3. 4ª Formação - 2018
Objetivos
• Conceituar indisciplina e incivilidade;
• Refletir sobre formas de desordem na relação pedagógica,
frequentes no cotidiano escolar;
• Analisar sobre aspectos contextuais e de convivência
facilitadores da ocorrência de indisciplina/incivilidade;
• Apresentar ações, preventivas e atenuantes, para o
enfrentamento de situações de indisciplina/incivilidade.
4. Em classe a disciplina deve ser severa:
os alunos devem manter silêncio absoluto;
Não poderá estar em pé mais de um aluno;
A distribuição do material deverá ser rápida e sem desordem;
Sempre que se retirar da sala, a turma a deixará na mais
perfeita ordem.
Recomendações Disciplinares
5. Trecho de um texto bastante curioso, de 1922,
que mostra os ideais disciplinares da
instituição escolar da época
No recreio a disciplina é ainda necessária para que ele se torne
agradável aos alunos bem comportados:
os alunos devem participar de conversas e diversões que não
produzam grande alarido.
Ao findar os trabalhos do dia, cada classe seguirá em fila e em
pleno silêncio até a escada de saída(...).
Texto adaptado do livro Indisciplina na Escola de Julio Groppa
Aquino(1996,p.42)
6. Texto “ O Clima escolar e a convivência
respeitosa nas instituições educativas
[...] maioria das instituições traz uma concepção tradicional
sobre os conflitos, ou seja, estes eram vistos como
negativos e danosos ao bom andamento
da aula e das relações.
8. Atividade 1
• 1- Quais situações apresentadas no vídeo são semelhantes e
quais são diferentes na sua escola?
• 2- Qual é a principal mensagem que ele nos transmite?
• 3- Na sua opinião, por que os alunos ficam desconectados das
aulas?
• 4- O que os professores costumam fazer para conectá-los?
• 5- As formas de reconexão utilizadas pelos professores têm obtido
bons resultados? Por quê?
12. Sessão de Estudos...
Texto: “Indisciplina - Como se livrar dessa
amarra e ensinar melhor”
Revista Nova Escola
Por Tarso Araújo
13. Atividade 2
• 1- O que o grupo entendeu sobre regras morais e regras convencionais?
• 2- Para Ana Aragão, “As crianças não enxergam a utilidade de um
regimento ou dos famosos combinados que não se sustentam. Elas não
sentem a necessidade de respeitá-los e acabam até se voltando contra
essas normas”. Na opinião do grupo, por que isso acontece?
• 3- Segundo Luciene Togneta, o movimento contínuo de construção e
reavaliação de regras, mais o respeito a elas, é a base de todo convívio
em sociedade e é um dever docente. Como vocês tratam das regras na
escola? Esta forma é eficaz? Por quê?
14. Atividade 2 - Continuação
• 4- Luciene ainda afirma que a realidade brasileira é como a
espanhola que “... joga pouca luz sobre o currículo oculto, aquele
que leva em conta o sentimento do estudante, seus desejos, suas
incompreensões.“ Como a escola que você atua lida com essas
questões? Ou não lida?
• 5- Qual é a importância de trabalhar com valores morais de forma
sistemática no cotidiano da escola?
17. O que o texto nos ensinou?
• Sem sua ajuda, a criança não aprende o valor das regras.
• As questões ligadas à moral e à vida em grupo devem ser
tratadas como conteúdos de ensino.
• Em vez de agir sobre a consequência, procurar a causa.
• A atuação docente inadequada em sala é outra causa da
indisciplina. “Embora os professores anseiem por uma
solução, acham-se perdidos por não poder agir com a rigidez
de antigamente, que permitia até alguns castigos físicos”.
18. O que o texto nos ensinou?
• “... gente entediada busca algo mais interessante para fazer, o
que muitos confundem com indisciplina. A escola é, sem
dúvida, a instituição do conhecimento, mas é preciso deixar
espaço para a ação mental da turma”.
• É possível dizer que a autonomia só passa a existir quando as
relações entre crianças e adultos (e delas com elas mesmas)
são baseadas, desde a fase heterônoma, na cooperação e no
entendimento do que é ou não é moralmente aceito e por quê.
19. O que o texto nos ensinou?
Olhar para a sala de aula tendo como base essa concepção de
indisciplina faz diferença. Os benefícios certamente serão
maiores se houver o envolvimento institucional.
Por isso, o trabalho exige não apenas autorreflexão mas também
formação e esforço de equipe.
Para transformar o ambiente, o discurso tem de ser constante e
exemplificado por ações de todos.
20. Vídeo: Indisciplina ou Incivilidade???
Warley Guilger Corrêa
Indisciplina ou
Incivilidade.mp4
21. O que aprendemos com o Prof. Warley?
A indisciplina rompe com o contrato pedagógico, já a incivilidade aborda
os comportamentos que rompem com o contrato social, aqueles que
desafiam regras e o esquema da vida social
A incivilidade não é uma manifestação de violência, mas, sim, pequenas
agressões do cotidiano que se repetem constantemente
23. RAZÕES PARA A INCIVILIDADE
Tédio, aborrecimento, desinteresse;
Dificuldade em empatia, falta de
respeito;
Dificuldade em acompanhar o
conteúdo;
Falta de sentido, de motivação;
Necessidade de diversão;
Polidez e cortesia não é valor – cultural;
Necessidade de chamar a atenção,
popularidade, estar em evidência;
24. Qualidade da relação professor-aluno
Linguagem, disponibilidade, humor, valorizar esforços e
êxitos, decisões compartilhadas...
Qualidade da aula
Planejamento (pauta), alunos ativos, aulas contextualizadas,
feedback construtivo; participação dos alunos, alunos
trabalhando, atividades diversificadas, monitoria, circular
pela sala.
Relação aluno-aluno
Atenção aos conflitos; ouvir as partes; envolvê-los na
resolução dos conflitos; incentivar a cooperação. Só
comparar o aluno com ele mesmo.
Condutas do professor que podem PREVENIR
25. O que aprendemos com o Prof. Warley?
Quando é preciso chamar atenção...
• Utilizar gestos não verbais
• Ser simples e direto (tom de voz natural, sem gritos ou
lamentos)
• Cuidar da postura, da comunicação não-verbal
• Utilizar uma linguagem descritiva, sem juízo de valor
• Evite frases ambíguas, acusações, polêmicas, mensagens
desconfiantes
26. O que aprendemos com o Prof. Warley?
Quando é preciso chamar atenção...
• Tratar o que é coletivo no grupo e o que é privado em
particular
• Não entre em disputa de poder
• Tentar solicitar ajuda do grupo: “Não poderemos começar
até que todos...”
• Aborde as consequências naturais de ações
• Não seja inflexível
• Não use sanções coletivas
27. O que aprendemos com o Prof. Warley?
Trabalhar princípios de boa convivência
É uma atitude que necessita ser praticada pelo grupo todo de
professores e não por alguns apenas, isto é, todos devem
adotar a mesma postura, pois se alguns professores tomam
atitudes exemplares diante dos conflitos e outros, ao
contrário, alienam-se dos conflitos, isso gera um clima
escolar desajustado (FERNADEZ, 2005).
28. O que levaremos para as nossas
escolas?
• 1- Replicar o que aprendemos hoje.
• 2- Promover uma reflexão com os demais educadores.
• 3- Pensar em ações conjuntas e incorporá-las no projeto de
trabalho da escola.
Não esqueçam de envolver os alunos nas ações
planejadas.
29. REFERÊNCIAS
• GARCIA, J. A.; TOGNETTA, L. R. P.; VINHA, T. P. Indisciplina ,
conflitos e bullying na escola. Campinas, SP: Mercado das Letras, 2013.
• OLIVEIRA, M. T. A.; VINHA, T. P.; SILVA, L. M. F. e MARQUES, C. A. E.
As Incivilidades na Escola. Revista Pátio Ensino Fundamental, 84 (21),
38-41, 2017.
• TARSO, A. Indisciplina - Como se livrar dessa amarra e ensinar melhor.
Revista Nova Escola, 2009, edição 226.
• Vídeo: ”A Aula”. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=D3xt5JKBZy4 - Consulta em
04/09/2018.