2. Definição:
Deficiência intelectual corresponde a expressões
como insuficiência, falta, falha, carência, imperfeição
associadas ao significado de deficiência, que por si só
não definem nem caracterizam um conjunto de
problemas que ocorrem no cérebro humano, e leva
seus portadores a um baixo rendimento cognitivo,
muitas vezes sem afetar outras regiões ou
funções cerebrais. Em psiquiatria também são
designadas descritas como oligofrenias e
retardo mental.
3. A capacidade de argumentação desses alunos
também pode ser afetada e precisa ser devidamente
estimulada para facilitar o processo de inclusão e
fazer com que a pessoa adquira independência em
suas relações com o mundo.
As causas são variadas e complexas, sendo a genética
a mais comum, assim como as complicações
perinatais, a má-formação fetal ou problemas
durante a gravidez. A desnutrição severa e o
envenenamento por metais pesados durante a
infância também podem acarretar problemas graves
para o desenvolvimento intelectual.
4. O Instituto Inclusão Brasil estima que 87% das
crianças brasileiras com algum tipo de deficiência
intelectual têm mais dificuldades na aprendizagem
escolar e na aquisição de novas competências, se
comparadas a crianças sem deficiência. Mesmo
assim, é possível que a grande maioria alcance certa
independência ao longo do seu desenvolvimento.
Apenas os 13% restantes, com comprometimentos
mais severos, vão depender de atendimento especial
por toda a vida.
5. Classificação:
A deficiência intelectual pode ter várias causas, entre
as principais estão os fatores que podem ser
classificados como: genéticos, perinatais (ocorridos
durante a gestação e o parto) e pós-natais. O
diagnóstico correto dos fatores causais no momento
do nascimento pode não só amenizar os sintomas
(prevenção secundária) mas até mesmo evitar o dano
cerebral a exemplo da fenilcetonúriae outros
erros inatos do metabolismo que se não controlados,
entre outros danos, serão causa de lesão cerebral.
6. Caracteristicas:
A principal característica da deficiência mental é a
redução da capacidade intelectual (QI), situada
abaixo dos padrões considerados normais para
idade, se criança, ou inferiores à média da
população, quando adultas. A pessoa com deficiência
na maioria das vezes apresenta dificuldades ou nítido
atraso em seu desenvolvimento neuropsicomotor,
aquisição da fala e outras habilidades, um deficit no
comportamento adaptativo, seja na comunicação
(linguagem), socialização ou aquisições práticas da
vida cotidiana (higiene, uso de roupas, etc.).
7. Benefícios da Educação Física Adaptada para os deficientes
Intelectuais:
A Educação Física tem um papel importantíssimo no
desenvolvimento motor, intelectual, social e afetivo
dos alunos, principalmente daqueles com deficiência.
A Educação Física deve propiciar o desenvolvimento
global de seus alunos, ajudar para que o mesmo
consiga atingir a adaptação e o equilíbrio que requer
suas limitações e ou deficiência; identificar as
necessidades e capacidades de cada educando quanto
às suas possibilidades de ação e adaptações para o
movimento; facilitar sua independência e autonomia,
bem como facilitar o processo de inclusão e aceitação
em seu grupo social, quando necessário.
8. Entre crianças e jovens com e sem deficiência espera-se
um engajamento espontâneo com o exercício, o esporte e
as atividades de lazer. Porém, enquanto os serviços de
educadores físicos estão em alta demanda no mercado de
trabalho, a realidade de consumo de hoje atesta um
paradoxal impacto no aspecto do sedentarismo,
refletindo-se no pobre desempenho motor e
consequências metabólicas desastrosas entre jovens e
adultos (tanto com, como sem deficiência). Serviços de
atividade física adaptada na comunidade ou na escola
baseiam-se em oferta de atividades motoras, jogos e
exercícios estruturados no contexto de recreação,
esporte, dança, atividades aquáticas, e atividades
alternativas.
9. Como se diagnostica a Deficiência
Intelectual?
A deficiência intelectual diagnostica-se, observando
duas coisas:
A capacidade do cérebro da pessoa para aprender,
pensar, resolver problemas, encontrar um sentido do
mundo, uma inteligência do mundo que as rodeia (a
esta capacidade chama-se funcionamento cognitivo
ou funcionamento intelectual)
A competência necessária para viver com autonomia
e independência na comunidade em que se insere (a
esta competência também se chama comportamento
adaptativo ou funcionamento adaptativo).
10. Como lidar com alunos com deficiência
intelectual na escola?
Segundo a psicopedagoga especialista em Inclusão, Daniela
Alonso, as limitações impostas pela deficiência dependem
muito do desenvolvimento do indivíduo nas relações sociais
e de seus aprendizados, variando bastante de uma criança
para outra.
Em geral, a deficiência intelectual traz mais dificuldades
para que a criança interprete conteúdos abstratos. Isso
exige estratégias diferenciadas por parte do professor, que
diversifica os modos de exposição nas aulas, relacionando
os conteúdos curriculares a situações do cotidiano, e mostra
exemplos concretos para ilustrar ideias mais complexas.