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CENTRO DE ENSINO PROFISSIONALIZANTE DE ALAGOAS
LAURA PIMENTEL
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“BICHO DE SETE CABEÇAS”
PALMEIRA DOS ÍNDIOS – AL
OUTUBRO - 2015
CENTRO DE ENSINO PROFISSIONALIZANTE DE ALAGOAS
LAURA PIMENTEL
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que destroem a vida de uma pessoa, como no caso do uso de entorpecentes. Fato
que não ocorreu no desenrolar do filme, onde Neto o protagonista do filme, um
adolescente rebelde, que sem nenhum diálogo com os pais ou a irmã, faz o que
quer da vida: sai e chega a hora que deseja, experimenta bebidas e drogas com os
amigos, viaja escondido dos pais, é preço por pichar prédios, etc. até então
comportamentos normais de um típico adolescente rebelde. Mas, os pais,
especialmente o pai não tendo mais controle do seu filho nem tão pouco procurando
saber o que está se passando na cabeça dele resolve após encontrar um cigarro de
maconha que ele derruba de sua mochila, interná-lo em um manicômio, mesmo
contra sua vontade, sem pelo menos comunicá-lo sobre a sua situação, nem tão
pouco saber se o cigarro que encontrou era mesmo dele.
Daí começa todo sofrimento de Neto, que mesmo dizendo que não é viciado,
é levado a um tratamento totalmente repulsivo e indiscriminado, principalmente por
um médico corrupto que mal dá valor aos pacientes, e só quer saber em mantê-los
em grande quantidade em um bom tempo lá atrás de conseguir verbas do governo,
além de ser desprezível e medíocre por se drogar também com os medicamentos
dados aos pacientes. Contudo Neto é submetido a um tratamento horroroso com
doses excessivas de medicamentos calmantes, dentre outros remédios, como
também tratamento com choques na cabeça e fortes agressões físicas, que fazem
com que ele tente até fugir, sem muito êxito. Assim ele começa a apresentar efeitos
colaterais pesados. Quando os pais vão visitar, ele até tenta pedir ajuda para eles,
mas o pedido de socorro dele é renegado e mal compreendido, pois o médico já os
alertava quanto ao pedido de querer ir embora, alegando que fazia parte do
tratamento essas alucinações e confusões mentais. Passa o tempo, e o pai leva-o
para casa, cujo qual apresenta um comportamento depressivo, somente trancado
em seu quarto, sem amigos, sem escola, sem nada para fazer, porém a mercê da
hipertensão de sua mãe e chantagem de seu pai com relação a esse assunto, ele
resolve voltar para a escola. Até lhe arruma um trabalho de vendedor, que num
atendimento com um cliente, apresenta perturbações mentais, resultantes dos
efeitos dos remédios que o deixou com transtornos psicológicos e com isso as
pessoas que o encontram, dizem ao pai que irá levá-lo novamente para o
manicômio. E de lá ele não volta mais, terminando por se matar queimando,
provocando um incêndio na sala de castigo que colocavam os pacientes rebeldes. O
filme torna-se incrivelmente importante quando descobrimos após o seu término que
o mesmo refere-se a uma história real.
Conclui-se após ter assistido que o título do filme refere-se a como os pais e a
sociedade da época, inclusive a vivenciada ainda hoje, quanto às pessoas que
utilizam drogas, como também as que apresentam algum tipo de transtorno mental.
Quando deveria haver a divulgação e explanação melhor sobre os problemas e
como se sentem essas pessoas, porque a sociedade ainda as olha com bastante
repulsa, medo e preconceito. Porém antagonicamente nota-se que pessoas desta
mesma sociedade, principalmente famílias que tem parentes com vítimas, comovem-
se e dá-se início ao movimento antimanicomial: marcado pela ideia de defesa dos
direitos humanos e de resgate da cidadania dos que carregam transtornos mentais.
Aliado a esse movimento surge a Reforma Psiquiátrica, que mais do que
denunciar os manicômios como instituições de violências, como as apresentadas no
filme, propõe a construção de uma rede de serviços e estratégias territoriais e
comunitárias, profundamente solidárias, inclusivas e libertárias. Assim no Brasil esse
movimento surge na década de 70, tomando mais força em 2001 com a Lei Federal
10.216 que dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de
transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental.
Assim o Ministério da Saúde, a partir da década passada, define uma nova
política de saúde mental que redireciona paulatinamente os recursos da assistência
psiquiátrica para um modelo substitutivo de base comunitária. Com atendimento feito
em CAPS – Centro de Atenção Psicossocial. Onde diferentemente do filme o grito
de socorro deles é atendido, e sua voz é assistida e ouvida, além do seu tratamento
ser constantemente fiscalizado e avaliado por supervisores do SUS. Além de terem
um tratamento diferenciado, com todo o aparato de médicos e enfermeiros, que o
auxiliam a volta após tratamento ao convívio social.

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  • 2. CENTRO DE ENSINO PROFISSIONALIZANTE DE ALAGOAS LAURA PIMENTEL RELATÓRIO DO FILME: “BICHO DE SETE CABEÇAS” Trabalho do CEPROAL sobre um relatório referente ao filme: “Bicho de Sete Cabeças”, orientado e supervisionado pela professora Elvira Micaelle, para a obtenção de nota parcial. PALMEIRA DOS ÍNDIOS – AL OUTUBRO - 2015
  • 3. Relatório do filme: “BICHO DE CABEÇAS” O filme “Bicho de sete cabeças” demonstra a grande importância do diálogo na família, da necessidade básica que os pais devem ter com relação ao acompanhamento do desenvolvimento e crescimento do seu filho, não somente enquanto pequenos, mas essencialmente quando adolescentes e jovens. Os pais devem mostrar para eles que o mundo tem um lado bom e um lado ruim, tem coisas que destroem a vida de uma pessoa, como no caso do uso de entorpecentes. Fato que não ocorreu no desenrolar do filme, onde Neto o protagonista do filme, um adolescente rebelde, que sem nenhum diálogo com os pais ou a irmã, faz o que quer da vida: sai e chega a hora que deseja, experimenta bebidas e drogas com os amigos, viaja escondido dos pais, é preço por pichar prédios, etc. até então comportamentos normais de um típico adolescente rebelde. Mas, os pais, especialmente o pai não tendo mais controle do seu filho nem tão pouco procurando saber o que está se passando na cabeça dele resolve após encontrar um cigarro de maconha que ele derruba de sua mochila, interná-lo em um manicômio, mesmo contra sua vontade, sem pelo menos comunicá-lo sobre a sua situação, nem tão pouco saber se o cigarro que encontrou era mesmo dele. Daí começa todo sofrimento de Neto, que mesmo dizendo que não é viciado, é levado a um tratamento totalmente repulsivo e indiscriminado, principalmente por um médico corrupto que mal dá valor aos pacientes, e só quer saber em mantê-los em grande quantidade em um bom tempo lá atrás de conseguir verbas do governo, além de ser desprezível e medíocre por se drogar também com os medicamentos dados aos pacientes. Contudo Neto é submetido a um tratamento horroroso com doses excessivas de medicamentos calmantes, dentre outros remédios, como também tratamento com choques na cabeça e fortes agressões físicas, que fazem com que ele tente até fugir, sem muito êxito. Assim ele começa a apresentar efeitos colaterais pesados. Quando os pais vão visitar, ele até tenta pedir ajuda para eles, mas o pedido de socorro dele é renegado e mal compreendido, pois o médico já os alertava quanto ao pedido de querer ir embora, alegando que fazia parte do tratamento essas alucinações e confusões mentais. Passa o tempo, e o pai leva-o para casa, cujo qual apresenta um comportamento depressivo, somente trancado
  • 4. em seu quarto, sem amigos, sem escola, sem nada para fazer, porém a mercê da hipertensão de sua mãe e chantagem de seu pai com relação a esse assunto, ele resolve voltar para a escola. Até lhe arruma um trabalho de vendedor, que num atendimento com um cliente, apresenta perturbações mentais, resultantes dos efeitos dos remédios que o deixou com transtornos psicológicos e com isso as pessoas que o encontram, dizem ao pai que irá levá-lo novamente para o manicômio. E de lá ele não volta mais, terminando por se matar queimando, provocando um incêndio na sala de castigo que colocavam os pacientes rebeldes. O filme torna-se incrivelmente importante quando descobrimos após o seu término que o mesmo refere-se a uma história real. Conclui-se após ter assistido que o título do filme refere-se a como os pais e a sociedade da época, inclusive a vivenciada ainda hoje, quanto às pessoas que utilizam drogas, como também as que apresentam algum tipo de transtorno mental. Quando deveria haver a divulgação e explanação melhor sobre os problemas e como se sentem essas pessoas, porque a sociedade ainda as olha com bastante repulsa, medo e preconceito. Porém antagonicamente nota-se que pessoas desta mesma sociedade, principalmente famílias que tem parentes com vítimas, comovem- se e dá-se início ao movimento antimanicomial: marcado pela ideia de defesa dos direitos humanos e de resgate da cidadania dos que carregam transtornos mentais. Aliado a esse movimento surge a Reforma Psiquiátrica, que mais do que denunciar os manicômios como instituições de violências, como as apresentadas no filme, propõe a construção de uma rede de serviços e estratégias territoriais e comunitárias, profundamente solidárias, inclusivas e libertárias. Assim no Brasil esse movimento surge na década de 70, tomando mais força em 2001 com a Lei Federal 10.216 que dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental. Assim o Ministério da Saúde, a partir da década passada, define uma nova política de saúde mental que redireciona paulatinamente os recursos da assistência psiquiátrica para um modelo substitutivo de base comunitária. Com atendimento feito em CAPS – Centro de Atenção Psicossocial. Onde diferentemente do filme o grito de socorro deles é atendido, e sua voz é assistida e ouvida, além do seu tratamento ser constantemente fiscalizado e avaliado por supervisores do SUS. Além de terem um tratamento diferenciado, com todo o aparato de médicos e enfermeiros, que o auxiliam a volta após tratamento ao convívio social.