Janaíra Dantas da Silva França
Mestranda em Comunicação na Contemporaneidade
Faculdade Cásper Líbero – São Paulo (SP)
Novembro - 2011
O artigo visa analisar a presença da mulher no Twitter e as
premissas que envolvem a construção de sua identidade digital
e a busca do reconhecimento social dentro da rede.
Apresenta uma introdução ao tema, em seguida, trabalha-se as
particularidades da Twitosfera e a apropriação da rede social
pelas mulheres. Depois articula-se com os autores escolhidos e
desenvolve-se a primeira análise.
Ao final, temos as primeiras considerações resultantes da
reflexão.
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Início: o grupo de mulheres e a dinâmica do uso da rede
social.
Os primeiros passos: baseada na leitura de alguns autores, as
primeiras articulações foram realizadas e as primeiras hipóteses
levantadas.
O processo: continuar investigando...
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A construção da “bio” da usuária
Identidade digital
A preocupação com o olhar do outro
A apropriação da plataforma
Particularidades da rede social
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Dick Costolo – 200 milhões Língua Portuguesa é a
de usuários ativos segunda mais usada, a
mensuráveis e 110 milhões terceira é o japonês.
de tweets diários. (Web2Engage 2011)
(10/2011 – Web 2.0 Summit)
Com 26% o Brasil é o
terceiro país em número
de usuários.
Segundo país mais ativo.
(Web2Engage 2011)
42% dos usuários Brasileiros + influentes:
brasileiros gastam em Rafinha Bastos e
média 6h diárias. Luciano Huck.
(E-Life 2011) (New York Times 2011)
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39 horas semanas
dedicadas à mídia on-
line.
Representam 39% dos Twitter: 7h semanais,
usuários brasileiros. (E-Life e IDGNow, 2011)
(Web2Engage 2011)
* Excluindo os perfis de personagens e
empresas..
57% dos usuários, segundo
outros dados. Usam a rede social para
(e-Marketer 2010) manter contatos com:
As mulheres lideram no 1. Amigos
Facebook, Orkut e 2. Celebridades
Twitter. 3. Família
(IGDNow 2011) 4. Marcas e Empresa
(Sophia Mind 2011)
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Foram os pensadores que
estimularam ainda mais a
busca por respostas e essas
ainda não estão fechadas,
continuam abertas.
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Turkle (2005), a forma como
os adultos se relacionam
com computadores
conectados pode influenciar
a concepção que tem de si
mesmos, do seu trabalho,
das suas relações com
outros e com suas formas
de pensar acerca de
processos sociais.
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O professor canadense afirmava que a
tecnologia ressaltava o estilo narcisista
de alguém que se sente hipnotizado pela
extensão do seu próprio corpo numa
forma técnica, ou seja, para ele, os meios
de comunicação são extensão do próprio
indivíduo e portanto, não precisam ser
encarados como algo bom ou ruim, a sua
valoração se dá pela maneira como são
utilizados.(MCLUHAN, 2007)
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“O sujeito deve ser visto como alguém
que, por meio da aceitação (pelos outros)
de suas capacidades e qualidades, sente-
se reconhecido e em comunhão com seus
pares, possibilitando sua disposição de
também querer reconhecer o outro em
sua originalidade e singularidade”.
(HONNETH, 2003)
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Baumann (2005) comenta sobre as atuais formas de interação social na
Internet não conseguem “substanciar” uma identidade pessoal, elas não
substituem os contatos pessoais físicos. As redes sociais também contribuem
para que o filósofo chama de “sociedades de consumidores”, onde o indivíduo
se torna o próprio objeto de desejo, ou seja, torna-se mercadoria “atraente e
desejável”. A invisibilidade na era da informação é encarada como morte, por
isso, ele afirma que “é a vez de comprar e vender símbolos empregados na
construção da identidade”. (BAUMANN, 2008)
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“A identidade de alguém é formada na intersecção de inúmeros fatores, às
vezes paralelos, às vezes contrários, dentro de tempos de duração variável. É
um processo contínuo no qual oportunidades de escolha se alternam com
obrigações sociais ou determinações psíquicas. A decisão individual e a pressão
social nem sempre encontram fronteiras definidas – aliás, decidir quem você é
implica igualmente escolher quais serão suas fronteiras”.
(MARTINO, 2010)
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Sempre que se propõe analisar as redes sociais conectadas não apenas como
mídia, mas como um suporte técnico para a comunicação humana, os
horizontes se ampliam e podem ficar inatingíveis.
Este ser “feminino” mantém a complexidade histórica que conhecemos por
autores que dedicaram anos de estudos sobre a mulher.
O desafio não é simples, envolve a identidade em constante mutação de uma
mulher que está presente nas redes sociais e na galáxia da internet,
apropriando-se delas não apenas para comunicação, mas, como produtora e
consumidoras de conteúdo, enquanto busca o reconhecimento social que só é
validado pelo olhar de tantos “outros” internautas.
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