Trabalho do roteirista não é limitado a
televisão e ao cinema
Mídias emergentes:
internet, games, videoclips
Adaptação: transcrição de linguagem
Adaptar é transubstanciar, isto é, recriar.
O maior risco é da adaptação é a perda
da relação do adaptado com a versão
original.
Escolher obra adaptável – aquela que
pode ser transformada sem perder a
qualidade.
Adaptação propriamente dita – ser o mais fiel
possível à obra segundo os elementos:
história, tempo, localização e personagens
Baseado em – história se mantém, mas podem ser
alterados o final, alguns personagens, algumas
situações – mas original deve ser reconhecido.
Inspirado em – seleção de um ponto de partida de
uma obra original (personagem, situação dramática
etc) e desenvolve história com nova estrutura
Recriação – Roteirista se apropria do plot principal e
trabalha livremente sobre ele – podem ser alterados
personagens, história, tempo e espaço
Adaptação livre – próximo da adaptação
propriamente dita – tudo é mantido, contudo dá-se
maior ênfase a determinado aspecto dramático.
VANTAGEM
Diálogos já escritos e
material organizado
dramaticamente.
DIFICULDADE
Perde-se o contato vivo
com o interlocutor.
Conto
Material condensado
O texto, porém, pode tornar-se
irreconhecível.
Romance
Necessidade de condensação da obra.
Criação de diálogos.
Verificar se é possível adaptar a obra
Seguir o mesmo processo de criação original
– story line, desenvolvimento, argumento
etc.
Reduzir o material aos seus aspectos
essenciais e começar daí.
Dedicar tempo à reflexão juntamente com a
leitura de outras obras do autor.
Ser fiel ao original. O importante é
transformar sem transfigurar.
Estar alerta aos direitos autorais.
Obra aberta, cheia de significados.
Cuidado: Capacidade de absorção
infantil.
Público exigente.
“O autor se livra do mundo real e cai no
mágico, na fantasia pura, e deixa a ficção rolar.
Se liberta de conceitos formados, porque
criança não tem preconceito. Se
desatina, porque criança tem tino e sabe que o
autor desatinou. E perdoa.” Doc Comparato
Podem ser subdivididos em:
Shows de Cantores
Shows e programas de variedades
Musicais
Operetas
Grandes eventos
Desenvolvimento de tema central
Mesmo esquema:
Apresentação, desenvolvimento, clímax
(apoteose) e final.
Exemplo: Lady Gaga – Born this way:
http://www.youtube.com/watch?v=U7GZ8TKcf20&feature=relmfu
(8`05 até o fim - Government Hooker)
Grande quantidade de artistas variados
pelo roteiro.
Módulos
Alternância de momentos densos com
outro mais leves.
Ex: Fantástico, Cirque du Soleil.
Música, canções, dança e diálogos
falados.
A história não congela para que seja
executada a canção. Ela segue firme
dentro da canção.
Ex: Broadway
Pequenas óperas – Versão mais
curta, menos ambiciosa e ostensiva da
ópera.
Possui partes dialogadas.
É mais recitativa que o musical.
Ex: Forrobodó.
http://www.youtube.com/watch?v=SeNiaF7shaI – 5`50
Comparato começa essa parte do capítulo mencionando o grande evento brasileiro há vários anos, que
é o desfile de escolas de samba. Ele lembra resumidamente da estrutura de organização que esse
desfile requer: enredo, desenvolvimento, evolução, ritmo, abertura, encerramento, cadência, que são
etapas teóricas de um roteiro. Por sua vez, a adaptação que se faz é que a expressão desse roteiro é
realizada separadamente pelas escolas de samba e suas gigantescas equipes, que trabalham
rigorosamente ao longo de um ano para criar toda a arte colocada para apreciação no desfile. Todo
esse esforço se traduz ao públivo basicamente em melodia, expressão corporal, figurino, cenografia e
harmonia.
Não por acaso, logo na sequência, ele também menciona uma brasileira, ex-aluna dele, que foi
premiada com o Emmy (na categoria evento) pela abertura dos jogos pan-americanos de 2007, que
ocorreu no Rio de Janeiro. E lembra de sua experiência durante os jogos de Barcelona, em
1992, quando trabalhava para a empresa que organizou a abertura das Olimpíadas, que ocorreram na
Espanha naquele ano.
Todos esses eventos são de diferentes naturezas, assim como a Copa do Mundo de Futebol, os Jogos
Olímpicos, os Jogos Panamericanos, os festivais de música, festas como o Oscar, Emmy e Grammy, o
Carnaval, a Festa do Boi Bumbá, as organizações de festas de virada de ano, e tantos outros exemplos
que todos podemos recordar. Todas são monumentais, cada uma à sua maneira e proporção, e
apresentam um rigor que é o resultado de milhares de responsáveis orbitando um grande roteiro, que é
a espinha dorsal de qualquer grande ocasião que envolva diversas manifestações, apresentações e
performances, todos entrelaçados, e que acontecerão para um grande público e/ou uma grande
audiência.
Daí, desses grandes eventos, Comparato mira os programas de TV interativos, como o Big
Brother, citando um exemplo de como campos não imaginados antes se abrem no horizonte do
roteirista, sem esquecer que trabalhando com ele estão
coreógrafos, cenógrafos, diretores, iluminadores, publicitários, e outros tantos profissionais
diversificados.
Salientando a importância do roteirista, Comparato faz a ressalva importante: são sempre muitas
pessoas trabalhando juntas nesses eventos e nessas programações, no entando, a linha temática, a
concepção original que é a base para o trabalho de toda essa gente, sai das mãos dos roteiristas. São
estes quem criam os story lines, as ideias, que depois de todo um processo, se torna o espetáculo
curso de idiomas da TV Cultura
Telecurso 2000 da Globo
Mundo de Beakman
Kan university
Neste caso especial de roteiro, são executados trabalhos para o ambiente educacional, o
que exige uma equipe bastante específica, pela função didática e por lidar com um
público direcionado. Para tanto, o roteirista educativo deve reunir experiências como
escritor, educador (ou pedagogo) e professor, ou, como Comparato resume, esse
roteirista precisa explicar com clareza e escutar com atenção, para encontrar a melhor
fórmula, a mais adequada para converter a mensagem a ser transmitida da melhor forma.
O uso educativo da TV tem apontado para o ensino flexível, ou aquele material que é
didático para diferentes aplicações. Por isso, a equipe responsável por produzir e
executar um bom roteiro para programas educativos deve ser guiada por
professores, educadores, pessoas que conheçam e entendam bem do assunto. Claro que
essa equipe lerá, se reunirá com esses profissionais do ensino, ela terá que aprender a
lidar nesse nicho, mas com todo o embasamento que os profissionais da educação lhes
fornecerão.
As vantagens que a tecnologia proporcionam, tanto ao público receptor desse tipo de
material como para o produtor e divulgador dele, é que existem cada vez mais facilidades
para ambos. Tanto agora é mais fácil acessar programas dessa natureza como criá-
lo, fazê-lo e torná-lo acessível. E assim, tornar este recurso algo estimulador e revelador
para o estudante passa a ser um desafio cada vez mais interessante - lembrando que
trata-se de um material que serve tanto ao público escolar como, se não mais, ao público
universitário, técnico, profissional, e para serviços de utilidade pública.
A educação a distância é uma realidade atual e cada vez mais próxima de nós devido a
esse advento. Ela funciona no conceito da instrução, exercício e manual, servindo como
canal para a transferência de experiência por meio de diversos recursos de
interação, utilizados sistematicamente com o intuito de estimular a capacidade do
receptor e motivá-lo. Neste ponto, Comparato nos lembra que faz parte da atividade do
roteirista (e do educador) envolvido em programas educativos que deve ser rigoroso para
não transformar motivação em euforia, e nem esperança em frustração.
À primeira vista parece que se trata de uma propaganda
enganosa per se, mas não é isso. Embora em geral seja
produzido (e roteirizado) por publicitários, sua função é, de
um modo educativo, mostrar ao público (ou a um público
específico) a existência de uma organização, sua
finalidade, demonstrar quais são os serviços prestador por
ela, e em que ela se empenha para o seu bom
funcionamento e para colaborar com a população residente
onde ela está instalada -- ou até mesmo com iniciativas
filantrópicas, ecológicas, de benefício coletivo.
Geralmente esses programas fazem parte de uma
campanha, sendo o filme apenas uma parte dele. E o
sucesso do filme depende bastante de como o projeto foi
estruturado, uma vez que nem sempre esses projetos são
atraentes. Para o êxito de um roteiro dessa natureza, até os
detalhes mais sutis devem ser pensados com atenção pelo
roteirista, o que o impele a uma organização maior para
Os programas institucionais são os
informes publicitários com o intuito de
vender a imagem de uma instituição.
Ver:
<http://www.youtube.com/watch?v=t6wHAZVCj3M>
Tempo curto – sem espaço para
aprofundamento de enredo, personagem
etc.
Exposição de uma situação (gimmick).
Objetivo: vender um produto por meio de
uma ideia.
Função valorativa da mensagem, nunca
depreciativa.
Arsenal retório: linguagem usada para
persuadir.
Não há cena essencial. As cenas são
integradas e sucessivas.
Publicidade fonográfica.
Efeito publicitário potencializado pelo
Youtube.
Letra da canção serve de argumento para
o roteiro.
Nasce com na Segunda Guerra com a
fotografia. Em seguida, torna-se veículo
de propaganda política.
Função informativa.
Compromisso ético com a verdade.
Reflexão sobre um dado tema.
Biografias – Composição individual.
Retrata a vida e a importância histórica de
uma ou mais pessoas a partir de
depoimentos.
Grupos – Composição social. Visão
sociológica de grupos humanos.
Assuntos – Composição temática.
Dissertação audiovisual sobre um tópico
qualquer.
Misto – Composição múltipla. Tomam-se
Comics roteiros escritos em quadrinhos
desenhista.
Procedimento: o roteirista escreve a
história dividindo em cenas, identificando
a ação e o diálogo que devem ficar
dentro de cada quadrinho e o desenhista
o faz.
• A fotonovela apresenta uma narrativa que
utiliza em conjunto a fotografia e o texto
verbal.
• Audição é um dos
sentidos mais
primitivos.
• Descritivo em excesso.
• Estimula a imaginação.
Roteirista de esportes – “ficção do real”.
No Brasil há poucas ficções audiovisuais
sobre futebol.
Enraizado na televisão brasileira.
Dar ênfase às interpretações
subjetivas dos expectadores,
explorar a emoção e tecnologia.
Não assumir „sorte‟ ao lance.
Trabalho do roteirista
é diversificado, não se
limitando a escrita de
roteiros originais para
cinema e TV;
A metodologia básica
de escrita de
roteiro, que sirva de
base para qualquer
um.