5. Antecedentes
No início do século XX a Rússia
ainda sustentava um regime
czarista, absolutista.
A Rússia era o país europeu
com o menor grau de
industrialização e dependente do
investimento estrangeiro. Boa
parte das industrias russas
contavam com a participação
estrangeira.
As liberdades eram restritas
devido ao modelo político.
A Igreja Ortodoxa dominava o
ensino e possuía privilégios
Havia concentração fundiária, e
os nobres proprietários
(conhecidos como boiardos)
possuíam privilégios
Os camponeses, conhecidos
como mujiques, trabalhavam em
um regime parecido com o
6. Movimentos oposicionistas
Toda forma de contestação do regime czarista era
duramente reprimido e colocado na ilegalidade.
Esses movimentos se tornam comuns em fins do século
XIX
Niilistas – eram anarquistas que baseavam seu
movimento na prática de atentados.
Populistas Narodiniques- eram socialistas com base
na comunidade rural camponesa (MIR)
Partido Socialista-Revolucionário (1901)composto por camponeses e intelectuais
Kadet (1905)- Partido Constitucional Democrata,
formada pela frágil burguesia russa. Era politicamente
fraco
7. Formação do Partido Operário
Social- Democrata Russo
Formado em 1898 por intelectuais.
Conseguiu maior expressividade, e
acabou reunindo várias propostas
antagônicas sendo divido em 1903.
MENCHEVIQUES (minoria) –
pregavam uma revolução nos moldes
franceses e tinham como principal líder
Martov.
BOLCHEVIQUES (maioria)- Defendiam
uma revolução socialista com
participação de operários e camponeses.
Defendiam o caráter revolucionário do
partido e a disciplina como forma de se
atingir o poder. O principal líder era
Lênin.
8. Ensaio Geral (1905)
Guerra Russo-japonesa pela
dominação da Coréia e da
Manchúria
Crises de abastecimento
Altas taxas inflacionárias
Greves gerais
“Domingo Sangrento”- Massacre de
populares que manifestavam-se
contra o Czar Nicolau II
Insurreições em várias partes do
país.
Manifesto Czarista- o czar
pressionado lança a proposta de
um regime representativo com a
instauração de um parlamento que
ficou conhecido como DUMA.
9. Duma- O parlamento russo
Ficaram conhecidos como
outubristas os grupos que
aceitaram a proposta do
czar, burgueses em sua
maioria.
Anos mais tarde, o czar
toma medidas restritivas à
atuação do parlamento,
gerando grande
insatisfação .
Um exemplo dessa política
despótica, foi a entrada na
2ª Guerra sem a consulta
da DUMA que estava
suspensa.
10. A Rússia na Primeira Guerra
Mundial
A Rússia entrou na Primeira Guerra ao lado das
potências Centrais.
No entanto, devido ao atraso de seu
desenvolvimento apresentou técnicas de guerra
obsoletas, com poucos recursos bélicos
modernos. Além do grande contingente militar,
pouco eficaz e sofrendo duras crises de
abastecimento.
Essa situação levou a uma situação de
insatisfação geral que culminou no processo
revolucionário de 1917.
11. O contexto da revolução
O Czar sinaliza uma perda de controle sobre o
país. A máquina administrativa era
incompetente, dispendiosa e inoperante.
O conselheiro místico e charlatão Rasputin faz
com que o czar despreze, ainda mais, o povo.
A guerra abalou a economia levando a uma
grave crise econômica.
A guerra gerou um trágico saldo de 5 milhões de
mortos.
Em fevereiro de 1917 o czar é deposto
12. Revolução de Fevereiro de
1917
Revolução liderada pelos mencheviques,
tinha, portanto, o caráter liberal-burguês
Kerensky assume o controle da DUMA
Os revolucionários questionam a
insistência do governo revolucionário em
manter a Russia na Primeira Guerra
Mundial
13. As Teses de Abril
Lênin retorna do exílio
“Paz, terra e pão”
“Todo poder aos sovietes”
Trostsky cria
a Guarda Vermelha
Em outubro de 1917 o Soviete de
Petrogrado, liderado por Trostsky ataca o
Palácio de Inverno e os Bolcheviques
tomam o poder
15. O governo de Lênin
Lênin assume o comando da
Rússia.
Tratado de Brest-LitoviskyRetirada da Rússia da Primeira
Guerra
A Rússia afunda em uma
sangrenta guerra civil
Início da reforma agrária
Nacionalização da economia
Os Sovietes passaram a ter o
controle sobre a indústria
O czar e sua família são
fuzilados
16. NEP- Nova política Econômica
Plano de recuperação da economia russa
Introdução de elementos capitalistas,
conciliados com base socialista
“ Um passo para trás para dar dois passos para
frente”
Comércio livre de pordutos agrícolas
Em 1922 é criada a URSS ( União das
repúblicas Socialistas Soviéticas).
17. A sucessão de Lênin
Lênin morre em 1924.
Trotsky – Revolução
permanente
X
Stálin- Socialismo em um
só país
18. Stalinismo
Stálin adota um governo totalitário a fim de
consolidar o socialismo na URSS
Promoveu a eliminação da oposição. Trotsky foi
assassinado a mando de Stálin no México, em
1940.
Burocratização estatal
Controle do ensino e dos meios de comunicação
Culto ao líder ( Stálin= Guia genial dos povos)
Propaganda governamental
Homogeneização das nacionalidades nãorussas.
20. Medidas Econômicas
Cancelamento da NEP
Planificação da economia
Coletivização agrícola
A indústria de base passou a receber vultuosos
investimentos
Planos Quinquenais- metas estabelecidas de 5
em 5 anos com grandes investimentos na
indústria de base
Socialismo Real – modelo de socialismo
baseado na planificação econômica,
burocratização e ultra-centralização das
decisões políticas
23. Os antecedentes...
Ao longo da história, a
China foi explorada
abusivamente por europeus,
principalmente pela
Inglaterra no século XIX.
Essa exploração foi muito
profunda, pois as elites
locais apoiavam essa
dominação ao embasaremse na filosofia
Confucionista, que pregava
o respeito à hierarquia e ao
passado, mantendo as
tradicionais estruturas de
privilégios existentes
25. Revolta dos Boxers (1898-1901)
Ocorreu no final do século XIX para o início do século XX, simbolizou
a insatisfação com a intromissão estrangeira, promovendo uma
tentativa de derrubada dos valores ocidentais que eram impostos e a
miséria que assolava a China.
Embora a revolta tenha fracassado, ela despertou o
descontentamento geral; mostrou que era possível pelo menos tentar
lutar contra o status quo em que se encontravam. A chama
revolucionária fora acesa, conscientizando a população de que a
dinastia Manchu, que então governava a China e apoiava a
dominação internacional, era responsável pela miséria do país.
26. Sun Yat-Sen e a União pelo
Renascimento da China
O inconformismo, com a presença estrangeira,
tem seu maior intérprete na figura venerável do
médico Sun Yat-Sen, considerado o patriarca
da China Moderna, que fundou em 1894 a
União pelo Renascimento da China, cujo
programa tinha por base o nacionalismo e a
modernização do país.
Sun Yat-Sen foi exilado, devido à propagação
de suas ideias. No entanto, o discurso político,
tanto de Sun Yat-Sen quanto de seus aliados,
passou a atender mais aos interesses de uma
burguesia ocidentalizada que surgia, do que às
necessidades da grande parte dos chineses
que viviam em areas rurais em péssimas
condições de trabalho e de sobrevivência.
27. Proclamação da República
Chinesa ou Primeira Revolução
Chinesa
Revolução Xinhai
(1911)- colocou fim
no sistema
monárquico chinês,
com a proclamação
da República da
China e a deposição
do último imperador
Pu-Yi.
28. A formação da Kuomintang
A Kuomintang ( Partido Nacional do
Povo) foi formado no contexto da
proclamação da república em 1911.
Sun Yat-Sen assumiu o governo
provisório, mas renunciou logo em
seguida por não conseguir o apoio
da tradicional elite rural chinesa.
Para decepção geral, assume a
presidencia o despótico general
Yuan Shin-kai, que acaba por fazer
maiores concessões aos
estrangeiros devido ao escasso
apoio interno e a desorganização
geral do país
29. A consolidação de um poder republicano
central
O desaparecimento do poder
central acelerou a proliferação
pela China das trágicas figuras
dos “senhores da guerra”
(tukiuns), déspotas locais que
possuem exércitos privados,
que ao mesmo tempo em que
espoliam os camponeses, além
de lutarem entre si. Desde a
morte de Yuan, o impopular
general-presidente, até o
surgimento do novo "homem
forte", o general Chiang Kaishek (a partir de 1926), o país
se encontrará dilacerado pelos
conflitos internos.
31. Chiang Kai-SheK
Chiang Kai-Shek foi o
responsável pela unificação da
China contra os “senhores da
guerra”, que dominavam
importantes regiões do país.
Se tornou o líder da República
da China em 1928.
Suas propostas nacionalistas
excluíam o povo do poder e
reforçava a ocidentalização da
sociedade.
32. Formação do Partido Comunista
Chinês
A tomada do poder pelos bolcheviques na Rússia, em 1917,
teve enorme repercussão sobre os povos coloniais.
A partir de 1918 registra-se internacionalmente uma radical
mudança na postura em relação às regiões dominadas pelas
potências européias. Lênin tinha uma proposta radical,
recomendando aos asiáticos e aos africanos que lutassem
contra o colonialismo, que dessem fim à dominação
imperialista.
A população chinesa se organiza e surgem movimentos
contra o tratado de versalhes, como o Quatro de Maio, que
reuniu mais de 3 mil estudantes
Até então, as idéias socialistas eram restritas a um escasso
grupo de intelectuais ocidentalizados que se concentravam
em Pequim. Os principais textos marxistas, como o
"Manifesto Comunista", haviam sido publicados em 1906 e de
forma completa em 1919/20. Somente em 1923 começaram a
serem editadas as traduções sistemáticas de Marx, Engels e
Lênin.
33.
Em 1919, com o fim da Primeira Guerra, estourou uma onda de
contestações às concessões dadas às potências imperialistas
sobre a China pelo Tratado de Versalhes.
Intelectuais discutiam o marxismo, adaptando aos poucos a ideia
de proletariado ao “mar de camponeses” que compunham a China
e em 1921 foi criado o Partido Comunista Chinês.
Até meados da década de 20 não houveram muitos atritos entre o
Kuomintang e o PCC, que crescia de forma exponencial. A
ausência de atritos estava relacionada a uma necessidade comum,
que era a autonomia frente ás potências ocidentais , resultando em
uma Frente única contra o imperialismo e o poder dos “senhores da
Guerra”
34. Kuomintang X Partido Comunista
Chinês
A partir de 1925, Chiang Kai-shek assumiu o comando do
exército nacionalista e iniciou uma política agressiva contra o
PCC e os chefes militares locais. Isso fez romper-se a Frente
Única e iniciar uma guerra civil em 1930. Os chefes militares
passaram a apoiar Kai-shek por medo da efervecência
popular e do próprio PCC.
Chiang também foi bem visto pelas potências invasoras, que
passaram a ver o Kuomintang como vital para a manutenção
da China sob seu domínio.
O PCC sofreu derrotas em Xangai e Pequim e rumaram para
o campo. Passaram a organizar suas bases de apoio e em
1931 proclamaram a República Soviética da China ao leste o
país, dando força e coesão ao movimento comunista.
Enquanto isso, Chiang mantinha unidade do país sob aval de
uma série de acordos com os chefes militares locais, os
únicos que comprometiam a própria unidade política nacional.
35.
Aproveitando a fragilidade e indefinição político-territorial
chinesa, o Japão invadiu a Manchúria (região nordeste
do país) em 1931, estabelecendo um estado satélite.
Invasão esta, que serviu de ingrediente à já saturada
panela de pressão que levaria à Segunda Guerra
Mundial.
O Kuomintang estava pressionado por todos os lados:
invasão japonesa, pressão internacional e a expansão
do PCC no campo. Em 1934, os nacionalistas
(Kuomintang) organizaram uma massiva campanha
militar para acabar com o avanço do PCC
37. A Longa Marcha
O líder do PCC, Mao Tse Tung, diante das
derrotas nas cidades e receosos com as
ofensivas da Kuomitang, defendeu o início da
Revolução a partir do campo.
Esse movimento de reclusão na região
nordeste ficou conhecida como Grande
Marcha e matou cerca de 80 mil comunistas.
39. O processo revolucionário
Os japoneses invadiram
o território chinês pouco
antes do início da
Segunda Guerra Mundial.
Chiang Kai-Chek
concentrou os esforços
militares no combate aos
comunistas, o que gerou
uma queda na
popularidade do governo.
Para reveter a situação, o
líder da Kuomintang
aceita fazer uma aliança
com o PCC contra o
inimigo comum, o Japão.
40.
Com o início da Segunda Guerra os
combates entre a Kuomintang e o
PCC recomeçaram.
A União Soviética, estava muito
envolvida com seus problemas pós
Segunda Guerra e não apoiou
efetivamente o Exército Popular de
Libertação, que mesmo sem tal ajuda
continuou avançando contra o
Kuomintang.
Em 1949, Mao realiza uma grande
ofensiva que levou à fuga de Chiang
kai-Shek e seus aliados para a ilha
de Formosa (Taiwan) onde
estabeleceram um governo apoiado
pelos E.U.A.
Mao Tse Tung assume o governo da
China Ocidental. Era o início da
República Popular da China.
43. Maoísmo
Mao Tse Tung, lider da Revolução, adaptou a
teoria marxista para o contexto chinês.
A China era uma imensa nação, agrícola, com a
maior parte da população empobrecida e
vivendo na zona rural.
Mao contemplou essa realidade agrária,
dirigindo o movimento para esse setor.
Defendeu a preservação da cultura nacional e
ao mesmo tempo propagou as ideias
internacionalistas do marxismo, como a luta de
classes.
45. As realizações da República
Popular da China
Instalação de um regime ditatorial
Perseguição aos membros da Kuomintang
“Tribunais do Povo”- responsáveis pelo julgamento dos
grandes proprietários.
A partir de 1952 começa o processo de estatização
completa da economia.
Aproximação díplomática com a URSS
Investimentos na economia foram realizados através de
empréstimos concedidos pela URSS.
Criação de Planos Quinquenais para impulsionar o
desenvolvimento da indústria pesada, conseguindo altas
taxas de crescimento da economia.
Criação de cooperativas e coletivização de pequenas
propriedades.
Fim da liberdade de expressão, censura rígida.
48.
O II Plano Quinquenal
não apresentou os
resultados esperados,
pois acabou privilegiando
setores de base não
concentrando maiores
esforços para
desenvolver a agricultura
e a melhoria nas
condições de vida da
população.
O resultado foi uma
intensa onda de fome e
de insatisfação com o
modelo stalinista.
49.
A decisão de Mao Tse-Tung de adotar o “Grande
Salto para Frente” decorreu da percepção de que
o modelo stalinista de desenvolvimento era
inadequado para a China
O desenvolvimento agrícola passou a ser
privilegiado com grandes obras de drenagem e
irrigação. Era preciso acabar com a fome na
China
Desconcentração da produção industrial
Investimento de infra-estrutura, construção de
estradas
50. O rompimento com a URSS
Em 1960 Mao Tse-Tung rompe
oficialmente com a URSS. Vários fatores
contribuíram para esse acontecimento,
dentre eles as discordâncias ideológicas e
o não-fornecimento de armas atômicas
para os chineses, conforme o prometido
por Kruschev.
51. A Revolução Cultural Chinesa
(1966-1976)
No início da década de 60, Mao enfrentava a perda de
apoio de uma parte importante do PCC. Para afirmar
seu poder, buscou apoio nas massas.
A essa tentativa de angariar a devoção irracional das
massas por meio de um trabalho de manipulação
ideológica, dá-se o nome de “Revolução Cultural”
Incitou um culto a sua figura, a rejeição aos valores
burgueses e individualistas e aos velhos costumes.
Inúmeros dirigentes do PCC foram presos e enviados a
campos de trabalho forçado
Surgimento dos Guardas Vermelhos, voluntários
responsáveis por monitorar a sociedade, extirpando
elementos opositores
Culto ao Livro Vermelho, que continha toda a ideologia e
os rumos propostos por Mao
52. O fim da Revolução Cultural
A Revolução Cultural chegou ao fim em
1976 com a morte de Mao
Após a morte do grande líder, um experseguido político passa a se aproximar
do poder, reabilitando antigos dirigentes
do PCC
Deng Xiaoping assume o comando da
China
57. Antecedentes
Ditadura de Fulgêncio Batista
Subiu ao poder através de
um golpe em 1952
Concentração fundiária
Pobreza
Participação do capital e do
interesse norte-americano
Intensa repressão aos
opositores políticos
Censura
Distanciamento da
população da vida política
Governo elitista que
defendia os interesses da
elite econômica e do capital
estrangeiro
58.
Cuba se tornou
um importante
destino turístico
norteamericano. O
luxo e o glamour
exibido em
hotéis e
cassinos
contrastava com
a realidade do
povo cubano
59.
Os primeiros passos da Revolução
Cubana
Jovens guerrilheiros, liderados por Fidel Castro, tentam
assaltar um quartel para conseguir as armas
necessárias para dar início a uma campanha contra a
ditadura de Fulgêncio.
O movimento conhecido como “Assalto à Moncada” foi
fracassado e os principais lideres exilados no México.
Durante o exílio Fidel Castro conheceu Che Guevara
que se propôs a ajudar numa possível invasão de Cuba.
60.
Em 1956, a bordo da lancha Granma, 82
guerrilheiros tentaram invadir Cuba, sem sucesso.
Fulgêncio Batista reprimiu o movimento
executando 70 pessoas.
O clima revolucionário começa a ganhar
expressividade. E os guerrilheiros adotam novas
estratégias para colocar fim na ditadura vigente.
Eles vão iniciar uma guerrilha na região
montanhosa de Sierra Maestra.
61. Guerrilha de Sierra Maestra
(1956-1959)
Os líderes da revolução Fidel e Raul Castro, Ernesto
Guevara e Camilo Cinfuegos, formaram os “focos
guerrilheiros” dentro das matas da Sierra Maestra.
Em pouco tempo, foram ganhando a simpatia da
população, oferecendo ao povo educação e assistência
médica.
Esse apoio acabou levando um pequeno grupo de
rebeldes a se tornarem um grande “Exército
Revolucionário”. Tomando aos poucos cidades, e
ganhando adeptos .
O ponto mais importante desse período foi a tomada da
província de Santa Clara próxima á Havana. Acuado
pela guerrilha descontrolada, Fulgêncio foge para a
República Dominicana, abrindo espaço para a
consolidação de um novo governo.
64. Características iniciais do Governo
de Fidel Castro
Inicialmente a revolução não teve o
caráter socialista. A revolução e o novo
governo tinham como principal
característica a luta contra o imperialismo
e a tirania da ditadura de Fulgêncio
Batista.
No entanto, as principais medidas
nacionalistas tomadas por Fidel abalaram
as relações com os E.U.A
65. Principais medidas do Governo de
Fidel
Reforma agrária e urbana
Nacionalização dos investimentos
estrangeiros
Fuzilamento e exílio de adeptos de Batista
Investimentos na educação e na saúde
Redução no preço dos artigos de primeira
necessidade, além de livros escolares,
remédios e aluguéis.
67. A aproximação de Cuba e a URSS
Os E.U.A, em resposta ao processo de
nacionalização da economia, rompem seus
laços diplomáticos com Cuba
Devemos considerar o contexto da Guerra Fria
e a bipolarização do mundo.
Esse contexto e a necessidade de um apoio
financeiro levaram Fidel a uma aproximação
com a URSS.
Em 1961, Fidel anúncia o caráter socialista de
seu governo. Foi instituído o unipartidarismo, a
estatização da economia e uma política de
controle de informações, além da censura.
68. Os E.U.A e o desembarque da
Baía dos Porcos
Ainda em 1961, os dissidentes do governo de
Batista aliados a forças da C.I.A tentataram
invadir Cuba e depor o Governo de Fidel.
O movimento é reprimido e Fidel, numa
estratégia ousada, trocou os prisioneiros por
remédios para o abastecimento das farmácias
locais.
69. Crise dos Mísseis
Fidel autorizou o governo
soviético de Kruschev a
construir bases de
lançamento de mísseis na
ilha.
Em represália, os E.U.A
realizaram um cerco naval
à ilha, ameaçando atacá-la
caso os mísseis soviéticos
não fossem retirados.
Esse é o momento mais
tenso da Guerra Fria,
tendo como desfecho a
desativação dos mísseis.
72.
Che Guevara se tornou um grande herói socialista na América.
Seu nome e sua imagem são propagados até hoje, sem que sua
participação efetiva nos movimentos revolucionários seja
contemplada.
É importante ressaltar que Che se afastou na década de 60 do
cenário político cubano, por acreditar que a revolução deveria se
estender por outros lugares da América.
Reapareceu na Bolívia , em 1967, numa tentativa frustada de
estender a revolução para o país. Acabou sendo capturado, anos
depois e morto. Era o fim para o guerrilheiro mais aclamado da
América. Mas devemos ter sempre o cuidado de não mistificar a
importância de Che em detrimento de outros revolucionários tão
importantes quanto ele.
73. O fim da Guerra Fria e a crise
econômica cubana
A crise e fim do regime soviético abalou a
economia cubana levando a uma grave crise de
abastecimento.
O racionamento de produtos e o sucateamento
da produção geraram forte impacto na
população e nas possibilidades de crescimento
do país.
Para tentar reveter a situação, Fidel passou a
investir no Turismo, reduziu os efetivos do
Partido Comunista, busca por novos parceiros
comerciais além da permissão para o
ressurgimento do emprego autônomo.
74. O fim do Governo de Fidel
A partir de 2006 é iniciado o processo de afastamento de Fidel do
poder, por razões de saúde.
O poder passa para as mãos de seu irmão Raul Castro.
Em 2008, através de eleições questionáveis, Raul é eleito o novo
Comandante de Cuba, assumindo definitivamente o poder.
Raul promoveu algumas tímidas reformas da economia, o que
levou a uma corrente de especulações quanto ao fim do regime.
No entanto, a permanência tanto da censura quanto do
unipartidarismo afastaram os rumores do declínio do regime
socialista.
Por ser a única nação socialista na América, e pelo isolamento
imposto pelos E.U.A, Cuba enfrenta desafios complexos para
manter uma economia viável e um desenvolvimento humano. A
pobreza e a obsoleta economia são um dos maiores problemas
enfrentados por Raul.
78. Um breve histórico do Chile
O Chile era um país com características bem comuns ás nações que
derivaram de um passado colonial de exploração na América.
Diferente de seus vizinhos, o Chile, até 1973, desconhecia a existência de
partidos populistas ou ditaduras militares.
As forças partidárias chilenas dividiam-se entre:
o Partido Nacional , de perfil conservador, que aglutinava a camada
mais rica da população, como os grandes fazendeiros;
a Democracia Cristã , que perfazia aos interesses das classes médias; e
os comunistas e socialistas, que tinham em suas fileiras uma maioria de
operários e intelectuais, mas não formavam um grupo coeso.
79. A formação da Unidade Popular
Em 1970, após inúmeras tentativas fracassadas, as esquerdas
conseguiram se unir, lançando um candidato em comum à presidência da
república: Salvador Allende, senador filiado ao Partido Socialista chileno.
Era uma coligação de esquerda que tinha grupos moderados e radicais,
inclusive o partido socialista, o partido Comunista e a democracia cristã.
O mais radical era o MIR (Movimiento de la Izquierda Revolucionária), única
legenda extremista da coligação.
Mesmo assim, o pleito não foi fácil e Allende só foi confirmado na
presidência pelo Congresso chileno graças ao voto da Democracia Cristã.
Observação: foi a primeira vez na história vamos observar a instauração de
um regime socialista através da via democrática.
80. As medidas do governo de Allende
Nacionalização da economia chilena:
Siderurgia, telecomunicações, minas de
carvão e salitre, ferrovias e bancos.
Planos de elevação dos salários dos
trabalhadores.
Iniciou uma reforma agrária e um
programa contra o analfabetismo
81. As consequências do projeto de
Allende
Um ano depois, nada havia se cumprido e os investimentos na economia
não se realizaram.
No campo, uma onda de invasões de terras levou à paralisação da
agricultura e a uma alta geral dos gêneros alimentícios, estimulando o
crescimento do mercado negro.
O projeto de nacionalização havia estatizado a mineração e outros setores
considerados fundamentais para chegar-se ao socialismo, o que revoltou as
multinacionais. Entre 1972 e 1973, a economia chilena enfrentou uma
grande estagnação.
Diante desse quadro, a classe média, que antes apoiava, ou, ao menos, não
reprovava o governo da Unidade Popular, passou a condená-lo.
Além disso, o contexto da Guerra Fria colocava os E.U.A em alerta por não
ser conveniente a instauração de um governo de orientação socialista na
América do SUl
82. •Não demorou muito para que o Chile se
encontrasse submetido a um bloqueio informal
por parte dos Estados Unidos.
•A estratégia americana foi sufocar
gradualmente a economia
chilena,inviabilizando empréstimos
internacionais e impedindo preços
competitivos para o cobre, principal produto
chileno de exportação
83. O golpe militar de Pinochet
Em setembro de 1973, as forças
armadas do Chile, estimuladas pelo
governo norte-americano, se
rebelaram contra Allende, matandoo e dando início a uma das
ditaduras mais violentas da América
Latina.
O Governo passou a ser
comandado pelo general Pinochet.
Surgimento da Caravana da Morteresponsável pela execução de
milhares de adeptos ao regime de
Allende
85. O fim do regime ditatorial de
Pinochet
A ditadura instaurada por Augusto Pinochet se estendeu até 1988, quando
foi derrotado por um plebiscito popular, convocado para decidir sobre a
permanência ou não do ditador.
Uma eleição é convocada e Patricio Aylwin se torna o primeiro presidente
eleito após anos de ditadura.
Pinochet, entretanto não abandonou o cenário político, mantendo sua
condição de comandante do exército até 1998 e tornando-se senador
vitalício.
86. Operação Condor
A Operação Condor foi uma aliança político-militar entre os vários regimes
militares da América do Sul — Brasil, Argentina, Chile, Bolívia, Paraguai e Uruguai —
criada com o objetivo de coordenar a repressão a opositores dessas ditaduras e
eliminar líderes de esquerda instalados nos seis países do Cone Sul.
Montada em 1975 por iniciativa do governo chileno, a Operação Condor durou até a
onda de redemocratização, na década seguinte. A operação, liderada
por militares da América Latina, foi batizada com o nome do condor, abutre típico
dos Andes que se alimenta de carniça, como os urubus. Estima-se que a Operação
Condor resultou em mais de 400 mil torturados e 100 mil assassinatos.
87. O destino de Pinochet
Em 1998, em viagem à Londres o ex-ditador é preso a pedido de um juíz
espanhol.
No início dos anos 2000, alegando debilidade de saúde, Pinochet é liberado
pelo governo inglês e retorna ao Chile.
Ao chegar no Chile teve suas regalias políticas cassadas e sofreu a
abertura de um processo contra seus crimes.
Faleceu em meados do ano de 2006, deixando para trás um legado de
violência e violação dos direitos diplomáticos do povo chileno.
Pouco antes de morrer, assumiu a responsabilidade pessoal por tudo o
que ocorreu no Chile durante seu governo, declarando assim ter agido por
patriotismo.