3. Classificação do Desenho
Quanto à sua Finalidade
Desenho
De Expressão
(Artístico)
Desenho de
Representação
(Técnico)
Desenho de
Resolução
4. Desenho de
Expressão ou Artístico
Finalidade: exprimir
sentimentos através formas,
cores e da disposição relativa
dessas formas e cores.
Expressão gráfica da
sensibilidade artística
do desenhista.
5. Desenho de
Representação ou Técnico
(fonte: PROTEC - Manual do Desenhista de Máquinas)
Finalidade:
representar
objetos. Transmitir a
forma, as
dimensões e a
posição relativa
das coisas
representadas,
bem como o
aspecto e o
material de que
são feitas.
13. Tipos de Desenho Técnico
Entre Outros
De Máquinas Arquitetônico De Estruturas Naval
Aeronáutico Cartográfico Topográfico
De Gráficos e
Diagramas
Desenhos
Esquemáticos
De
Propaganda
Etc.
14. Desenho de
Resolução ou de Precisão
Finalidade:
resolver
problemas.
Procura-se, através de
desenhos, obter respostas
tão precisas quanto possível.
16. Tipos de Desenho de Resolução
Desenho de
Resolução
Desenho
Geométrico
Problemas de
geometria plana
elementar
Geometria
Descritiva
Problemas de
geometria
espacial
elementar
Perspectiva
Problemas
relacionados ao
aspecto da
figura
Outros
Não nos
interessam
17. Pilares do Desenho Técnico
Desenho
Geométrico
Geometria
Descritiva
Perspectiva
18. Importância do Desenho no
Design e na Engenharia
• Desenvolvimento de produtos de
aspecto agradávelArtístico
• Linguagem gráfica universalTécnico
• Desenvolvimento da capacidade de
resolver problemas e da visão espacial
De
Resolução
29. Perspectiva
• Método de representação
num plano bidimensional,
de objetos num sistema
parecido como estes podem
ser visualizados pelo ser
humano a partir de um
determinado ponto de vista,
conferindo a ilusão de
proximidade e distância
desses objetos do
observador.
30. Perspectiva
• Na medida em que se afastam do observador (plano frontal),
os objetos aparecem se alterando em cor, tamanho e nitidez.
31. Perspectiva
• Uma diminuição constante
e graduada de objetos e
espaços intermitentes dão a
idéia de afastamento
progressivo para o fundo,
resultando numa visão
integrada da profundidade
do espaço na forma de uma
seqüência única, unificada e
causal.
32. Perspectiva
• A representação
perspectiva não serve para
observar fielmente as
características métricas de
um objeto ou espaço, mas
para visualizá-los de uma
forma semelhante à
captada pela nossa visão.
34. Pré-História
O homem não configura um
espaço quando pinta sobre as
paredes das cavernas.
Simplesmente
coloca as figuras
como se estivesse
escrevendo.
Há um intento mágico de
poder possuir a figura
desenhada.
Luta pela
sobrevivência.
37. Egito
Tamanho e Valor Social/Espiritual
(Fragment of a wall painting from the tomb of Nebamun,
Thebes ca. 1450 B.C. British Museum de Arezzo)
Figuras
menores não
estavam
necessariame
nte mais ao
fundo, mas
tinham
importância
social (e/ou
espiritual)
inferior.
40. Grécia
Escorço
Se a perspectiva foi
plenamente desenvolvida
no Renascimento, já na
arte grega encontram-se
esforços de aproximação
à sua problemática.
41. Grécia
Escorço
• Os gregos (e os romanos,
em evolução à arte grega)
em suas pinturas adotavam
um método conhecido
como escorço (que poderia
ser definido como uma falsa
perspectiva), ou perspectiva
a espinha-de-peixe.
• Os gregos não conheciam o
ponto de fuga, mas o
escorço produzia resultados
próximos do da perspectiva
e com razoável ilusão de
profundidade.
42. Grécia - Escorço
(Pompeian mural of the pageant of Orestes, 2nd century AD, containing both central
convergence (black lines) and ‘fishbone’ parallel convergence for the peripheral
features such as the roof rafters - white lines)
44. Idade Média
Ausência da Perspectiva
• Na Arte Medieval não há
vestígios de existência de
perspectiva (linear ou
aérea).
– Não se pode, entretanto,
condenar os artistas da Idade
Média como se fossem
desconhecedores das leis da
natureza.
45. Idade Média
Imagens Religiosas e Simbolismo
Durante a
Idade Média,
enfatizavam-
se as imagens
religiosas e o
simbolismo.
Mesmo os
pintores mais
talentosos
pouco se
preocupavam
com o realismo
nas imagens,
com pintar
paisagens ou
com a criação
da
profundidade
nas suas
pinturas.
46. Idade Média
Resumindo
O homem medieval
tem muitas obras de
arte que não nos
permite duvidar da sua
capacidade ou
habilidade.
Não se procurou
organizar
cientificamente uma
perspectiva com PFs.
Predomina a
planimetria,
seguindo a tradição
da Antiguidade.
Tudo é simultâneo,
tempo e espaço.
Deus é a medida de
todas as coisas.
O espaço medieval
não tem
profundidade.
O tempo e espaço
eram algo divino.
Não poderiam ser
sujeitados a
medidas racionais
segundo a
concepção do
homem e seu
ponto de vista.
47. Baixa Idade Média
Tentativas de Convergência
Séc. XIV e XV, pouco antes da persp. central
científica, já havia uma tentativa de
convergência nas pinturas européias.
Ainda não
havia a
convergência
num único
ponto de fuga,
mas com base
na perspectiva
isométrica.
48. Baixa Idade Média
Trezento - Giotto
Giotto di Bondone
(1266-1337) (Expulsão dos demônios de Arezzo)
A IM que iniciou
com a planimetria
aos poucos começa
a trabalhar com
projeções.
Giotto e Cavallini
tinham outra
linguagem, desenho
mais realista,
buscando soluções
de projeções
tentando uma
convergência.
52. Islã – Alhazen (965 – 1040)
Base Óptica da Perspectiva
No ano 1000, o matemático e filósofo
árabe Alhazen, na sua obra Perspectivade
demonstrou que a luz projeta-se em
forma cônica no olho humano.
Mas estava preocupado
apenas com a óptica,
não com representação.
53. Renascimento
Espaço RealistaInício do
Renascimento:
intenção de criar um
espaço realista e
estruturar as figuras
no espaço pictórico.
O homem é científico, capaz de
mensurar o seu mundo, investiga e
interroga para descobrir uma forma de
colocar-se como o centro da cena.
Já não há a idéia de que
Deus é o centro e a
razão das coisas, e sim
o mundo é o centro do
universo e o homem é o
centro do mundo.
O homem ainda ama e respeita a
Deus, mas o espaço tem outras
características, o homem sente-
se no direito de organizar o
espaço segundo o que ele vê.
54. Renascimento
Realidade Imutável
• Partindo do princípio de
que a realidade é imutável,
então deveria ter uma
ordem pré-estabelecida,
uma relação de convenções
para a representação
pictórica dessa realidade,
assim nasce a perspectiva
central.
55. Perspectiva Científica
• Entre 1450 e 1480 a
perspectiva torna-se
científica:
– É codificada e tem regras de
construção;
– Fundamenta-se dados fixos e
geométricos, um ponto de
fuga ao centro do quadro
onde as linhas convergem.
• Alturas e intervalos diminuindo
proporcionalmente à medida
que convergem, dando a ilusão
de que o quadro tem
profundidade.
• O aperfeiçoamento da
perspectiva central teve a
contribuição de arquitetos
como:
– Brunelleschi (1377-1446);
– Alberti (1404-1472);
– Vasari (1511-1574).
57. Perspectiva Central
• A perspectiva central, muito
mais elaborada ao
representar o espaço, foi
descoberta após longa
exploração e observação,
surgindo justo numa época
onde a ideologia era de ser
o homem o centro do
universo, mas o principal
objetivo da perspectiva
central foi resolver o espaço
pictórico.
• Nessa época, Renascimento,
o pensamento é
antropocentrista, afinal
com o ponto de fuga as
pinturas são representadas
como o homem enxerga o
mundo, a perspectiva não
se refere só à matéria e ao
espaço, o homem é o centro
do espaço, é a visão
egocêntrica.
58. Perspectiva Central
• O ponto de fuga central
pode ser entendido como a
manifestação do
individualismo da
Renascença.
• No Renascimento o ponto
de fuga significava o infinito,
não apenas Deus era
infinito, mas o mundo
também, e representa-se
esse mundo como o homem
o vê.
• Com a perspectiva central
há uma representação
realística do espaço físico,
onde linhas verticais e
horizontais frontais são
combinadas com linhas
convergentes a um único
ponto, criando um centro
focal.
62. Início do Século XX
Invenção da Fotografia
(Pintura de Amadeo de Souza
Cardoso datada de cerca de 1917)
Abandono da perspectiva
como forma expressiva.
64. Resumo Histórico
Pré-História,
Antiguidade e
Idade Média
• Espaço idealizado
bidimensional
Civilizações até o
séc. XIV e arte
oriental.
• Perspectiva
isométrica.
Renascimento e
Barroco
• Perspectiva linear e
aérea - busca da
perfeição na
representação da
realidade
Início do séc. XX
• Abandono da
perspectiva como
forma expressiva