2. Colonizar: fixar homens e mulheres em certas áreas ou regiões,
geralmente mantendo relações políticas, administrativas e
econômicas com o país de origem (pacífica ou violentamente).
Colonização da América: feita por países europeus, no período
Moderno, no contexto da formação dos estados absolutistas e de
economias mercantilistas. Busca por especiarias, gêneros tropicais
e metais preciosos.
Colonização no final do século XIX (neocolonialismo): resultado
do desenvolvimento do mundo industrial, expansão demográfica
e busca por mercados consumidores, matérias-primas (ferro,
petróleo, cobre, algodão, trigo, manganês), bases estratégicas e
áreas para investimento de capitais. Momento de exacerbação do
nacionalismo burguês e de competição entre países
industrializados.
Introdução
3. Colonialismo europeu (sec.
XVI)
Neocolonialismo (sec. XIX)
Principal área de
dominação
América África, Ásia e Oceania
Fase do
capitalismo
Capitalismo mercantilista Capitalismo financeiro e
monopolista
Objetivos
econômicos
• Garantia de mercado
consumidor para a
produção econômica
europeia
• Garantia de exploração de
produtos coloniais e metais
preciosos
• Reserva de mercado para a
produção industrial
• Garantia de fornecimento de
matérias-primas
• Controle dos mercados
externos para investimento
de capitais excedentes
Patrocinadores Burguesia comercial e Estados
metropolitanos modernos
Burguesia financeiro-industrial
e Estados com industrialização
desenvolvida
Justificativa Expansão da fé cristã Missão “civilizadora” e
disseminação do progresso
técnico pelo mundo
4.
Neocolonialismo
A industrialização do continente
europeu marca um intenso processo de
expansão econômica.
O crescimento dos parques industriais e
o acúmulo de capitais fizeram com que
as grandes potências econômicas da
Europa buscassem a ampliação de seus
mercados e procurassem maiores
quantidades de matéria-prima
disponíveis a baixo custo.
Nesse contexto, a partir do século XIX,
essas nações buscaram explorar regiões
na África e Ásia.
5. Segunda Revolução Industrial: expansão para
outros países (EUA, Japão, países europeus).
Aço, energia elétrica, motor de automóvel,
derivados de petróleo. Formação de grandes
empresas e conglomerados (monopólios
industriais).
Capitalismo industrial: donos das empresas
reinvestem na própria parte dos lucros obtidos.
Capitalismo financeiro: instituições bancárias
financiam a produção industrial, agrícola e
mineral de países, controlando por meio da
aquisição de ações empresas de diferentes setores
e atividades.
6. Trustes: fusão de várias empresas em apenas uma, que assume o
comando com o objetivo de concentrar e dominar todas as fases de
produção, distribuição e consumo.
Cartel: acordo de empresas que atuam no mesmo ramo da
economia com o objetivo de evitar concorrência e de estabelecer
convenções quanto a preços e nichos de mercado.
Holding: empresas de médio porte são controladas por outra
grande instituição que detém as ações.
7.
Termo utilizado para identificar a política
de colonização da Inglaterra sobre outras
regiões.
Expansão britânica vista como benéfica
para os povos colonizados, pois os
ingleses tinham a obrigação moral de
levar a “civilização” às outras partes do
mundo. Esse seria o fardo do homem
branco.
Teorias pautadas no racismo
influenciaram doutrinas imperialistas
(darwinismo social, racialismo científico).
Imperialismo
8. Capitalismo e
imperialismo
Críticos do capitalismo,
nesse período, consideravam
o imperialismo como um
estágio avançado do
capitalismo.
Sobrevivência do capitalismo
passou a depender da
expansão para outros
territórios.
A política imperialista era a
base do novo colonialismo,
que resultou na partilha da
África e da Ásia.
9. Colonialismo
e imperialismo
A expansão dos países
industrializados para outros
continentes é inseparável do
colonialismo e das disputas entre
os países europeus no século XIX.
Disputa do mundo entre as
potências, a partir de 1880, tornou-
se frenética.
Busca por mercado consumidos,
mas também por áreas ricas em
matérias primas (ferro, carvão e
cobre), áreas de investimento e
concessão de empréstimos a juros
altos.
Corrida imperialista com a
liderança inglesa - controle de ¼ da
superfície do globo “onde o sol
nunca se põe”; França, Bélgica,
Holanda, Alemanha, EUA e Japão.
10.
Prevaleceu por séculos a ideia de que a
sociedade africana era incapaz de produzir
cultura ou história.
Estados europeus se lançaram sobre a
África no século XIX, dividindo em regiões
e determinando fronteiras
desordenadamente (apoio de chefes locais e
estímulo a brigas entre tribos rivais).
Resistência das populações locais, mas a
superioridade bélica europeia era maior.
1869 – construção do Canal de Suez no
Egito, ligando o Mar Mediterrâneo ao Mar
Vermelho. Intervenção militar da Inglaterra
no país em 1882.
Colonialismo na África
11. Conferência de Berlim (1884-
1885): 15 países (13 europeus +
EUA e Turquia). Regras que
organizaram a presença europeia
na África e partilharam o
continente.
Divisão geográfica artificial e
desrespeito às características
políticas e sociais locais.
13. Guerra dos Bôeres (1899-1902), na
atual África do Sul, ocorreu nas
repúblicas de Orange e Transvaal, de
origem holandesa, contra o exército
britânico.
Disputa por jazidas de ouro e
diamantes, que teve a vitória inglesa e
a formação de campos de concentração
com a morte de 20 mil bôeres (colonos
holandeses).
Estabelecimento da União da África do
Sul em 1910. O tratado extinguiu as
repúblicas bôeres e colocou seus
cidadãos sob a autoridade do Império
Britânico.
Congo Belga (atual República
Democrática do Congo), adquirido
como propriedade particular do rei
Leopoldo II, da Bélgica (exploração de
marfim e borracha). Independência em
1960.
14.
Colonialismo na Ásia
O território asiático também despertou interesse
dos países europeus.
Destacam-se os russos, que expandiram seus
domínios sobre a região siberiana e depois para o
sul do continente; a Inglaterra, que transformou a
Índia na “joia da coroa”, além de estender seu
domínio para a Malásia, Birmânia e Hong Kong; a
França avançou sobre o sudeste asiático, em áreas
do Vietnã, Laos e Camboja; a Indonésia foi
controlada pelos Países Baixos, o Timor por
Portugal e as Filipinas pela Espanha.
16.
Guerra do Ópio
Crescimento demográfico da
China, no século XIX, atraiu
interesses de potências
imperialistas (mercado
consumidor).
Interesses europeus, norte-
americanos e japoneses na
China deram origem a várias
guerras.
17. Guerra do Ópio (1841) – ópio era
utilizado como medicamento pelo
chineses. Os ingleses, que produziam
esse produtos em seus domínios na
Índia, queriam forçar a exportação de
ópio para a China, por isso
disseminaram o vício entres os
chineses.
Autoridades chinesas reagiram diante
dos malefícios do entorpecente e
obrigaram os britânicos a entregarem
20 mil caixas de ópio e jogarem no
mar.
Vitória inglesa obrigou os chineses a
abrirem cinco de seus portos ao livre
comércio e entregarem a ilha de Hong
Kong à Inglaterra (Tratado de
Nanquim).
18.
Guerra dos Boxers
Outro grande conflito imperialista que atingiu a
China.
Boxers ou “punhos fechados”: como os ingleses
chamavam os chineses nacionalistas radicais que
queriam libertar o país do imperialismo.
1900 : grande rebelião na qual morreram mais de 200
pessoas. Em represália, uma força expedicionária
internacional composta por ingleses, franceses,
japoneses, russos, alemães e norte-americanos
invadiu a China, obrigando o país a reconhecer
todas as concessões já realizadas aos países
imperialistas.
1911: o Partido Nacionalista Chinês (Kuomintang),
sob a liderança de Sun-Yat-sem, promoveu o fim da
monarquia milenar, proclamando a república. Não
conseguiu superar os entraves do imperialismo ao
desenvolvimento autônomo do país.
19.
Japão
Os Estados Unidos organizaram, em 1854, uma investida
contra o país, obrigando os japoneses a abrirem seus portos
para o comércio mundial, fechados desde o século XVIII.
A abertura comercial deu inicio à europeização do país, que
passou por transformações econômicas, militares, técnicas e
científicas.
A sujeição do Japão ao Ocidente, ao mesmo tempo ativou o
nacionalismo e a oposição ao xogum por ter permitido a
abertura.
A origem do xogunato remonta o século VIII, criado como um
título para comandantes militares, ganhou enorme prestígio ao
longo dos séculos e acabou sob o domínio de uma única
família (Tokugawa) – rival de outros clãs poderosos.
Sobrepunha-se ao poder do imperador.
20. Diferentemente da China, o imperador
japonês decidiu modernizar seu país
para enfrentar o imperialismo.
Apoiado pelos opositores às
transformações, especialmente os clãs
rivais do xogunato, o imperador
Mutsuhito promoveu a centralização
política.
Inaugurou-se uma nova fase na
história japonesa a partir de 1868: a era
do industrialismo e da modernização,
conhecida como Era Meiji.
1880: surgimento dos zaibatsus –
empresas estatais vendidas a grupos
particulares, formando grandes
complexos industriais.
21. O Japão industrializou-se
rapidamente e empreendeu uma
política imperialista contra os
chineses. Em 1894, declarou
guerra à China com o objetivo de
tomar a região da Manchúria.
Também interessada na região, a
Rússia se opôs ao Japão,
iniciando em 1904 a Guerra
Russo-Japonesa, com a posterior
vitória japonesa.
No início do século XX, o Japão
se tornou um dos países mais
avançados e poderosos do
mundo. Sua expansão
imperialista logo esbarrou nos
interesses dos Estados Unidos
sobre o Oceano Pacífico,
originando atritos nos anos 1930
e 1940.
22.
Índia
Arruinada pelo imperialismo inglês.
A importante indústria têxtil indiana
faliu, rompendo o equilíbrio ancestral da
vida e da economia pela colonização.
Nos séculos XVIII e XIX, devido a
imposições inglesas e à desestruturação
econômica local, a miséria chegou a 50
milhões de indianos, que morreram de
fome.
Dominação da Índia pelos ingleses
começou com a Companhia Britânica da
Índias Orientas, uma empresa privada
que estabeleceu entrepostos comerciais
nas cidades costeiras e depois foi
ocupando territórios.
23. Final do século XIX, grupos de indianos se revoltaram e
empreenderam uma guerra contra os ingleses. Foi o
Levante Indiano de 1857 ficou conhecido como Guerra dos
Sipaios (denominação da milícia nativa que servia aos
britânicos), iniciado nas unidades militares contra os oficiais
ingleses. O movimento foi reprimido com extrema
violência.
Ingleses não governaram diretamente toda a Índia,
deixando algumas regiões com soberanos locais que
deveriam atender à Coroa Inglesa.
Veja mais sobre o
domínio inglês na
Índia nessa matéria do
UOL Educação:
“Domínio Inglês na
Índia mostra dois
aspectos do
colonialismo”