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MEMORIAS
III SIMPOSIO LATINOAMERICANO SOBRE LA CRIANZA
EN FORMA SUSTENTABLE DE PEQUEÑOS RUMIANTES Y
CAMELIDOS SUDAMERICANOS
DEL 05 AL 06 DE JULIO DE 2007
EDITOR:
NILTON CESAR GOMEZ URVIOLA
ABANCAY-PERU
COMUNICACION
EDUCACION
E
INFORMACION
2
MEMORIAS DEL III SIMPOSIO LATINOAMERICANO SOBRE LA CRIANZA EN FORMA
SUSTENTABLE DE PEQUEÑOS RUMIANTES Y CAMELIDOS SUDAMERICANOS DEL 05 AL 06
DE JULIO DE 2007, ABANCAY – PERU
RESPONSABLES:
• Rede Sul Americana para a Formação de Recursos Humanos em Conservação e Produção de
Pequenos Ruminantes; UFRPE (Brasil).
• Universidad Nacional Micaela Bastidas de Apurímac / Carrera Profesional de Medicina Veterinaria
y Zootecnia.
• Universidad Federal Rural de Pernambuco Recife / Brasil.
• Organización No Gubernamental Comunicación, Educación e Información.
COMITÉ ORGANIZADOR
Dr. Carroll Douglas Dale Salinas
Universidad Nacional Micaela Bastidas de Apurímac – Perú
Presidente
Dr. Alfonso Víctor Bustinza Choque
Universidad Nacional Micaela Bastidas de Apurímac – Perú
Vicepresidente
Dr. Nílton César Gómez Urviola
Universidad Nacional Micaela Bastidas de Apurímac – Perú
Secretario
Dra. Liliam Rocío Bárcena Rodríguez
Universidad Nacional Micaela Bastidas de Apurímac – Perú
Tesorera
COMITÉ CIENTÍFICO
Dra. Maria Norma Ribeiro
Universidad Federal Rural de Pernambuco, Recife - Brasil
Presidente
Dr. Fidel Pariacote
Universidad Nacional Francisco Miranda, Estado de Falcón - Venezuela.
Coordinador de Caprinos
Dra. Angelika Stemmer
Universidad Mayor de San Simón, Cochabamba - Bolivia.
Coordinador de Camélidos
Dra. Maria Antonia Revidatti
Universidad Nacional del Nordeste, Corrientes - Argentina.
Coordinador de Ovinos
Ing. MSc. Benito Mendoza
Escuela Politécnica de Chimborazo - Ecuador.
Coordinador de Sistemas de Producción
Primera edición: Abancay, julio de 2007
La opinión, enfoque y demás conceptos son de entera responsabilidad de los autores de los
artículos, conferencias, charlas y propuestas.
3
PRESENTACION
La “Rede Sul Americana para a Formação de Recursos Humanos em Conservação e
Produção de Pequenos Ruminantes”, auspiciada por CNPq del Ministerio de Ciencia del
Brasil, y la Universidad Nacional Micaela Bastidas de Apurímac, del Perú, en beneficio del
desarrollo de los pequeños rumiantes y camélidos, y el bienestar de sus criadores en el
ámbito de Sudamérica, planificó la realización del III Simposio Latinoamericano sobre la
Crianza en forma Sustentable de Pequeños Rumiantes y Camélidos Sudamericanos en la
ciudad de Abancay, Región Apurímac.
Se plantearon como objetivos, adiestrar y optimizar el desempeño del personal
científico y técnico de la Región Apurímac, en el tema de conservación y mejoramiento de
pequeños rumiantes y camélidos sudamericanos. Así como la disertación de experiencias y
resultados conseguidos en Brasil, Argentina, Ecuador, Venezuela, Bolivia y Peru.
La presente Memoria contiene 7 conferencias magistrales, 14 trabajos de
investigación, 1 artículo de análisis de sector productivo ovino, y 2 propuesta científicas para
el sector camélido y caprino.
Comité Organizador
Abancay, Perú
Julio de 2007
4
INDICE DEL CONTENIDO
Pág.
PRESENTACION
CONFERENCIAS MAGISTRALES
1. MELHORAMENTO E CONSERVAÇÃO DE PEQUENOS RUMINANTES NA AMÉRICA DO SUL
Maria Norma Ribeiro, Edgard Cavalcanti Pimenta Filho, George Rodrigo Beltrão da Cruz e Daniel
Benítez Ojeda
2. MEJORAMIENTO GENETICO DE FIBRAS FINAS DE CAMELIDOS
A. Stemmer y A. Valle Zárate
3. FACTORES QUE INTERVIENEN EN LOS SISTEMAS DE PRODUCCIÓN SUSTENTABLES DE
LOS PEQUEÑOS RUMIANTES Y CAMELIDOS
Benito Mendoza
4. SUSTENTABILIDAD ECONÓMICA DE SISTEMAS DE PRODUCCIÓN CAPRINOS DE BAJA
ESCALA EN VENEZUELA
F. A. Pariacote
5. MEJORAMIENTO SOSTENIBLE DEL RECURSO GENÉTICO OVINO LOCAL
María Antonia Revidatti
6. APLICACIÓN DE TECNOLOGÍAS PARA EL MEJORAMIENTO DE LA PRODUCTIVIDAD Y
SUSTENTABILIDAD EN UNIDADES DE PRODUCCIÓN CAPRINAS TRADICIONALES EN
VENEZUELA
L. Dickson, J. Salas, I. Ortiz, M. Oropeza, G. Nouel, R. D´Aubeterre, W. Armas y J. Rincón
7. DISEÑO DE UN PROGRAMA DE CONSERVACION DE ANIMALES DOMESTICOS
Nílton César Gómez Urviola
ARTICULOS DE INVESTIGACION
1. RESISTÊNCIA GENÉTICA A PARASITAS GASTROINTESTINAIS EM CAPRINOS, NO
NORDESTE DO BRASIL – ESTUDO PRELIMINAR
Almeida, M.J.O., M. N, Ribeiro, G.M.C. Carvalho, A.M. Araújo, F.S.M Sale, I.C Saraiva, M.A.D
Franco
2. ESTUDO MORFOMÉTRICO DE CAPRINOS DA RAÇA CANINDÉ, NO ESTADO DE
PERNAMBUCO, BRASIL
Barros, E. A., Ribeiro, M.N., Rocha, L. L., Silva, N. M. V. da
3. ESTRUTURA GENÉTICA DAS RAÇAS MOXOTÓ E SERPENTINA
Oliveira, J.C.V., L.L. Rocha, R. C. B. Silva, M.N. Ribeiro, M.A. Gomes Filho, A.M. Martinez, J. V.
Delgado,M.P. Carrera, E.C. Pimenta Filho
4. DESEMPENHO DE CAPRINOS MESTIÇOS EM DIFERENTES SISTEMAS DE MANEJO NO
SEMI-ÁRIDO NORDESTINO
S. B. Barreto, E. C., Modesto, M. A. Zambom, R. B. Andrade, R. B. Nascimiento, A. C.
Ribeiro Neto, E. J. B. Aragão
5. NVESTIGAÇAO DE VARIABILIDADE EM CAPRINOS DA RAÇA CANINDÉ.
SILVA, N.M.V1. Ribeiro, M.N., Silva, R. C. B., Gomes Filho, M.A.
6. PADRÃO FISIOLÓGICO DE CAPRINOS NATIVOS NO SEMI-ÁRIDO DO ESTADO DA
PARAÍBA, BRAZIL
Nascimento, R. B., Ribeiro, M. N., Brasil, L. H. A., Amaral,T.A., Modesto, E. C.
3
6
7
14
26
40
48
55
61
65
66
69
73
78
82
86
5
7. RELAÇÕES GENÉTICAS ENTRE CAPRINOS NATIVOS E EXÓTICOS NA REGIÃO
NORDESTE DO BRASIL
Rocha, L.L.; Menezes, M.P.C.; Martinez, A. M.; Ribeiro, M.N.; Delgado, J. V., E.C. Pimenta Filho
8. DIVERSIDADE GENÉTICA EM OVINOS DE RAÇAS NATIVAS NO ESTADO DA PARAÍBA,
BRASIL
Silva, R.C.B., Ribeiro, M.N., Lara, M.A.C., Gomes Filho, M.A., Rocha, L.L.
9. FACTORES QUE INFLUYEN EN EL CRECIMIENTO DE CABRITOS EN LA REGIÓN
SEMIÁRIDA DE FORMOSA. ARGENTINA.
M. A. Revidatti, S. Sánchez, S. A. de la Rosa, S. M. Ayala
10. CARACTERIZACIÓN EXTERIORISTA DE UNA POBLACIÓN CAPRINA EN EL OESTE DE
FORMOSA. ARGENTINA.
M. A. Revidatti; P. N. Prieto; M. N. Ribeiro; S. A. De la Rosa y A. Capellari.
11. ESTUDIO DE LOS MODELOS DE PRODUCCION CAPRINA EN EL OESTE DE LA
PROVINCIA DE FORMOSA. ARGENTINA
S. de la Rosa; M. A. Revidatti; R. D. Casco;H. Halter; S. M. Ayala
12. DESCRIPCIÓN HISTOLÓGICA DEL COMPLEJO FOLICULAR PILOSO EN CRÍAS DE
ALPACAS
Badajoz, E.; Sandoval, N.; Chavera, A.; Garcia, W.
13. FACTORES QUE INFLUYEN EN EL DIÁMETRO DE FIBRA Y PESO DE VELLÓN EN
ALPACAS HUACAYA DE COLOR BLANCO EN LA REGION DE HUANCAVELICA
Edgar Carlos Quispe Pena
14. INVOLUCION ESTRUCTURAL DEL TIMO EN ALPACAS HUACAYA EN LA ZONA SUR DEL
DEPARTAMENTO PUNO-PERU. 2001
J. L. Málaga P. ; R. C. Pineda; J. Quispe; V. Ramos D. L. R.; J. Málaga A.
ARTÍCULOS DE ANÁLISIS
1. SECTOR OVINO EN EL PERÚ CON PERSPECTIVAS AL 2015.
Díaz Ramírez Rosario Isabel
PROPUESTAS
1. PROPUESTA DE CONTROL REPRODUCTIVO EN GANADO CAPRINO DE SISTEMAS
SEMIEXTENSIVOS.
W. Quevedo; I. Celi
2. EXPERIENCIAS DE INICIO DE UN PROGRAMA DE MEJORAMIENTO GENÉTICO EN
ALPACAS HUACAYA DE COLOR BLANCO EN LA REGIÓN DE HUANCAVELICA
Edgar Carlos Quispe Peña
Pag.
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6
CONFERENCIAS MAGISTRALES
7
MELHORAMENTO E CONSERVAÇÃO DE PEQUENOS RUMINANTES NA
AMÉRICA DO SUL
Maria Norma Ribeiro1
, Edgard Cavalcanti Pimenta Filho2
, George Rodrigo Beltrão da
Cruz2
e Daniel Benítez Ojeda3
1
Professora do DZ/UFRPE, pesquisadora do CNPq (mn.ribeiro@uol.com.br), 2
Professor do
DZ/CCA/UFPB, 3
Consultor FAO para Recursos Genéticos Animais na América do Sul
Resumo
Neste trabalho é apresentado e discutido a situação dos pequenos ruminantes na
América do Sul e, com base nesta realidade, são propostas estratégias de conservação e
melhoramento para esses países.
Summary
In this paper are presented and discussed the real situation of small ruminant in South
America and, based on this reality conservation and breeding strategies are proposed to
these countries.
1. Introdução
Antes da colonização, as Lhamas, Alpacas, Guanacos, Vicunhas e os Porquinhos da
Índia foram a base da produção animal na América do Sul (FAO, 2004).
A expansão das espécies seguiu a rota migratória e o estabelecimento do ser
humano nas mais diversas regiões. Assim, quando a América foi colonizada, as raças
Ibéricas foram introduzidas pelos portugueses e espanhóis. Estas evoluíram ao longo dos
séculos, adaptando-se às condições encontradas nos mais diferentes habitats, dando origem
às raças nativas, também denominadas de locais ou crioulas.
A busca por raças mais produtivas fez com que, a partir do início do século passado,
houvesse uma intensificação das importações de novas raças exóticas, originárias e
selecionadas em regiões de clima temperado. A intensiva utilização dessas raças em
variados tipos de cruzamentos, amparada pela expectativa de grande incremento de
produtividade, causou uma rápida substituição e conseqüente redução do efetivo das raças
locais ou crioulas. Estas, apesar de apresentarem níveis de produção mais baixos,
distinguem-se daquelas por estarem totalmente adaptadas aos trópicos, onde evoluíram por
meio de um longo processo de seleção natural (Sereno e Sereno, 2000). Em toda América
do Sul, existe uma grande variedade de raças de animais domésticos desenvolvidas a partir
dos contingentes animais trazidos pelos colonizadores. Estas raças, nativas porque aqui se
desenvolveram, foram submetidas à seleção natural em diferentes ambientes, para os quais
desenvolveram características específicas de adaptação. No entanto, a ausência de uma
estratégia programada do uso das raças exóticas levaram os recursos genéticos locais, via
de regra, a uma situação de risco, podendo ser considerados todos ameaçados de extinção.
Essa ameaça provocou tamanha preocupação que fez com que os países
estabelecessem na Convenção para a Diversidade Biológica, durante a RIO92, o
compromisso de adotar estratégias para salvaguardar seu patrimônio biológico. Além disso,
ficava cada vez mais clara a constatação de que o uso e a preservação dos recursos
genéticos animais são inseparáveis. Com o auxilio de várias organizações e de diversos
países, entre os quais o Brasil, a FAO iniciou, em 1991, um levantamento a nível mundial
sobre a situação das principais espécies de animais domésticos. Desde então, programas
8
mundiais de conservação têm sido desenvolvidos devido à preocupação com a perda da
diversidade genética causada pela extinção de raças e populações (Egito et al., 2002).
Nesses programas pouco tem sido feito no sentido de aliar a conservação ao
melhoramento desses animais adequados aos sistemas de produção vigentes. O
melhoramento tem sido feito através de cruzamentos, o que não tem proporcionado ganhos
a longo prazo. Além disso, essa medida tem contribuído para acelerar o processo de diluição
genética dos recursos genéticos locais.
Com relação à América do Sul, estudos e levantamentos indicam que existem poucas
ações para conservação e melhoramento de pequenos ruminantes. Acrescenta-se que o
principal procedimento para obtenção do melhoramento genético tem sido o uso de
cruzamentos, como se essa prática, em si, se bastasse.
Diante disso, pretende-se, nesta palestra, apresentar e discutir a situação dos recursos
genéticos de pequenos ruminantes na América do Sul, bem como propor estratégias de
conservação e melhoramento para esses recursos na região.
2. Situação dos Recursos Genéticos de Pequenos Ruminantes no Mundo
Dentre os pequenos ruminantes na América do Sul, os caprinos e ovinos são maioria,
com destaque para o Brasil, Argentina, Peru e Bolívia. A população mundial de caprinos gira
em torno de 807 milhões de cabeças sendo os maiores detentores de rebanho a China, a
Índia e o Paquistão que, conjuntamente, concentram aproximadamente 46,1% do rebanho
do globo. Nos últimos 15 anos o número de caprinos aumentou em quase 50% em todo o
mundo, enquanto o número de bovinos, não mais que 9% (Guimarães e Cordeiro, 2003). O
maior contingente de caprinos se encontra nas regiões tropicais e áridas, concentrando 74%
da população mundial.
A espécie caprina é responsável por, aproximadamente, 1,14% do suprimento anual de
leite do mundo (FAO, 2004). Entretanto, sua contribuição econômica é notória, tanto em
países desenvolvidos como em desenvolvimento.
Segundo Couto (2003), o rebanho mundial de ovinos está em torno de um bilhão de
cabeças, apresentando um decréscimo médio anual de 1,18% nos últimos 12 anos, sendo a
África o continente que vem apresentando um crescimento anual do seu rebanho de 1,4% ao
ano para o mesmo período. Na América do Sul, como nos demais continentes, os efetivos
mostram pequenas alterações com tendência a decréscimo. A queda do valor internacional
da lã vem sendo apontada como a razão dessas variações.
O Brasil ocupa lugar de destaque na produção de pequenos ruminantes na América do
Sul, com efetivo de caprinos estimado em aproximadamente 9,6 milhões de cabeças. Mais
de 90% destes animais concentra-se na região Nordeste. Os ovinos somam cerca de 14,6
milhões e estão concentrados, principalmente, na região Nordeste (58%) e Sul (32%). Na
região Nordeste a criação de ovinos destina-se, basicamente à produção de carne e pele
para o mercado local e para o consumo familiar. No Sul, os ovinos são explorados visando à
produção de lã, para o mercado internacional, e carne, para consumo familiar.
De modo geral, a situação da conservação e melhoramento de pequenos ruminantes é
muito semelhante em todos os países da América do Sul. As ações para conservação
resumem-se a estudos de caracterização que não culminam com propostas e ações
objetivas para o desenvolvimento do setor. Mesmo sem diagnósticos consistentes, é notória
a erosão genética qualitativa e quantitativa à qual estão submetidos os pequenos ruminantes
na região, notadamente devido aos cruzamentos desordenados com raças exóticas.
9
3. Estratégias de Ação
A FAO (2005), a partir de uma consulta regional, definiu prioridades estratégicas para
a conservação dos recursos genéticos animais. Foram destacadas como prioridades o
inventário e a caracterização desses recursos a partir de metodologia padrão bem como a
utilização de medidas para uso sustentável dos recursos genéticos animais. Nesse ponto, a
utilização de métodos de melhoramento adequado à realidade local/regional é
imprescindível. A primeira medida é vencer os obstáculos existentes para a consolidação de
programas de melhoramento. Os fatores limitantes são idênticos àqueles identificados pela
FAO (2005) para a conservação desses recursos. Destaca-se a falta de organização dos
sistemas de produção, falta de políticas de apoio e técnicos qualificados para atuar em
programas de melhoramento voltados para as particularidades e especificidades das raças
em risco. A maioria do pessoal técnico que atua na área de melhoramento animal na
América do Sul tem sua formação voltada para a estruturação de programas de
melhoramento com vistas apenas em maximizar os ganhos genéticos nas características de
interesse, sem preocupação de manutenção da variabilidade intra-racial. Além disso, a
grande ênfase na importação de genótipos sem análise prévia da necessidade de
importação de determinado genótipo levou os países a importar e usar recursos genéticos
exóticos em sistemas de cruzamentos com as raças locais de forma indiscriminada, o que
resultou na total descaracterização dos recursos genéticos locais e conseqüente ameaça de
extinção.
Em função disso, há necessidade de se definir programas de
conservação/preservação, antes mesmo que se defina qualquer estratégia de melhoramento
para esses recursos, sob pena de se cometer um erro grave e levar à extinção todos os
recursos genéticos de pequenos ruminantes da região.
Considera-se adequado um programa que objetive a busca por ganhos genéticos,
mas com garantia de manutenção da diversidade genética. Um programa com essas
características pode ser implantado sem maiores conflitos do ponto de vista técnico já que
nos sistemas de produção vigentes, um animal altamente especializado seria
economicamente inviável. A realidade requer um programa que utilize um índice de seleção
que contemple produção e rusticidade e, por essa via, é bem mais fácil garantir a
manutenção da variabilidade genética intra-racial.
Já existe um grupo de discussão permanente criado em 2004, que compõe a REDE
SUL AMERICANA PARA CONSERVAÇÃO E PRODUÇÃO DE PEQUENOS RUMINANTES,
com a finalidade de promover intercâmbio entre os grupos de pesquisa na região e definir
estratégias para estruturação de programas de conservação e melhoramento coordenados.
Já é consenso que os programas devem ser estruturados aproveitando o potencial e
capacidades instaladas nas instituições de ensino & pesquisa existentes nos diferentes
países. Essas instituições constituiriam “Centros de Excelência” com a finalidade de
coordenar os recursos e trabalhos de pesquisa e desenvolvimento nas espécies de maior
expressão. Nesse sentido, um centro de Melhoramento e Conservação de Caprinos e
Ovinos poderia ser estruturado na região Nordeste do Brasil; e de Camelídeos na Bolívia.
Além disso, uma ação continuada de formação de recursos humanos sobre melhoramento e
conservação de raças ameaçadas se faz necessário e pode ser facilmente consolidada uma
vez que já existe nas Instituições de Ensino de toda região pessoal de alto nível, capaz de
estruturar um curso permanente com essa finalidade. Parte desse pessoal foi qualificado
através das ações de redes temáticas (REDE CYTED XX-H e PROSUL-CNPq) que
congregam os países da região. Esse conhecimento precisa ser difundido através de uma
ação abrangente e integradora.
10
4. Considerações Finais
É notória a tendência de todos os países da América do Sul a adoção de planos de
desenvolvimento importados, impostos e baseados no conhecimento universal, em
detrimento do nacional/local. A racionalidade da tecnologia local não é considerada e as
ações são pontuais, determinadas e definidas pelo político da vez.
As tecnologias adotadas não são baseadas na realidade de cada país e as ações
pontuais resultam em grande esforço e pouca repercussão sobre a produtividade dos
sistemas de produção. Deve-se considerar que os pequenos ruminantes são a chave para a
segurança alimentar e desenvolvimento social nas regiões áridas e semi-áridas dos países
em desenvolvimento. Grande parte da população está associada a contingentes rurais
pobres, onde prevalece o social sobre o econômico. Esses países contam com forte
tradição de criação e consumo de produtos de pequenos ruminantes, notadamente caprinos
e ovinos, com demanda insatisfeita. Há grande carência de pesquisas regionais e nacionais
sobre estas espécies.
Há necessidade de que sejam criados planos apropriados, competitivos e eficientes,
tomando como base os recursos genéticos locais e baseados no conhecimento local dessas
populações. Vários países destacam medidas exitosas de conservação in-situ quando se
respeitam e se mantêm tradições, práticas e estilos de vida das populações locais e
indígenas.
Não há como promover um determinado agrupamento genético se a ele não estiver
associado um diferencial econômico. Nesse sentido, a pesquisa científica deve estar em
sintonia com as possibilidades de explorar as vantagens comparativas, seja na carne, na
pele, no leite, na lã, ou até mesmo em quesitos vinculados à estética ou à história e cultura
local. Alguns exemplos podem ser tomados emprestados de outras partes do mundo como é
o caso da lã da Ovelha de Chiapas, no México, do presunto do porco ibérico, em Portugal e
Espanha, dos queijos franceses associados às raças bovinas autóctones, entre vários outros
exemplos bem sucedidos quando se faz a associação entre produto e grupo genético. Essa
é a chave mestra para abertura da porta de entrada das raças locais em um mercado
diferenciado, composto de produtos com valores agregados, de todos os tipos possíveis, que
permita a valorização das raças e a maior garantia de sua conservação. Com isso, as
iniciativas do melhoramento poderiam ser perseguidas a partir do momento em que,
numericamente, estivesse solidificado o resgate desses patrimônios mais do que locais ou
nacionais. São patrimônios universais.
Dessa forma, manter as raças locais dentro de seus sistemas tradicionais é a medida
de conservação mais econômica e socialmente adequada disponível para muitos países.
Para que isso se torne realidade há necessidade de se melhorar as ações a serem
realizadas para colecionar e documentar os conhecimentos tradicionais em produção animal
e aumentar o nível de consciência no meio acadêmico sobre as comunidades locais e
indígenas que lidam com os recursos genéticos locais. Deve-se fortalecer essas
comunidades, associações de criadores e ONG’s para que possam participar mais nos
trabalhos de utilização, desenvolvimento e conservação dos recursos genéticos locais.
Além de todos esses aspectos, ajudas externas são necessárias através de fundos
públicos ou privados, para o desenvolvimento sustentado do setor de pequenos ruminantes
nesses países.
11
5. Referências Bibliográficas
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1995 – 1996, La Paz, Bolívia.
COUTO, F. A. A. 2003. Dimensionamento do Mercado de Carne Ovina e Caprina no Brasil.
In: SIMPÓSIO INTERNACIONAL SOBRE CAPRINOS E OVINOS DE CORTE. 2, 2003. João
Pessoa. Anais... João Pessoa: 2º SINCORTE. 2003. CD-ROM.
DICKERSON, L. 1990. Razas Caprinas comunes en los Trópicos y Subtrópicos. FONAIAP
Divulga N° 33 Enero-Junio. Estado de Lara. Venezuela.
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Rome, Italy.
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Rome, Italy.
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Nations, Rome, Italy.
GUIMARÃES, M. P. S. L. M. P.; CORDEIRO, P.R.C. 2003. Dimensionamento do Mercado de
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Tese Dissertação (Mestrado em Zootecnia) – Curso de Pós –Graduação em Zootecnia,
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MENEZES, M.P.C. Caracterização Genética de Cabras Brasileiras Utilizando Microssatélites.
2005. 133f. Tese (Doutodado em Zootecnia) – Departamento de Pós –Graduação em
Zootecnia, Universidade Federal da Paraíba Areia, 2005.
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Nativos, os Municípios de ibimirim e Serra Talhada no Estado de Pernambuco. In: I
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Etnobiologia e Etonoecologia 2002, p. 12.
OLIVEIRA, J. C. V. Caracterização e perfil etnológico de rebanhos caprinos nos municípios
de Ibimirim e Serra Talhada, Estado de Pernambuco. 2004. 58f. Dissertação (mestrado em
Zootecnia) – Departamento de Pós –Graduação em Zootecnia, Universidade Federal Rural
de Pernambuco, Recife, 2004.
12
OLIVEIRA, R. R., Caracterização genética de populações de caprinos da raça Moxotó
usando marcadores moleculares. 2003. 59 f. Dissertação (mestrado em Zootecnia) – Centro
de Ciências Agrárias, Universidade Federal da Paraíba, Areia, 2003.
PARIACOTE, F. A., L, RUIZ, D. C. D’ASCEÇÃO, C. BORGES; X. PIMENTEL. 2004.
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(Supl. 1): 16-21
REVIDATTI, M. A.; De La ROSA, S.; CAPELLARI, A.; PRIETO, P. N. 2005. Recursos
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ROCHA, L.L.; OLIVEIRA, J.C.V.; SILVA, R.C.B Da; RIBEIRO, M.N; GOMES FILHO, M.A.
Aplicação De Análises Canônica Nas Diferenças Morfoestrutural De Caprinos Da Raça
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RECURSOSGENÉTICOS:RAÇAS NATIVAS PARA O SEMI-ÁRIDO/I REUNIÃO DA REDE
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13
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Fenología y Producción de Biomasa Aérea del Pithecellobium dulce, en una Zona de Monte
Espinoso Tropical. Arch. Latinoam. Prod. Anim. 12 (Supl. 1): 67-71.
14
MEJORAMIENTO GENETICO DE FIBRAS FINAS DE CAMELIDOS
A. Stemmer1
y A. Valle Zárate2
1
Facultad de Agronomía, Universidad Mayor de San Simón, Cochabamba, Bolivia
caprino@albatros.cnb.net
2
Instituto de Producción Animal en los Trópicos y Subtrópicos, Universidad Hohenheim,
Alemania.
Resumen
El presente trabajo describe los pasos a seguir para el mejoramiento genético de
fibras finas en camélidos domésticos: alpacas y llamas. Se mencionan las características de
la fibra y criterios de calidad más importantes La planificación del mejoramiento genético es
explicada con ejemplos de la bibliografía y en el caso de Bolivia, con los trabajos de las
autoras y los investigadores asociados. Se mencionan los siguientes pasos: descripción de
las condiciones de producción y utilización de productos animales, definición del objetivo del
mejoramiento genético, determinación de los criterios y las restricciones de selección previa
estimación de parámetros genéticos y económicos, determinación del método de
mejoramiento y de las poblaciones incluidas, pruebas de rendimiento, estimación de valores
de cría, procesos de selección, planes de apareamiento y modelos para la transferencia del
progreso genético a la población total.
Palabras claves: camélidos domésticos, calidad de fibra fina, vías de la mejora genética
Breeding for fine fibres in camelids
Abstract
The present work describes the steps to be followed in the breeding of domestic
camelids, alpacas and llamas, for fine fibre production. Fibre traits and quality criteria are
mentioned. The process of breeding is explained by examples of the literature and, in the
case of Bolivia, by the work of the authors and their associated researchers. The following
steps are mentioned: description of conditions of production and utilization of animal
products, definition of breeding objectives, estimation of selection criteria and restrictions,
genetic and economic parameters, determination of the method of breeding and the
populations involved, performance testing, estimation of breeding values, process of
selection, mating plans, and models for the transfer of the breeding progress to the
population as a whole.
Key words: domestic camelids, fine fibre quality, methods of breeding
1. Introducción al tema
Los camélidos sudamericanos son animales originarios de Sudamérica. Se distinguen
dos especies domesticadas, la alpaca y la llama, además dos especies silvestres, la vicuña y
el guanaco. Los camélidos silvestres no son tema de la presente conferencia. Los camélidos
domésticos juegan un rol muy importante en la vida productiva, social y cultural del productor
andino. Son fuentes de fibra, carne y varios subproductos, son indispensables en el uso
eficiente y sostenible de los ecosistemas frágiles y pobres en recursos naturales de las
alturas de Perú, Bolivia, Argentina y Chile.
15
La alpaca se considera como la forma doméstica de la vicuña (Miranda et al., 2000) de
tamaño corporal intermedio entre llama y vicuña. Es criada para fibra y carne. El color
predominante de sus vellones es el blanco, pero existen todos los demás colores naturales.
La exportación de fibra de alpaca constituye un aporte importante de divisas. Se hicieron
esfuerzos en la mejora genética de esta especie.
La llama es la forma doméstica del guanaco y más grande que este (Miranda et al.,
2000). Es utilizada como animal de carga, para carne y fibra. El vellón puede tener cualquier
color natural de blanco hasta negro y combinaciones de estos. La llama no ha sido sujeta a
una mejora genética aunque su fibra es tan valiosa como la de alpaca si se procesa
adecuadamente.
Alrededor del 80% de alpacas y la totalidad de las llamas pertenecen a pequeños
productores, generalmente carentes de recursos.
El número de llamas y alpacas existentes en los países andinos se describe en el
siguiente cuadro 1.
Cuadro 1. Poblaciones de camélidos domésticos en Sudamérica
(en miles de cabezas)
PAIS
ALPACAS % LLAMAS %
T O T A L
Perú a)
Bolivia b)
3.042
417
86,8
11,9
1.104
2.399
29,1
63,3
4.146
2.816
Chile c)
Argentina d)
Ecuador e)
Colombia f)
45
0,5
0,2
--
1,28
0,014
0,006
--
79
200
10
0,2
2,08
5,27
0,25
0,00
124
200,5
10,2
0,2
T O T A L 3.505 100,00 3.792 100,00 7.297
Fuente: a) MINAG – Dirección General de Información Agraria, 2002; b) FIDA et al., 1999; c) INE, 1999; d)
Mezzadra, 2003; e) Virdis, 2000; f) Novoa y Wheeler, 1984, citado por Wheeler, 1991
Perú es el país con la mayor población de alpacas (87%) y el segundo en población
de llamas (29%), mientras que Bolivia posee el 63% de las llamas de Sudamérica y el 12%
de las alpacas.
2. Características de la fibra y criterios de calidad
“Fibra” es un término genérico para varios tipos de materiales, naturales o sintéticos,
que sirven para convertirlos en hilo o tela. Las fibras naturales pueden ser de origen vegetal
o de origen animal. Las últimas son la seda y las fibras queratínicas obtenidas de la piel de
mamíferos, que comprenden la lana, que se refiere a la fibra del vellón de la oveja y las
fibras especiales, las cuales incluyen entre otras, fibras de camélidos.
El examen microscópico de una fibra en corte transversal permite distinguir hasta tres
capas celulares: la cutícula, el cortex y la médula (ver figura 1).
16
La cutícula está formada por un conjunto ininterrumpido de células planas epiteliales
de forma poligonal, parcialmente superpuestas a modo de escamas. Estas varían de tamaño
y arreglo según especies y tipo de animales.
El cortex constituye el cuerpo de la fibra, está formado por células ahusadas,
delgadas, totalmente cornificadas; se disponen en forma paralela al eje de la fibra y están
unidas unas a otras en dirección longitudinal por filamentos cornificados.
La médula consiste de una región axial formada por cavidades de células alargadas.
Puede ser continua ó discontinua – el último dando origen a fibras heterotípicas. La médula
en fibras gruesas cuando ocupa gran parte de la sección transversal forma los kemps. La
formación de médula se origina cuando la célula es vacuolada al pasar a través del folículo.
Se distinguen dos tipos de folículos: primarios y secundarios. En general, los folículos
primarios dan origen a las fibras gruesas y los folículos secundarios a las fibras finas.
Folículos primarios van acompañados con una glándula sebácea y una glándula sudorípara,
mientras que los folículos secundarios tienen solamente una glándula sebácea o ninguna
glándula. La relación entre el número de folículos primarios y folículos secundarios es la
base biológica de la finura y densidad de las fibras de un vellón.
Las fibras de alpaca son altamente meduladas y presentan lustre y suavidad.
Contienen muy pocas fibras gruesas. Las fibras de los folículos primarios y secundarios
tienen el mismo diámetro. Por las características de la fibra se diferencian dos variedades de
alpacas: a) Huacaya, cuya fibra es rizada con apariencia de lana y b) Suri, de fibra lacia y
lustrosa (Villarroel, 1991). En el Perú el 85% de las alpacas son Huacayas y el 15% Suris
(Virdis, 2000). En Bolivia, la Huacaya constituye el 92% y la Suri, el 8% de la población de
alpacas (FIDA et al., 1999).
El vellón de la llama presenta una doble cobertura, la capa inferior de fibras muy
finas, cortas y suaves y una cobertura exterior de fibras gruesas y largas. La llama, según la
característica del vellón, se diferencia también en dos tipos: a) Lanuda o Th’ampulli, que
posee vellón voluminoso, que se parece a la alpaca, y b) Pelada o Kh’ara con fibra corta y,
por lo general, con alto contenido de cerda. En Bolivia, la población de llamas se divide en
26% de Th’ampullis y 74% de Kh’aras; sin embargo existen animales intermedios de difícil
17
categorización (FIDA et al., 1999). En Perú, existen 58% de Kh’aras y 42% de Chakus ó
Lanudas (Esponda et al., 2004).
La calidad de la fibra es determinada por varios criterios, entre ellos el diámetro, el
color, la longitud, la cantidad de fibras muertas, fibras meduladas e impurezas (Vinella,
1993).
El diámetro, medido en micrómetros µm, es la característica más importante en la
determinación del valor de la fibra. Las ventajas de una mayor finura no se limitan a la
posibilidad de producir prendas más ligeras y suaves, sino que también derivan de una
menor presencia de fibras muertas y meduladas (Vinella, 1993; Delgado, 2003).
En el cuadro 2 se detallan valores de finura encontrados en camélidos domésticos,
junto con la cantidad producido por año y la longitud de la fibra.
Cuadro 2: Calidad y cantidad de fibras de camélidos domésticos
TIPO DE FIBRA RANGO DE FINURA (µm) LONGITUD
(cm/año)
CANTIDAD
(kg/año)
Llama, capa interior
Llama, capa exterior
Alpaca
20 – 23
40 - 75
20 – 33
} 6 - 13
6 – 14
} 0,8 – 1,5
1,6 – 2,9
Fuente: varios autores citados por Delgado, 2003
El diámetro de la fibra está influido por la edad del animal, el tiempo desde la última
esquila y el sexo del animal.
En los micronajes finos el mercado no acepta la presencia de fibras gruesas ni en
cantidad reducida. Por este motivo es necesaria la separación del vellón de llamas, llamado
descerdado.
El color es el parámetro que junto con la finura tiene una gran importancia en la
determinación de la cotización de la fibra. La cotización depende de la demanda del
mercado, de la escasez del color y de la moda. El blanco es el color que se puede teñir más
fácilmente, pero actualmente su importancia está disminuyendo porque se valorizan más
colores naturales. La finura de la fibra puede ser influenciada por el efecto del color, pero las
diferencias no tienen magnitud relevante (Delgado, 2003).
En la elaboración de prendas se necesita que las fibras superen una longitud mínima
de 3 cm y para la elaboración de tops, la longitud debe sobrepasar 7 cm.
La presencia de pelos oscuros puede constituir un grave defecto, sobre todo si están
presentes en el blanco o en colores claros. La presencia de pelos negros se calcula en %
sobre las fibras totales. El grado de aceptabilidad depende del tipo de uso y del producto al
que van destinados.
Las fibras muertas se encuentran especialmente en las categorías de fibras más
gruesas. La incidencia sobre el valor de la fibra depende del uso: en caso de teñido las fibras
muertas son fastidiosas porque son más difíciles de teñir.
La presencia de las fibras meduladas es mayor en las categorías de fibras más
gruesas. Las fibras con médulas son más difíciles de teñir y tienden a permanecer más
claras que las demás creando efectos de rayado; además hacen las fibras más rígidas.
Las principales impurezas son substancias vegetales, grasas, cera y substancias
inorgánicas. La elevada presencia de impurezas varía el precio de las fibras por los efectos
dañinos que pueden provocar: menor rendimiento, lavado más costoso, cardadura y peinado
más difícil.
18
3. Planificación del Mejoramiento Genético
La planificación del mejoramiento genético animal es un proceso itinerante que
comprende el desarrollo y la optimización continua de programas de mejoramiento.
Las fases de la planificación son los siguientes:
1. Descripción de las condiciones de producción y utilización de productos animales
2. Definición del objetivo del mejoramiento genético
3. Determinación de los criterios y las restricciones de selección previa estimación de
parámetros genéticos y económicos
4. Determinación del método de mejoramiento y de las poblaciones incluidas, pruebas
de rendimiento, estimación de valores de cría, procesos de selección, planes de
apareamiento y modelos para la transferencia del progreso genético a la población
total.
A continuación se describen estas cuatro fases para el caso del mejoramiento
genético en camélidos domésticos, basadas en la bibliografía y en el caso de Bolivia, en los
trabajos de las autoras y los investigadores asociados.
3.1 Descripción de las condiciones de producción y utilización de productos
animales.
Esta primera fase de la planificación del mejoramiento genético es muy importante;
aunque muchas veces olvidada. Las condiciones de producción se refieren a factores
ecológicos, naturales y socio-económicos; estos deben ser descritos detalladamente, para
poder incorporar en forma adecuada los requerimientos particulares de la utilización de
productos animales y las restricciones de los recursos naturales. Hay que estar consciente
de que estos factores no se pueden alterar deliberadamente sino que es necesario tomarlos
muy en cuenta en la planificación del mejoramiento genético. Según Valle Zárate (2000),
enfoques tecnócratas que ignoran el medio ambiente natural y social, crean un ambiente
artificial durante el financiamiento de un “proyecto”; permiten éxitos más rápidos pero no
sustentables.
Las condiciones de producción pueden variar mucho de una zona a otra. También el
uso que se da a los productos de los animales puede ser distinto. Los productos pueden ser
vendidos o usados para el autoconsumo en diferentes proporciones. La alpaca se cría
principalmente para la venta de fibra y en menor grado para la obtención de carne. La llama
en la mayoría de los casos se cría principalmente para carne; sólo en las regiones donde
existe posibilidad de acceder al mercado y donde hay mayor cantidad de animales
Th’ampulli, la fibra de la llama se vende. Además de estos productos, los camélidos proveen
varios subproductos y usos a sus propietarios que pueden ser muy importantes en una
economía de poca vinculación al mercado (Nuernberg, 2005). En el cuadro 3 se describen
estos usos.
19
Cuadro 3. Funciones de camélidos dentro del sistema de producción
FUNCION USO
Estiércol Uso en la cocina como combustible; uso para abono
Carne Charque (uso a largo plazo)
Lana Producción de costales, sogas
Cuero Alfombras, correas, lazos
Piel Tapices
Otras Animal de carga, función cultural (ritos)
Fuente: Nuernberg, 2005
Se deben considerar estos usos y productos aparte de la producción de fibra porque inciden
en las decisiones de los criadores, por ejemplo la composición de sus rebaños y el descarte
de animales.
3.2 Definición del objetivo del mejoramiento genético
El progreso genético se basa en una definición clara del objetivo del mejoramiento
genético.
La mejora debe limitarse a pocas características importantes para que el progreso
genético sea rápido. Se tiene que tomar en cuenta las relaciones beneficio/costo para
formular objetivos de eficiencia y no solamente de mayor producción. Los costos se refieren
a valores económicos y también ecológicos y sociales. El objetivo debe ser cuantificado
económicamente en un índice de selección.
A continuación se describen algunos objetivos alternativos del mejoramiento genético
de fibras finas en camélidos; la definición específica depende de las condiciones de
producción y del enfoque del proyecto o plan de mejora.
“Aumento de la productividad del rebaño de alpacas/llamas disminuyendo el tamaño del
rebaño” (consideración indirecta de aspectos ecológicos).
“Producción eficiente de fibras finas considerando condiciones regionales específicas con
diferencias estacionales marcadas y posibilidades limitadas de inversión” (consideración de
alimentación de los animales y poder económico de los criadores).
“Fomento de pequeños productores incluyendo el desarrollo de formas tradicionales
de producción de camélidos” (consideración de aspectos sociales por ejemplo. para evitar
migración masiva del área rural hacia las ciudades).
“Aumento de la eficiencia de producción de fibras finas considerando características
de la calidad de la fibra” (incorporando resultados de estudios de mercado).
3.3 Determinación de los criterios y las restricciones de selección previa
estimación de parámetros genéticos y económicos
Como prerrequisitos para la determinación de los criterios de selección se debe exigir:
Ø un objetivo de mejoramiento claro
Ø la posibilidad de registros simples, pero exactos
Ø una heredabilidad suficiente (h2
> 0.2)
Ø conocimiento de correlaciones genéticas entre los criterios
20
Los criterios de selección se usarán para estimar el valor de los animales como
progenitores de generaciones futuras (valor de cría) y para seleccionar los animales de
reemplazo. Se deben elegir pocos criterios importantes.
Para registrar los datos de rendimiento de los animales es necesario que ellos sean
identificados individualmente, por ejemplo con aretes prenumerados. Los datos a registrar
para el mejoramiento genético de la producción de fibras finas pueden ser los siguientes:
Ø peso de vellón (cantidad de fibra esquilada por año en kg)
Ø finura (diámetro de la fibra en µm)
Ø largo de mecha (en mm)
En el caso de las llamas que tienen doble cobertura interesa también determinar:
Ø diámetro de fibras finas (en µm)
Ø proporción de fibras finas (en %)
Sin embargo, no deben olvidarse los otros propósitos fuera de la producción de fibras
para los cuales los productores se dedican a la crianza de alpacas o llamas. Por eso puede
ser necesario incluir uno ó varios criterios de selección para caracteres de producción de
carne u otros propósitos.
Algunos posibles caracteres son:
Ø velocidad de crecimiento
Ø peso a los 2 años de edad
Ø peso de la cría lograda al destete
Ø capacidad para llevar carga
Existen muy pocas estimaciones de las heredabilidades de estas características, aunque
la heredabilidad es de suma importancia para expresar la confianza que se puede tener en el
fenotipo del animal como una guía para predecir su valor de cría. Muchos de los estudios
que estimaron heredabilidades en camélidos presentan una serie de restricciones como la
cantidad y calidad de los datos involucrados. Los rangos de las heredabilidades estimadas
en Sudamérica para el peso del vellón son 0.19 a 0.35 en llamas y 0.22 a 0.38 en alpacas;
para el largo de mecha 0.28 a 0.42 en llamas y 0.21 a 0.43 en alpacas (datos de varios
autores citados por Delgado, 2003).
Para el diámetro de la fibra en alpacas, no se encontraron estimaciones de heredabilidad
hechos en Sudamérica; en Australia se estimó en 0.67 (Ponzoni, 1999) y en Nueva Zelanda
en 0.73 (Wuliji et al., 2000). Aquí cabe aclarar que los parámetros genéticos están limitados
a un carácter y a una población en el ambiente evaluado. Para poder asegurar el éxito de un
programa de mejoramiento genético en una determinada población, es indispensable contar
con estimaciones confiables de estos parámetros genéticos, propios de la población y de su
ambiente de cría (Delgado 2003).
Para la fibra de llama se estimaron las heredabilidades de las características de calidad
en 1869 llamas de Ayopaya en el Departamento de Cochabamba. Las heredabilidades para
el diámetro total de fibras, desviación estándar del diámetro total, diámetro de fibras finas,
proporción de fibras finas < 30 µm y proporción de kemps fueron 0.33, 0.28, 0.36, 0.32 y
0.25, respectivamente (Wurzinger et al., 2003, Wurzinger et al., 2004). En el mismo proyecto
se estimó la heredabilidad del peso corporal en 0.36 (Wurzinger et al., 2005).
Las correlaciones genéticas entre los diferentes criterios de selección deben tomarse en
cuenta al desarrollar el índice de selección. Lamentablemente, existen muy pocas
publicaciones al respecto. Velasco (1980, citado por Novoa, 1989), en 106 pares de madres
– hijas en alpacas estimó una correlación genética entre peso corporal y peso del vellón de –
0.026, valor bajo que se considera como indicación de que existe independencia entre los
dos caracteres. Al contrario, Martínez et al. (1997) encontraron una correlación positiva entre
peso del vellón y peso vivo (r=0.42) en 143 llamas. Los mismos autores estimaron que no
había correlaciones entre peso vivo por un lado y diámetro total de fibras y porcentaje de
medulación por otro lado (r=0.15 y r=-0.09, respectivamente); tampoco hubo correlación
21
entre el peso de vellón y diámetro de fibras y porcentaje de medulación, (r=0.008 y r=-0.05,
respectivamente). Si estas estimaciones se pueden confirmar en otras poblaciones con un
número de observaciones mayor, entonces se concluiría que al seleccionar para el peso del
vellón se aumentaría el peso vivo, mientras que no se cambie el diámetro de fibras ni el
porcentaje de medulación.
El parámetro económico de un carácter se define como el cambio en ganancia
resultando del cambio de una unidad del carácter, asumiendo que todos los demás
caracteres se mantienen constantes. Estos valores económicos difieren de una región a otra
y también en el transcurso del tiempo, así que necesitan ser ajustados cada vez que ocurran
cambios en los costos y/o beneficios.
En el caso de los camélidos existen pocos casos donde los diferentes productos y
funciones hayan sido valorados económicamente. En un estudio realizado en Ayopaya con
75 criadores, las dos funciones más preferidas de las llamas fueron la función de capital
(14.6%) y la función de transporte a los cultivos (13.7%). Las funciones referidas a la venta
de animales o de productos no fueron percibidas como las más importantes por los criadores
(Markemann et al., 2006). Este estudio en desarrollo tiene como objetivo futuro el cálculo de
los valores económicos para aquellas funciones percibidas como las más importantes por los
criadores.
Los diferentes criterios de selección tienen que ponderarse según sus valores
económicos y se incluyen en un índice de selección.
Sin embargo, el índice de selección puede ser sencillo (pero menos exacto) en caso
de que no se conozcan los valores económicos o su estimación sea difícil (por ejemplo
cuando los productos son usados más que todo para el consumo doméstico de pequeños
productores). Se puede citar el índice aplicado en la selección de llamas en el Campo
Experimental de Altura INTA Abra Pampa, Argentina, donde el 70% está orientado a
producción de carne y el 30% a producción de fibra, siendo la fórmula I=0.7 (peso vivo) + 0.3
(peso del vellón y análisis de fibra) (Mezzadra, 2003). En el Perú, según Bustinza (1991), hay
pocos centros de crianza de alpacas que usan índices, donde consideran el peso de vellón y
el peso vivo con coeficientes de 70% para peso de vellón y de 30% para peso vivo, cuya
fórmula resumida es: I = 0.70 (peso de vellón) + 0.30 (peso vivo). En Bolivia aún no se
realiza la selección por índice ni en alpacas ni en llamas.
Las restricciones de selección se aplican a animales con ciertos defectos que no
deben ser usados como reproductores. En los camélidos, estos defectos pueden ser:
testículos muy pequeños, o de diferentes tamaños entre ellos, criptorquídicos,
monorquídicos, prognatismo (inferior o superior), deformaciones de la columna o de las
patas.
Vellones mezclados de dos ó tres colores no deberían aceptarse en los reproductores
por la dificultad de separar los colores y ofertar lotes de color uniforme a la venta.
3.4. Determinación del método de mejoramiento genético
La determinación del método de mejoramiento y las poblaciones involucradas se
basa teóricamente en una comparación de los efectos genéticos y de heterosis en
combinaciones de la población local con todas las poblaciones mundialmente accesibles. En
la práctica, las alternativas factibles se reducen a pocas opciones (Valle Zárate, 2000).
Las poblaciones involucradas (razas, ecotipos, líneas o variedades) deben ser
probadas en el mismo ambiente. Sí de estas pruebas, resulta la superioridad de una de las
poblaciones se puede recomendar un programa de sustitución de la población menos
favorable. Según Bustinza (1991), existen diferentes ecotipos en la zona de Puno, y aún en
cada población grande de alpacas criadas conjuntamente en empresas asociativas, pero
22
recién se están evaluando las características de estas líneas y aún no se han realizado
cruzamientos dirigidos de estas.
Si se estima una heredabilidad baja, frecuentemente se observa heterosis en estos
caracteres al realizar cruzamientos entre poblaciones. Generalmente, los caracteres que no
pueden ser mejorados por selección podrían ser mejorados por cruzamientos. Sin embargo,
hay que tener presente que existe una diferencia fundamental entre estas dos vías del
mejoramiento genético: los efectos de la selección son acumulativos de generación en
generación, mientras que los efectos de la heterosis no lo son. Para utilizar la heterosis, el
cruzamiento entre poblaciones tiene que ser repetido en cada generación (Ponzoni, 1992).
Esto es factible en especies de alta tasa reproductiva (como en cerdos) pero difícil en los
camélidos.
Cuando se estima una heredabilidad de los criterios de selección mediana a alta, se
puede recomendar la selección como método de mejoramiento; esto muy probablemente va
a ser el método elegido para el mejoramiento genético de las fibras. El siguiente paso es la
determinación de posibles antagonismos dentro del objetivo del mejoramiento; esto se
estima mediante las correlaciones genéticas. En el caso de correlaciones favorables
simplemente se combinan los criterios de tal manera que el progreso genético es
maximizado (Ponzoni, 1992).
Se deben organizar las pruebas de rendimiento para evaluar los datos de los
individuos y procesarlos. Los datos tienen que ser ajustados de acuerdo a fuentes de
variación ambiental conocidos (efectos de año, edad, sexo y otros) Después se calcula el
valor de cría para cada carácter y el índice de mérito total de cada animal. Los animales de
ambos sexos con méritos mayores se seleccionan y los machos inferiores deben ser
castrados ó sacrificados. Los machos reproductores se usan según un plan de
apareamiento, evitando la cruza entre animales emparentados.
El progreso genético será mucho más rápido cuando no se intenta realizarlo
aisladamente en cada rebaño particular sino mediante una estructura adecuada de
transferencia desde un rebaño élite a la población entera (figura 2).
Figura 2: Transferencia de animales (genotipos) superiores
Rebaño élite Rebaño núcleo de
una cooperativa
M M H
Rebaños multiplicadores Rebaños multiplicadores
M M H M
H
M: Machos
H: Hembras
La causa del progreso genético más rápido se debe a que los animales superiores,
muy sobresalientes se concentran en el ápice de la jerarquía. Ahí se multiplican y los genes
superiores llegan a la base de la población mediante la transferencia de machos
reproductores. Normalmente, no hay transferencias de hembras y tampoco se introducen
animales de afuera al rebaño élite.
Rebaños de la población base
23
Una alternativa a este modelo es la estructura de un rebaño núcleo manejado en forma de
cooperativa. En este caso, se realiza un sondeo del rendimiento de los animales de todos los
socios de la cooperativa. Luego los mejores machos y hembras se transfieren al rebaño
núcleo donde se multiplican. Los reproductores jóvenes seleccionados se distribuyen a los
rebaños de base, de manera que todos los socios comparten el progreso genético realizado
en el rebaño núcleo. En ambas alternativas, puede ser necesario crear rebaños
multiplicadores intermedios entre los rebaños élite/núcleo y los rebaños de base para poder
abastecer el número de machos reproductores requeridos.
Sin la presencia de una estructura que distinga entre rebaños élite o núcleo por un
lado y rebaños de base por otro lado, la implementación de programas de mejoramiento
genético dentro de una raza (o ecotipo) es extremadamente difícil. Además, existe el riesgo
de que se realicen introducciones de animales de otras regiones que se usen en
cruzamientos indiscriminados, llegando de esta manera a la pérdida gradual de genotipos de
alto valor adaptados a su medio ambiente local (Ponzoni, 1992).
4. Mejoramiento de aspectos no genéticos
El mejoramiento genético no puede realizarse al margen de mejoras del ambiente;
por ejemplo una eficiencia reproductiva baja limita el progreso genético, este es más rápido
cuando se puede aumentar la intensidad de selección. Esto se puede lograr con un número
de crías más elevado, o sea reduciendo la mortalidad de crías, o con mayor fertilidad en las
hembras. Los caracteres relacionados con la reproducción por lo general tienen
heredabilidades bajas, así que una mejora sustancial se puede lograr mediante el
mejoramiento del ambiente. La alimentación y la sanidad juegan un rol importante también.
Otro aspecto relevante es la mejora en las prácticas de esquila que inciden sobre la
calidad de la fibra ofrecida al mercado. Aquí la esquila anual, la limpieza, el acopio y la
agrupación por colores y calidades, son prácticas a ser consideradas adecuadamente.
5. Conclusiones
El mejoramiento genético de los camélidos es probablemente el menos avanzado
entre todas las especies de animales domésticos en América Latina. De ahí surge la
urgencia de realizar investigaciones sobre los sistemas de producción, estimar parámetros
genéticos, formular parámetros económicos aplicables a la economía del pequeño productor,
además de fortalecer asociaciones de productores y establecer sistemas de selección y
transferencia del progreso genético.
El beneficio del mejoramiento de la producción de fibras finas debe llegar a los
productores de camélidos, posibilitando la permanencia en sus tierras ancestrales y
contribuyendo a una vida digna y promisoria, también para futuras generaciones.
Cita Bibliográfica:
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26
FACTORES QUE INTERVIENEN EN LOS SISTEMAS DE PRODUCCIÓN SUSTENTABLES
DE LOS PEQUEÑOS RUMIANTES Y CAMELIDOS
Benito Mendoza. D1
1
Profesor Principal de Genética y Mejoramiento Ganadero. ESPOCH- ECUADOR
Resumen
Se ha estudiado los factores que intervienen en la producción de pequeños rumiantes
criollos y camélidos sudamericanos en algunas provincias del Ecuador. Los datos fueron
analizados con el soltfware SPSS 2004.Los sistemas de producción son diferentes aunque
los factores son los mismos; Socio –Económico, ambiental y manejo. Las cabras y ovejas
criollas junto con los camélidos sudamericanos están directamente asociados a los grupos
más pobres, por lo que el manejo también es pobre, dando lugar a una producción de
sustancia y complementaria a otro actividad principal como las artesanías y trabajos
agrícolas. Aunque en la provincia de Loja se encontró que las cabras mestizas y mejorados
productoras de leche estas dando lugar a micro empresas sustentables. La llama es otra
especie que a futuro será rentable por lo tanto vivible en la Provincia de Chimborazo. Las
alpacas desde su reintroducción han sido orientadas a que sean una fuente de ingreso que
le permita vivir al campesino. La educación y capacitación técnica del campesino es el
camino obligatorio para que su ganadería sea una fuente de ingreso vivible.
Palabras claves: Sistemas de Producción, factores, camélidos sudamericanos, pequeños
rumiantes.
FACTORS THAT INFLUENCY IN THE SUSTAINABLE PRODUCTION SYSTEMS OF
SMALL RUMINANTS AND SOUTH AMERICAN CAMEL
Summary
Its have been studied the factors that intervene in the production of little Creole
ruminants and South American camel in Ecuador's some provinces. Data were analyzed with
the soltfware SPSS 2004. The production systems are different although factors are all the
same ; Social - Economic, environmental and Management. The Creole goats and sheep
along with the South American camel are directly associated to the poor people groups, for it
the handling also is poor, giving a substance production and complementary to other principal
activity as the handicrafts and agricultural works. Although in the Loja provinces the
crossbred goats and exotic breeds which are producing milk they are given a sustainable
micro enterprise. The lama is another specie that will be in the future profitable, therefore
vivible in the provinces of Chimborazo. The alpacas since his reintroduction have been
orientated to that they be an income source that permit living to the peasant. The education
and the peasant's technical capacitation is the obligatory road in order that his cattle raising
be an income to living source.
Key words: Production’s Systems, factors, South American camel, little ruminants.
27
I. Introducción
A partir del descubrimiento de América, hace más de cinco siglos comenzaron
recurrentes intercambios de aspectos ligados al ser humano y de manera relevante a la
producción agropecuaria. Es así que desde el punto de vista pecuario ha existido gran
influencia Europea sobre América, debido a que desde España y Portugal partieron
incalculables recursos genéticos animales hacia el nuevo mundo (bovinos, equinos,
caprinos, ovinos, entre otros), los mismos que se multiplicaron y difundieron, con una
marcada adaptación al medio, constituyéndose en la principal fuente alimenticia y de
recursos económicos para diferentes núcleos humanos, que los han manejado bajo diversos
sistemas de producción que han permitido mantenerlos a lo largo del tiempo.
El Ecuador tiene una extensión de 256.370 Km2
, cuenta con cuatro regiones
geográficas: Costa (65 339.34 Km2
), Sierra (57 690.05 Km2
), Oriente (12 5648.30 Km2
) y
Región Insular (7 692.05 Km2
). Se divide en 22 provincias, en las cuales se distribuyen los
caprinos criollos adaptados en la costa, sierra y Galápagos, así como ovinos criollos y
camélidos sudamericanos en la región sierra, los mismos que son criados bajo diversos
sistemas de producción, sin embargo estos recursos, están sufriendo un proceso de erosión
genética debido a la revolución industrial y expansión consecuente de los sistemas
intensivos de producción, con la introducción de razas especializadas, que amenazan con la
desaparición de los recursos locales.
Por lo anteriormente expuesto, es necesario mantener el reservorio de la
biodiversidad genética constituido por los animales criollos y nativos, que por razones
históricas, sociales y culturales, ha sido imposible separar la palabra “conservación” del
término “utilización” sobre todo en aquellas partes del mundo en las que existen poblaciones
subalimentadas; es necesario también identificar cada uno de los factores que interactúan en
los sistemas tradicionales de producción, para mejorarlos y mantenerlos como
amortiguadores frente a los cambios climáticos, presencia de nuevas enfermedades o
modificaciones en el mercado, disminuyendo los riesgos de escasez de alimentos,
permitiendo además un equilibrio sustentable para las generaciones actuales y futuras.
II. Descripción de los sistemas de producción de pequeños rumiantes y camélidos en
el ecuador
A. Sistemas de producción de caprinos criollos
1. Descripción demográfica
La población caprina en el Ecuador según el último Censo Agropecuario (INEC-MAG-
SICA 2001), es de 178.367 cabezas, las cuales se hallan distribuidas el 85,01 % en la región
Sierra, el 14,55 % en la región Costa y el resto del país esta compuesto por el 0.43 % del
total. Por su parte en la región Sierra figura las Provincias de Loja con mayor población
caprina con 110.395 cabezas, seguida de Chimborazo con 11.774 cabezas, y finalmente
Azuay y Pichincha con 7.533 y 7.068 cabezas de caprinos respectivamente. En la región
Costa sobresale la Provincia del Guayas con 19.215 cabezas seguida por Manabí y la
Provincia de El Oro con 4.283 y 1266 cabezas en su orden.
28
2. Componentes del sistema
a. Socio-económico
El 85% de los productores de caprinos tanto en la región Sierra como en la Costa del
país, llevan una crianza de sistema mixto ya que se dedican a la agricultura y ganadería. En
muchos de los casos los productores sufren pérdidas económicas provenientes de la
ganadería y en otros casos de la agricultura por falta de agua de riego, así como también por
la inestabilidad de los precios de los productos.
Un reducido porcentaje de productores de caprinos pertenecientes a la Provincia de
Loja a más de criar caprinos criollos trabajan en entidades publicas. En la Provincia de
Chimborazo son chóferes, artesanos, comerciantes, y la crianza de los caprinos esta
destinada únicamente al consumo familiar. En algunas familias a parte de criar caprinos
también se dedican a la crianza de ovinos, camélidos (llamas), bovinos, porcinos y aves de
corral. Los tres primeros son preferidos por la provisión de estiércol para fertilizar los suelos
de cultivo, en tanto que los bovinos son utilizados como fuerza de tracción animal para la
siembra.
La mayor parte de productores de caprinos criollos son propietarios de las fincas
donde se desarrolla la actividad agropecuaria, sin embargo se trata de familias de pocos
recursos económicos, bajo nivel cultural, alto grado de analfabetismo y aunque sean
propietarios, sus ingresos anuales son muy bajos. Es importante señalar que pocos
productores no viven en el lugar de crianza, haciendo difícil el mantenimiento del sistema de
producción.
El 55% de productores caprinos, tienen al menos hasta 20 años dedicados a la
actividad, el 35% entre 21 y 40 años y apenas el 10% de los productores llevan más de 40
años criando estos animales.
El 96% de los productores utiliza la mano de obra familiar (especialmente mujeres y
niños) en la crianza de los caprinos criollos. El número de hijos de los productores de
caprinos en promedio es de 5 por familia, con un rango de 1 a 12 hijos, una de las razones
por las que las familias rurales tienen una buena cantidad de hijos, es que ellos les ayudan en
las actividades agrícolas, pecuarias y del hogar, que serían difíciles de cumplirlas sino se
tuviese ese número de ayudantes. Además hay que tener presente que en el medio rural la
mortalidad infantil es mayor que en el medio urbano, por lo tanto una mayor cantidad de hijos
permitirá sobrellevar estas pérdidas y disponer siempre de un adecuado número de hijos para
todas las actividades.
Los principales inconvenientes que se presenta en las zonas rurales dedicadas a la
crianza de caprinos, es la falta de créditos para inversión en insumos, alimento, semillas, etc.
a lo cual se suman la falta de canales de comercialización adecuadas para los productos
caprinos (carne, leche, piel), para constituirse en un recurso de importancia económica.
b. Ambiente
Los caprinos de la región Costa del Ecuador, se desarrollan en altitudes que van de 0
a 1100 msnm tal es el caso de la zona costera de la Provincia de Loja con mayor tenencia de
caprinos a nivel Nacional, donde el 31% (3400 km2) de su territorio, es bosque seco, con
terrenos ondulados y abruptos. Por tradición los bosques secos han sido sobreexplotados y
degradados por extracción de madera, ampliación de frontera agrícola, incendios forestales y
sobre pastoreo de ganado caprino y bovino. En la época seca (mayo-noviembre)
generalmente los forrajes más importantes están dados por los frutos y hojas de la mayoría
de especies arbóreas existentes en el bosque seco; mientras que en el invierno predomina el
estrato arbustivo y herbáceo (diciembre-abril).
29
Los caprinos que se producen en la región Sierra están adaptados a una altura, que
oscila entre los 1500 y 2713 msnm con temperaturas que van desde los 6 a los 20°C y
temperatura promedio de 13 °C, la topografía es irregular y en el hábitat de los caprinos se
puede distinguir las zonas baja y media, donde la vegetación predominante comprende
varias especies de forrajes nativos y algunos arbustivos perennes de clima templado.
c. Manejo
La producción de caprinos criollos en el Ecuador, es de tipo familiar en la que no se
aplica tecnología y no se invierten recursos económicos, para mejoras en el sistema de
producción, sin embargo tiene gran importancia regional porque satisface lo esencial en la
alimentación humana (carne, leche) y el cuero es comercializado para la fabricación de
artesanías siendo un ingreso ocasional de la familia, por otra lado favorece al asentamiento
de la familia rural.
c.1. Alimentación
El sistema de pastoreo es extensivo, lo realizan generalmente en áreas comunales
formadas la mayor parte por plantas nativas, donde existe la presencia de árboles, arbustos
y únicamente la especie caprina se ha adaptado; en la mayoría de los casos el pastoreo se
realiza a campo abierto por ausencia de alambrados y se desconoce la carga animal real. En
el caso de la Provincia de Chimborazo los productores pastorean al sogueo en el monte,
presentando además particularidades como la práctica de la trashumancia. Los residuos de
cosecha es ofertada a los animales como suplemento alimenticio. El área de pastoreo es de
propiedad comunal; en la Provincia de Chimborazo, el 48% de las familias ocupan un área
de 1 – 20 Has para el pastoreo y el 52 % ocupa una extensión que sobrepasa las 21Has.
Los caprinos permanecen en pastoreo de 6 a 12 horas, dependiendo de la disponibilidad de
alimento, ambiente y tiempo del cuidador.
Las especies mas utilizadas para alimentación de los caprinos son nativas cuya
calidad nutricional es baja. Estas especies son cada vez más escasas, dado lugar al proceso
de desertificación y deforestación. En la serranía los caprinos consumen plantas que se
adaptan muy bien a la sequía como es el caso del Muelan, Punin, Caumal, Marco, Yuyo,
Pikil, Bledo, Chamana, Hierba mora, Cabuya, Chilca, Retama, Chamico, Huishmo, mientras
que las especies mas consumidas en zonas de bosque seco (Costa) son el Charan,
Algarrobo, Ebano, Shaman, Guarangano, Guandul, Angolo, Borrachera (Ipommea sp.), esta
ultima produce grandes perdidas económicas, ya que se trata de una planta toxica y
resistente a la sequía que abunda en zonas de sobre pastoreo.
El agua que consumen los caprinos proviene de vertientes, quebradas, acequias,
ríos, canales de riego, también toman agua entubada que les proveen en las casas, el agua
no es de buena calidad, esto afecta a la salud del animal.
En las Provincias de Loja y Guayas la mayoría de productores adicionan sal a la dieta
de los caprinos, mientras que en Chimborazo e Imbabura un mínimo porcentaje de
productores lo hacen, esta diferencia se debe a que en la Provincia de Loja y Guayas son en
gran mayoría caprinos mestizos y esto pesa mucho a la hora de manejar a los animales,
mientras que en Chimborazo e Imbabura los caprinos son criollos y los productores creen
que es un gasto innecesario necesario.
30
c.2. Sanidad
Los caprinos, son explotados bajo muy diversos métodos, climas y ambientes,
independientemente de la tecnificación de la explotación, esta sujeta a sufrir cualquier
alteración patológica en su salud, que puede ser causada por diversos agentes, entre ellos
virus, bacterias, parásitos, hongos, las precarias condiciones de sanidad y alimentación en
las cuales se desarrollan gran parte de los caprinos, constituyen las causas de su baja
productividad, que se traducen en gran mortalidad general del rebaño a causa de
enfermedades infecciosas y parasitarias. Sólo un 10% de los productores mantienen en buen
estado sanitario a sus caprinos, un 32% no realizan ninguna práctica sanitaria, mientras que
un 58% está en un nivel intermedio lo que hace pensar que va avanzado hacia un mejor
status sanitario.
c.3. Reproducción
El 94% de los productores no manejan por separado los machos y hembras, los
animales pasan juntos durante todo el año, esto provoca que exista problemas de
consanguinidad afectando la reproducción y producción. Un bajo porcentaje de caprino
cultores intercambia los reproductores con vecinos, lo que lleva implícito un conocimiento
empírico de los efectos de la consanguinidad. La separación por edades debe merecer una
especial atención, para lograr que las hembras sean empadradas a una edad y peso
adecuado.
Los caprinos criollos machos entran a la reproducción a una edad que va desde los 8
a 14 meses de edad, mientras que las hembras inician su vida reproductiva desde los 4 a 7
meses, sin considerar el peso corporal del animal. El 83% de los productores, manejan una
relación Macho: Hembra de 1:20 en sus chatos, y el restante una relación de 1 macho con
más de 30 hembras.
c.4. Genética
Las cabras nativas o criollas que existen en nuestro país, son el resultado de muchos
cruzamientos no muy acertados y de una selección natural, estos animales son muy
resistentes a las enfermedades de todo tipo, no son exigentes en su alimentación y se
adaptan a cualquier terreno por más inhóspito que este sea, sin embargo la gran influencia
de razas exóticas especializadas como la Anglo Nubian, Saanen y Alpina Francesa en
cruzamientos, han reducido la población de caprinos criollos, Los productores de caprinos
criollos manejan un tipo de selección empírica, basada únicamente en las características
exteriores de cada individuo. En un 99.70 %, de los rebaños no se maneja registros, sin
embargo los animales están plenamente identificados por su propietario.
c.5. Infraestructura
Un alto porcentaje de productores caprinos guardan los animales en corrales luego
que regresan del pastoreo, los corrales están ubicados cerca de las casas y proveen sombra
y protección de la lluvia. Los corrales son construidos con materiales propios de la zona, no
hay una adecuada relación entre el número de caprinos y el área del corral, en algunos
lugares existe hacinamiento, mientras que en otros sobra espacio. no tienen corrales para
guardar por edades, esto provoca que exista problemas de consanguinidad.
31
B. Sistemas de producción de ovinos criollos
1. Descripción demográfica
Según el III censo nacional agropecuario INEC-MAG-SICA (2001) Del total de la
población ecuatoriana el 40% reside en el área rural de los cuales el 25% son hogares de
productores que viven en sus tierras, de este porcentaje el 62% de la población trabaja en
agricultura ; en manos de estos productores se encuentra a nivel nacional un total 1.052.891
de ovinos criollos, en la provincia de Chimborazo 310.150, en Cotopaxi 202.584 y en
Tungurahua 79.177.
2. Componentes del sistema
a. Socio-económico
En la sierra alta el origen de los rebaños se da a través de la herencia o donación es
decir el niño se hace acreedor a una cordera regalado por la persona elegida como padrino
para que realice el primer corte de su cabello, mientras que las mujeres adquieren su primer
ovino a los ocho años para incentivar en el manejo de los animales, dependiendo de la
suerte de los niños la cordera crece, reproduce originando un rebaño pequeño. Los
productores de la sierra baja inician sus rebaños comprando animales de cinco o seis meses
en el mercado. Las familias mantienen a sus rebaños por varios años o durante toda la vida.
En el Ecuador los productores mantienen a los ovinos criollos como alternativa de su
economía, porque la principal actividad de los criadores de la sierra baja es la elaboración de
artesanías, sogas, gorras, alfombras, chompas, etc.; mientras que los criadores de la sierra
alta se dedican a la agricultura y ganadería. En algunas familias a parte de criar ovinos
también se dedican a la crianza de cabras, llamas, bovinos, porcinos y aves de corral. Los
tres primeros son preferidos por la provisión de estiércol para fertilizar los suelos de cultivo,
en tanto que los bovinos son utilizados como fuerza de tracción animal para la siembra.
La mayor parte de productores de ovinos criollos son propietarios de pequeños
terrenos ubicados en diferentes lugares donde desarrolla la actividad agropecuaria, sin
embargo estas familias son de pocos recursos económicos, bajo nivel cultural y alto grado de
analfabetismo. Los productores utilizan la mano de obra familiar esposa e hijos, el 88 % de
los niños que se encargan del pastoreo de los ovinos están entre los 7 y 10 años actividad
que realizan luego de asistir a la escuela, apenas el 3.7 % de adolescentes se dedican a la
crianza de ovinos en resto se dedica a las labores culturales, estudio y actividades del
hogar. En algunos hogares donde no existe la presencia de los niños el pastoreo se encarga
un adulto.
La venta de los animales generalmente lo realizan en época de inicio de clases para
comprar los útiles escolares, uniforme y pago de la matricula de sus hijos, los animales son
una fuente de ahorro para cualquier necesidad de la familia, ellos creen que no cuesta nada
mantenerlos, solo el tiempo para trasladar donde vayan alimentarse.
La principal causa de la baja economía de los productores ovinos, es la falta de
créditos para animales, alimento, semillas, etc. y la falta de canales adecuadas de
comercialización para los productos ovinos como son: carne, lana y piel. La lana y piel son
utilizadas ocasionalmente para el auto consumo con la fabricación de vestido (chalinas,
bayetas, zamarros, tambores etc.).
32
b. Ambiente
Los ovinos del Ecuador, se crían desde los 2000 a 4700 msnm o más, con
temperaturas que van desde los 6°C a los 20°C y topografía variada, adaptándose en
diferentes zonas con alimentación de diversas especies nativas de cada lugar.
c. Manejo
El manejo de los ovinos es empírico, muy pocos criadores realizan alguna practica de
manejo. Los productores no ven la necesidad de realizar prácticas como limpieza de
pezuñas porque los ovinos caminan por las piedras donde desgastan las pezuñas. El
descole realiza el propietario ocasionalmente a diferentes edades. El ovino se esquila
manualmente utilizando tijera, esta práctica no es estacional, se efectúa entre los meses de
abril y septiembre cuando el animal presenta su lana larga. Un ovino maltón es esquilado por
primera vez aproximadamente a los 11 o 12 meses una vez cada año.
c.1. Alimentación
El ovino criollo es alimentado bajo sogueo, así como también en pastoreo en el monte
o chacra en la cual consumen diferentes especies conocidas como: llinllin, tselemo, flor
amarilla, kikuyo, chamisa, chilca, flor de la cabuya (pucho), hierva de perro, chamico,
higuerilla, hoja de capulí, guishmo, residuos de la cosecha, kikuyo, totorilla, grama, etc. El
pastoreo es una práctica que asegura la fertilidad de las parcelas, las misma que
permanecen en descanso durante uno o dos años, tiempo en el que nacen especies
forrajeras propias de la zona que cubren en su totalidad a la parcela esta vegetación no
alcanzan más de 5 cm. de altura y tiene un bajo valor nutritivo, esto es usado por los ovinos.
El agua que consumen los ovinos proviene de vertientes, acequias, ríos, canales de riego,
agua de consumo humano y bofedales siendo esta ultima la principal fuente de parasitación.
c.2. Sanidad
Los ovinos al igual que otras especies de animales domésticos, son explotados bajo
un criterio empírico, que pueden ser criados sin necesidad de desparasitación, ni
vitaminización. Las principales enfermedades que presentan los ovinos criollos son
Parásitos Gastrointestinales, Hepáticos e Infecciones respiratorias. Cuando los animales
presentan algún tipo de enfermedad son tratados con medicina natural.
c.3. Reproducción
En general los productores ovinos no manejan por separado los machos y hembras,
en el rebaño están todas la categorías reproduciéndose indiscriminadamente. El método
reproductivo en ovinos criollos es la monta natural, los machos entran a la reproducción a
una edad que va desde los 8 a 16 meses, mientras que las hembras tienen su primer parto a
los 21 meses sin considerar el peso corporal del animal.
c.4. Genética
El ovino criollo es el resultado de la degeneración de varias razas que ha sobrevivido,
fruto de la selección natural que se ha dado a través del tiempo, son animal resistente a las
alturas e inclemencias del tiempo. Su costo de adquisición y de mantenimiento es bajo, no
tienen los problemas de las razas importadas en cuanto a la adaptación al medio y es
33
resistente a enfermedades, estas características debe ser considerada para futuras políticas
de mejoramiento y conservación.
Los ovinos criollos se encuentra en mayor número en zonas que no hay influencia de
ONGS (Organizaciones No Gubernamentales) las mismas que han ingresado ovinos
mejorantes de la raza Rambouillet, Corriedale, Sulfox, Rommey March y Hampshire que
fueron importados por ANCO (Asociación Nacional de Criadores de Ovejas). Las crías de
estos animales son más grandes característica apetecida por los productores, siendo esta
una razón para que desaparezca el ovino criollo.
c.5. Infraestructura
El corral es construido con material de la zona, no dispone de protección contra el
viento y la lluvia; en algunos rebaños solo disponen de talanqueras para el encierro de los
animales, talanqueras que son ubicados junto a la vivienda del propietario. En la zona alta
del páramo el corral tiene una pendiente favorable para que se elimine el agua de lluvia y la
orina de los animales evitando de esta forma el encharcado. En las zonas secas el corral es
plano y la orina se filtra a través del suelo. La limpieza se lo realiza esporádicamente y de
este trabajo se encarga la esposa y los hijos.
C. Sistemas de producción de alpacas
1. Descripción demográfica
En el censo realizado por la FAO (2005), en el Ecuador se registró 6685 Alpacas,
siendo la Provincia de Cotopaxi la de mayor tenencia con una población de 3402 animales y
la de menor población en la Provincia de Loja con 30 animales; además se encuentran
diferentes cruces entre alpacas y llamas tales como; Huarizos ( Llama x Alpaca) y Mistis
Alpaca x Llama) que se encuentran en mayor grado en las Provincias de Cotopaxi y
Bolívar.
2. Componentes del sistema
a. Socio-económico
El 90% de las explotaciones alpaqueras son manejadas por comunidades, donde los
integrantes tienen la obligación de cuidar a los animales, se reúnen una vez al mes para dar
a conocer los problemas, planificar mingas comunales y responsabilidad en el manejo de la
caravana, el mayor porcentaje de comunidades posee de 50 hasta 150 alpacas, mientras
que un porcentaje menor de 20 a 50 animales.
La principal actividad que genera ingresos económicos para los comuneros es la
agricultura, mientras que de la venta de la fibra (prendas de vestir), el abono y el descarte de
los animales son mínimos, por su parte la carne sirve para el auto consumo dentro de la
localidad.
b. Ambiente
La crianza y producción de las alpacas en el Ecuador es una actividad
eminentemente campesina, en comunidades alto andinas asentadas por encima de los 3500
msnm, con un promedio de temperatura ambiente de 6ºC. Los camélidos sudamericanos
34
son los que más se adaptan y se desarrollan en este piso ecológico considerándolo un
animal rústico.
c. Manejo
El manejo de las caravanas se encuentra a cargo de las familias que forman parte de
la comuna, principalmente mujeres y niños; el sistema de pastoreo es semiextensivo donde
los animales salen al pastoreo a las 8 am y regresan a los apriscos a las 5 pm, dependiendo
de la disponibilidad de alimento, ambiente y tiempo del cuidador. En la actualidad se esta
desarrollando una mala practica de manejo, como es la quema de los pajonales,
produciéndose así un deterioro de las praderas que puede conducir a la desaparición de los
páramos y de los animales de esta zona.
La asistencia técnica que reciben los productores de alpacas están dirigidas a otras
especies como ovinos, bovinos y cuyes, no prestándole la debida atención a lo que
realmente ellos necesitan como es el manejo técnico de las alpacas, y esto se ve reflejado
en bajos índices de producción y reproducción.
c.1. Alimentación
Las alpacas se alimentan exclusivamente del forraje disponible en la pradera nativa
como la paja de páramo, ñacha, calamagrostis, alfombrillas. La oferta alimenticia de las
praderas nativas no satisface los requerimientos nutricionales de los animales, el déficit
forrajero tiene una incidencia directa en los índices de fertilidad y mortalidad de crías y los
animales no alcanzan a manifestar su real potencial de producción de fibra y carne. el agua
que consumen los animales provienen de acequias, vertientes y bofedales Los criadores
de alpacas no suministran ningún tipo de sobre alimento, ni sales minerales afectando a la
calidad de fibra y peso corporal.
c.2. Sanidad
Las enfermedades más frecuentes que afectan directamente la mortalidad,
productividad y calidad de los productos son las pulmonares, como también los parásitos
externos (sarna, garrapata); y gastrointestinales (fasciola y tenias). No se dispone de
calendarios de vacunación, ni control de enfermedades.
c.3. Reproducción
En general los productores de alpacas no manejan por separado los machos y las
hembras, estos pasan juntos durante todo el año reproduciéndose sin ninguno tipo de control
dando origen a la consaguinidad lo que se refleja en la producción.
El método reproductivo utilizado es la monta natural, la edad reproductiva tanto del macho
como de la hembra inicia a los 12 meses, por lo que las hembras no alcanzan el desarrollo
corporal adecuado para iniciar la etapa reproductiva lo que se traduce en la disminución en
la producción.
c.4. Genética
Actualmente, no existen programas de mejoramiento, lo que impide contar con
reproductores de alta calidad genética, que permitan incrementar los niveles de producción
de carne y fibra de la población animal. Para el cruzamiento, se utilizan reproductores de la
misma explotación de bajo comportamiento productivo y de colores diferentes, la práctica de
35
intercambio de machos no es común. Lo referido, eleva el nivel de consanguinidad,
ocasionando la aparición en la descendencia de defectos congénitos, animales poco
productivos y de color manchado, cuya fibra no forma parte del mercado. Las alpacas
presenta una gama de colores, desde el blanco, ruano, café y negro. En la actualidad las
comunidades tienen las dos razas de alpacas la Huancaya y la Suri; donde la Huancaya
predomina por la resistencia a las condiciones climáticas.
c.5. Infraestructura
Por las características de crianza semiextensiva de las alpacas, la infraestructura de
apriscos y corrales de manejo es precaria, se observan únicamente corrales o dormideros
que no garantizan la protección a los animales de las inclemencias extremas de clima, como
la presencia de heladas, lluvias y nevadas; factores climatológicos que tienen una influencia
directa en la mortalidad de crías y adultos.
D. Sistemas de producción de llamas
1. Descripción demográfica
La población de llamas en el Ecuador según el último Censo Agropecuario (INEC-
MAG-SICA 2001), es de 21662 llamas, las cuales se hallan distribuidas así: el 97% en la
región Sierra, el 1 % en la región Costa y el resto del país esta compuesto por el 2 % del
total. Por su parte en la región Sierra la Provincia de Cotopaxi tiene la mayor población con
9468 llamas, seguida de Tungurahua con 3970 llamas, Bolívar con 2995 llamas,
Chimborazo con 2402 llamas, Pichincha con 1440 llamas, y finalmente Cañar y Carchi con
216 y 143 llamas respectivamente.
2. Componentes del sistema
a. Socio-económico
En la presente investigación se ha encontrado que a nivel de los productores de
llamas de la sierra central, existen diferencias: en su organización, a nivel tecnológico y en
el tamaño de las explotaciones. A los productores se les ha clasificado en: pequeños
productores con menos de 10 llamas, los medianos productores poseen entre 10 a 20 llamas
y los grandes productores con más de 20 animales. Cualquiera sea el tamaño de la
explotación su nivel de tecnología es bajo.
El 96.3% de los productores se auto financian, compran sus animales, no tienen
ayuda de entidades gubernamentales o no gubernamentales, esto ha generado que los
criadores de camélidos dejen muchas de sus explotaciones y vendan sus animales, como es
el caso de los criadores existentes en la provincia de Bolívar y Tungurahua, no así en la
provincia de Chimborazo donde se están reintroduciendo las llamas y se les esta manejando
con criterios técnicos.
La comercialización es un problema, los intermediarios pagan precios muy bajos por
cada llama, animales grandes con un peso alrededor de 200 lbs. tiene un valor máximo de
50 dólares, precio que no justifica el alto esfuerzo humano y económico de 2 a 3 años para
tener una llama esta lista para la venta.
El 88,9 % de las familias están involucradas en forma directa o indirectamente en el
cuidado de los animales, siendo en su mayoría las mujeres y los niños los que se encargan
de pastorear, solamente un 11.1 % de los productores dejan a sus animales al cuidado de
empleados, estas son explotaciones que se dedican a la producción de leche y los camélidos
36
pasan a ser animales de repelo y se los utiliza para sanidad con la creencia que tienen
propiedades curativas. El tiempo utilizado en el cuidado de estos animales es compartido
con la actividad agrícola lo que sucede en la mayoría de productores.
En la provincia de Chimborazo, el proyecto manejado por la Curia de Riobamba es el
único que maneja con criterio técnico y están haciendo esfuerzos por preservar las llamas y
obtener buenos animales productores de fibra.
b. Ambiente
El 54.5 % de las organizaciones o comunidades que se dedican a la crianza de lla
mas se encuentran en los páramos con alturas superiores a los 3500 msnm y el restante
45,5 % de los productores se sitúan en los valles interandinos sobre los 2500 msnm.
c. Manejo
Los productores crían las llamas por muchas razones: desde empleo de estos
animales como adornos para su finca, como animales agentes de sanidad al mantenerlos
junto a vacunos y ovinos, por tradición como es en la mayoría de los productores que crían
en los páramos y el otro factor el económico que representa el 88.9 %, a pesar que el
ingreso por la venta de llamas y de sus subproductos (abono), son bajísimos. Además a la
llama se le tiene como productor de carne, fibra y un animal útil para la carga, siendo criada
bajo sistemas extensivos y semi extensivos, en el primer caso no existe criterios técnicos
para la producción y reproducción, en el sistema semiextensivo se aplican algunas normas
de manejo.
c.1. Alimentación
El 36.4% de organizaciones o comuneros crían los animales bajo un sistema
extensivo, en los cuales pastorean alrededor de 8 horas al día, para luego ser confinadas a
establos y corrales, pastan junto a otros animales como ovinos, no se conocer el área de
pastoreo. Las fuentes de agua son las vertientes y acequias. Las principales fuentes
forrajeras son la paja de páramo, la chicoria, el tumbuso y la pajilla. El 63.6 % de las
organizaciones o comuneros crían las llamas bajo un sistema semi intensivo, manejándoles
bajo sogueo, los cuales de acuerdo al tipo y a la cantidad de pasto se los cambia de 2 a 3
veces por día. Este tipo de explotación lo encontramos en los valles andinos, y son
manejados junto a bovinos, por lo tanto la alimentación esta basado con pastos mejorados
como Raygrass, pasto azul, alfalfa, cebadilla. Etc.
c.2. Sanidad
El 36.4 % de las comunas reciben asistencia técnica, en el área de alimentación,
manejo productivo, reproductivo, y sanidad se realiza desparasitaciones, vitaminizaciones y
curaciones en general, El restante 63.6 % no reciben asistencia técnica de ningún tipo,
Muchos de los productores no diferencian las enfermedades, y aun peor no realizan ninguna
actividad para prevenir las mismas. Las enfermedades que se presentan con mayor
frecuencia son: Parasitosis externa (piojos) e interna, sarna.
c.3. Reproducción
En el campo reproductivo el 68.2 % de los comuneros desconoce totalmente del
manejo adecuado de la reproducción: Se desconoce la edad a la pubertad, edad al primer
37
parto, vida productiva, partos año, etc. No existen criterios de selección de reproductores, se
ha hecho lo tradicional, introducir machos sin conocer realmente sus cualidades y como
resultado de todo esto ha sido un decremento de la calidad de los animales, un aumento de
características indeseables y de la consaguinidad.
A nivel nacional se determina que el 31,8 % de los productores manejan la
reproducción bajo criterios técnicos aceptables, conocen el tipo de animal empleado para la
reproducción, su fin productivo, sus características anatómicas y la edad optima de
reproducción. Se utiliza una relación macho hembra de 1:14 y una relación de adultos y
crías menores de dos años de 2.6.
Los criadores desconocen el pesos de los animales: al nacimiento, al destete y/o a la
edad adulta, es así que el 100% de los encuestados a través de la presente investigación,
por primera vez conocieron el peso de sus animales, y hicieron relación con el precio que los
intermediarios les pagaba por cada libra de peso vivo de un animal. Por ejemplo un animal
de 200 lb., del cual se aprovecha el 50 % que seria 100 lb., y lo multiplicamos por un dólar
que es el precio de la libra tenemos un costo total por animal de 100 dólares, Sin embargo el
intermediario paga por animal alrededor de 50 dólares.
c.4. Genética
En la provincia de Bolívar y Tungurahua no existen planes de mejoramiento, debido a
que no han existido estudios de caracterización, y prácticamente se desconocen todo criterio
técnico para selección. En la provincia de Chimborazo el 77,8 % reciben asistencia técnica y
a su vez existe un criterio para seleccionar las llamas en base a su calidad de fibra, con el
propósito de industrializarla.
Las llamas en nuestro país, poseen un gran potencial genético, ya que
fenotípicamente presenta en promedio una altura de 93.0 cm., un largo del cuerpo de 78.1
cm., un perímetro toráxico de 103.9 cm. y un diámetro de fibra de 24.5 micras, parámetros
que están dentro de los estándares de la especie.
c.5. Infraestructura
La crianza de las llamas en el páramo o a nivel de valles interandinos se da bajo
condiciones de infraestructura deficientes, al ser un animal no tan apreciado no se le brinda
la mayor importancia, por tanto no existe infraestructura adecuada para la crianza de las
llamas, es decir no se encontró corrales con cubierta que contenga, comederos, áreas de
reproducción y áreas de esquila.
III. Mejoramiento de los sistemas de producción
1. Factor socio-económico
- Acceso a financiamiento a bajo interés, que actualmente no es viable ya que los
organismos de este servicio responden a la opinión de sus departamentos financieros y
técnicos, que se basan lógicamente, en la tecnología disponible, por lo que no es común
observar créditos otorgados a este tipo de productores.
- Servicios básicos de calidad, que permitan mejorar las condiciones de vida de los
productores, y así un mejor desarrollo familiar.
- Capacitación permanente, mediante programas de extensión que permitan dotar a los
productores de conocimientos para incrementar la eficiencia productiva de los animales.
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Memorias del III Simposio Pequeños Rumiantes Latinoamericanos

  • 1. MEMORIAS III SIMPOSIO LATINOAMERICANO SOBRE LA CRIANZA EN FORMA SUSTENTABLE DE PEQUEÑOS RUMIANTES Y CAMELIDOS SUDAMERICANOS DEL 05 AL 06 DE JULIO DE 2007 EDITOR: NILTON CESAR GOMEZ URVIOLA ABANCAY-PERU COMUNICACION EDUCACION E INFORMACION
  • 2. 2 MEMORIAS DEL III SIMPOSIO LATINOAMERICANO SOBRE LA CRIANZA EN FORMA SUSTENTABLE DE PEQUEÑOS RUMIANTES Y CAMELIDOS SUDAMERICANOS DEL 05 AL 06 DE JULIO DE 2007, ABANCAY – PERU RESPONSABLES: • Rede Sul Americana para a Formação de Recursos Humanos em Conservação e Produção de Pequenos Ruminantes; UFRPE (Brasil). • Universidad Nacional Micaela Bastidas de Apurímac / Carrera Profesional de Medicina Veterinaria y Zootecnia. • Universidad Federal Rural de Pernambuco Recife / Brasil. • Organización No Gubernamental Comunicación, Educación e Información. COMITÉ ORGANIZADOR Dr. Carroll Douglas Dale Salinas Universidad Nacional Micaela Bastidas de Apurímac – Perú Presidente Dr. Alfonso Víctor Bustinza Choque Universidad Nacional Micaela Bastidas de Apurímac – Perú Vicepresidente Dr. Nílton César Gómez Urviola Universidad Nacional Micaela Bastidas de Apurímac – Perú Secretario Dra. Liliam Rocío Bárcena Rodríguez Universidad Nacional Micaela Bastidas de Apurímac – Perú Tesorera COMITÉ CIENTÍFICO Dra. Maria Norma Ribeiro Universidad Federal Rural de Pernambuco, Recife - Brasil Presidente Dr. Fidel Pariacote Universidad Nacional Francisco Miranda, Estado de Falcón - Venezuela. Coordinador de Caprinos Dra. Angelika Stemmer Universidad Mayor de San Simón, Cochabamba - Bolivia. Coordinador de Camélidos Dra. Maria Antonia Revidatti Universidad Nacional del Nordeste, Corrientes - Argentina. Coordinador de Ovinos Ing. MSc. Benito Mendoza Escuela Politécnica de Chimborazo - Ecuador. Coordinador de Sistemas de Producción Primera edición: Abancay, julio de 2007 La opinión, enfoque y demás conceptos son de entera responsabilidad de los autores de los artículos, conferencias, charlas y propuestas.
  • 3. 3 PRESENTACION La “Rede Sul Americana para a Formação de Recursos Humanos em Conservação e Produção de Pequenos Ruminantes”, auspiciada por CNPq del Ministerio de Ciencia del Brasil, y la Universidad Nacional Micaela Bastidas de Apurímac, del Perú, en beneficio del desarrollo de los pequeños rumiantes y camélidos, y el bienestar de sus criadores en el ámbito de Sudamérica, planificó la realización del III Simposio Latinoamericano sobre la Crianza en forma Sustentable de Pequeños Rumiantes y Camélidos Sudamericanos en la ciudad de Abancay, Región Apurímac. Se plantearon como objetivos, adiestrar y optimizar el desempeño del personal científico y técnico de la Región Apurímac, en el tema de conservación y mejoramiento de pequeños rumiantes y camélidos sudamericanos. Así como la disertación de experiencias y resultados conseguidos en Brasil, Argentina, Ecuador, Venezuela, Bolivia y Peru. La presente Memoria contiene 7 conferencias magistrales, 14 trabajos de investigación, 1 artículo de análisis de sector productivo ovino, y 2 propuesta científicas para el sector camélido y caprino. Comité Organizador Abancay, Perú Julio de 2007
  • 4. 4 INDICE DEL CONTENIDO Pág. PRESENTACION CONFERENCIAS MAGISTRALES 1. MELHORAMENTO E CONSERVAÇÃO DE PEQUENOS RUMINANTES NA AMÉRICA DO SUL Maria Norma Ribeiro, Edgard Cavalcanti Pimenta Filho, George Rodrigo Beltrão da Cruz e Daniel Benítez Ojeda 2. MEJORAMIENTO GENETICO DE FIBRAS FINAS DE CAMELIDOS A. Stemmer y A. Valle Zárate 3. FACTORES QUE INTERVIENEN EN LOS SISTEMAS DE PRODUCCIÓN SUSTENTABLES DE LOS PEQUEÑOS RUMIANTES Y CAMELIDOS Benito Mendoza 4. SUSTENTABILIDAD ECONÓMICA DE SISTEMAS DE PRODUCCIÓN CAPRINOS DE BAJA ESCALA EN VENEZUELA F. A. Pariacote 5. MEJORAMIENTO SOSTENIBLE DEL RECURSO GENÉTICO OVINO LOCAL María Antonia Revidatti 6. APLICACIÓN DE TECNOLOGÍAS PARA EL MEJORAMIENTO DE LA PRODUCTIVIDAD Y SUSTENTABILIDAD EN UNIDADES DE PRODUCCIÓN CAPRINAS TRADICIONALES EN VENEZUELA L. Dickson, J. Salas, I. Ortiz, M. Oropeza, G. Nouel, R. D´Aubeterre, W. Armas y J. Rincón 7. DISEÑO DE UN PROGRAMA DE CONSERVACION DE ANIMALES DOMESTICOS Nílton César Gómez Urviola ARTICULOS DE INVESTIGACION 1. RESISTÊNCIA GENÉTICA A PARASITAS GASTROINTESTINAIS EM CAPRINOS, NO NORDESTE DO BRASIL – ESTUDO PRELIMINAR Almeida, M.J.O., M. N, Ribeiro, G.M.C. Carvalho, A.M. Araújo, F.S.M Sale, I.C Saraiva, M.A.D Franco 2. ESTUDO MORFOMÉTRICO DE CAPRINOS DA RAÇA CANINDÉ, NO ESTADO DE PERNAMBUCO, BRASIL Barros, E. A., Ribeiro, M.N., Rocha, L. L., Silva, N. M. V. da 3. ESTRUTURA GENÉTICA DAS RAÇAS MOXOTÓ E SERPENTINA Oliveira, J.C.V., L.L. Rocha, R. C. B. Silva, M.N. Ribeiro, M.A. Gomes Filho, A.M. Martinez, J. V. Delgado,M.P. Carrera, E.C. Pimenta Filho 4. DESEMPENHO DE CAPRINOS MESTIÇOS EM DIFERENTES SISTEMAS DE MANEJO NO SEMI-ÁRIDO NORDESTINO S. B. Barreto, E. C., Modesto, M. A. Zambom, R. B. Andrade, R. B. Nascimiento, A. C. Ribeiro Neto, E. J. B. Aragão 5. NVESTIGAÇAO DE VARIABILIDADE EM CAPRINOS DA RAÇA CANINDÉ. SILVA, N.M.V1. Ribeiro, M.N., Silva, R. C. B., Gomes Filho, M.A. 6. PADRÃO FISIOLÓGICO DE CAPRINOS NATIVOS NO SEMI-ÁRIDO DO ESTADO DA PARAÍBA, BRAZIL Nascimento, R. B., Ribeiro, M. N., Brasil, L. H. A., Amaral,T.A., Modesto, E. C. 3 6 7 14 26 40 48 55 61 65 66 69 73 78 82 86
  • 5. 5 7. RELAÇÕES GENÉTICAS ENTRE CAPRINOS NATIVOS E EXÓTICOS NA REGIÃO NORDESTE DO BRASIL Rocha, L.L.; Menezes, M.P.C.; Martinez, A. M.; Ribeiro, M.N.; Delgado, J. V., E.C. Pimenta Filho 8. DIVERSIDADE GENÉTICA EM OVINOS DE RAÇAS NATIVAS NO ESTADO DA PARAÍBA, BRASIL Silva, R.C.B., Ribeiro, M.N., Lara, M.A.C., Gomes Filho, M.A., Rocha, L.L. 9. FACTORES QUE INFLUYEN EN EL CRECIMIENTO DE CABRITOS EN LA REGIÓN SEMIÁRIDA DE FORMOSA. ARGENTINA. M. A. Revidatti, S. Sánchez, S. A. de la Rosa, S. M. Ayala 10. CARACTERIZACIÓN EXTERIORISTA DE UNA POBLACIÓN CAPRINA EN EL OESTE DE FORMOSA. ARGENTINA. M. A. Revidatti; P. N. Prieto; M. N. Ribeiro; S. A. De la Rosa y A. Capellari. 11. ESTUDIO DE LOS MODELOS DE PRODUCCION CAPRINA EN EL OESTE DE LA PROVINCIA DE FORMOSA. ARGENTINA S. de la Rosa; M. A. Revidatti; R. D. Casco;H. Halter; S. M. Ayala 12. DESCRIPCIÓN HISTOLÓGICA DEL COMPLEJO FOLICULAR PILOSO EN CRÍAS DE ALPACAS Badajoz, E.; Sandoval, N.; Chavera, A.; Garcia, W. 13. FACTORES QUE INFLUYEN EN EL DIÁMETRO DE FIBRA Y PESO DE VELLÓN EN ALPACAS HUACAYA DE COLOR BLANCO EN LA REGION DE HUANCAVELICA Edgar Carlos Quispe Pena 14. INVOLUCION ESTRUCTURAL DEL TIMO EN ALPACAS HUACAYA EN LA ZONA SUR DEL DEPARTAMENTO PUNO-PERU. 2001 J. L. Málaga P. ; R. C. Pineda; J. Quispe; V. Ramos D. L. R.; J. Málaga A. ARTÍCULOS DE ANÁLISIS 1. SECTOR OVINO EN EL PERÚ CON PERSPECTIVAS AL 2015. Díaz Ramírez Rosario Isabel PROPUESTAS 1. PROPUESTA DE CONTROL REPRODUCTIVO EN GANADO CAPRINO DE SISTEMAS SEMIEXTENSIVOS. W. Quevedo; I. Celi 2. EXPERIENCIAS DE INICIO DE UN PROGRAMA DE MEJORAMIENTO GENÉTICO EN ALPACAS HUACAYA DE COLOR BLANCO EN LA REGIÓN DE HUANCAVELICA Edgar Carlos Quispe Peña Pag. 90 94 98 101 105 110 114 120 123 124 128 129 133
  • 7. 7 MELHORAMENTO E CONSERVAÇÃO DE PEQUENOS RUMINANTES NA AMÉRICA DO SUL Maria Norma Ribeiro1 , Edgard Cavalcanti Pimenta Filho2 , George Rodrigo Beltrão da Cruz2 e Daniel Benítez Ojeda3 1 Professora do DZ/UFRPE, pesquisadora do CNPq (mn.ribeiro@uol.com.br), 2 Professor do DZ/CCA/UFPB, 3 Consultor FAO para Recursos Genéticos Animais na América do Sul Resumo Neste trabalho é apresentado e discutido a situação dos pequenos ruminantes na América do Sul e, com base nesta realidade, são propostas estratégias de conservação e melhoramento para esses países. Summary In this paper are presented and discussed the real situation of small ruminant in South America and, based on this reality conservation and breeding strategies are proposed to these countries. 1. Introdução Antes da colonização, as Lhamas, Alpacas, Guanacos, Vicunhas e os Porquinhos da Índia foram a base da produção animal na América do Sul (FAO, 2004). A expansão das espécies seguiu a rota migratória e o estabelecimento do ser humano nas mais diversas regiões. Assim, quando a América foi colonizada, as raças Ibéricas foram introduzidas pelos portugueses e espanhóis. Estas evoluíram ao longo dos séculos, adaptando-se às condições encontradas nos mais diferentes habitats, dando origem às raças nativas, também denominadas de locais ou crioulas. A busca por raças mais produtivas fez com que, a partir do início do século passado, houvesse uma intensificação das importações de novas raças exóticas, originárias e selecionadas em regiões de clima temperado. A intensiva utilização dessas raças em variados tipos de cruzamentos, amparada pela expectativa de grande incremento de produtividade, causou uma rápida substituição e conseqüente redução do efetivo das raças locais ou crioulas. Estas, apesar de apresentarem níveis de produção mais baixos, distinguem-se daquelas por estarem totalmente adaptadas aos trópicos, onde evoluíram por meio de um longo processo de seleção natural (Sereno e Sereno, 2000). Em toda América do Sul, existe uma grande variedade de raças de animais domésticos desenvolvidas a partir dos contingentes animais trazidos pelos colonizadores. Estas raças, nativas porque aqui se desenvolveram, foram submetidas à seleção natural em diferentes ambientes, para os quais desenvolveram características específicas de adaptação. No entanto, a ausência de uma estratégia programada do uso das raças exóticas levaram os recursos genéticos locais, via de regra, a uma situação de risco, podendo ser considerados todos ameaçados de extinção. Essa ameaça provocou tamanha preocupação que fez com que os países estabelecessem na Convenção para a Diversidade Biológica, durante a RIO92, o compromisso de adotar estratégias para salvaguardar seu patrimônio biológico. Além disso, ficava cada vez mais clara a constatação de que o uso e a preservação dos recursos genéticos animais são inseparáveis. Com o auxilio de várias organizações e de diversos países, entre os quais o Brasil, a FAO iniciou, em 1991, um levantamento a nível mundial sobre a situação das principais espécies de animais domésticos. Desde então, programas
  • 8. 8 mundiais de conservação têm sido desenvolvidos devido à preocupação com a perda da diversidade genética causada pela extinção de raças e populações (Egito et al., 2002). Nesses programas pouco tem sido feito no sentido de aliar a conservação ao melhoramento desses animais adequados aos sistemas de produção vigentes. O melhoramento tem sido feito através de cruzamentos, o que não tem proporcionado ganhos a longo prazo. Além disso, essa medida tem contribuído para acelerar o processo de diluição genética dos recursos genéticos locais. Com relação à América do Sul, estudos e levantamentos indicam que existem poucas ações para conservação e melhoramento de pequenos ruminantes. Acrescenta-se que o principal procedimento para obtenção do melhoramento genético tem sido o uso de cruzamentos, como se essa prática, em si, se bastasse. Diante disso, pretende-se, nesta palestra, apresentar e discutir a situação dos recursos genéticos de pequenos ruminantes na América do Sul, bem como propor estratégias de conservação e melhoramento para esses recursos na região. 2. Situação dos Recursos Genéticos de Pequenos Ruminantes no Mundo Dentre os pequenos ruminantes na América do Sul, os caprinos e ovinos são maioria, com destaque para o Brasil, Argentina, Peru e Bolívia. A população mundial de caprinos gira em torno de 807 milhões de cabeças sendo os maiores detentores de rebanho a China, a Índia e o Paquistão que, conjuntamente, concentram aproximadamente 46,1% do rebanho do globo. Nos últimos 15 anos o número de caprinos aumentou em quase 50% em todo o mundo, enquanto o número de bovinos, não mais que 9% (Guimarães e Cordeiro, 2003). O maior contingente de caprinos se encontra nas regiões tropicais e áridas, concentrando 74% da população mundial. A espécie caprina é responsável por, aproximadamente, 1,14% do suprimento anual de leite do mundo (FAO, 2004). Entretanto, sua contribuição econômica é notória, tanto em países desenvolvidos como em desenvolvimento. Segundo Couto (2003), o rebanho mundial de ovinos está em torno de um bilhão de cabeças, apresentando um decréscimo médio anual de 1,18% nos últimos 12 anos, sendo a África o continente que vem apresentando um crescimento anual do seu rebanho de 1,4% ao ano para o mesmo período. Na América do Sul, como nos demais continentes, os efetivos mostram pequenas alterações com tendência a decréscimo. A queda do valor internacional da lã vem sendo apontada como a razão dessas variações. O Brasil ocupa lugar de destaque na produção de pequenos ruminantes na América do Sul, com efetivo de caprinos estimado em aproximadamente 9,6 milhões de cabeças. Mais de 90% destes animais concentra-se na região Nordeste. Os ovinos somam cerca de 14,6 milhões e estão concentrados, principalmente, na região Nordeste (58%) e Sul (32%). Na região Nordeste a criação de ovinos destina-se, basicamente à produção de carne e pele para o mercado local e para o consumo familiar. No Sul, os ovinos são explorados visando à produção de lã, para o mercado internacional, e carne, para consumo familiar. De modo geral, a situação da conservação e melhoramento de pequenos ruminantes é muito semelhante em todos os países da América do Sul. As ações para conservação resumem-se a estudos de caracterização que não culminam com propostas e ações objetivas para o desenvolvimento do setor. Mesmo sem diagnósticos consistentes, é notória a erosão genética qualitativa e quantitativa à qual estão submetidos os pequenos ruminantes na região, notadamente devido aos cruzamentos desordenados com raças exóticas.
  • 9. 9 3. Estratégias de Ação A FAO (2005), a partir de uma consulta regional, definiu prioridades estratégicas para a conservação dos recursos genéticos animais. Foram destacadas como prioridades o inventário e a caracterização desses recursos a partir de metodologia padrão bem como a utilização de medidas para uso sustentável dos recursos genéticos animais. Nesse ponto, a utilização de métodos de melhoramento adequado à realidade local/regional é imprescindível. A primeira medida é vencer os obstáculos existentes para a consolidação de programas de melhoramento. Os fatores limitantes são idênticos àqueles identificados pela FAO (2005) para a conservação desses recursos. Destaca-se a falta de organização dos sistemas de produção, falta de políticas de apoio e técnicos qualificados para atuar em programas de melhoramento voltados para as particularidades e especificidades das raças em risco. A maioria do pessoal técnico que atua na área de melhoramento animal na América do Sul tem sua formação voltada para a estruturação de programas de melhoramento com vistas apenas em maximizar os ganhos genéticos nas características de interesse, sem preocupação de manutenção da variabilidade intra-racial. Além disso, a grande ênfase na importação de genótipos sem análise prévia da necessidade de importação de determinado genótipo levou os países a importar e usar recursos genéticos exóticos em sistemas de cruzamentos com as raças locais de forma indiscriminada, o que resultou na total descaracterização dos recursos genéticos locais e conseqüente ameaça de extinção. Em função disso, há necessidade de se definir programas de conservação/preservação, antes mesmo que se defina qualquer estratégia de melhoramento para esses recursos, sob pena de se cometer um erro grave e levar à extinção todos os recursos genéticos de pequenos ruminantes da região. Considera-se adequado um programa que objetive a busca por ganhos genéticos, mas com garantia de manutenção da diversidade genética. Um programa com essas características pode ser implantado sem maiores conflitos do ponto de vista técnico já que nos sistemas de produção vigentes, um animal altamente especializado seria economicamente inviável. A realidade requer um programa que utilize um índice de seleção que contemple produção e rusticidade e, por essa via, é bem mais fácil garantir a manutenção da variabilidade genética intra-racial. Já existe um grupo de discussão permanente criado em 2004, que compõe a REDE SUL AMERICANA PARA CONSERVAÇÃO E PRODUÇÃO DE PEQUENOS RUMINANTES, com a finalidade de promover intercâmbio entre os grupos de pesquisa na região e definir estratégias para estruturação de programas de conservação e melhoramento coordenados. Já é consenso que os programas devem ser estruturados aproveitando o potencial e capacidades instaladas nas instituições de ensino & pesquisa existentes nos diferentes países. Essas instituições constituiriam “Centros de Excelência” com a finalidade de coordenar os recursos e trabalhos de pesquisa e desenvolvimento nas espécies de maior expressão. Nesse sentido, um centro de Melhoramento e Conservação de Caprinos e Ovinos poderia ser estruturado na região Nordeste do Brasil; e de Camelídeos na Bolívia. Além disso, uma ação continuada de formação de recursos humanos sobre melhoramento e conservação de raças ameaçadas se faz necessário e pode ser facilmente consolidada uma vez que já existe nas Instituições de Ensino de toda região pessoal de alto nível, capaz de estruturar um curso permanente com essa finalidade. Parte desse pessoal foi qualificado através das ações de redes temáticas (REDE CYTED XX-H e PROSUL-CNPq) que congregam os países da região. Esse conhecimento precisa ser difundido através de uma ação abrangente e integradora.
  • 10. 10 4. Considerações Finais É notória a tendência de todos os países da América do Sul a adoção de planos de desenvolvimento importados, impostos e baseados no conhecimento universal, em detrimento do nacional/local. A racionalidade da tecnologia local não é considerada e as ações são pontuais, determinadas e definidas pelo político da vez. As tecnologias adotadas não são baseadas na realidade de cada país e as ações pontuais resultam em grande esforço e pouca repercussão sobre a produtividade dos sistemas de produção. Deve-se considerar que os pequenos ruminantes são a chave para a segurança alimentar e desenvolvimento social nas regiões áridas e semi-áridas dos países em desenvolvimento. Grande parte da população está associada a contingentes rurais pobres, onde prevalece o social sobre o econômico. Esses países contam com forte tradição de criação e consumo de produtos de pequenos ruminantes, notadamente caprinos e ovinos, com demanda insatisfeita. Há grande carência de pesquisas regionais e nacionais sobre estas espécies. Há necessidade de que sejam criados planos apropriados, competitivos e eficientes, tomando como base os recursos genéticos locais e baseados no conhecimento local dessas populações. Vários países destacam medidas exitosas de conservação in-situ quando se respeitam e se mantêm tradições, práticas e estilos de vida das populações locais e indígenas. Não há como promover um determinado agrupamento genético se a ele não estiver associado um diferencial econômico. Nesse sentido, a pesquisa científica deve estar em sintonia com as possibilidades de explorar as vantagens comparativas, seja na carne, na pele, no leite, na lã, ou até mesmo em quesitos vinculados à estética ou à história e cultura local. Alguns exemplos podem ser tomados emprestados de outras partes do mundo como é o caso da lã da Ovelha de Chiapas, no México, do presunto do porco ibérico, em Portugal e Espanha, dos queijos franceses associados às raças bovinas autóctones, entre vários outros exemplos bem sucedidos quando se faz a associação entre produto e grupo genético. Essa é a chave mestra para abertura da porta de entrada das raças locais em um mercado diferenciado, composto de produtos com valores agregados, de todos os tipos possíveis, que permita a valorização das raças e a maior garantia de sua conservação. Com isso, as iniciativas do melhoramento poderiam ser perseguidas a partir do momento em que, numericamente, estivesse solidificado o resgate desses patrimônios mais do que locais ou nacionais. São patrimônios universais. Dessa forma, manter as raças locais dentro de seus sistemas tradicionais é a medida de conservação mais econômica e socialmente adequada disponível para muitos países. Para que isso se torne realidade há necessidade de se melhorar as ações a serem realizadas para colecionar e documentar os conhecimentos tradicionais em produção animal e aumentar o nível de consciência no meio acadêmico sobre as comunidades locais e indígenas que lidam com os recursos genéticos locais. Deve-se fortalecer essas comunidades, associações de criadores e ONG’s para que possam participar mais nos trabalhos de utilização, desenvolvimento e conservação dos recursos genéticos locais. Além de todos esses aspectos, ajudas externas são necessárias através de fundos públicos ou privados, para o desenvolvimento sustentado do setor de pequenos ruminantes nesses países.
  • 11. 11 5. Referências Bibliográficas CID (Centro de Información para el Desarrollo) 1996. Anuario Estadístico del Sector Rural 1995 – 1996, La Paz, Bolívia. COUTO, F. A. A. 2003. Dimensionamento do Mercado de Carne Ovina e Caprina no Brasil. In: SIMPÓSIO INTERNACIONAL SOBRE CAPRINOS E OVINOS DE CORTE. 2, 2003. João Pessoa. Anais... João Pessoa: 2º SINCORTE. 2003. CD-ROM. DICKERSON, L. 1990. Razas Caprinas comunes en los Trópicos y Subtrópicos. FONAIAP Divulga N° 33 Enero-Junio. Estado de Lara. Venezuela. FAO, 2004. Production Handbook. Food and Agriculture Organization of the United Nations, Rome, Italy. FAO, 2005. Regional Report. Food and Agriculture Opor RGAization of the United Nations, Rome, Italy. FAO, 2006. Production Handbook. Food and Agriculture Opor RGAization of the United Nations, Rome, Italy. GUIMARÃES, M. P. S. L. M. P.; CORDEIRO, P.R.C. 2003. Dimensionamento do Mercado de Produtos Lácteos no Brasil. In: SIMPÓSIO INTERNACIONAL SOBRE CAPRINOS E OVINOS DE CORTE. 2, 2003. João Pessoa. Anais...João Pessoa: 2º SINCORTE. CD-ROM. LIMA, P.J.S. Estado de Conservação de Caprinos nativos no Estado da Paraíba. 2005. 65f. Tese Dissertação (Mestrado em Zootecnia) – Curso de Pós –Graduação em Zootecnia, Universidade Federal da Paraíba, Areia, 2005. MENEZES, M.P.C. Caracterização Genética de Cabras Brasileiras Utilizando Microssatélites. 2005. 133f. Tese (Doutodado em Zootecnia) – Departamento de Pós –Graduação em Zootecnia, Universidade Federal da Paraíba Areia, 2005. OLIVEIRA, J. C.V.; ABREU, U.G.P.; SARMENTO, J.L.R.; ROCHA, L.L.; RIBEIRO, M. N. 2004. Utilização de Modelos Lineares Generalizados na Descrição Fenotípica de caprinos Nativos, os Municípios de ibimirim e Serra Talhada no Estado de Pernambuco. In: I SIMÓSIO INTERNACIONAL DE CONSERVAÇÃO DE RECURSOS GENÉTICOS: RAÇAS NATIVAS PARA O SEMI-ÀRIDO, 2004, Recife. Anais... Recife. I Simpósio Internacional de Conservação de Recursos Genéticos: Raças Nativas Para o Semi-árido. p. 186. OLIVEIRA, J.C. V., ROCHA, L.L., RIBEIRO, M.N. 2002. Etnozootecnia e conservação de caprinos naturalizados no Sertão Pernambucano. In: IV SIMPOSIO BRASILEIRO DE ETNOBIOLOGIA E ETONOECOLOGIA. 4, 2002 Anais... Recife-PE: Sociedade Brasileira de Etnobiologia e Etonoecologia 2002, p. 12. OLIVEIRA, J. C. V. Caracterização e perfil etnológico de rebanhos caprinos nos municípios de Ibimirim e Serra Talhada, Estado de Pernambuco. 2004. 58f. Dissertação (mestrado em Zootecnia) – Departamento de Pós –Graduação em Zootecnia, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife, 2004.
  • 12. 12 OLIVEIRA, R. R., Caracterização genética de populações de caprinos da raça Moxotó usando marcadores moleculares. 2003. 59 f. Dissertação (mestrado em Zootecnia) – Centro de Ciências Agrárias, Universidade Federal da Paraíba, Areia, 2003. PARIACOTE, F. A., L, RUIZ, D. C. D’ASCEÇÃO, C. BORGES; X. PIMENTEL. 2004. Características morfológicas del caprino Criollo venezolano. Arch. Latinoam. Prod. Anim. 12 (Supl. 1): 16-21 REVIDATTI, M. A.; De La ROSA, S.; CAPELLARI, A.; PRIETO, P. N. 2005. Recursos genéticos de pequeños rumiantes en Argentina. In: SIMPOSIO INTERNACIONAL DE CONSERVAÇÃO DE RECURSOSGENÉTICOS:RAÇAS NATIVAS PARA O SEMI-ÁRIDO/ I REUNIÃODA REDE DE PEQUENOS RUMINANTES-PROSUL-CNPQ, 02, 2005, Recife. Anais... Recife: SINCORGE. 2005. CD-ROM. RIBEIRO, M. N. 2002. Caprinos. Nordeste-Biosciences, Recife, v. 21, p. 14-14. RIBEIRO, M. N. 2003. Caracterização e avaliação de caprinos naturalizados criados no semi-árido nordestino e estratégias de conservação. 2003. 20 p. (Relatório de Pesquisa - FACEPE). RIBEIRO, M. N; PIMENTA FILHO, E. C. 2000. Conservation of naturalized caprines in the states of paraíba and pernambuco, northeast brazil – current situation and perspectives. In: 5TH GLOBAL CONFERENCE ON CONSERVATION OF DOMESTIC ANIMAL GENETIC RESOURCE (RBI), 2000, Brasília. Anals of 5th Global Conference on Conservation of Domestic Animal Genetic Resource (RBI). Brasília: RBI, 2000. v. 1, p. 120-128. ROCHA, L. L.; RIBEIRO, M. N.; OLIVEIRA, J. C. V.; SILVA, R. P. 2002. Levantamento do número de caprinos nativos no estado de Pernambuco. In: JORNADA DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO, 2002, Recife. Anais...I Jornada de ensino pesquisa e extensão. Recife: UFRPE, 2002. v. 1, p. 409-410. ROCHA, L.L.; OLIVEIRA, J.C.V.; SILVA, R.C.B Da; RIBEIRO, M.N; GOMES FILHO, M.A. Aplicação De Análises Canônica Nas Diferenças Morfoestrutural De Caprinos Da Raça Moxotó. In: SIMPOSIO INTERNACIONAL DE CONSERVAÇÃO DE RECURSOSGENÉTICOS:RAÇAS NATIVAS PARA O SEMI-ÁRIDO/I REUNIÃO DA REDE DE PEQUENOS RUMINANTES-PROSUL-CNPQ, 02, 2005, Recife. Anais... Recife: SINCORGE. 2005. CD-ROM. SANABRIA, O.; CHACON, J y COSSIO, C. 1992. Proyecto de desarrollo caprino en las provincias Mizque y Campero. Estudio de factibilidad. Programa de Desarrollo Alternativo Regional. Cochabamba, Bolivia. SÁNCHEZ, A. J., F. A. PARIACOTE, S. ALFONSO y R. FLORES. 2004. Arquitectura y Fenología de las Especies Prosopis juliflora y Acacia tortuosa en el Semiárido del Estado Falcón, Venezuela. Arch. Latinoam. Prod. Anim. 12 (Supl. 1): 72-81 SHRESTHA, J.N.B e FAHNY, M.H. Breeding goats for meat production: a review 1. Genetic resources, management and breed evaluation. Small Ruminant Reaserch. 2003. (Article in Press).
  • 13. 13 URVIOLA, N. C. G. 2005. Recursos genéticos de pequeños ruminantes en Peru. SIMPOSIO INTERNACIONAL DE CONSERVAÇÃO DE RECURSOS GENÉTICOS:RAÇAS NATIVAS PARA O SEMI-ÁRIDO/ I REUNIÃODA REDE DE PEQUENOS RUMINANTES-PROSUL- CNPQ, 02, 2005, Recife. Anais... Recife: SINCORGE. 2005. CD-ROM. VALLÉE, Z., C. et al. 1983. Pre-Diagnóstico del Área Piloto en el Estado Falcón. Proyecto Investigación Desarrollo de Zonas Áridas y Semiáridas, PIDZAR. FUDECO. Barquisimeto, Venezuela. Mimeo. 78 pp. VIRGUEZ R, G. T., E. C. GONZÁLEZ, E. CHACÓN y J. RODRÍGUEZ U. 2004. Morfología, Fenología y Producción de Biomasa Aérea del Pithecellobium dulce, en una Zona de Monte Espinoso Tropical. Arch. Latinoam. Prod. Anim. 12 (Supl. 1): 67-71.
  • 14. 14 MEJORAMIENTO GENETICO DE FIBRAS FINAS DE CAMELIDOS A. Stemmer1 y A. Valle Zárate2 1 Facultad de Agronomía, Universidad Mayor de San Simón, Cochabamba, Bolivia caprino@albatros.cnb.net 2 Instituto de Producción Animal en los Trópicos y Subtrópicos, Universidad Hohenheim, Alemania. Resumen El presente trabajo describe los pasos a seguir para el mejoramiento genético de fibras finas en camélidos domésticos: alpacas y llamas. Se mencionan las características de la fibra y criterios de calidad más importantes La planificación del mejoramiento genético es explicada con ejemplos de la bibliografía y en el caso de Bolivia, con los trabajos de las autoras y los investigadores asociados. Se mencionan los siguientes pasos: descripción de las condiciones de producción y utilización de productos animales, definición del objetivo del mejoramiento genético, determinación de los criterios y las restricciones de selección previa estimación de parámetros genéticos y económicos, determinación del método de mejoramiento y de las poblaciones incluidas, pruebas de rendimiento, estimación de valores de cría, procesos de selección, planes de apareamiento y modelos para la transferencia del progreso genético a la población total. Palabras claves: camélidos domésticos, calidad de fibra fina, vías de la mejora genética Breeding for fine fibres in camelids Abstract The present work describes the steps to be followed in the breeding of domestic camelids, alpacas and llamas, for fine fibre production. Fibre traits and quality criteria are mentioned. The process of breeding is explained by examples of the literature and, in the case of Bolivia, by the work of the authors and their associated researchers. The following steps are mentioned: description of conditions of production and utilization of animal products, definition of breeding objectives, estimation of selection criteria and restrictions, genetic and economic parameters, determination of the method of breeding and the populations involved, performance testing, estimation of breeding values, process of selection, mating plans, and models for the transfer of the breeding progress to the population as a whole. Key words: domestic camelids, fine fibre quality, methods of breeding 1. Introducción al tema Los camélidos sudamericanos son animales originarios de Sudamérica. Se distinguen dos especies domesticadas, la alpaca y la llama, además dos especies silvestres, la vicuña y el guanaco. Los camélidos silvestres no son tema de la presente conferencia. Los camélidos domésticos juegan un rol muy importante en la vida productiva, social y cultural del productor andino. Son fuentes de fibra, carne y varios subproductos, son indispensables en el uso eficiente y sostenible de los ecosistemas frágiles y pobres en recursos naturales de las alturas de Perú, Bolivia, Argentina y Chile.
  • 15. 15 La alpaca se considera como la forma doméstica de la vicuña (Miranda et al., 2000) de tamaño corporal intermedio entre llama y vicuña. Es criada para fibra y carne. El color predominante de sus vellones es el blanco, pero existen todos los demás colores naturales. La exportación de fibra de alpaca constituye un aporte importante de divisas. Se hicieron esfuerzos en la mejora genética de esta especie. La llama es la forma doméstica del guanaco y más grande que este (Miranda et al., 2000). Es utilizada como animal de carga, para carne y fibra. El vellón puede tener cualquier color natural de blanco hasta negro y combinaciones de estos. La llama no ha sido sujeta a una mejora genética aunque su fibra es tan valiosa como la de alpaca si se procesa adecuadamente. Alrededor del 80% de alpacas y la totalidad de las llamas pertenecen a pequeños productores, generalmente carentes de recursos. El número de llamas y alpacas existentes en los países andinos se describe en el siguiente cuadro 1. Cuadro 1. Poblaciones de camélidos domésticos en Sudamérica (en miles de cabezas) PAIS ALPACAS % LLAMAS % T O T A L Perú a) Bolivia b) 3.042 417 86,8 11,9 1.104 2.399 29,1 63,3 4.146 2.816 Chile c) Argentina d) Ecuador e) Colombia f) 45 0,5 0,2 -- 1,28 0,014 0,006 -- 79 200 10 0,2 2,08 5,27 0,25 0,00 124 200,5 10,2 0,2 T O T A L 3.505 100,00 3.792 100,00 7.297 Fuente: a) MINAG – Dirección General de Información Agraria, 2002; b) FIDA et al., 1999; c) INE, 1999; d) Mezzadra, 2003; e) Virdis, 2000; f) Novoa y Wheeler, 1984, citado por Wheeler, 1991 Perú es el país con la mayor población de alpacas (87%) y el segundo en población de llamas (29%), mientras que Bolivia posee el 63% de las llamas de Sudamérica y el 12% de las alpacas. 2. Características de la fibra y criterios de calidad “Fibra” es un término genérico para varios tipos de materiales, naturales o sintéticos, que sirven para convertirlos en hilo o tela. Las fibras naturales pueden ser de origen vegetal o de origen animal. Las últimas son la seda y las fibras queratínicas obtenidas de la piel de mamíferos, que comprenden la lana, que se refiere a la fibra del vellón de la oveja y las fibras especiales, las cuales incluyen entre otras, fibras de camélidos. El examen microscópico de una fibra en corte transversal permite distinguir hasta tres capas celulares: la cutícula, el cortex y la médula (ver figura 1).
  • 16. 16 La cutícula está formada por un conjunto ininterrumpido de células planas epiteliales de forma poligonal, parcialmente superpuestas a modo de escamas. Estas varían de tamaño y arreglo según especies y tipo de animales. El cortex constituye el cuerpo de la fibra, está formado por células ahusadas, delgadas, totalmente cornificadas; se disponen en forma paralela al eje de la fibra y están unidas unas a otras en dirección longitudinal por filamentos cornificados. La médula consiste de una región axial formada por cavidades de células alargadas. Puede ser continua ó discontinua – el último dando origen a fibras heterotípicas. La médula en fibras gruesas cuando ocupa gran parte de la sección transversal forma los kemps. La formación de médula se origina cuando la célula es vacuolada al pasar a través del folículo. Se distinguen dos tipos de folículos: primarios y secundarios. En general, los folículos primarios dan origen a las fibras gruesas y los folículos secundarios a las fibras finas. Folículos primarios van acompañados con una glándula sebácea y una glándula sudorípara, mientras que los folículos secundarios tienen solamente una glándula sebácea o ninguna glándula. La relación entre el número de folículos primarios y folículos secundarios es la base biológica de la finura y densidad de las fibras de un vellón. Las fibras de alpaca son altamente meduladas y presentan lustre y suavidad. Contienen muy pocas fibras gruesas. Las fibras de los folículos primarios y secundarios tienen el mismo diámetro. Por las características de la fibra se diferencian dos variedades de alpacas: a) Huacaya, cuya fibra es rizada con apariencia de lana y b) Suri, de fibra lacia y lustrosa (Villarroel, 1991). En el Perú el 85% de las alpacas son Huacayas y el 15% Suris (Virdis, 2000). En Bolivia, la Huacaya constituye el 92% y la Suri, el 8% de la población de alpacas (FIDA et al., 1999). El vellón de la llama presenta una doble cobertura, la capa inferior de fibras muy finas, cortas y suaves y una cobertura exterior de fibras gruesas y largas. La llama, según la característica del vellón, se diferencia también en dos tipos: a) Lanuda o Th’ampulli, que posee vellón voluminoso, que se parece a la alpaca, y b) Pelada o Kh’ara con fibra corta y, por lo general, con alto contenido de cerda. En Bolivia, la población de llamas se divide en 26% de Th’ampullis y 74% de Kh’aras; sin embargo existen animales intermedios de difícil
  • 17. 17 categorización (FIDA et al., 1999). En Perú, existen 58% de Kh’aras y 42% de Chakus ó Lanudas (Esponda et al., 2004). La calidad de la fibra es determinada por varios criterios, entre ellos el diámetro, el color, la longitud, la cantidad de fibras muertas, fibras meduladas e impurezas (Vinella, 1993). El diámetro, medido en micrómetros µm, es la característica más importante en la determinación del valor de la fibra. Las ventajas de una mayor finura no se limitan a la posibilidad de producir prendas más ligeras y suaves, sino que también derivan de una menor presencia de fibras muertas y meduladas (Vinella, 1993; Delgado, 2003). En el cuadro 2 se detallan valores de finura encontrados en camélidos domésticos, junto con la cantidad producido por año y la longitud de la fibra. Cuadro 2: Calidad y cantidad de fibras de camélidos domésticos TIPO DE FIBRA RANGO DE FINURA (µm) LONGITUD (cm/año) CANTIDAD (kg/año) Llama, capa interior Llama, capa exterior Alpaca 20 – 23 40 - 75 20 – 33 } 6 - 13 6 – 14 } 0,8 – 1,5 1,6 – 2,9 Fuente: varios autores citados por Delgado, 2003 El diámetro de la fibra está influido por la edad del animal, el tiempo desde la última esquila y el sexo del animal. En los micronajes finos el mercado no acepta la presencia de fibras gruesas ni en cantidad reducida. Por este motivo es necesaria la separación del vellón de llamas, llamado descerdado. El color es el parámetro que junto con la finura tiene una gran importancia en la determinación de la cotización de la fibra. La cotización depende de la demanda del mercado, de la escasez del color y de la moda. El blanco es el color que se puede teñir más fácilmente, pero actualmente su importancia está disminuyendo porque se valorizan más colores naturales. La finura de la fibra puede ser influenciada por el efecto del color, pero las diferencias no tienen magnitud relevante (Delgado, 2003). En la elaboración de prendas se necesita que las fibras superen una longitud mínima de 3 cm y para la elaboración de tops, la longitud debe sobrepasar 7 cm. La presencia de pelos oscuros puede constituir un grave defecto, sobre todo si están presentes en el blanco o en colores claros. La presencia de pelos negros se calcula en % sobre las fibras totales. El grado de aceptabilidad depende del tipo de uso y del producto al que van destinados. Las fibras muertas se encuentran especialmente en las categorías de fibras más gruesas. La incidencia sobre el valor de la fibra depende del uso: en caso de teñido las fibras muertas son fastidiosas porque son más difíciles de teñir. La presencia de las fibras meduladas es mayor en las categorías de fibras más gruesas. Las fibras con médulas son más difíciles de teñir y tienden a permanecer más claras que las demás creando efectos de rayado; además hacen las fibras más rígidas. Las principales impurezas son substancias vegetales, grasas, cera y substancias inorgánicas. La elevada presencia de impurezas varía el precio de las fibras por los efectos dañinos que pueden provocar: menor rendimiento, lavado más costoso, cardadura y peinado más difícil.
  • 18. 18 3. Planificación del Mejoramiento Genético La planificación del mejoramiento genético animal es un proceso itinerante que comprende el desarrollo y la optimización continua de programas de mejoramiento. Las fases de la planificación son los siguientes: 1. Descripción de las condiciones de producción y utilización de productos animales 2. Definición del objetivo del mejoramiento genético 3. Determinación de los criterios y las restricciones de selección previa estimación de parámetros genéticos y económicos 4. Determinación del método de mejoramiento y de las poblaciones incluidas, pruebas de rendimiento, estimación de valores de cría, procesos de selección, planes de apareamiento y modelos para la transferencia del progreso genético a la población total. A continuación se describen estas cuatro fases para el caso del mejoramiento genético en camélidos domésticos, basadas en la bibliografía y en el caso de Bolivia, en los trabajos de las autoras y los investigadores asociados. 3.1 Descripción de las condiciones de producción y utilización de productos animales. Esta primera fase de la planificación del mejoramiento genético es muy importante; aunque muchas veces olvidada. Las condiciones de producción se refieren a factores ecológicos, naturales y socio-económicos; estos deben ser descritos detalladamente, para poder incorporar en forma adecuada los requerimientos particulares de la utilización de productos animales y las restricciones de los recursos naturales. Hay que estar consciente de que estos factores no se pueden alterar deliberadamente sino que es necesario tomarlos muy en cuenta en la planificación del mejoramiento genético. Según Valle Zárate (2000), enfoques tecnócratas que ignoran el medio ambiente natural y social, crean un ambiente artificial durante el financiamiento de un “proyecto”; permiten éxitos más rápidos pero no sustentables. Las condiciones de producción pueden variar mucho de una zona a otra. También el uso que se da a los productos de los animales puede ser distinto. Los productos pueden ser vendidos o usados para el autoconsumo en diferentes proporciones. La alpaca se cría principalmente para la venta de fibra y en menor grado para la obtención de carne. La llama en la mayoría de los casos se cría principalmente para carne; sólo en las regiones donde existe posibilidad de acceder al mercado y donde hay mayor cantidad de animales Th’ampulli, la fibra de la llama se vende. Además de estos productos, los camélidos proveen varios subproductos y usos a sus propietarios que pueden ser muy importantes en una economía de poca vinculación al mercado (Nuernberg, 2005). En el cuadro 3 se describen estos usos.
  • 19. 19 Cuadro 3. Funciones de camélidos dentro del sistema de producción FUNCION USO Estiércol Uso en la cocina como combustible; uso para abono Carne Charque (uso a largo plazo) Lana Producción de costales, sogas Cuero Alfombras, correas, lazos Piel Tapices Otras Animal de carga, función cultural (ritos) Fuente: Nuernberg, 2005 Se deben considerar estos usos y productos aparte de la producción de fibra porque inciden en las decisiones de los criadores, por ejemplo la composición de sus rebaños y el descarte de animales. 3.2 Definición del objetivo del mejoramiento genético El progreso genético se basa en una definición clara del objetivo del mejoramiento genético. La mejora debe limitarse a pocas características importantes para que el progreso genético sea rápido. Se tiene que tomar en cuenta las relaciones beneficio/costo para formular objetivos de eficiencia y no solamente de mayor producción. Los costos se refieren a valores económicos y también ecológicos y sociales. El objetivo debe ser cuantificado económicamente en un índice de selección. A continuación se describen algunos objetivos alternativos del mejoramiento genético de fibras finas en camélidos; la definición específica depende de las condiciones de producción y del enfoque del proyecto o plan de mejora. “Aumento de la productividad del rebaño de alpacas/llamas disminuyendo el tamaño del rebaño” (consideración indirecta de aspectos ecológicos). “Producción eficiente de fibras finas considerando condiciones regionales específicas con diferencias estacionales marcadas y posibilidades limitadas de inversión” (consideración de alimentación de los animales y poder económico de los criadores). “Fomento de pequeños productores incluyendo el desarrollo de formas tradicionales de producción de camélidos” (consideración de aspectos sociales por ejemplo. para evitar migración masiva del área rural hacia las ciudades). “Aumento de la eficiencia de producción de fibras finas considerando características de la calidad de la fibra” (incorporando resultados de estudios de mercado). 3.3 Determinación de los criterios y las restricciones de selección previa estimación de parámetros genéticos y económicos Como prerrequisitos para la determinación de los criterios de selección se debe exigir: Ø un objetivo de mejoramiento claro Ø la posibilidad de registros simples, pero exactos Ø una heredabilidad suficiente (h2 > 0.2) Ø conocimiento de correlaciones genéticas entre los criterios
  • 20. 20 Los criterios de selección se usarán para estimar el valor de los animales como progenitores de generaciones futuras (valor de cría) y para seleccionar los animales de reemplazo. Se deben elegir pocos criterios importantes. Para registrar los datos de rendimiento de los animales es necesario que ellos sean identificados individualmente, por ejemplo con aretes prenumerados. Los datos a registrar para el mejoramiento genético de la producción de fibras finas pueden ser los siguientes: Ø peso de vellón (cantidad de fibra esquilada por año en kg) Ø finura (diámetro de la fibra en µm) Ø largo de mecha (en mm) En el caso de las llamas que tienen doble cobertura interesa también determinar: Ø diámetro de fibras finas (en µm) Ø proporción de fibras finas (en %) Sin embargo, no deben olvidarse los otros propósitos fuera de la producción de fibras para los cuales los productores se dedican a la crianza de alpacas o llamas. Por eso puede ser necesario incluir uno ó varios criterios de selección para caracteres de producción de carne u otros propósitos. Algunos posibles caracteres son: Ø velocidad de crecimiento Ø peso a los 2 años de edad Ø peso de la cría lograda al destete Ø capacidad para llevar carga Existen muy pocas estimaciones de las heredabilidades de estas características, aunque la heredabilidad es de suma importancia para expresar la confianza que se puede tener en el fenotipo del animal como una guía para predecir su valor de cría. Muchos de los estudios que estimaron heredabilidades en camélidos presentan una serie de restricciones como la cantidad y calidad de los datos involucrados. Los rangos de las heredabilidades estimadas en Sudamérica para el peso del vellón son 0.19 a 0.35 en llamas y 0.22 a 0.38 en alpacas; para el largo de mecha 0.28 a 0.42 en llamas y 0.21 a 0.43 en alpacas (datos de varios autores citados por Delgado, 2003). Para el diámetro de la fibra en alpacas, no se encontraron estimaciones de heredabilidad hechos en Sudamérica; en Australia se estimó en 0.67 (Ponzoni, 1999) y en Nueva Zelanda en 0.73 (Wuliji et al., 2000). Aquí cabe aclarar que los parámetros genéticos están limitados a un carácter y a una población en el ambiente evaluado. Para poder asegurar el éxito de un programa de mejoramiento genético en una determinada población, es indispensable contar con estimaciones confiables de estos parámetros genéticos, propios de la población y de su ambiente de cría (Delgado 2003). Para la fibra de llama se estimaron las heredabilidades de las características de calidad en 1869 llamas de Ayopaya en el Departamento de Cochabamba. Las heredabilidades para el diámetro total de fibras, desviación estándar del diámetro total, diámetro de fibras finas, proporción de fibras finas < 30 µm y proporción de kemps fueron 0.33, 0.28, 0.36, 0.32 y 0.25, respectivamente (Wurzinger et al., 2003, Wurzinger et al., 2004). En el mismo proyecto se estimó la heredabilidad del peso corporal en 0.36 (Wurzinger et al., 2005). Las correlaciones genéticas entre los diferentes criterios de selección deben tomarse en cuenta al desarrollar el índice de selección. Lamentablemente, existen muy pocas publicaciones al respecto. Velasco (1980, citado por Novoa, 1989), en 106 pares de madres – hijas en alpacas estimó una correlación genética entre peso corporal y peso del vellón de – 0.026, valor bajo que se considera como indicación de que existe independencia entre los dos caracteres. Al contrario, Martínez et al. (1997) encontraron una correlación positiva entre peso del vellón y peso vivo (r=0.42) en 143 llamas. Los mismos autores estimaron que no había correlaciones entre peso vivo por un lado y diámetro total de fibras y porcentaje de medulación por otro lado (r=0.15 y r=-0.09, respectivamente); tampoco hubo correlación
  • 21. 21 entre el peso de vellón y diámetro de fibras y porcentaje de medulación, (r=0.008 y r=-0.05, respectivamente). Si estas estimaciones se pueden confirmar en otras poblaciones con un número de observaciones mayor, entonces se concluiría que al seleccionar para el peso del vellón se aumentaría el peso vivo, mientras que no se cambie el diámetro de fibras ni el porcentaje de medulación. El parámetro económico de un carácter se define como el cambio en ganancia resultando del cambio de una unidad del carácter, asumiendo que todos los demás caracteres se mantienen constantes. Estos valores económicos difieren de una región a otra y también en el transcurso del tiempo, así que necesitan ser ajustados cada vez que ocurran cambios en los costos y/o beneficios. En el caso de los camélidos existen pocos casos donde los diferentes productos y funciones hayan sido valorados económicamente. En un estudio realizado en Ayopaya con 75 criadores, las dos funciones más preferidas de las llamas fueron la función de capital (14.6%) y la función de transporte a los cultivos (13.7%). Las funciones referidas a la venta de animales o de productos no fueron percibidas como las más importantes por los criadores (Markemann et al., 2006). Este estudio en desarrollo tiene como objetivo futuro el cálculo de los valores económicos para aquellas funciones percibidas como las más importantes por los criadores. Los diferentes criterios de selección tienen que ponderarse según sus valores económicos y se incluyen en un índice de selección. Sin embargo, el índice de selección puede ser sencillo (pero menos exacto) en caso de que no se conozcan los valores económicos o su estimación sea difícil (por ejemplo cuando los productos son usados más que todo para el consumo doméstico de pequeños productores). Se puede citar el índice aplicado en la selección de llamas en el Campo Experimental de Altura INTA Abra Pampa, Argentina, donde el 70% está orientado a producción de carne y el 30% a producción de fibra, siendo la fórmula I=0.7 (peso vivo) + 0.3 (peso del vellón y análisis de fibra) (Mezzadra, 2003). En el Perú, según Bustinza (1991), hay pocos centros de crianza de alpacas que usan índices, donde consideran el peso de vellón y el peso vivo con coeficientes de 70% para peso de vellón y de 30% para peso vivo, cuya fórmula resumida es: I = 0.70 (peso de vellón) + 0.30 (peso vivo). En Bolivia aún no se realiza la selección por índice ni en alpacas ni en llamas. Las restricciones de selección se aplican a animales con ciertos defectos que no deben ser usados como reproductores. En los camélidos, estos defectos pueden ser: testículos muy pequeños, o de diferentes tamaños entre ellos, criptorquídicos, monorquídicos, prognatismo (inferior o superior), deformaciones de la columna o de las patas. Vellones mezclados de dos ó tres colores no deberían aceptarse en los reproductores por la dificultad de separar los colores y ofertar lotes de color uniforme a la venta. 3.4. Determinación del método de mejoramiento genético La determinación del método de mejoramiento y las poblaciones involucradas se basa teóricamente en una comparación de los efectos genéticos y de heterosis en combinaciones de la población local con todas las poblaciones mundialmente accesibles. En la práctica, las alternativas factibles se reducen a pocas opciones (Valle Zárate, 2000). Las poblaciones involucradas (razas, ecotipos, líneas o variedades) deben ser probadas en el mismo ambiente. Sí de estas pruebas, resulta la superioridad de una de las poblaciones se puede recomendar un programa de sustitución de la población menos favorable. Según Bustinza (1991), existen diferentes ecotipos en la zona de Puno, y aún en cada población grande de alpacas criadas conjuntamente en empresas asociativas, pero
  • 22. 22 recién se están evaluando las características de estas líneas y aún no se han realizado cruzamientos dirigidos de estas. Si se estima una heredabilidad baja, frecuentemente se observa heterosis en estos caracteres al realizar cruzamientos entre poblaciones. Generalmente, los caracteres que no pueden ser mejorados por selección podrían ser mejorados por cruzamientos. Sin embargo, hay que tener presente que existe una diferencia fundamental entre estas dos vías del mejoramiento genético: los efectos de la selección son acumulativos de generación en generación, mientras que los efectos de la heterosis no lo son. Para utilizar la heterosis, el cruzamiento entre poblaciones tiene que ser repetido en cada generación (Ponzoni, 1992). Esto es factible en especies de alta tasa reproductiva (como en cerdos) pero difícil en los camélidos. Cuando se estima una heredabilidad de los criterios de selección mediana a alta, se puede recomendar la selección como método de mejoramiento; esto muy probablemente va a ser el método elegido para el mejoramiento genético de las fibras. El siguiente paso es la determinación de posibles antagonismos dentro del objetivo del mejoramiento; esto se estima mediante las correlaciones genéticas. En el caso de correlaciones favorables simplemente se combinan los criterios de tal manera que el progreso genético es maximizado (Ponzoni, 1992). Se deben organizar las pruebas de rendimiento para evaluar los datos de los individuos y procesarlos. Los datos tienen que ser ajustados de acuerdo a fuentes de variación ambiental conocidos (efectos de año, edad, sexo y otros) Después se calcula el valor de cría para cada carácter y el índice de mérito total de cada animal. Los animales de ambos sexos con méritos mayores se seleccionan y los machos inferiores deben ser castrados ó sacrificados. Los machos reproductores se usan según un plan de apareamiento, evitando la cruza entre animales emparentados. El progreso genético será mucho más rápido cuando no se intenta realizarlo aisladamente en cada rebaño particular sino mediante una estructura adecuada de transferencia desde un rebaño élite a la población entera (figura 2). Figura 2: Transferencia de animales (genotipos) superiores Rebaño élite Rebaño núcleo de una cooperativa M M H Rebaños multiplicadores Rebaños multiplicadores M M H M H M: Machos H: Hembras La causa del progreso genético más rápido se debe a que los animales superiores, muy sobresalientes se concentran en el ápice de la jerarquía. Ahí se multiplican y los genes superiores llegan a la base de la población mediante la transferencia de machos reproductores. Normalmente, no hay transferencias de hembras y tampoco se introducen animales de afuera al rebaño élite. Rebaños de la población base
  • 23. 23 Una alternativa a este modelo es la estructura de un rebaño núcleo manejado en forma de cooperativa. En este caso, se realiza un sondeo del rendimiento de los animales de todos los socios de la cooperativa. Luego los mejores machos y hembras se transfieren al rebaño núcleo donde se multiplican. Los reproductores jóvenes seleccionados se distribuyen a los rebaños de base, de manera que todos los socios comparten el progreso genético realizado en el rebaño núcleo. En ambas alternativas, puede ser necesario crear rebaños multiplicadores intermedios entre los rebaños élite/núcleo y los rebaños de base para poder abastecer el número de machos reproductores requeridos. Sin la presencia de una estructura que distinga entre rebaños élite o núcleo por un lado y rebaños de base por otro lado, la implementación de programas de mejoramiento genético dentro de una raza (o ecotipo) es extremadamente difícil. Además, existe el riesgo de que se realicen introducciones de animales de otras regiones que se usen en cruzamientos indiscriminados, llegando de esta manera a la pérdida gradual de genotipos de alto valor adaptados a su medio ambiente local (Ponzoni, 1992). 4. Mejoramiento de aspectos no genéticos El mejoramiento genético no puede realizarse al margen de mejoras del ambiente; por ejemplo una eficiencia reproductiva baja limita el progreso genético, este es más rápido cuando se puede aumentar la intensidad de selección. Esto se puede lograr con un número de crías más elevado, o sea reduciendo la mortalidad de crías, o con mayor fertilidad en las hembras. Los caracteres relacionados con la reproducción por lo general tienen heredabilidades bajas, así que una mejora sustancial se puede lograr mediante el mejoramiento del ambiente. La alimentación y la sanidad juegan un rol importante también. Otro aspecto relevante es la mejora en las prácticas de esquila que inciden sobre la calidad de la fibra ofrecida al mercado. Aquí la esquila anual, la limpieza, el acopio y la agrupación por colores y calidades, son prácticas a ser consideradas adecuadamente. 5. Conclusiones El mejoramiento genético de los camélidos es probablemente el menos avanzado entre todas las especies de animales domésticos en América Latina. De ahí surge la urgencia de realizar investigaciones sobre los sistemas de producción, estimar parámetros genéticos, formular parámetros económicos aplicables a la economía del pequeño productor, además de fortalecer asociaciones de productores y establecer sistemas de selección y transferencia del progreso genético. El beneficio del mejoramiento de la producción de fibras finas debe llegar a los productores de camélidos, posibilitando la permanencia en sus tierras ancestrales y contribuyendo a una vida digna y promisoria, también para futuras generaciones. Cita Bibliográfica: Bustinza, V., 1991: Mejoramiento genético. En: Novoa, C. y Flores, A. (eds): Producción de Rumiantes Menores: Alpacas. RERUMEN, Lima, Perú. Delgado, J. 2003: Perspectivas de la producción de fibra de llama en Bolivia. Potencial y desarrollo de estrategias para mejorar la calidad de la fibra y su aptitud para la comercialización. Tesis de doctorado, Universidad Hohenheim, Alemania.
  • 24. 24 Esponda, R.; Avalos, P.; Huanco, C. y Huaco, Y., 2004: Situación de los camélidos sudamericanos en el Perú. En: Carranza, V. (ed.): Camélidos Sudamericanos. Bases para un Programa Macro Regional de Ciencia, Tecnología e Innovación. CONCYTEC y CONACS, Lima, Perú. FIDA, FDC, UNEPCA y CAF 1999: Censo Nacional de Llamas y Alpacas Bolivia, La Paz, Bolivia. INE, 1999: IV Censo Agropecuario, Santiago, Chile Markemann, A., Stemmer, A. y Valle Zárate, A. 2006: Valoración de las funciones de la crianza de llamas en Bolivia. En: Stemmer, A. (ed.) 2006. Memorias: VII Simposio Iberoamericano sobre Conservación y Utilización de Recursos Zoogenéticos. Cochabamba, 5 al 9 de diciembre de 2006. Cochabamba, Bolivia. p 241-243 Martinez, Z., Iñiguez, L.C. y Rodriguez, T., 1997: Influence of effects on quality traits and relationships between traits of the llama fleece. Small Ruminant Research, V. 24, p. 203 –212 Mezzadra, C. (coordinador), 2003: Informe nacional sobre la situación de los recursos zoogenéticos. Argentina MINAG – Dirección General de Información Agraria, 2002: Evolución de poblaciones de alpacas y llamas 1991-2001 en el Perú. En: Ministerio de Agricultura, oficina de información agraria. Lima, Perú. Miranda, K.; Fernández, M.; Stanley, H.; Rosado, R.; Wheeler, J. y Bruford, M.W., 2000: Análisis genéticos revelan los ancestros silvestres de la llama y la alpaca. En: Simposio Internacional de Camélidos Sudamericanos Domésticos y Seminario Final del Proyecto SUPREME, 27 al 31 de marzo 2000, Arequipa, Perú. Novoa, C.M., 1989: Genetic improvement of South American Camelids. Rev. Brasil. Genet. 12, 3 – Supplement, 123 – 135 Nuernberg, M. 2005: Evaluación de sistemas de producción de la crianza de llamas en comunidades campesinas de los andes altos de Bolivia (en alemán). Tesis de doctorado, Universidad Hohenheim, Alemania Ponzoni, R. 1992: Genetic improvement of hair sheep in the tropics. FAO Animal Production and Health Paper 101, Roma, Italia. Ponzoni, R. W., 1999: Phenotypic and genetic parameters for some production traits in young Australian alpacas. En: Australian Alpaca Fibre. Improving Productivity and Marketing. Rural Industries Research & Development Corporation (RIRDC), Kingston, Australia, p. 47 – 54 Valle Zárate, A., 2000: Estrategias de mejoramiento animal en condiciones de marginalidad. En: Coloquio 2000, “Actuales Problemas en la Producción Animal”, Universidad Mayor de San Simón, Cochabamba, Bolivia. Vinella, S.: El mercado europeo de las fibras de camélidos sudamericanos. En: Mueller, J.P. (ed.): Taller sobre producción y comercialización de fibras especiales – Conferencias y conclusiones. 30 de Agosto al 1 de septiembre de 1993, San Carlos de Bariloche, Argentina.
  • 25. 25 Villarroel, J.L., 1991: Las fibras. En: Fernández Baca, S. (ed.): Avances y perspectivas del conocimiento de los camélidos sudamericanos. FAO, Santiago, Chile Virdis, M. R., 2000: Situación Socioeconómica de las comunidades de criadores de camélidos en el Altiplano y perspectivas de mercado para sus productos: Carne y fibra. En: Sumario de conferencias magistrales del Simposium Internacional de Camélidos Sudamericanos Domésticos. Seminario final Proyecto Supreme, 27 – 31 de Marzo, 2000, Arequipa, Perú, p. 40 – 92. Wheeler, J. 1991: Origen, evolución y status actual. En: Fernández- Baca (ed.): Avances y perspectivas del conocimiento de los camélidos sudamericanos. FAO, Santiago, Chile Wuliji, T., Davis, G., H. Dodds, K. G. Turner, P. R., Andrews, R. N. Y Bruce, G. D., 2000: Production performance, repeatability and heritability estimates for live weight, fleece weight and fibre characteristics of alpacas in New Zealand. Small Ruminant Research, v. 37, p. 189 – 201. Wurzinger, M.; Delgado, J.; Nuernberg, M.; Valle Zárate, A.; Stemmer, A.; Soelkner, J. y Ugarte, G., 2003: Parámetros genéticos de crecimiento y características de calidad de la fibra de llamas en Ayopaya, Bolivia, En: III Congreso Mundial sobre Camélidos, 15 al 18 de octubre de 2003, Potosí, Bolivia, tomo 1, p 303 – 310 Wurzinger, M.; Delgado, J.; Nuernberg, M.; Valle Zárate, A.; Stemmer, A.; Ugarte, G. y Soelkner, J. 2004: Genetic and non-genetic factors influencing fibre quality of Bolivian llamas. 55th Annual Meeting of the European Association for Animal Production (EAAP), September 5-8, 2004, Bled, Slovenia Wurzinger, M.; Delgado, J.; Nuernberg, M.; Valle Zárate, A.; Stemmer, A.; Ugarte, G. y Soelkner, J. 2005: Growth curves and genetic parameters for growth traits in Bolivian llamas. Livestock Production Sciences 95 (2005) 73-81
  • 26. 26 FACTORES QUE INTERVIENEN EN LOS SISTEMAS DE PRODUCCIÓN SUSTENTABLES DE LOS PEQUEÑOS RUMIANTES Y CAMELIDOS Benito Mendoza. D1 1 Profesor Principal de Genética y Mejoramiento Ganadero. ESPOCH- ECUADOR Resumen Se ha estudiado los factores que intervienen en la producción de pequeños rumiantes criollos y camélidos sudamericanos en algunas provincias del Ecuador. Los datos fueron analizados con el soltfware SPSS 2004.Los sistemas de producción son diferentes aunque los factores son los mismos; Socio –Económico, ambiental y manejo. Las cabras y ovejas criollas junto con los camélidos sudamericanos están directamente asociados a los grupos más pobres, por lo que el manejo también es pobre, dando lugar a una producción de sustancia y complementaria a otro actividad principal como las artesanías y trabajos agrícolas. Aunque en la provincia de Loja se encontró que las cabras mestizas y mejorados productoras de leche estas dando lugar a micro empresas sustentables. La llama es otra especie que a futuro será rentable por lo tanto vivible en la Provincia de Chimborazo. Las alpacas desde su reintroducción han sido orientadas a que sean una fuente de ingreso que le permita vivir al campesino. La educación y capacitación técnica del campesino es el camino obligatorio para que su ganadería sea una fuente de ingreso vivible. Palabras claves: Sistemas de Producción, factores, camélidos sudamericanos, pequeños rumiantes. FACTORS THAT INFLUENCY IN THE SUSTAINABLE PRODUCTION SYSTEMS OF SMALL RUMINANTS AND SOUTH AMERICAN CAMEL Summary Its have been studied the factors that intervene in the production of little Creole ruminants and South American camel in Ecuador's some provinces. Data were analyzed with the soltfware SPSS 2004. The production systems are different although factors are all the same ; Social - Economic, environmental and Management. The Creole goats and sheep along with the South American camel are directly associated to the poor people groups, for it the handling also is poor, giving a substance production and complementary to other principal activity as the handicrafts and agricultural works. Although in the Loja provinces the crossbred goats and exotic breeds which are producing milk they are given a sustainable micro enterprise. The lama is another specie that will be in the future profitable, therefore vivible in the provinces of Chimborazo. The alpacas since his reintroduction have been orientated to that they be an income source that permit living to the peasant. The education and the peasant's technical capacitation is the obligatory road in order that his cattle raising be an income to living source. Key words: Production’s Systems, factors, South American camel, little ruminants.
  • 27. 27 I. Introducción A partir del descubrimiento de América, hace más de cinco siglos comenzaron recurrentes intercambios de aspectos ligados al ser humano y de manera relevante a la producción agropecuaria. Es así que desde el punto de vista pecuario ha existido gran influencia Europea sobre América, debido a que desde España y Portugal partieron incalculables recursos genéticos animales hacia el nuevo mundo (bovinos, equinos, caprinos, ovinos, entre otros), los mismos que se multiplicaron y difundieron, con una marcada adaptación al medio, constituyéndose en la principal fuente alimenticia y de recursos económicos para diferentes núcleos humanos, que los han manejado bajo diversos sistemas de producción que han permitido mantenerlos a lo largo del tiempo. El Ecuador tiene una extensión de 256.370 Km2 , cuenta con cuatro regiones geográficas: Costa (65 339.34 Km2 ), Sierra (57 690.05 Km2 ), Oriente (12 5648.30 Km2 ) y Región Insular (7 692.05 Km2 ). Se divide en 22 provincias, en las cuales se distribuyen los caprinos criollos adaptados en la costa, sierra y Galápagos, así como ovinos criollos y camélidos sudamericanos en la región sierra, los mismos que son criados bajo diversos sistemas de producción, sin embargo estos recursos, están sufriendo un proceso de erosión genética debido a la revolución industrial y expansión consecuente de los sistemas intensivos de producción, con la introducción de razas especializadas, que amenazan con la desaparición de los recursos locales. Por lo anteriormente expuesto, es necesario mantener el reservorio de la biodiversidad genética constituido por los animales criollos y nativos, que por razones históricas, sociales y culturales, ha sido imposible separar la palabra “conservación” del término “utilización” sobre todo en aquellas partes del mundo en las que existen poblaciones subalimentadas; es necesario también identificar cada uno de los factores que interactúan en los sistemas tradicionales de producción, para mejorarlos y mantenerlos como amortiguadores frente a los cambios climáticos, presencia de nuevas enfermedades o modificaciones en el mercado, disminuyendo los riesgos de escasez de alimentos, permitiendo además un equilibrio sustentable para las generaciones actuales y futuras. II. Descripción de los sistemas de producción de pequeños rumiantes y camélidos en el ecuador A. Sistemas de producción de caprinos criollos 1. Descripción demográfica La población caprina en el Ecuador según el último Censo Agropecuario (INEC-MAG- SICA 2001), es de 178.367 cabezas, las cuales se hallan distribuidas el 85,01 % en la región Sierra, el 14,55 % en la región Costa y el resto del país esta compuesto por el 0.43 % del total. Por su parte en la región Sierra figura las Provincias de Loja con mayor población caprina con 110.395 cabezas, seguida de Chimborazo con 11.774 cabezas, y finalmente Azuay y Pichincha con 7.533 y 7.068 cabezas de caprinos respectivamente. En la región Costa sobresale la Provincia del Guayas con 19.215 cabezas seguida por Manabí y la Provincia de El Oro con 4.283 y 1266 cabezas en su orden.
  • 28. 28 2. Componentes del sistema a. Socio-económico El 85% de los productores de caprinos tanto en la región Sierra como en la Costa del país, llevan una crianza de sistema mixto ya que se dedican a la agricultura y ganadería. En muchos de los casos los productores sufren pérdidas económicas provenientes de la ganadería y en otros casos de la agricultura por falta de agua de riego, así como también por la inestabilidad de los precios de los productos. Un reducido porcentaje de productores de caprinos pertenecientes a la Provincia de Loja a más de criar caprinos criollos trabajan en entidades publicas. En la Provincia de Chimborazo son chóferes, artesanos, comerciantes, y la crianza de los caprinos esta destinada únicamente al consumo familiar. En algunas familias a parte de criar caprinos también se dedican a la crianza de ovinos, camélidos (llamas), bovinos, porcinos y aves de corral. Los tres primeros son preferidos por la provisión de estiércol para fertilizar los suelos de cultivo, en tanto que los bovinos son utilizados como fuerza de tracción animal para la siembra. La mayor parte de productores de caprinos criollos son propietarios de las fincas donde se desarrolla la actividad agropecuaria, sin embargo se trata de familias de pocos recursos económicos, bajo nivel cultural, alto grado de analfabetismo y aunque sean propietarios, sus ingresos anuales son muy bajos. Es importante señalar que pocos productores no viven en el lugar de crianza, haciendo difícil el mantenimiento del sistema de producción. El 55% de productores caprinos, tienen al menos hasta 20 años dedicados a la actividad, el 35% entre 21 y 40 años y apenas el 10% de los productores llevan más de 40 años criando estos animales. El 96% de los productores utiliza la mano de obra familiar (especialmente mujeres y niños) en la crianza de los caprinos criollos. El número de hijos de los productores de caprinos en promedio es de 5 por familia, con un rango de 1 a 12 hijos, una de las razones por las que las familias rurales tienen una buena cantidad de hijos, es que ellos les ayudan en las actividades agrícolas, pecuarias y del hogar, que serían difíciles de cumplirlas sino se tuviese ese número de ayudantes. Además hay que tener presente que en el medio rural la mortalidad infantil es mayor que en el medio urbano, por lo tanto una mayor cantidad de hijos permitirá sobrellevar estas pérdidas y disponer siempre de un adecuado número de hijos para todas las actividades. Los principales inconvenientes que se presenta en las zonas rurales dedicadas a la crianza de caprinos, es la falta de créditos para inversión en insumos, alimento, semillas, etc. a lo cual se suman la falta de canales de comercialización adecuadas para los productos caprinos (carne, leche, piel), para constituirse en un recurso de importancia económica. b. Ambiente Los caprinos de la región Costa del Ecuador, se desarrollan en altitudes que van de 0 a 1100 msnm tal es el caso de la zona costera de la Provincia de Loja con mayor tenencia de caprinos a nivel Nacional, donde el 31% (3400 km2) de su territorio, es bosque seco, con terrenos ondulados y abruptos. Por tradición los bosques secos han sido sobreexplotados y degradados por extracción de madera, ampliación de frontera agrícola, incendios forestales y sobre pastoreo de ganado caprino y bovino. En la época seca (mayo-noviembre) generalmente los forrajes más importantes están dados por los frutos y hojas de la mayoría de especies arbóreas existentes en el bosque seco; mientras que en el invierno predomina el estrato arbustivo y herbáceo (diciembre-abril).
  • 29. 29 Los caprinos que se producen en la región Sierra están adaptados a una altura, que oscila entre los 1500 y 2713 msnm con temperaturas que van desde los 6 a los 20°C y temperatura promedio de 13 °C, la topografía es irregular y en el hábitat de los caprinos se puede distinguir las zonas baja y media, donde la vegetación predominante comprende varias especies de forrajes nativos y algunos arbustivos perennes de clima templado. c. Manejo La producción de caprinos criollos en el Ecuador, es de tipo familiar en la que no se aplica tecnología y no se invierten recursos económicos, para mejoras en el sistema de producción, sin embargo tiene gran importancia regional porque satisface lo esencial en la alimentación humana (carne, leche) y el cuero es comercializado para la fabricación de artesanías siendo un ingreso ocasional de la familia, por otra lado favorece al asentamiento de la familia rural. c.1. Alimentación El sistema de pastoreo es extensivo, lo realizan generalmente en áreas comunales formadas la mayor parte por plantas nativas, donde existe la presencia de árboles, arbustos y únicamente la especie caprina se ha adaptado; en la mayoría de los casos el pastoreo se realiza a campo abierto por ausencia de alambrados y se desconoce la carga animal real. En el caso de la Provincia de Chimborazo los productores pastorean al sogueo en el monte, presentando además particularidades como la práctica de la trashumancia. Los residuos de cosecha es ofertada a los animales como suplemento alimenticio. El área de pastoreo es de propiedad comunal; en la Provincia de Chimborazo, el 48% de las familias ocupan un área de 1 – 20 Has para el pastoreo y el 52 % ocupa una extensión que sobrepasa las 21Has. Los caprinos permanecen en pastoreo de 6 a 12 horas, dependiendo de la disponibilidad de alimento, ambiente y tiempo del cuidador. Las especies mas utilizadas para alimentación de los caprinos son nativas cuya calidad nutricional es baja. Estas especies son cada vez más escasas, dado lugar al proceso de desertificación y deforestación. En la serranía los caprinos consumen plantas que se adaptan muy bien a la sequía como es el caso del Muelan, Punin, Caumal, Marco, Yuyo, Pikil, Bledo, Chamana, Hierba mora, Cabuya, Chilca, Retama, Chamico, Huishmo, mientras que las especies mas consumidas en zonas de bosque seco (Costa) son el Charan, Algarrobo, Ebano, Shaman, Guarangano, Guandul, Angolo, Borrachera (Ipommea sp.), esta ultima produce grandes perdidas económicas, ya que se trata de una planta toxica y resistente a la sequía que abunda en zonas de sobre pastoreo. El agua que consumen los caprinos proviene de vertientes, quebradas, acequias, ríos, canales de riego, también toman agua entubada que les proveen en las casas, el agua no es de buena calidad, esto afecta a la salud del animal. En las Provincias de Loja y Guayas la mayoría de productores adicionan sal a la dieta de los caprinos, mientras que en Chimborazo e Imbabura un mínimo porcentaje de productores lo hacen, esta diferencia se debe a que en la Provincia de Loja y Guayas son en gran mayoría caprinos mestizos y esto pesa mucho a la hora de manejar a los animales, mientras que en Chimborazo e Imbabura los caprinos son criollos y los productores creen que es un gasto innecesario necesario.
  • 30. 30 c.2. Sanidad Los caprinos, son explotados bajo muy diversos métodos, climas y ambientes, independientemente de la tecnificación de la explotación, esta sujeta a sufrir cualquier alteración patológica en su salud, que puede ser causada por diversos agentes, entre ellos virus, bacterias, parásitos, hongos, las precarias condiciones de sanidad y alimentación en las cuales se desarrollan gran parte de los caprinos, constituyen las causas de su baja productividad, que se traducen en gran mortalidad general del rebaño a causa de enfermedades infecciosas y parasitarias. Sólo un 10% de los productores mantienen en buen estado sanitario a sus caprinos, un 32% no realizan ninguna práctica sanitaria, mientras que un 58% está en un nivel intermedio lo que hace pensar que va avanzado hacia un mejor status sanitario. c.3. Reproducción El 94% de los productores no manejan por separado los machos y hembras, los animales pasan juntos durante todo el año, esto provoca que exista problemas de consanguinidad afectando la reproducción y producción. Un bajo porcentaje de caprino cultores intercambia los reproductores con vecinos, lo que lleva implícito un conocimiento empírico de los efectos de la consanguinidad. La separación por edades debe merecer una especial atención, para lograr que las hembras sean empadradas a una edad y peso adecuado. Los caprinos criollos machos entran a la reproducción a una edad que va desde los 8 a 14 meses de edad, mientras que las hembras inician su vida reproductiva desde los 4 a 7 meses, sin considerar el peso corporal del animal. El 83% de los productores, manejan una relación Macho: Hembra de 1:20 en sus chatos, y el restante una relación de 1 macho con más de 30 hembras. c.4. Genética Las cabras nativas o criollas que existen en nuestro país, son el resultado de muchos cruzamientos no muy acertados y de una selección natural, estos animales son muy resistentes a las enfermedades de todo tipo, no son exigentes en su alimentación y se adaptan a cualquier terreno por más inhóspito que este sea, sin embargo la gran influencia de razas exóticas especializadas como la Anglo Nubian, Saanen y Alpina Francesa en cruzamientos, han reducido la población de caprinos criollos, Los productores de caprinos criollos manejan un tipo de selección empírica, basada únicamente en las características exteriores de cada individuo. En un 99.70 %, de los rebaños no se maneja registros, sin embargo los animales están plenamente identificados por su propietario. c.5. Infraestructura Un alto porcentaje de productores caprinos guardan los animales en corrales luego que regresan del pastoreo, los corrales están ubicados cerca de las casas y proveen sombra y protección de la lluvia. Los corrales son construidos con materiales propios de la zona, no hay una adecuada relación entre el número de caprinos y el área del corral, en algunos lugares existe hacinamiento, mientras que en otros sobra espacio. no tienen corrales para guardar por edades, esto provoca que exista problemas de consanguinidad.
  • 31. 31 B. Sistemas de producción de ovinos criollos 1. Descripción demográfica Según el III censo nacional agropecuario INEC-MAG-SICA (2001) Del total de la población ecuatoriana el 40% reside en el área rural de los cuales el 25% son hogares de productores que viven en sus tierras, de este porcentaje el 62% de la población trabaja en agricultura ; en manos de estos productores se encuentra a nivel nacional un total 1.052.891 de ovinos criollos, en la provincia de Chimborazo 310.150, en Cotopaxi 202.584 y en Tungurahua 79.177. 2. Componentes del sistema a. Socio-económico En la sierra alta el origen de los rebaños se da a través de la herencia o donación es decir el niño se hace acreedor a una cordera regalado por la persona elegida como padrino para que realice el primer corte de su cabello, mientras que las mujeres adquieren su primer ovino a los ocho años para incentivar en el manejo de los animales, dependiendo de la suerte de los niños la cordera crece, reproduce originando un rebaño pequeño. Los productores de la sierra baja inician sus rebaños comprando animales de cinco o seis meses en el mercado. Las familias mantienen a sus rebaños por varios años o durante toda la vida. En el Ecuador los productores mantienen a los ovinos criollos como alternativa de su economía, porque la principal actividad de los criadores de la sierra baja es la elaboración de artesanías, sogas, gorras, alfombras, chompas, etc.; mientras que los criadores de la sierra alta se dedican a la agricultura y ganadería. En algunas familias a parte de criar ovinos también se dedican a la crianza de cabras, llamas, bovinos, porcinos y aves de corral. Los tres primeros son preferidos por la provisión de estiércol para fertilizar los suelos de cultivo, en tanto que los bovinos son utilizados como fuerza de tracción animal para la siembra. La mayor parte de productores de ovinos criollos son propietarios de pequeños terrenos ubicados en diferentes lugares donde desarrolla la actividad agropecuaria, sin embargo estas familias son de pocos recursos económicos, bajo nivel cultural y alto grado de analfabetismo. Los productores utilizan la mano de obra familiar esposa e hijos, el 88 % de los niños que se encargan del pastoreo de los ovinos están entre los 7 y 10 años actividad que realizan luego de asistir a la escuela, apenas el 3.7 % de adolescentes se dedican a la crianza de ovinos en resto se dedica a las labores culturales, estudio y actividades del hogar. En algunos hogares donde no existe la presencia de los niños el pastoreo se encarga un adulto. La venta de los animales generalmente lo realizan en época de inicio de clases para comprar los útiles escolares, uniforme y pago de la matricula de sus hijos, los animales son una fuente de ahorro para cualquier necesidad de la familia, ellos creen que no cuesta nada mantenerlos, solo el tiempo para trasladar donde vayan alimentarse. La principal causa de la baja economía de los productores ovinos, es la falta de créditos para animales, alimento, semillas, etc. y la falta de canales adecuadas de comercialización para los productos ovinos como son: carne, lana y piel. La lana y piel son utilizadas ocasionalmente para el auto consumo con la fabricación de vestido (chalinas, bayetas, zamarros, tambores etc.).
  • 32. 32 b. Ambiente Los ovinos del Ecuador, se crían desde los 2000 a 4700 msnm o más, con temperaturas que van desde los 6°C a los 20°C y topografía variada, adaptándose en diferentes zonas con alimentación de diversas especies nativas de cada lugar. c. Manejo El manejo de los ovinos es empírico, muy pocos criadores realizan alguna practica de manejo. Los productores no ven la necesidad de realizar prácticas como limpieza de pezuñas porque los ovinos caminan por las piedras donde desgastan las pezuñas. El descole realiza el propietario ocasionalmente a diferentes edades. El ovino se esquila manualmente utilizando tijera, esta práctica no es estacional, se efectúa entre los meses de abril y septiembre cuando el animal presenta su lana larga. Un ovino maltón es esquilado por primera vez aproximadamente a los 11 o 12 meses una vez cada año. c.1. Alimentación El ovino criollo es alimentado bajo sogueo, así como también en pastoreo en el monte o chacra en la cual consumen diferentes especies conocidas como: llinllin, tselemo, flor amarilla, kikuyo, chamisa, chilca, flor de la cabuya (pucho), hierva de perro, chamico, higuerilla, hoja de capulí, guishmo, residuos de la cosecha, kikuyo, totorilla, grama, etc. El pastoreo es una práctica que asegura la fertilidad de las parcelas, las misma que permanecen en descanso durante uno o dos años, tiempo en el que nacen especies forrajeras propias de la zona que cubren en su totalidad a la parcela esta vegetación no alcanzan más de 5 cm. de altura y tiene un bajo valor nutritivo, esto es usado por los ovinos. El agua que consumen los ovinos proviene de vertientes, acequias, ríos, canales de riego, agua de consumo humano y bofedales siendo esta ultima la principal fuente de parasitación. c.2. Sanidad Los ovinos al igual que otras especies de animales domésticos, son explotados bajo un criterio empírico, que pueden ser criados sin necesidad de desparasitación, ni vitaminización. Las principales enfermedades que presentan los ovinos criollos son Parásitos Gastrointestinales, Hepáticos e Infecciones respiratorias. Cuando los animales presentan algún tipo de enfermedad son tratados con medicina natural. c.3. Reproducción En general los productores ovinos no manejan por separado los machos y hembras, en el rebaño están todas la categorías reproduciéndose indiscriminadamente. El método reproductivo en ovinos criollos es la monta natural, los machos entran a la reproducción a una edad que va desde los 8 a 16 meses, mientras que las hembras tienen su primer parto a los 21 meses sin considerar el peso corporal del animal. c.4. Genética El ovino criollo es el resultado de la degeneración de varias razas que ha sobrevivido, fruto de la selección natural que se ha dado a través del tiempo, son animal resistente a las alturas e inclemencias del tiempo. Su costo de adquisición y de mantenimiento es bajo, no tienen los problemas de las razas importadas en cuanto a la adaptación al medio y es
  • 33. 33 resistente a enfermedades, estas características debe ser considerada para futuras políticas de mejoramiento y conservación. Los ovinos criollos se encuentra en mayor número en zonas que no hay influencia de ONGS (Organizaciones No Gubernamentales) las mismas que han ingresado ovinos mejorantes de la raza Rambouillet, Corriedale, Sulfox, Rommey March y Hampshire que fueron importados por ANCO (Asociación Nacional de Criadores de Ovejas). Las crías de estos animales son más grandes característica apetecida por los productores, siendo esta una razón para que desaparezca el ovino criollo. c.5. Infraestructura El corral es construido con material de la zona, no dispone de protección contra el viento y la lluvia; en algunos rebaños solo disponen de talanqueras para el encierro de los animales, talanqueras que son ubicados junto a la vivienda del propietario. En la zona alta del páramo el corral tiene una pendiente favorable para que se elimine el agua de lluvia y la orina de los animales evitando de esta forma el encharcado. En las zonas secas el corral es plano y la orina se filtra a través del suelo. La limpieza se lo realiza esporádicamente y de este trabajo se encarga la esposa y los hijos. C. Sistemas de producción de alpacas 1. Descripción demográfica En el censo realizado por la FAO (2005), en el Ecuador se registró 6685 Alpacas, siendo la Provincia de Cotopaxi la de mayor tenencia con una población de 3402 animales y la de menor población en la Provincia de Loja con 30 animales; además se encuentran diferentes cruces entre alpacas y llamas tales como; Huarizos ( Llama x Alpaca) y Mistis Alpaca x Llama) que se encuentran en mayor grado en las Provincias de Cotopaxi y Bolívar. 2. Componentes del sistema a. Socio-económico El 90% de las explotaciones alpaqueras son manejadas por comunidades, donde los integrantes tienen la obligación de cuidar a los animales, se reúnen una vez al mes para dar a conocer los problemas, planificar mingas comunales y responsabilidad en el manejo de la caravana, el mayor porcentaje de comunidades posee de 50 hasta 150 alpacas, mientras que un porcentaje menor de 20 a 50 animales. La principal actividad que genera ingresos económicos para los comuneros es la agricultura, mientras que de la venta de la fibra (prendas de vestir), el abono y el descarte de los animales son mínimos, por su parte la carne sirve para el auto consumo dentro de la localidad. b. Ambiente La crianza y producción de las alpacas en el Ecuador es una actividad eminentemente campesina, en comunidades alto andinas asentadas por encima de los 3500 msnm, con un promedio de temperatura ambiente de 6ºC. Los camélidos sudamericanos
  • 34. 34 son los que más se adaptan y se desarrollan en este piso ecológico considerándolo un animal rústico. c. Manejo El manejo de las caravanas se encuentra a cargo de las familias que forman parte de la comuna, principalmente mujeres y niños; el sistema de pastoreo es semiextensivo donde los animales salen al pastoreo a las 8 am y regresan a los apriscos a las 5 pm, dependiendo de la disponibilidad de alimento, ambiente y tiempo del cuidador. En la actualidad se esta desarrollando una mala practica de manejo, como es la quema de los pajonales, produciéndose así un deterioro de las praderas que puede conducir a la desaparición de los páramos y de los animales de esta zona. La asistencia técnica que reciben los productores de alpacas están dirigidas a otras especies como ovinos, bovinos y cuyes, no prestándole la debida atención a lo que realmente ellos necesitan como es el manejo técnico de las alpacas, y esto se ve reflejado en bajos índices de producción y reproducción. c.1. Alimentación Las alpacas se alimentan exclusivamente del forraje disponible en la pradera nativa como la paja de páramo, ñacha, calamagrostis, alfombrillas. La oferta alimenticia de las praderas nativas no satisface los requerimientos nutricionales de los animales, el déficit forrajero tiene una incidencia directa en los índices de fertilidad y mortalidad de crías y los animales no alcanzan a manifestar su real potencial de producción de fibra y carne. el agua que consumen los animales provienen de acequias, vertientes y bofedales Los criadores de alpacas no suministran ningún tipo de sobre alimento, ni sales minerales afectando a la calidad de fibra y peso corporal. c.2. Sanidad Las enfermedades más frecuentes que afectan directamente la mortalidad, productividad y calidad de los productos son las pulmonares, como también los parásitos externos (sarna, garrapata); y gastrointestinales (fasciola y tenias). No se dispone de calendarios de vacunación, ni control de enfermedades. c.3. Reproducción En general los productores de alpacas no manejan por separado los machos y las hembras, estos pasan juntos durante todo el año reproduciéndose sin ninguno tipo de control dando origen a la consaguinidad lo que se refleja en la producción. El método reproductivo utilizado es la monta natural, la edad reproductiva tanto del macho como de la hembra inicia a los 12 meses, por lo que las hembras no alcanzan el desarrollo corporal adecuado para iniciar la etapa reproductiva lo que se traduce en la disminución en la producción. c.4. Genética Actualmente, no existen programas de mejoramiento, lo que impide contar con reproductores de alta calidad genética, que permitan incrementar los niveles de producción de carne y fibra de la población animal. Para el cruzamiento, se utilizan reproductores de la misma explotación de bajo comportamiento productivo y de colores diferentes, la práctica de
  • 35. 35 intercambio de machos no es común. Lo referido, eleva el nivel de consanguinidad, ocasionando la aparición en la descendencia de defectos congénitos, animales poco productivos y de color manchado, cuya fibra no forma parte del mercado. Las alpacas presenta una gama de colores, desde el blanco, ruano, café y negro. En la actualidad las comunidades tienen las dos razas de alpacas la Huancaya y la Suri; donde la Huancaya predomina por la resistencia a las condiciones climáticas. c.5. Infraestructura Por las características de crianza semiextensiva de las alpacas, la infraestructura de apriscos y corrales de manejo es precaria, se observan únicamente corrales o dormideros que no garantizan la protección a los animales de las inclemencias extremas de clima, como la presencia de heladas, lluvias y nevadas; factores climatológicos que tienen una influencia directa en la mortalidad de crías y adultos. D. Sistemas de producción de llamas 1. Descripción demográfica La población de llamas en el Ecuador según el último Censo Agropecuario (INEC- MAG-SICA 2001), es de 21662 llamas, las cuales se hallan distribuidas así: el 97% en la región Sierra, el 1 % en la región Costa y el resto del país esta compuesto por el 2 % del total. Por su parte en la región Sierra la Provincia de Cotopaxi tiene la mayor población con 9468 llamas, seguida de Tungurahua con 3970 llamas, Bolívar con 2995 llamas, Chimborazo con 2402 llamas, Pichincha con 1440 llamas, y finalmente Cañar y Carchi con 216 y 143 llamas respectivamente. 2. Componentes del sistema a. Socio-económico En la presente investigación se ha encontrado que a nivel de los productores de llamas de la sierra central, existen diferencias: en su organización, a nivel tecnológico y en el tamaño de las explotaciones. A los productores se les ha clasificado en: pequeños productores con menos de 10 llamas, los medianos productores poseen entre 10 a 20 llamas y los grandes productores con más de 20 animales. Cualquiera sea el tamaño de la explotación su nivel de tecnología es bajo. El 96.3% de los productores se auto financian, compran sus animales, no tienen ayuda de entidades gubernamentales o no gubernamentales, esto ha generado que los criadores de camélidos dejen muchas de sus explotaciones y vendan sus animales, como es el caso de los criadores existentes en la provincia de Bolívar y Tungurahua, no así en la provincia de Chimborazo donde se están reintroduciendo las llamas y se les esta manejando con criterios técnicos. La comercialización es un problema, los intermediarios pagan precios muy bajos por cada llama, animales grandes con un peso alrededor de 200 lbs. tiene un valor máximo de 50 dólares, precio que no justifica el alto esfuerzo humano y económico de 2 a 3 años para tener una llama esta lista para la venta. El 88,9 % de las familias están involucradas en forma directa o indirectamente en el cuidado de los animales, siendo en su mayoría las mujeres y los niños los que se encargan de pastorear, solamente un 11.1 % de los productores dejan a sus animales al cuidado de empleados, estas son explotaciones que se dedican a la producción de leche y los camélidos
  • 36. 36 pasan a ser animales de repelo y se los utiliza para sanidad con la creencia que tienen propiedades curativas. El tiempo utilizado en el cuidado de estos animales es compartido con la actividad agrícola lo que sucede en la mayoría de productores. En la provincia de Chimborazo, el proyecto manejado por la Curia de Riobamba es el único que maneja con criterio técnico y están haciendo esfuerzos por preservar las llamas y obtener buenos animales productores de fibra. b. Ambiente El 54.5 % de las organizaciones o comunidades que se dedican a la crianza de lla mas se encuentran en los páramos con alturas superiores a los 3500 msnm y el restante 45,5 % de los productores se sitúan en los valles interandinos sobre los 2500 msnm. c. Manejo Los productores crían las llamas por muchas razones: desde empleo de estos animales como adornos para su finca, como animales agentes de sanidad al mantenerlos junto a vacunos y ovinos, por tradición como es en la mayoría de los productores que crían en los páramos y el otro factor el económico que representa el 88.9 %, a pesar que el ingreso por la venta de llamas y de sus subproductos (abono), son bajísimos. Además a la llama se le tiene como productor de carne, fibra y un animal útil para la carga, siendo criada bajo sistemas extensivos y semi extensivos, en el primer caso no existe criterios técnicos para la producción y reproducción, en el sistema semiextensivo se aplican algunas normas de manejo. c.1. Alimentación El 36.4% de organizaciones o comuneros crían los animales bajo un sistema extensivo, en los cuales pastorean alrededor de 8 horas al día, para luego ser confinadas a establos y corrales, pastan junto a otros animales como ovinos, no se conocer el área de pastoreo. Las fuentes de agua son las vertientes y acequias. Las principales fuentes forrajeras son la paja de páramo, la chicoria, el tumbuso y la pajilla. El 63.6 % de las organizaciones o comuneros crían las llamas bajo un sistema semi intensivo, manejándoles bajo sogueo, los cuales de acuerdo al tipo y a la cantidad de pasto se los cambia de 2 a 3 veces por día. Este tipo de explotación lo encontramos en los valles andinos, y son manejados junto a bovinos, por lo tanto la alimentación esta basado con pastos mejorados como Raygrass, pasto azul, alfalfa, cebadilla. Etc. c.2. Sanidad El 36.4 % de las comunas reciben asistencia técnica, en el área de alimentación, manejo productivo, reproductivo, y sanidad se realiza desparasitaciones, vitaminizaciones y curaciones en general, El restante 63.6 % no reciben asistencia técnica de ningún tipo, Muchos de los productores no diferencian las enfermedades, y aun peor no realizan ninguna actividad para prevenir las mismas. Las enfermedades que se presentan con mayor frecuencia son: Parasitosis externa (piojos) e interna, sarna. c.3. Reproducción En el campo reproductivo el 68.2 % de los comuneros desconoce totalmente del manejo adecuado de la reproducción: Se desconoce la edad a la pubertad, edad al primer
  • 37. 37 parto, vida productiva, partos año, etc. No existen criterios de selección de reproductores, se ha hecho lo tradicional, introducir machos sin conocer realmente sus cualidades y como resultado de todo esto ha sido un decremento de la calidad de los animales, un aumento de características indeseables y de la consaguinidad. A nivel nacional se determina que el 31,8 % de los productores manejan la reproducción bajo criterios técnicos aceptables, conocen el tipo de animal empleado para la reproducción, su fin productivo, sus características anatómicas y la edad optima de reproducción. Se utiliza una relación macho hembra de 1:14 y una relación de adultos y crías menores de dos años de 2.6. Los criadores desconocen el pesos de los animales: al nacimiento, al destete y/o a la edad adulta, es así que el 100% de los encuestados a través de la presente investigación, por primera vez conocieron el peso de sus animales, y hicieron relación con el precio que los intermediarios les pagaba por cada libra de peso vivo de un animal. Por ejemplo un animal de 200 lb., del cual se aprovecha el 50 % que seria 100 lb., y lo multiplicamos por un dólar que es el precio de la libra tenemos un costo total por animal de 100 dólares, Sin embargo el intermediario paga por animal alrededor de 50 dólares. c.4. Genética En la provincia de Bolívar y Tungurahua no existen planes de mejoramiento, debido a que no han existido estudios de caracterización, y prácticamente se desconocen todo criterio técnico para selección. En la provincia de Chimborazo el 77,8 % reciben asistencia técnica y a su vez existe un criterio para seleccionar las llamas en base a su calidad de fibra, con el propósito de industrializarla. Las llamas en nuestro país, poseen un gran potencial genético, ya que fenotípicamente presenta en promedio una altura de 93.0 cm., un largo del cuerpo de 78.1 cm., un perímetro toráxico de 103.9 cm. y un diámetro de fibra de 24.5 micras, parámetros que están dentro de los estándares de la especie. c.5. Infraestructura La crianza de las llamas en el páramo o a nivel de valles interandinos se da bajo condiciones de infraestructura deficientes, al ser un animal no tan apreciado no se le brinda la mayor importancia, por tanto no existe infraestructura adecuada para la crianza de las llamas, es decir no se encontró corrales con cubierta que contenga, comederos, áreas de reproducción y áreas de esquila. III. Mejoramiento de los sistemas de producción 1. Factor socio-económico - Acceso a financiamiento a bajo interés, que actualmente no es viable ya que los organismos de este servicio responden a la opinión de sus departamentos financieros y técnicos, que se basan lógicamente, en la tecnología disponible, por lo que no es común observar créditos otorgados a este tipo de productores. - Servicios básicos de calidad, que permitan mejorar las condiciones de vida de los productores, y así un mejor desarrollo familiar. - Capacitación permanente, mediante programas de extensión que permitan dotar a los productores de conocimientos para incrementar la eficiencia productiva de los animales.