SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 35
PEDAGOGIA E EDUCAÇÃO
PEDAGOGIA DA EDUCAÇÃO
Consideração inicial.
Por que o professor precisa estudar? O estudo, mais do que
um conjunto de práticas, confere ao educador uma postura
acadêmica: a de criar seu próprio caminho.
Pedagogia e Senso Comum
• O ato de educar é uma prática e, como tal, exige uma
fundamentação teórica.
• A Pedagogia é o esforço da passagem – referente ao educar –
do senso comum à sistematização conceitual.
Pedagogia e Metafísica
• De início – historicamente falando – Pedagogia e Filosofia se
confundiam (cf. sofistas, Sócrates)
• Se Pedagogia e Filosofia se confundiam, a educação era, então,
o esforço por se desenvolver todas as possibilidades da
natureza humana.
• Suchodolski chama essa concepção – que ganhou terreno na
tradição ocidental – de essencialista.
• Os limites desta abordagem se encontram na visão parcial dos
procedimentos educacionais, excessivamente centrados no
individuo e nos modelos ideais que determinam, a priori, o que é
o homem universal e como deve ser a educação.
Ciências e Pedagogia
• O século XVII se destacou pela busca do rigor e da
sistematização do conhecimento: também a Pedagogia aqui se
encaixa. No século XIX recebe ela apoio das ciências humanas.
Psicologia
• A Psicologia aplicada à Pedagogia, auxilia-nos a conhecer
realmente nosso educando.
• Contribui ela para avaliar questões como nível de dificuldade,
ritmo de aquisição de conhecimento, controle e distúrbio de
aprendizagem.
Sociologia
• O desenvolvimento da Sociologia amplia a compreensão da
escola como grupo social complexo e da educação como
processo de perpetuação e desenvolvimento da sociedade.
• A Sociologia descreverá elementos reais e também as instituições
sociais.
Outras Ciências
O processo educativo também se apoia em outras ciências
para realizar sua tarefa, tais como: economia, história, história da
educação, antropologia, geografia humana, linguística, etc.
A Teoria geral da Educação
• Talvez um dos grandes problemas pedagógicos atuais seja o
próprio conceito de pedagogia (visto que vivemos, segundo Luiz
Lacerda Orlandi, um momento de “flutuações da consciência
pedagógica”): ela – a pedagogia – não pode se confundir com as
ciências, mas também não pode prescindir das mesmas. O
ponto de partida da Pedagogia será sempre a realidade
educacional, iluminada pelas ciências, encontrará seu ponto de
chegada: a realidade educacional.
• Assim, a Pedagogia pode ser definida como a teoria geral da
educação.
A importância da Pedagogia
• As concepções pedagógicas não são “inocentes”; elas nascem
das concepções antropológicas e sociais. Ao educar,
respondemos às seguintes questões: Que tipo de homem se
quer formar? Para que tipo de sociedade? Tendo claro as
respostas, passamos aos conteúdos. Que conteúdos usaremos
para formar este homem e esta sociedade? Tendo as respostas
a esta questão, passamos às últimas considerações: Como
ensinar? Que metodologia usar?
• Há, então, um itinerário a ser seguido pelo educador.
CONCEPÇÕES ANTROPOLÓGICAS  CONTEÚDOS  MÉTODOS
• A importância da Pedagogia, por conseguinte, é perceber a
intencionalidade do processo educativo.
Educar o educador
• O que é preciso para ser um educador?
A formação do professor
• A revalorização do magistério se inicia com os cuidados na
formação dos professores.
• Três aspectos são importantes na formação dos professores:
a) Qualificação: o professor deve adquirir os conhecimento
científicos indispensáveis para o ensino.
b) Formação pedagógica: não basta carisma para ensinar, mas
processo sistemático.
c) Formação ética e política: todo professor é professor de
valores e possui posturas políticas (mesmo quando se diz
apolítico).
A profissionalização do educador?
• O que significa a palavra “profissão”?
• O que você pensa dos termos “tia” e “sacerdócio” aplicados à
tarefa de educar?
PEDAGOGIA DA EDUCAÇÃO
Origem da Escola Tradicional
• Qual o nosso conceito primário de Escola Tradicional?
• O conceito Escola Tradicional é de difícil delimitação, visto que
sob esta denominação articulam-se as mais diversas tendências
pedagógicas ao longo de, pelo menos, quatro ou cinco séculos
(século XV ao século XX).
• O termo Escola Tradicional é devido ás críticas que a Escola
Nova faz ao estilo de ensino adotado nos séculos citados acima.
• A Escola Nova, ao criticar a Escola Tradicional, apresentou-a de
forma negativa e caricaturada. Se nos apoiarmos apenas na
crítica novista, corremos o perigo de estabelecermos visões
simplistas sobre a Escola Tradicional.
• A Escola é uma criação moderna e, como tal, deve responder
aos anseios modernos e, por isso, a exigência do confinamento
do educando, a separação por idades, a graduação em série, a
organização de currículos e o recurso de manuais didáticos.
• Num primeiro momento, a Escola que surge na modernidade se
opõe à escola medieval e esta escola deve responder às
aspirações burguesas (por isso a exigência de uma disciplina
severa, a busca de um estado não-natural da criança, a
perspectiva de uma educação voltada ao mercado de trabalho,
etc.)
• Com a Revolução Industrial, os operários necessitam de
instrução e o Estado intensifica sua tarefa de promover
educação para todos.
• Com o advento das chamadas Ciências Humanas, muito se
teoriza sobre o processo educacional.
Características gerais da Escola Tradicional
• Relação professor/aluno: A Escola Tradicional é
magistrocêntrica
• Disposição: a Escola Tradicional é hierárquica e gera uma
relação de passividade.
• Conteúdos: dá-se ênfase na aquisição de conceitos, de esforço
intelectual por assimilar conhecimentos: assim, a valorização do
passado é fundamental.
• Metodologia: é valorizada a exposição oral e os exercícios de
fixação.
• Absorção do conhecimento: de maneira empirista, sem maior
esforço pela compreensão.
• Avaliação: valoriza os aspectos cognitivos e, por isso, as provas
têm aspecto central. É normal, então, o espírito de competição
entre os alunos e não cooperação.
• Disciplina: intensa e hierárquica e garantida por meio de
punições. Exemplo: “Quem poupa e ???? odeia a criança” (????
de uma escola inglesa do século XVI).
Períodos da Escola Tradicional
• Num primeiro momento (século XVI e XVII) as instituições de
ensino estavam nas mãos de congregações religiosas, de modo
especial os jesuítas. Dessa maneira, a educação era
profundamente classicista, embasada na filosofia tomista e
disciplinarmente rigorosa.
• Paralelamente, surge a chamada tendência realista, que visa
resgatar o contato com o vivido, com o real. Temos, então, as
figuras de Lutero, dos oratorianos. Erasmo de Roterdã,
Montaigne. Comenius e a discussão racionalistas X empiristas.
O iluminismo e a Educação
• Aqui encontramos uma nova visão da realidade, uma visão
“esclarecida e iluminada” pela razão natural.
• Destacam-se Rousseau e Kant.
A Escola Tradicional no século XIX
• As transformações do século XIX (Revolução Industrial e a
“pequena revolução científica”) levam a Escola a repensar suas
atuações.
• Temos os ideais propostos por Comte e os positivistas e as
propostas pedagógicas de Herbart.
• É partir desse anacronismo da Escola Tradicional que muitos
pensadores proporão um novo modo de educar, que será
chamado de Escola Nova.
ESCOLA NOVA
Aprender a aprender
• A Escola Tradicional nasceu em um mundo “estável”, no qual a
educação se fazia em base de modelos ideais. Assim, era
importante a transmissão de uma cultura clássica, privilegiando o
ensino intelectualista e livresco.
• As críticas a este modelo de educação surgem diante das
transformações que passa o mundo a partir do século XIX e a
educação não acompanha este processo.
• O mundo é “mutante” e a educação deve preparar o humano
para uma sociedade em constante mudança, em constante
dinâmica.
• A “Escola Nova” quer se contrapor ao modelo de educação
essencialista e propor uma educação existencialista. Para tanto,
a criança será o sujeito (pedocentrismo).
Antecedentes de tendência escolanovista
• Liberalismo.
• Revolução Industrial.
• Rousseau e sua “revolução copernicana”.
• Kierkegaard.
• Nietzsche.
• Pragmatismo.
Características gerais da Escola Nova (Aluno/Professor)
• O aluno é o centro do processo educativo.
• Há preocupações com a natureza psicológica da criança.
• O professor é uma espécie de “facilitador” do processo.
Metodologia
• Aprender fazendo.
• O objetivo da educação é o homem integral (razão sentimentos,
emoções e ações).
• Aprendizagem mediante pesquisa e projetos.
Disciplina
• O foco não está na disciplina, mas na capacidade de adaptação
ao meio (visto a sociedade estar em constante mudança).
TENDÊNCIA TECNICISTA
4.1 Contextualizando
• Com o anacronismo da Escola Tradicional, novas propostas
surgem; entre elas, citamos a tendência tecnicista da educação.
• A partir da década de 60 do século XX, um modelo empresarial
torna-se referência de produção: o taylorismo (baseia-se na
especialização de funções, onde há a separação do setor de
planejamento e o setor de execução do trabalho).
• Esta mentalidade empresarial ganha terreno no campo
educacional (iniciado pelos EUA).
Características gerais da tendência tecnicista
• Objetivo: adequar a educação às exigências impostas pelo
mercado (exigências técnicas e tecnológicas).
• Conteúdo: informações objetivas para a adaptação do
indivíduo ao mercado de trabalho.
• Método: inspirado no taylorismo, ou seja, divisão de tarefas
com especializações.
• Avaliação: verificação dos objetivos propostos.
• Meios didáticos: valorizam-se os meios tecnológicos.
• Professor: um técnico que, por meio de recursos técnicos,
transmite as operações técnicas.
Pressupostos filosóficos
• Empirismo: o conhecimento é objetivo.
• Positivismo: o conhecimento se restringe ao científico.
• Behaviorismo: controle do comportamento.
Críticas
• A crítica à tendência tecnicista da educação se insere num
contexto maior: a crise da razão contemporânea (Habermas).
• Segundo Habermas, a razão instrumental submete e coloniza a
razão comunicativa.
A importação do tecnicismo no Brasil
• O movimento de industrialização do Brasil (a partir de 1950).
• O golpe militar (1964).
TEORIAS ANTIAUTORITÁRIAS
Contextualizando
• Uma das mais radicais críticas feitas à Escola Tradicional foi a
denúncia de seu caráter autoritário.
• Muitos teóricos – deixando de lado busca de outros métodos e
processos – enfatizam a recusa do exercício do poder, a
educação deve ser realizada para e em liberdade.
• Aqui temos várias tendências: liberais, marxistas, anarquistas,
etc.
• Uma das grandes influências foi a psicanálise de Freud: id, ego
e superego.
Características gerais
• Relação professor/aluno: a visão do aluno como centro é
levada à radicalidade; o professor não dirige, mas cria as
condições de atuação da criança (facilitador).
• Conteúdo: não pode ser dogmático e nem resultar de
exposição magistral, mas precisa ter ressonância nos
interesses dos alunos (ligado à experiência de vida).
• Metodologia: baseia-se na autogestão; o professor não
“prepara” aula, mas direciona a aula. Aqui temos as
“comunidades de aprendizagem”.
• Avaliação: desprezam-se os instrumentos clássicos da
avaliação e visa-se uma autoavaliação.
• Disciplina: resulta da autonomia e nunca é imposta.
Principais linhas pedagógicas
• Pedagogias não-diretivas: baseada em Carl Roger (1902-1987),
o homem é capaz de resolver por si mesmo seus problemas,
bastando que tenha autocompreensão ou percepção do eu. O
educador, então, deve propiciar condições para que o sujeito
assuma sua existência.
• Escola libertária: Ferrer (1859-1909) defendia que a atuação do
professor fosse mais efetiva no início para, depois, tornar-se
menos diretiva. Foi influenciado pelo anarquismo e racionalismo
iluminista.
Pedagogias institucionais
• Os principais representantes são: Michel Lobrot, Fernand Oury e
Aída Vasquez.
• A proposta é uma pedagogia da liberdade – negando a
autoridade – por meio do aspecto sociológico (por isso o termo
“institucional”).
TEORIAS CRÍTICO-REPRODUTIVISTAS
Contextualizando
• A partir da década de 60 do século XX, diversos teóricos
franceses chegaram à conclusão de que a escola não consegue
equalizar as relações sociais, tornando-se, assim, reprodutora de
um sistema de exclusão.
• Desta maneira, uma pedagogia baseada na crítica à reprodução
do status que era o que pretendiam tais teóricos.
Bordieu e Passeron: a teoria da violência simbólica
• Bordieu e Passeron desenvolveram uma ampla pesquisa sobre a
instituição escolar e chegaram à conclusão que na escola
(universo micro) havia uma reprodução da sociedade (universo
macro).
• Para eles, a escola não é uma ilha separada de um contexto
social, mas o sistema social marca fortemente os rumos da
instituição escolar.
• Para os franceses, o fato de “obrigar” a reprodução dos sistemas
sociais cria uma cultura de “violência simbólica”: aquela exercida
pelo poder de imposição das ideias transmitidas por meio da
comunicação cultural, da doutrinação política e religiosa, etc.
• A escola constitui um instrumento de violência simbólica porque
reproduz os privilégios existentes na sociedade. A escola, no
fundo, perpetua um estilo de vida burguês (e aquelas crianças
que provém de famílias burguesas terão muito mais facilidade de
adaptação; com isso, o índice de evasão escolar das classes
menos favorecidas é explicado).
Althusser: a teoria da escola como aparelho ideológico do
Estado
• Althusser considera que a função da escola deve ser
compreendida não de forma isolada, mas contextualizada: ela
está inserida numa sociedade capitalista e esta necessita de
aparelhos ideológicos para a reprodução de seu sistema.
• Suas ideias são fortemente marcadas pela análise marxista.
• A função da ideologia, então, é a reprodução da sociedade.
• Os aparelhos ideológicos do Estado podem se apresentar de
duas maneiras: repressivo (sistema de coerção) e ideológico
(religião, escola, família, sistemas jurídicos e políticos, meios de
comunicação, meios culturais, etc.)
Baudelot e Establet: a teoria da escola dualista
• Para Establet e Baudelot, se vivemos em uma sociedade dividida
em classes, não podemos falar de uma “única escola”. Existem,
na realidade, duas escolas radicalmente diferentes quanto ao
número de anos de escolaridade, aos itinerários, aos fins da
educação.
• Em outros termos, existe uma escola dos “ricos” e uma escola
dos “pobres” e, assim, desde o começo os filhos dos proletários
estão destinados a não atingir níveis superiores.
DESESCOLARIZAÇÃO DA SOCIEDADE
Contextualizando
• A década de 70 do século XX foi fértil em críticas à escola e
propostas para alternar a sua situação inserido neste contexto,
Ivan IIIich apresenta uma proposta radical a desescolarização da
sociedade.
• Para ele, a solução para a educação não seria uma reforma nos
métodos ou currículos, mas no questionamento sério se
realmente a escola é o único e o melhor meio de educação.
• Em um mito marcado pelo controle das instituições, a escola
escraviza mais que a família, devido à estrutura sistemática e
organizada, à hierarquia, aos rituais das provas e ao mito do
diploma. Uma sociedade assim estruturada desconsidera o
aprendizado real, encarando com desconfiança aquele que
aprende sem estar na escola.
Sociedade sem escolas
• IIIich afirma que o vertiginoso progresso científico levou o
homem à alienação e que é importante desmistifica o ideal de
progresso e de consumo insaciável (complexo de Prometeu),
onde a escola apenas aumenta esta sede insaciável de
estabilidade econômica.
• A saída seria um novo estilo de vida, onde as “redes de
comunicação culturais” se encarregassem de educar o humano
(e não apenas instruí-lo tecnicamente).
• No fundo, a crítica que IIIich faz à escola é: será que, realmente,
este modelo educacional que possuímos é eficaz?
AS TEORIAS CONSTRUTIVISTAS
Contextualizando
• As teorias construtivistas propõe, de modo geral, a interação
entre a história individual com a história social, ou seja, leva em
consideração a construção da pessoa por meio de suas
situações individuais e suas situações circunstanciais (“Eu sou
eu e minhas circunstâncias” – Ortega y Gasset)
• A intenção do construtivismo é visualizar o processo educativo
como uma complexidade e dar conta de tal por meio de estudos
de psicologia e medicina.
• Do ponto de vista antropológico, os construtivistas superam a
visão metafísica e naturalista do ser humano. A abordagem
antropológica é vista sob o prisma histórico-social, isto é, por
meio de suas relações interpessoais e pela ação sobre o mundo.
• Do ponto de vista epistemológico, os construtivistas superam o
inatismo e o empirismo e propõe uma concepção de
conhecimento interacionista ou construtivista; para eles, o
conhecimento não é inato e nem apenas adquirido; é dado pela
interação entre sujeito e objeto mediante uma realidade
histórica. O conhecimento se constrói a partir de etapas, nos
quais a criança organiza o pensamento e a afetividade.
A epistemologia genética
• Jean Piaget (1896-1980) analisou o processo educacional a
partir da epistemologia genética.
• Elaborou a ideia da psicologia genética, que investiga o
desenvolvimento cognitivo, dividido em 04 estágios: sensório-
motor (0-2 anos), intuitivo ou simbólico (02-07 anos), operações
concretas (07-14 anos) e operações formais (14 anos em
diante).
• A passagem de um estágio para outro somente se efetua
mediante mecanismos de organização e adaptação.
A psicogênese da escrita
• Emília Ferreiro, aluna de Piaget, abordou a teoria de seu mestre
no processo de aprendizado: como a criança realiza a
construção da linguagem escrita? Qual a natureza da relação
entre o real e sua representação?
• Ao realizar a psicogênese da escrita, Ferreiro descobre que a
criança “reinventa” a escrita e, por isso, o professor precisa estar
atento ao mundo semântico da criança.
• Percebe-se, aqui, o caráter não empirista da teoria, que acentua
a participação ativa do sujeito no processo de alfabetização.
A psicogênese da escrita
• Vygotsky (1897-1934) analista a psicogênese na construção do
pensamento e da linguagem. Nele foi marcante o pensamento
marxista e o método dialético.
• A preocupação com o desenvolvimento do comportamento
resulta da constatação de que todos os fenômenos psíquicos são
processos em movimento, possuem uma história e que o
mecanismo de mudança individual tem sua raiz na sociedade e
na cultura.
• O que caracteriza, realmente, a psicogênese humana é a
internalização das atividades socialmente enraizadas e
historicamente desenvolvidas.
• Ao analisar as operações superiores, Vygotsky utiliza o conceito
de mediação, segundo o qual a relação do homem com o mundo
não é direita, mas mediada pelos sistemas simbólicos.
TEORIAS PROGRESSISTAS
Contextualizando
• Diante da novidade e dos fracassos experiências da Escola
Nova, buscou-se um novo caminho: as teorias progressistas
(termo retirado de um livro de Georges Snyders).
• As teorias progressistas, no fundo, buscam fugir do “lado
inocente” da educação, ou seja, toda educação é intencional.
Características gerais
• Relação entre educação e transformação social: descoberto
o caráter político da educação, cumpre construir uma pedagogia
social e crítica.
• Escola: elemento de continuidade, mas, também, de ruptura. Ela
deve ser um local de socialização do conhecimento elaborado.
• Função da escola: durante muito tempo a escola foi o elemento
de ruptura entre o trabalho intelectual e o trabalho manual, entre
e teoria e a prática. A educação progressista quer formar o
homem pelo e para o trabalho.
• O conceito de trabalho: integrar o trabalho à escola como
atividade existencial humana fundamental e não como
passatempo acessório ou simples aprendizagem técnica.
• Professores: formados para a prática transformadora, que tenha
a competência técnica, mas, também, um compromisso político
e social.
Uma extensa lista
• Aqui se encaixam várias teóricas: Makarenko, Pistrak, Gramsci,
Freinet, Lobrot, Ferrer, Arroyo, Vygostsky, Charlot, Suchodoisky,
Paulo Frere.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

O papel da didática na formação de professores
O papel da didática na formação de professoresO papel da didática na formação de professores
O papel da didática na formação de professoresAna Paula Azevedo
 
O Papel Do Professor
O Papel Do ProfessorO Papel Do Professor
O Papel Do Professorpaula lopes
 
03 dimensões da gestão escolar
03 dimensões da gestão escolar03 dimensões da gestão escolar
03 dimensões da gestão escolarJoao Balbi
 
Planejamento de Ensino
Planejamento de EnsinoPlanejamento de Ensino
Planejamento de EnsinoLene Reis
 
Política e Organização da Educação Brasileira
Política e Organização da Educação BrasileiraPolítica e Organização da Educação Brasileira
Política e Organização da Educação BrasileiraEdneide Lima
 
O papel da didática na formação do professor
O papel da didática na formação do professorO papel da didática na formação do professor
O papel da didática na formação do professorna educação
 
Organização do trabalho pedagógico
Organização do trabalho pedagógicoOrganização do trabalho pedagógico
Organização do trabalho pedagógicoMagda Marques
 
7. Papel político pedagógico do gestor educacional - Prof. Dr. Paulo Gomes Lima
7. Papel político pedagógico do gestor educacional - Prof. Dr. Paulo Gomes Lima7. Papel político pedagógico do gestor educacional - Prof. Dr. Paulo Gomes Lima
7. Papel político pedagógico do gestor educacional - Prof. Dr. Paulo Gomes LimaPaulo Lima
 
Formação continuada de professores
Formação continuada de professoresFormação continuada de professores
Formação continuada de professoresditadoida
 
1.processo de ensino e aprendizagem
1.processo de ensino e aprendizagem1.processo de ensino e aprendizagem
1.processo de ensino e aprendizagemAlba Mate Mate
 
Slide educação especial
Slide educação especialSlide educação especial
Slide educação especialAndreia Gomes
 
Slide introduçao a pedagogia
Slide introduçao a pedagogiaSlide introduçao a pedagogia
Slide introduçao a pedagogiaCamilla Follador
 

Mais procurados (20)

O papel da didática na formação de professores
O papel da didática na formação de professoresO papel da didática na formação de professores
O papel da didática na formação de professores
 
Slide tendências pedagógicas
Slide   tendências pedagógicasSlide   tendências pedagógicas
Slide tendências pedagógicas
 
O Papel Do Professor
O Papel Do ProfessorO Papel Do Professor
O Papel Do Professor
 
Aula 1- Gestão Escolar
Aula 1- Gestão EscolarAula 1- Gestão Escolar
Aula 1- Gestão Escolar
 
03 dimensões da gestão escolar
03 dimensões da gestão escolar03 dimensões da gestão escolar
03 dimensões da gestão escolar
 
Planejamento de Ensino
Planejamento de EnsinoPlanejamento de Ensino
Planejamento de Ensino
 
Slide história da educação - pdf
Slide   história da educação - pdfSlide   história da educação - pdf
Slide história da educação - pdf
 
FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO
FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃOFUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO
FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO
 
Oficina de Planejamento
Oficina de PlanejamentoOficina de Planejamento
Oficina de Planejamento
 
Política e Organização da Educação Brasileira
Política e Organização da Educação BrasileiraPolítica e Organização da Educação Brasileira
Política e Organização da Educação Brasileira
 
Trajetória histórica da didática
Trajetória histórica da didáticaTrajetória histórica da didática
Trajetória histórica da didática
 
O papel da didática na formação do professor
O papel da didática na formação do professorO papel da didática na formação do professor
O papel da didática na formação do professor
 
Organização do trabalho pedagógico
Organização do trabalho pedagógicoOrganização do trabalho pedagógico
Organização do trabalho pedagógico
 
7. Papel político pedagógico do gestor educacional - Prof. Dr. Paulo Gomes Lima
7. Papel político pedagógico do gestor educacional - Prof. Dr. Paulo Gomes Lima7. Papel político pedagógico do gestor educacional - Prof. Dr. Paulo Gomes Lima
7. Papel político pedagógico do gestor educacional - Prof. Dr. Paulo Gomes Lima
 
BNCC na prática
BNCC na práticaBNCC na prática
BNCC na prática
 
Formação continuada de professores
Formação continuada de professoresFormação continuada de professores
Formação continuada de professores
 
1.processo de ensino e aprendizagem
1.processo de ensino e aprendizagem1.processo de ensino e aprendizagem
1.processo de ensino e aprendizagem
 
Slide educação especial
Slide educação especialSlide educação especial
Slide educação especial
 
Slide introduçao a pedagogia
Slide introduçao a pedagogiaSlide introduçao a pedagogia
Slide introduçao a pedagogia
 
Curriculo e cultura
Curriculo e culturaCurriculo e cultura
Curriculo e cultura
 

Semelhante a Pedagogia e educação

Teorias do curriculo
Teorias do curriculoTeorias do curriculo
Teorias do curriculoNatália Luz
 
Currículo - Pedagogia para Concursos
Currículo - Pedagogia para ConcursosCurrículo - Pedagogia para Concursos
Currículo - Pedagogia para ConcursosAdriano Martins
 
Tendencias pedagogicas
Tendencias pedagogicasTendencias pedagogicas
Tendencias pedagogicaswladimir
 
Tendencias pedagogicas
Tendencias pedagogicasTendencias pedagogicas
Tendencias pedagogicaswladimir
 
Slide seminário avaliação da aprendizagem escolar - apontamentos sobre a...
Slide seminário   avaliação da aprendizagem escolar - apontamentos sobre a...Slide seminário   avaliação da aprendizagem escolar - apontamentos sobre a...
Slide seminário avaliação da aprendizagem escolar - apontamentos sobre a...Jonnathann Nagato-Luto
 
Seminário 01 - Para além do autoritarismo
Seminário 01 - Para além do autoritarismoSeminário 01 - Para além do autoritarismo
Seminário 01 - Para além do autoritarismoCosmo Matias Gomes
 
ABORDAGENS TEÓRICAS E METODOLÓGICAS: Tendencias educacionais
 ABORDAGENS  TEÓRICAS E METODOLÓGICAS: Tendencias educacionais ABORDAGENS  TEÓRICAS E METODOLÓGICAS: Tendencias educacionais
ABORDAGENS TEÓRICAS E METODOLÓGICAS: Tendencias educacionaisElicio Lima
 
Tendências e correntes na educação brasileira
Tendências e correntes na educação brasileiraTendências e correntes na educação brasileira
Tendências e correntes na educação brasileirarichard_romancini
 
Libaneo democratização da escola pública a pedagogia críti
Libaneo   democratização da escola pública a pedagogia crítiLibaneo   democratização da escola pública a pedagogia críti
Libaneo democratização da escola pública a pedagogia crítiafermartins
 
Libaneo democratizacao-da-escola-publica-a-pedagogia-critico-social-dos-conte...
Libaneo democratizacao-da-escola-publica-a-pedagogia-critico-social-dos-conte...Libaneo democratizacao-da-escola-publica-a-pedagogia-critico-social-dos-conte...
Libaneo democratizacao-da-escola-publica-a-pedagogia-critico-social-dos-conte...jorge luiz dos santos de souza
 
Luckesi tendencias pedagogicas
Luckesi  tendencias pedagogicasLuckesi  tendencias pedagogicas
Luckesi tendencias pedagogicasValeria Lima
 
PESQUISA EDUCACIONAL ENTRE CONHECIMENTOS, POLÍTICAS E PRÁTICAS: ESPECIFICIDAD...
PESQUISA EDUCACIONAL ENTRE CONHECIMENTOS, POLÍTICAS E PRÁTICAS: ESPECIFICIDAD...PESQUISA EDUCACIONAL ENTRE CONHECIMENTOS, POLÍTICAS E PRÁTICAS: ESPECIFICIDAD...
PESQUISA EDUCACIONAL ENTRE CONHECIMENTOS, POLÍTICAS E PRÁTICAS: ESPECIFICIDAD...Jeaninerodermel1
 
18. didática material de estudo e simulado.docx
18. didática   material de estudo e simulado.docx18. didática   material de estudo e simulado.docx
18. didática material de estudo e simulado.docxAlineMelo123
 
CONHECIMENTOS_PEDAGOGICOS_ Teorias Pedagogicas.pdf
CONHECIMENTOS_PEDAGOGICOS_ Teorias Pedagogicas.pdfCONHECIMENTOS_PEDAGOGICOS_ Teorias Pedagogicas.pdf
CONHECIMENTOS_PEDAGOGICOS_ Teorias Pedagogicas.pdfprofajaciaracardoso
 
Estrutura e tendências politicas
Estrutura e tendências politicasEstrutura e tendências politicas
Estrutura e tendências politicasAlexsandro Prates
 
slides 3_PARFOR-Teorias_da_Educacao_e_Tendencias_Pedagogicas.ppt
slides 3_PARFOR-Teorias_da_Educacao_e_Tendencias_Pedagogicas.pptslides 3_PARFOR-Teorias_da_Educacao_e_Tendencias_Pedagogicas.ppt
slides 3_PARFOR-Teorias_da_Educacao_e_Tendencias_Pedagogicas.pptDenisedeAmorimRamos
 
Pesquisa: princípio científico e educativo
Pesquisa: princípio científico e educativoPesquisa: princípio científico e educativo
Pesquisa: princípio científico e educativoOscar Denis
 

Semelhante a Pedagogia e educação (20)

Aula 01
Aula 01Aula 01
Aula 01
 
Teorias do curriculo
Teorias do curriculoTeorias do curriculo
Teorias do curriculo
 
Currículo - Pedagogia para Concursos
Currículo - Pedagogia para ConcursosCurrículo - Pedagogia para Concursos
Currículo - Pedagogia para Concursos
 
Tendencias pedagogicas
Tendencias pedagogicasTendencias pedagogicas
Tendencias pedagogicas
 
Tendencias pedagogicas
Tendencias pedagogicasTendencias pedagogicas
Tendencias pedagogicas
 
Slide seminário avaliação da aprendizagem escolar - apontamentos sobre a...
Slide seminário   avaliação da aprendizagem escolar - apontamentos sobre a...Slide seminário   avaliação da aprendizagem escolar - apontamentos sobre a...
Slide seminário avaliação da aprendizagem escolar - apontamentos sobre a...
 
Seminário 01 - Para além do autoritarismo
Seminário 01 - Para além do autoritarismoSeminário 01 - Para além do autoritarismo
Seminário 01 - Para além do autoritarismo
 
Docência no Ensino Superior
Docência no Ensino SuperiorDocência no Ensino Superior
Docência no Ensino Superior
 
ABORDAGENS TEÓRICAS E METODOLÓGICAS: Tendencias educacionais
 ABORDAGENS  TEÓRICAS E METODOLÓGICAS: Tendencias educacionais ABORDAGENS  TEÓRICAS E METODOLÓGICAS: Tendencias educacionais
ABORDAGENS TEÓRICAS E METODOLÓGICAS: Tendencias educacionais
 
Tendências e correntes na educação brasileira
Tendências e correntes na educação brasileiraTendências e correntes na educação brasileira
Tendências e correntes na educação brasileira
 
Libaneo democratização da escola pública a pedagogia críti
Libaneo   democratização da escola pública a pedagogia crítiLibaneo   democratização da escola pública a pedagogia críti
Libaneo democratização da escola pública a pedagogia críti
 
Libaneo democratizacao-da-escola-publica-a-pedagogia-critico-social-dos-conte...
Libaneo democratizacao-da-escola-publica-a-pedagogia-critico-social-dos-conte...Libaneo democratizacao-da-escola-publica-a-pedagogia-critico-social-dos-conte...
Libaneo democratizacao-da-escola-publica-a-pedagogia-critico-social-dos-conte...
 
Luckesi tendencias pedagogicas
Luckesi  tendencias pedagogicasLuckesi  tendencias pedagogicas
Luckesi tendencias pedagogicas
 
PESQUISA EDUCACIONAL ENTRE CONHECIMENTOS, POLÍTICAS E PRÁTICAS: ESPECIFICIDAD...
PESQUISA EDUCACIONAL ENTRE CONHECIMENTOS, POLÍTICAS E PRÁTICAS: ESPECIFICIDAD...PESQUISA EDUCACIONAL ENTRE CONHECIMENTOS, POLÍTICAS E PRÁTICAS: ESPECIFICIDAD...
PESQUISA EDUCACIONAL ENTRE CONHECIMENTOS, POLÍTICAS E PRÁTICAS: ESPECIFICIDAD...
 
18. didática material de estudo e simulado.docx
18. didática   material de estudo e simulado.docx18. didática   material de estudo e simulado.docx
18. didática material de estudo e simulado.docx
 
CONHECIMENTOS_PEDAGOGICOS_ Teorias Pedagogicas.pdf
CONHECIMENTOS_PEDAGOGICOS_ Teorias Pedagogicas.pdfCONHECIMENTOS_PEDAGOGICOS_ Teorias Pedagogicas.pdf
CONHECIMENTOS_PEDAGOGICOS_ Teorias Pedagogicas.pdf
 
Estrutura e tendências politicas
Estrutura e tendências politicasEstrutura e tendências politicas
Estrutura e tendências politicas
 
Apostila aula didatica
Apostila aula didaticaApostila aula didatica
Apostila aula didatica
 
slides 3_PARFOR-Teorias_da_Educacao_e_Tendencias_Pedagogicas.ppt
slides 3_PARFOR-Teorias_da_Educacao_e_Tendencias_Pedagogicas.pptslides 3_PARFOR-Teorias_da_Educacao_e_Tendencias_Pedagogicas.ppt
slides 3_PARFOR-Teorias_da_Educacao_e_Tendencias_Pedagogicas.ppt
 
Pesquisa: princípio científico e educativo
Pesquisa: princípio científico e educativoPesquisa: princípio científico e educativo
Pesquisa: princípio científico e educativo
 

Mais de José Barros

Matematica probabilidade exercicios_estatistica_gabarito_matematica_do_vestib...
Matematica probabilidade exercicios_estatistica_gabarito_matematica_do_vestib...Matematica probabilidade exercicios_estatistica_gabarito_matematica_do_vestib...
Matematica probabilidade exercicios_estatistica_gabarito_matematica_do_vestib...José Barros
 
Didática uma retrospectiva histórica
Didática uma retrospectiva históricaDidática uma retrospectiva histórica
Didática uma retrospectiva históricaJosé Barros
 
Didática uma retrospectiva histórica
Didática uma retrospectiva históricaDidática uma retrospectiva histórica
Didática uma retrospectiva históricaJosé Barros
 
Educação 2017.pdf 2
Educação 2017.pdf 2Educação 2017.pdf 2
Educação 2017.pdf 2José Barros
 
Educação 2017.pdf 2
Educação 2017.pdf 2Educação 2017.pdf 2
Educação 2017.pdf 2José Barros
 
Livro dos espiritas
Livro dos espiritasLivro dos espiritas
Livro dos espiritasJosé Barros
 
Encceja matematica em
Encceja matematica emEncceja matematica em
Encceja matematica emJosé Barros
 
Matematica ens fund
Matematica ens fundMatematica ens fund
Matematica ens fundJosé Barros
 
P24 lingua portuguesa
P24   lingua portuguesaP24   lingua portuguesa
P24 lingua portuguesaJosé Barros
 
Parte 2 civilização
Parte 2 civilizaçãoParte 2 civilização
Parte 2 civilizaçãoJosé Barros
 
Uepa 2013 3a etapa prova + gabarito
Uepa 2013 3a etapa prova + gabaritoUepa 2013 3a etapa prova + gabarito
Uepa 2013 3a etapa prova + gabaritoJosé Barros
 

Mais de José Barros (14)

Matematica probabilidade exercicios_estatistica_gabarito_matematica_do_vestib...
Matematica probabilidade exercicios_estatistica_gabarito_matematica_do_vestib...Matematica probabilidade exercicios_estatistica_gabarito_matematica_do_vestib...
Matematica probabilidade exercicios_estatistica_gabarito_matematica_do_vestib...
 
Didática uma retrospectiva histórica
Didática uma retrospectiva históricaDidática uma retrospectiva histórica
Didática uma retrospectiva histórica
 
Didática uma retrospectiva histórica
Didática uma retrospectiva históricaDidática uma retrospectiva histórica
Didática uma retrospectiva histórica
 
Educação 2017.pdf 2
Educação 2017.pdf 2Educação 2017.pdf 2
Educação 2017.pdf 2
 
Educação 2017.pdf 2
Educação 2017.pdf 2Educação 2017.pdf 2
Educação 2017.pdf 2
 
Livro dos espiritas
Livro dos espiritasLivro dos espiritas
Livro dos espiritas
 
Mpce03
Mpce03Mpce03
Mpce03
 
Cn 1o dia 0001
Cn 1o dia 0001Cn 1o dia 0001
Cn 1o dia 0001
 
Ch 1o dia 0001
Ch 1o dia 0001Ch 1o dia 0001
Ch 1o dia 0001
 
Encceja matematica em
Encceja matematica emEncceja matematica em
Encceja matematica em
 
Matematica ens fund
Matematica ens fundMatematica ens fund
Matematica ens fund
 
P24 lingua portuguesa
P24   lingua portuguesaP24   lingua portuguesa
P24 lingua portuguesa
 
Parte 2 civilização
Parte 2 civilizaçãoParte 2 civilização
Parte 2 civilização
 
Uepa 2013 3a etapa prova + gabarito
Uepa 2013 3a etapa prova + gabaritoUepa 2013 3a etapa prova + gabarito
Uepa 2013 3a etapa prova + gabarito
 

Último

Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveaulasgege
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasCassio Meira Jr.
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxkarinedarozabatista
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBAline Santana
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesMary Alvarenga
 
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxA experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxfabiolalopesmartins1
 
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologiaAula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologiaaulasgege
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Centro Jacques Delors
 
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 BrasilGoverno Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasillucasp132400
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024Jeanoliveira597523
 
Regência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdfRegência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdfmirandadudu08
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfManuais Formação
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniCassio Meira Jr.
 
trabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduratrabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduraAdryan Luiz
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfAdrianaCunha84
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfaulasgege
 
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfEditoraEnovus
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasRosalina Simão Nunes
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresLilianPiola
 

Último (20)

Em tempo de Quaresma .
Em tempo de Quaresma                            .Em tempo de Quaresma                            .
Em tempo de Quaresma .
 
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
 
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxA experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
 
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologiaAula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
 
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 BrasilGoverno Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
 
Regência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdfRegência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdf
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
 
trabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduratrabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditadura
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
 
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
 

Pedagogia e educação

  • 2. PEDAGOGIA DA EDUCAÇÃO Consideração inicial. Por que o professor precisa estudar? O estudo, mais do que um conjunto de práticas, confere ao educador uma postura acadêmica: a de criar seu próprio caminho. Pedagogia e Senso Comum • O ato de educar é uma prática e, como tal, exige uma fundamentação teórica. • A Pedagogia é o esforço da passagem – referente ao educar – do senso comum à sistematização conceitual.
  • 3. Pedagogia e Metafísica • De início – historicamente falando – Pedagogia e Filosofia se confundiam (cf. sofistas, Sócrates) • Se Pedagogia e Filosofia se confundiam, a educação era, então, o esforço por se desenvolver todas as possibilidades da natureza humana. • Suchodolski chama essa concepção – que ganhou terreno na tradição ocidental – de essencialista. • Os limites desta abordagem se encontram na visão parcial dos procedimentos educacionais, excessivamente centrados no individuo e nos modelos ideais que determinam, a priori, o que é o homem universal e como deve ser a educação. Ciências e Pedagogia • O século XVII se destacou pela busca do rigor e da sistematização do conhecimento: também a Pedagogia aqui se encaixa. No século XIX recebe ela apoio das ciências humanas.
  • 4. Psicologia • A Psicologia aplicada à Pedagogia, auxilia-nos a conhecer realmente nosso educando. • Contribui ela para avaliar questões como nível de dificuldade, ritmo de aquisição de conhecimento, controle e distúrbio de aprendizagem. Sociologia • O desenvolvimento da Sociologia amplia a compreensão da escola como grupo social complexo e da educação como processo de perpetuação e desenvolvimento da sociedade. • A Sociologia descreverá elementos reais e também as instituições sociais.
  • 5. Outras Ciências O processo educativo também se apoia em outras ciências para realizar sua tarefa, tais como: economia, história, história da educação, antropologia, geografia humana, linguística, etc. A Teoria geral da Educação • Talvez um dos grandes problemas pedagógicos atuais seja o próprio conceito de pedagogia (visto que vivemos, segundo Luiz Lacerda Orlandi, um momento de “flutuações da consciência pedagógica”): ela – a pedagogia – não pode se confundir com as ciências, mas também não pode prescindir das mesmas. O ponto de partida da Pedagogia será sempre a realidade educacional, iluminada pelas ciências, encontrará seu ponto de chegada: a realidade educacional. • Assim, a Pedagogia pode ser definida como a teoria geral da educação.
  • 6. A importância da Pedagogia • As concepções pedagógicas não são “inocentes”; elas nascem das concepções antropológicas e sociais. Ao educar, respondemos às seguintes questões: Que tipo de homem se quer formar? Para que tipo de sociedade? Tendo claro as respostas, passamos aos conteúdos. Que conteúdos usaremos para formar este homem e esta sociedade? Tendo as respostas a esta questão, passamos às últimas considerações: Como ensinar? Que metodologia usar? • Há, então, um itinerário a ser seguido pelo educador. CONCEPÇÕES ANTROPOLÓGICAS  CONTEÚDOS  MÉTODOS • A importância da Pedagogia, por conseguinte, é perceber a intencionalidade do processo educativo.
  • 7. Educar o educador • O que é preciso para ser um educador? A formação do professor • A revalorização do magistério se inicia com os cuidados na formação dos professores. • Três aspectos são importantes na formação dos professores: a) Qualificação: o professor deve adquirir os conhecimento científicos indispensáveis para o ensino. b) Formação pedagógica: não basta carisma para ensinar, mas processo sistemático. c) Formação ética e política: todo professor é professor de valores e possui posturas políticas (mesmo quando se diz apolítico).
  • 8. A profissionalização do educador? • O que significa a palavra “profissão”? • O que você pensa dos termos “tia” e “sacerdócio” aplicados à tarefa de educar?
  • 9. PEDAGOGIA DA EDUCAÇÃO Origem da Escola Tradicional • Qual o nosso conceito primário de Escola Tradicional? • O conceito Escola Tradicional é de difícil delimitação, visto que sob esta denominação articulam-se as mais diversas tendências pedagógicas ao longo de, pelo menos, quatro ou cinco séculos (século XV ao século XX). • O termo Escola Tradicional é devido ás críticas que a Escola Nova faz ao estilo de ensino adotado nos séculos citados acima. • A Escola Nova, ao criticar a Escola Tradicional, apresentou-a de forma negativa e caricaturada. Se nos apoiarmos apenas na crítica novista, corremos o perigo de estabelecermos visões simplistas sobre a Escola Tradicional.
  • 10. • A Escola é uma criação moderna e, como tal, deve responder aos anseios modernos e, por isso, a exigência do confinamento do educando, a separação por idades, a graduação em série, a organização de currículos e o recurso de manuais didáticos. • Num primeiro momento, a Escola que surge na modernidade se opõe à escola medieval e esta escola deve responder às aspirações burguesas (por isso a exigência de uma disciplina severa, a busca de um estado não-natural da criança, a perspectiva de uma educação voltada ao mercado de trabalho, etc.) • Com a Revolução Industrial, os operários necessitam de instrução e o Estado intensifica sua tarefa de promover educação para todos. • Com o advento das chamadas Ciências Humanas, muito se teoriza sobre o processo educacional.
  • 11. Características gerais da Escola Tradicional • Relação professor/aluno: A Escola Tradicional é magistrocêntrica • Disposição: a Escola Tradicional é hierárquica e gera uma relação de passividade. • Conteúdos: dá-se ênfase na aquisição de conceitos, de esforço intelectual por assimilar conhecimentos: assim, a valorização do passado é fundamental. • Metodologia: é valorizada a exposição oral e os exercícios de fixação. • Absorção do conhecimento: de maneira empirista, sem maior esforço pela compreensão. • Avaliação: valoriza os aspectos cognitivos e, por isso, as provas têm aspecto central. É normal, então, o espírito de competição entre os alunos e não cooperação. • Disciplina: intensa e hierárquica e garantida por meio de punições. Exemplo: “Quem poupa e ???? odeia a criança” (???? de uma escola inglesa do século XVI).
  • 12. Períodos da Escola Tradicional • Num primeiro momento (século XVI e XVII) as instituições de ensino estavam nas mãos de congregações religiosas, de modo especial os jesuítas. Dessa maneira, a educação era profundamente classicista, embasada na filosofia tomista e disciplinarmente rigorosa. • Paralelamente, surge a chamada tendência realista, que visa resgatar o contato com o vivido, com o real. Temos, então, as figuras de Lutero, dos oratorianos. Erasmo de Roterdã, Montaigne. Comenius e a discussão racionalistas X empiristas. O iluminismo e a Educação • Aqui encontramos uma nova visão da realidade, uma visão “esclarecida e iluminada” pela razão natural. • Destacam-se Rousseau e Kant.
  • 13. A Escola Tradicional no século XIX • As transformações do século XIX (Revolução Industrial e a “pequena revolução científica”) levam a Escola a repensar suas atuações. • Temos os ideais propostos por Comte e os positivistas e as propostas pedagógicas de Herbart. • É partir desse anacronismo da Escola Tradicional que muitos pensadores proporão um novo modo de educar, que será chamado de Escola Nova.
  • 14. ESCOLA NOVA Aprender a aprender • A Escola Tradicional nasceu em um mundo “estável”, no qual a educação se fazia em base de modelos ideais. Assim, era importante a transmissão de uma cultura clássica, privilegiando o ensino intelectualista e livresco. • As críticas a este modelo de educação surgem diante das transformações que passa o mundo a partir do século XIX e a educação não acompanha este processo. • O mundo é “mutante” e a educação deve preparar o humano para uma sociedade em constante mudança, em constante dinâmica. • A “Escola Nova” quer se contrapor ao modelo de educação essencialista e propor uma educação existencialista. Para tanto, a criança será o sujeito (pedocentrismo).
  • 15. Antecedentes de tendência escolanovista • Liberalismo. • Revolução Industrial. • Rousseau e sua “revolução copernicana”. • Kierkegaard. • Nietzsche. • Pragmatismo. Características gerais da Escola Nova (Aluno/Professor) • O aluno é o centro do processo educativo. • Há preocupações com a natureza psicológica da criança. • O professor é uma espécie de “facilitador” do processo.
  • 16. Metodologia • Aprender fazendo. • O objetivo da educação é o homem integral (razão sentimentos, emoções e ações). • Aprendizagem mediante pesquisa e projetos. Disciplina • O foco não está na disciplina, mas na capacidade de adaptação ao meio (visto a sociedade estar em constante mudança).
  • 17. TENDÊNCIA TECNICISTA 4.1 Contextualizando • Com o anacronismo da Escola Tradicional, novas propostas surgem; entre elas, citamos a tendência tecnicista da educação. • A partir da década de 60 do século XX, um modelo empresarial torna-se referência de produção: o taylorismo (baseia-se na especialização de funções, onde há a separação do setor de planejamento e o setor de execução do trabalho). • Esta mentalidade empresarial ganha terreno no campo educacional (iniciado pelos EUA).
  • 18. Características gerais da tendência tecnicista • Objetivo: adequar a educação às exigências impostas pelo mercado (exigências técnicas e tecnológicas). • Conteúdo: informações objetivas para a adaptação do indivíduo ao mercado de trabalho. • Método: inspirado no taylorismo, ou seja, divisão de tarefas com especializações. • Avaliação: verificação dos objetivos propostos. • Meios didáticos: valorizam-se os meios tecnológicos. • Professor: um técnico que, por meio de recursos técnicos, transmite as operações técnicas.
  • 19. Pressupostos filosóficos • Empirismo: o conhecimento é objetivo. • Positivismo: o conhecimento se restringe ao científico. • Behaviorismo: controle do comportamento. Críticas • A crítica à tendência tecnicista da educação se insere num contexto maior: a crise da razão contemporânea (Habermas). • Segundo Habermas, a razão instrumental submete e coloniza a razão comunicativa. A importação do tecnicismo no Brasil • O movimento de industrialização do Brasil (a partir de 1950). • O golpe militar (1964).
  • 20. TEORIAS ANTIAUTORITÁRIAS Contextualizando • Uma das mais radicais críticas feitas à Escola Tradicional foi a denúncia de seu caráter autoritário. • Muitos teóricos – deixando de lado busca de outros métodos e processos – enfatizam a recusa do exercício do poder, a educação deve ser realizada para e em liberdade. • Aqui temos várias tendências: liberais, marxistas, anarquistas, etc. • Uma das grandes influências foi a psicanálise de Freud: id, ego e superego.
  • 21. Características gerais • Relação professor/aluno: a visão do aluno como centro é levada à radicalidade; o professor não dirige, mas cria as condições de atuação da criança (facilitador). • Conteúdo: não pode ser dogmático e nem resultar de exposição magistral, mas precisa ter ressonância nos interesses dos alunos (ligado à experiência de vida). • Metodologia: baseia-se na autogestão; o professor não “prepara” aula, mas direciona a aula. Aqui temos as “comunidades de aprendizagem”. • Avaliação: desprezam-se os instrumentos clássicos da avaliação e visa-se uma autoavaliação. • Disciplina: resulta da autonomia e nunca é imposta.
  • 22. Principais linhas pedagógicas • Pedagogias não-diretivas: baseada em Carl Roger (1902-1987), o homem é capaz de resolver por si mesmo seus problemas, bastando que tenha autocompreensão ou percepção do eu. O educador, então, deve propiciar condições para que o sujeito assuma sua existência. • Escola libertária: Ferrer (1859-1909) defendia que a atuação do professor fosse mais efetiva no início para, depois, tornar-se menos diretiva. Foi influenciado pelo anarquismo e racionalismo iluminista. Pedagogias institucionais • Os principais representantes são: Michel Lobrot, Fernand Oury e Aída Vasquez. • A proposta é uma pedagogia da liberdade – negando a autoridade – por meio do aspecto sociológico (por isso o termo “institucional”).
  • 23. TEORIAS CRÍTICO-REPRODUTIVISTAS Contextualizando • A partir da década de 60 do século XX, diversos teóricos franceses chegaram à conclusão de que a escola não consegue equalizar as relações sociais, tornando-se, assim, reprodutora de um sistema de exclusão. • Desta maneira, uma pedagogia baseada na crítica à reprodução do status que era o que pretendiam tais teóricos.
  • 24. Bordieu e Passeron: a teoria da violência simbólica • Bordieu e Passeron desenvolveram uma ampla pesquisa sobre a instituição escolar e chegaram à conclusão que na escola (universo micro) havia uma reprodução da sociedade (universo macro). • Para eles, a escola não é uma ilha separada de um contexto social, mas o sistema social marca fortemente os rumos da instituição escolar. • Para os franceses, o fato de “obrigar” a reprodução dos sistemas sociais cria uma cultura de “violência simbólica”: aquela exercida pelo poder de imposição das ideias transmitidas por meio da comunicação cultural, da doutrinação política e religiosa, etc. • A escola constitui um instrumento de violência simbólica porque reproduz os privilégios existentes na sociedade. A escola, no fundo, perpetua um estilo de vida burguês (e aquelas crianças que provém de famílias burguesas terão muito mais facilidade de adaptação; com isso, o índice de evasão escolar das classes menos favorecidas é explicado).
  • 25. Althusser: a teoria da escola como aparelho ideológico do Estado • Althusser considera que a função da escola deve ser compreendida não de forma isolada, mas contextualizada: ela está inserida numa sociedade capitalista e esta necessita de aparelhos ideológicos para a reprodução de seu sistema. • Suas ideias são fortemente marcadas pela análise marxista. • A função da ideologia, então, é a reprodução da sociedade. • Os aparelhos ideológicos do Estado podem se apresentar de duas maneiras: repressivo (sistema de coerção) e ideológico (religião, escola, família, sistemas jurídicos e políticos, meios de comunicação, meios culturais, etc.)
  • 26. Baudelot e Establet: a teoria da escola dualista • Para Establet e Baudelot, se vivemos em uma sociedade dividida em classes, não podemos falar de uma “única escola”. Existem, na realidade, duas escolas radicalmente diferentes quanto ao número de anos de escolaridade, aos itinerários, aos fins da educação. • Em outros termos, existe uma escola dos “ricos” e uma escola dos “pobres” e, assim, desde o começo os filhos dos proletários estão destinados a não atingir níveis superiores.
  • 27. DESESCOLARIZAÇÃO DA SOCIEDADE Contextualizando • A década de 70 do século XX foi fértil em críticas à escola e propostas para alternar a sua situação inserido neste contexto, Ivan IIIich apresenta uma proposta radical a desescolarização da sociedade. • Para ele, a solução para a educação não seria uma reforma nos métodos ou currículos, mas no questionamento sério se realmente a escola é o único e o melhor meio de educação. • Em um mito marcado pelo controle das instituições, a escola escraviza mais que a família, devido à estrutura sistemática e organizada, à hierarquia, aos rituais das provas e ao mito do diploma. Uma sociedade assim estruturada desconsidera o aprendizado real, encarando com desconfiança aquele que aprende sem estar na escola.
  • 28. Sociedade sem escolas • IIIich afirma que o vertiginoso progresso científico levou o homem à alienação e que é importante desmistifica o ideal de progresso e de consumo insaciável (complexo de Prometeu), onde a escola apenas aumenta esta sede insaciável de estabilidade econômica. • A saída seria um novo estilo de vida, onde as “redes de comunicação culturais” se encarregassem de educar o humano (e não apenas instruí-lo tecnicamente). • No fundo, a crítica que IIIich faz à escola é: será que, realmente, este modelo educacional que possuímos é eficaz?
  • 29. AS TEORIAS CONSTRUTIVISTAS Contextualizando • As teorias construtivistas propõe, de modo geral, a interação entre a história individual com a história social, ou seja, leva em consideração a construção da pessoa por meio de suas situações individuais e suas situações circunstanciais (“Eu sou eu e minhas circunstâncias” – Ortega y Gasset) • A intenção do construtivismo é visualizar o processo educativo como uma complexidade e dar conta de tal por meio de estudos de psicologia e medicina. • Do ponto de vista antropológico, os construtivistas superam a visão metafísica e naturalista do ser humano. A abordagem antropológica é vista sob o prisma histórico-social, isto é, por meio de suas relações interpessoais e pela ação sobre o mundo.
  • 30. • Do ponto de vista epistemológico, os construtivistas superam o inatismo e o empirismo e propõe uma concepção de conhecimento interacionista ou construtivista; para eles, o conhecimento não é inato e nem apenas adquirido; é dado pela interação entre sujeito e objeto mediante uma realidade histórica. O conhecimento se constrói a partir de etapas, nos quais a criança organiza o pensamento e a afetividade. A epistemologia genética • Jean Piaget (1896-1980) analisou o processo educacional a partir da epistemologia genética. • Elaborou a ideia da psicologia genética, que investiga o desenvolvimento cognitivo, dividido em 04 estágios: sensório- motor (0-2 anos), intuitivo ou simbólico (02-07 anos), operações concretas (07-14 anos) e operações formais (14 anos em diante). • A passagem de um estágio para outro somente se efetua mediante mecanismos de organização e adaptação.
  • 31. A psicogênese da escrita • Emília Ferreiro, aluna de Piaget, abordou a teoria de seu mestre no processo de aprendizado: como a criança realiza a construção da linguagem escrita? Qual a natureza da relação entre o real e sua representação? • Ao realizar a psicogênese da escrita, Ferreiro descobre que a criança “reinventa” a escrita e, por isso, o professor precisa estar atento ao mundo semântico da criança. • Percebe-se, aqui, o caráter não empirista da teoria, que acentua a participação ativa do sujeito no processo de alfabetização.
  • 32. A psicogênese da escrita • Vygotsky (1897-1934) analista a psicogênese na construção do pensamento e da linguagem. Nele foi marcante o pensamento marxista e o método dialético. • A preocupação com o desenvolvimento do comportamento resulta da constatação de que todos os fenômenos psíquicos são processos em movimento, possuem uma história e que o mecanismo de mudança individual tem sua raiz na sociedade e na cultura. • O que caracteriza, realmente, a psicogênese humana é a internalização das atividades socialmente enraizadas e historicamente desenvolvidas. • Ao analisar as operações superiores, Vygotsky utiliza o conceito de mediação, segundo o qual a relação do homem com o mundo não é direita, mas mediada pelos sistemas simbólicos.
  • 33. TEORIAS PROGRESSISTAS Contextualizando • Diante da novidade e dos fracassos experiências da Escola Nova, buscou-se um novo caminho: as teorias progressistas (termo retirado de um livro de Georges Snyders). • As teorias progressistas, no fundo, buscam fugir do “lado inocente” da educação, ou seja, toda educação é intencional.
  • 34. Características gerais • Relação entre educação e transformação social: descoberto o caráter político da educação, cumpre construir uma pedagogia social e crítica. • Escola: elemento de continuidade, mas, também, de ruptura. Ela deve ser um local de socialização do conhecimento elaborado. • Função da escola: durante muito tempo a escola foi o elemento de ruptura entre o trabalho intelectual e o trabalho manual, entre e teoria e a prática. A educação progressista quer formar o homem pelo e para o trabalho. • O conceito de trabalho: integrar o trabalho à escola como atividade existencial humana fundamental e não como passatempo acessório ou simples aprendizagem técnica. • Professores: formados para a prática transformadora, que tenha a competência técnica, mas, também, um compromisso político e social.
  • 35. Uma extensa lista • Aqui se encaixam várias teóricas: Makarenko, Pistrak, Gramsci, Freinet, Lobrot, Ferrer, Arroyo, Vygostsky, Charlot, Suchodoisky, Paulo Frere.