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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS CENTRO DE EDUCAÇÃO CONTEXTUALIZAÇÃO E INTERDISCIPLINARIDADE NO ENSINO DE FÍSICA Disciplina:  Estágio Supervisionado no Ensino de Física Professor:  Ivanderson Pereira da Silva Curso:  Física Período:  6° Sem/2009
Sumário a) Conceito de contexto e interdisciplinaridade numa perspectiva semântica. b) A importância da contextualização no ensino de Física para a formação do aluno. c) O cenário histórico de como o conceito de  interdisciplinaridade surgiu a partir da LDBEN 9394/96 e nos PCNs. d) Os níveis de interação entre as disciplinas numa perspectiva interdisciplinar segundo Jairo Carlos. e) Classificação dos tipos de interdisciplinaridade. f) As contribuições dos PCNs para o desenvolvimento do ensino de Física baseando-se nos seus princípios orientadores da organização pedagógica. g) Elementos que favorecem o desenvolvimento de competências em Física para a vida a partir da articulação com competências  outras áreas. h) As possibilidades de estratégias de ensino numa perspectiva contextualizada e interdisciplinar da Física na educação básica.
Conceito de contexto e interdisciplinaridade numa perspectiva semântica.
... contextualizar  é uma estratégia fundamental para a construção de significações. Na medida em que incorpora relações tacitamente percebidas, a contextualização enriquece os canais de comunicação entre a bagagem cultural; quase sempre essencialmente tácita, e as formas explícitas ou explicáveis de manifestação do conhecimento (MACHADO, 2000).
“ O  interdisciplinar  de que tanto se fala, não está em confrontar disciplinas já constituídas das quais na realidade, nenhuma consente em abandonar-se. Para se fazer interdisciplinaridade, não basta tomar um assunto (um tema) e convocar em torno duas ou três ciências. A interdisciplinaridade consiste em criar um objeto novo que não pertença a ninguém”.
Para Veiga Neto, tanto a disciplinaridade como a interdisciplinaridade são partícipes de um mesmo processo histórico educacional
A importância da contextualização no ensino de física para a formação do aluno
Segundo os PCN+, “competências em física para a vida se constroem em um presente contextualizado, em articulação com competências de outras áreas, impregnadas de outros conhecimentos. Elas passam a ganhar sentido somente quando colocadas lado a lado, e de forma integrada, com as demais competências”.
O cenário histórico de como o conceito de interdisciplinaridade surgiu a partir da LDBEN 9394/96 e nos PCNs
Ao contrário do que pensamos, a interdisciplinaridade não é um conceito novo. Segundo Ivani Fazenda, este, nasceu na região da Franca e Itália, por volta da década de 1960. Surge como resposta às reivindicações do movimento estudantil, daquela região, por um ensino mais sintonizado com as grandes questões de ordem social, política e econômica da época.
Japiassu foi responsável por introduzir, no Brasil, a partir de 1976, as concepções sobre interdisciplinaridade decorrentes do congresso de Nice na França, em 1969. Japiassu e Ivani Fazenda são considerados responsáveis pela veiculação desta temática no Brasil. Segundo estes autores a interdisciplinaridade é apontada como a saída para o problema da disciplinaridade, que é contextualizada como “doença”, devendo ser superada/curada através da prática interdisciplinar.
Sua influência na educação brasileira é percebida desde a elaboração da LDB n° 5692/71 e vem sido reforçado pela lei 9394/96, pelas Diretrizes Curriculares Nacionais e os Parâmetros Curriculares Nacionais e pelos PCN+ documentos que trazem um conjunto de orientações educacionais complementares aos PCN, para que se tenha mais clareza do assunto. Entretanto...
Os níveis de interação entre as disciplinas numa perspectiva interdisciplinar segundo Jairo Carlos
“ Quando falamos em interdisciplinaridade, estamos de algum modo nos referindo a uma espécie de interação entre as disciplinas ou áreas do saber” (CARLOS, et. al.), Entretanto, devemos cuidar para perceber as diferentes nuances destes níveis de interação, que dependendo do grau de diálogo existente entre as disciplinas, podem assumir os níveis de multidisciplinaridade, pluridisciplinaridade,  interdisciplinaridade e transdisciplinaridade.
Multidisciplinaridade:  “Segundo Japiassú, a multidisciplinaridade se caracteriza por uma ação simultânea de uma gama de disciplinas em torno de uma temática comum”, na qual todas elas estão em um mesmo nível hierárquico, e não há articulação nem cooperação entre estas.
Pluridisciplinaridade:  “Alguns estudiosos não chegam a estabelecer nenhuma diferença entre a multidisciplinaridade e a pluridisciplinaridade”, pois ambas estão no mesmo nível hierárquico e não existe um núcleo central em torno do qual a discussão aconteça, entretanto as disciplinas discutem sobre o tema que está diluído entre elas.
Interdisciplinaridade : neste nível de interação entre as disciplinas, existe uma axiomática, que pode ser uma disciplina que coordena a troca, ou um tema gerador a partir do qual as disciplinas vão compor uma discussão, como elementos que se agrupam e colaboram para reforçar, criar, ou iluminar um tema. “Dizemos que na interdisciplinaridade há cooperação e diálogo entre as disciplinas do conhecimento”.
Segundo os PCN, a busca pela interdisciplinaridade deve advir de uma necessidade da escola, e não por força de uma lei, “a interdisciplinaridade só vale a pena se for uma maneira eficaz de se atingir metas educacionais precisamente estabelecidas e compartilhadas pelos membros da unidade escolar. Caso contrário ela seria um empreendimento trabalhoso demais para atingir objetivos que poderiam ser alcançados de forma mais simples”
Transdisciplinaridade:  “este é um tipo de interação onde ocorre uma espécie de integração de vários sistemas interdisciplinares num contexto mais amplo e geral, gerando uma interpretação mais holística dos fatos e fenômenos”. Segundo Japiassú, “é uma espécie de coordenação de todas as disciplinas e interdisciplinas do sistema de ensino inovado, sobre a base de uma axiomática central”.
 
Classificação dos tipos de Interdisciplinaridade
Segundo CARLOS et. al, a interdisciplinaridade pode ser classificada em Interdisciplinaridade heterogênea, pseudo-interdisciplinaridade, interdisciplinaridade auxiliar, interdisciplinaridade compósita e interdisciplinaridade unificadora, que segundo Japiassú, é a forma legítima de interdisciplinaridade. “No entanto, como ele mesmo afirma, esse nível de interação só é atingível  através da pesquisa científica.
As contribuições dos PCNs para o desenvolvimento do ensino de física baseando-se nos seus princípios orientadores da organização pedagógica
Os PCN, por exemplo, propõe pensar o ensino e organização do currículo na escola brasileira, considerando a construção do conhecimento por parte do aluno e o desenvolvimento de competências necessárias para entender e intervir na sua realidade. Para que isso aconteça, os documentos sugerem um ensino contextualizado e interdisciplinar, possibilitando fazer relações entre as diferentes áreas do conhecimento.
Na perspectiva escolar, a interdisciplinaridade não tem a pretensão de criar novas disciplinas ou saberes, mas de utilizar os conhecimentos de várias disciplinas para resolver um problema concreto ou compreender um fenômeno sob diferentes pontos de vista. Em suma, a interdisciplinaridade tem uma função instrumental. Trata-se de recorrer a um saber útil e utilizável para responder às questões e aos problemas sociais contemporâneos (BRASIL, 2002, p. 34-36)
Com os PCN+, o conceito de interdisciplinaridade defendido na nova proposta curricular fica mais claro. Essa nova proposta orienta a organização pedagógica da escola em torno de três princípios orientadores, a saber: a contextualização, a interdisciplinaridade e as competências e habilidades.
Elementos que favorecem o desenvolvimento de competências em física para a vida a partir da articulação com competências de outras áreas
Ao se eleger um contexto para o estudo de conteúdos disciplinares que possam ser ali “desvelados”, é que a interdisciplinaridade surge, e ao se pensar que esta tem sentido se levar a algo novo, chega-se à idéia de projeto. Projeto, como ressalva Machado (2000) é algo que (a) se refere ao futuro, (b) abre-se para o novo e © requer envolvimento daquele que o concebe.
Dependendo do que o professor se propõe a ensinar e do que escolhe, a possibilidade de projetos interdisciplinares aumenta. Esta vivência para o aluno do ensino médio, adolescente, é interessante, pois tende a prepará-lo a olhar o mundo sob várias perspectivas. Mas a idéia de projetos na sala de aula e/ou na escola traz também a oportunidade dos alunos se expressarem, criarem.
As possibilidades de estratégias de ensino numa perspectiva contextualizada e interdisciplinar da Física na educação básica.
 
 
 
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Rererências MACHADO, N. J.  Educação: projetos e valores . São Paulo: Escrituras, 2000 MACHADO, N.  Interdisciplinaridade e contextualização ; In: Seminário Nacional do Ensino Médio. Brasília, outubro/1999 (publicação no seminário) CARVALHO, L. P.; FUZARI JUNIOR, G, C, FERREIRA, C. C.; GONÇALVES, E. C.; LIMA, J. J.; MELLO, M.  A radioatividade como tema para a interdisciplinaridade e contextualização . Disponível em:  www.unesp.br/prograd/PDFNE2003/A%20radioatividade.pdf  Acesso em: 02 fev 2009 BRASIL.  Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN),  Disponível em:  www.mec.gov.br  Acesso em: 02 fev 2009 BRASIL.  Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN+)  Disponível em:  www.mec .gov.br Acesso em 02 fev 2009 CARLOS, J. G.  Interdisciplinaridade: o que é isso?  Disponível em:  www.unb.br/ppgec/dissertacoes/.../proposicao_jairocarlos.pdf  Acesso em: 02 fev 2009

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  • 1. UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS CENTRO DE EDUCAÇÃO CONTEXTUALIZAÇÃO E INTERDISCIPLINARIDADE NO ENSINO DE FÍSICA Disciplina: Estágio Supervisionado no Ensino de Física Professor: Ivanderson Pereira da Silva Curso: Física Período: 6° Sem/2009
  • 2. Sumário a) Conceito de contexto e interdisciplinaridade numa perspectiva semântica. b) A importância da contextualização no ensino de Física para a formação do aluno. c) O cenário histórico de como o conceito de interdisciplinaridade surgiu a partir da LDBEN 9394/96 e nos PCNs. d) Os níveis de interação entre as disciplinas numa perspectiva interdisciplinar segundo Jairo Carlos. e) Classificação dos tipos de interdisciplinaridade. f) As contribuições dos PCNs para o desenvolvimento do ensino de Física baseando-se nos seus princípios orientadores da organização pedagógica. g) Elementos que favorecem o desenvolvimento de competências em Física para a vida a partir da articulação com competências outras áreas. h) As possibilidades de estratégias de ensino numa perspectiva contextualizada e interdisciplinar da Física na educação básica.
  • 3. Conceito de contexto e interdisciplinaridade numa perspectiva semântica.
  • 4. ... contextualizar é uma estratégia fundamental para a construção de significações. Na medida em que incorpora relações tacitamente percebidas, a contextualização enriquece os canais de comunicação entre a bagagem cultural; quase sempre essencialmente tácita, e as formas explícitas ou explicáveis de manifestação do conhecimento (MACHADO, 2000).
  • 5. “ O interdisciplinar de que tanto se fala, não está em confrontar disciplinas já constituídas das quais na realidade, nenhuma consente em abandonar-se. Para se fazer interdisciplinaridade, não basta tomar um assunto (um tema) e convocar em torno duas ou três ciências. A interdisciplinaridade consiste em criar um objeto novo que não pertença a ninguém”.
  • 6. Para Veiga Neto, tanto a disciplinaridade como a interdisciplinaridade são partícipes de um mesmo processo histórico educacional
  • 7. A importância da contextualização no ensino de física para a formação do aluno
  • 8. Segundo os PCN+, “competências em física para a vida se constroem em um presente contextualizado, em articulação com competências de outras áreas, impregnadas de outros conhecimentos. Elas passam a ganhar sentido somente quando colocadas lado a lado, e de forma integrada, com as demais competências”.
  • 9. O cenário histórico de como o conceito de interdisciplinaridade surgiu a partir da LDBEN 9394/96 e nos PCNs
  • 10. Ao contrário do que pensamos, a interdisciplinaridade não é um conceito novo. Segundo Ivani Fazenda, este, nasceu na região da Franca e Itália, por volta da década de 1960. Surge como resposta às reivindicações do movimento estudantil, daquela região, por um ensino mais sintonizado com as grandes questões de ordem social, política e econômica da época.
  • 11. Japiassu foi responsável por introduzir, no Brasil, a partir de 1976, as concepções sobre interdisciplinaridade decorrentes do congresso de Nice na França, em 1969. Japiassu e Ivani Fazenda são considerados responsáveis pela veiculação desta temática no Brasil. Segundo estes autores a interdisciplinaridade é apontada como a saída para o problema da disciplinaridade, que é contextualizada como “doença”, devendo ser superada/curada através da prática interdisciplinar.
  • 12. Sua influência na educação brasileira é percebida desde a elaboração da LDB n° 5692/71 e vem sido reforçado pela lei 9394/96, pelas Diretrizes Curriculares Nacionais e os Parâmetros Curriculares Nacionais e pelos PCN+ documentos que trazem um conjunto de orientações educacionais complementares aos PCN, para que se tenha mais clareza do assunto. Entretanto...
  • 13. Os níveis de interação entre as disciplinas numa perspectiva interdisciplinar segundo Jairo Carlos
  • 14. “ Quando falamos em interdisciplinaridade, estamos de algum modo nos referindo a uma espécie de interação entre as disciplinas ou áreas do saber” (CARLOS, et. al.), Entretanto, devemos cuidar para perceber as diferentes nuances destes níveis de interação, que dependendo do grau de diálogo existente entre as disciplinas, podem assumir os níveis de multidisciplinaridade, pluridisciplinaridade, interdisciplinaridade e transdisciplinaridade.
  • 15. Multidisciplinaridade: “Segundo Japiassú, a multidisciplinaridade se caracteriza por uma ação simultânea de uma gama de disciplinas em torno de uma temática comum”, na qual todas elas estão em um mesmo nível hierárquico, e não há articulação nem cooperação entre estas.
  • 16. Pluridisciplinaridade: “Alguns estudiosos não chegam a estabelecer nenhuma diferença entre a multidisciplinaridade e a pluridisciplinaridade”, pois ambas estão no mesmo nível hierárquico e não existe um núcleo central em torno do qual a discussão aconteça, entretanto as disciplinas discutem sobre o tema que está diluído entre elas.
  • 17. Interdisciplinaridade : neste nível de interação entre as disciplinas, existe uma axiomática, que pode ser uma disciplina que coordena a troca, ou um tema gerador a partir do qual as disciplinas vão compor uma discussão, como elementos que se agrupam e colaboram para reforçar, criar, ou iluminar um tema. “Dizemos que na interdisciplinaridade há cooperação e diálogo entre as disciplinas do conhecimento”.
  • 18. Segundo os PCN, a busca pela interdisciplinaridade deve advir de uma necessidade da escola, e não por força de uma lei, “a interdisciplinaridade só vale a pena se for uma maneira eficaz de se atingir metas educacionais precisamente estabelecidas e compartilhadas pelos membros da unidade escolar. Caso contrário ela seria um empreendimento trabalhoso demais para atingir objetivos que poderiam ser alcançados de forma mais simples”
  • 19. Transdisciplinaridade: “este é um tipo de interação onde ocorre uma espécie de integração de vários sistemas interdisciplinares num contexto mais amplo e geral, gerando uma interpretação mais holística dos fatos e fenômenos”. Segundo Japiassú, “é uma espécie de coordenação de todas as disciplinas e interdisciplinas do sistema de ensino inovado, sobre a base de uma axiomática central”.
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  • 21. Classificação dos tipos de Interdisciplinaridade
  • 22. Segundo CARLOS et. al, a interdisciplinaridade pode ser classificada em Interdisciplinaridade heterogênea, pseudo-interdisciplinaridade, interdisciplinaridade auxiliar, interdisciplinaridade compósita e interdisciplinaridade unificadora, que segundo Japiassú, é a forma legítima de interdisciplinaridade. “No entanto, como ele mesmo afirma, esse nível de interação só é atingível através da pesquisa científica.
  • 23. As contribuições dos PCNs para o desenvolvimento do ensino de física baseando-se nos seus princípios orientadores da organização pedagógica
  • 24. Os PCN, por exemplo, propõe pensar o ensino e organização do currículo na escola brasileira, considerando a construção do conhecimento por parte do aluno e o desenvolvimento de competências necessárias para entender e intervir na sua realidade. Para que isso aconteça, os documentos sugerem um ensino contextualizado e interdisciplinar, possibilitando fazer relações entre as diferentes áreas do conhecimento.
  • 25. Na perspectiva escolar, a interdisciplinaridade não tem a pretensão de criar novas disciplinas ou saberes, mas de utilizar os conhecimentos de várias disciplinas para resolver um problema concreto ou compreender um fenômeno sob diferentes pontos de vista. Em suma, a interdisciplinaridade tem uma função instrumental. Trata-se de recorrer a um saber útil e utilizável para responder às questões e aos problemas sociais contemporâneos (BRASIL, 2002, p. 34-36)
  • 26. Com os PCN+, o conceito de interdisciplinaridade defendido na nova proposta curricular fica mais claro. Essa nova proposta orienta a organização pedagógica da escola em torno de três princípios orientadores, a saber: a contextualização, a interdisciplinaridade e as competências e habilidades.
  • 27. Elementos que favorecem o desenvolvimento de competências em física para a vida a partir da articulação com competências de outras áreas
  • 28. Ao se eleger um contexto para o estudo de conteúdos disciplinares que possam ser ali “desvelados”, é que a interdisciplinaridade surge, e ao se pensar que esta tem sentido se levar a algo novo, chega-se à idéia de projeto. Projeto, como ressalva Machado (2000) é algo que (a) se refere ao futuro, (b) abre-se para o novo e © requer envolvimento daquele que o concebe.
  • 29. Dependendo do que o professor se propõe a ensinar e do que escolhe, a possibilidade de projetos interdisciplinares aumenta. Esta vivência para o aluno do ensino médio, adolescente, é interessante, pois tende a prepará-lo a olhar o mundo sob várias perspectivas. Mas a idéia de projetos na sala de aula e/ou na escola traz também a oportunidade dos alunos se expressarem, criarem.
  • 30. As possibilidades de estratégias de ensino numa perspectiva contextualizada e interdisciplinar da Física na educação básica.
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  • 36. Rererências MACHADO, N. J. Educação: projetos e valores . São Paulo: Escrituras, 2000 MACHADO, N. Interdisciplinaridade e contextualização ; In: Seminário Nacional do Ensino Médio. Brasília, outubro/1999 (publicação no seminário) CARVALHO, L. P.; FUZARI JUNIOR, G, C, FERREIRA, C. C.; GONÇALVES, E. C.; LIMA, J. J.; MELLO, M. A radioatividade como tema para a interdisciplinaridade e contextualização . Disponível em: www.unesp.br/prograd/PDFNE2003/A%20radioatividade.pdf Acesso em: 02 fev 2009 BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), Disponível em: www.mec.gov.br Acesso em: 02 fev 2009 BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN+) Disponível em: www.mec .gov.br Acesso em 02 fev 2009 CARLOS, J. G. Interdisciplinaridade: o que é isso? Disponível em: www.unb.br/ppgec/dissertacoes/.../proposicao_jairocarlos.pdf Acesso em: 02 fev 2009