está baseado em um relacionamento de parceria, baseado na 
confiabilidade técnica e funcional da nova tecnologia comercializada. Neste 
processo, fornecedores e empresas téxteis devem trabalhar juntos, buscando 
oferecer ao mercado artigos que atendam aos diversos níveis de exigência dos 
clientes fináis. Contudo, para que este processo ocorra de forma plena, as 
empresas devem se preparar para receber as novas tecnologias. Itens como 
capacitação de mão-de-obra, planejamento da infra-estrutura necessária para 
recebimento da tecnologia e manutenção de um sistema formal de captação das 
necessidades de mercado são fundamentáis para uma eficiente transferência. 
Devido a já comentada heterogeneidade estrutural e tecnológica das empresas 
téxteis, uma considerável parcela da mão-de-obra empregada é caracterizada pelo 
baixo grau de es-colaridade e pela falta, ñas empresas, de investimentos em 
treinamentos continuos. Uma boa parcela dos trabalhadores de "chao de fábrica" 
recebe apenas o treinamento dado pelo fornecedor, ficando limitado á operação 
técnica de uma determinada tecnologia. Poucas são as empresas que possuem 
mecanismos para explorar o conhecimento "tácito" das pessoas envolvidas com a 
nova tecnologia. O processo de polivalência ainda é pouco incentivado, limitando a 
ação dos funcionarios na compreensão das tecnologias que compóem o fluxo 
produtivo. Estes fatores somados dificultam o processo de absorção de novas 
tecnologias. Como conseqüéncia, a tecnologia adquirida não consegue atender ás 
expectativas de aumento de competitividade. Principalmente nesta fase de 
expansão da produção e de grandes investimentos na modernização do parque 
industrial, as empresas deveriam se preocupar com a capacitação de sua mão-de-obra.
A simples compra de uma nova tecnologia não significa o aumento automático da 
competitividade, sendo que o apren-dizado é uma habilidade fundamental para que 
a transferência tecnológica ocorra de forma efetiva. Apesar de existir um movi-mento 
para a melhoria da capacitação da mão-de-obra, a falta de um processo 
formal e continuado de treinamento, por parte das empresas, indica a baixa 
preocupação com a capacitação da mão-de-obra para aumento da competitividade. 
Além da pouca preocupação com a capacitação da mão-de-obra, verifica-se que a 
maioria das empresas téxteis possui baixos índices de inovações gerenciais e 
organizacionais. Isto é observado pela quase ausência de sistemas de gestão da 
qual-idade; na difícil integração entre as áreas de planejamento e produção; e na 
falta de mecanismos para formalizar e reter o conhecimento adquirido.A falta 
destes processos ocasiona uma maior lentidão no processo de transferência 
tecnológica. 
Neste cenário, os centros de ensino industrial tém um relevante papel na 
preparação de uma mão-de-obra apta para não só absorver novas tecnologias, mas 
também gerenciar o processo de transferência, fazendo com que este seja pleno e 
não ocorra a sub-utilização ou não utilização da tecnologia adquirida. Cabe ás 
empresas criar mecanismos de aprendizagem continua, manten 
ASSIMILAÇÃO PELA TECNOLOGIA 
Por Ana Franchon 
Número 43 
Nas últimas décadas, o modelo de gestão organizacional sofreu alterações, 
desenvolvendo mecanismos para adaptação às rápidas e numerosas 
transformações econômicas e tecnológicas pelas quais o mundo tem passado. A 
organização, enquanto sistema aberto, passou a ser fortemente influenciada por 
quatro novos paradigmas: nova tecnologia, nova ordem geopolítica, novo ambiente 
empresarial e nova empresa (Kunsch, 2003, p. 58). 
Entre os paradigmas citados, a questão das novas tecnologias abarca o 
desenvolvimento de novas metas para a tecnologia de informação (IT) e uma 
computação em rede, aberta e centrada no usuário. Na área de comunicação 
organizacional, a preocupação não poderia ser diferente: é crescente o esforço para 
a utilização adequada e integrada dessas novas tecnologias ao plano de 
comunicação, destacando-se o uso da tecnologia para melhorar o relacionamento 
entre a organização e seus públicos. 
Durante dois anos e meio, desenvolvi trabalhos na área de assessoria de 
comunicação para empresas de tecnologia (Palm, Pioneer, Seagate e Polycom). Na 
maior parte do tempo, atendi diretamente a Palm do Brasil (hoje, PalmOne), 
empresa multinacional com sede nos Estados Unidos que manufatura e comercializa 
computadores de mão. Apresentando um produto que oferece o que existe de mais 
recente em tecnologia, um problema trazido pelo cliente foi: “Não estamos 
conseguindo “vender” para as mulheres. Será que as mulheres são avessas à 
tecnologia?”. 
A pergunta permaneceu solta até meu ingresso como aluna ouvinte na disciplina 
“Ética e Comunicação Institucional”, que faz parte do programa de pós-graduação 
da ECA/USP. No início da disciplina, foi abordada a questão histórica das relações
Inovações de empreendedorismo
Inovações de empreendedorismo
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Inovações de empreendedorismo

  • 1. INOVAÇÕES DE EMPREENDEDORISMO Dessa forma, os empreendedores que estão dispostos a investir nas ideias de outros estão, na verdade, comprando um conhecimento que não possuem e estão também se associando a um grupo de empreendedores que investem na mesma marca ou bandeira. No entanto estes empreendedores ficam limitados aos padrões, à estética, ao comportamento e à criação dos donos da franquia. Estes empreendedores podem até tentar inovar em alguns aspectos que envolvem o seu negócio, mas essa não é a regra. Assim, as pessoas que têm um perfil empreendedor, mas que gostam de estar livres para inovar e desenvolver suas próprias ideias devem pensar duas vezes antes de se tornarem empreendedores através destes tipos de negócios, pois pode ser bastante frustrante não poder dar suas contribuições e mudar algumas coisas em um negócio que, afinal de contas, também é seu. Por outro lado, os próprios donos de franquias deveriam buscar ser mais inovadores. Sugiro que eles procurem adotar modelos de gestão da inovação que permitam que os franqueados participem dos processos de inovação dos negócios. Afinal, as próprias franquias em um primeiro momento foram inovadoras por terem criado algo que atraiu outros empreendedores dispostos a investir na sua rede. Ou seja, em um primeiro momento, eles foram inovadores, mas depois querem engessar o modelo porque acreditam ser esta uma fórmula de sucesso que não deve ser alterada. No entanto alguns empreendedores sem perfil inovador param de estudar e de buscar novos conhecimentos ao atingirem o nível de sucesso que eles esperavam chegar, passando a uma acomodação natural do ser humano. Há também os inovadores que acham que a inovação é um fim em si mesmo. A Inovação tem sido destacada como a grande força propulsora e renovadora das empresas e, consequentemente, do crescimento sustentável das nações. O fato de “fazer diferente” é reconhecido por todos como algo que proporciona uma posição de destaque junto aos clientes, fornecedores e a sociedade, gerando, com isso, valor econômico para as organizações. Inovar, pragmaticamente, é transformar ideias novas em resultados sustentáveis, ou seja, consiste no justo equilíbrio entre criatividade e processos para geração de valor. Em termos de criatividade, o Brasil tem um diferencial oportuno em comparação com outros países. É, ao
  • 2. mesmo tempo, o país da biodiversidade e da etnodiversidade. É uma nação multicultural e linguisticamente unida - diferente da Europa, por exemplo -, em que o respeito e admiração da diferença, de forma geral, prevalecem. Por outro lado, o Brasil tem, também, um enorme desafio, que consiste na própria inserção efetiva desta diversidade no contexto organizacional. Para mencionar um único e bastante revelador dado, no Brasil, menos de 27% dos cientistas atualmente trabalham em projetos ligados a empresas. Nos Estados-Unidos, país que viu nascerem empresas como Cisco, Xerox, Google, Apple, Facebook, entre outras grandes marcas, 80% dos pesquisadores são inseridos em trabalhos empresariais. Na Correia do Sul, que acelerou de forma exemplar seu crescimento nas últimas duas gerações, este mesmo número é de 77%. O Brasil tem um cenário empreendedor interessante que o coloca como país de destaque no mundo. Porém, este destaque está mais ligado ao tamanho da população empreendedora do que pelo planejamento empreendedor. Infelizmente por aqui essa atividade ainda acontece mais no sentido de um da necessidade e não de oportunidade, e com muito pouco conteúdo inovador. Os dados da PINTEC (Pesquisa de Inovação Tecnológica) coletados pelo IBGE, demonstram que o protagonismo privado nos investimentos em inovação e, consequentemente, na cultura do risco como contrapartida da oportunidade, ainda é baixo. Efetivamente, a porcentagem total de investimentos privados em Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação (PD&I) no Brasil é de 0,55% do PIB, contra 1,87% nos Estados Unidos e 2,45% na Correia do Sul. Naturalmente, não se deve utilizar de tais dados para autenticar que o país estacionou a inovação. No Paraná, por exemplo, tem se incentivado e verificado um esforço cada vez maior de desenvolvimento da inovação por meio de parcerias. Redes internas e externas de parceria, que decorrem do incentivo ao trabalho interno em rede (potencializado pela chamada web 2.0), e pela busca constante pela aproximação de empresa-empresa, universidade-empresa, ONG-empresa e governo-empresa, têm sido decisivas para o fortalecimento da cultura de empreendedorismo inovador no Estado. Entre os esforços que estão propulsionando o Paraná em termos de referência para o Brasil em inovação, e que tem despertado o interesse de outros países, está a iniciativa da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), com a criação do C2i - Centro Internacional de Inovação (www.c2i.org.br). A abordagem do C2i para acelerar o desenvolvimento do setor produtivo do Estado, consiste em propor que “inovar é transformar conhecimentos novos em resultados sustentáveis”, e que a gestão da inovação está na “capacidade sistemática e estratégica de inovar”. Apontando, portanto, para dois pilares essenciais e em constante equilibro desta disciplina: a Cultura da Inovação, e os Processos de Inovação. Cinco Lições para Promover o &Empreendedorismo de Inovação pela PricewaterhouseCoopers [Inglês] Por Marcus Erb
  • 3. Baixar o Artigo [Inglês] “Por que restringiríamos a solução do problema a 12 pessoas em volta de uma mesa quando temos 30.000 pessoas em 78 unidades em todo o país que poderiam estar nos ajudando?” — Mitra Best, Líder de Inovação nos Estados Unidos, PricewaterhouseCoopers Os líderes na PricewaterhouseCoopers, a empresa mundial de contabilidade e presente sete vezes na lista de 100 Melhores Lugares para Trabalhar da FORTUNE, estão constantemente em busca de criar uma mão-de-obra inovadora e empreendedora. O esforço para criar esse modelo de inovação contínua trouxe crescimento e receita. Nesse processo, seus trabalhos para colaborar e capacitar os funcionários ajudaram a criar um ambiente de trabalho ainda melhor. Na Conferência Great Place to Work®de 2011, em Denver, a Líder de Inovação da PwC nos EUA, Mitra Best, contou como ela e a empresa criaram um escritório de inovação de classe mundial através de 160.000 funcionários motivadores e inspiradores para desafiar o status quo e levar a empresa adiante. Este artigo ressalta cinco lições práticas da PricewaterhouseCoopers que podem ser aplicadas em qualquer ambiente de trabalho. A ImportâNcia Da InovaçãO Para O Empreendedorismo Presentation Transcript · 1. A Importância da Inovação Para o Empreendedorismo Prof. Marcelo Bárcia www.profbarcia.com · 2. Por Que a Inovação é tão importante para as empresas na atualidade ? o Segundo a Wikipedia : “ Inovação significa novidade ou renovação. A palavra é derivada dos termos em latinos novus (novo) e innovatio (algo criado novo) e se refere à uma idéia, método ou objeto que é criado e que pouco se parece com padrões anteriores” (2009) · 3. A realidade do cenário atual: o O ambiente empresarial vive um cenário marcado: o Pela competição acirrada; o Globalização ; o Mudanças rápidas e buscas e... o ...dificuldades em encontrar vantagens competitivas sobre concorrência. · 4. Neste sentido... o As Inovações podem auxiliar empresas e empreendedores na obtenção dessas vantagens. o Porém, é fácil ser Inovador ?
  • 4. o Certamente, não. Não é só uma questão de visão extraordinária ou de excesso de criatividade de alguns Dirigentes, Empreendedores e Colaboradores. · 5. A Criação de um ambiente favorável à Inovação: o Uma organização inovadora permite e incentiva a participação de toda à sua equipe; o Uma organização inovadora é flexível em sua gestão; o Uma organização inovadora desenvolve espaços formais para a participação e envolvimento de todos. · 6. Portanto, podemos afirmar que... o A Inovação depende do envolvimento e vontade da direção da empresa; o É preciso disseminar, independente do porte ou setor, o conceito de Inovação dentro da empresa; o É preciso valorizar (até premiar) as idéias e sugestões inovadoras. · 7. O Que Ganha a Empresa Inovadora? o Além, das famosas Vantagens Competitivas sobre a concorrência. A empresa inovadora certamente gera um bem-estar e satisfação maior para Empreendedores e Colaboradores e isso já ajuda muito na criação de um ambiente inovador. ransformando o ambiente organizacional com a Inovação e o Intra-empreendedorismo Haroldo de Oliveira Costa Analista de Sistemas com Especialização em Gestão e Tecnologia da Informação e MBA em Gestão de Negócios pelo Ietec. Gerente de Tecnologia da Informação da Mineração Lapa Vermelha Ltda., Fazenda Lapa Vermelha. RESUMO Este artigo procura demonstrar a importância da Inovação e do Intra-empreendedorismo para as organizações modernas que operam no ambiente da economia globalizada e de concorrência assídua. Por meio de pesquisa bibliográfica e estudos de outros artigos levantaram-se aspectos importantes da inovação e do intra-empreendedorismo como fatores de transformação nas organizações, destacando os processos de implantação e desenvolvimento destes dois pilares de desenvolvimento. A inovação é o resultado da criatividade e o processo de inovação se constitui da idéia, a sua implementação e o resultado esperado. O Intra-empreendedorismo é o desenvolvimento de atividades empreendedoras no âmbito interno das organizações. Palavras-Chave: Ambiente Organizacional, Inovação e Intra-Empreendedorismo.
  • 5. Inovação e Intra-empreendedorismo As organizações modernas estão atuando fortemente na área da Inovação e do Intra-empreendedorismo como fatores de diferencial competitivo para suas atividades, já que em uma economia globalizada a concorrência e a dificuldade de alcançar novos mercados são pontos críticos para o crescimento do negócio. Mercados que há alguns anos atrás eram restritos para poucas empresas hoje sofrem a pressão de novos concorrentes. A expressão inovação está cada vez mais presente nos estudos da área de administração e aliado a ela a atividade empreendedora, que antes estava focada na criação de novos negócios e agora se volta para o interior das empresas, como um novo perfil das atividades e funções intrínsecas dos colaboradores. A inovação pode ser percebida de várias formas nas organizações: novos produtos, remodelagem de produtos já existentes, novos processos internos, novas formas de atendimento a clientes, etc. “A constante invenção de soluções pode ser percebida não somente como obra do homem, mas também como fórmula da natureza. O estudo da história mostra que de maneira geral, estar em transformação é uma das poucas coisas constantes nos sistemas. Percebe-se que sistemas que nunca se reinventam, transformam e adaptam tendem ao desaparecimento no curso do tempo”, Carlos Amorim Lavieri, 2005, USP. O intra-empreendedorismo é o trabalho do empreendedor dentro das corporações, o que torna as pessoas intra-empreendedoras agentes da inovação, motivando a inovação e a evolução constante das organizações. “O empreendedorismo é um processo pelo qual se fazem algo novo (criativo) e algo diferente (inovador) com a finalidade de gerar riqueza para indivíduos e agregar valor para a sociedade”, Gina Paladino, 2006, FIEP. A aplicação destes dois pontos de evolução nas organizações passa por etapas de mudanças da cultura organizacional e do perfil dos colaboradores. Mudança na cultura organizacional com a adoção de meios para a valorização da inovação no ambiente da empresa, e mudança do perfil dos colaboradores com o incentivo e adoção do perfil empreendedor dos mesmos, criando assim um ambiente inovador e empreendedor. Para Schumpeter, produzir a Inovação e principalmente liderar (garantir) a implementação destas inovações nos processos produtivos era o papel exercido por aqueles que ele chamou então de empreendedores (SHUMPETER, 1982). Estas mudanças serão os novos pilares para as organizações inovadoras e atualizadas. "A empresa que se recusa a ser criativa, não aprimorando os seus produtos e sua estrutura, ou não estando atenta a novas descobertas desenvolvidas em outras partes do mundo, está fadada a ser superada rapidamente." Roberto Duailibi, 1990. Criação do ambiente Inovador com o Intra-Empreendedorismo Como transformar o ambiente das organizações para uma cultura empreendedora e inovadora? Esta é a grande questão a ser avaliada pelos gestores das organizações modernas.
  • 6. A primeira consideração que devemos fazer é com relação às características dos colaboradores da organização, que devem estar voltadas para o empreendedorismo e assim seja praticado o intra-empreendedorismo e por conseqüência as idéias surjam na organização. Para a elevação desta característica devemos desenvolvê-la através de cursos e a organização deve abrir espaço para a criatividade dos indivíduos e das equipes, incentivando o surgimento de intra-empreendedores e empreendedores corporativos. Pinchot percebeu que o empreendedor descrito por Schumpeter não era apenas aquele indivíduo que constrói uma empresa, mas também aquele que dentro das estruturas corporativas existentes age de modo inovador e se responsabiliza por implementar as invenções necessárias aos mais variados processos. (PINCHOT, 1978). A gestão da empresa também deve ser considerada como ponto importante, já que as mudanças na cultura da empresa para uma valorização do intra-empreendedorismos devem vir da alta direção das organizações, que deve apoiar as mudanças e implementar ações de gestão e compensação das inovações. A alta direção deve delegar poderes para as mudanças e também definir limites, pois será instalado um ambiente de liberdade para inovação na organização. Os gerentes devem assumir uma posição de “patrocinadores” dos intra-empreendedores, dando-lhes apoio e uma direção na organização. Muitas vezes as organizações perdem oportunidades de melhorar sua competitividade porque a cultura empresarial, essencialmente avessa a mudanças, estimulava aquelas pessoas dentro da organização que seriam potenciais empreendedores a desistir dos projetos ou abandonar as empresas para implementá-las. Métodos de incentivo aos intra-empreendedores e as inovações também são fatores que facilitam a cultura inovadora nas empresas, motivando os colaboradores nas inovações e no desenvolvimento do potencial intra-empreendedor. Alguns métodos de incentivos como prêmios, bônus, aumento de salário, promoção e também o reconhecimento público, são aplicados nos sistemas de gestão da inovação como incentivo e mantenedores do processo de inovação nas organizações. Outros fatores também são importantes e devem ser considerados para a criação do ambiente inovador e do desenvolvimento do intra-empreendedorismo nas organizações: • A disciplina para tratar da inovação e dos seus processos, para que não se desvie dos objetivos de implantação de um sistema de Gestão de Inovação e intra-empreendedorismo nas organizações; • Criar uma cultura do aprendizado e da pesquisa na organização para a evolução constante e busca de novos conhecimentos e técnicas para as organizações; • Flexibilidade para mudanças, provocadas pelas inovações e para a implantação do sistema de gestão da inovação; • Tolerância aos riscos e erros que podem vir de inovações e idéias empreendedoras, o risco calculado deve ser estimulado e acompanhado para evitar problemas que desestimulem novas tentativas de inovação; • Criação de ambiente diferenciado para equipes que trabalhem com a inovação e com pesquisa; O processo de inovação e aplicação do intra-empreendedorismo nas organizações deve ser organizado para que tenha apoio dos colaboradores e sua participação contínua, assim a cultura inovadora se propaga pela organização e os colaboradores vão criando um perfil empreendedor. O processo como um todo deve ser tratado, do surgimento da idéia (tradução), da sua avaliação de viabilidade, implementar idéias e avaliar
  • 7. resultados, não esquecendo sempre do reconhecimento dos trabalhos. Liderança Intra-empreendedora. As organizações modernas participam de mercados voláteis e competitivos onde o aumento das vendas torna-se cada vez mais difícil e existe uma dificuldade em se obter vantagens sobre os concorrentes, devido a estes fatores a inovação que advém de uma capacidade intra-empreendedora dos colaboradores será o diferencial para obter lucros e vantagens competitivas. A liderança das organizações terá um papel decisivo para a mudança da cultura interna, fomentando a inovação e o perfil empreendedor internamente. Um líder que propicie a inovação deve valorizar seus subordinados por suas idéias, permitir uma liberdade para exposição e desenvolvimento de idéias, serem parceiro no desenvolvimento de inovações, assumirem riscos, compartilhar conhecimentos e estimular a criação. “Aqui as pessoa são desconfortavelmente estimuladas a ir além da função específica de seu cargo”, afirma Luiz Ernesto Gemignani, presidente da Promon. A liderança empreendedora será o diferencial para a criação de equipes inovadoras e intra-empreendedoras. Empresas Inovadoras As empresas “Inovadoras” já trabalham com o intra-empreendedorismo e desenvolvem a cultura da inovação nos seus ambientes internos, para isto viram que não era necessário apenas investir em P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) e sim mudar suas culturas. Atualmente nestas empresas existe todo um ambiente voltado para a inovação, a gerência da empresa, os grupos de pesquisas, grupos multidisciplinares para estudos, sistema de motivação e premiação de inovações, sistema de gerência da inovação e do conhecimento. Exemplos clássicos como a 3M umas das recordistas em registro de patentes em todo o mundo, onde existem sistemas sofisticados para a inovação, a Gillete que tem dentro da uma linha de testes dos produtos pelos colaboradores e que está sempre inovando da frente dos concorrentes, a inovação também vem por meio de serviços como a GOL que inovou na forma de serviços prestados aos clientes e também no público alvo de seus serviços. Temos que salientar aqui que a inovação e o intra-empreendedorismo não estão presentes somente nas grandes corporações, está também em organizações de pequeno e médio porte, onde o ambiente e a própria origem são propícios a estas atividades. Conclusão Atualmente o perfil empreendedor das pessoas é visto como uma característica de suma importância, não só para a vida pessoal como também para o ambiente organizacional nos quais elas estão inseridas. Este perfil é o gerador de inovações nas organizações
  • 8. modernas, que já enxergaram este diferencial empreendedor e o potencial das inovações para alavancarem os seus negócios. Organizações tradicionais com uma administração fechada e não inovadora estão caminhando para um futuro incerto onde os mercados estarão em mudanças contínuas e em evolução constante, abertos a novas idéias e altamente competitivos. Os gestores serão os responsáveis para a mudança do perfil das organizações e pela conquista de novos caminhos para um futuro no mercado globalizado e competitivo, estando sempre abertos a inovação e ao novo perfil de colaboradores empreendedores. No futuro as empresas inovadoras com profissionais intra-empreendedores estarão presentes no mercado e com uma força a mais em relação a seus concorrentes, tornando-as competitivas e preparadas para atuarem nos mercados em evolução. E além do mais a economia mundial vive um período de valorização do conhecimento, com a inovação e o intra-empreendedorismo tende-se a valorizar este bem das organizações. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DRUCKER, P. Inovação e Espírito Empreendedor. São Paulo, Pioneira, 1987 5º Ed. LAVIERI, Carlos Amorim; MELLO, Álvaro. Estímulos ao Processo de inovação, associados ao intra-empreendedorismo. Em: SEMEAD, 2005, São Paulo. anais do VI SEMEAD, 2005. Disponível em <http://www.ead.fea.usp.br/semead/8semead/resultado/trabalhosPDF/399.pdf> Acesso em Outubro de 2008. LEAL, Wilson L.M. Apostila Gestão da Inovação. IETEC: Setembro / 2008. POLIGNANO, Luiz Castanheira. Apostila Gestão da Inovação. IETEC: Setembro / 2008. MARQUES, Davi; RICCI, Fábio; MOLINA, Vera Lúcia Ignácio. Intra- Empreendedorismno e Sua Relação com o Desenvolvimento Regional. Disponível em < http://www.inicepg.univap.br/INIC_2006/epg/06/EPG00000428_ok.pdf> Acesso em Outubro de 2008. SBRAGLIA, Roberto (Coordenador). Inovação: Como vencer esse desafio empresarial. São Paulo, Clio Editora, 2006. PALADINO, Gina. Artigo EMPREENDORISMO DENTRO DA EMPRESA, 22/09/2006. Disponível em <http://www.indicadoresjoinville.com.br/conteudo_1.asp? idmenu=127&idconteudo=594> Acesso em Outubro de 2008. SCHUMPETER, Joseph Alois. A Teoria do Desenvolvimento Econômico : uma investigação sobre lucros, capital, crédito, juro e o ciclo econômico. São Paulo: Abril Cultural, 1982.
  • 9. PINCHOT, G.; PINCHOT, E. S. Intra-Corporate Entrepreneurship Fall, 1978 ROBERTO, Duailibi, JR., Harry Simonsen. Criatividade e Marketing. McGraw-Hill: 1990. novação, Processo Criativo e Empreendedorismo · Empreendedorismo Social , Especiais, Sustentabilidade · Nenhum comentário · 11 de outubro de. 2009 Autor: Giórgio de Jesus da Paixão* Conhecimento é a matéria-prima das novas idéias. O individuo criativo é alguém com bagagem de conhecimentos, mas isso não basta. A verdadeira chave para se tornar criativo está no que se faz com o conhecimento. São as atitudes que definirão se o indivíduo é mais ou menos criativo e é em torno das suas atitudes que o empreendedor desenvolve e amplia seu potencial criativo, bem como de seus colaboradores (CHER, 2008). Criatividade vem de criar, que significa “dar origem a”, “produzir”, “inventar”. É o processo que resulta no surgimento de um novo produto, serviço ou comportamento, aceito como útil, satisfatório ou de valor em algum momento. Assim, criar será inovar, e não haverá campo no qual a inovação não possa produzir efeitos, seja no modo de pensar, de agir, não agir, falar, trabalhar, entregar ou distribuir. (…) Onde houver um padrão e um costume haverá possibilidade de inovação, pois sempre será possível quebrá-los. Onde houver conhecimento será possível inovar, a partir do seu rearranjo (Cher, 2008, pág. 204) A fim de despertar esse espírito criativo no ser humano é necessário antes, romper com uma barreira interna inerente ao ser humano, a certeza que de que não há mais nada novo a ser criado e que já não exista no cotidiano das pessoas e das empresas. Como já visto, o empreendedorismo rompe com o este paradigma possibilitando ao ser humano, infindáveis oportunidades de recriar não somente ao seu ambiente, mas a toda uma sociedade é uma idéia de melhoria contínua. Outro aspecto importante é relativo à atenção do empreendedor à sua inovação. Se você lançar uma inovação e não se mantiver atento e ligado a ela, a mensagem que ficará para todos é que tal inovação não é importante nem para você, tampouco para seus funcionários e para a empresa (CHER, 2008). Desta forma, Para haver inovação é preciso criatividade. Toda definição pertinente de criatividade inclui o elemento essencial de novidade. Criamos quando descobrimos e exprimimos uma idéia, um produto, um serviço ou uma forma de comportamento que seja nova em certo grupo social (Cher, 2008, pág. 203).
  • 10. Quando encontramos soluções constantes para os problemas, construímos novos produtos, definimos novas perguntas em determinado campo então utilizamos a criatividade empreendedora. O mundo tem passado por várias transformações em curtos períodos de tempo, principalmente no século XX, quando foi criada a maioria das invenções que revolucionaram o estilo de vida das pessoas. Geralmente, essas invenções são frutos de inovação, de algo inédito ou de uma nova visão de como utilizar coisas já existentes, mas que ninguém antes ousou olhar de outra maneira. Por trás dessas invenções, existem pessoas ou equipes de pessoas com características especiais que são visionárias, questionam, arriscam, querem algo diferente, fazem acontecer e empreendem. Os empreendedores são pessoas diferenciadas, que possuem motivação singular, apaixonadas pelo que fazem, não se contentam em ser mais um na multidão, querem ser reconhecidas e admiradas, referenciadas e imitadas, querem deixar um legado. Uma vez que os empreendedores estão revolucionando o mundo, seu comportamento é o próprio processo empreendedor devem ser estudados e entendidos (DORNELAS, 2005). Referências: CHER, Rogerio. Empreendedorismo na veia : um aprendizado constante. Rio de Janeiro: Elsevier; SEBRAE, 2008. 228 p. DORNELAS, José Carlos Assis,. Empreendedorismo: transformando idéias em negócios. 2. ed. Rio de Janeiro, RJ: Elsevier, 2005. 293 p. *Giórgio de Jesus da Paixão é graduado do curso de Administração Pública da UDESC/ESAG. Atualmente é colaborador do SENAI. INOVAÇÕES TECNOLOGICA Inovação tecnológica é um termo aplicável a inovações de processos e de produtos 1 . De modo geral, é toda novidade implantada pelo o setor produtivo, por meio de pesquisa ou investimentos, e que aumenta a eficiência do processo produtivo ou que implica um novo ou aprimorado produto, de acordo com o Manual de Oslo, elaborado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) Tipos Inovação Tecnológica de Produto Inovação de Produtos tecnologicamente novos, são produtos cujas características tecnológicas ou usos pretendidos diferem daqueles dos produtos produzidos anteriormente. Tais inovações podem envolver tecnologias radicalmente novas e podem basear-se na combinação de tecnologias existentes em novos usos, ou podem ser derivadas do uso de novo conhecimento. Inovação de Produtos tecnologicamente aprimorados, são produtos existentes cujos desempenhos tenham sido significativamente aprimorados ou elevados. Um produto simples pode ser aprimorado (em termos de melhor desempenho ou menor custo)
  • 11. através de componentes ou materiais de desempenho melhor, ou um produto complexo que consista em vários subsistemas técnicos integrados pode ser aprimorado através de modificações parciais em um dos subsistemas. Inovação Tecnológica de Processo Inovação tecnológica de processo é a adoção de métodos de produção novos ou significativamente melhorados, incluindo métodos de entrega dos produtos. Tais métodos podem envolver mudanças no equipamento ou na organização da produção, ou uma combinação dessas mudanças, e podem derivar do uso de novo conhecimento. Os métodos podem ter por objetivo produzir ou entregar produtos tecnologicamente novos ou aprimorados, que não possam ser produzidos ou entregues com os métodos convencionais de produção, ou pretender aumentar a produção ou eficiência na entrega de produtos existentes2 . Teorias da Inovação Em sua obra A extinção dos Tecnossauros, Nicola Nosengo oferece uma visita guiada com o intuito de aproveitar os fracassos, que são momentos de crise de um sistema, para evidenciar os lugares-comuns nos quais se baseia nossa percepção da inovação tecnológica configurando a tecnologia como um fator natural que deve ser explicado por uma ciência humana. A técnica de inovação só é levada a sério pelos humanistas e explorada pelas ciências sociais quando ocorre o surgimento dos meios eletrônicos e sistemas relacionados à informática. Várias metáforas foram exploradas pelos estudiosos para tentar pensar o processo da tecnologia, após ignorá-la como ciência durante dois mil anos. 3 Metáfora da Caixa-Preta Enquanto economistas como Lionel Robbins excluíam a técnica da mudança tecnológica de seus campos, o teórico Joseph Schumpeter estudou os processos tecnológicos distinguindo invenção (atividade do cientista, técnico ou inventor) e inovação (atividade do empreendedor que mercantiliza a invenção). Apesar dessa distinção ter sido o destaque de sua análise na época, é observado que ela limitou o conhecimento de onde surgem as novas tecnologias e como prevalecem no tempo. Segundo Schumpeter, "a inovação é possível sem o que chamamos invenção, e a invenção não necessariamente comporta uma inovação [...] entre o processo social que dá lugar às invenções e aquele que dá lugar às inovações não existe uma relação recíproca." Nosengo afirma que a inovação é o motor principal da invenção, pois ela é externa ao sistema econômico. Ele também define progresso econômico como a incorporação de recursos produtivos em novos usos, retirando-os de seu uso original. Schumpeter também criou a definição de "destruição criadora", onde um produto inovador destrói um equilíbrio para originar um novo e superior no sentido tecnológico, desestabilizando o sistema capitalista e, ao mesmo tempo, assegurando a ordem. No período pós-guerra, teóricos dividiram-se em dois ideais: · Technological Push (Impulso Tecnológico): Posicionam o avanço do conhecimento científico como base para inovação e excluem a possibilidade da demanda do público oferecer alguma influência sobre o desenvolvimento tecnológico.
  • 12. · Market Pull (Impulso do mercado): Defendem que as empresas buscam satisfazer a demanda do mercado oferecendo uma resposta para seus problemas. Ambas as concepções se devem a Nathan Rosenberg, autor de Dentro da caixa-preta, 1991. O autor cita em sua obra o exemplo da ciência metalúrgica, quando a tecnologia definitivamente impulsionou a ciência. O conceito de demanda é insustentável, porém também não se pode afirmar que o desenvolvimento da ciência interfere diretamente no desenvolvimento de tecnologias. Técnica e mercado evoluem simultaneamente. Metáfora dos Tecidos, redes e costuras Possui raízes no campo da sociologia e história, tendo uma atitude mais controvertida que a economia em relação à técnica. Sociólogos do século XX adotaram visões simplistas e realizaram pesquisas em sua maioria a respeito dos "efeitos" que a tecnologia produz sobre a sociedade e vice-versa. Os pensadores se interessaram por muito tempo apenas no estudo da difusão das tecnologias, sem propor o entendimento de como e por que elas surgiram. Porém, há uma distinção temporal entre invenção e difusão: A maioria dos objetos técnicos se modificam a partir de sua difusão e de que forma é realizada. Já a História relatou muitas vezes a tecnologia apenas como contribuição dos inventores, sem compreender sua complexidade e seus atributos. Participantes da Associação Europeia para o Estudo da Ciência e da Tecnologia, em 1982, propusaram uma visão de "construção social" da tecnologia, eliminando a teoria do inventor e posicionando as interações sociais como principal fonte de formação de um objeto técnico. Essa teoria ocasionou o surgimento de contribuições complementares à sua tese, como a coletânea de ensaios The social construction of technological systems, em 1989, que reúne manifestos de um novo gênero de estudo sobre a tecnologia, o SCOT (Social Construction of Technology). A abordagem da técnica era sintetizada em três pontos fundamentais: · Recusa da figura do inventor individual como conceito central. · Recusa do determinismo tecnológico (concepção de tecnologia como agente modificador da sociedade) · Recusa da distinção entre aspectos técnicos, sociais, políticos e econômicos do desenvolvimento tecnológico. A metáfora do "tecido sem costura" explica a união dessas dimensões da atividade humana. O modelo de desenvolvimento tecnológico proposto por Trevor Pinch e Wiebe Bijker se dá através da relação: 'grupo social relevante' > apresentação de um 'problema' > proposta de 'solução'. Não é necessário resolver efetivamente os problemas, e sim chegar a um encerramento retórico, no qual os grupos relevantes vêem o problema como resolvido. Michel Callon e Bruno Latour fundam a teoria da tecnociência baseada na metáfora da rede, na qual a tecnologia conecta aspectos sociais e técnicos, sem a possibilidade de os distinguir ou hierarquizar inteiramente. Correio pneumático e carro elétrico O caso do correio pneumático, que desapareceu das grandes cidades onde existiu por muitas décadas, mostra que “grandes sistemas podem ser considerados verdadeiramente concretizados apenas quando atingem um ponto provisório de não retorno.” O caso da
  • 13. recorrentemente frustrada espera pelo carro elétrico ilustra que não se entra duas vezes no mesmo rio da tecnologia, pois “aquele carro elétrico permaneceu uma promessa não cumprida”. Videophone IMG 1107-white O fracasso do videofone ressalta que “a ausência de imagem é uma qualidade e não uma limitação do telefone.” A inexistência do carro voador é vista como evidência de que “os grandes sistemas técnicos precisam de um complexo aparato legislativo e logístico para funcionar, e é esse fator, só em parte influenciável pelo progresso técnico, o decisivo”. As batalhas entre o CD e o velho vinil, o long playing, ilustram que “nenhuma indústria, por mais unida e bem organizada que seja, pode impor uma inovação.” O caso da longevidade da fita cassete ilustra uma “espécie de hierarquia informal, pois ela se aproxima, mais do que o disco, de uma tecnologia de rede, no sentido de que sua utilidade depende em maior medida da sua difusão, de sua "troca" no interior de uma trama de relações sociais.” A televisão, o empreendimento econômico do Japão no pós-guerra, as características da escrita em uso no extremo Oriente, a evolução do mercado telefônico no Ocidente, o aparecimento de instituições transnacionais para a padronização de aparelhos eletrônicos configuraram a “primavera tardia do fax.” Um exame do estabelecimento de padrões mostra como as regras do jogo da concorrência podem se modificar e como a afirmação de um padrão pode “ser determinada mais pelas expectativas sobre o futuro do que pelas considerações sobre o presente.” Metáforas para uma teoria da inovação As limitações e mesmo as controvérsias relatadas no livro podem ser melhor percebidas quando se chega ao último capítulo. O autor desenvolve ali uma breve apresentação de “metáforas para uma teoria da inovação”, após o desfile no qual seu faro de perdigueiro soube identificar e apontar a heterogeneidade do mundo em que se configuram “redes sem costura”. Talvez o uso mais intenso e explícito destas mesmas metáforas durante a descrição dos casos tornasse despertasse mais atenção ao revelar um anseio por uma “verdadeira essência da tecnologia”, o que leva Nicola Nosengo a concluir o livro singularizando o que considera “provavelmente o mais ambicioso esforço realizado até agora para
  • 14. modelar e compreender o processo de inovação”, mas um esforço que parece trazer em seu bojo, tal qual um cavalo de Troia, marcações e separações pretensamente universais que o restante do livro tanto ajuda a afastar. A Inovação Tecnológica na Indústria Brasileira Através da chamada Lei de Inovação Tecnológica 4 , o governo brasileiro pretende estimular a criação de ambientes especializados e cooperativos de inovação entre empresas e instituições científicas e tecnológicas. A Lei, de 2 de dezembro de 2004, se organiza em torno de três vertentes5 : · Constituição de ambiente propicio às parcerias estratégicas entre as universidades, institutos tecnológicos e empresas. · Estimulo à participação de instituições de ciência e tecnologia no processo de inovação. · Incentivo à inovação na empresa.6 . Apoio à pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica O Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações tem como objetivos estimular o processo de inovação tecnológica, incentivar a capacitação de recursos humanos, fomentar a geração de empregos e promover o acesso de pequenas e médias empresas a recursos de capital, de modo a ampliar a competitividade da indústria brasileira de telecomunicações, nos termos do art. 77 da Lei n° 9.472, de 16 de julho de 1997. Instituído pela Lei nº 10.052, de 28 de novembro de 2000, o fundo tem como agentes financeiros o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Empresa Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). O Funttel é administrado por um Conselho Gestor, constituído por representantes dos Ministérios das Comunicações, da Ciência, Tecnologia e Inovação, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), do BNDES, e da Finep7 . Tipos de Inovação Inovação Incremental Reflete pequenas melhorias contínuas em produtos ou em linhas de produtos. Geralmente, representam pequenos avanços nos benefícios percebidos pelo consumidor e não modificam de forma expressiva a forma como o produto é consumido ou o modelo de negócio. Exemplo: evolução do CD comum para CD duplo, com capacidade de armazenar o dobro de faixas musicais8 . Inovação Radical
  • 15. Representa uma mudança drástica na maneira que o produto ou serviço é consumido. Geralmente, traz um novo paradigma ao segmento de mercado, que modifica o modelo de negócios vigente. Exemplo: evolução do CD de música para os arquivos digitais em MP39 . A Dinâmica da Inovação De um modo geral, as empresas são o centro da inovação. É por meio delas que as tecnologias, invenções, produtos, enfim, ideias, chegam ao mercado. A grande maioria das grandes empresas possuem áreas inteiras dedicadas à inovação, com laboratórios de pesquisa e desenvolvimento (P&D) que contam com diversos pesquisadores. Apesar deste papel central exercido pelas empresas, a interação entre parceiros é fundamental. Sem ela, as inovações são dificultadas. As empresas são o centro da inovação. É por meio delas que as tecnologias, invenções, produtos, enfim, ideias, chegam ao mercado. Esses parceiros têm diversas funções, desde a realização externa de pesquisa e de desenvolvimento de produtos e processos, até a aplicação de investimentos ou subsídios, passando por desenvolvimento de prototipação, de pesquisa de mercado e de escalonamento de produção. Dessa forma, um conjunto de instituições formam o que conhecemos como sistema de inovação: universidades, centros de pesquisa, agências de fomento, investidores, governo e empresas com seus clientes, fornecedores, concorrentes ou outros parceiros. Uma tendência que está se tornando cada vez mais forte é um modelo inovação aberta (ou open innovation), onde as empresas vão buscar fora de seus centros de P&D ideias e projetos que podem ajudá-las a agregar diferenciais competitivos. Inovação tecnológica é toda a novidade implantada pelo o setor produtivo, por meio de pesquisas ou investimentos, que aumenta a eficiência do processo produtivo ou que implica em um novo ou aprimorado produto. De acordo com o manual de Oslo, elaborado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), inovação tecnológica pode ser de produto ou de processo, conforme a seguir: - Inovação de Produtos tecnologicamente novos, são produtos cujas características tecnológicas ou usos pretendidos diferem daqueles dos produtos produzidos anteriormente. Tais inovações podem envolver tecnologias radicalmente novas e podem basear-se na combinação de tecnologias existentes em novos usos, ou podem ser derivadas do uso de novo conhecimento. - Inovação de Produtos tecnologicamente aprimorados, são produtos existentes cujos desempenhos tenham sido significativamente aprimorados ou elevados. Um produto simples pode ser aprimorado (em termos de melhor desempenho ou menor custo) através de componentes ou materiais de desempenho melhor, ou um produto complexo que consista em vários subsistemas técnicos integrados pode ser aprimorado através de modificações parciais em um dos subsistemas.
  • 16. - Inovação tecnológica de processo é a adoção de métodos de produção novos ou significativamente melhorados, incluindo métodos de entrega dos produtos. Tais métodos podem envolver mudanças no equipamento ou na organização da produção, ou uma combinação dessas mudanças, e podem derivar do uso de novo conhecimento. Os métodos podem ter por objetivo produzir ou entregar produtos tecnologicamente novos ou aprimorados, que não possam ser produzidos ou entregues com os métodos convencionais de produção, ou pretender aumentar a produção ou eficiência na entrega de produtos existentes. No âmbito do Ministério das Comunicações, a principal ferramenta de apoio à Inovação Tecnológica é o Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (Funttel), fundo setorial para inovação no setor de telecomunicações, criado pela Lei 10.052/2000. No que diz respeito à inovação tecnológica, 2013 foi um ano de poucas mudanças: a Apple manteve os dispositivos já conhecidos, a maior parte apenas atualizados em diferentes cores e com telas mais nítidas. As empresas dos media sociais disputaram os melhores filtros de fotos, e Silicon Valley ofereceu pequenas interações sobre os produtos existentes. No entanto, 2014 promete ter muito mais para oferecer. Uma das novidades tecnológicas do novo ano passa pelos relógios, que já têm vindo a mostrar evoluções notáveis. Estes aparelhos irão assumir novas formas e funções, elevando-se a um novo nível: os "smartwatches". Daqui em diante será possível ligar os novos "relógios inteligentes" aos já conhecidos "smartphones", criando uma nova categoria de computação. Com esta associação será possível atender chamadas, ouvir músicas e realizar muitas outras tarefas através do relógio. Estes aparelhos serão capazes de contar os batimentos cardíacos e até registar o exercício físico diário. Sony e Samsung já lançaram as seus produtos neste segmento. Os analistas preveem que a Apple lance este ano o seu "smartwatches". Os telemóveis de 2014 irão parecer muito semelhantes aos de agora, sofrendo apenas alterações no tamanho e no peso, ou seja, tornando-se mais finos e mais leves. Os softwares também serão mais "inteligentes": em vez de ter de estar a olhar para o telemóvel o tempo todo, o "gadget" informa-lo-à quando precisa de olhar. A aplicação Foursquare fará ainda mais sucesso, informando-o quando estiver perto de locais que pode querer visitar, e o Twitter e o Facebook irão aconselhá-lo sobre quem deve congratular se, por exemplo, muitos dos seus amigos estiverem a enviar os parabéns a uma pessoa. TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA Transferência de tecnologia Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Transferência de tecnologia (tecnologia: grego: τεχνολογία; transferência: latim: transferre = transferir) é a transferência de conhecimento técnico ou cientifico (por exemplo: resultados de pesquisas e investigações científicas) em combinação com
  • 17. fatores de produção. Pode ser entendido como processo de tornar disponível para indivíduos, empresas ou governos habilidades, conhecimentos, tecnologias, métodos de manufatura, tipos de manufatura e outras facilidades. Esse processo tem como objetivo assegurar que o desenvolvimento científico e tecnológico seja acessível para uma gama maior de usuários que podem desenvolver e explorar a tecnologia em novos produtos, processos aplicações, materiais e serviços. Índice · 1 Brasi l o 1.1 Tipos de contrato · 2 Ver também · 3 Referências Brasil No Brasil para que uma contratação tecnológica surta determinados efeitos econômicos, o contrato deve ser avaliado e averbado pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). O INPI define1 o contrato de transferência de tecnologia como o comprometimento entre as partes envolvidas, formalizado em um documento onde estejam explicitadas as condições econômicas da transação e os aspectos de caráter técnico. Por disposição legal devem ser averbados/registrados pelo INPI todos os contratos que impliquem transferência de tecnologia, sejam entre empresas nacionais, ou entre empresas nacionais e sediadas ou domiciliadas no exterior, assim entendidos os de licença de direitos (exploração de patentes e de desenho industrial e uso de marcas), os de aquisição de conhecimentos tecnológicos (fornecimento de tecnologia e prestação de serviços de assistência técnica e científica) e os contratos de franquia. Tipos de contrato O INPI prevê2 seis tipos de contrato: Exploração de Patente, Exploração de Desenho Industrial, Uso de Marca, Fornecimento de Tecnologia, Prestação de Serviços de Assistência Técnica e Científica, e Franquia. No entanto, há acordos que fogem desse padrão, por se tratarem de transferência de tecnologia protegida na forma de segredo industrial, como é o caso das propostas finalistas que concorrem no Projeto FX-2. Exploração de Patente (EP) Contratos que objetivam o licenciamento de patente concedida ou pedido de patente depositado no INPI. Nos contratos que envolvem patentes as formas de pagamento usualmente negociadas são: valor fixo por unidade vendida e percentual incidente sobre o preço líqüido de venda. Os pedidos de patentes ainda não concedidos não farão jus a remuneração. Quando a patente for concedida a empresa deverá solicitar alteração do Certificado de Averbação, retroagindo a remuneração à data do início da licença. As licenças de exploração de patentes são averbáveis no máximo pelo prazo de vigência desses privilégios. Exploração de Desenho Industrial (DI)
  • 18. Contratos que objetivam o licenciamento de desenho industrial concedido ou pedido de desenho industrial depositado no INPI. Os contratos de Licença de Desenho Industrial deverão conter o número do pedido ou do desenho industrial, o título e as condições relacionadas à exclusividade ou não da licença e permissão para sublicenciar. Nos contratos que envolvem desenho industrial as formas de pagamento usualmente negociadas são: valor fixo por unidade vendida e percentual incidente sobre o preço líqüido de venda. Os pedidos de desenho industrial ainda não concedidos não farão jus a remuneração. Quando o desenho industrial for concedido, a empresa deverá solicitar alteração do Certificado de Averbação, retroagindo a remuneração à data do início da licença. Uso de Marca (UM) Nos contratos que envolvem marcas as formas de pagamento usualmente negociadas são: valor fixo por unidade vendida e percentual incidente sobre o preço líqüido de venda. Nesses contratos a remuneração só é possível após o registro da marca. Os pedidos de marcas ainda não registrados não farão jus à remuneração. Quando o pedido virar registro, a empresa deverá solicitar alteração do Certificado de Averbação. Fornecimento de Tecnologia (FT) Contratos que objetivam a aquisição de conhecimentos e de técnicas não amparados por direitos de propriedade industrial, destinados à produção de bens industriais e serviços. Esses contratos deverão conter uma identificação perfeita dos produtos e/ou processos, bem como o setor industrial em que será aplicada a tecnologia. As remunerações e as formas de pagamento são estabelecidas de acordo com a negociação contratual, devendo ser levados em conta os níveis de preços praticados nacional e internacionalmente em contratações similares. As formas de pagamento mais usuais negociadas nesse tipo de contrato são valor fixo por unidade vendida e percentual sobre o preço líquido de venda. O prazo deve estar relacionado à necessidade de capacitação da empresa, e em geral são averbados por um prazo máximo de 5 (cinco) anos, passível de renovação por igual período desde que apresentadas as justificativas cabíveis. Prestação de Serviços de Assistência Técnica e Científica (SAT) Contratos que estipulam as condições de obtenção de técnicas, métodos de planejamento e programação, bem como pesquisas, estudos e projetos destinados à execução ou prestação de serviços especializados. São passíveis de registro no INPI os serviços relacionados a atividade fim da empresa, assim como os serviços prestados em equipamentos e/ou máquinas no exterior, quando acompanhados por técnico brasileiro e/ou gerararem qualquer tipo de documento, como por exemplo, relatório. Os contratos são registrados pelo prazo previsto para a realização do serviço ou a comprovação de que os mesmos já foram realizados Franquia (FRA) Contratos que se destinam à concessão temporária de direitos que envolvam uso de marcas, prestação de serviços de assistência técnica, combinadamente ou não, com qualquer outra modalidade de transferência de tecnologia necessária à consecução de
  • 19. seu objetivo. A remuneração dos contratos estipulam usualmente taxa de franquia (valor fixo pago no início da negociação); taxa de royalties (percentual sobre o preço líquido de vendas); taxa de publicidade (percentual sobre vendas), além de outras taxas. Tranferência de Tecnologia Patentes Softwares Marcas Direitos Autorais Cultivares Dados USP Tranferência de Tecnologia Como Solicitar A transferência de tecnologia entre empresas e instituições de pesquisa tem sido impulsionada devido à crescente importância do conhecimento para o avanço tecnológico e competitividade. Com foco em tecnologias geradas no âmbito acadêmico, a transferência de tecnologia trata-se de “um processo que consiste de várias etapas, que inclui a revelação da invenção, o patenteamento, o licenciamento, o uso comercial da tecnologia pelo licenciado e a percepção dos royalties pela universidade” (Ritter e Solleiro (2004, p.787). O desenvolvimento das tecnologias pode ser realizado por meio de duas perspectivas: a inovação guiada pela ciência (Science Driven Innovation), segundo a qual os resultados de pesquisa mostram-se aplicáveis e promissores de tal forma que podem gerar negócios com base nas invenções. Também pode ocorrer a inovação guiada pelo mercado (Market Driven Innovation), em que as demandas das empresas é que orientam interfaces de processos inovativos podendo ser desenvolvida entre a academia e o setor industrial. Essas duas perspectivas estão presentes no mais moderno conceito de inovação aberta, o qual tem se difundido amplamente no século XXI, propagado especialmente por especialistas como Henry Chesbrough (2006). A referência desta proposição é a de que o maior resultado em inovação em quaisquer setores, especialmente o industrial, advém da utilização de recursos internos e externos a partir de redes de colaboração. Nesse contexto, o potencial da pesquisa acadêmica é reforçado, sendo a universidade também um agente do desenvolvimento econômico. Na Universidade de São Paulo, o processo de transferência de tecnologia pode ocorrer por meio dos licenciamentos dos pedidos de patente/patente, contratos de transferência de know-how, exploração de marcas, direitos autorais e convênios (onde são desenvolvidas demandas da empresa em conjunto com a universidade). Além das formas tradicionalmente acadêmicas envolvendo publicações, eventos e formação de pessoal qualificado. Para promover a transferência de tecnologia, a Agência USP de Inovação desenvolve diligências da inovação, visando priorizar os ativos com maior potencial de transferência e identificar potenciais parceiros para a exploração das tecnologias.
  • 20. Veja abaixo as etapas do processo completo de transferência de tecnologia: 1. Invenções entrantes: A partir de novas invenções apresentadas à Agência USP de Inovação são realizados dois processos de diligência. 1.1 Diligência da Aplicabilidade de formas de proteção É realizada uma análise criteriosa respeitando os preceitos legais das diferentes formas de proteção às criações e determinada a forma específica para registro. Em alguns casos é até mesmo possível combinar duas formas de proteção como, por exemplo, um pedido de patente e marca. 1.2 Diligência do valor inovativo e potencial de mercado Paralelamente ao processo de proteção da tecnologia, a Agência USP Inovação procede uma análise técnica do valor inovativo, considerando impactos para adoção da tecnologia, seu estágio de desenvolvimento e tempo estimado para aplicabilidade em processos da indústria. Para identificar o potencial de mercado são estudados produtos similares, posicionamento da tecnologia na cadeia produtiva e potenciais empresas interessadas. O resultado dessas diligências permite a indicação do efetivo mecanismo de proteção da tecnologia e a estratégia de comercialização a ser adotada. Especialmente para a diligência mencionada no item 1.2, há um Comitê interno de análise que procede a indicação da abordagem do mercado para busca de oportunidades de transferência de tecnologia. Essas iniciativas incluem parcialmente ou totalmente as seguintes ações de acordo com o perfil de cada tecnologia: manutenção do pedido de patente no banco de patentes da USP, contatos eletrônicos para rede de contatos e organizações externas afins e abordagem direta com empresas do respectivo segmento industrial. São três os principais canais de transferência de tecnologia: licenciamento, empresas nascentes e disponibilização das tecnologias via domínio público. Licenciamento Da ciência para o mercado As tecnologias geradas no âmbito da Universidade são apresentadas ao mercado para exploração comercial por intermédio de: · contato direto com potenciais parceiros da Agência USP de Inovação: empresas, entidade de classes, organizações governamentais e não governamentais. · prospecção de novos contatos e indicação dos inventores. · publicação no site da Agência USP de Inovação no Banco de Patentes Após a verificação de possíveis interessados é aberto um diálogo balizado no interesse da Universidade, Empresa e Sociedade. Este diálogo tem o objetivo de fornecer informações para elaboração de um modelo de licenciamento que pode ser:
  • 21. · exclusivo – é a modalidade de licenciamento em que a empresa detentora da licença é a única que pode explorar a patente ou parte desta de acordo com as condições acordadas em contrato. · não exclusivo – é a modalidade de licenciamento em que poderá existir mais de uma empresa detentora da licença de exploração da patente ou parte desta de acordo com as condições acordadas em contrato. Definido o modelo e suas condições gerais é realizada a formalização da exploração seguindo legislação Brasileira vigente.(veja mais) Demanda do mercado Quando a demanda tecnológica é apresentada pela iniciativa privada e desenvolvida em conjunto com a universidade por meio de convênios, a propriedade intelectual gerada será em regime de co-titularidade e a empresa terá prioridade na sua exploração.(ver mais) Desta forma, o modelo de licenciamento é negociado diretamente entre a empresa e a Agência USP de Inovação que buscará o equilíbrio entre o interesse de todas as partes envolvidas: Universidade, Empresa e Sociedade. Domínio Público Todas as tecnologias que não são protegidas pelos instrumentos legais existentes: propriedade industrial,direito autoral, software, cultivares entre outros ou tiveram o período de registro da proteção extintos são de domínio público. Estas tecnologias são disponibilizadas para uso da sociedade livremente podendo ser acessadas por meio dos artigos, teses, dissertações (consulte a Biblioteca Digital da USP), patentes extintas ou indeferidas. De posse das informações, caso ainda exista a dificuldade na aplicação da tecnologia, pode ser firmado um acordo por meio de um contrato de transferência de tecnologia, em que as equipes de pesquisadores da Universidade poderão assessorar sua implementação. Os contratos de transferência de tecnologia não têm como objeto a exclusividade de exploração da tecnologia, por este motivo não existe a necessidade de editais, contudo, as condições de contrato seguem, em linhas gerais, o que se pratica nos casos de licenciamento de pedidos de patente/patente, conforme mencionado acima. (veja mais). Empresas Nascentes A universidade, enquanto geradora de conhecimento e novas tecnologias aplicáveis, oportuniza o surgimento de novas empresas que irão, efetivamente, oferecer produtos e serviços à sociedade. Para implementar tecnologias desenvolvidas na universidade e prover bens e serviços à sociedade podem ser criadas empresas que também são conhecidas por spin-out. No contexto acadêmico, a spin-out é uma empresa que pode ser oriunda de um laboratório,
  • 22. resultante de uma plataforma de uma pesquisa acadêmica realizada. A Universidade de São Paulo também estimula a criação de empresas por pesquisadores, em especial, alunos egressos tendo como base a legislação vigente (Link Lei de Inovação). Para o desenvolvimento de uma nova empresa, será necessário verificar se a pesquisa acadêmica pode-se tornar uma plataforma de geração de negócios e, para tanto, são necessários profissionais capacitados para realizar esta avaliação. Assim, a USP possui parcerias com uma rede ampla de incubadoras de empresas (CIETEC em São Paulo, SUPERA em Ribeirão Preto, ParqTec em São Carlos, ESALQTec em Piracicaba e UNITec em Pirassununga), além de outras instituições como o SEBRAE, visando promover aproximação com essas estruturas de apoio, que são o principal lócus do desenvolvimento dessas empresas. Transferência de Tecnologia Você está em: Serviços > Transferência de Tecnologia Transferência de Tecnologia é o intercâmbio de conhecimento e habilidades tecnológicas entre instituições de ensino superior e/ou centros de pesquisa e empresas. Essa transferência se dá na forma de contratos de pesquisa e desenvolvimento, serviços de consultoria, formação profissional, inicial e continuada, comercialização de patentes, marcas e processos industriais, publicação na mídia científica, apresentação em congressos, migração de especialistas, programas de assistência técnica, inteligência industrial e atuação de empresas multinacionais. (Anprotec – Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores) O Critt, qualificado como Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) através da Resolução 31/2005 do Conselho Superior, legitimou a inovação científica e tecnológica desenvolvida na UFJF, institucionalizando a transferência da tecnologia. A partir de então foi instituída a Coordenação de Transferência de Tecnologia do Critt, com a atribuição de gerir a transmissão formal de novas descobertas e/ou inovações resultantes de pesquisa científica da Universidade, bem como o atendimento a inventores independentes. Assim, toda demanda de transferência de tecnologia da UFJF deverá ser direcionada ao Critt, que conta com uma equipe de agentes de transferência de tecnologia para atender a demanda atual e potencial da instituição, realizando o devido encaminhamento. Atribuições do Centro, enquanto NIT (Lei de Inovação): · zelar pela manutenção da política institucional de estímulo à proteção das criações, licenciamento, inovação e outras formas de transferência de tecnologia; · avaliar solicitação de inventor independente para adoção de invenção pela UFJF. Caso necessário, o TT seleciona possíveis parceiros, entre o corpo de pesquisa (docentes e empresas juniores) da UFJF, para atender a demandas como, por exemplo, testes para assegurar a eficiência/aplicabilidade de um dado produto inovador.
  • 23. Exemplos - Tecnologia adotada: “Sistema de Decúbito Fisiológico” (SDF) Desenvolvido pelo médico e inventor independente, Luís Antônio Tavares, o projeto trata de uma cama hospitalar que possui a propriedade de prevenir e tratar as disfunções e lesões causadas pelo longo tempo que o paciente permanece deitado, sem perder os movimentos mais comuns das camas hospitalares, já presentes no mercado. - Tecnologia Desenvolvida através de P&D dentro da UFJF “Fluxômetro Portátil” Desenvolvido pelos pesquisadores José Paulo de Mendonça, José Murilo Bastos Netto e André Avarese Figueiredo, o fluxômetro portátil possibilita que a medição da vazão urinária (volume de urina que passa pela uretra em uma unidade de tempo), possa ser feita em casa. Isso possibilitaria que várias medições fossem feitas durante o período em que ele está com aparelho, proporcionando maior conforto ao paciente. Transferência de Tecnologia A transferência de tecnologia faz com que as soluções tecnológicas geradas pela Embrapa Suínos e Aves sejam realmente colocadas à disposição dos públicos para as quais se destinam. Objetivo Validar e transferir soluções tecnológicas para o desenvolvimento da cadeia produtiva de suínos e aves, medindo seus impactos, identificando melhorias e oportunidades, visando subsidiar novos projetos que venham a atender as reais necessidades do setor. Atribuições Apoio aos projetos de pesquisa, com a viabilização de experimentos a campo, instalação e acompanhamento de unidades demonstrativas e prestação de serviços à empresas e entidades ligadas às cadeias suinícola e avícola. Articulação e formalização de parcerias para o desenvolvimento de ações de transferência das tecnologias geradas pela Embrapa Suínos e Aves aos agentes da extensão rural, assistência
  • 24. técnica e produtores, ligados a suinocultura, avicultura e serviços relacionados às respectivas cadeias. Identificação e prospecção de demandas existentes nas cadeias de produção de suínos e aves, as quais subsidiam a elaboração de projetos alinhados as reais necessidades do setor. Além disso, a área de transferência de tecnologia também mede e avalia os impactos gerados pelas tecnologias desenvolvidas e implementadas pela Embrapa Suínos e Aves, de maneira a melhorar continuamente seus produtos e serviços. Dessa forma a área de transferência de tecnologia da Embrapa Suínos e Aves tem papel fundamental na transformação do conhecimento gerado pela pesquisa em benefícios para a sociedade brasileira. Resumo Este artigo objetiva descrever e caracterizar o processo de transferência de tecnologia do setor têxtil a luz dos conceitos teóricos básicos e da dinâmica e caracterização tecnológica do setor. Além da caracterização do processo de transferência tecnológica, o artigo apresenta os principáis gargalos observados no processo e possíveis ações para que os atores envolvidos busquem um maior efetivação da transferência tecnológica, diminuindo, assim, a sub-utilização da tecnologia adquirida ou a demora em sua plena utilização. Palavras-chave: Setor têxtil, inovação tecnológica, transferência de tecnologia. 1. Introduçao A existência de um grande número de tecnologias empregadas faz com que nenhum país ou empresa consiga desenvolver toda a tecnologia necessária para o aumento da competitividade. Este processo, caso acontecesse, seria altamente complexo e de elevado custo. Logo, a transferência de tecnologia se torna uma ferramenta eficaz para que empresas ou países adquiram as tecnologias necessárias para o seu desenvolvimento. A transferência de tecnologia é um processo antigo. Como exemplo, pode-se citar a classificação dos estágios evolutivos da humanidade como reflexo da natureza da tecnologia. Os sitios arqueológicos podem indicar a transferência da tecnologia nova ou já estabelecida (Lowe, 1995). A transferência de tecnologia pode ser definida como a tradução e a transferência do conhecimento técnico, utilizado no desenvolvimento de novos produtos ou processos, entre organizações. Este conhecimento está ou pode estar incorporado em equipamentos de produção ou em produtos manufaturados (Mt.Auburn Associates, 1995). Segundo Ramsey (1995), a transferência de tecnologia é um processo formal e legal para um usuario final, e tem por finali-dade a comercialização tecnológica. O objetivo desta comercialização é gerar um impacto económico. A transferência tecnológica pode ser utilizada como
  • 25. uma ferramenta, na tentativa de duas organizações buscarem um objetivo comum, gerando como resultado a plena satisfação das partes. Em um mercado competitivo e altamente veloz ñas mudanças de produtos e servicos,a transferência de tecnologia se tornou parte efetiva das estrategias tecnológicas e corporativas das empresas. O desenvolvimento ou compra de uma tecnologia devem ser vistos como uma ação da estrategia tecnológica corporativa de uma empresa. A transferência se inicia quando, ao se analisarem as necessidades de uma industria ou mercado, identificase uma tecnologia ou combinação de tecnologias para satisfazer tais necessidades. Em outras palavras, a transferência de tecnologia se dá através do compartilhamento de uma invenção ou inovação. Este pode ser feíto entre uma agência governamental e uma organização privada, entre organizações privadas ou entre organizações governamentais.As organizações governamentais podem ser instituições de pesquisa e desenvolvimento e universidades. Na transferência entre organizações privadas, deve-se levar em consideração se estas são de países industrializados ou em desenvolvimento. A transferência de tecnologia pode ser dividida em duas formas distintas. uma está baseada no desenvolvimento da tecnologia. Neste processo, os paradigmas tecnológicos são modificados pelo processo de inovação de produtos e processos. O outro tipo está baseado na difusão tecnológica. Este tipo abrange a adoção de tecnologias de produtos e processos disponíveis comercialmente e o uso de informações técnicas, oriundas de fontes externas, para a solução de problemas, utilizando os paradigmas tecnológicos existentes. (Mt.Auburn Associates, 1995). As instituições responsáveis pela transferência de tecnologia podem ser divididas em instituições fornecedoras de tecnologia (supply-side) e de análise da demanda tecnológica (demand-side). As instituições fornecedoras de tecnologia são aquelas que desenvolvem a tecnologia, ou representam as que desenvolvem. Estas instituições procuram por "consumidores" para a tecnologia desenvolvida. Podem-se citar como exemplos, instituições de P&D, produtores de equipamentos e firmas com patentes para licenciamento ou com licenças vencidas.As instituições de demanda tecnológica atuam em firmas com necessidades tecnológicas, e procuram trazer para essas a tecnologia apropriada. Como exemplo deste tipo de instituição tém-se associates comerciáis e instituições de servicos de assisténcia técnica. 2. O Processo deTransferênciaTecnológica- uma breve revisão teórica Para o National Technology Transfer Center (NTTC) (1999) existem tres tipos principáis de transferência tecnológica: Spin-off Technology - Neste tipo de transferência, a tecnologia é desenvolvida por uma organização federal e transferida ao setor privado, a outra agência federal ou a governos loçãis. Esta tecnologia é do tipo genérica. Spin-on Technology - Esta transferência se refere ás tecnologias viáveis comercialmente, desenvolvidas por organizações privadas, mas com potêncial aplicação em organizações públicas. Dual-Use Technology - Esta se refere ao co-desenvolvimento da tecnologia por uma organização pública e privada. Os custos são divididos entre as organizações, pois ambas serão beneficiadas pela nova tecnologia. Além dos tipos, este centro considera que a transferência de tecnologia pode ser feíta de tres formas distintas:
  • 26. Forma Passiva: Nesta transferência, o receptor da tecnologia pesquisa a tecnologia adequada, através do contato com as pessoas que desenvolveram a tecnologia, ou examinando os resultados de P&D. Nesta forma, nenhum agente de transferência de tecnologia é envolvido. Forma Semi-ativa: Neste mecanismo, entra em cena o agente de transferência tecnológica. Este tem como função auxiliar o receptor da tecnologia a identificar a melhor tecnologia disponível. Forma Ativa: Esta é a mais cara e mais efetiva forma de transferência de tecnologia. Neste mecanismo, uma pessoa, ou um pequeño grupo, possui a responsabilidade de verificar as possibilidades de utilização de uma determinada tecnologia e se ela é apta a atender as necessidades de mercado. Existe uma interação muito grande entre o setor de P&D, o mercado e as políticas regulatórias. O licenciamento, como mecanismo de obtenção de uma nova tecnologia, pode ser utilizado entre duas organizações, através de um contrato legal, onde se definirá o grau de exclusividade na utilização da tecnologia desenvolvida por uma das organizações. A licenca de transferência de direito é caracterizada pela exclusividade que o licenciado possui na utilização da tecnologia patenteada. Neste tipo de licenca, o licenciador não tem direito ao uso da tecnologia. É praticamente uma venda da patente. Na licenca de exclusividade, o licenciado, além do dono da patente, pode usar a tecnologia patenteada.A licenca de não-exclusividade dá ao licenciado o direito de uso da tecnologia, mas o dono da patente pode conceder a outro o uso desta. Quando uma patente é aprovada, qualquer pessoa está habilitada para o licenciamento, desde que cumpra os termos esta-belecidos pelo dono da patente. Neste caso tem-se a licenca de direito. Neste mecanismo de transferência, a organização licenciadora deverá fornecer os conhecimentos tácito e explícito, necessários para que o licenciado utilize a tecnologia de forma plena (Lowe, 1995). Este processo envolve tres etapas: a) A transferência da informação: Nesta etapa, ocorre a divulgação da nova tecnologia desenvolvida, através de publicações técnicas. O objetivo é buscar potenciáis licenciados. b) Consolidação do relacionamento: Na segunda etapa, a organização licenciadora personaliza a informação e inicia um processo de construção de um relacionamento sólido com a organização licenciada. c) Implementação do processo de transferência. A transferência de uma determinada tecnologia, para uma organização - empresarial ou não - ou mercado, necessita de uma boa infra-estrutura e de uma forte relação entre o fornecedor da tecnologia e o receptor desta. Isto significa dizer que não basta ao fornecedor transferir físicamente a tecnologia. Esta deve vir acompanhada de um suporte capaz de fazer com que o receptor utilize plenamente a tecnologia adquirida. Se o receptor não estiver completamente qualificado para absorver as novas informações e para utilizá-las efetivamente, em suas necessidades específicas, devem-se criar mecanismos para que uma interação face a face seja estabelecida. O sucesso deste processo está intimamente ligado á interação e colaboração entre os setores de pesquisa e desenvolvimento (P&D), de en-genharia e o corpo técnico. Para Meyer (1995), além dos setores citados ácima, a transferência envolve também o setor de marketing.A transferência de tecnologia está fundamentada não só na transferência de know-how técnico - informações de P&D, de engenharia e conhecimento de padróes - mas também no conhecimento processual - acordos, utilização de patentes e licenças, etc.
  • 27. A interação na transferência tecnológica deve ser feita face a face, e a comunicação deve ser clara e feita, normalmente, de forma bidirecional. Em algumas situações, a forma é unidirecional. Nesta interação, o fornecedor da tecnologia deve: discernir o uso da tecnologia para as possíveis aplicações; aumentar a percepção de recursos em potêncial e do retorno do investimento desta nova tecnologia; aumentar o número de potenciáis receptores da tecnologia desenvolvida; selecionar a forma e o mecanismo apropriado da transferência da tecnologia; estabelecer e utilizar mecanismos para medir o sucesso da transferência tecnológica. Uma transferência tecnológica efetiva deve levar em conta algumas dimensóes externas ao processo em si (Mt. Auburn Associates, 1995). Estas dimensóes são: Novos Sistemas de Gerenáamento: A existência de novos sistemas de gerênciamento - Gestão pela Qualidade Total, Planejamento Estratégico,Técnicas Just-in-time, etc. - faz com que a organização tenha conhecimento das suas necessidades de mercado e tecnológicas. Além disso, ela estará preparada para gerênciar a nova tecnologia adquirida. Pesquisa de Mercado: A pesquisa de mercado é útil na compreensão do potêncial da tecnologia que se pretende adquirir e na verificação de sua viabilidade comercial. Intensificando das Habilidades: A utilização plena da nova tecnologia dependerá dos conhecimentos técnicos do fluxo pro-dutivo e das soluções de problemas. A empresa receptora da tecnologia deverá ter um processo sistemático de treinamento e atualização das pessoas envolvidas com esta tecnologia. O aprendizado é uma habilidade fundamental para que a transferência tecnológica ocorra de forma efetiva. Organização do Trabalho: A escolha e a transferência da tecnologia estão intimamente ligadas á organização do trabalho no "chao de fábrica". Uma estrutura extremamente hierarquizada, onde os funcionarios não possuem autonomia para solucionar os problemas e com uma rotatividade alta, provavelmente,terá dificuldade na implantação e implementação da tecnologia adquirida. Finanças: O gerênciamento das finanças é crítico, não só para o financiamento da nova tecnologia, mas também para investi-mentos na infra-estrutura necessária. Cooperando entre firmas: A cooperação entre as empresas pode auxiliar na difusão das novas tecnologias, através do compartil-hamento das experiências na utilização destas. Com isto, o processo de transferência de tecnologia para outras empresas vai se tornando gradualmente mais efetivo. Segundo Brandbury et al. (apud Mt.Auburn Associates, 1995), a atividade de transferência tecnológica, para ser efetiva, deve levar em consideração a combinação entre a tecnologia, a organizado receptora e os seus respectivos graus de ajuste e desajuste. O autor considera que o desajuste cria uma tensão criativa que estimula o aprendizado e a inovação na aplicação da tecnologia fornecida externamente. Além disso, os contextos tecnológico, social e económico da organização receptora devem ser levados em consideração. A transferência depende muito do conhecimento tácito.A efetiva transferência requer uma boa comunicação pessoal entre o agente de transferência e o staff da organização receptora. O grau de eficiência da transferência é, também, uma função de como a organização receptora considera a tecnologia, em relação a solução de suas necessidades e de como ela se encaixará no contexto da organização. A motivação
  • 28. é outro item a se considerar em uma efetiva transferência de tecnologia, tanto para a organização fornecedora quanto para a receptora. Os programas de transferência de tecnologia devem analisar o mercado para o qual a tecnologia será transferida e utilizada. Esta análise deverá abranger: Informando: A análise da informação deverá observar como o mercado a trata. Isto é, qual a velocidade das mudanças de informações, qual o grau de disponibilidade das informações e como ocorre a difusão das informações ñas empresas que atuam neste mercado. Custos da Transferência: Os programas deverão analisar quais serão os custos da transferência para as empresas do mercado e se elas terão condições de arcar com tais custos. Recursos não-Tecnológicos: Os programas de transferência tecnológica devem considerar os recursos que deverão ser desenvolvidos para se ter uma transferência eficiente. Por exemplo:treinamento, reorganização do trabalho, etc. Estrategias: Para que os programas sejam efetivos, estes devem possuir estrategias para utilização de ferramentas para a transferência da tecnologia.As estrategias devem ser desenvolvidas observando-se as metas e os métodos mais efetivos no uso de tais ferramentas. O objetivo é alcancar o crescimento económico através do desenvolvimento de uma ou uma serie de industrias. Servicos: Os programas devem identificar os tipos e o grau de extensão dos servicos oferecidos. Isto é, verificar se estão sendo identificadas as necessidades dos setores envolvidos e se as correcóes necessárias estão sendo feitas. Na transferência de tecnologia entre firmas de países desenvolvidos e em desenvolvimento, deve-se verificar a existência de uma infraestrutura industrial, que fará com que a utilização da tecnologia adquirida seja plena. Os fornecedores de tais tecnologias devem ter atenção ñas condicóes económicas, sociais e culturáis dos compradores. Edsomwam (1989) considera que, para a transferência tecnológica para países em desenvolvimento ser efetiva, estes devem ter a infraestrutura necessária. A construção desta deve passar pelo(a): Treinamento dos agentes de transferência e dos usuarios da tecnologia; Formação de centros de transferência de tecnologia e manutenção desta; Estabelecimento de centros de treinamento para as tecnologias existentes e para as novas; Criação de pro-cedimentos para o estabelecimento das necessidades reais,com o objetivo de modificar, selecionar e justificar a aquisição das novas tecnologias. Na transferência de tecnologia entre empresas de países industrializados, imagina-se que ambas possuam a infra-estrutura necessária para que o processo ocorra a contento. Porém, ver¡fica-se que quando há transferência de uma empresa de um país industrializado para uma empresa de um país em desenvolvimento, nem sempre o receptor da tecnologia está preparado para assimilação e utilização total da tecnologia. 3. Características Tecnológicas do Setor têxtil Brasileiro O setor têxtil no Brasil pode ser considerado, ainda, como um segmento em transformação. Por ser um dos setores mais antigos do mundo, sempre foi caracterizado como intensivo em mão-de-obra. Contudo, com o desenvolvimento e uso de sistemas de produção automatizados, esta característica está mudando para
  • 29. intensivo em capital. Esta mudanca só não é mais rápida devido á grande heterogeneidade das empresas que compóem o setor no Brasil (Braga Jr. & Hemais, 2002). Como é de tecnologia tradicional, o setor comporta a presenca de pequeñas, medias e grandes empresas. Esta grande segmentação do setor faz com que haja uma grande diversidade tecnológica entre as empresas. Em uma visão macroeconómica, esta diversificação de tecnologia pode explicar porque países em desenvolvimento conseguem competir, normalmente em mercados de artigos mais básicos, com países desenvolvidos. O diferêncial da competição dos países em desenvolvimento são os baixos salarios e, em alguns casos, o subsidio governamental. A estrategia atualmente utilizada pelos países desenvolvidos é o deslocamento de sua produção para países em desenvolvimento. A inovação tecnológica para o setor é do tipo incorporada. O desenvolvimento tecnológico é feito básicamente pelos fornecedores, levando o setor a ser classificado como "dominado por fornecedores". A pesquisa e desenvolvimento feitos pelas empresas do setor são voltados para o acompanhamento das tendências de mercado e criação de novos artigos téxteis. O desenvolvimento de novos produtos téxteis é feito em conjunto com os fornecedores de tecnologia. Devido a competitividade do cenário atual, as empresas do setor buscam a tecnologia com o intuito de produzir e entregar artigos diferenciados e cada vez mais complexos, em um menor tempo possível. Com isto, nota-se que o setor esta deixando de ser intensivo em mão-de-obra para se transformar em intensivo em capital. Históricamente o setor têxtil nacional sempre teve seu desenvolvimento vinculado as políticas governamentais. Atos como aumento de tarifas de importação, aberturas abruptas de mercado, protecionismo de mercado e incentivos as exportações sempre influenciaram os rumos do desenvolvimento do setor. As empresas nacionais sempre se caracterizaram por uma estrutura familiar e fechada (CETIQT, 2007). Devido a grande heterogeneidade do setor, existe uma grande variação de idade e de tecnologia ñas máquinas e equipamen-tos utilizados. Apenas as grandes empresas estão capacitadas para investimentos em tecnologias de última geração. Quando essas empresas adquirem novas maquinarias, encontram, ñas medias e pequeñas empresas, potenciáis compradores. Isto faz com que a idade media das máquinas e equipamentos seja elevada. Até o inicio dos anos 90, o setor têxtil nacional trabalhava com um cenário de pouca ou nenhuma competição externa, visto que o Brasil possuía um mercado protegido contra produtos téxteis importados. Por outro lado, o setor era impedido de obter tecnologia importada devido as altas taxas de importação e ás constantes desvalorizares da moeda. Este cenário de protecionismo fez com que as empresas não investissem o suficiente na modernização de seus parques industriáis e na capacitação de sua mão-de-obra.As empresas se tornaram obsoletas tecnológicamente, sem a possibilidade de competir no mercado internacional. O fator inflacionario também contribuiu para a falta de investimentos em novas tecnologias. As mudanças tecnológicas são motivadas, básicamente, devido as pressóes do ambiente externo. A busca de beneficios económicos, com agregação de valor e redução dos custos, é a tónica para as inovações ocorridas no setor. Na busca pela modernização, as empresas ¡rao se deparar com inovações tecnológicas incorporadas em máquinas, produtos químicos e fibras téxteis. O
  • 30. desenvolvimento de máquinas dependerá do sub-setor de atuação. Nos sub-setores de Fiação e Tecelagem,as inovações tecnológicas estão ligadas ao aumento de velocidade e, conseqüentemente, de produção, e ao desenvolvimento de sistemas automatizados de transporte entre as varias etapas do processo produtivo. No sub-setor de Acabamento, as novas tecnologias buscam uma melhora de produtividade, racionalizando a utilização de produtos químicos, agua e energía, assim como a qualidade do artigo beneficiado. O desenvolvimento de produtos químicos de alta qualidade, que busquem atender ás necessidades de otimização de processos right-first-time, bem como fornecer ao artigo têxtil características especiáis que atendam ás exigências de mercado, tem criado uma grande pressão sobre os principáis produtores de produtos químicos.As considerações ambientáis e de saúde também são levadas em consideração. A criação de novos produtos téxteis está intimamente ligada ao desenvolvimento de novas fibras. Estas buscam atender a uma demanda de mercado que necessita cada vez mais de fibras de melhor uso, que atendam a determinadas funções especiáis e que agreguem valor ao produto. O potencial uso da biotecnologia e o desenvolvimento de sistemas de controle, juntamente com o de máquinas e produtos químicos, estão fazendo com que os processos se tornem mais rápidos, menos agressivos ao meio-ambiente e mais eficientes, no que se refere á qualidade do artigo produzido. 4. O Processo de Transferência Tecnológica no Setor têxtil Brasileiro O processo de compra da tecnologia está sendo, cada vez mais, descentralizado. Em empresas de grande e medio porte, ela é feita por um colegiado composto por representantes da alta direção, supervisão e departamento de criação. Observa-se que as empresas do setor não possuem uma estrategia tecnológica formal, optando pela troca da tecnologia de forma reativa e pontual. A explicação deste fato pode estar baseada no histórico de proteção á industria e na crise instalada no setor durante a década de 90. O processo de transferência da tecnologia é comandado pelos fornecedores, na forma de venda e posterior assisténcia técnica. Eles são os responsáveis pela difusão e implantação da nova tecnologia, através do treinamento das pessoas envolvidas na utilização da tecnologia adquirida. Devido a esta estreita ligação, o relacionamento entre empresas téxteis e fornecedores de tecnologia é de parceria. Este fenómeno é mais intenso entre fornecedores de produtos químicos. O grande número de concurrentes, a dinâmica de substituição dos produtos e a velocidade das inovações são fatores que explicam este relacionamento mais forte. Mesmo não existindo um processo comum de transferência tecnológica, devido principalmente á diversidade tecnológica e estrutural das empresas que compóem o setor, pode-se caracterizar um processo genérico de transferência tecnológica para o setor, através dos seguintes passos: a) Busca de novas tecnologias que visem atender a uma necessidade de mercado, lancar um novo produto ou otimizar processos. b) Verificação da efetividade da nova tecnologia, através de visitas a outras empresas que já possuam tal tecnologia. c) Compra da nova tecnologia na forma de maquinaria, produtos químicos ou novas fibras, d) Difusão da nova tecnologia, através de treinamentos, normalmente iniciados pelo fornecedor e mantidos pela empresa, e) Assisténcia técnica do fornecedor da tecnologia até que a nova tecnologia já esteja sendo usada de forma plena. O tipo de assisténcia
  • 31. dependerá da tecnologia adquirida. A tabela 1 exemplifica as possíveis formas de assisténcia técnica em relação aos tipos de tecnologia adquirida. Nova Tecnologia Tipo de Assisténcia Técnica Produtos Químicos Tecnologia da aplicação Adequação da maquinaria Treinamento Acompanhamento do processo produtivo Atuação para possíveis correções Maquinaría Construção da máquina Start -up da máquina Treinamento Acompanhamento do processo produtivo Atuação para possíveis correções Fibras Tecnologia da aplicação Adequação da maquinaria Treinamento Acompanhamento do processo produtivo Atuação para possíveis correções Tabela I - Relação entre o tipo de assisténcia técnica e o tipo de tecnologia adquirida A estrategia dos fornecedores pode ser classificada como de engenharia aplicada (Lowe, 1995), caracterizado pela identificação de soluções tecnológicas para problemas específicos de clientes. O processo de transferência para o setor é do tipo spin-on techonology (NTTC, 1999) e sua forma de aplicação é passiva, isto é, o receptor da tecnologia pesquisa a tecnologia adequada através do contato com as empresas que desenvolveram a tecnologia. Por se tratar de uma tecnologia tradicional, comprovou-se a teoría que afirma ser o grau de dependência das empresas deste tipo de industria, em relação ao fornecedor, alto, sendo mais acentuado nos casos onde a infraestrutura é mais deficiente.Além disso, os fornecedores estão bem estabelecidos no mercado e tém estrutura para acompanhamento das necessidades do setor. Outra classificação válida para o setor é aquela, onde uma das formas de transferência se dá através da utilização de tecnologias disponíveis comercialmente (Mt. Auburn Associates, 1995). O uso de informações técnicas é oriundo de fontes externas (fornecedores) com o objetivo de solucionar problemas específicos utilizando os paradigmas tecnológicos existentes. A difusão e a absorção da tecnologia ocorrem por assisténcia técnica. O processo de aprendizagem é feito pelo processo de learning by doing (aprendizagem pelo uso). A efetivação do processo de transferência tecnológica confirma alguns itens de análise de Edsomwam (1989), que são: Treinamento dos agentes de transferência e dos usuarios: O responsável por este processo é o fornecedor da tecnologia. O treinamento dos agentes de transferência é importante, principalmente quando o fornecedor é estrangeiro.
  • 32. Existência de centros de treinamento para as tecnologias existentes e para as novas: O setor têxtil nacional possui centros de tecnologia, por exemplo, o SENAI/CETIQT, que tém como finalidade a preparação de profissionais que tenham o conhecimento das principáis tecnologias estabelecidas e das possíveis tendências tecnológicas. Criação de procedimentos:As empresas pesquisadas não possuem procedimentos formáis de estrategia tecnológica e transferência tecnológica, com o objetivo de se observarem as reais necessidades do mercado, com o objetivo de modificar, selecionar e justificar a aquisição das novas tecnologias. Em relação aos fatores externos que poderiam afetar o processo de transferência tecnológica, observa-se que, no caso do setor têxtil, muitos pontos não são levados em considerado. são eles: Novos sistemas de gerenáamento: As empresas pesquisadas não possuem, de forma sistematizada, sistemas gerenciais mais modernos, como, por exemplo, gestão pela qualidade total, processos formáis de planejamento estratégico etc. Isto as torna mais despreparadas para uma análise mais confiável das necessidades de mercado e para o gerenciamento de novas tecnologias. Pesquisa de mercodo:Apesar da maioria das empresas possuírem um processo formal de pesquisa de mercado, nem sempre con-segue exprimir com eficiência as novas mudanças. Existem casos nos quais a aquisição de uma nova tecnologia foi comprometida por uma ineficiente pesquisa sobre as tendências de mercado. Intensificando das habilidades: Foi constatado que a capacitação da mão-de-obra é um dos fatores críticos para o insucesso do processo de transferência tecnológica dentro do setor. O baixo nivel de escolaridade no chão-de-fábrica e a falta de um processo de treinamento sistemático por parte das empresas estudadas fazem com que a absorção e a utilização de uma nova tecnologia fiquem comprometidas. Contudo, observa-se um es-forco por parte destas empresas em pelo menos melhorar o nivel de escolaridade dos novos funcionarios. Pode-se dizer que as empresas do setor estão em uma fase de transição. Organizando do Trabalho: As empresas do setor têxtil possuem, por sua tradição familiar, uma estrutura hierarquizada.A autonomía para soluções de problemas é bastante reduzida, pos-suindo um turn-over bastante elevado. Isto faz com que a ¡mplantação da tecnologia adquirida seja mais demorada. De acordó com a pesquisa,as empresas estão tentando intensificar o fluxo de informações tanto de cima para baixo, quanto de baixo para cima, mas são extremamente tradicionais na forma de passar tais informações. Este aumento pode fazer com que a compreensão da aquisição da nova tecnologia se torne mais clara, evitando problemas de absorção da nova tecnologia pelo não entendimento de sua finalidade. Em relação ao processo de coleta de sugestóes, a maioria das empresas não possui um sistema formal, aumentando as possibilidades de que importantes informações sobre as novas ou estabelecidas tecnologias não sejam verificadas. Finanças: Devido a crise sofrida durante a década de 90, o setor se encontra em fase de recuperação financeira. Isto pode explicar a dificuldade e a demora para aquisição de novas tecnologias. Contudo, as empresas estudadas tém buscado aumentara competitividade,através da aquisição de novas tecnologias e infra-estrutura necessárias, ou com recursos próprios ou buscando financiamentos governamentais.
  • 33. Cooperando entre firmas: Durante o processo de transferência tecnológica a cooperação entre firmas é comum na fase de pesquisa da utilidade industrial da nova tecnologia. Durante esta fase, a empresa receptora da nova tecnologia visita outras empresas, mesmo concurrentes, para verificar in loco o funcionamento da tecnologia. 5. Considerares Fináis Toda a aquisição de uma nova tecnologia deve ser precedida de uma preparação técnico-organizacional por parte da empresa receptora. Em um setor que está em fase de transformação - de intensivo em mão-de-obra para intensivo em capital - esta preparação é fundamental para a plena utilização da tecnologia adquirida.Além do fenómeno ácima citado, o setor nacional possui a característica de tem passado por períodos turbulentos, que alavancaram o processo de compra de novas tecnologias.A busca muito rápida de novas tecnologias que objetivam aumentar a produtividade, agregar valor aos produtos fináis e, conseqüentemente, a competitividade nem sempre levam em consideração a necessidade de um planejamento previo para a aquisição da nova tecnologia. Como resultado, tem-se a sub-utilização desta. Este fenómeno foi constatado através de casos que detalham as dificuldades do processo de transferência tecnológicaI. Os estudos mostram que as empresas tiveram problemas com a transferência tecnológica, principalmente durante a crise das importações chinesas na década de 90, por falta de uma infra-estrutura para utilização da tecnologia adquirida.As áreas que compóem esta infraestrutura são: capacitação da mão-de-obra, planejamento da produção e comercialização, sistemas organizacionais e equipamentos de suporte. Dos itens listados ácima, observou-se que a capacitação da mão-de-obra é o fator que mais influência tem no sucesso da transferência tecnológica. Para os fornecedores de tecnologia, um eficiente processo de transferência tecnológica está baseado em um relacionamento de parceria, baseado na confiabilidade técnica e funcional da nova tecnologia comercializada. Neste processo, fornecedores e empresas téxteis devem trabalhar juntos, buscando oferecer ao mercado artigos que atendam aos diversos níveis de exigência dos clientes fináis. Contudo, para que este processo ocorra de forma plena, as empresas devem se preparar para receber as novas tecnologias. Itens como capacitação de mão-de-obra, planejamento da infra-estrutura necessária para recebimento da tecnologia e manutenção de um sistema formal de captação das necessidades de mercado são fundamentáis para uma eficiente transferência. Devido a já comentada heterogeneidade estrutural e tecnológica das empresas téxteis, uma considerável parcela da mão-de-obra empregada é caracterizada pelo baixo grau de es-colaridade e pela falta, ñas empresas, de investimentos em treinamentos continuos. Uma boa parcela dos trabalhadores de "chao de fábrica" recebe apenas o treinamento dado pelo fornecedor, ficando limitado á operação técnica de uma determinada tecnologia. Poucas são as empresas que possuem mecanismos para explorar o conhecimento "tácito" das pessoas envolvidas com a nova tecnologia. O processo de polivalência ainda é pouco incentivado, limitando a ação dos funcionarios na compreensão das tecnologias que compóem o fluxo produtivo. Estes fatores somados dificultam o processo de absorção de novas tecnologias. Como conseqüéncia, a tecnologia adquirida não consegue atender ás expectativas de aumento de competitividade. Principalmente nesta fase de expansão da produção e de grandes investimentos na modernização do parque industrial, as empresas deveriam se preocupar com a capacitação de sua mão-de-obra.
  • 34. A simples compra de uma nova tecnologia não significa o aumento automático da competitividade, sendo que o apren-dizado é uma habilidade fundamental para que a transferência tecnológica ocorra de forma efetiva. Apesar de existir um movi-mento para a melhoria da capacitação da mão-de-obra, a falta de um processo formal e continuado de treinamento, por parte das empresas, indica a baixa preocupação com a capacitação da mão-de-obra para aumento da competitividade. Além da pouca preocupação com a capacitação da mão-de-obra, verifica-se que a maioria das empresas téxteis possui baixos índices de inovações gerenciais e organizacionais. Isto é observado pela quase ausência de sistemas de gestão da qual-idade; na difícil integração entre as áreas de planejamento e produção; e na falta de mecanismos para formalizar e reter o conhecimento adquirido.A falta destes processos ocasiona uma maior lentidão no processo de transferência tecnológica. Neste cenário, os centros de ensino industrial tém um relevante papel na preparação de uma mão-de-obra apta para não só absorver novas tecnologias, mas também gerenciar o processo de transferência, fazendo com que este seja pleno e não ocorra a sub-utilização ou não utilização da tecnologia adquirida. Cabe ás empresas criar mecanismos de aprendizagem continua, manten ASSIMILAÇÃO PELA TECNOLOGIA Por Ana Franchon Número 43 Nas últimas décadas, o modelo de gestão organizacional sofreu alterações, desenvolvendo mecanismos para adaptação às rápidas e numerosas transformações econômicas e tecnológicas pelas quais o mundo tem passado. A organização, enquanto sistema aberto, passou a ser fortemente influenciada por quatro novos paradigmas: nova tecnologia, nova ordem geopolítica, novo ambiente empresarial e nova empresa (Kunsch, 2003, p. 58). Entre os paradigmas citados, a questão das novas tecnologias abarca o desenvolvimento de novas metas para a tecnologia de informação (IT) e uma computação em rede, aberta e centrada no usuário. Na área de comunicação organizacional, a preocupação não poderia ser diferente: é crescente o esforço para a utilização adequada e integrada dessas novas tecnologias ao plano de comunicação, destacando-se o uso da tecnologia para melhorar o relacionamento entre a organização e seus públicos. Durante dois anos e meio, desenvolvi trabalhos na área de assessoria de comunicação para empresas de tecnologia (Palm, Pioneer, Seagate e Polycom). Na maior parte do tempo, atendi diretamente a Palm do Brasil (hoje, PalmOne), empresa multinacional com sede nos Estados Unidos que manufatura e comercializa computadores de mão. Apresentando um produto que oferece o que existe de mais recente em tecnologia, um problema trazido pelo cliente foi: “Não estamos conseguindo “vender” para as mulheres. Será que as mulheres são avessas à tecnologia?”. A pergunta permaneceu solta até meu ingresso como aluna ouvinte na disciplina “Ética e Comunicação Institucional”, que faz parte do programa de pós-graduação da ECA/USP. No início da disciplina, foi abordada a questão histórica das relações