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Fernando Pessoa heterónimo Alberto Caeiro – O Guardador de Rebanhos Álvaro de Campos – O Engenheiro Naval Ricardo Reis – O Médico de formação Clássica
ALBERTO CAEIRO ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
ALBERTO CAEIRO “ (…) O Universo não concorda consigo próprio porque passa. A vida não concorda consigo própria, porque morre. O paradoxo é a forma típica da Natureza. Por isso, toda a verdade tem uma forma paradoxal (…)”  Fernando Pessoa Ao que Caeiro, o Mestre reconhecido pelo seu próprio criador, responde: O que é preciso é ser-se natural e calmo Na felicidade ou na infelicidade, Sentir como quem olha, Pensar como quem anda, E quando se vai morrer, lembrar-se de que o dia morre, E que o poente é belo e é bela a noite que fica… Assim é e assim seja… Alberto Caeiro representa a tranquilidade que o seu criador nunca conseguiu encontrar e que exprimiu ao constatar o paradoxo do universo:
ÁLVARO DE CAMPOS ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
ÁLVARO DE CAMPOS Fernando Pessoa afirma que Álvaro de Campos  “ é o filho indisciplinado da sensação”   que pretende  “ sentir tudo de todas as maneiras” Ser  anti-social , que  despreza o burguês  e a sociedade materialista; Contesta  os comportamentos estereotipados, os valores caducos; Numa constante revolta está sempre pronto a provocar, a chocar os seguidores da ordem estabelecida, causando escândalo, por lhes oferecer o espelho onde poderiam observar os seus piores defeitos. Se têm a verdade, guardem-na! Não me macem, por amor de Deus! Não me peguem no braço! Não gosto que me peguem no braço.
[object Object],[object Object],[object Object],As 3 fases da poesia de CAMPOS:
RICARDO REIS ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
Devemos buscar dar-nos a ilusão da calma, da liberdade e da felicidade, coisas inatingíveis porque, quanto à liberdade, os próprios deuses – sobre quem pesa o Fado – a não têm; quanto à felicidade, não a pode ter quem está isolado da sua fé e do meio onde a sua alma devia viver; e quanto à calma, quem vive na angústia complexa de hoje, quem vive sempre à espera da morte, dificilmente pode fingir-se calmo. A obra de Ricardo Reis, profundamente triste, é um esforço lúcido e disciplinado para obter uma calma qualquer. Fernando Pessoa … gozemos o momento, Solenes na alegria levemente, E aguardando a morte Como quem a conhece. Ricardo Reis, 1914
 
 

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