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Os detectores são dispositivos com sensores que indicam a presença de produtos
gerados pelos materiais em combustão, emitindo sinais elétricos para a central de controle que
por sua vez acionam os notificadores. Foram desenvolvidos vários tipos de sensores para uso
em detectores pelo fato de não haver um único sensor capaz de detectar todos os tipos de
produtos gerados na combustão. Cada tipo de sensor tem, em função de suas características
de funcionamento, sensibilidade diferente, ou seja, o seu tempo-resposta ao estímulo dos
produtos da combustão pode ser maior ou menor.

1. Classificação dos detectores quanto à tecnologia.

        Detector convencional: dispositivo que possibilita a central identificar somente o circuito
ou o laço ao qual esta conectado.

       Detector algorítmico: dispositivo que monitora continuamente as condições do ambiente
de seu entorno a fim de comparar com uma situação anormal (de incêndio).

       Detector analógico: dispositivo que emite um sinal que representa o valor do fenômeno
detectado. Este pode ser um verdadeiro sinal análogo ou codificado digitalmente equivalente
do valor detectado.

        Detector de multí-estado: dispositivo que emite um número limitado (maior que dois) de
sinais de saída relativos às condições “normais”, “ incêndio” ou outro “anormal”.

       Detector de dois estados: um dispositivo que emite um dos dois estados relativos às
condições: “normal” ou “incêndio”.

2. Classificação dos detectores quanto ao sensor.

2.1 -Detector de fumaça

       Serão descritos os vários tipos de detector de fumaça

       Detector iônico: é um dispositivo que contém uma câmara com fonte ionizante e duas
placas eletricamente carregadas, uma positivamente e outra negativamente, que servirão para
ordenar o movimento dos íons.

        Detector ótico por espalhamento de luz: constituído de uma fonte de luz (lâmpada) e
célula fotoelétrica montadas num invólucro a prova de luz externa, mas não a entrada da
fumaça. O feixe de luz não incide diretamente sobre a célula fotoelétrica nas condições normais
(sem incêndio) e quando a fumaça que penetra no invólucro irá espalhar a luz que, então,
incidirá sobre a célula fotoelétrica o que provocará o alarme.

        Detector ótico por obscurecimento da luz: constituído de uma fonte de luz (lâmpada) e
célula fotoelétrica montadas num invólucro a prova de luz externa, mas não a entrada de
fumaça. O feixe de luz incide diretamente sobre a célula fotoelétrica em condições normais
(sem incêndio) e quando a fumaça que penetra no invólucro obscurece esta luz provocando o
desequilíbrio da corrente elétrica da célula o que provocará o alarme.

2.2 Detector de temperatura.

       Os princípios usados nos sensores de temperatura são:
a) fusão de metais;

b) derretimento de plásticos;

c) expansão de sólidos, líquidos e gás;

d) efeito elétrico (termopar).

2.3 Detector de chama

       A chama da combustão emite energia radiante de diversos comprimentos de ondas,
assim para efeito de detecção são selecionados os seguintes:

a) Radiação infravermelha;

b) Luz visível;

c) Radiação ultravioleta.

3. Painéis de controle e sinalização

        A unidade de controle é o centro nervoso de qualquer sistema e normalmente é
colocado numa posição de destaque no edifício a fim de assegurar que seus sinais possam ser
vistos facilmente e ouvidos por seus ocupantes, brigadas de incêndio e visitantes.

          Deve ser projetado para desempenhar todas ou qualquer das funções relacionadas
abaixo:

a) receber sinais dos dispositivos de inicialização de alarme, detector de fumaça, de
temperatura e de chamas e também as botoeiras;

b) operar os alarmes acústicos (sinos, cigarras, buzinas, etc.) de todo o edifício ou em
sequência particular de acordo com o plano de abandono;

c) transmitir o sinal para um centro com operadores para ser enviado à brigada de incêndio ou
outra parte interessada (engenheiro de segurança, gerente de risco, etc.);

d) indicar a zona de ocorrência do incêndio não somente no principal painel indicador, mas, se
necessário, aos repetidores de todo o edifício;

e) operar outros sinais tais como o dispositivo de manter a porta corta-fogo aberta ou de abrir o
ventilador de exaustão da fumaça;

f) operar os equipamentos fixos de combate a incêndio.

          Os principais componentes dos equipamentos de controle e indicação são:

a) setor de suprimento de energia com indicação para:

- normal

- falhas

b) setor de zona (um ou mais zonas) com indicação para:

-zona 1 (2, 3 ou mais);
-2 LED vermelho para incêndio;

-2 LED âmbar ou amarelo para “falhas”;

-chave de verificação: “normal”, alarme silenciado e “reset” (rearmar);

-LED de “normal”;

-LED de alarme silenciado.

c) módulo de sinal remoto.

      O painel de controle, quando ligado, deve indicar as condições do ambiente protegido
da seguinte maneira:

a) sem incêndio: aceso o LED em “normal” (suprimento de energia), caso haja corte de energia
deve acender o LED de “falhas” e um sinal acústico de advertência será acionado. A chave de
verificação da zona deve estar na posição “normal” com os LED “zona normal” e “alarme
silenciado” acesos;

b) com incêndio: o LED de “incêndio” acende.

        Operacionalmente, numa situação de incêndio deve-se proceder da seguinte maneira:
girar a chave de verificação para a zona onde está ocorrendo o incêndio e deixá-lo na posição
“alarme silenciado”, então somente o sinal acústico do painel fica ativado, enquanto o LED de
“incêndio” continua aceso. Para colocar novamente o painel de controle nas condições de
indicar o incêndio é necessário que todos os detectores que entraram em alarme sejam limpos
e seus sensores de elementos térmicos sejam substituídos, as botoeiras rearmadas e o
ambiente da zona que ocorreu o incêndio voltem as condições normais, só então a chave de
verificação daquela zona deve ser acionada para a posição “rearmar” (reset) e em seguida para
a posição normal.

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Detectores de incêndio

  • 1. Os detectores são dispositivos com sensores que indicam a presença de produtos gerados pelos materiais em combustão, emitindo sinais elétricos para a central de controle que por sua vez acionam os notificadores. Foram desenvolvidos vários tipos de sensores para uso em detectores pelo fato de não haver um único sensor capaz de detectar todos os tipos de produtos gerados na combustão. Cada tipo de sensor tem, em função de suas características de funcionamento, sensibilidade diferente, ou seja, o seu tempo-resposta ao estímulo dos produtos da combustão pode ser maior ou menor. 1. Classificação dos detectores quanto à tecnologia. Detector convencional: dispositivo que possibilita a central identificar somente o circuito ou o laço ao qual esta conectado. Detector algorítmico: dispositivo que monitora continuamente as condições do ambiente de seu entorno a fim de comparar com uma situação anormal (de incêndio). Detector analógico: dispositivo que emite um sinal que representa o valor do fenômeno detectado. Este pode ser um verdadeiro sinal análogo ou codificado digitalmente equivalente do valor detectado. Detector de multí-estado: dispositivo que emite um número limitado (maior que dois) de sinais de saída relativos às condições “normais”, “ incêndio” ou outro “anormal”. Detector de dois estados: um dispositivo que emite um dos dois estados relativos às condições: “normal” ou “incêndio”. 2. Classificação dos detectores quanto ao sensor. 2.1 -Detector de fumaça Serão descritos os vários tipos de detector de fumaça Detector iônico: é um dispositivo que contém uma câmara com fonte ionizante e duas placas eletricamente carregadas, uma positivamente e outra negativamente, que servirão para ordenar o movimento dos íons. Detector ótico por espalhamento de luz: constituído de uma fonte de luz (lâmpada) e célula fotoelétrica montadas num invólucro a prova de luz externa, mas não a entrada da fumaça. O feixe de luz não incide diretamente sobre a célula fotoelétrica nas condições normais (sem incêndio) e quando a fumaça que penetra no invólucro irá espalhar a luz que, então, incidirá sobre a célula fotoelétrica o que provocará o alarme. Detector ótico por obscurecimento da luz: constituído de uma fonte de luz (lâmpada) e célula fotoelétrica montadas num invólucro a prova de luz externa, mas não a entrada de fumaça. O feixe de luz incide diretamente sobre a célula fotoelétrica em condições normais (sem incêndio) e quando a fumaça que penetra no invólucro obscurece esta luz provocando o desequilíbrio da corrente elétrica da célula o que provocará o alarme. 2.2 Detector de temperatura. Os princípios usados nos sensores de temperatura são:
  • 2. a) fusão de metais; b) derretimento de plásticos; c) expansão de sólidos, líquidos e gás; d) efeito elétrico (termopar). 2.3 Detector de chama A chama da combustão emite energia radiante de diversos comprimentos de ondas, assim para efeito de detecção são selecionados os seguintes: a) Radiação infravermelha; b) Luz visível; c) Radiação ultravioleta. 3. Painéis de controle e sinalização A unidade de controle é o centro nervoso de qualquer sistema e normalmente é colocado numa posição de destaque no edifício a fim de assegurar que seus sinais possam ser vistos facilmente e ouvidos por seus ocupantes, brigadas de incêndio e visitantes. Deve ser projetado para desempenhar todas ou qualquer das funções relacionadas abaixo: a) receber sinais dos dispositivos de inicialização de alarme, detector de fumaça, de temperatura e de chamas e também as botoeiras; b) operar os alarmes acústicos (sinos, cigarras, buzinas, etc.) de todo o edifício ou em sequência particular de acordo com o plano de abandono; c) transmitir o sinal para um centro com operadores para ser enviado à brigada de incêndio ou outra parte interessada (engenheiro de segurança, gerente de risco, etc.); d) indicar a zona de ocorrência do incêndio não somente no principal painel indicador, mas, se necessário, aos repetidores de todo o edifício; e) operar outros sinais tais como o dispositivo de manter a porta corta-fogo aberta ou de abrir o ventilador de exaustão da fumaça; f) operar os equipamentos fixos de combate a incêndio. Os principais componentes dos equipamentos de controle e indicação são: a) setor de suprimento de energia com indicação para: - normal - falhas b) setor de zona (um ou mais zonas) com indicação para: -zona 1 (2, 3 ou mais);
  • 3. -2 LED vermelho para incêndio; -2 LED âmbar ou amarelo para “falhas”; -chave de verificação: “normal”, alarme silenciado e “reset” (rearmar); -LED de “normal”; -LED de alarme silenciado. c) módulo de sinal remoto. O painel de controle, quando ligado, deve indicar as condições do ambiente protegido da seguinte maneira: a) sem incêndio: aceso o LED em “normal” (suprimento de energia), caso haja corte de energia deve acender o LED de “falhas” e um sinal acústico de advertência será acionado. A chave de verificação da zona deve estar na posição “normal” com os LED “zona normal” e “alarme silenciado” acesos; b) com incêndio: o LED de “incêndio” acende. Operacionalmente, numa situação de incêndio deve-se proceder da seguinte maneira: girar a chave de verificação para a zona onde está ocorrendo o incêndio e deixá-lo na posição “alarme silenciado”, então somente o sinal acústico do painel fica ativado, enquanto o LED de “incêndio” continua aceso. Para colocar novamente o painel de controle nas condições de indicar o incêndio é necessário que todos os detectores que entraram em alarme sejam limpos e seus sensores de elementos térmicos sejam substituídos, as botoeiras rearmadas e o ambiente da zona que ocorreu o incêndio voltem as condições normais, só então a chave de verificação daquela zona deve ser acionada para a posição “rearmar” (reset) e em seguida para a posição normal.