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JB NEWS
Filiado à ABIM sob nr. 007/JV
Editoria: Ir Jeronimo Borges
Loja Templários da Nova Era nr. 91(Florianópolis) - Obreiro
Loja Alferes Tiradentes nr. 20 (Florianópolis) - Membro Honorário
Loja Harmonia nr. 26 (B. Horizonte) - Membro Honorário
Loja Fraternidade Brazileira de Estudos e Pesquisas (J. de Fora) -Correspondente
Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas (P. Alegre) - Correspondente
Academia Catarinense Maçônica de Letras
Academia Maçônica de Letras do Brasil – Arcádia de B. Horizonte
O JB News está sendo editado em Caxias do Sul - RS
Saudações, Prezado Irmão!
Índice do JB News nr. 2.283 – Caxias do Sul (RS) – sexta-feira , 30 de dezembro de 2016
Bloco 1-Almanaque
Bloco 2-IrCharles Evaldo Boller – Educação Natural na Maçonaria
Bloco 3-IrSalvador Allende – A propósito do (s) conceito(s) de “Regularidade” na Maçonaria
Bloco 4-IrSérgio Quirino Guimarães – Potência ou Obediência Maçônica?
Bloco 5-IrAnestor Porfírio da Silva – O Livro da Lei e a Vaidade
Bloco 6-IrPedro Juk – Perguntas & Respostas – do IrCícero Luiz Calazans de Lima (Maceió – AL)
Bloco 7-Destaques JB – Breviário Maçônico p/o dia 30 de dezembro e versos do Irmão e Poeta
Adilson Zotovici – (São Paulo -SP)
JB News – Informativo nr. 2.283– Caxias do Sul – RS, sexta-feira, 30 de dezembro de 2016 Pág. 2/34
30 de dezembro
 1352 - É eleito o Papa Inocêncio VI
 1460 – Guerra das Rosas – Batalha de Wakefield: Grande vitória dos Lencastre (ou Lancaster em inglês)
de Margarida de Anjou; Ricardo de York é executado por traição ao rei; o seu filho Eduardo sucede-lhe
como Duque de York
 1853 - Acordada a Compra Gadsden entre os Estados Unidos e o México.
 1851 - Fundação do Condado de Whitfield
 1916 - Grigori Rasputin é assassinado a mando da família imperial russa, para pôr fim à sua influência
sobre a czarina Alexandra.
 1922 - O Conselho dos Sovietes cria a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas
 1927 - Abre a primeira linha de metrô japonesa, em Tóquio
 1944 - O estado de Washington registra sua temperatura mais baixa: -44 °C
 1947 - Sob pressão dos comunistas, Miguel I da Romênia abdica
 1953
o Emancipação do Distrito de Salto de Pirapora - SP, conforme a Lei Estadual n° 2456, de 30 de
dezembro de 1953 (57 anos). Sendo assim desmembrado do município de Sorocaba - SP.
o Criação do distrito de Batinga, na Bahia, através da Lei Estadual nº 628, de 30 de dezembro de
1953 (57 anos), sendo então anexado ao município baiano de Alcobaça.
o Criação do distrito de Ibipetum, ex-povoado de Gameleira, na Bahia, através da Lei Estadual nº
628, de 30 de dezembro de 1953 (57 anos), sendo então anexado ao município baiano de Brotas de
Macaúbas.
Nesta edição:
Pesquisas – Arquivos e artigos próprios e de colaboradores e da Internet
– Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias, de colaboradores e
www.google.com.br
Os artigos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião deste
informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores.
1 – ALMANAQUE
Hoje é o 365 dia do Calendário Gregoriano do ano de 2016– (Lua Nova)
Faltam 1 dias para terminar este ano bissexto
Dia da “Noite dos Prazeres” – (México)
Se o Irmão não deseja receber mais o informativo ou alterou o seu endereço eletrônico,
POR FAVOR, comunique-nos pelo mesmo e-mail que recebeu a presente mensagem, para evitar
atropelos em nossas remesssas diárias. Obrigado.
Colabore conosco para evitar problemas na emissão de nossa mala direta.
EVENTOS HISTÓRICOS
(Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki) Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas
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 1957 - Rede Globo: o Conselho Nacional de Telecomunicações publica decreto concedendo o canal 4 do
Rio de Janeiro à TV Globo Ltda
 1959 - Fundação do município de Solânea
 1962 - Emancipação do município de Olaria e de Ingaí
 1968 - Golpe militar de 1964: divulgada uma lista de políticos cassados
 1972 - Guerra do Vietnã: os Estados Unidos suspendem os pesados bombardeios ao Vietnã do Norte
 1973 - O Vaticano e Israel estabelecem relações diplomáticas
 1998 - Criação do Vale do Aço
 2000 - Sonda Cassini-Huygens faz a maior aproximação ao planeta Júpiter
 2004 - Incêndio na Discoteca República Cromagnon em Buenos Aires mata 194 pessoas e deixa mais de
950 feridos. Ficou conhecido como Massacre de Cromañon, o maior da história da argentina não causado
por acidentes naturais.
1891 Decreto, desta data, da Junta Governativa do Estado, dissolveu o Congresso Representativo e
convocou eleições para outro a reunir-se a 22 de julho do ano seguinte. Ato da mesma Junta
destituiu Lauro Muller e os seus substitutos do exercício do Executivo Estadual.
1835 Circula o último número da Aurora Fluminense, jornal de Evaristo da Veiga.
1837 Fundada a Grande Loja do Texas dos Maçons Livres & Aceitos.
1865 Nasce Rudyard Kipling () poeta e escritor inglês, laureado com o Prêmio Nobel de Literatura.
Fatos históricos de santa Catarina
Fatos maçônicos do dia
Fonte: O Livro dos Dias 20ª edição (Ir João Guilherme) e acervo pessoal
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Albergue Noturno Manoel Galdino Vieira
O “Albergue Noturno” é uma entidade administrada por alguns abnegados irmãos da
Maçonaria catarinense, que ampara todas as noites os necessitados e indigentes, ofertando-
lhes banho, cama limpa, refeições e alguns outros possíveis auxílios básicos.
Os Irmãos que coordenam essa instituição beneficente, que há 80 anos vem prestando esse
serviço fraterno, vêm encontrando sérias dificuldades financeiras para mantê-la. Não existe
qualquer auxílio do Poder Público.
Conclamamos o Irmão a ajudar com qualquer contribuição essa instituição benemérita, que
teve tantos maçons ilustres voluntários que participaram na sua coordenação e apoio,
mantendo-a por estes longos anos.
Faça a sua doação. Colabore. Qualquer contribuição pode não fazer falta para você, mas
fará muito bem aos necessitados de toda a espécie.
(transferências ou depósitos para o Banco SICOOB CREDISC/756 – Ag. 3258, conta
corrente nr. 11347-7 (com recibo de incentivo fiscal) em nome da Caixa de Esmolas aos
Indigentes de Florianópolis CNPJ/MF 83.901-041/0001-86)
Maçonaria também é caridade!
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Ir Charles Evaldo Boller
Curitiba – PR –
Charleseb@terra.com.br
Artigo extraído de sua obra
“Iluminação”
Educação Natural na Maçonaria
A escola pública, na maioria dos países, não contempla a educação natural, aquela que
organiza os valores e princípios internos, preconizada pelo Movimento Iluminista, cujas
bases foram lançadas por Rousseau (1712-1778) e complementadas por Kant (1724-1804). A
educação que humaniza o homem não existe na escola pública moderna, em todos os países.
A escola pública gratuita está voltada mais para a transmissão de conhecimento que para a
formação do homem integral. Inclusive é negligente com a formação humana nos aspectos
de incutir valores e princípios.
O homem não é treinado para pensar, meditar, desenvolver virtudes, emoções,
espiritualidade, mas para ser escravo do próprio homem.
2 – Educação Natural na Maçonaria
Charles Evaldo Boller
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Com raríssimas exceções, escolas particulares educam de fato, incutem valores e
espiritualidade junto com a formação para o mercado de trabalho. Mas estas escolas
normalmente estão fora da realidade econômica da maioria da população.
A transmissão de conhecimentos está voltada para o Comércio e a Indústria,
requisitos do Capitalismo, que exerce domínio absoluto em todos os níveis, em todas as
escolas públicas ou privadas. Ganho financeiro é poder ao qual o homem se submete e tudo
que vier em sua contramão não o motiva. O homem negligencia-se em sua trajetória pela
vida e se favorece o aparecimento de criaturas com graves crises existenciais, frustradas
de tal forma que chegam a não dar mais o devido valor à própria vida.
Vive-se o momento e apenas para si mesmo. Os próprios filósofos alardeiam que a
vida humana não tem finalidade alguma, que em sua jornada pela biosfera o homem é apenas
objeto de eventos aleatórios. Sem a educação natural o homem está condicionado a apenas
gozar da vida e fugir das vicissitudes ao invés de enfrentá-las.
A única perspectiva futura daquele que não obteve este tipo de educação é de sumir
no nevoeiro do tempo de onde lhe foi dito que foi gerado a partir da evolução de bactérias,
algas, fermentos, fungos, esponjas, águas-vivas e vermes, para uma não existência, um
esquecimento eterno.
Abrir escolas incentiva a ciência, mas não intensifica a consciência: sentimento ou
conhecimento que permite ao ser humano vivenciar, experimentar ou compreender aspectos
ou a totalidade de seu mundo interior. Na existência de mais consciência, o número de
vagas ocupadas nas cadeias diminuiria. Mesmo toda a informação e ciência produzidas pelas
escolas podem fechar uma prisão sequer se a sociedade não se conscientizar da
necessidade do desenvolvimento da consciência, da moralidade e do bem.
O que antigamente era desenvolvido no seio da família deveria ser ministrado na
escola pública, já que pai e mãe, quais escravos, são obrigados a trabalhar debaixo do
sistema. Entretanto, a escola pública limita-se em transmitir conhecimento voltado para
mercado de trabalho que escraviza, enquanto o treinamento das emoções, sentimentos,
sentidos e instintos são negligenciados.
Hoje no Brasil o conceito de família não existe mais em termos naturais da união de
homem com mulher: existe a figura do cuidador para estender o conceito aos gays; existe
até projeto para a legalizar do matrimônio bestial entre humanos e animais. Em todas as
civilizações, a degradação da família natural foi sintoma do fim de cada uma das sociedades
onde tal degradação se manifestou. O conceito de família é desmontado para acabar com o
patrimônio: já que acabar com o patrimônio por decreto mostrou ser prejudicial à
concentração do poder político.
Ações, que o bom senso recomenda como fundamentais para diminuir o número de
presidiários e gerar cidadãos felizes, equilibrados e socialmente integrados, não existem.
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A educação dos potenciais latentes em cada um aproximaria o homem de sua condição
humana, mas o que se observa no Brasil é a bestificação das relações humanas com vistas à
conquista do poder político e para o qual o maçom deve ficar atento.
Educação é consciência, instrução é ciência: ambas sustentam o corpo; a mais
importante é a invisível consciência.
Nem religiões, e muito menos governos tratam a educação com a seriedade que
deveriam.
Governos querem transmitir instrução, religiões restringem-se a moral e assim o
homem fica incompleto.
Descartes (1596-1650) disse:
"Toda a filosofia é como uma árvore: as raízes são a metafísica, o tronco é a
física e os ramos são todas as outras ciências".
Usando deste pensamento, o homem moderno está incompleto na raiz.
Não existe alicerce!
Aquilo que não se vê, sabe-se que existe, mas fica enterrado dentro da pessoa. A
escola constrói o homem material, apenas o que da árvore aparece acima do solo; preocupa-
se apenas com tronco e folhas. As raízes são complexas necessidades que dão razão para
viver e não se restringem apenas à moralidade.
A religião deveria preocupar-se com o alicerce e completar o que está invisível, mas
isto não acontece! Centenas as religiões apenas exploram as pessoas em seus metais e as
enganam com fantasias. Durante um curto espaço de tempo até é possível enganar alguns,
mas é difícil manter mentiras por muito tempo. Acrescente-se que todas as religiões
fundamentam seu poder no medo de muitos e na inteligência de um grupo reduzido que lhes
definem os descaminhos, sempre voltados ao domínio e opressão pelo medo.
Todos os esforços, da absoluta maioria das religiões, estão voltados para um aviltante
senhor e único amo: o valor financeiro. A religião coloca de um lado um diabo e de outro um
salvador. Enquanto um leva o homem à perdição o outro supostamente o resgataria. Em
grosso modo, as maquinações teologais buscam fora do homem a solução de suas incertezas
e angústias existenciais: só se manifestam se sua ação for possível de converter em ganho
de qualquer natureza; principalmente financeira e política.
Diante desta realidade, que é constante em todas as civilizações, não se constrói ou
se fortalece a raiz, o alicerce invisível que mantém o homem de pé frente às tempestades e
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incertezas da vida. Fica o homem jogado de um lado ao outro ao sabor de tentações e
redenções.
Na ausência de formação integral e do despertar da consciência o desenvolvimento do
homem fenece e de sua essência lhe apodrece a raiz nos porões da sociedade, raízes atadas
por inquebrantáveis grilhões; indestrutíveis porque são usados voluntariamente, no
exercício do livre-arbítrio.
A consequência do livre-arbítrio é o homem ser o único ator da construção de sua
vida e responsável tanto pelo mal como pelo bem que produz. Ele é responsável por todas as
suas ações, independente de prêmio ou castigo, Céu ou Inferno, ser bom ou mau. Se o
homem não gozasse de projeto que o criou livre e independente, de nada serviria educação
de qualquer tipo; bastaria seguir o que lhe fosse ditado pelos instintos.
Mas não é assim!
O homem é responsável por sua história porque foi dotado de livre-arbítrio e nenhum
intermediário, homem santo ou clérigo religioso o poderá salvar; nem mesmo Deus
interferirá, porque o Grande Arquiteto do Universo criou o homem independente, livre,
dotado de livre escolha. Se o Criador interferisse nas ações da criatura seria como admitir
a existência de erros em seu projeto.
É devido a isto que a Maçonaria ensina que liberdade vem sempre acompanhada de
responsabilidade.
Quem julga é apenas o homem. O Criador não julga a ninguém e muito menos deixaria
sua criação queimar pela eternidade num mar de enxofre e fogo.
Quem escraviza é o próprio homem.
E o que é ilógico, o homem escraviza a si mesmo.
Ao longo da história homem vem explorando homem em seu próprio prejuízo.
É dominado à força ou se deixa dominar em virtude de suas limitações e vícios.
No convívio social eclodem choques de todos os tipos. A violência alcançou patamares
insustentáveis. Se buscadas razões fora de si, a culpa pela violência é do meliante que
pratica a violência. Mas ao lume da fria razão a culpa é partilhada com o omisso que se
prende atrás das grades e muros de seu castelo, pensando que isolando a violência lá fora
será poupado de sua ação.
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Diz o sábio que o silêncio dos bons é tão responsável pela maldade quanto o grito dos
violentos, dos corruptos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética. Será que os maus
ainda constituem minoria? O problema é que a sociedade está cada vez mais tolerante e
omissa no tratamento com o mau.
O egocentrismo cria legiões de omissos e materialistas.
Resguardam-se na ilusão de que o mal nunca cairá sobre eles e por covardia e omissão
deixam o mal crescer. Mas como a realidade mostra, o mal sobrevirá para todos os que o
provocam, seja por ação ou por omissão.
O cidadão bom está por detrás das grades enquanto o meliante está do lado de fora
tentando levar vantagem. A sociedade corre atrás de corrigir o mal depois de feito e pouco
se faz de forma preventiva através da educação.
Se o homem fosse apenas produto do meio de nada adiantaria também qualquer tipo
de educação. Seria simplíssimo! Para resolver os problemas de violência bastaria modificar
as circunstâncias do meio em que o homem vive. Afastá-lo da sociedade que o perverte;
como o Emílio descrito por Rousseau.
Se apenas o meio modificasse o homem para o bem, então todo maçom seria só
candura! Mas a realidade não é assim! Ser bom ou mau é questão de escolha, de exercer o
poder do livre-arbítrio para o bem ou para o mal, e isto é modificável pela educação.
Incentivados pela Maçonaria, autoconhecimento e autorealização são caminhos para
amenizar o mal porque usam do poder do livre-arbítrio do próprio homem para o bem.
Na política, o nebuloso clima de corrupção e a sensação de impunidade deixam a todo
bom cidadão desalentado. Isto porque o homem transfere poder aos maus ao vender seu
voto. Desta forma os maus estão no poder criando leis cada vez mais complexas e
intrincadas de modos que ao meliante fica fácil constituírem defensores matreiros que os
defendam na corrompível Justiça.
E para complicar ainda mais, a Justiça brasileira é tão lenta em responder aos anseios
do bom que é como se ela sequer existisse. A sensação de impunidade é insuportável!
Se a escola pública realmente educasse o homem conforme preconizado pelos
iluministas, e não apenas o instruísse para o trabalho assalariado, a forma de escravidão
moderna, a realidade social seria diferente.
A Maçonaria oferece a educação natural. basta ao maçom aproveitar da oportunidade
oferecida e partir para se auto-educar nos moldes ditados por homens como Rousseau e
Kant. O ideário educacional iluminista traçou o caminho de uma época de escravidão ao
absolutismo imperial e clerical e pavimentaram caminhos para a Democracia e o Capitalismo,
realidades que apresentam hoje outras nuanças e dificuldades.
Os eventos que sucederam os ideários humanitários e pacifistas dos iluministas
tornaram-se sucessões de impérios de terror e amarguras. Para os iluministas do Século
das Luzes a violência desencadeada depois de sua atuação destruiu os resíduos de
esperança que ainda lhes restavam. Foram revoluções e guerras globais revestidas de muita
JB News – Informativo nr. 2.283– Caxias do Sul – RS, sexta-feira, 30 de dezembro de 2016 Pág. 10/34
maldade, do jorrar de muito sangue inocente, de acendimento e manutenção de muito
ressentimento.
A paz só é mantida pela guerra; são guerras preventivas em todos os quadrantes do
Orbe.
A constante é sempre o homem explorando o próprio homem.
Quantos hoje são os que seguem a única lei, a do amor fraterno, ditada por grandes
iniciados do passado? Ritualística, simbologia e alegorias são ferramentas pedagógicas da
Maçonaria programadas como portadoras de mensagens de homens do passado para os
homens ao futuro, que é o hoje. A educação natural preconizada por Rousseau e Kant ainda
está em sintonia com a dinâmica social de nossos dias. Cabe ao maçom usar da oportunidade
que a ordem maçônica oferece e desenvolver em si consciência e valores morais com vistas
à sabedoria que conduz a felicidade da humanidade.
É a razão de ser designado construtor social.
O bom senso indica que a tarefa do malho e do cinzel ainda não terminou. Cabe ao
maçom morrer e renascer diversas vezes e ressurgir sempre renovado de dentro da pedra
bruta e disforme para servir de pedra angular na construção de templos vivos, purificados
da maldade que o homem desenvolve quando se sociabiliza.
Certamente o Grande Arquiteto do Universo, através daquilo que inspira o maçom a
pensar com sabedoria, proverá as Luzes necessárias para iluminar os caminhos do futuro e
usar da Sublime Instituição para a libertação do homem dominado pelo próprio homem.
Bibliografia
1. ARANHA, Maria Lúcia de Arruda, História da Educação e da Pedagogia, Geral e Brasil, ISBN 85-16-05020-3, terceira edição,
Editora Moderna limitada., 384 páginas, São Paulo, 2006.
1. ROHDEN, Humberto, Educação do Homem Integral, primeira edição, Martin Claret, 140 páginas, São Paulo, 2007.
2. ROUSSEAU, Jean- Jacques, Emílio ou Da Educação, R. T. Bertrand Brasil, 1995.
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Ir Salvador Allende,
MM da Loja Salvador Allende
Lisboa - GOL
A propósito do(s) conceito(s) de
“Regularidade” na Maçonaria
I – Introdução
Segundo Daniel Ligou (11), Regularidade é uma das noções mais complexas da Maçonaria já que
Maçons que se afirmam «regulares» não estão, mesmo entre eles, de acordo sobre os critér
de regularidade.
R.Dachez (4) refere que: “uma vez que na utilização maçónica, as palavras “regular”
“regularidade”, fizeram a sua aparição em Inglaterra, desde o início da maçonaria especulat
organizada, será à semântica inglesa que é preciso recorrer”. Por consulta do Oxford Eng
Dictionary, temos, entre outros significados:
-”O carácter do que é uniforme» e “O que está conforme uma norma estabelecida e reconheci
numa palavra «normal» ”. A palavra “regular” distingue assim os maçons «normais», conformes
estatuto corrente e em vigor, que reconhecem uma autoridade oficial, face aos «irregulares»
não fazem parte desse estatuto.
É na segunda metade do século XVIII, no contexto da grande disputa pelo controlo da Maçona
Inglesa, entre as duas Gr. Lojas rivais (G.L.L. – Grande Loja de Londres ou «Modernos» – 1717
a G.L.A. ou «Antigos» - 1751/3»), que se deve compreender a primeira noção de “regularidade”
Neste século, em Inglaterra é regular uma Loja que se submete à autoridade duma Gran
loja e…. lhe paga as capitações. Em contrapartida os seus membros terão direito
Solidariedade dessa Gr. Loja, preocupação essencial aos maçons da época e que, nomeadame
nos «Modernos», deu origem à constituição dum comité de Solidariedade.
Neste quadro, os Regulamentos Gerais («General Regulations») da G.L.L., publicados
Constituições de 1723, definem claramente aquele conceito, no ponto VIII: “se um núm
qualquer de Maçons resolvem entre eles formar uma Loja sem patente do Grão-Mestre, as Lo
Regulares não poderão considerá-los ou reconhecê-los como Irmãos conveniente e correctame
constituídos, nem aprovar as respectivas actividades ou decisões».
A Maçonaria dessa altura ainda não se definia como «ordem iniciática e tradicional» m
essencialmente como «Fraternidade de homens, reunidos em volta dos princípios gerais da mo
cristã, leais aos poderes civis constituídos, engajados na ajuda e na assistência mútua, durant
vida».
3 – A propósito do (s) conceito (s) de “Regularidade” na Maçonaria
Salvador Allende
JB News – Informativo nr. 2.283– Caxias do Sul – RS, sexta-feira, 30 de dezembro de 2016 Pág. 12/34
Na edição de 1738 constam já duas decisões tomadas pela G.L.L. em 1724 e agora integradas
nova edição dos Regulamentos Gerais: “Nenhum dos que formem uma loja estabelecida sem
consentimento do Gr. Mestre, poderá ser admitido nas Lojas Regulares, antes de ser submet
e de ter obtido aprovação» e «Se os Irmãos formarem uma Loja sem autorização e iniciar
irregularmente novos Irmãos, não serão admitidos nas lojas regulares, nomeadamente co
visitantes, antes de efectuarem a sua submissão.”
Vemos pois que a regularidade é então quase exclusivamente um processo administrativo
eventualmente disciplinar. Regularidade administrativa e direito à solidariedade es
indissoluvelmente ligados, nesta maçonaria inglesa inicial. Neste contexto o «reconhecimento
unicamente o procedimento que permite assegurar se estamos em presença dum maçom e
dum estranho. Ligado ao conceito de «regularidade» temos: o sinal, o toque e a palavra de pa
do respectivo grau, que se ensinava ao jovem iniciado como os modos de reconhecimento («mo
of recognition»).
O problema da regularidade é claramente inter-Obedencial, já que entre duas obediências
reconheçam regularidade recíproca ninguém discutirá a legitimidade dum Maçom iniciado nu
loja justa e perfeita. Ainda segundo D. Ligou (11) o problema da regularidade maçónica e
estritamente ligado às concepções que fazem diversas Obediências dos «landmarks», ou seja
concepção doutrinal da Maçonaria.
Por sua vez a «regularização» é, na maior parte da Obediências, um acto predominanteme
administrativo, normalmente traduzido por uma cerimónia que consiste em «regularizar»
Maçom, isto é eliminar-lhe o carácter «irregular», seja pela (re)iniciação ou pela (re)filiaç
devido à pertença anterior a uma Obediência maçónica considerada como irregular, relativame
aquela em que se está a afiliar, ou ainda por ter sido iniciado de modo irregular.
Com a Formação da G.L.U.I. (“Grande Loja Unida da Inglaterra”) em 1813, o GOdF (“Gran
Oriente de França”) passou a considerar-se herdeiro directo das Constituições de Anderson
Obediência mais antiga no activo, não reconhecendo à G.L.U.I. a herança directa da G:.L:.
Londres, pelas alterações doutrinais que entretanto aquela introduziu. Este posicioname
reforçou as divergências entre as duas Obediências, que apesar de tudo e até aqui, mantiver
um relacionamento, sem contudo estar suportado em qualquer tratado assinado mutuamente.
No 3º quartil do Séc. XIX, com a “abolição” pelo GOdF do G.A D.U. do Artigo 1º da Constituiç
agudizou-se o conflito e “cavaram-se trincheiras” entre aquelas que se tornaram as d
principais visões doutrinárias da Maçonaria, a «regular / dogmática», de matriz anglo-saxónic
de cariz mais conservador mas predominante em termos de efectivos, e a «liberal / adogmáti
de matriz mais liberal.
Todo este processo evolui ao longo do último quartil do século XIX até ao século X
desembocando nos critérios que a G:.L:.U:.I:. adopta nos conhecidos «Princípios
Reconhecimento» de 1929.
JB News – Informativo nr. 2.283– Caxias do Sul – RS, sexta-feira, 30 de dezembro de 2016 Pág. 13/34
Neles coexistem os princípios de:
- Regularidade «de origem» (ter sido fundada por 3 lojas ou por uma Grande Loja já regular)
os da
- Regularidade «doutrinal» (trabalhar com as 3 Grandes Luzes, afirmar a existência de De
Grande Arquitecto e da sua vontade revelada e não possuir nenhuma relação com uma Obediên
mista ou feminina).
- Regularidade «territorial» ( só poderá existir uma Grande Loja por país e não poderá cr
oficinas num país onde já exista uma G:.L:. regular.
Obviamente são os princípios da regularidade «doutrinal» que maior peso apresentam ne
diferendo. Em nossa opinião, a atribuição da «regularidade» inter-obedencial tem sido também
instrumento primordial de que se tem servido a maçonaria anglo-saxónica para impor o
domínio hegemónico à escala mundial.
Aqui chegados é oportuno salientar que o «reconhecimento da regularidade» não signif
reconhecimento «tout court», com troca de tratados, garantes de amizade e direito de visita
recíproco. Temos o exemplo da obediência negra de «Prince Hall», já que não podendo duvidar
ingleses ou os americanos da sua «regularidade» (criada por carta patente da G.L. Londres),
restantes obediências anglo-saxónicas não têm relacionamento com ela …..
Por outro lado, a G.L.U.I. reconhece, segundo os seus critérios, «regular» a Grande Loja
Israel, ao mesmo tempo que esta não corresponde aos critérios das Gr. Lojas Escandinavas.
Gr. Lojas Americanas reconhecem na Europa, como regulares, Obediências que a G.L.U
considera como irregulares…. Estes representam somente alguns dos exemplos conhecidos, m
outros se poderiam salientar. Convenhamos que a «regularidade» exigida pelas obediências
raiz anglo-saxónica e em especial pela G:.L:.U:.I:., tem no mínimo algumas nuances curiosa
casuísticas..…
Este diferendo expandiu-se potenciado em estreita relação com as influências geoestratégica
políticas que lhe têm estado de um modo geral subjacentes, a saber, as esferas de influencia
antigo império colonial Inglês, que implementou o modelo anglo-saxónico e as da Maçona
Continental, com especial foco em França (GOdF), países latinos e América Latina, com a adop
duma matriz «liberal / adogmática».
Histórica e «doutrinariamente» podemos remontar génese da disputa às diferenças en
a versão inicial da Constituição (1723) da Grande Loja de Londres (GLL), e as alterações
cariz cada vez mais teísta, provocadas pelas revisões seguintes, sendo as últimas
responsabilidade da G:.L:.U:.I:. (mas isto foi só o início da guerrilha ….)
II – Da Inglaterra dos «Modernos» à dos «Antigos»
JB News – Informativo nr. 2.283– Caxias do Sul – RS, sexta-feira, 30 de dezembro de 2016 Pág. 14/34
Em Inglaterra, na primeira metade do século XVIII existia uma única organização maçón
predominante, protagonizada pela G:.L:.L:. já que a Gr. Loja de York foi progressivame
reduzindo a sua actividade, apesar de contestar e não reconhecer a existência daquela). E
situação alterou-se a partir de 1751/3, já que a partir desta data, passou a existir outra Gr. L
rivalizando fortemente com ela, a Grande Loja dos “Antigos Maçons” (G:. L:. A:.), m
conhecida como a dos «Antigos», que surgiu em meados do século (1751/3). Contrariamente
apontado pelos historiadores ingleses do final do século XIX (Gould, Hugham, Sadler, …),
resultou de nenhuma cisão dos «Modernos».
Os primeiros membros do núcleo inicial que esteve na origem à G:. L:. A:. , (1750-51) er
irlandeses emigrados em Inglaterra, iniciados na Irlanda. Estes imigrantes foram rejeitados,
tiveram imensas dificuldades em serem recebidos nas lojas inglesas, quer em virtude da
origem e condição social quer também devido ao facto de praticarem uma Maç.’. diferen
essencialmente do ponto de vista ritualístico (voltaremos a este tema em próximo trabalh
Profundamente revelador destas diferenças é o facto duma Grande Loja (G:. L:.) fundada 36 a
depois da G:.L:.L:. ter aprovado a designação de Loja dos «Antigos Maçons». [I]
A Escócia e na Irlanda constituíram também as suas Grandes Lojas, respectivamente em 173
1725/8. A. Bernheim (5) e (7) salienta que estas só reconheceram efectivamente a Grande L
dos «Antigos», tendo, até então, um relacionamento muito limitado ou quase inexistente com
G:.L:.L:. . Em resultado do acordo bilateral entre «Antigos» e irlandeses, nenhum Maçom
«Modernos» se podia incorporar numa loja Irlandesa sem ser “re-iniciado e instruído” no rit
dos «Antigos» (o chamado «ancient working»), situação que só se veio a alterar após o proce
que levou à constituição da GLUI, por fusão dos «Modernos» e dos «Antigos», em 1813.
As diferenças ritualísticas principais, reclamadas pelos «Antigos» face à G:.L:.L:. e que segu
aqueles traduziam essencialmente a defesa da chamada antiguidade de raiz operat
transmitida pelas “Old Charges” (Antigos Deveres) , eram as seguintes:
- Abandono das orações nas cerimónias maçónicas;
- Abandono da celebração das festas de S. João;
- Inversão da ordem das palavras sagradas,
Criticavam também fortemente a inexistência quer da “cerimónia de instalação secreta
Venerável”, que reputavam de essencial, quer do grau do “Arco Real”. Em resumo e segu
refere Philip Crossle (citado por A. Bernheim), em “The Irish Rito” (5), a história da Maçona
Irlandesa é diferente da Inglesa e profundamente original, já que terá evoluído por conta próp
sensivelmente a partir de 1680, independentemente das raízes escocesas e inglesas.
Na Inglaterra do Séc. XVIII, segundo Dachez (4), como atrás referimos, o conceito
regularidade de uma Loja era essencialmente administrativo (correspondendo à submissã
autoridade de uma Grande Loja e ao pagamento das capitações). Tal implica que não poderem
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considerar um Maç:. regular inglês como um Maç:. «dogmático», em oposição a um Maç:. «liber
em França, tal como o entendemos hoje, já que esta oposição não tinha à época, qualquer sentid
Contudo esta situação modificou-se ligeiramente com a criação da 2ª Grande Loja (a
«Antigos»). Com um novo poder maçónico a pretender também exercer o controlo sobre
universo maçónico inglês, era inevitável o conflito pela supremacia maçónica com a G:.L:.L:. , te
como perspectiva estratégica a eventual sobrevivência a longo termo.
Ainda segundo Dachez (2), (4), Herrera-Michel (10) e outros a «regularidade» tem servido p
atribuir à Maçonaria um certo espírito tradicional e cristão de origem operativa o que, na
opinião, contraria fortemente a segunda parte das Constituições de 1723, atribuída
Désaguliers, designada por “As obrigações de um Franco-Maçom e os Regulamentos Gerais”.
É curioso verificar algumas alterações (a bold e sublinhado, no texto abaixo) de carácter m
“pró-teísta” introduzidas na versão de 1738, face à de 1723, para além do reconhecimento
grau de MM.'. e da lenda de Hiram. (No Artigo I (Obrigações respeitantes a Deus e à Religião
aparece «Um Maçom está obrigado a observar a lei moral em tanto como Noaquita (uma relig
anterior ao Antigo testamento, celebrada por um Noé transformado em «pai de todos os povo
e se compreender o Craft (Confraria) não será jamais um ateu estúpido nem um libert
irreligioso... Nos tempos antigos os Maçons cristãos tinham que se conformar com os costum
cristãos de cada país no qual trabalhavam ou viajavam..... Mas a Maçonaria existe em todas
nações de religiões diversas...». Qual o motivo destas alterações, que permitem sugerir u
eventual aproximação ao anglicanismo ???
Quando da constituição da sua GL, os «Antigos» obviamente alteraram as Constituições de 17
adaptando-as às suas necessidades. Modificaram substancialmente o primeiro capítulo
«Obrigações», por forma a dar-lhe o formato religioso que actualmente conhecem
desaparecendo o espírito de tolerância que emergia do texto de 1723. Neste (“Um Maçom e
obrigado a observar a lei moral a compreender a Arte e não será jamais um ateu estúp
nem um libertino irreligioso...”) nada nos indica ou sugere, quer nas «Obrigações de um Fran
Maçom» quer nos «Regulamentos Gerais» a obrigação da «crença num Deus revelado» co
fórmula administrativa numa Loja.
A G:.L:.L:. publicou as suas Constituições em 1723 /38/ 56 /67 e 1774, sendo esta a data
última versão publicada pelos «Modernos». Os «Antigos», defendiam que
«Modernos» interpretavam de uma forma laxista os ensinamentos cristãos, repudiando
dogmas e dando preferência à razão, relativamente à Bíblia e às tradições, privilegiando a mo
face à doutrina e evidenciando uma ampla tolerância em matéria religiosa.
A envolvente social e política ocasionada pelas ondas de choque da Revolução francesa do lado
lá da Mancha, foram determinantes para a união das duas Grandes Lojas, 48 anos após a funda
da G.L. dos «Antigos», beneficiando do facto de dois elementos da casa real (duques de Kent e
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Sussex) dirigirem as 2 Grandes Lojas, vindo a ser este último o primeiro G:.M:. da recém-cri
GLUI..
Uma das consequências da unificação das duas G:.L:.s inglesas, foi a de que, a partir de
momento, a Bíblia passou a estar solenemente presente em todas as sessões em lo
consolidando as pretensões eclesiásticas do anglicanismo na Maçonaria inglesa. Co
consequência as novas versões das anteriores Constituições de Anderson passaram a adopta
referência a “Deus e ao Grande Arquitecto do Universo (GADU)”, que não exist
anteriormente.
III – França, da Constituição do GOdF ao século XIX e deste à “retirada” do Gran
Arquitecto
Até quase meados do século XVIII não foi muito visível, quer em Inglaterra quer em França
diferendo entre uma Maçonaria «antiga» e outra «moderna», sendo nestes dois países
respectivas maçonarias sensivelmente idênticas quanto aos graus azuis, como evidenciam vár
autores, nomeadamente A. Bernheim (6), (7) e Dachez (4). O conflito iniciou-se com a criação
grande Loja dos «Antigos» em Inglaterra.
Até à criação do GOdF em 1773, reclamando a continuidade da GLdF (“Grande Loja de Franç
as lojas expandem-se consideravelmente, a partir de 1725. Desde o início o GOdF proclama
como herdeiro das Constituições de 1723, baseando-se no pressuposto de “que para
estabelecer uma comunidade com laços fraternais entre todos os homens, não se pode im
nenhuma crença, ao mesmo tempo que a qualidade maçónica de qualquer membro não pode obri
à adesão a um dogma determinado” (10), ……contrariamente ao que obriga a GLUI (e os Antigos
A crença na existência de Deus (num sentido amplo, representado pelo G:.A:.D:.U:.) é ainda
referencial da maçonaria francesa (na Constituição e prática das Lojas) durante o séculos XVI
até ao terceiro quartil do século XIX, sobretudo no “célebre” ano de 1877.
No século XIX existem motivos de cariz quer sócio-políticos, quer económicos,
objectivamente reforçam esta abordagem. No final do Segundo Império, a França tinha perd
a guerra e parte do seu território. Foi restaurado um sistema republicano ameaçando a Igr
Católica, que perdeu o estatuto privilegiado de religião de estado, levando-a como reacçã
envolver-se em questões políticas. Por conseguinte, a Igreja condena tanto a República com
Maçonaria que a suporta, o que perturba o equilíbrio das Lojas onde, pouco a pouco, católico
monárquicos se encontrarão em minoria ou até excluídos.
As Lojas tornam-se gradualmente republicanas e anticlericais. Muito rapidamente (cerca de d
anos), a obrigação da “crença na fé em Deus” vai primeiro mudar para o sentido redutor e dei
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dum "Princípio criador", e em seguida para o nada, já que será suprimido nas constituiç
1877.
Na famosa sessão do convénio do GoDF em 13 de Set.1877, o pastor protestante Fréde
Desmons, membro do conselho da Ordem, colocou à votação a proposta do «princípio
agnosticismo» da Obediência, obtendo na altura uma ampla maioria de apoio. Entre outros pont
no discurso em que sustentou o pedido, referiu (10):
“..... Pedimos a supressão desta fórmula, porque se é embaraçosa para o Veneralato e para
Lojas, não o é menos para os profanos que, animados de sincero desejo de formar parte da no
grande e bela Instituição, generosa e progressista, vêm-se bloqueados por esta barre
dogmática que a sua consciência não lhes permite ultrapassar”, e mais à frente:
“..... Deixemos aos teólogos o cuidado de discutir os dogmas, deixemos as igrejas autoritárias
cuidado de formular as suas Syllabus, para que a Maçonaria se situe no que deve ser, u
instituição aberta a todos os progressos, a todas as ideias morais elevadas, a todas
inspirações amplas e liberais”, e ..... “..... que se proteja muito bem a Maçonaria de preten
ser uma igreja, um Concílio ou um Sínodo, porque todos estes foram violentos e perseguidores
isto por terem sempre querido ter um dogma como base. O dogma pela sua natureza
essencialmente Inquisidor e Intolerante”.
A aprovação da proposta do reverendo Desmons, provocará a supressão da afirmação
que Maçonaria tinha «por base a existência de Deus e a imortalidade da alma», consta
do Artigo 1º da Constituição e inscrito desde 1849 (qualificada como dogmática (mu
contestada pelos sectores mais liberais). Portanto desde 1849 até esta data e apesar da fo
contestação da ala mais activa, os princípios constitucionais formais do GOdF face à GLUI
eram assim tão diferentes, neste ponto ....
A inscrição teísta de 1849, deveu-se a pressões politicas exteriores, suportadas intername
pelos sectores mais conservadores, que movidos por convicção e /ou por estratégia polít
pretendiam não se afastar significativamente dos ingleses no conceito e implementa
duma Maçonaria «obediente e bem comportada” de cariz conservador.... , como sustentáculo
regime e inibidora de alterações sociais significativas.
Nessa altura e a pedido do Grão-Mestre em exercício o Convénio especificou que a Institui
«não excluía ninguém pelas suas crenças», reservas que não deveriam impedir que as Obediênc
Anglo-saxónicas rompessem posteriormente com o GOdF.
Segundo A. Bauer (4), e em substância, desde 1773 que os Artigos II e III da prime
constituição do G:.O:.dF:. indicam:
“O que é um Maçom Regular? – Um Maçom membro de uma Loja Regular”
“O que é uma Loja Regular? – Uma Loja que possui constituições acordadas ou reconhecidas p
G::O:.d.F:. , que tem o direito único de as fornecer («délivrer»)”
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Aqui chegados não admira a reacção da conservadora Inglaterra ardentemente desejosa
manter o império colonial intacto e protegido destas perigosas e “subversivas” ideias....
IV - Da reacção da GLUI e das Obediências Anglo-Saxónicas
Após a união concretizada em 1813, foi estrategicamente delineada e imposta pela GLUI a
supremacia absoluta na condução da Maçonaria mundial, facto nunca registado na Maçona
até essa data, suportado na «meia-verdade» ou até «falsidade» de se reclamar como hera
directa da G.L.L. e desta como origem da maçonaria especulativa.
Obviamente que esta pretensão só pode ser acatada por aqueles que têm intere
particular nessa subordinação. A partir dessa altura, os ingleses passam a desqualifica
Maçonaria continental, especialmente as que consideram a maçonaria «política» francesa
aristocrática alemã, por não se sujeitaram aos seus interesses e ditames, não capitulan
perante os imperiais interesses ingleses.
Sendo o GOdF a potência maçónica que encabeça a contestação ao absolutismo inglês, reivind
que apesar de ter nascido organicamente em 1738 (com a constituição da GLdF) e politicame
em 1773, é a Obediência mais antiga das existentes, referindo desde sempre às Constituições
1723 como o documento juridico-fundacional da moderna Maçonaria, tendo as relações int
Odediências como norma e conduta o respeito por cada Grande Loja ou Grande Oriente. Ne
pressuposto as Grandes Lojas que se dizem “regulares” não são na prática nem autónomas n
soberanas, apesar de se proclamarem como tal e do mesmo constar nos seus estatutos.
Não é pois de estranhar que a defesa pela Maçonaria francesa de temas sensíveis como o id
da República, da democracia liberal e da laicidade origine diferenças conceptuais e políti
significativas em torno dos dois lados e vá criando barreiras face ao império britânico
De acordo com os princípios aprovados, o novo texto constitucional do GOdF preconizava que:
Maçonaria tem por princípios a liberdade absoluta de consciência e a solidariedade huma
Não exclui ninguém em razão do seu credo». A partir dessa data cortaram-se definitivame
as relações entre ambos (que nunca tinham sido formalizadas oficialmente...) e com base
sistema discriminatório suportado nos célebres «Princípios Básicos para o Reconhecimento»
Grandes Lojas (G.L’s)» (vulgo «landmarks»), passou a GLUI a decidir, país a país quem
definitivamente «regular» ou não.
Na América, as Grandes Lojas ditas «Regulares», sob influencia das GG:.LL:. dos Estados Unid
seguem os 25 «Landmarks» preconizados por Albert Mackay em 1864, apesar do seu manife
anacronismo. Os defensores deste «status quo», baseando-se em Mackey, sustentam contra t
a evidência que, cada um dos 25 mandamentos redigidos é de antiguidade incontestável.
argumentação representa uma leviandade que não resiste à mais ligeira das análi
históricas (p. ex: quando da criação da GLL só existiam 2 graus e não 3, nada apontava à le
de Hiram nos rituais maçónicos, não existia até então o Grão-Mestre, etc)
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(10). Curiosamente, quer a G.L.U.I. quer as G.L’s que a apoiam, não se referem a nenh
«landmark», mas somente à Observância dos 8 pontos de Londres definidos em 1929 e revis
em 1989.
a) - Os 8 pontos de Londres de 1929
O diferendo GLUI / GOdF ampliou-se também pela pressão no enquadramento da nova burgue
colonial nascente, nas respectivas áreas de influência, alfobre de quadros tão necessários
desenvolvimento nacional e regional/local. Daí surgirem as designações de «regular»
«irregular» atribuídas reciprocamente, que até hoje continuam a dividir a Ordem e que tinh
até então, significados e interpretações diferentes.
Por outro lado a codificação dos «landmarks» de 1929 em que a GLUI vem basear
regularidade» representa a própria negação da versão original (1723) das referi
«Obrigações de um Franco-Maçom».
Na prática a Maçonaria Anglo-Saxónica elaborou uma tríade de documentos que passaram
constituir os marcos referenciais deste tema:
- “Basic Principles for Recognition” – GLUI (1929);
- “Aims and Relationships of the Craft” – Home Grand Lodges (Inglaterra, Escócia e Irland
1949)
- “Standards of Recognition” – COGMINA (Estados Unidos, Canadá e México) – 1952
Basicamente os pontos mais sensíveis podem-se reduzir a cinco, sendo por ordem decrescente
importância os seguintes:
1 – Crença num «Ser Supremo e na sua vontade revelada» (GLUI-1929) ou ainda mais clarame
em «Deus» (USA – 1952), esta exigência «não admitindo nenhum compromisso» (Home Gr
Lodges (HGLs) – 1949). O «volume da Lei Sagrada», elemento essencial da Loja (GLUI 1929, U
1952), significando «a revelação vinda do Alto» (GLUI-1929, confere ainda um «caracter
santidade» ao juramento que é prestado pelo Iniciado (HGLs – 1949);
2 – Interdição de debates políticos e religiosos (GLUI 1929, HGLs 1949, USA 1952);
3 – Interdição de visitas mútuas com membros de corpos maçónicos «irregulares», inclui
especialmente os que apresentem mulheres entre os seus membros (GLUI 1929, HGLs 1949);
4 – Independência das Lojas Simbólicas a respeito das jurisdições dos Altos Graus (GLUI 19
HGLs 1949);
5 – Regularidade de origem (GLUI 1929, USA 1952).
b) – E os 8 pontos de Londres de 1989
Os pontos dos «princípios» de 1929 foram entretanto alvo, pela GLUI, duma tímida revisão
1989, sendo a nova redacção dos mais pertinentes, a seguinte (10):
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3 – O maçom da jurisdição de uma Grande Loja deve ser varão e nem ele nem as Lojas devem
contacto maçónico com Lojas que admitem mulheres como membros;
4 – Os Maçons da sua área de jurisdição (Grande Loja) devem crer num Criador Supremo
5 – Todo o Maçom da sua jurisdição deve efectuar o juramento sobre um volume da lei sagr
(Bíblia ou o livro que considere adequado);
8 – A Grande Loja deverá aderir aos princípios estabelecidos e aos usos e costumes da Ordem
insistir em que sejam observados nas suas lojas;
Da leitura comparativa entre os «Princípios Básicos» de 1929 e os de «1989», podemos reti
duas conclusões importantes:
a) – A proibição de reconhecimento de Obediências mistas ou Femininas, apesar da GLUI não
reconhecer, permanece agora somente para as Lojas e os Maçons e não para a Grande Loja, o q
representa um avanço significativo face à versão anterior;
b) - A obrigação da fé num Deus e na sua vontade revelada é substituída pela simples crença n
«Criador Supremo», outra abertura significativa no caminho da tolerância;
No entanto e na prática, apesar de aprovados estes pontos nunca foram implementados
Dachez (4)., continuando em vigor os 8 pontos de 1929.
VI – Concluindo:
Os diferendos entre Paris e Londres reacenderam a discussão relativamente à liberdade
consciência e de pensamento, e estiveram na origem da laicização das Constituições e dos ritu
franceses. Este cadinho de acontecimentos e transformações ocorridos sobretudo ao longo
segunda metade do século XIX, configurou um enorme estímulo para que a Maçonaria «Liberal
«adogmática», evidenciasse no primeiro quartil e na segunda metade do século XX (após o fim
terror nazi e da 2ª guerra mundial), uma forte dinâmica e grande autonomia intelect
adaptando-se aos tempos e, mais importante, enquadrando consistentemente as novas matrize
valores culturais.
O GOdF que durante bastante tempo negligenciou ostensivamente este tema, passou a introdu
lo a partir de 2002 nos cabeçalhos documentais, onde se passou a ler « GOdF, Potência Simbó
Regular Soberana»…. Não o era até aquela data? Segundo R. Dachez (4) “Em França não s
tanto a palavra «regular» e menos ainda o que significa sem qualquer ambiguidade na G
Bretanha ou nos USA, que provoca reacção, é sobretudo o qualificativo de «irregular» que irr
e suscita a corrosão dos que o propagandeiam»
Com o fim dos impérios coloniais, atenuado o interesse geopolítico da utilização da Maçona
como cimento agregador das classes dirigentes colaboracionistas das ex-colónias, o conceito
«regularidade» sobrevive, quer a partir do desconhecimento geral da sua origem, quer
conflitos maçónicos internos que se originaram em cada país, resultantes da resistência
adopção dos princípios democráticos e republicanos defendidos pelo sector maçónico de orig
francesa.
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Estando este diferendo estreitamente ligado às concepções doutrinárias e respecti
«landmarks», um eventual acordo de todas as potências maçónicas não se nos afigura prová
(talvez, quando muito, a longo prazo).
É um facto inegável que desde o século XVIII, a Maçonaria «regular» não participou
enormes acontecimentos sociais e políticos de que se orgulha a Ordem. Na maior parte
casos as G.L’s “regulares” actuaram persistentemente em prol da defesa do establishment e d
interesses do império britânico.
Ao analisarmos resumidamente as causas das divisões subjacentes aos dois ramos princip
da família maçónica, duas questões fundamentais se nos colocam:
- Poderá a instituição mais universalista que existe, face aos tempos actuais, excluir do seu s
verdadeiros Maçons (Homens e Mulheres) por razões doutrinárias, mais ou menos arbitrária
de cariz dogmático («os Landmarks»)?
- Poderão registar-se caminhos de aproximação e convergência mínimos para que a Maçonaria e
organizações que asseguram o seu funcionamento deixem de se digladiar e se reaproximem, s
perda da identidade e origens, mas atenuando se algum modo o estigma da «regularidade»
«irregularidade» inter-obedenciais?
Em nossa opinião, a Maçonaria não poderá (muito pelo contrário) excluir do seu seio aque
que têm todas as qualidades e condições para nela ingressarem, pelo simples facto de
“acreditarem num Deus revelado” e em consequência não poderem efectuar os juramentos sob
livro sagrado». A exclusão indevida e a divisão não potenciam a Força que, mais do que nun
necessitamos....
De 1960 à actualidade, registou-se um acelerado declínio do ramo «regular» apesar de ai
constituir aproximadamente 85 % dos efectivos mundiais (Dachez (4)). A Maçonaria american
inglesa registou neste período, uma diminuição muito significativa (cerca de 65% dos efectiv
e destes quase metade é «inactiva») em contraponto a alguma pujança e recuperação da corre
«adogmática / liberal». Estes factores, conjugados com as novas realidades sociais, política
geoestratégicas, poderão eventualmente auxiliar ao objectivo da aproximação, sempre nu
perspectiva de longo prazo, não abdicando ambas as partes do essencial dos valores
defendem.
O caminho é difícil, mas os homens e mulheres de livre pensamento não desistirão de desbasta
pedra bruta do sectarismo, atenuando as arestas do dogmatismo anglo-saxónico ainda reinan
Os sólidos anéis da cadeia que nos une, devem ser mais importantes do que alguns formalism
concepto-ritualísticos algo anquilosados e actualmente pouco consistentes, tornados «landmar
por MacKay, século e meio após as Constituições de Anderson iniciais. …. .
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Deste modo tem-se gorado a possibilidade de entreabrir portas para um futuro relacioname
maçónico formal da GLUI com as Lojas e Obediências que caminharam no sentido de concreti
as duas grandes e inevitáveis tendências da Ordem, nos séculos XX e XXI:
i) - a incorporação da Mulher nos trabalhos Maçónicos e a
ii) - liberdade de consciência.
Porquê viver agarrado estaticamente ao passado se é do presente e sobretudo do futuro q
temos de tratar, continuando contudo a honrar, sob um olhar actual, as nossas origens e
essência dos inefáveis princípios que nos sustentam, antes que a Nobre e Augusta Institui
Maçónica seja também ela fustigada pelos sinais dos tempos e se dissolva progressivamente no
dos anos futuros .…
Ir.’. Salvador Allende, M.’. M.’.
R.’.L.’. Salvador Allende
G.’.O.’.L.’.
Bibliografia:
1) - “Anderson’s Constitutions for Freemasons-1723 / The Wilson Manuscript”
2) – “Les Origines de la Maçonnerie Spéculative” – Roger Dachez, revista “Renaissance”
3) – “The Genesis of Freemasonry” – Douglas Knoop e G.P. Jones” – Manchester University Press – 1947
4) – “Franc-Maçonnerie: Régularité e Reconnaisance – Histoire e Postures” – Roger Dachez – Éditions Confome nº 5 - Paris
5) – “Régularité Maçonnique” – Alain Bernheim – Éditions Télétres – Paris (2014)
6) – “El Rito Francés – Historia, Relexiones y Desarollo” – A. Guerra – Ediciones Masonica
7) – “La-Regularidad-Masonica-en-una-nueva-Luz” – Learche, W-Cox
8) – “Historia de la Masoneria” – Ivan Herrera-Michel
9) – «Maçonaria Especulativa e Sir Robert Moray» - José Marti M:. M:. (Blog da R:. L:. Salvador Alende)
10) – “Dictionnaire de la Franc-Maçonnerie” - Coord. Daniel Ligou – èditions PUF , 6ª ed. – Paris (2005)
11) – “A Polémica da Regularidade – Origens e Evolução” – Salvador Allende M:. M:.
[I] - No entanto esta Maç.'. irlandesa possuía já um 3º grau e até um 4º e último grau, o chamado “Arco Real”, superior ao grau de M
M.'., que consideravam como «a raiz, o coração e a medula da Maçonaria», como referiu Lawrence Dermott (1º Grão-Mestre) no «Ahim
Rezon» (constituição dos “Antigos”), enquanto a Maçonaria Inglesa estava ainda a consolidar o 3º Grau.
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Ano 04 - artigo 28 - número sequencial 257 – 11 julho 2010
Potência ou
Obediência Maçônica?
Saudações estimado Irmão, sua Loja está vinculada a uma POTÊNCIA ou OBEDIÊNCIA MAÇÔNICA?
Este tema é singularmente complicado porque a essência do significado dos
qualificativos se perdeu em detrimento ao uso inadequado dos adjetivos. Quantas
vezes vemos ou ouvimos que a Loja “Y” é uma verdadeira Potência e quantos novos
agrupamentos de três ou mais Lojas se intitulam Obediência Maçônica e ainda tem
muito site oficial onde as Instituições usam e abusam do “lato sensu”. Vejamos então
o sentido “stricto sensu” das palavras:
Potência, substantivo feminino, que é a qualidade de potente, sendo potente um
adjetivo “do que pode”; que tem a faculdade de fazer ou produzir algo ou ainda: que
tem o poderio ou importância.
Obediência também é um substantivo feminino que designa o ato ou efeito de
obedecer, do latim obedire que segundo alguns pensadores vem a ser uma virtude,
obedecer implica em cumprir ordens de outras pessoas. Para gerar mais inquietudes
vou reformular a pergunta inicial do artigo: Saudações estimado Irmão, sua Loja está
vinculada a uma Instituição Maçônica que manda ou obedece? Se manda ela é
poderosa, se obedece ela é virtuosa? Trataremos um pouco de história, retornando à
gênese da Maçonaria Operativa: em 24 de junho (Dia de São João Batista) de 1717,
na cidade de Londres os Obreiros de quatro LOJAS se reuniram e decidiram
trabalhar juntos em prol dos valores que separadamente cultuavam e nasceu a
GRANDE LOJA. Eles mesmos intitulam a Grande Loja da Inglaterra como a “LOJA
MÃE” e Maçons de outras Lojas, localizadas em outros endereços (ORIENTES) para
serem “legítimos Irmãos/filhos” precisavam do seu reconhecimento, que por sua vez
era materializado por uma “Certidão de Nascimento” (Carta Constitutiva).
Mas não bastava apenas solicitar a emissão do documento, era preciso se enquadrar
às regras e cumprir um juramento de acatar as ordens (novas Leis) que lhe forem
dadas. Daí então surgiu estas denominações, a Grande Loja da Inglaterra foi a
4 – Potência ou Obediência Maçônica?
Sérgio Quirino Guimarães
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primeira POTÊNCIA MAÇÔNICA por ter a faculdade de fazer (maçons) ou produzir
algo (lojas) e as Lojas que receberam sua “Carta Constitutiva” (ou documento
semelhante) se tornaram OBEDIÊNCIAS MAÇÔNICAS, pois deveriam cumprir
ordens de outras pessoas.
No Brasil temos três situações: 1) Uma Potência com várias Obediências; 2) Várias
Potências sem Obediências; 3) Algumas Obediências. O primeiro caso é o GOB por
ter uma estrutura federal (governo central) e várias estruturas estaduais (GOB-MG
/ GOB-SP). O segundo caso são as Grandes Lojas e os Grandes Orientes
Independentes, pois cada qual tem sua jurisprudência restrita a um dos estados da
federação e entre eles há um salutar intercâmbio visando o progresso mútuo, porém
sem a intervenção na administração, (CMSB = Grandes Lojas e COMAB = Grandes
Orientes Independentes e Grandes Lojas Independentes) e a terceira situação
exige um pouco mais de conhecimento, então vejamos: Algumas Potências Maçônicas
estrangeiras costumam fundar Lojas além da fronteira física de seu país, estas
Lojas são totalmente independentes das Potências ou Obediências nacionais,
vinculando-se diretamente à estrutura maçônica de seu país e apesar de serem
apenas uma Loja recebem a denominação de Obediência Maçônica, (no Brasil temos
várias Lojas da Grande Loja Unida da Inglaterra). Na verdade e sinceramente
falando, Potência ou Obediência Maçônica em nada modifica a razão de sermos
Maçons, é semelhante a uma Loja “grande” ou uma Loja “pequena”, não vale o tamanho
do grupo, mas sim o valor individual dos componentes. A atuação de cada Maçom nos
trabalhos da Loja é que traz a pujança para a Ordem. Comprometa-se com o estudo e
a prática dos nossos princípios, ai está a virtude da obediência e a possibilidade da
potencialização de sua condição de Homem Justo e de Bons Costumes. Perante um
alvo, o foco deve ser o menor círculo e no nosso caso concentremo-nos na nossa Loja
Maçônica.
***Algumas Instituições Maçônicas justificam o uso do adjetivo “Potência” por
terem um grande número de Lojas e ou Irmãos e “Obediência” por cumprirem os
preceitos maçônicos.
Fraternalmente
Quirino
Sérgio Quirino - ARLS Presidente Roosevelt 025 - GLMMG
Contato: 0 xx 31 8853-2969 / quirino@roosevelt.org.br
Facebook: (exclusivamente assuntos maçônicos) Sergio Quirino Guimaraes
Os artigos publicados refletem a opinião do autor exclusivamente como um Irmão Maçom.
Os conteúdos expostos não reproduzem necessariamente a ideia ou posição de nenhum grupo, cargo ou entidade maçônica.
JB News – Informativo nr. 2.283– Caxias do Sul – RS, sexta-feira, 30 de dezembro de 2016 Pág. 25/34
Anestor Porfírio da Silva
M.I. e membro ativo da ARLS Adelino Ferreira Machado
Or. de Hidrolândia-GO
Conselheiro do Grande Oriente do Brasil/Goiás
anestorporfirio@gmail.com
O LIVRO DA LEI
E A VAIDADE
Por sua aprimorada cultura e incomparável sabedoria, é atribuída a Salomão a autoria dos
livros bíblicos, Eclesiastes, Cântico dos Cânticos e Provérbios, com o que muitos historiadores
não concordam porquanto tais obras apareceram bem depois da sua morte. Esses argumentos, no
entanto, decorrem de conjecturas e suposições, pois no tempo já transcorrido desde aquela distante
época não se tem informações de quaisquer outros indícios que ao menos sirvam para, à luz da
verdade, ajudar na elucidação de tal dúvida. Mas claro está que Salomão, na sua época,
inigualável em inteligência e sabedoria, é o nome mais respeitado pelo imenso universo de
religiões, seitas, sociedades secretas e até a maçonaria.
Desde a infância, Salomão foi um homem preocupado com a sua própria formação. Para
tanto, teve uma vida participativa em atividades culturais e religiosas da época. Em
Memphis, foi iniciado nos Grandes Mistérios, uma espécie de escola de
ensinamentos, que reunia em seus quadros os homens mais sábios de todo o Egito e
impérios adjacentes. Essa escola era ligada à Grande Fraternidade Branca, no Egito,
e tinha como finalidade a transmissão de conhecimentos sobre os mistérios místicos
e esotéricos da vida. Lá, ele conheceu os princípios e fundamentos de algumas
correntes doutrinárias influentes como a do Obscurantismo, a dos Iniciáticos e a da
Força Negativa, com as quais mais tarde teria que se defrontar para não ceder o
trono a seu irmão Adonias. Os registros bíblicos indicam que a sabedoria de Salomão foi
resultante das experiências de sua vida e do vasto conhecimento que ele tinha sobre as tradições
de seu povo.
Salomão foi rei de Israel por aproximadamente 40 anos. Seu reinado foi tranqüilo, sem
conflitos internos porque, segundo afirmam, Davi, seu pai, rei que o antecedeu, antes de entregar-
lhe o poder teria eliminado todas as divergências entre as tribos do império de Israel.
O Magnífico, como também era chamado, teve então tempo para aumentar impostos,
empreender grandes obras e acumular riquezas. Porém, durante os melhores dias de sua vida, a
vaidade o levou ao caminho do erro, com as relações comerciais de seu governo ficando em
segundo plano, enquanto se envolvia com inúmeros casos amorosos, tomando por suas esposas
mulheres belas e sedutoras, daí surgindo relacionamentos que conturbaram sua mente e o
influenciaram a aceitar a prática da perversão e da idolatria. Isso foi o bastante para que Salomão
esquecesse um pouco das finanças do seu reinado o qual, em curto espaço de tempo, se
descontrolou atingindo acentuado declínio financeiro, fato que inviabilizou a realização de alguns
de seus importantes projetos.
5 – O Livro da Lei e a Vaidade
Anestor Porfírio da Silva
JB News – Informativo nr. 2.283– Caxias do Sul – RS, sexta-feira, 30 de dezembro de 2016 Pág. 26/34
Na velhice, por inúmeras vezes se deteve em analisar o que fizera durante seus anos de
vida e diante de tantas conclusões negativas acabou por mergulhar-se em completa desilusão.
Compreendendo a vaidade como algo fútil, insignificante, se deu conta de que tudo o que havia
feito foi com espírito extravagante e materialista, embalado pelo desejo imoderado de “fazer”, de
“ser” e de “ter” para ganhar a admiração dos outros. Para alívio de sua consciência ante a missão
Divina que lhe houvera sido confiada, ele se manifestou: “Tudo o que fiz foi para alimentar minha
vaidade terrena. Tudo foi em vão e ilusório.”
Daí originou-se o entendimento teológico de que, para a palavra de Deus, que é a Bíblia
Sagrada, “vaidade” significa ilusão, vazio, coisa inútil e sem valor, coisa transitória, efêmera,
sopro, algo que possa se assemelhar ao vento que passa, vai, faz um giro e volta sem rumo, algo
sem sentido. Note-se que esse significado não é o mesmo que se dá ao uso de jóias, roupas,
ornamentos etc..
Depois das experiências vividas durante o seu reinado, das inúmeras meditações em que,
resignadamente, se submeteu e já na fase das lembranças do passado, angustiado por nada mais
lhe restar senão escassos dias antes da chegada da morte, Salomão se ocupa em explicitar a
vaidade e as palavras do sábio pregador nos remetem ao entendimento de que o dito vocábulo tem
muito a ver com a vontade ambiciosa que todos nós também temos de querer sempre fazer mais
do que já fizemos, de sermos mais do já somos e de termos mais do que já temos. Aí, evidente que
algo condenável nos sobressalta aos olhos, quando Salomão mostra, segundo sua sabedoria, que a
vaidade está colocada fora da palavra de Deus, através de frases concludentes que não deixam
dúvidas a esse respeito. Proferidas há milênios, suas sábias palavras têm o sentido de uma luz
espiritual que serve de guia àqueles que, pela fé na continuação da vida após a morte, ostentam a
crença da salvação. De fato, é indubitável que qualquer ato por nós praticado carrega em si certa
dose de vaidade e a conseqüência disso é que acabamos nos tornando navegadores no mar das
futilidades, das incertezas e da extravagância, já que, no final, nada aproveitaremos, tudo será em
vão.
Durante seu reinado, Salomão construiu grandes e importantes obras e se vangloriava de
seus feitos a ponto de sentir vaidade de suas vaidades. Supõe-se que foi em decorrência disso, que
surgiu a máxima das expressões sobre esse vocábulo, contida no versículo 8, do Capítulo 12, de
Eclesiastes cuja autoria lhe é atribuída: “Vaidade das vaidades! Diz o pregador, tudo é vaidade.”
Conforme já se disse, teve o Magnífico, em sua incomparável sabedoria, o poder das
pregações acerca da vaidade, no que viu a qualidade de coisa vã, sem valor e força do mal que
afasta a criatura humana do amor de seu Criador. Se percorrermos seus escritos, em Eclesiastes e
Provérbios, iremos encontrar, dentre tantas, as seguintes e mais claras conclusões de Salomão
acerca da vaidade:
“Examinei tudo e tudo é vaidade!”
“Quando me pus a considerar todas as obras de minhas mãos e o trabalho no qual me
tinha dado para fazê-las, eis: tudo é vaidade e vento que passa!”
Muitos indagam por que a maçonaria não sendo religião evoca e exalta, em sua
ritualística, a memória daquele que foi um dos homens mais cultos e mais sábios de sua época,
mencionando em seus rituais a “vaidade”, o “Templo de Salomão” e a “lenda de Hiram”, esta
JB News – Informativo nr. 2.283– Caxias do Sul – RS, sexta-feira, 30 de dezembro de 2016 Pág. 27/34
também ligada a Salomão e ao referido templo. Os motivos são vários, mas aqui, sendo a vaidade
o tema em destaque, cabe esclarecer por que as palavras de Salomão acerca desse vocábulo são
lembradas pela mencionada instituição.
O surgimento da maçonaria derivou de associações representativas de certos segmentos
sociais organizados, criadas há dezenas de séculos, por força de alguns interesses, dentre eles, o de
preservar segredos profissionais, manter vivos valores éticos e morais, além dos bons costumes
que vinham sendo ameaçados pela depravação e pela perversão da sociedade. Nos escritos que
deram origem à sua existência, seus princípios e fundamentos, e em razão dos fins que a Ordem
Maçônica Universal se propôs a alcançar, alinhou-se então o perfil ideal de seus membros, tendo-
se por base os mencionados valores com os quais os indivíduos adeptos daquelas associações se
identificavam e que foram mantidos até os dias de hoje. Desses valores a maçonaria nunca pôde
prescindir porque foram eles os principais responsáveis pelo respeito e pela admiração que as
sociedades e os governantes passaram a ter por ela e por seus membros depois de se convencerem
da seriedade com que a referida instituição trabalha para atingir suas finalidades, dentre elas, uma
das maiores, que não é outra senão a construção de um mundo cada vez melhor para todos.
Assim, pode-se dizer que esse perfil ideal é o de quem se revela:
I) como homem que acredita na existência de Deus e na prevalência do espírito sobre a matéria e não
ímpio, que não crê em Deus e despreza a religião;
II) como homem humilde, caridoso, simples, modesto e não avarento, que se preocupa apenas com os
seus próprios interesses;
III) como homem piedoso, bom, humano, aberto, discreto e não soberbo, cheio de orgulho e arrogância;
IV) como indivíduo leal, honesto, sincero, verdadeiro, digno de confiança e não impostor, mentiroso,
fingido e hipócrita;
V) como indivíduo afável, bem-educado, atencioso, comedido, amável e não estúpido, rude, inculto e
descortês;
VI) como pessoa decidida, que demonstra coragem para enfrentar desafios, principalmente, quando o bem
ameaçado for a sociedade ou a própria maçonaria e não como o que se apresenta cheio de covardia, de
medo, capaz de fugir abandonando os companheiros no momento em que a sua ajuda se torna
indispensável;
VII) como homem especial, distinto, notável e não medíocre, quase apagado, que se coloca entre dois
extremos, sem inteligência para, ao menos, saber distinguir o bem do mal;
VIII) como indivíduo discreto, reservado e não como o que se vangloria, preocupado apenas em merecer
a admiração dos outros;
IX) como homem sem interesses escusos, generoso, tolerante e não como o ambicioso, que pensa mais
em ter e menos em fazer;
X) como homem indulgente, paciencioso e não como o intolerante e intransigente, do tipo que não aceita
opiniões alheias etc..
A Ordem Maçônica, por ser instituição iniciática, cuida da formação moral, intelectual e
espiritual de seus iniciados, dando-lhes a oportunidade de progredirem e assim, alcançarem
melhor desempenho em suas relações com as demais pessoas. No que se refere à caridade, uma de
suas mais louváveis atitudes é buscar inferir na consciência de cada maçom, que o ato de ajudar
para ser nobre terá que ser praticado de maneira discreta, doando não as sobras ou aquilo de que
não mais necessitamos, mas repassando a quem se encontre em dificuldades, além do apoio moral,
um pouco do que ainda, materialmente, nos interessa. Esse ato, afirmam os postulados maçônicos,
para se constituir em gesto de caridade terá que partir da disposição da alma de quem doa e se
repetir por tantas vezes quantas forem as oportunidades, de preferência anonimamente, sem a
intenção de se obter sobre o mesmo qualquer vantagem pessoal. Do contrário, como disse o
pregador, tudo será vaidade.
JB News – Informativo nr. 2.283– Caxias do Sul – RS, sexta-feira, 30 de dezembro de 2016 Pág. 28/34
Este Bloco está sendo produzido
pelo Irmão Pedro Juk, às segundas,
quartas e sextas-feiras
Ingresso no Trono e espada flamejante
EM 17/05/2016 o Respeitável Irmão Cícero Luiz Calazans de Lima, sem declinar o nome da Loja,
REAA, GOB-AL, Oriente de Maceió, Estado de Alagoas, apresenta as questões seguintes:
calaslima@yahoo.com.br
Tenho as seguintes dúvidas:
1 - A ida do Venerável Mestre ao oriente para tomar assento no seu lugar é pelo lado norte ou
sul? E por quê?
2 - Qualquer mestre maçom pode ser o porta espada nas sessões magnas? Ou só poderá ser o
Porta-Espada um M.I.
Considerações:
1 – Não é uma questão de circulação, até porque no Oriente ela não existe, todavia a
praxe tem sido que, chegando ao Altar, nele se ingresse pelo lado Norte e dele se saia pelo lado
Sul. A situação é apenas pela praticidade do procedimento, já que quem ingressa no Oriente, o
faz obrigatoriamente vindo da Coluna no Norte (ingressa-se no Oriente pelo nordeste). Assim a
6 – Perguntas & Respostas
Pedro Juk
Não esqueça: envie sua pergunta identificada pelo nome completo, Loja, Oriente, Rito e Potência.
JB News – Informativo nr. 2.283– Caxias do Sul – RS, sexta-feira, 30 de dezembro de 2016 Pág. 29/34
distância percorrida até o Altar fica a mais curta possível. O mesmo acontece com a saída, já
que do Oriente obrigatoriamente se sai ingressando na Coluna do Sul (sai pelo sudeste).
A ordem é só pelo exercício utilitário, não existindo nesse procedimento nenhum motivo
esotérico ou outro qualquer que racionalmente possa ser imaginado.
2 – Conforme a alegoria e o simbolismo da Espada Flamejante, ela só pode ser
empunhada (tocada) por um Venerável Mestre ou um Ex-Venerável, ou seja, somente por aquele
que possuir o título distintivo de Mestre Instalado (que não é grau).
Assim, tem sido costume no REAA que a Espada Flamejante descanse (fique colocada)
sobre uma almofada ou dentro de um escrínio (estojo). Essa maneira faz com que o Irmão Porta-
Espada, mesmo não sendo um Mestre Instalado, possa conduzir a Espada sem nela tocar,
apenas oferecendo-a ao titular. Por assim ser, o Irmão Porta-Espada não precisa
necessariamente ser um Mestre Instalado (só precisa ser Mestre), já que ele, na oportunidade da
sua condução, devido ao artifício apresentado, nela não encosta.
É oportuno salientar que cargos em Loja são privativos de Mestres Maçons.
T.F.A.
Pedro Juk
jukirm@hotmail.com
Jul2016.
Exegese Simbólica
para o Aprendiz Maçom
I Tomo - Rito Escocês Antigo e Aceito e Trabalhos de Emulação
Autor – Ir. Pedro Juk - Editora – A trolha, Londrina 2.012 – Segunda Edição. www.atrolha.com.br
- Objetivo – Introdução a interpretação simbólica maçônica. Conteúdo –
Resumo histórico das origens da Maçonaria – Operativa, Especulativa e
Moderna. Apreciação – Sistema Latino e Inglês – Rito Escocês Antigo e
Aceito e Trabalho de Emulação.
Tema Central – Origens históricas do Painel da Loja de Aprendiz e da Tábua
de Delinear. Enfoque – Exegese do conteúdo dos Painéis (Ritualística e
Liturgia, História, Ética e Filosofia). Extenso roteiro bibliográfico.
https://www.trolha.com.br/loja/
JB News – Informativo nr. 2.283– Caxias do Sul – RS, sexta-feira, 30 de dezembro de 2016 Pág. 30/34
(as letras em vermelho significam que a Loja completou
ou está completando aniversário)
GLSC -
http://www.mrglsc.org.br
GOSC
https://www.gosc.org.br
Data Nome Oriente
01/12/2004 Lysis Brandão da Rocha Florianópolis
01/12/2009 Poço Grande do Rio Tubarão Tubarão
11/12/1993 Phoenix Jaraguá do Sul
13/12/1983 Nova Aurora Criciúma
18/12/1991 Obreiros da Paz Fraiburgo
20/12/2003 Luz Templária Curitibanos
21/12/1999 Silvio Ávila Içara
22/12/1992 Ademar Nunes Florianópolis
Data Nome da Loja Oriente
02/12 Fraternidade e Justiça Blumenau
02/12 Lauro Muller São José
06/12 Fraternidade Criciumense Criciúma
07/12 Voluntas Florianópolis
09/12 Igualdade Criciumense Criciumense
11/12 Xaver Arp Joinville
13/12 Padre Roma II São José
14/12 Montes de Sião Chapecó
7 – Destaques (Resenha Final)
Lojas Aniversariantes de Santa Catarina
Mês de Dezembro
JB News – Informativo nr. 2.283– Caxias do Sul – RS, sexta-feira, 30 de dezembro de 2016 Pág. 31/34
GOB/SC –
http://www.gob-sc.org.br/gobsc
Data Nome Oriente
01.12.04 Luz de São Miguel - 3639 São Miguel do Oeste
02.12.06 Colunas de Antônio Carlos - 3824 Florianópolis
04.12.08 Seara de Luz - 3961 Chapecó
05.12.85 25 de Agosto - 2383 Chapecó
08.12.10 Estrela do Oriente - 4099 Tubarão
11.12.96 Justiça e Paz - 3009 Joinville
11.12.97 União Adonhiramita -3129 São Pedro de Alcântara
11.12.01 Paz do Hermon - 3416 Joinville
12.12.96 Fênix do Sul - 3041 Florianópolis
13.12.52 Campos Lobo - 1310 Florianópolis
13.13.11 Luz do Oriente - 4173 Morro da Fumaça
16.12.96 A Luz Vem do Oriente - 3014 Castelo Branco
16.12.03 Philantropia e Liberdade - 3557 Brusque
17.12.96 Luz do Ocidente - 3015 Chapecó
17.12.96 Perseverança - 3005 Florianópolis
20.12.77 Xv de Novembro - 1998 Caçador
28.12.96 Livre Pensar - 3153 Piçarras
28.12.96 Luz de Navegantes - 3033 (30/06/2010) Navegantes
Ir Marcelo Angelo de Macedo, 33∴
MI da Loja Razão e Lealdade nº 21
Or de Cuiabá/MT, GOEMT-COMAB-CMI
Tel: (65) 3052-6721 divulga diariamente no
JB News o Breviário Maçônico, Obra de autoria do saudoso IrRIZZARDO DA CAMINO,
cuja referência bibliográfica é: Camino, Rizzardo da, 1918-2007 - Breviário Maçônico /
Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014 - ISBN 978-85.370.0292-6)
Dia 30 de dezembro: A Solidariedade
Do latim solidum, ou seja, "união".
A Solidariedade é a correspondência daqueles que estão unidos por um ideal.
A Solidariedade é ação recíproca.
O maçom cultiva a Solidariedade, não apenas no aspecto da sociabilidade, mas na forma do
misticismo, na permuta dos pensamentos, na Cadeia de União, nos bons e maus momentos.
Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014, p. 383.
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Águia bicéfala entre duas colunas. (Bruxelas)
Boas Festas. Feliz Ano Novo!
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O Irmão Adilson Zotovici,
Loja Chequer Nassif-169
de São Bernardo do Campo – GLESP
escreve aos sábados e
esporadicamente em dias alternados
adilsonzotovici@gmail.com
SENDAS DA VIDA
Nas boas sendas da vida
Encontrei rico lugar
Tem um norte, que jazida,
E um sul pra lapidar !
Ali logo ao adentrar
Senti tão boa energia
Pairando livre no ar
Reinando paz e alegria !
Em indescritível magia
Uma sublime sensação !
Com boa egrégora de vigia
Forte corrente de união !
Grande foi minha emoção
Que abateu-me um temor !
Ser um sonho, uma visão,
De um disperso viajor !
Esta casa é do SENHOR
Bradou alguém com afeto !
Projetada com amor
Por um Grande Arquiteto !
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Há aqui plano concreto
Com fé, esperança e caridade
À boa obra, da base ao teto
Pra ver feliz a humanidade !
Benvindo à fraternidade !
E erguer teu templo dia a dia
Com denodo, com vontade
Nesta Loja de Maçonaria !
Adilson Zotovici
ARLS Chequer Nassif-169

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Educação natural na Maçonaria

  • 1. JB NEWS Filiado à ABIM sob nr. 007/JV Editoria: Ir Jeronimo Borges Loja Templários da Nova Era nr. 91(Florianópolis) - Obreiro Loja Alferes Tiradentes nr. 20 (Florianópolis) - Membro Honorário Loja Harmonia nr. 26 (B. Horizonte) - Membro Honorário Loja Fraternidade Brazileira de Estudos e Pesquisas (J. de Fora) -Correspondente Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas (P. Alegre) - Correspondente Academia Catarinense Maçônica de Letras Academia Maçônica de Letras do Brasil – Arcádia de B. Horizonte O JB News está sendo editado em Caxias do Sul - RS Saudações, Prezado Irmão! Índice do JB News nr. 2.283 – Caxias do Sul (RS) – sexta-feira , 30 de dezembro de 2016 Bloco 1-Almanaque Bloco 2-IrCharles Evaldo Boller – Educação Natural na Maçonaria Bloco 3-IrSalvador Allende – A propósito do (s) conceito(s) de “Regularidade” na Maçonaria Bloco 4-IrSérgio Quirino Guimarães – Potência ou Obediência Maçônica? Bloco 5-IrAnestor Porfírio da Silva – O Livro da Lei e a Vaidade Bloco 6-IrPedro Juk – Perguntas & Respostas – do IrCícero Luiz Calazans de Lima (Maceió – AL) Bloco 7-Destaques JB – Breviário Maçônico p/o dia 30 de dezembro e versos do Irmão e Poeta Adilson Zotovici – (São Paulo -SP)
  • 2. JB News – Informativo nr. 2.283– Caxias do Sul – RS, sexta-feira, 30 de dezembro de 2016 Pág. 2/34 30 de dezembro  1352 - É eleito o Papa Inocêncio VI  1460 – Guerra das Rosas – Batalha de Wakefield: Grande vitória dos Lencastre (ou Lancaster em inglês) de Margarida de Anjou; Ricardo de York é executado por traição ao rei; o seu filho Eduardo sucede-lhe como Duque de York  1853 - Acordada a Compra Gadsden entre os Estados Unidos e o México.  1851 - Fundação do Condado de Whitfield  1916 - Grigori Rasputin é assassinado a mando da família imperial russa, para pôr fim à sua influência sobre a czarina Alexandra.  1922 - O Conselho dos Sovietes cria a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas  1927 - Abre a primeira linha de metrô japonesa, em Tóquio  1944 - O estado de Washington registra sua temperatura mais baixa: -44 °C  1947 - Sob pressão dos comunistas, Miguel I da Romênia abdica  1953 o Emancipação do Distrito de Salto de Pirapora - SP, conforme a Lei Estadual n° 2456, de 30 de dezembro de 1953 (57 anos). Sendo assim desmembrado do município de Sorocaba - SP. o Criação do distrito de Batinga, na Bahia, através da Lei Estadual nº 628, de 30 de dezembro de 1953 (57 anos), sendo então anexado ao município baiano de Alcobaça. o Criação do distrito de Ibipetum, ex-povoado de Gameleira, na Bahia, através da Lei Estadual nº 628, de 30 de dezembro de 1953 (57 anos), sendo então anexado ao município baiano de Brotas de Macaúbas. Nesta edição: Pesquisas – Arquivos e artigos próprios e de colaboradores e da Internet – Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias, de colaboradores e www.google.com.br Os artigos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião deste informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores. 1 – ALMANAQUE Hoje é o 365 dia do Calendário Gregoriano do ano de 2016– (Lua Nova) Faltam 1 dias para terminar este ano bissexto Dia da “Noite dos Prazeres” – (México) Se o Irmão não deseja receber mais o informativo ou alterou o seu endereço eletrônico, POR FAVOR, comunique-nos pelo mesmo e-mail que recebeu a presente mensagem, para evitar atropelos em nossas remesssas diárias. Obrigado. Colabore conosco para evitar problemas na emissão de nossa mala direta. EVENTOS HISTÓRICOS (Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki) Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas
  • 3. JB News – Informativo nr. 2.283– Caxias do Sul – RS, sexta-feira, 30 de dezembro de 2016 Pág. 3/34  1957 - Rede Globo: o Conselho Nacional de Telecomunicações publica decreto concedendo o canal 4 do Rio de Janeiro à TV Globo Ltda  1959 - Fundação do município de Solânea  1962 - Emancipação do município de Olaria e de Ingaí  1968 - Golpe militar de 1964: divulgada uma lista de políticos cassados  1972 - Guerra do Vietnã: os Estados Unidos suspendem os pesados bombardeios ao Vietnã do Norte  1973 - O Vaticano e Israel estabelecem relações diplomáticas  1998 - Criação do Vale do Aço  2000 - Sonda Cassini-Huygens faz a maior aproximação ao planeta Júpiter  2004 - Incêndio na Discoteca República Cromagnon em Buenos Aires mata 194 pessoas e deixa mais de 950 feridos. Ficou conhecido como Massacre de Cromañon, o maior da história da argentina não causado por acidentes naturais. 1891 Decreto, desta data, da Junta Governativa do Estado, dissolveu o Congresso Representativo e convocou eleições para outro a reunir-se a 22 de julho do ano seguinte. Ato da mesma Junta destituiu Lauro Muller e os seus substitutos do exercício do Executivo Estadual. 1835 Circula o último número da Aurora Fluminense, jornal de Evaristo da Veiga. 1837 Fundada a Grande Loja do Texas dos Maçons Livres & Aceitos. 1865 Nasce Rudyard Kipling () poeta e escritor inglês, laureado com o Prêmio Nobel de Literatura. Fatos históricos de santa Catarina Fatos maçônicos do dia Fonte: O Livro dos Dias 20ª edição (Ir João Guilherme) e acervo pessoal
  • 4. JB News – Informativo nr. 2.283– Caxias do Sul – RS, sexta-feira, 30 de dezembro de 2016 Pág. 4/34 Albergue Noturno Manoel Galdino Vieira O “Albergue Noturno” é uma entidade administrada por alguns abnegados irmãos da Maçonaria catarinense, que ampara todas as noites os necessitados e indigentes, ofertando- lhes banho, cama limpa, refeições e alguns outros possíveis auxílios básicos. Os Irmãos que coordenam essa instituição beneficente, que há 80 anos vem prestando esse serviço fraterno, vêm encontrando sérias dificuldades financeiras para mantê-la. Não existe qualquer auxílio do Poder Público. Conclamamos o Irmão a ajudar com qualquer contribuição essa instituição benemérita, que teve tantos maçons ilustres voluntários que participaram na sua coordenação e apoio, mantendo-a por estes longos anos. Faça a sua doação. Colabore. Qualquer contribuição pode não fazer falta para você, mas fará muito bem aos necessitados de toda a espécie. (transferências ou depósitos para o Banco SICOOB CREDISC/756 – Ag. 3258, conta corrente nr. 11347-7 (com recibo de incentivo fiscal) em nome da Caixa de Esmolas aos Indigentes de Florianópolis CNPJ/MF 83.901-041/0001-86) Maçonaria também é caridade!
  • 5. JB News – Informativo nr. 2.283– Caxias do Sul – RS, sexta-feira, 30 de dezembro de 2016 Pág. 5/34 Ir Charles Evaldo Boller Curitiba – PR – Charleseb@terra.com.br Artigo extraído de sua obra “Iluminação” Educação Natural na Maçonaria A escola pública, na maioria dos países, não contempla a educação natural, aquela que organiza os valores e princípios internos, preconizada pelo Movimento Iluminista, cujas bases foram lançadas por Rousseau (1712-1778) e complementadas por Kant (1724-1804). A educação que humaniza o homem não existe na escola pública moderna, em todos os países. A escola pública gratuita está voltada mais para a transmissão de conhecimento que para a formação do homem integral. Inclusive é negligente com a formação humana nos aspectos de incutir valores e princípios. O homem não é treinado para pensar, meditar, desenvolver virtudes, emoções, espiritualidade, mas para ser escravo do próprio homem. 2 – Educação Natural na Maçonaria Charles Evaldo Boller
  • 6. JB News – Informativo nr. 2.283– Caxias do Sul – RS, sexta-feira, 30 de dezembro de 2016 Pág. 6/34 Com raríssimas exceções, escolas particulares educam de fato, incutem valores e espiritualidade junto com a formação para o mercado de trabalho. Mas estas escolas normalmente estão fora da realidade econômica da maioria da população. A transmissão de conhecimentos está voltada para o Comércio e a Indústria, requisitos do Capitalismo, que exerce domínio absoluto em todos os níveis, em todas as escolas públicas ou privadas. Ganho financeiro é poder ao qual o homem se submete e tudo que vier em sua contramão não o motiva. O homem negligencia-se em sua trajetória pela vida e se favorece o aparecimento de criaturas com graves crises existenciais, frustradas de tal forma que chegam a não dar mais o devido valor à própria vida. Vive-se o momento e apenas para si mesmo. Os próprios filósofos alardeiam que a vida humana não tem finalidade alguma, que em sua jornada pela biosfera o homem é apenas objeto de eventos aleatórios. Sem a educação natural o homem está condicionado a apenas gozar da vida e fugir das vicissitudes ao invés de enfrentá-las. A única perspectiva futura daquele que não obteve este tipo de educação é de sumir no nevoeiro do tempo de onde lhe foi dito que foi gerado a partir da evolução de bactérias, algas, fermentos, fungos, esponjas, águas-vivas e vermes, para uma não existência, um esquecimento eterno. Abrir escolas incentiva a ciência, mas não intensifica a consciência: sentimento ou conhecimento que permite ao ser humano vivenciar, experimentar ou compreender aspectos ou a totalidade de seu mundo interior. Na existência de mais consciência, o número de vagas ocupadas nas cadeias diminuiria. Mesmo toda a informação e ciência produzidas pelas escolas podem fechar uma prisão sequer se a sociedade não se conscientizar da necessidade do desenvolvimento da consciência, da moralidade e do bem. O que antigamente era desenvolvido no seio da família deveria ser ministrado na escola pública, já que pai e mãe, quais escravos, são obrigados a trabalhar debaixo do sistema. Entretanto, a escola pública limita-se em transmitir conhecimento voltado para mercado de trabalho que escraviza, enquanto o treinamento das emoções, sentimentos, sentidos e instintos são negligenciados. Hoje no Brasil o conceito de família não existe mais em termos naturais da união de homem com mulher: existe a figura do cuidador para estender o conceito aos gays; existe até projeto para a legalizar do matrimônio bestial entre humanos e animais. Em todas as civilizações, a degradação da família natural foi sintoma do fim de cada uma das sociedades onde tal degradação se manifestou. O conceito de família é desmontado para acabar com o patrimônio: já que acabar com o patrimônio por decreto mostrou ser prejudicial à concentração do poder político. Ações, que o bom senso recomenda como fundamentais para diminuir o número de presidiários e gerar cidadãos felizes, equilibrados e socialmente integrados, não existem.
  • 7. JB News – Informativo nr. 2.283– Caxias do Sul – RS, sexta-feira, 30 de dezembro de 2016 Pág. 7/34 A educação dos potenciais latentes em cada um aproximaria o homem de sua condição humana, mas o que se observa no Brasil é a bestificação das relações humanas com vistas à conquista do poder político e para o qual o maçom deve ficar atento. Educação é consciência, instrução é ciência: ambas sustentam o corpo; a mais importante é a invisível consciência. Nem religiões, e muito menos governos tratam a educação com a seriedade que deveriam. Governos querem transmitir instrução, religiões restringem-se a moral e assim o homem fica incompleto. Descartes (1596-1650) disse: "Toda a filosofia é como uma árvore: as raízes são a metafísica, o tronco é a física e os ramos são todas as outras ciências". Usando deste pensamento, o homem moderno está incompleto na raiz. Não existe alicerce! Aquilo que não se vê, sabe-se que existe, mas fica enterrado dentro da pessoa. A escola constrói o homem material, apenas o que da árvore aparece acima do solo; preocupa- se apenas com tronco e folhas. As raízes são complexas necessidades que dão razão para viver e não se restringem apenas à moralidade. A religião deveria preocupar-se com o alicerce e completar o que está invisível, mas isto não acontece! Centenas as religiões apenas exploram as pessoas em seus metais e as enganam com fantasias. Durante um curto espaço de tempo até é possível enganar alguns, mas é difícil manter mentiras por muito tempo. Acrescente-se que todas as religiões fundamentam seu poder no medo de muitos e na inteligência de um grupo reduzido que lhes definem os descaminhos, sempre voltados ao domínio e opressão pelo medo. Todos os esforços, da absoluta maioria das religiões, estão voltados para um aviltante senhor e único amo: o valor financeiro. A religião coloca de um lado um diabo e de outro um salvador. Enquanto um leva o homem à perdição o outro supostamente o resgataria. Em grosso modo, as maquinações teologais buscam fora do homem a solução de suas incertezas e angústias existenciais: só se manifestam se sua ação for possível de converter em ganho de qualquer natureza; principalmente financeira e política. Diante desta realidade, que é constante em todas as civilizações, não se constrói ou se fortalece a raiz, o alicerce invisível que mantém o homem de pé frente às tempestades e
  • 8. JB News – Informativo nr. 2.283– Caxias do Sul – RS, sexta-feira, 30 de dezembro de 2016 Pág. 8/34 incertezas da vida. Fica o homem jogado de um lado ao outro ao sabor de tentações e redenções. Na ausência de formação integral e do despertar da consciência o desenvolvimento do homem fenece e de sua essência lhe apodrece a raiz nos porões da sociedade, raízes atadas por inquebrantáveis grilhões; indestrutíveis porque são usados voluntariamente, no exercício do livre-arbítrio. A consequência do livre-arbítrio é o homem ser o único ator da construção de sua vida e responsável tanto pelo mal como pelo bem que produz. Ele é responsável por todas as suas ações, independente de prêmio ou castigo, Céu ou Inferno, ser bom ou mau. Se o homem não gozasse de projeto que o criou livre e independente, de nada serviria educação de qualquer tipo; bastaria seguir o que lhe fosse ditado pelos instintos. Mas não é assim! O homem é responsável por sua história porque foi dotado de livre-arbítrio e nenhum intermediário, homem santo ou clérigo religioso o poderá salvar; nem mesmo Deus interferirá, porque o Grande Arquiteto do Universo criou o homem independente, livre, dotado de livre escolha. Se o Criador interferisse nas ações da criatura seria como admitir a existência de erros em seu projeto. É devido a isto que a Maçonaria ensina que liberdade vem sempre acompanhada de responsabilidade. Quem julga é apenas o homem. O Criador não julga a ninguém e muito menos deixaria sua criação queimar pela eternidade num mar de enxofre e fogo. Quem escraviza é o próprio homem. E o que é ilógico, o homem escraviza a si mesmo. Ao longo da história homem vem explorando homem em seu próprio prejuízo. É dominado à força ou se deixa dominar em virtude de suas limitações e vícios. No convívio social eclodem choques de todos os tipos. A violência alcançou patamares insustentáveis. Se buscadas razões fora de si, a culpa pela violência é do meliante que pratica a violência. Mas ao lume da fria razão a culpa é partilhada com o omisso que se prende atrás das grades e muros de seu castelo, pensando que isolando a violência lá fora será poupado de sua ação.
  • 9. JB News – Informativo nr. 2.283– Caxias do Sul – RS, sexta-feira, 30 de dezembro de 2016 Pág. 9/34 Diz o sábio que o silêncio dos bons é tão responsável pela maldade quanto o grito dos violentos, dos corruptos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética. Será que os maus ainda constituem minoria? O problema é que a sociedade está cada vez mais tolerante e omissa no tratamento com o mau. O egocentrismo cria legiões de omissos e materialistas. Resguardam-se na ilusão de que o mal nunca cairá sobre eles e por covardia e omissão deixam o mal crescer. Mas como a realidade mostra, o mal sobrevirá para todos os que o provocam, seja por ação ou por omissão. O cidadão bom está por detrás das grades enquanto o meliante está do lado de fora tentando levar vantagem. A sociedade corre atrás de corrigir o mal depois de feito e pouco se faz de forma preventiva através da educação. Se o homem fosse apenas produto do meio de nada adiantaria também qualquer tipo de educação. Seria simplíssimo! Para resolver os problemas de violência bastaria modificar as circunstâncias do meio em que o homem vive. Afastá-lo da sociedade que o perverte; como o Emílio descrito por Rousseau. Se apenas o meio modificasse o homem para o bem, então todo maçom seria só candura! Mas a realidade não é assim! Ser bom ou mau é questão de escolha, de exercer o poder do livre-arbítrio para o bem ou para o mal, e isto é modificável pela educação. Incentivados pela Maçonaria, autoconhecimento e autorealização são caminhos para amenizar o mal porque usam do poder do livre-arbítrio do próprio homem para o bem. Na política, o nebuloso clima de corrupção e a sensação de impunidade deixam a todo bom cidadão desalentado. Isto porque o homem transfere poder aos maus ao vender seu voto. Desta forma os maus estão no poder criando leis cada vez mais complexas e intrincadas de modos que ao meliante fica fácil constituírem defensores matreiros que os defendam na corrompível Justiça. E para complicar ainda mais, a Justiça brasileira é tão lenta em responder aos anseios do bom que é como se ela sequer existisse. A sensação de impunidade é insuportável! Se a escola pública realmente educasse o homem conforme preconizado pelos iluministas, e não apenas o instruísse para o trabalho assalariado, a forma de escravidão moderna, a realidade social seria diferente. A Maçonaria oferece a educação natural. basta ao maçom aproveitar da oportunidade oferecida e partir para se auto-educar nos moldes ditados por homens como Rousseau e Kant. O ideário educacional iluminista traçou o caminho de uma época de escravidão ao absolutismo imperial e clerical e pavimentaram caminhos para a Democracia e o Capitalismo, realidades que apresentam hoje outras nuanças e dificuldades. Os eventos que sucederam os ideários humanitários e pacifistas dos iluministas tornaram-se sucessões de impérios de terror e amarguras. Para os iluministas do Século das Luzes a violência desencadeada depois de sua atuação destruiu os resíduos de esperança que ainda lhes restavam. Foram revoluções e guerras globais revestidas de muita
  • 10. JB News – Informativo nr. 2.283– Caxias do Sul – RS, sexta-feira, 30 de dezembro de 2016 Pág. 10/34 maldade, do jorrar de muito sangue inocente, de acendimento e manutenção de muito ressentimento. A paz só é mantida pela guerra; são guerras preventivas em todos os quadrantes do Orbe. A constante é sempre o homem explorando o próprio homem. Quantos hoje são os que seguem a única lei, a do amor fraterno, ditada por grandes iniciados do passado? Ritualística, simbologia e alegorias são ferramentas pedagógicas da Maçonaria programadas como portadoras de mensagens de homens do passado para os homens ao futuro, que é o hoje. A educação natural preconizada por Rousseau e Kant ainda está em sintonia com a dinâmica social de nossos dias. Cabe ao maçom usar da oportunidade que a ordem maçônica oferece e desenvolver em si consciência e valores morais com vistas à sabedoria que conduz a felicidade da humanidade. É a razão de ser designado construtor social. O bom senso indica que a tarefa do malho e do cinzel ainda não terminou. Cabe ao maçom morrer e renascer diversas vezes e ressurgir sempre renovado de dentro da pedra bruta e disforme para servir de pedra angular na construção de templos vivos, purificados da maldade que o homem desenvolve quando se sociabiliza. Certamente o Grande Arquiteto do Universo, através daquilo que inspira o maçom a pensar com sabedoria, proverá as Luzes necessárias para iluminar os caminhos do futuro e usar da Sublime Instituição para a libertação do homem dominado pelo próprio homem. Bibliografia 1. ARANHA, Maria Lúcia de Arruda, História da Educação e da Pedagogia, Geral e Brasil, ISBN 85-16-05020-3, terceira edição, Editora Moderna limitada., 384 páginas, São Paulo, 2006. 1. ROHDEN, Humberto, Educação do Homem Integral, primeira edição, Martin Claret, 140 páginas, São Paulo, 2007. 2. ROUSSEAU, Jean- Jacques, Emílio ou Da Educação, R. T. Bertrand Brasil, 1995.
  • 11. JB News – Informativo nr. 2.283– Caxias do Sul – RS, sexta-feira, 30 de dezembro de 2016 Pág. 11/34 Ir Salvador Allende, MM da Loja Salvador Allende Lisboa - GOL A propósito do(s) conceito(s) de “Regularidade” na Maçonaria I – Introdução Segundo Daniel Ligou (11), Regularidade é uma das noções mais complexas da Maçonaria já que Maçons que se afirmam «regulares» não estão, mesmo entre eles, de acordo sobre os critér de regularidade. R.Dachez (4) refere que: “uma vez que na utilização maçónica, as palavras “regular” “regularidade”, fizeram a sua aparição em Inglaterra, desde o início da maçonaria especulat organizada, será à semântica inglesa que é preciso recorrer”. Por consulta do Oxford Eng Dictionary, temos, entre outros significados: -”O carácter do que é uniforme» e “O que está conforme uma norma estabelecida e reconheci numa palavra «normal» ”. A palavra “regular” distingue assim os maçons «normais», conformes estatuto corrente e em vigor, que reconhecem uma autoridade oficial, face aos «irregulares» não fazem parte desse estatuto. É na segunda metade do século XVIII, no contexto da grande disputa pelo controlo da Maçona Inglesa, entre as duas Gr. Lojas rivais (G.L.L. – Grande Loja de Londres ou «Modernos» – 1717 a G.L.A. ou «Antigos» - 1751/3»), que se deve compreender a primeira noção de “regularidade” Neste século, em Inglaterra é regular uma Loja que se submete à autoridade duma Gran loja e…. lhe paga as capitações. Em contrapartida os seus membros terão direito Solidariedade dessa Gr. Loja, preocupação essencial aos maçons da época e que, nomeadame nos «Modernos», deu origem à constituição dum comité de Solidariedade. Neste quadro, os Regulamentos Gerais («General Regulations») da G.L.L., publicados Constituições de 1723, definem claramente aquele conceito, no ponto VIII: “se um núm qualquer de Maçons resolvem entre eles formar uma Loja sem patente do Grão-Mestre, as Lo Regulares não poderão considerá-los ou reconhecê-los como Irmãos conveniente e correctame constituídos, nem aprovar as respectivas actividades ou decisões». A Maçonaria dessa altura ainda não se definia como «ordem iniciática e tradicional» m essencialmente como «Fraternidade de homens, reunidos em volta dos princípios gerais da mo cristã, leais aos poderes civis constituídos, engajados na ajuda e na assistência mútua, durant vida». 3 – A propósito do (s) conceito (s) de “Regularidade” na Maçonaria Salvador Allende
  • 12. JB News – Informativo nr. 2.283– Caxias do Sul – RS, sexta-feira, 30 de dezembro de 2016 Pág. 12/34 Na edição de 1738 constam já duas decisões tomadas pela G.L.L. em 1724 e agora integradas nova edição dos Regulamentos Gerais: “Nenhum dos que formem uma loja estabelecida sem consentimento do Gr. Mestre, poderá ser admitido nas Lojas Regulares, antes de ser submet e de ter obtido aprovação» e «Se os Irmãos formarem uma Loja sem autorização e iniciar irregularmente novos Irmãos, não serão admitidos nas lojas regulares, nomeadamente co visitantes, antes de efectuarem a sua submissão.” Vemos pois que a regularidade é então quase exclusivamente um processo administrativo eventualmente disciplinar. Regularidade administrativa e direito à solidariedade es indissoluvelmente ligados, nesta maçonaria inglesa inicial. Neste contexto o «reconhecimento unicamente o procedimento que permite assegurar se estamos em presença dum maçom e dum estranho. Ligado ao conceito de «regularidade» temos: o sinal, o toque e a palavra de pa do respectivo grau, que se ensinava ao jovem iniciado como os modos de reconhecimento («mo of recognition»). O problema da regularidade é claramente inter-Obedencial, já que entre duas obediências reconheçam regularidade recíproca ninguém discutirá a legitimidade dum Maçom iniciado nu loja justa e perfeita. Ainda segundo D. Ligou (11) o problema da regularidade maçónica e estritamente ligado às concepções que fazem diversas Obediências dos «landmarks», ou seja concepção doutrinal da Maçonaria. Por sua vez a «regularização» é, na maior parte da Obediências, um acto predominanteme administrativo, normalmente traduzido por uma cerimónia que consiste em «regularizar» Maçom, isto é eliminar-lhe o carácter «irregular», seja pela (re)iniciação ou pela (re)filiaç devido à pertença anterior a uma Obediência maçónica considerada como irregular, relativame aquela em que se está a afiliar, ou ainda por ter sido iniciado de modo irregular. Com a Formação da G.L.U.I. (“Grande Loja Unida da Inglaterra”) em 1813, o GOdF (“Gran Oriente de França”) passou a considerar-se herdeiro directo das Constituições de Anderson Obediência mais antiga no activo, não reconhecendo à G.L.U.I. a herança directa da G:.L:. Londres, pelas alterações doutrinais que entretanto aquela introduziu. Este posicioname reforçou as divergências entre as duas Obediências, que apesar de tudo e até aqui, mantiver um relacionamento, sem contudo estar suportado em qualquer tratado assinado mutuamente. No 3º quartil do Séc. XIX, com a “abolição” pelo GOdF do G.A D.U. do Artigo 1º da Constituiç agudizou-se o conflito e “cavaram-se trincheiras” entre aquelas que se tornaram as d principais visões doutrinárias da Maçonaria, a «regular / dogmática», de matriz anglo-saxónic de cariz mais conservador mas predominante em termos de efectivos, e a «liberal / adogmáti de matriz mais liberal. Todo este processo evolui ao longo do último quartil do século XIX até ao século X desembocando nos critérios que a G:.L:.U:.I:. adopta nos conhecidos «Princípios Reconhecimento» de 1929.
  • 13. JB News – Informativo nr. 2.283– Caxias do Sul – RS, sexta-feira, 30 de dezembro de 2016 Pág. 13/34 Neles coexistem os princípios de: - Regularidade «de origem» (ter sido fundada por 3 lojas ou por uma Grande Loja já regular) os da - Regularidade «doutrinal» (trabalhar com as 3 Grandes Luzes, afirmar a existência de De Grande Arquitecto e da sua vontade revelada e não possuir nenhuma relação com uma Obediên mista ou feminina). - Regularidade «territorial» ( só poderá existir uma Grande Loja por país e não poderá cr oficinas num país onde já exista uma G:.L:. regular. Obviamente são os princípios da regularidade «doutrinal» que maior peso apresentam ne diferendo. Em nossa opinião, a atribuição da «regularidade» inter-obedencial tem sido também instrumento primordial de que se tem servido a maçonaria anglo-saxónica para impor o domínio hegemónico à escala mundial. Aqui chegados é oportuno salientar que o «reconhecimento da regularidade» não signif reconhecimento «tout court», com troca de tratados, garantes de amizade e direito de visita recíproco. Temos o exemplo da obediência negra de «Prince Hall», já que não podendo duvidar ingleses ou os americanos da sua «regularidade» (criada por carta patente da G.L. Londres), restantes obediências anglo-saxónicas não têm relacionamento com ela ….. Por outro lado, a G.L.U.I. reconhece, segundo os seus critérios, «regular» a Grande Loja Israel, ao mesmo tempo que esta não corresponde aos critérios das Gr. Lojas Escandinavas. Gr. Lojas Americanas reconhecem na Europa, como regulares, Obediências que a G.L.U considera como irregulares…. Estes representam somente alguns dos exemplos conhecidos, m outros se poderiam salientar. Convenhamos que a «regularidade» exigida pelas obediências raiz anglo-saxónica e em especial pela G:.L:.U:.I:., tem no mínimo algumas nuances curiosa casuísticas..… Este diferendo expandiu-se potenciado em estreita relação com as influências geoestratégica políticas que lhe têm estado de um modo geral subjacentes, a saber, as esferas de influencia antigo império colonial Inglês, que implementou o modelo anglo-saxónico e as da Maçona Continental, com especial foco em França (GOdF), países latinos e América Latina, com a adop duma matriz «liberal / adogmática». Histórica e «doutrinariamente» podemos remontar génese da disputa às diferenças en a versão inicial da Constituição (1723) da Grande Loja de Londres (GLL), e as alterações cariz cada vez mais teísta, provocadas pelas revisões seguintes, sendo as últimas responsabilidade da G:.L:.U:.I:. (mas isto foi só o início da guerrilha ….) II – Da Inglaterra dos «Modernos» à dos «Antigos»
  • 14. JB News – Informativo nr. 2.283– Caxias do Sul – RS, sexta-feira, 30 de dezembro de 2016 Pág. 14/34 Em Inglaterra, na primeira metade do século XVIII existia uma única organização maçón predominante, protagonizada pela G:.L:.L:. já que a Gr. Loja de York foi progressivame reduzindo a sua actividade, apesar de contestar e não reconhecer a existência daquela). E situação alterou-se a partir de 1751/3, já que a partir desta data, passou a existir outra Gr. L rivalizando fortemente com ela, a Grande Loja dos “Antigos Maçons” (G:. L:. A:.), m conhecida como a dos «Antigos», que surgiu em meados do século (1751/3). Contrariamente apontado pelos historiadores ingleses do final do século XIX (Gould, Hugham, Sadler, …), resultou de nenhuma cisão dos «Modernos». Os primeiros membros do núcleo inicial que esteve na origem à G:. L:. A:. , (1750-51) er irlandeses emigrados em Inglaterra, iniciados na Irlanda. Estes imigrantes foram rejeitados, tiveram imensas dificuldades em serem recebidos nas lojas inglesas, quer em virtude da origem e condição social quer também devido ao facto de praticarem uma Maç.’. diferen essencialmente do ponto de vista ritualístico (voltaremos a este tema em próximo trabalh Profundamente revelador destas diferenças é o facto duma Grande Loja (G:. L:.) fundada 36 a depois da G:.L:.L:. ter aprovado a designação de Loja dos «Antigos Maçons». [I] A Escócia e na Irlanda constituíram também as suas Grandes Lojas, respectivamente em 173 1725/8. A. Bernheim (5) e (7) salienta que estas só reconheceram efectivamente a Grande L dos «Antigos», tendo, até então, um relacionamento muito limitado ou quase inexistente com G:.L:.L:. . Em resultado do acordo bilateral entre «Antigos» e irlandeses, nenhum Maçom «Modernos» se podia incorporar numa loja Irlandesa sem ser “re-iniciado e instruído” no rit dos «Antigos» (o chamado «ancient working»), situação que só se veio a alterar após o proce que levou à constituição da GLUI, por fusão dos «Modernos» e dos «Antigos», em 1813. As diferenças ritualísticas principais, reclamadas pelos «Antigos» face à G:.L:.L:. e que segu aqueles traduziam essencialmente a defesa da chamada antiguidade de raiz operat transmitida pelas “Old Charges” (Antigos Deveres) , eram as seguintes: - Abandono das orações nas cerimónias maçónicas; - Abandono da celebração das festas de S. João; - Inversão da ordem das palavras sagradas, Criticavam também fortemente a inexistência quer da “cerimónia de instalação secreta Venerável”, que reputavam de essencial, quer do grau do “Arco Real”. Em resumo e segu refere Philip Crossle (citado por A. Bernheim), em “The Irish Rito” (5), a história da Maçona Irlandesa é diferente da Inglesa e profundamente original, já que terá evoluído por conta próp sensivelmente a partir de 1680, independentemente das raízes escocesas e inglesas. Na Inglaterra do Séc. XVIII, segundo Dachez (4), como atrás referimos, o conceito regularidade de uma Loja era essencialmente administrativo (correspondendo à submissã autoridade de uma Grande Loja e ao pagamento das capitações). Tal implica que não poderem
  • 15. JB News – Informativo nr. 2.283– Caxias do Sul – RS, sexta-feira, 30 de dezembro de 2016 Pág. 15/34 considerar um Maç:. regular inglês como um Maç:. «dogmático», em oposição a um Maç:. «liber em França, tal como o entendemos hoje, já que esta oposição não tinha à época, qualquer sentid Contudo esta situação modificou-se ligeiramente com a criação da 2ª Grande Loja (a «Antigos»). Com um novo poder maçónico a pretender também exercer o controlo sobre universo maçónico inglês, era inevitável o conflito pela supremacia maçónica com a G:.L:.L:. , te como perspectiva estratégica a eventual sobrevivência a longo termo. Ainda segundo Dachez (2), (4), Herrera-Michel (10) e outros a «regularidade» tem servido p atribuir à Maçonaria um certo espírito tradicional e cristão de origem operativa o que, na opinião, contraria fortemente a segunda parte das Constituições de 1723, atribuída Désaguliers, designada por “As obrigações de um Franco-Maçom e os Regulamentos Gerais”. É curioso verificar algumas alterações (a bold e sublinhado, no texto abaixo) de carácter m “pró-teísta” introduzidas na versão de 1738, face à de 1723, para além do reconhecimento grau de MM.'. e da lenda de Hiram. (No Artigo I (Obrigações respeitantes a Deus e à Religião aparece «Um Maçom está obrigado a observar a lei moral em tanto como Noaquita (uma relig anterior ao Antigo testamento, celebrada por um Noé transformado em «pai de todos os povo e se compreender o Craft (Confraria) não será jamais um ateu estúpido nem um libert irreligioso... Nos tempos antigos os Maçons cristãos tinham que se conformar com os costum cristãos de cada país no qual trabalhavam ou viajavam..... Mas a Maçonaria existe em todas nações de religiões diversas...». Qual o motivo destas alterações, que permitem sugerir u eventual aproximação ao anglicanismo ??? Quando da constituição da sua GL, os «Antigos» obviamente alteraram as Constituições de 17 adaptando-as às suas necessidades. Modificaram substancialmente o primeiro capítulo «Obrigações», por forma a dar-lhe o formato religioso que actualmente conhecem desaparecendo o espírito de tolerância que emergia do texto de 1723. Neste (“Um Maçom e obrigado a observar a lei moral a compreender a Arte e não será jamais um ateu estúp nem um libertino irreligioso...”) nada nos indica ou sugere, quer nas «Obrigações de um Fran Maçom» quer nos «Regulamentos Gerais» a obrigação da «crença num Deus revelado» co fórmula administrativa numa Loja. A G:.L:.L:. publicou as suas Constituições em 1723 /38/ 56 /67 e 1774, sendo esta a data última versão publicada pelos «Modernos». Os «Antigos», defendiam que «Modernos» interpretavam de uma forma laxista os ensinamentos cristãos, repudiando dogmas e dando preferência à razão, relativamente à Bíblia e às tradições, privilegiando a mo face à doutrina e evidenciando uma ampla tolerância em matéria religiosa. A envolvente social e política ocasionada pelas ondas de choque da Revolução francesa do lado lá da Mancha, foram determinantes para a união das duas Grandes Lojas, 48 anos após a funda da G.L. dos «Antigos», beneficiando do facto de dois elementos da casa real (duques de Kent e
  • 16. JB News – Informativo nr. 2.283– Caxias do Sul – RS, sexta-feira, 30 de dezembro de 2016 Pág. 16/34 Sussex) dirigirem as 2 Grandes Lojas, vindo a ser este último o primeiro G:.M:. da recém-cri GLUI.. Uma das consequências da unificação das duas G:.L:.s inglesas, foi a de que, a partir de momento, a Bíblia passou a estar solenemente presente em todas as sessões em lo consolidando as pretensões eclesiásticas do anglicanismo na Maçonaria inglesa. Co consequência as novas versões das anteriores Constituições de Anderson passaram a adopta referência a “Deus e ao Grande Arquitecto do Universo (GADU)”, que não exist anteriormente. III – França, da Constituição do GOdF ao século XIX e deste à “retirada” do Gran Arquitecto Até quase meados do século XVIII não foi muito visível, quer em Inglaterra quer em França diferendo entre uma Maçonaria «antiga» e outra «moderna», sendo nestes dois países respectivas maçonarias sensivelmente idênticas quanto aos graus azuis, como evidenciam vár autores, nomeadamente A. Bernheim (6), (7) e Dachez (4). O conflito iniciou-se com a criação grande Loja dos «Antigos» em Inglaterra. Até à criação do GOdF em 1773, reclamando a continuidade da GLdF (“Grande Loja de Franç as lojas expandem-se consideravelmente, a partir de 1725. Desde o início o GOdF proclama como herdeiro das Constituições de 1723, baseando-se no pressuposto de “que para estabelecer uma comunidade com laços fraternais entre todos os homens, não se pode im nenhuma crença, ao mesmo tempo que a qualidade maçónica de qualquer membro não pode obri à adesão a um dogma determinado” (10), ……contrariamente ao que obriga a GLUI (e os Antigos A crença na existência de Deus (num sentido amplo, representado pelo G:.A:.D:.U:.) é ainda referencial da maçonaria francesa (na Constituição e prática das Lojas) durante o séculos XVI até ao terceiro quartil do século XIX, sobretudo no “célebre” ano de 1877. No século XIX existem motivos de cariz quer sócio-políticos, quer económicos, objectivamente reforçam esta abordagem. No final do Segundo Império, a França tinha perd a guerra e parte do seu território. Foi restaurado um sistema republicano ameaçando a Igr Católica, que perdeu o estatuto privilegiado de religião de estado, levando-a como reacçã envolver-se em questões políticas. Por conseguinte, a Igreja condena tanto a República com Maçonaria que a suporta, o que perturba o equilíbrio das Lojas onde, pouco a pouco, católico monárquicos se encontrarão em minoria ou até excluídos. As Lojas tornam-se gradualmente republicanas e anticlericais. Muito rapidamente (cerca de d anos), a obrigação da “crença na fé em Deus” vai primeiro mudar para o sentido redutor e dei
  • 17. JB News – Informativo nr. 2.283– Caxias do Sul – RS, sexta-feira, 30 de dezembro de 2016 Pág. 17/34 dum "Princípio criador", e em seguida para o nada, já que será suprimido nas constituiç 1877. Na famosa sessão do convénio do GoDF em 13 de Set.1877, o pastor protestante Fréde Desmons, membro do conselho da Ordem, colocou à votação a proposta do «princípio agnosticismo» da Obediência, obtendo na altura uma ampla maioria de apoio. Entre outros pont no discurso em que sustentou o pedido, referiu (10): “..... Pedimos a supressão desta fórmula, porque se é embaraçosa para o Veneralato e para Lojas, não o é menos para os profanos que, animados de sincero desejo de formar parte da no grande e bela Instituição, generosa e progressista, vêm-se bloqueados por esta barre dogmática que a sua consciência não lhes permite ultrapassar”, e mais à frente: “..... Deixemos aos teólogos o cuidado de discutir os dogmas, deixemos as igrejas autoritárias cuidado de formular as suas Syllabus, para que a Maçonaria se situe no que deve ser, u instituição aberta a todos os progressos, a todas as ideias morais elevadas, a todas inspirações amplas e liberais”, e ..... “..... que se proteja muito bem a Maçonaria de preten ser uma igreja, um Concílio ou um Sínodo, porque todos estes foram violentos e perseguidores isto por terem sempre querido ter um dogma como base. O dogma pela sua natureza essencialmente Inquisidor e Intolerante”. A aprovação da proposta do reverendo Desmons, provocará a supressão da afirmação que Maçonaria tinha «por base a existência de Deus e a imortalidade da alma», consta do Artigo 1º da Constituição e inscrito desde 1849 (qualificada como dogmática (mu contestada pelos sectores mais liberais). Portanto desde 1849 até esta data e apesar da fo contestação da ala mais activa, os princípios constitucionais formais do GOdF face à GLUI eram assim tão diferentes, neste ponto .... A inscrição teísta de 1849, deveu-se a pressões politicas exteriores, suportadas intername pelos sectores mais conservadores, que movidos por convicção e /ou por estratégia polít pretendiam não se afastar significativamente dos ingleses no conceito e implementa duma Maçonaria «obediente e bem comportada” de cariz conservador.... , como sustentáculo regime e inibidora de alterações sociais significativas. Nessa altura e a pedido do Grão-Mestre em exercício o Convénio especificou que a Institui «não excluía ninguém pelas suas crenças», reservas que não deveriam impedir que as Obediênc Anglo-saxónicas rompessem posteriormente com o GOdF. Segundo A. Bauer (4), e em substância, desde 1773 que os Artigos II e III da prime constituição do G:.O:.dF:. indicam: “O que é um Maçom Regular? – Um Maçom membro de uma Loja Regular” “O que é uma Loja Regular? – Uma Loja que possui constituições acordadas ou reconhecidas p G::O:.d.F:. , que tem o direito único de as fornecer («délivrer»)”
  • 18. JB News – Informativo nr. 2.283– Caxias do Sul – RS, sexta-feira, 30 de dezembro de 2016 Pág. 18/34 Aqui chegados não admira a reacção da conservadora Inglaterra ardentemente desejosa manter o império colonial intacto e protegido destas perigosas e “subversivas” ideias.... IV - Da reacção da GLUI e das Obediências Anglo-Saxónicas Após a união concretizada em 1813, foi estrategicamente delineada e imposta pela GLUI a supremacia absoluta na condução da Maçonaria mundial, facto nunca registado na Maçona até essa data, suportado na «meia-verdade» ou até «falsidade» de se reclamar como hera directa da G.L.L. e desta como origem da maçonaria especulativa. Obviamente que esta pretensão só pode ser acatada por aqueles que têm intere particular nessa subordinação. A partir dessa altura, os ingleses passam a desqualifica Maçonaria continental, especialmente as que consideram a maçonaria «política» francesa aristocrática alemã, por não se sujeitaram aos seus interesses e ditames, não capitulan perante os imperiais interesses ingleses. Sendo o GOdF a potência maçónica que encabeça a contestação ao absolutismo inglês, reivind que apesar de ter nascido organicamente em 1738 (com a constituição da GLdF) e politicame em 1773, é a Obediência mais antiga das existentes, referindo desde sempre às Constituições 1723 como o documento juridico-fundacional da moderna Maçonaria, tendo as relações int Odediências como norma e conduta o respeito por cada Grande Loja ou Grande Oriente. Ne pressuposto as Grandes Lojas que se dizem “regulares” não são na prática nem autónomas n soberanas, apesar de se proclamarem como tal e do mesmo constar nos seus estatutos. Não é pois de estranhar que a defesa pela Maçonaria francesa de temas sensíveis como o id da República, da democracia liberal e da laicidade origine diferenças conceptuais e políti significativas em torno dos dois lados e vá criando barreiras face ao império britânico De acordo com os princípios aprovados, o novo texto constitucional do GOdF preconizava que: Maçonaria tem por princípios a liberdade absoluta de consciência e a solidariedade huma Não exclui ninguém em razão do seu credo». A partir dessa data cortaram-se definitivame as relações entre ambos (que nunca tinham sido formalizadas oficialmente...) e com base sistema discriminatório suportado nos célebres «Princípios Básicos para o Reconhecimento» Grandes Lojas (G.L’s)» (vulgo «landmarks»), passou a GLUI a decidir, país a país quem definitivamente «regular» ou não. Na América, as Grandes Lojas ditas «Regulares», sob influencia das GG:.LL:. dos Estados Unid seguem os 25 «Landmarks» preconizados por Albert Mackay em 1864, apesar do seu manife anacronismo. Os defensores deste «status quo», baseando-se em Mackey, sustentam contra t a evidência que, cada um dos 25 mandamentos redigidos é de antiguidade incontestável. argumentação representa uma leviandade que não resiste à mais ligeira das análi históricas (p. ex: quando da criação da GLL só existiam 2 graus e não 3, nada apontava à le de Hiram nos rituais maçónicos, não existia até então o Grão-Mestre, etc)
  • 19. JB News – Informativo nr. 2.283– Caxias do Sul – RS, sexta-feira, 30 de dezembro de 2016 Pág. 19/34 (10). Curiosamente, quer a G.L.U.I. quer as G.L’s que a apoiam, não se referem a nenh «landmark», mas somente à Observância dos 8 pontos de Londres definidos em 1929 e revis em 1989. a) - Os 8 pontos de Londres de 1929 O diferendo GLUI / GOdF ampliou-se também pela pressão no enquadramento da nova burgue colonial nascente, nas respectivas áreas de influência, alfobre de quadros tão necessários desenvolvimento nacional e regional/local. Daí surgirem as designações de «regular» «irregular» atribuídas reciprocamente, que até hoje continuam a dividir a Ordem e que tinh até então, significados e interpretações diferentes. Por outro lado a codificação dos «landmarks» de 1929 em que a GLUI vem basear regularidade» representa a própria negação da versão original (1723) das referi «Obrigações de um Franco-Maçom». Na prática a Maçonaria Anglo-Saxónica elaborou uma tríade de documentos que passaram constituir os marcos referenciais deste tema: - “Basic Principles for Recognition” – GLUI (1929); - “Aims and Relationships of the Craft” – Home Grand Lodges (Inglaterra, Escócia e Irland 1949) - “Standards of Recognition” – COGMINA (Estados Unidos, Canadá e México) – 1952 Basicamente os pontos mais sensíveis podem-se reduzir a cinco, sendo por ordem decrescente importância os seguintes: 1 – Crença num «Ser Supremo e na sua vontade revelada» (GLUI-1929) ou ainda mais clarame em «Deus» (USA – 1952), esta exigência «não admitindo nenhum compromisso» (Home Gr Lodges (HGLs) – 1949). O «volume da Lei Sagrada», elemento essencial da Loja (GLUI 1929, U 1952), significando «a revelação vinda do Alto» (GLUI-1929, confere ainda um «caracter santidade» ao juramento que é prestado pelo Iniciado (HGLs – 1949); 2 – Interdição de debates políticos e religiosos (GLUI 1929, HGLs 1949, USA 1952); 3 – Interdição de visitas mútuas com membros de corpos maçónicos «irregulares», inclui especialmente os que apresentem mulheres entre os seus membros (GLUI 1929, HGLs 1949); 4 – Independência das Lojas Simbólicas a respeito das jurisdições dos Altos Graus (GLUI 19 HGLs 1949); 5 – Regularidade de origem (GLUI 1929, USA 1952). b) – E os 8 pontos de Londres de 1989 Os pontos dos «princípios» de 1929 foram entretanto alvo, pela GLUI, duma tímida revisão 1989, sendo a nova redacção dos mais pertinentes, a seguinte (10):
  • 20. JB News – Informativo nr. 2.283– Caxias do Sul – RS, sexta-feira, 30 de dezembro de 2016 Pág. 20/34 3 – O maçom da jurisdição de uma Grande Loja deve ser varão e nem ele nem as Lojas devem contacto maçónico com Lojas que admitem mulheres como membros; 4 – Os Maçons da sua área de jurisdição (Grande Loja) devem crer num Criador Supremo 5 – Todo o Maçom da sua jurisdição deve efectuar o juramento sobre um volume da lei sagr (Bíblia ou o livro que considere adequado); 8 – A Grande Loja deverá aderir aos princípios estabelecidos e aos usos e costumes da Ordem insistir em que sejam observados nas suas lojas; Da leitura comparativa entre os «Princípios Básicos» de 1929 e os de «1989», podemos reti duas conclusões importantes: a) – A proibição de reconhecimento de Obediências mistas ou Femininas, apesar da GLUI não reconhecer, permanece agora somente para as Lojas e os Maçons e não para a Grande Loja, o q representa um avanço significativo face à versão anterior; b) - A obrigação da fé num Deus e na sua vontade revelada é substituída pela simples crença n «Criador Supremo», outra abertura significativa no caminho da tolerância; No entanto e na prática, apesar de aprovados estes pontos nunca foram implementados Dachez (4)., continuando em vigor os 8 pontos de 1929. VI – Concluindo: Os diferendos entre Paris e Londres reacenderam a discussão relativamente à liberdade consciência e de pensamento, e estiveram na origem da laicização das Constituições e dos ritu franceses. Este cadinho de acontecimentos e transformações ocorridos sobretudo ao longo segunda metade do século XIX, configurou um enorme estímulo para que a Maçonaria «Liberal «adogmática», evidenciasse no primeiro quartil e na segunda metade do século XX (após o fim terror nazi e da 2ª guerra mundial), uma forte dinâmica e grande autonomia intelect adaptando-se aos tempos e, mais importante, enquadrando consistentemente as novas matrize valores culturais. O GOdF que durante bastante tempo negligenciou ostensivamente este tema, passou a introdu lo a partir de 2002 nos cabeçalhos documentais, onde se passou a ler « GOdF, Potência Simbó Regular Soberana»…. Não o era até aquela data? Segundo R. Dachez (4) “Em França não s tanto a palavra «regular» e menos ainda o que significa sem qualquer ambiguidade na G Bretanha ou nos USA, que provoca reacção, é sobretudo o qualificativo de «irregular» que irr e suscita a corrosão dos que o propagandeiam» Com o fim dos impérios coloniais, atenuado o interesse geopolítico da utilização da Maçona como cimento agregador das classes dirigentes colaboracionistas das ex-colónias, o conceito «regularidade» sobrevive, quer a partir do desconhecimento geral da sua origem, quer conflitos maçónicos internos que se originaram em cada país, resultantes da resistência adopção dos princípios democráticos e republicanos defendidos pelo sector maçónico de orig francesa.
  • 21. JB News – Informativo nr. 2.283– Caxias do Sul – RS, sexta-feira, 30 de dezembro de 2016 Pág. 21/34 Estando este diferendo estreitamente ligado às concepções doutrinárias e respecti «landmarks», um eventual acordo de todas as potências maçónicas não se nos afigura prová (talvez, quando muito, a longo prazo). É um facto inegável que desde o século XVIII, a Maçonaria «regular» não participou enormes acontecimentos sociais e políticos de que se orgulha a Ordem. Na maior parte casos as G.L’s “regulares” actuaram persistentemente em prol da defesa do establishment e d interesses do império britânico. Ao analisarmos resumidamente as causas das divisões subjacentes aos dois ramos princip da família maçónica, duas questões fundamentais se nos colocam: - Poderá a instituição mais universalista que existe, face aos tempos actuais, excluir do seu s verdadeiros Maçons (Homens e Mulheres) por razões doutrinárias, mais ou menos arbitrária de cariz dogmático («os Landmarks»)? - Poderão registar-se caminhos de aproximação e convergência mínimos para que a Maçonaria e organizações que asseguram o seu funcionamento deixem de se digladiar e se reaproximem, s perda da identidade e origens, mas atenuando se algum modo o estigma da «regularidade» «irregularidade» inter-obedenciais? Em nossa opinião, a Maçonaria não poderá (muito pelo contrário) excluir do seu seio aque que têm todas as qualidades e condições para nela ingressarem, pelo simples facto de “acreditarem num Deus revelado” e em consequência não poderem efectuar os juramentos sob livro sagrado». A exclusão indevida e a divisão não potenciam a Força que, mais do que nun necessitamos.... De 1960 à actualidade, registou-se um acelerado declínio do ramo «regular» apesar de ai constituir aproximadamente 85 % dos efectivos mundiais (Dachez (4)). A Maçonaria american inglesa registou neste período, uma diminuição muito significativa (cerca de 65% dos efectiv e destes quase metade é «inactiva») em contraponto a alguma pujança e recuperação da corre «adogmática / liberal». Estes factores, conjugados com as novas realidades sociais, política geoestratégicas, poderão eventualmente auxiliar ao objectivo da aproximação, sempre nu perspectiva de longo prazo, não abdicando ambas as partes do essencial dos valores defendem. O caminho é difícil, mas os homens e mulheres de livre pensamento não desistirão de desbasta pedra bruta do sectarismo, atenuando as arestas do dogmatismo anglo-saxónico ainda reinan Os sólidos anéis da cadeia que nos une, devem ser mais importantes do que alguns formalism concepto-ritualísticos algo anquilosados e actualmente pouco consistentes, tornados «landmar por MacKay, século e meio após as Constituições de Anderson iniciais. …. .
  • 22. JB News – Informativo nr. 2.283– Caxias do Sul – RS, sexta-feira, 30 de dezembro de 2016 Pág. 22/34 Deste modo tem-se gorado a possibilidade de entreabrir portas para um futuro relacioname maçónico formal da GLUI com as Lojas e Obediências que caminharam no sentido de concreti as duas grandes e inevitáveis tendências da Ordem, nos séculos XX e XXI: i) - a incorporação da Mulher nos trabalhos Maçónicos e a ii) - liberdade de consciência. Porquê viver agarrado estaticamente ao passado se é do presente e sobretudo do futuro q temos de tratar, continuando contudo a honrar, sob um olhar actual, as nossas origens e essência dos inefáveis princípios que nos sustentam, antes que a Nobre e Augusta Institui Maçónica seja também ela fustigada pelos sinais dos tempos e se dissolva progressivamente no dos anos futuros .… Ir.’. Salvador Allende, M.’. M.’. R.’.L.’. Salvador Allende G.’.O.’.L.’. Bibliografia: 1) - “Anderson’s Constitutions for Freemasons-1723 / The Wilson Manuscript” 2) – “Les Origines de la Maçonnerie Spéculative” – Roger Dachez, revista “Renaissance” 3) – “The Genesis of Freemasonry” – Douglas Knoop e G.P. Jones” – Manchester University Press – 1947 4) – “Franc-Maçonnerie: Régularité e Reconnaisance – Histoire e Postures” – Roger Dachez – Éditions Confome nº 5 - Paris 5) – “Régularité Maçonnique” – Alain Bernheim – Éditions Télétres – Paris (2014) 6) – “El Rito Francés – Historia, Relexiones y Desarollo” – A. Guerra – Ediciones Masonica 7) – “La-Regularidad-Masonica-en-una-nueva-Luz” – Learche, W-Cox 8) – “Historia de la Masoneria” – Ivan Herrera-Michel 9) – «Maçonaria Especulativa e Sir Robert Moray» - José Marti M:. M:. (Blog da R:. L:. Salvador Alende) 10) – “Dictionnaire de la Franc-Maçonnerie” - Coord. Daniel Ligou – èditions PUF , 6ª ed. – Paris (2005) 11) – “A Polémica da Regularidade – Origens e Evolução” – Salvador Allende M:. M:. [I] - No entanto esta Maç.'. irlandesa possuía já um 3º grau e até um 4º e último grau, o chamado “Arco Real”, superior ao grau de M M.'., que consideravam como «a raiz, o coração e a medula da Maçonaria», como referiu Lawrence Dermott (1º Grão-Mestre) no «Ahim Rezon» (constituição dos “Antigos”), enquanto a Maçonaria Inglesa estava ainda a consolidar o 3º Grau.
  • 23. JB News – Informativo nr. 2.283– Caxias do Sul – RS, sexta-feira, 30 de dezembro de 2016 Pág. 23/34 Ano 04 - artigo 28 - número sequencial 257 – 11 julho 2010 Potência ou Obediência Maçônica? Saudações estimado Irmão, sua Loja está vinculada a uma POTÊNCIA ou OBEDIÊNCIA MAÇÔNICA? Este tema é singularmente complicado porque a essência do significado dos qualificativos se perdeu em detrimento ao uso inadequado dos adjetivos. Quantas vezes vemos ou ouvimos que a Loja “Y” é uma verdadeira Potência e quantos novos agrupamentos de três ou mais Lojas se intitulam Obediência Maçônica e ainda tem muito site oficial onde as Instituições usam e abusam do “lato sensu”. Vejamos então o sentido “stricto sensu” das palavras: Potência, substantivo feminino, que é a qualidade de potente, sendo potente um adjetivo “do que pode”; que tem a faculdade de fazer ou produzir algo ou ainda: que tem o poderio ou importância. Obediência também é um substantivo feminino que designa o ato ou efeito de obedecer, do latim obedire que segundo alguns pensadores vem a ser uma virtude, obedecer implica em cumprir ordens de outras pessoas. Para gerar mais inquietudes vou reformular a pergunta inicial do artigo: Saudações estimado Irmão, sua Loja está vinculada a uma Instituição Maçônica que manda ou obedece? Se manda ela é poderosa, se obedece ela é virtuosa? Trataremos um pouco de história, retornando à gênese da Maçonaria Operativa: em 24 de junho (Dia de São João Batista) de 1717, na cidade de Londres os Obreiros de quatro LOJAS se reuniram e decidiram trabalhar juntos em prol dos valores que separadamente cultuavam e nasceu a GRANDE LOJA. Eles mesmos intitulam a Grande Loja da Inglaterra como a “LOJA MÃE” e Maçons de outras Lojas, localizadas em outros endereços (ORIENTES) para serem “legítimos Irmãos/filhos” precisavam do seu reconhecimento, que por sua vez era materializado por uma “Certidão de Nascimento” (Carta Constitutiva). Mas não bastava apenas solicitar a emissão do documento, era preciso se enquadrar às regras e cumprir um juramento de acatar as ordens (novas Leis) que lhe forem dadas. Daí então surgiu estas denominações, a Grande Loja da Inglaterra foi a 4 – Potência ou Obediência Maçônica? Sérgio Quirino Guimarães
  • 24. JB News – Informativo nr. 2.283– Caxias do Sul – RS, sexta-feira, 30 de dezembro de 2016 Pág. 24/34 primeira POTÊNCIA MAÇÔNICA por ter a faculdade de fazer (maçons) ou produzir algo (lojas) e as Lojas que receberam sua “Carta Constitutiva” (ou documento semelhante) se tornaram OBEDIÊNCIAS MAÇÔNICAS, pois deveriam cumprir ordens de outras pessoas. No Brasil temos três situações: 1) Uma Potência com várias Obediências; 2) Várias Potências sem Obediências; 3) Algumas Obediências. O primeiro caso é o GOB por ter uma estrutura federal (governo central) e várias estruturas estaduais (GOB-MG / GOB-SP). O segundo caso são as Grandes Lojas e os Grandes Orientes Independentes, pois cada qual tem sua jurisprudência restrita a um dos estados da federação e entre eles há um salutar intercâmbio visando o progresso mútuo, porém sem a intervenção na administração, (CMSB = Grandes Lojas e COMAB = Grandes Orientes Independentes e Grandes Lojas Independentes) e a terceira situação exige um pouco mais de conhecimento, então vejamos: Algumas Potências Maçônicas estrangeiras costumam fundar Lojas além da fronteira física de seu país, estas Lojas são totalmente independentes das Potências ou Obediências nacionais, vinculando-se diretamente à estrutura maçônica de seu país e apesar de serem apenas uma Loja recebem a denominação de Obediência Maçônica, (no Brasil temos várias Lojas da Grande Loja Unida da Inglaterra). Na verdade e sinceramente falando, Potência ou Obediência Maçônica em nada modifica a razão de sermos Maçons, é semelhante a uma Loja “grande” ou uma Loja “pequena”, não vale o tamanho do grupo, mas sim o valor individual dos componentes. A atuação de cada Maçom nos trabalhos da Loja é que traz a pujança para a Ordem. Comprometa-se com o estudo e a prática dos nossos princípios, ai está a virtude da obediência e a possibilidade da potencialização de sua condição de Homem Justo e de Bons Costumes. Perante um alvo, o foco deve ser o menor círculo e no nosso caso concentremo-nos na nossa Loja Maçônica. ***Algumas Instituições Maçônicas justificam o uso do adjetivo “Potência” por terem um grande número de Lojas e ou Irmãos e “Obediência” por cumprirem os preceitos maçônicos. Fraternalmente Quirino Sérgio Quirino - ARLS Presidente Roosevelt 025 - GLMMG Contato: 0 xx 31 8853-2969 / quirino@roosevelt.org.br Facebook: (exclusivamente assuntos maçônicos) Sergio Quirino Guimaraes Os artigos publicados refletem a opinião do autor exclusivamente como um Irmão Maçom. Os conteúdos expostos não reproduzem necessariamente a ideia ou posição de nenhum grupo, cargo ou entidade maçônica.
  • 25. JB News – Informativo nr. 2.283– Caxias do Sul – RS, sexta-feira, 30 de dezembro de 2016 Pág. 25/34 Anestor Porfírio da Silva M.I. e membro ativo da ARLS Adelino Ferreira Machado Or. de Hidrolândia-GO Conselheiro do Grande Oriente do Brasil/Goiás anestorporfirio@gmail.com O LIVRO DA LEI E A VAIDADE Por sua aprimorada cultura e incomparável sabedoria, é atribuída a Salomão a autoria dos livros bíblicos, Eclesiastes, Cântico dos Cânticos e Provérbios, com o que muitos historiadores não concordam porquanto tais obras apareceram bem depois da sua morte. Esses argumentos, no entanto, decorrem de conjecturas e suposições, pois no tempo já transcorrido desde aquela distante época não se tem informações de quaisquer outros indícios que ao menos sirvam para, à luz da verdade, ajudar na elucidação de tal dúvida. Mas claro está que Salomão, na sua época, inigualável em inteligência e sabedoria, é o nome mais respeitado pelo imenso universo de religiões, seitas, sociedades secretas e até a maçonaria. Desde a infância, Salomão foi um homem preocupado com a sua própria formação. Para tanto, teve uma vida participativa em atividades culturais e religiosas da época. Em Memphis, foi iniciado nos Grandes Mistérios, uma espécie de escola de ensinamentos, que reunia em seus quadros os homens mais sábios de todo o Egito e impérios adjacentes. Essa escola era ligada à Grande Fraternidade Branca, no Egito, e tinha como finalidade a transmissão de conhecimentos sobre os mistérios místicos e esotéricos da vida. Lá, ele conheceu os princípios e fundamentos de algumas correntes doutrinárias influentes como a do Obscurantismo, a dos Iniciáticos e a da Força Negativa, com as quais mais tarde teria que se defrontar para não ceder o trono a seu irmão Adonias. Os registros bíblicos indicam que a sabedoria de Salomão foi resultante das experiências de sua vida e do vasto conhecimento que ele tinha sobre as tradições de seu povo. Salomão foi rei de Israel por aproximadamente 40 anos. Seu reinado foi tranqüilo, sem conflitos internos porque, segundo afirmam, Davi, seu pai, rei que o antecedeu, antes de entregar- lhe o poder teria eliminado todas as divergências entre as tribos do império de Israel. O Magnífico, como também era chamado, teve então tempo para aumentar impostos, empreender grandes obras e acumular riquezas. Porém, durante os melhores dias de sua vida, a vaidade o levou ao caminho do erro, com as relações comerciais de seu governo ficando em segundo plano, enquanto se envolvia com inúmeros casos amorosos, tomando por suas esposas mulheres belas e sedutoras, daí surgindo relacionamentos que conturbaram sua mente e o influenciaram a aceitar a prática da perversão e da idolatria. Isso foi o bastante para que Salomão esquecesse um pouco das finanças do seu reinado o qual, em curto espaço de tempo, se descontrolou atingindo acentuado declínio financeiro, fato que inviabilizou a realização de alguns de seus importantes projetos. 5 – O Livro da Lei e a Vaidade Anestor Porfírio da Silva
  • 26. JB News – Informativo nr. 2.283– Caxias do Sul – RS, sexta-feira, 30 de dezembro de 2016 Pág. 26/34 Na velhice, por inúmeras vezes se deteve em analisar o que fizera durante seus anos de vida e diante de tantas conclusões negativas acabou por mergulhar-se em completa desilusão. Compreendendo a vaidade como algo fútil, insignificante, se deu conta de que tudo o que havia feito foi com espírito extravagante e materialista, embalado pelo desejo imoderado de “fazer”, de “ser” e de “ter” para ganhar a admiração dos outros. Para alívio de sua consciência ante a missão Divina que lhe houvera sido confiada, ele se manifestou: “Tudo o que fiz foi para alimentar minha vaidade terrena. Tudo foi em vão e ilusório.” Daí originou-se o entendimento teológico de que, para a palavra de Deus, que é a Bíblia Sagrada, “vaidade” significa ilusão, vazio, coisa inútil e sem valor, coisa transitória, efêmera, sopro, algo que possa se assemelhar ao vento que passa, vai, faz um giro e volta sem rumo, algo sem sentido. Note-se que esse significado não é o mesmo que se dá ao uso de jóias, roupas, ornamentos etc.. Depois das experiências vividas durante o seu reinado, das inúmeras meditações em que, resignadamente, se submeteu e já na fase das lembranças do passado, angustiado por nada mais lhe restar senão escassos dias antes da chegada da morte, Salomão se ocupa em explicitar a vaidade e as palavras do sábio pregador nos remetem ao entendimento de que o dito vocábulo tem muito a ver com a vontade ambiciosa que todos nós também temos de querer sempre fazer mais do que já fizemos, de sermos mais do já somos e de termos mais do que já temos. Aí, evidente que algo condenável nos sobressalta aos olhos, quando Salomão mostra, segundo sua sabedoria, que a vaidade está colocada fora da palavra de Deus, através de frases concludentes que não deixam dúvidas a esse respeito. Proferidas há milênios, suas sábias palavras têm o sentido de uma luz espiritual que serve de guia àqueles que, pela fé na continuação da vida após a morte, ostentam a crença da salvação. De fato, é indubitável que qualquer ato por nós praticado carrega em si certa dose de vaidade e a conseqüência disso é que acabamos nos tornando navegadores no mar das futilidades, das incertezas e da extravagância, já que, no final, nada aproveitaremos, tudo será em vão. Durante seu reinado, Salomão construiu grandes e importantes obras e se vangloriava de seus feitos a ponto de sentir vaidade de suas vaidades. Supõe-se que foi em decorrência disso, que surgiu a máxima das expressões sobre esse vocábulo, contida no versículo 8, do Capítulo 12, de Eclesiastes cuja autoria lhe é atribuída: “Vaidade das vaidades! Diz o pregador, tudo é vaidade.” Conforme já se disse, teve o Magnífico, em sua incomparável sabedoria, o poder das pregações acerca da vaidade, no que viu a qualidade de coisa vã, sem valor e força do mal que afasta a criatura humana do amor de seu Criador. Se percorrermos seus escritos, em Eclesiastes e Provérbios, iremos encontrar, dentre tantas, as seguintes e mais claras conclusões de Salomão acerca da vaidade: “Examinei tudo e tudo é vaidade!” “Quando me pus a considerar todas as obras de minhas mãos e o trabalho no qual me tinha dado para fazê-las, eis: tudo é vaidade e vento que passa!” Muitos indagam por que a maçonaria não sendo religião evoca e exalta, em sua ritualística, a memória daquele que foi um dos homens mais cultos e mais sábios de sua época, mencionando em seus rituais a “vaidade”, o “Templo de Salomão” e a “lenda de Hiram”, esta
  • 27. JB News – Informativo nr. 2.283– Caxias do Sul – RS, sexta-feira, 30 de dezembro de 2016 Pág. 27/34 também ligada a Salomão e ao referido templo. Os motivos são vários, mas aqui, sendo a vaidade o tema em destaque, cabe esclarecer por que as palavras de Salomão acerca desse vocábulo são lembradas pela mencionada instituição. O surgimento da maçonaria derivou de associações representativas de certos segmentos sociais organizados, criadas há dezenas de séculos, por força de alguns interesses, dentre eles, o de preservar segredos profissionais, manter vivos valores éticos e morais, além dos bons costumes que vinham sendo ameaçados pela depravação e pela perversão da sociedade. Nos escritos que deram origem à sua existência, seus princípios e fundamentos, e em razão dos fins que a Ordem Maçônica Universal se propôs a alcançar, alinhou-se então o perfil ideal de seus membros, tendo- se por base os mencionados valores com os quais os indivíduos adeptos daquelas associações se identificavam e que foram mantidos até os dias de hoje. Desses valores a maçonaria nunca pôde prescindir porque foram eles os principais responsáveis pelo respeito e pela admiração que as sociedades e os governantes passaram a ter por ela e por seus membros depois de se convencerem da seriedade com que a referida instituição trabalha para atingir suas finalidades, dentre elas, uma das maiores, que não é outra senão a construção de um mundo cada vez melhor para todos. Assim, pode-se dizer que esse perfil ideal é o de quem se revela: I) como homem que acredita na existência de Deus e na prevalência do espírito sobre a matéria e não ímpio, que não crê em Deus e despreza a religião; II) como homem humilde, caridoso, simples, modesto e não avarento, que se preocupa apenas com os seus próprios interesses; III) como homem piedoso, bom, humano, aberto, discreto e não soberbo, cheio de orgulho e arrogância; IV) como indivíduo leal, honesto, sincero, verdadeiro, digno de confiança e não impostor, mentiroso, fingido e hipócrita; V) como indivíduo afável, bem-educado, atencioso, comedido, amável e não estúpido, rude, inculto e descortês; VI) como pessoa decidida, que demonstra coragem para enfrentar desafios, principalmente, quando o bem ameaçado for a sociedade ou a própria maçonaria e não como o que se apresenta cheio de covardia, de medo, capaz de fugir abandonando os companheiros no momento em que a sua ajuda se torna indispensável; VII) como homem especial, distinto, notável e não medíocre, quase apagado, que se coloca entre dois extremos, sem inteligência para, ao menos, saber distinguir o bem do mal; VIII) como indivíduo discreto, reservado e não como o que se vangloria, preocupado apenas em merecer a admiração dos outros; IX) como homem sem interesses escusos, generoso, tolerante e não como o ambicioso, que pensa mais em ter e menos em fazer; X) como homem indulgente, paciencioso e não como o intolerante e intransigente, do tipo que não aceita opiniões alheias etc.. A Ordem Maçônica, por ser instituição iniciática, cuida da formação moral, intelectual e espiritual de seus iniciados, dando-lhes a oportunidade de progredirem e assim, alcançarem melhor desempenho em suas relações com as demais pessoas. No que se refere à caridade, uma de suas mais louváveis atitudes é buscar inferir na consciência de cada maçom, que o ato de ajudar para ser nobre terá que ser praticado de maneira discreta, doando não as sobras ou aquilo de que não mais necessitamos, mas repassando a quem se encontre em dificuldades, além do apoio moral, um pouco do que ainda, materialmente, nos interessa. Esse ato, afirmam os postulados maçônicos, para se constituir em gesto de caridade terá que partir da disposição da alma de quem doa e se repetir por tantas vezes quantas forem as oportunidades, de preferência anonimamente, sem a intenção de se obter sobre o mesmo qualquer vantagem pessoal. Do contrário, como disse o pregador, tudo será vaidade.
  • 28. JB News – Informativo nr. 2.283– Caxias do Sul – RS, sexta-feira, 30 de dezembro de 2016 Pág. 28/34 Este Bloco está sendo produzido pelo Irmão Pedro Juk, às segundas, quartas e sextas-feiras Ingresso no Trono e espada flamejante EM 17/05/2016 o Respeitável Irmão Cícero Luiz Calazans de Lima, sem declinar o nome da Loja, REAA, GOB-AL, Oriente de Maceió, Estado de Alagoas, apresenta as questões seguintes: calaslima@yahoo.com.br Tenho as seguintes dúvidas: 1 - A ida do Venerável Mestre ao oriente para tomar assento no seu lugar é pelo lado norte ou sul? E por quê? 2 - Qualquer mestre maçom pode ser o porta espada nas sessões magnas? Ou só poderá ser o Porta-Espada um M.I. Considerações: 1 – Não é uma questão de circulação, até porque no Oriente ela não existe, todavia a praxe tem sido que, chegando ao Altar, nele se ingresse pelo lado Norte e dele se saia pelo lado Sul. A situação é apenas pela praticidade do procedimento, já que quem ingressa no Oriente, o faz obrigatoriamente vindo da Coluna no Norte (ingressa-se no Oriente pelo nordeste). Assim a 6 – Perguntas & Respostas Pedro Juk Não esqueça: envie sua pergunta identificada pelo nome completo, Loja, Oriente, Rito e Potência.
  • 29. JB News – Informativo nr. 2.283– Caxias do Sul – RS, sexta-feira, 30 de dezembro de 2016 Pág. 29/34 distância percorrida até o Altar fica a mais curta possível. O mesmo acontece com a saída, já que do Oriente obrigatoriamente se sai ingressando na Coluna do Sul (sai pelo sudeste). A ordem é só pelo exercício utilitário, não existindo nesse procedimento nenhum motivo esotérico ou outro qualquer que racionalmente possa ser imaginado. 2 – Conforme a alegoria e o simbolismo da Espada Flamejante, ela só pode ser empunhada (tocada) por um Venerável Mestre ou um Ex-Venerável, ou seja, somente por aquele que possuir o título distintivo de Mestre Instalado (que não é grau). Assim, tem sido costume no REAA que a Espada Flamejante descanse (fique colocada) sobre uma almofada ou dentro de um escrínio (estojo). Essa maneira faz com que o Irmão Porta- Espada, mesmo não sendo um Mestre Instalado, possa conduzir a Espada sem nela tocar, apenas oferecendo-a ao titular. Por assim ser, o Irmão Porta-Espada não precisa necessariamente ser um Mestre Instalado (só precisa ser Mestre), já que ele, na oportunidade da sua condução, devido ao artifício apresentado, nela não encosta. É oportuno salientar que cargos em Loja são privativos de Mestres Maçons. T.F.A. Pedro Juk jukirm@hotmail.com Jul2016. Exegese Simbólica para o Aprendiz Maçom I Tomo - Rito Escocês Antigo e Aceito e Trabalhos de Emulação Autor – Ir. Pedro Juk - Editora – A trolha, Londrina 2.012 – Segunda Edição. www.atrolha.com.br - Objetivo – Introdução a interpretação simbólica maçônica. Conteúdo – Resumo histórico das origens da Maçonaria – Operativa, Especulativa e Moderna. Apreciação – Sistema Latino e Inglês – Rito Escocês Antigo e Aceito e Trabalho de Emulação. Tema Central – Origens históricas do Painel da Loja de Aprendiz e da Tábua de Delinear. Enfoque – Exegese do conteúdo dos Painéis (Ritualística e Liturgia, História, Ética e Filosofia). Extenso roteiro bibliográfico. https://www.trolha.com.br/loja/
  • 30. JB News – Informativo nr. 2.283– Caxias do Sul – RS, sexta-feira, 30 de dezembro de 2016 Pág. 30/34 (as letras em vermelho significam que a Loja completou ou está completando aniversário) GLSC - http://www.mrglsc.org.br GOSC https://www.gosc.org.br Data Nome Oriente 01/12/2004 Lysis Brandão da Rocha Florianópolis 01/12/2009 Poço Grande do Rio Tubarão Tubarão 11/12/1993 Phoenix Jaraguá do Sul 13/12/1983 Nova Aurora Criciúma 18/12/1991 Obreiros da Paz Fraiburgo 20/12/2003 Luz Templária Curitibanos 21/12/1999 Silvio Ávila Içara 22/12/1992 Ademar Nunes Florianópolis Data Nome da Loja Oriente 02/12 Fraternidade e Justiça Blumenau 02/12 Lauro Muller São José 06/12 Fraternidade Criciumense Criciúma 07/12 Voluntas Florianópolis 09/12 Igualdade Criciumense Criciumense 11/12 Xaver Arp Joinville 13/12 Padre Roma II São José 14/12 Montes de Sião Chapecó 7 – Destaques (Resenha Final) Lojas Aniversariantes de Santa Catarina Mês de Dezembro
  • 31. JB News – Informativo nr. 2.283– Caxias do Sul – RS, sexta-feira, 30 de dezembro de 2016 Pág. 31/34 GOB/SC – http://www.gob-sc.org.br/gobsc Data Nome Oriente 01.12.04 Luz de São Miguel - 3639 São Miguel do Oeste 02.12.06 Colunas de Antônio Carlos - 3824 Florianópolis 04.12.08 Seara de Luz - 3961 Chapecó 05.12.85 25 de Agosto - 2383 Chapecó 08.12.10 Estrela do Oriente - 4099 Tubarão 11.12.96 Justiça e Paz - 3009 Joinville 11.12.97 União Adonhiramita -3129 São Pedro de Alcântara 11.12.01 Paz do Hermon - 3416 Joinville 12.12.96 Fênix do Sul - 3041 Florianópolis 13.12.52 Campos Lobo - 1310 Florianópolis 13.13.11 Luz do Oriente - 4173 Morro da Fumaça 16.12.96 A Luz Vem do Oriente - 3014 Castelo Branco 16.12.03 Philantropia e Liberdade - 3557 Brusque 17.12.96 Luz do Ocidente - 3015 Chapecó 17.12.96 Perseverança - 3005 Florianópolis 20.12.77 Xv de Novembro - 1998 Caçador 28.12.96 Livre Pensar - 3153 Piçarras 28.12.96 Luz de Navegantes - 3033 (30/06/2010) Navegantes Ir Marcelo Angelo de Macedo, 33∴ MI da Loja Razão e Lealdade nº 21 Or de Cuiabá/MT, GOEMT-COMAB-CMI Tel: (65) 3052-6721 divulga diariamente no JB News o Breviário Maçônico, Obra de autoria do saudoso IrRIZZARDO DA CAMINO, cuja referência bibliográfica é: Camino, Rizzardo da, 1918-2007 - Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014 - ISBN 978-85.370.0292-6) Dia 30 de dezembro: A Solidariedade Do latim solidum, ou seja, "união". A Solidariedade é a correspondência daqueles que estão unidos por um ideal. A Solidariedade é ação recíproca. O maçom cultiva a Solidariedade, não apenas no aspecto da sociabilidade, mas na forma do misticismo, na permuta dos pensamentos, na Cadeia de União, nos bons e maus momentos. Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014, p. 383.
  • 32. JB News – Informativo nr. 2.283– Caxias do Sul – RS, sexta-feira, 30 de dezembro de 2016 Pág. 32/34 Águia bicéfala entre duas colunas. (Bruxelas) Boas Festas. Feliz Ano Novo!
  • 33. JB News – Informativo nr. 2.283– Caxias do Sul – RS, sexta-feira, 30 de dezembro de 2016 Pág. 33/34 O Irmão Adilson Zotovici, Loja Chequer Nassif-169 de São Bernardo do Campo – GLESP escreve aos sábados e esporadicamente em dias alternados adilsonzotovici@gmail.com SENDAS DA VIDA Nas boas sendas da vida Encontrei rico lugar Tem um norte, que jazida, E um sul pra lapidar ! Ali logo ao adentrar Senti tão boa energia Pairando livre no ar Reinando paz e alegria ! Em indescritível magia Uma sublime sensação ! Com boa egrégora de vigia Forte corrente de união ! Grande foi minha emoção Que abateu-me um temor ! Ser um sonho, uma visão, De um disperso viajor ! Esta casa é do SENHOR Bradou alguém com afeto ! Projetada com amor Por um Grande Arquiteto !
  • 34. JB News – Informativo nr. 2.283– Caxias do Sul – RS, sexta-feira, 30 de dezembro de 2016 Pág. 34/34 Há aqui plano concreto Com fé, esperança e caridade À boa obra, da base ao teto Pra ver feliz a humanidade ! Benvindo à fraternidade ! E erguer teu templo dia a dia Com denodo, com vontade Nesta Loja de Maçonaria ! Adilson Zotovici ARLS Chequer Nassif-169