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Estudos podem afetar mercado games
1. 05/12/2011 08h46 - Atualizado em 05/12/2011 08h46
Estudos recentes podem afetar o
mercado de entretenimento eletrônico
A Radiological Society of North America lançou um estudo nesta semana que liga a
violência nos games com disfunções cerebrais, enquanto profissionais da saúde na
Austrália já consideram oficialmente uma doença mental o vício à Internet e games.
Apesar de ainda não ser definitiva as opiniões, se os jogos eletrônicos forem
considerados uma ameaça, eles podem sofrer diretamente com uma menor participação
no mercado – principalmente em relação à fatia do mercado que poderiam conquistar no
futuro.
Isso significa que se os pais considerarem jogos impróprios e realizarem uma espécie de
"boicote" ao mercado neste nicho, é possível que haja uma crise no mundo dos games,
caso estudos deste tipo continuem na mente das pessoas.
God of war (Foto: Divulgação)
Para termos uma ideia de como isso pode ser errôneo, o estudo recente ta RSNA contou
com apenas 22 participantes, sendo eles jovens e do sexo masculino, entre 18 e 29 anos.
Metade deles foram instruídos a jogar 10 horas de jogos violentos por uma semana. Já
na semana seguinte, eles deveriam parar de jogar, repentinamente. A outra metade foi
instruída a jogar pelo período de duas semanas, mas sem jogos violentos.
No final dos testes, os resultados indicaram que, para o grupo dos jogos violentos, há
uma atividade menor no lobo frontal da parte esquerda do cérebro em testes emocionais,
2. assim como no córtex. "Esses resultados indicam que jogos violentos tem um efeito a
longo prazo no funcionamento do cérebro", disse o Dr. Yang Wang, que faz parte do
Departamento de Radiologia.
Enquanto isso, pais na Australia pedem para os profissionais da saúde incluir o vício aos
games e Internet no quadro de doenças mentais, com o nome de "mau uso patológico da
Internet" – fazendo com que mais especialistas sejam encorajados a realizar estudos
sobre o assunto.
Dead Island (Foto: Divulgação)
A questão traz diversos temas a serem abordados e, principalmente, nos trás de volta a
ideia antiga de negatividade implicada aos jogos eletrônicos. Enquanto, assim como o
cinema, os games se tornaram um produto de consumo em massa, a cada ano estudos ou
aplicações a "doenças patológicas" podem também prejudicar este mercado.
De qualquer forma, os jogos violentos estão longe de serem extintos, uma vez que
nenhum estudo, pesquisa ou argumento científico, até agora, provou de fato que eles
oferecem uma ameaça às pessoas.
Com o foco em uma ideia contrária a estes estudos, o autor Gerard Jones lançou um
livro bem completo sobre o assunto: "Brincando de Matar Monstros", que foi publicado
no Brasil pela editora Conrad. O livro aborda a influência das mídias na formação das
crianças, levando em conta os games, televisão e brincadeiras de faz de conta e que
supostamente são violentos. O livro é um convite para pais, professores e todos aqueles
que se preocupam com as próximas gerações entenderem que determinadas formas de
entretenimento podem ser benéficas ao desenvolvimento infantil.
Fonte: http://www.techtudo.com.br/jogos/noticia/2011/12/estudos-recentes-podem-
afetar-o-mercado-de-entretenimento-eletronico.html