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Aborto
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Nota: Para outros significados, veja Aborto (desambiguação).
Um aborto, abortamento1
ou interrupção da gravidez é a remoção ou expulsão prematura de
um embrião ou feto do útero, resultando na sua morte ou sendo por esta causada.2
Isto pode ocorrer
de forma espontânea ou induzida, provocando-se o fim da gestação, e consequente fim da atividade
biológica do embrião ou feto, mediante uso de medicamentos ou realização de cirurgias.
O aborto induzido, quando realizado por profissionais capacitados e em boas condições de higiene é
um procedimento seguro.3
Entretanto, o aborto feito por pessoas não qualificadas ou fora de um
ambiente hospitalar, resulta em aproximadamente 70 mil mortes maternas e cinco milhões de lesões
maternas por ano no mundo.4
Estima-se que sejam realizados no mundo 44 milhões de abortos
anualmente, sendo pouco menos da metade destes procedimentos realizados de forma insegura.5
A incidência do aborto se estabilizou nos últimos anos,5
após ter tido uma queda nas últimas
décadas devido ao maior acesso a planejamento familiar e a métodos contraceptivos.6
Quarenta por
cento das mulheres do mundo têm acesso a aborto induzido em seus países (dentro dos limites
gestacionais).7
Historicamente, o aborto induzido vem sendo realizado através de diferentes métodos e seus
aspectos morais, éticos,legais e religiosos ainda são objeto de intenso debate em diversas partes do
mundo.
Tipos
O aborto geralmente é dividido em dois tipos, aborto espontâneo e aborto induzido. Outras
classificações também são usadas, de acordo com o tempo de gestação, por exemplo.
Aborto espontâneo
Aborto espontâneo, involuntário ou casual, é a expulsão não intencional de um embrião ou feto
antes de 20-22 semanas de idade gestacional. Uma gravidez que termina antes de 37 semanas de
idade gestacional que resulta em um recém-nascido vivo é conhecida como parto prematuro ou pré-
termo. Quando um feto morre no interior do útero após a viabilidade, ou durante o parto, geralmente
é chamado de natimorto.
A causa mais comum de aborto espontâneo durante o primeiro trimestre são as anomalias
cromossômicas do feto/embrião, que contabilizam pelo menos 50% das perdas gestacionais
precoces.
Outras causas incluem doenças vasculares (como o lúpus eritematoso sistêmico), diabetes,
problemas hormonais, infecções, anomalias uterinas e trauma acidental ou intencional. A idade
materna avançada e a história prévia de abortos espontâneos são os dois fatores mais associados
com um risco maior de aborto espontâneo.
Aborto induzido
O aborto induzido, também denominado aborto provocado ou interrupção voluntária da gravidez, é o
aborto causado por uma ação humana deliberada. Ocorre pela ingestão de medicamentos ou por
métodos mecânicos. A ética deste tipo de abortamento é fortemente contestada em muitos países
do mundo mas é reconhecida como uma prática legal em outros locais do mundo, sendo inclusive
em alguns totalmente coberta pelo sistema público de saúde. Os dois polos desta discussão passam
por definir quando o feto ou embrião se torna humano ou vivo (se na concepção, no nascimento ou
em um ponto intermediário) e na primazia do direito da mulher grávida sobre o direito do feto ou
embrião.
O aborto induzido possui as seguintes subcategorias:
 Aborto terapêutico
 aborto provocado para salvar a vida da gestante8
 para preservar a saúde física ou mental da mulher8
 para dar fim à gestação que resultaria numa criança com problemas congênitos que
seriam fatais ou associados com enfermidades graves8
 para reduzir seletivamente o número de fetos para diminuir a possibilidade de riscos
associados a gravidezes múltiplas.8
 Aborto eletivo: aborto provocado por qualquer outra motivação.8
Outras classificações
Quanto ao tempo de duração da gestação:
 Aborto subclínico: abortamento que acontece antes de quatro semanas de gestação
 Aborto precoce: entre quatro e doze semanas
 Aborto tardio: após doze semanas
Riscos de um aborto
Os riscos para a saúde envolvidos no aborto induzido dependem de o procedimento ser realizado
com ou sem segurança.
A Organização Mundial de Saúde define como abortos não-seguros aqueles realizados por
indivíduos sem formação, equipamentos perigosos ou em instituições sem higiene.9
Os abortos
legais realizados nos países desenvolvidos estão entre os procedimentos mais seguros na
medicina.3 10
Nos Estados Unidos, a taxa de mortalidade materna em abortos entre 1998 e 2005 foi
de 0,6 morte por 100.000 procedimentos abortivos, tornando o aborto cerca de 14 vezes mais
seguro do que o parto, cuja taxa de mortalidade é de 8,8 mortes por 100.000 nascidos vivos.11 12
O risco de mortalidade relacionada com o aborto aumenta com a idade gestacional, mas permanece
menor do que o do parto até pelo menos 21 semanas de gestação.13 14
Isso contrasta com algumas
leis presentes em alguns países que exigem que os médicos informem os pacientes que o aborto é
um procedimento de alto risco.15
A aspiração uterina a vácuo no primeiro trimestre é o método de aborto não-farmacológico mais
seguro, e pode ser realizado em uma clínica de atenção primária em saúde, clínica de aborto ou
hospital. As complicações são raras e podem incluir perfuração uterina, infecção pélvica e retenção
dos produtos da concepção necessitando de um segundo procedimento para evacuá-los.16
Geralmente são administrados antibióticos profiláticos (preventivos) (como
a doxiciclina ou metronidazol) antes do aborto eletivo,17
pois acredita-se que eles diminuem
substancialmente o risco de infecção uterina pós-operatória.18 19
As complicações após abortos no
segundo-trimestre são similares às que ocorrem após o aborto no primeiro trimestre, e dependem do
método escolhido.
Existe pouca diferença em termos de segurança e eficácia entre o aborto farmacológicos usando
regime combinado demifepristona e misoprostol e o aborto não-farmacológico (aspiração a vácuo)
quando são realizados no início do primeiro trimestre (até 9 semanas de idade gestacional).20
O
aborto farmacológico com o uso do análogo de prostaglandina misoprostol isolado é menos efetivo e
mais doloroso do que o aborto usando o regime combinado de mifepristona e misoprostol ou do que
o aborto cirúrgico.21 22
Existe controvérsia na comunidade médica e científica sobre os efeitos do aborto. As interrupções
de gravidez feitas por médicos competentes são normalmente consideradas seguras para as
mulheres, dependendo do tipo de cirurgia realizado.23 24
Entretanto, um argumento contrário ao
aborto seria de que, para o feto, o aborto obviamente nunca seria "seguro", uma vez que provoca
sua morte sem direito de defesa.25 26
Os métodos que não são realizados com acompanhamento médico (uso de certas drogas, ervas, ou
a inserção de objectos não cirúrgicos no útero) são potencialmente perigosos para a mulher,
conduzindo-a a um elevado risco de infecção permanente ou mesmo à morte, quando comparado
com os abortos feitos por pessoal médico qualificado.
Segundo a ONU, pelo menos 70 mil mulheres perdem a vida anualmente em consequência de
abortos realizados em condições precárias,27
não há, no entanto, estatísticas confiáveis sobre o
número total de abortos induzidos realizados no mundo nos países e/ou situações em que o aborto
é criminalizado.
Existem, com variado grau de probabilidade, possíveis efeitos negativos associados à prática
abortiva, nomeadamente a hipótese de ligação ao câncer de mama, a dor fetal, o síndrome pós-
abortivo. Possíveis efeitos positivos incluem redução de riscos para a mãe e para o desenvolvimento
da criança não desejada.
Em janeiro de 2012 uma pesquisa realizada pela Organização Mundial de Saúde revelou que a
prática do aborto é maior nos países em que ele é proibido e quase metade de todos os abortos
feitos no mundo é realizada com altos riscos para a mulher.
Entre 2003 e 2008, cerca de 47 mil mulheres morreram e outros 8,5 milhões tiveram consequências
graves na sua saúde, decorrentes da prática do aborto.
Quase todas as interrupções de gravidez intencionais realizadas de maneira insegura, aconteceram
em nações em desenvolvimento, na América Latina e África. "O aborto é um procedimento muito
simples. Todas essas mortes e complicações poderiam ter sido facilmente evitadas", disse Gilda
Sedgh, pesquisadora-sênior do Instituto norte-americano Guttmacher, autora do estudo.28
Câncer damama
Ver artigo principal: Hipótese de câncer causado pelo aborto
Há uma hipótese de relação causal entre o aborto induzido e o risco de desenvolvimento de câncer
de mama.
A teoria é que no início da gravidez, o nível de estrogénio aumenta, levando ao crescimento das
células mamárias necessário à futura fase de lactação. A hipótese de relação positiva entre câncer
de mama e aborto sustenta que se a gravidez é interrompida antes da completa diferenciação
celular, então existirão relativamente mais células indiferenciadas vulneráveis à contracção da
doença.
Esta hipótese, não é bem aceita pelo consenso científico de estudos de associações e entidades
ligadas ao câncer,29 30 31
mas tem alguns defensores como o dr. Joel Brind.32
Dor do feto
Ver artigo principal: Dor fetal
A existência ou ausência de sensações fetais durante o processo de abortamento é hoje matéria de
interesse médico, ético e político. Diversas provas entram em conflito, existindo algumas opiniões
defendendo que o feto é capaz de sentir dor a partir da sétima semana33
enquanto outros sustentam
que os requisitos neuro-anatómicos para tal só existirão a partir do segundo ou mesmo do terceiro
trimestre da gestação.34
Os receptores da dor surgem na pele na sétima semana de gestação.
O hipotálamo, parte do cérebro receptora dos sinais do sistema nervoso e que liga ao córtex
cerebral, forma-se à quinta semana.
Todavia, outras estruturas anatómicas envolvidas no processo de sensação da dor ainda não estão
presentes nesta fase do desenvolvimento. As ligações entre o tálamo e o córtex cerebral formam-se
por volta da 23ª semana.35
Existe também a possibilidade de que o feto não disponha da
capacidade de sentir dor, ligada ao desenvolvimento mental que só ocorre após o nascimento.36
Novos estudos do Hospital Chelsea, realizados pela Dra. Vivette Glover em Londres sugerem que a
dor fetal pode estar presente a partir da décima sétima semana de vida do feto. O que justificaria,
segundo os proponentes do aborto, o uso de anestésicos para diminuir o provável sofrimento do
feto. Estes estudos contrariam a versão da entidade que reúne obstetras e ginecologistas do Reino
Unido, o Royal College of Obstretics and Gynacologists; para esta organização, só há dor depois de
26 semanas.37
Síndromepós-abortivo
Ver artigo principal: Síndrome pós-aborto
A síndrome pós-abortivo seria uma série de reações psicológicas apresentadas ao longo da vida por
mulheres após terem cometido um aborto.
Há vários relatos de problemas mentais relacionados direta ou indiretamente ao aborto; uma
descrição clássica pode ser encontrada na obra "A psicopatologia da vida cotidiana", de Sigmund
Freud.38
No livro "Além do princípio de prazer", Freud salienta: "Fica-se também estupefato com os
resultados inesperados que se podem seguir a um aborto artificial, à morte de um filho não nascido,
decidido sem remorso e sem hesitação."39
Há médicos portugueses, porém, que questionam a existência do síndroma; não existe nenhum
estudo português publicamente divulgado sobre o assunto. Entretanto nos Estados Unidos, Reino
Unido e mesmo no Brasil, essa possibilidade já é bastante discutida, com resultados
contrastantes.40 41
O síndroma pós-abortivo (PAS), conhecido também como síndroma pós-traumático pós-abortivo ou
por síndroma do trauma abortivo, é um termo que designa um conjunto de características
psicopatológicas que alguns médicos dizem ocorrer nas mulheres após um aborto
provocado.42
Alguns estudos, no entanto, concluem que alguns destes sintomas são consequência
da proibição legal e/ou moral do aborto e não do ato em si. [carece de fontes]
Entretanto, tal síndrome teria sido catalogada em inúmeras pesquisas, entre elas a do dr. Vincent
Rue que no estudo da Desordem Ansiosa Pós-Traumática (DAPT), presente em ex-combatentes do
Vietnã, que teria sua correspondente na síndrome pós-aborto (SPA).
Algumas estatísticas de organizações pró-vida argumentam que há um aumento de 9% para 59%
nos índices de distúrbios psicológicos em mulheres que se submetem ao aborto.43
Outro estudo, do Royal College of Psychiatrists, a associação dos psiquiatras britânicos e
irlandeses, considerou que o aborto induzido pode trazer distúrbios clínicos severos para a mulher, e
que essa informação deve ser passada para a mesma, antes da opção pelo aborto.
Esse estudo foi repassado à população pelo Jornal Britânico Sunday Times.44
Mulheresgrávidasvítimas de violência
Embora existam notícias45
indicando que muitas mulheres grávidas morrem em consequência de
atos violentos, aparentemente46
não há dados conclusivos que cruzem esta informação com o risco
de morte geral das mulheres não-grávidas em situações semelhantes.
Consequênciasa longo prazo paraa criança não desejada
Muitos membros de grupos pró-escolha47
consideram haver um risco maior de crianças não
desejadas (crianças que nasceram apenas porque a interrupção voluntária da gravidez não era uma
opção, quer por questões legais, quer por pressão social) terem um nível de felicidade inferior às
outras crianças incluindo problemas que se mantêm mesmo quando adultas, entre estes problemas
incluem-se:
 doença e morte prematura48
 pobreza
 problemas de desenvolvimento48
 abandono escolar49
 delinquência juvenil50
 abuso de menores
 instabilidade familiar e divórcio51
 necessidade de apoio psiquiátrico51
 falta de autoestima52
Uma opinião contrária, entretanto, apresentada por grupos pró-vida, seria que, mesmo que sejam
encontradas correlações estatísticas entre gravidez indesejáveis e situações consideradas
psicologicamente ruins para as crianças nascidas, esta situação não pode ser comparada com a de
crianças abortadas, visto que estas não estão vivas. Uma "situação de vida" não seria passível de
comparação com uma "situação de morte", visto a inverificabilidade desta enquanto situação
possivelmente existente (a chamada "vida após a morte") pelos métodos científicos disponíveis.
Como não se pode estipular se uma situação ruim de vida, por pior que fosse, seria pior que a
morte, o aborto, no caso, não poderia ser apresentado como solução, visto que não dá a capacidade
de escolha ao envolvido, enquanto ainda é um feto.53 54 55
Métodos de indução
Aborto farmacológico
Ver artigo principal: Aborto farmacológico
Também conhecido como aborto médico, químico ou não-cirúrgico, é o aborto induzido por
administração de fármacosque provocam a interrupção da gravidez e a expulsão do embrião. O
aborto farmacológico é aplicável apenas no primeirotrimestre da gravidez.
Tornou-se um método alternativo de aborto induzido com o surgimento no mercado dos análogos de
prostaglandina no início dos anos 1970 e do antiprogestágeno mifepristona (RU-486) nos anos
1980.56 57 58
Os regimes de aborto mais comuns para o primeiro trimestre utilizam mifepristona em combinação
com um análogo de prostaglandina (misoprostol) até 9 semanas de idade
gestacional, metotrexato em combinação com um análogo de prostaglandina até 7 semanas de
gestação, ou um análogo de prostaglandina isolado.56
Os regimes de mifepristona–misoprostol
funcionam mais rápido e são mais efetivos em idades gestacionais mais avançadas do que os
regimes combinados de metotrexato-misoprostol, e os regimes combinados são mais efetivos que o
uso do misoprostol isolado.57
Em abortos muito precoces, com até 7 semanas de gestação, o regime combinado de mifepristona-
misoprostol é considerado mais efetivo do que o aborto cirúrgico (aspiração à vácuo).20
Os regimes
de aborto médico precoce que utilizam 200 mg de mifepristona, seguido por 800 mcg de misoprostol
vaginal ou oral 24-48 horas após apresentam efetividade de 98% até as 9 semanas de idade
gestacional.59
Nos casos de falha do aborto farmacológico, é necessária a complementação do
procedimento com o aborto cirúrgico.60
Os abortos farmacológicos precoces são responsáveis pela maioria dos abortos com menos de 9
semanas de gestação na Grã-Bretanha,61 62
França,63
Suíça,64
e nos países nórdicos.65
Nos Estados
Unidos, o percentual de abortos farmacológicos precoces é menor.18 66
Regimes de aborto farmacológico usando mifepristona em combinação com um análogo de
prostaglandina são os métodos mais comumente usados para abortos de segundo trimestre no
Canada, maior parte da Europa, China e Índia,58
ao contrário dos Estados Unidos, onde 96% dos
abortos de segundo trimestre são realizados cirúrgicamente com dilatação e esvaziamento uterino.67
Aborto cirúrgicoou por procedimentos
Os procedimentos no primeiro trimestre podem geralmente ser realizados usando anestesia local,
enquanto os realizados no segundo trimestre podem necessitar de sedação ou anestesia geral.18
Aspiração uterina a vácuo
Um aborto realizado por aspiração a vácuo com equipamento elétrico em uma gestação de oito semanas (seis
semanas após a fertilização).1: Bolsa amniótica2: Embrião3: Endométrio4:Espéculo5: Cureta de
aspiração6:Saída para a bomba à vácuo
No procedimento de aspiração uterina a vácuo o médico realiza vácuo no útero da gestante para
remover o feto. São utilizados equipamentos manuais ou elétricos para a realização do vácuo.
Geralmente são realizados em gestações de até doze semanas (primeiro trimestre).
A aspiração manual intrauterina (AMIU) consiste em uma aspiração cujo vácuo é criado
manualmente utilizando-se uma cânula flexível acoplada a uma seringa. Foi desenvolvida para ser
realizada ambulatorialmente sem anestesia geral, não necessitando ser realizada em bloco
cirúrgico. Não é necessária a dilatação cervical.
O procedimento também pode ser utilizando um aparelho de vácuo eléctrico. Neste tipo de
aspiração o conteúdo do útero é sugado pelo equipamento.
Ambos os procedimentos são considerados não-cirúrgicos e são realizados em cerca de dez
minutos. São eficazes e seguros, pois apresentam um baixo risco para a mulher (0,5% de casos de
infecção).
Dilatação e curetagem uterina
Figura mostrando como é empregada a técnica da curetagem
Em gestações mais avançadas, nas quais o material a ser removido do útero é muito volumoso,
recorre-se à curetagem. Ao contrário da aspiração uterina à vácuo, que pode ser realizada em
consultórios ou clínicas, a dilatação e curetagem é um procedimento cirúrgico, devendo ser
realizado em um hospital com bloco cirúrgico. Inicialmente o médico alarga o colo do útero da
paciente com dilatadores, para permitir a passagem da cureta a seguir. A cureta é um instrumento
cirúrgico cortante, em forma de colher, que é introduzida no útero para realizar a raspagem.
Servindo-se da cureta, o médico retira todo o conteúdo uterino, incluindo o endométrio.
Uma das principais complicações da curetagem é a perfuração uterina causada pela cureta.
Evita-se a realização da curetagem uterina em gestações com mais de 12-16 semanas sem antes
realizar a expulsão fetal.
Dilatação e evacuação
O procedimento de curetagem é aplicável ainda no começo do segundo trimestre, mas se não for
possível terá de recorrer-se a métodos como a dilatação e evacuação. Neste procedimento o
médico promove primeiro a dilatação cervical (um dia antes).
Na intervenção que é feita sob anestesia é inserido um aparelho cirúrgico na vagina para cortar o
material intra-uterino em pedaços, e retirá-los de dentro do útero. No final é feita a aspiração. O feto
é remontado no exterior para garantir que não há nenhum pedaço no interior do útero que poderia
levar a infecção séria. Em raríssimas situações (0,17% das IVGs realizadas nos Estados Unidos em
2000) o feto é removido intacto.
Eliminação ou expulsão fetal (indução do trabalho de parto)
A eliminação ou expulsão fetal geralmente é reservada para gestações com mais de doze semanas.
Consiste em forçar prematuramente o trabalho de parto com o uso do análogo de
prostaglandina misoprostol. Pode-se associar o uso deocitocina ou injeção no líquido amniótico de
soluções hipertônicas com solução salina ou ureia.
Após a expulsão fetal, pode ser necessária a realização de curetagem.
Aborto por esvaziamento craniano intrauterino
O aborto por esvaziamento craniano intrauterino (ECI), também conhecido como aborto com
"nascimento parcial", é uma técnica utilizada para provocar o aborto quando a gravidez está em
estágio avançado, entre 20 e 26 semanas (cinco meses a seis meses e meio).68
Guiado por
ultrassom, o médico segura a perna do feto com um fórceps, puxa-o para o canal vaginal, e então
retira o feto do útero, com exceção da cabeça.
Faz então uma incisão na nuca, inserindo depois um catéter para sugar o cérebro do feto e então o
retira por inteiro do corpo da mãe. Em alguns países, essa prática é proibida em todos os casos,
sendo considerada homicídio e punida severamente.69 70
Esta técnica tem sido alvo de intensas
polêmicas nos Estados Unidos.
Em 2003, sua prática foi proibida em todo o país, gerando revoltas de movimentos pró-aborto.71
Outros métodos
No passado, diversas ervas já foram consideradas portadoras de propriedades abortivas e foram
usadas na medicina popular.72
No entanto, o uso de ervas com a intenção abortiva pode causar
diversos efeitos adversos graves e até mesmo letais, tanto para a mãe quanto para o feto, e não é
recomendado pelos médicos.73
O aborto, às vezes, é tentado através de trauma no abdômen. O grau da força, se intensa, pode
causar diversas lesões internas graves sem necessariamente induzir com sucesso a perda
fetal.74
No Sudeste da Ásia, há uma tradição antiga de se tentar o aborto através de forte massagem
abdominal.75
Métodos utilizados em abortos autoinduzidos não seguros incluem o uso incorreto de misoprostol e
a inserção de materiais não cirúrgicos como agulhas e prendedores de roupas no útero. A utilização
destes métodos não seguros raramente é observada em países desenvolvidos, onde o aborto
cirúrgico é legal e disponível.76
História
Ver artigo principal: História do aborto
A história do aborto, segundo a Antropologia, remonta à Antiguidade.
Há evidências que sugerem que, historicamente, dava-se fim à gestação, ou seja, provocava-se o
aborto, utilizando diversos métodos, como ervas abortivas, o uso de objetos cortantes, a aplicação
de pressão abdominal entre outras técnicas.
Terminologia
A palavra aborto tem sua origem etimológica no latim abortacus, derivado de aboriri ("perecer"),
composto de ab("distanciamento", "a partir de") e oriri ("nascer").
Sociedade e cultura
Debate sobre o aborto
Situação jurídica do aborto ao redor do mundo:
Legalizado em todos os casos
Legalizado em caso de estupro, risco de vida, problemas de saúde, fatores socioeconômicos ou má-formação
do feto
Legalizado em caso de estupro, risco de vida, problemas de saúde ou má-formação do feto
Legalizado em caso de estupro, risco de vida ou problemas de saúde
Legalizado em caso de risco de vida ou problemas de saúde
Proibido em todos os casos
Varia por região
Não há informação
Ver artigo principal: Debate sobre o aborto
Ver página: Aborto por país
Consequências positivas
Em um estudo polêmico de Steven Levitt da Universidade de Chicago eJohn
Donohue da Universidade Yaleassocia a legalização do aborto com a baixa da taxa de
criminalidade na cidade de Nova Iorque e através dos Estados Unidos. Tal estudo apresenta, com
base em dados de diversas cidades norte-americanas e com significância estatística, o possível
efeito da redução dos índices de criminalidade onde o aborto é legal. Ainda segundo os autores,
estudos noCanadá e na Austrália apontariam na mesma direção.
O recurso a abortos ilegais, segundo os defensores da legalização, aumentaria a mortalidade
maternal. Tanto a mortalidade quanto outros problemas de saúde seriam evitados, segundo seus
defensores, quando há acesso a métodos seguros de aborto.
Segundo o Instituto Guttmacher, o aborto induzido ou interrupção voluntária da gravidez tem um
risco de morte para a mulher entre 0,2 a 1,2 em cada 100 mil procedimentos com cobertura legal
realizados em países desenvolvidos. Este valor é mais de dez vezes inferior ao risco de morte da
mulher no caso de continuar a gravidez.
Pelo contrário em países em desenvolvimento em que o aborto é criminalizado as taxas são
centenas de vezes mais altas atingindo 330 mortes por cada 100 mil procedimentos.77
Para
o Ministro da Saúde brasileiro, José Gomes Temporão, defensor da legalização do aborto, a
descriminalização do aborto deveria ser tratada como problema de saúde pública.78
Consequências negativas
Como consequências negativas da legalização do aborto na sociedade, apontam-se, entre outras: a
banalização de sua prática, a disseminação da eugenia, a submissão a interesses mercadológicos
de grupos médicos e empresas farmacológicas, a diminuição da população, o controle demográfico
internacional, a desvalorização generalizada da vida, o aumento de casos de síndromes pós-aborto,
e, indiretamente, o aumento do número de casos de DSTs (doenças sexualmente
transmissíveis).79 80 81
Legislação
Ver artigo principal: Legislação sobre o aborto
Dependendo do ordenamento jurídico vigente, o aborto do nascituro considera-se uma
conduta penalizada ou despenalizada, atendendo a circunstâncias específicas.
As situações possíveis vão desde o aborto ser considerado um crime contra a vida humana, até ao
apoio estatal para a sua realização a pedido da grávida. 82
Meios de comunicação
Ver artigo principal: Aborto nos meios de comunicação
Os assuntos relacionados com o aborto de gravidez ainda são um grande tabu em boa parte do
mundo, sobretudo em países de maioria religiosa. Os meios de comunicação divulgam
posicionamentos e opiniões variadas sobre a prática. O assunto já foi tema de muitas músicas,
filmes e documentários.
Recentemente Rebecca Gomperts provocou polêmica no Facebook, com a publicação de um
manual de aborto caseiro seguro.83
O Facebook retirou, entretanto, a imagem que continha
informações sobre como praticar o aborto com segurança - recorrendo a um medicamento com
efeito abortivo - em países onde o aborto é ilegal.84
Referências
1. Ir para cima↑ http://dicionario.priberam.pt/abortamento
2. Ir para cima↑ Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa
3. ↑ Ir para:a b
GRIMES, D. A.; Benson J. Singh S. Romero M. Ganatra B. Okonofua F. E. Shah I. H.. (2006).
"Unsafe abortion: The preventable pandemic" (PDF). The Lancet 368 (9550): 1908–
1919. DOI:10.1016/S0140-6736(06)69481-6. PMID 17126724.
4. Ir para cima↑ SHAH, I.; Ahman E.. (dezembro 2009). "Unsafe abortion: global and regional incidence,
trends, consequences, and challenges" (PDF). Journal of Obstetrics and Gynaecology
Canada 31 (12): 1149–58. PMID 20085681.
Aborto
O que é Aborto?
O aborto espontâneo é a perda de uma gravidez antes da 20ª semana. A maioria dos abortos
espontâneos ocorre porque o feto não está se desenvolvendo normalmente. Contudo, como
essas anormalidades são raramente compreendidas, muitas vezes é difícil determinar as
causas de um aborto espontâneo.
O aborto espontâneo é a complicação mais comum da gravidez precoce. A frequência diminui
com o aumento da idade gestacional. De 8 a 20% das gestações clinicamente reconhecidas
com menos de 20 semanas de gestação sofrerão aborto, sendo 80% destes nas primeiras 12
semanas de gestação. Há ainda a perda do bebê sem que a mãe perceba, que totalizam entre
13 e 26% de todas as gestações – no entanto, esse número pode ser ainda maior, uma vez
que muitas mães podem sofrer um aborto espontâneo antes de perceberem que estão
grávidas.
O aborto é uma experiência relativamente comum - mas isso não faz com que seja fácil. Pode
ser necessário suporte psicológico para superar a perda do bebê.
Causas
Genes ou cromossomosanormais
A maioria dos abortos espontâneos ocorre porque o feto não está se desenvolvendo
normalmente. Problemas com genes ou cromossomas do bebê são erros que ocorrem por
acaso conforme o embrião se divide e cresce – dificilmente são problemas herdados dos pais.
Exemplos de anormalidades incluem:
 Não há formação de embriões
 Óbito embrionário: o embrião está presente, mas parou de se desenvolver
 Gravidez molar: ocorre quando um conjunto extra de cromossomos paternos ou
maternos em um ovo fertilizado. Este erro transforma o que poderia se tornar
normalmente a placenta em uma massa crescente de cistos. Esta é uma causa rara de
perda da gravidez.
Condições de saúde materna
Em alguns casos, o estado de saúde da mãe pode levar ao aborto. Os exemplos incluem:
 Diabetes não controlada
 Infecções
 Problemas hormonais
 Problemas no útero ou colo do útero
 Doenças da tireoide
 Trombofilias.
O que não causaaborto
Atividades de rotina como estas não provocam um aborto espontâneo:
 Exercícios
 Relações sexuais
 Sustos
 Quedas da própria altura
 Trabalho, desde que não haja exposição a produtos químicos ou radiação prejudiciais.
Fatores de risco
Idade
Mulheres com mais de 35 anos de idade têm um maior risco de aborto do que as mulheres
mais jovens. Aos 35 anos, você tem um risco cerca de 20% maior. Aos 40 anos, o risco é de
cerca de 40% maior, podendo chegar aos 80% aos 45 anos.
A idade paterna também pode desempenhar esse papel. Algumas pesquisas também sugerem
que as mulheres que engravidam de homens mais velhos estão em maior risco de aborto
espontâneo.
Abortos anteriores
Pessoas que tiveram dois ou mais abortos espontâneos consecutivos estão em maior risco de
aborto espontâneo.
Condições crônicas
Pessoas que têm uma condição crônica, como diabetes não controlada e trombofilias, têm um
maior risco de aborto espontâneo.
Problemas uterinos ou cervicais
Certas anomalias uterinas ou dos tecidos do colo do útero podem aumentar o risco de aborto.
Vícios
Vícios como fumar, ingerir álcool ou usar drogas ilícitas aumentam o risco de aborto. Pessoas
que fumam durante a gravidez têm um risco maior de aborto espontâneo do que os não-
fumantes. Uso abusivo de álcool e uso de drogas ilícitas também aumentam o risco de aborto.
Peso
Estar abaixo do peso ou com excesso de peso aumenta o risco de aborto espontâneo.
Testes pré-natais invasivos
Alguns testes genéticos pré-natais invasivos, como a biópsia de vilo corial e amniocentese,
podem causar um pequeno risco de aborto.
Sintomas de Aborto
A maioria dos abortos espontâneos ocorre antes da 12ª semana de gravidez, e a mulher pode
não saber que sofreu um, quando este ocorrer nas primeiras seis semanas. No entanto, sinais
e sintomas de um aborto espontâneo podem incluir:
 Sangramento vaginal, com ou sem cólicas, que pode ocorrer muito cedo em sua
gravidez, antes de você saber que está grávida, ou mais tarde, depois de ter
conhecimento da gravidez
 Leve a intensa dor lombar, dor abdominal ou cólicas, que podem ser constantes ou
intermitentes
 Um coágulo de sangue ou um jato de líquido claro ou rosa que passa pela vagina
 Diminuição de sinais de gravidez, como a perda da sensibilidade da mama ou náuseas.
Tenha em mente que a maioria das mulheres que experimentam sangramento vaginal no
primeiro trimestre tem gravidezes bem sucedidas.
Tipicamente, os sintomas de um aborto espontâneo tendem a piorar conforme ele progride.
Pequenos sangramentos se transformam em um sangramento mais pesado; cólicas começam
e se tornam mais fortes.
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diagnóstico eexames
Buscando ajuda médica
Ligue para seu médico se:
 Você está grávida e tiver sangramento vaginal, com ou sem cólicas
 Você está grávida e teve o tecido fetal ou coágulo passando pela vagina.
Exames
O seu médico pode fazer uma variedade de testes:
 Exame pélvico, para verificar se o colo do útero começou a dilatar
 Ultrassonografia pélvica, para verificar o batimento cardíaco fetal e determinar se o
embrião está se desenvolvendo normalmente
 Exames de sangue: se você já sofreu o aborto espontâneo, medições do hormônio da
gravidez, beta HCG, podem ser úteis para determinar se você tiver expeliu
completamente o tecido placentário
 Testes de tecidos: se você expeliu tecido, ele pode ser enviado para o laboratório a fim
de confirmar se um aborto espontâneo ocorreu - e que seus sintomas não estão
relacionados a uma outra causa de sangramento na gravidez.
Diagnóstico de Aborto
Possíveis diagnósticos incluem:
 Ameaça de aborto: se você está sangrando, mas o colo do útero não começou a
dilatar, há uma ameaça de aborto. Esses tipos de gravidez podem frequentemente
prosseguir sem quaisquer problemas
 Aborto inevitável: se você está sangrando, o útero está se contraindo e seu colo do
útero está dilatado, o aborto é inevitável
 Aborto incompleto: se você expelir algum material fetal ou placenta, mas alguns restos
em seu útero, é considerado um aborto incompleto
 Aborto retido: os tecidos placentários e embrionárias permanecem no útero, mas o
embrião já morreu ou nunca se formou
 Aborto completo: se você já expeliu todos os tecidos da gravidez, é considerado um
aborto completo. Isso é comum para abortos ocorridos antes das 12 semanas
 Aborto séptico. Se você desenvolver uma infecção no útero, ele é conhecido como um
aborto séptico. Esta pode ser uma infecção muito grave, que exige atendimento
imediato.
Tratamento de Aborto
Se você está sofrendo uma ameaça de aborto, o médico pode recomendar repouso até que o
sangramento ou dor desapareça. Você pode ser solicitada para evitar o exercício e o sexo
também. Embora essas medidas não sejam comprovadas para reduzir o risco de aborto, elas
podem melhorar o seu conforto. Também é uma boa ideia para evitar viajar - especialmente em
áreas onde seria difícil receber atendimento médico imediato.
Um exame de ultrassonografia determinará se o embrião morreu ou nunca se formou. Um
resultado positivo significa que o aborto vai certamente ocorrer. Nessa situação, você pode ter
várias opções:
Conduta expectante
Se você não tem sinais de infecção, pode optar por deixar que o progresso do aborto natural
seja natural. Geralmente isso acontece geralmente em duas semanas após determinar que o
embrião tenha morrido, mas pode levar de três a quatro semanas em alguns casos. Esse pode
ser um momento emocionalmente difícil. Se expulsão a não acontece por si só, será
necessário tratamento médico ou cirúrgico.
Tratamento médico
Se após um diagnóstico certo da perda de gravidez você preferir acelerar o processo, pode ser
receitada uma medicação que ajuda seu corpo a expulsar o tecido da placenta. Embora você
possa tomar a medicação por via oral, o médico pode recomendar a inserção da medicação
por via vaginal para aumentar a sua eficácia e minimizar os efeitos colaterais, como náuseas e
diarreia. Para a maioria das mulheres esse tratamento funciona em 24 horas.
Tratamento cirúrgico
Uma opção é um pequeno procedimento cirúrgico chamado dilatação e curetagem. Durante
este procedimento, o médico dilata o colo do útero e remove o tecido de dentro do seu útero.
As complicações são raras, mas podem incluir os danos para o tecido conjuntivo do colo do
útero ou da parede uterina. O tratamento cirúrgico é necessário se você tiver um aborto
acompanhado por sangramento ou sinais de uma infecção.
Há também a aspiração manual intrauterina (AMIU), onde é introduzida uma cânula pelo colo
uterino que chega até a cavidade uterina e o material é aspirado por meio de sucção. Não é
necessário dilatar o colo do útero.
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Convivendo/ Prognóstico
Recuperação física
A recuperação física do aborto na maioria dos casos será de apenas algumas horas ou dias.
Ligue para o seu médico se você experimentar sangramento intenso, febre ou dor abdominal. A
menstruação irá retornar dentro de quatro a seis semanas.
Você pode começar a usar qualquer tipo de contracepção imediatamente após um aborto
espontâneo. No entanto, o ideal é evitar ter relações sexuais ou colocar qualquer coisa em sua
vagina - como um absorvente interno – nas primeiras duas semanas depois de um aborto
espontâneo.
Futuras gestações
É possível engravidar após um aborto espontâneo. Mas se você e seu parceiro decidem tentar
uma nova gravidez, verifique se você está fisicamente e emocionalmente pronta. Converse
com o médico para obter orientação sobre quando poderá tentar engravidar.
Tenha em mente que o aborto é geralmente uma ocorrência única. A maioria das mulheres que
abortam passar a ter uma gravidez saudável após o aborto. Menos de 5% das mulheres têm
dois abortos consecutivos, e apenas 1% têm três ou mais abortos espontâneos consecutivos.
Se você tiver vários abortos espontâneos - mais do que três em linha - considere o teste para
identificar quaisquer causas subjacentes, como anomalias uterinas, problemas de coagulação
ou anormalidades cromossômicas. Em alguns casos, o médico pode sugerir o teste depois de
duas ocorrências consecutivas. Se a causa de não for identificada, não perca a esperança.
Cerca de 60% a 70% das mulheres com abortos de repetição inexplicáveis passam a ter uma
gravidez saudável.
Apoio psicológico
A cura emocional pode levar muito mais tempo do que a cura física. O aborto espontâneo pode
ser uma perda de cortar o coração que os outros ao redor que você podem não entender
completamente. Suas emoções podem variar de raiva e culpa ao desespero. Dê-se tempo para
lamentar a perda de sua gravidez e procure a ajuda de seus entes queridos.
É provável que você nunca se esqueça de seus sonhos e esperanças que cercam esta
gravidez, mas com o tempo a aceitação pode aliviar sua dor. Fale com o seu médico se você
está se sentindo profunda tristeza ou depressão. Caso seja necessário, procure ajuda
psicológica ou psiquiátrica.
Para a família e pessoas próximas, o ideal é deixar a mãe seguir com seu luto e respeitar esse
momento. Ainda que demore mais do que você considere normal e a pessoa comece a ter
comportamentos fora do mundo, o melhor a fazer é respeitar.
Complicações possíveis
Alguns casos de aborto espontâneo podem causar ou ser causados por uma infecção uterina,
podendo ser chamado também de aborto séptico. Sintomas de uma infecção incluem:
 Febre
 Calafrios
 Perda da sensibilidade na região abdominal
 Corrimento vaginal com mau cheiro.
Prevenção
A maioria dos abortos são causados por anormalidades genéticas no feto. Infelizmente, não há
nada que pode ser feito para evitar erros causados por anormalidades genéticas.
Se você já sofreu um aborto espontâneo, converse com seu médico sobre as possíveis causas
e quando planejar uma futura gravidez. Um estilo de vida saudável antes e durante a gestação
pode ajudar a diminuir o risco de aborto espontâneo. Aqui estão algumas dicas que podem
ajudar a prevenir o aborto:
 Tenha certeza de que está consumindo pelo menos 400 mg de ácido fólico todos os
dias, a partir de pelo menos um a dois meses antes da concepção, se possível
 Pratique exercício físico regular
 Coma refeições saudáveis, bem equilibradas
 Controle o estresse
 Mantenha o seu peso dentro dos limites normais
 Não fume e fique longe do fumo passivo
 Não beba álcool
 Não beba mais de uma a três xícaras de café por dia
 Evite drogas ilícitas.
Outros hábitos podem ajudar a prevenir o aborto, como:
 Evite radiação e venenos como arsênio, chumbo, benzeno, formaldeído e óxido de
etileno
 Tome especial cuidado para manter seu abdômen seguro durante a gravidez. Evite
esportes que oferecem um maior risco de lesão, tais como esportes de contato e esqui
 Sempre use o cinto de segurança
 Verifique com seu médico antes de tomar qualquer medicação.
Você também pode garantir um bebê saudável consultando um médico e tratando qualquer
problema de saúde que você eventualmente tenha antes de engravidar. Se, por exemplo, você
sabe que um aborto espontâneo anterior deveu-se a uma resposta autoimune ou um
desequilíbrio hormonal, procurar tratamento para essa condição subjacente. Depois de
engravidar, mantenha um pré-natal abrangente para melhorar suas chances de uma gravidez
saudável.
fontes ereferências
 Revisado por: Viviane Lopes, ginecologista e obstetra do Femme Laboratório da
Mulher, mestre em obstetrícia pela UNIFESP - CRM SP 105166
 Bárbara Murayama, ginecologista da Sociedade Brasileira de Ginecologia
 American College of Obstetricians and Gynecologists
 Organização Mundial de Saúde
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  • 1. Aborto Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Nota: Para outros significados, veja Aborto (desambiguação). Um aborto, abortamento1 ou interrupção da gravidez é a remoção ou expulsão prematura de um embrião ou feto do útero, resultando na sua morte ou sendo por esta causada.2 Isto pode ocorrer de forma espontânea ou induzida, provocando-se o fim da gestação, e consequente fim da atividade biológica do embrião ou feto, mediante uso de medicamentos ou realização de cirurgias. O aborto induzido, quando realizado por profissionais capacitados e em boas condições de higiene é um procedimento seguro.3 Entretanto, o aborto feito por pessoas não qualificadas ou fora de um ambiente hospitalar, resulta em aproximadamente 70 mil mortes maternas e cinco milhões de lesões maternas por ano no mundo.4 Estima-se que sejam realizados no mundo 44 milhões de abortos anualmente, sendo pouco menos da metade destes procedimentos realizados de forma insegura.5 A incidência do aborto se estabilizou nos últimos anos,5 após ter tido uma queda nas últimas décadas devido ao maior acesso a planejamento familiar e a métodos contraceptivos.6 Quarenta por cento das mulheres do mundo têm acesso a aborto induzido em seus países (dentro dos limites gestacionais).7 Historicamente, o aborto induzido vem sendo realizado através de diferentes métodos e seus aspectos morais, éticos,legais e religiosos ainda são objeto de intenso debate em diversas partes do mundo. Tipos O aborto geralmente é dividido em dois tipos, aborto espontâneo e aborto induzido. Outras classificações também são usadas, de acordo com o tempo de gestação, por exemplo. Aborto espontâneo Aborto espontâneo, involuntário ou casual, é a expulsão não intencional de um embrião ou feto antes de 20-22 semanas de idade gestacional. Uma gravidez que termina antes de 37 semanas de idade gestacional que resulta em um recém-nascido vivo é conhecida como parto prematuro ou pré- termo. Quando um feto morre no interior do útero após a viabilidade, ou durante o parto, geralmente é chamado de natimorto. A causa mais comum de aborto espontâneo durante o primeiro trimestre são as anomalias cromossômicas do feto/embrião, que contabilizam pelo menos 50% das perdas gestacionais precoces. Outras causas incluem doenças vasculares (como o lúpus eritematoso sistêmico), diabetes, problemas hormonais, infecções, anomalias uterinas e trauma acidental ou intencional. A idade
  • 2. materna avançada e a história prévia de abortos espontâneos são os dois fatores mais associados com um risco maior de aborto espontâneo. Aborto induzido O aborto induzido, também denominado aborto provocado ou interrupção voluntária da gravidez, é o aborto causado por uma ação humana deliberada. Ocorre pela ingestão de medicamentos ou por métodos mecânicos. A ética deste tipo de abortamento é fortemente contestada em muitos países do mundo mas é reconhecida como uma prática legal em outros locais do mundo, sendo inclusive em alguns totalmente coberta pelo sistema público de saúde. Os dois polos desta discussão passam por definir quando o feto ou embrião se torna humano ou vivo (se na concepção, no nascimento ou em um ponto intermediário) e na primazia do direito da mulher grávida sobre o direito do feto ou embrião. O aborto induzido possui as seguintes subcategorias:  Aborto terapêutico  aborto provocado para salvar a vida da gestante8  para preservar a saúde física ou mental da mulher8  para dar fim à gestação que resultaria numa criança com problemas congênitos que seriam fatais ou associados com enfermidades graves8  para reduzir seletivamente o número de fetos para diminuir a possibilidade de riscos associados a gravidezes múltiplas.8  Aborto eletivo: aborto provocado por qualquer outra motivação.8 Outras classificações Quanto ao tempo de duração da gestação:  Aborto subclínico: abortamento que acontece antes de quatro semanas de gestação  Aborto precoce: entre quatro e doze semanas  Aborto tardio: após doze semanas Riscos de um aborto Os riscos para a saúde envolvidos no aborto induzido dependem de o procedimento ser realizado com ou sem segurança. A Organização Mundial de Saúde define como abortos não-seguros aqueles realizados por indivíduos sem formação, equipamentos perigosos ou em instituições sem higiene.9 Os abortos legais realizados nos países desenvolvidos estão entre os procedimentos mais seguros na medicina.3 10 Nos Estados Unidos, a taxa de mortalidade materna em abortos entre 1998 e 2005 foi de 0,6 morte por 100.000 procedimentos abortivos, tornando o aborto cerca de 14 vezes mais seguro do que o parto, cuja taxa de mortalidade é de 8,8 mortes por 100.000 nascidos vivos.11 12 O risco de mortalidade relacionada com o aborto aumenta com a idade gestacional, mas permanece menor do que o do parto até pelo menos 21 semanas de gestação.13 14 Isso contrasta com algumas
  • 3. leis presentes em alguns países que exigem que os médicos informem os pacientes que o aborto é um procedimento de alto risco.15 A aspiração uterina a vácuo no primeiro trimestre é o método de aborto não-farmacológico mais seguro, e pode ser realizado em uma clínica de atenção primária em saúde, clínica de aborto ou hospital. As complicações são raras e podem incluir perfuração uterina, infecção pélvica e retenção dos produtos da concepção necessitando de um segundo procedimento para evacuá-los.16 Geralmente são administrados antibióticos profiláticos (preventivos) (como a doxiciclina ou metronidazol) antes do aborto eletivo,17 pois acredita-se que eles diminuem substancialmente o risco de infecção uterina pós-operatória.18 19 As complicações após abortos no segundo-trimestre são similares às que ocorrem após o aborto no primeiro trimestre, e dependem do método escolhido. Existe pouca diferença em termos de segurança e eficácia entre o aborto farmacológicos usando regime combinado demifepristona e misoprostol e o aborto não-farmacológico (aspiração a vácuo) quando são realizados no início do primeiro trimestre (até 9 semanas de idade gestacional).20 O aborto farmacológico com o uso do análogo de prostaglandina misoprostol isolado é menos efetivo e mais doloroso do que o aborto usando o regime combinado de mifepristona e misoprostol ou do que o aborto cirúrgico.21 22 Existe controvérsia na comunidade médica e científica sobre os efeitos do aborto. As interrupções de gravidez feitas por médicos competentes são normalmente consideradas seguras para as mulheres, dependendo do tipo de cirurgia realizado.23 24 Entretanto, um argumento contrário ao aborto seria de que, para o feto, o aborto obviamente nunca seria "seguro", uma vez que provoca sua morte sem direito de defesa.25 26 Os métodos que não são realizados com acompanhamento médico (uso de certas drogas, ervas, ou a inserção de objectos não cirúrgicos no útero) são potencialmente perigosos para a mulher, conduzindo-a a um elevado risco de infecção permanente ou mesmo à morte, quando comparado com os abortos feitos por pessoal médico qualificado. Segundo a ONU, pelo menos 70 mil mulheres perdem a vida anualmente em consequência de abortos realizados em condições precárias,27 não há, no entanto, estatísticas confiáveis sobre o número total de abortos induzidos realizados no mundo nos países e/ou situações em que o aborto é criminalizado. Existem, com variado grau de probabilidade, possíveis efeitos negativos associados à prática abortiva, nomeadamente a hipótese de ligação ao câncer de mama, a dor fetal, o síndrome pós- abortivo. Possíveis efeitos positivos incluem redução de riscos para a mãe e para o desenvolvimento da criança não desejada. Em janeiro de 2012 uma pesquisa realizada pela Organização Mundial de Saúde revelou que a prática do aborto é maior nos países em que ele é proibido e quase metade de todos os abortos feitos no mundo é realizada com altos riscos para a mulher. Entre 2003 e 2008, cerca de 47 mil mulheres morreram e outros 8,5 milhões tiveram consequências graves na sua saúde, decorrentes da prática do aborto. Quase todas as interrupções de gravidez intencionais realizadas de maneira insegura, aconteceram em nações em desenvolvimento, na América Latina e África. "O aborto é um procedimento muito simples. Todas essas mortes e complicações poderiam ter sido facilmente evitadas", disse Gilda Sedgh, pesquisadora-sênior do Instituto norte-americano Guttmacher, autora do estudo.28
  • 4. Câncer damama Ver artigo principal: Hipótese de câncer causado pelo aborto Há uma hipótese de relação causal entre o aborto induzido e o risco de desenvolvimento de câncer de mama. A teoria é que no início da gravidez, o nível de estrogénio aumenta, levando ao crescimento das células mamárias necessário à futura fase de lactação. A hipótese de relação positiva entre câncer de mama e aborto sustenta que se a gravidez é interrompida antes da completa diferenciação celular, então existirão relativamente mais células indiferenciadas vulneráveis à contracção da doença. Esta hipótese, não é bem aceita pelo consenso científico de estudos de associações e entidades ligadas ao câncer,29 30 31 mas tem alguns defensores como o dr. Joel Brind.32 Dor do feto Ver artigo principal: Dor fetal A existência ou ausência de sensações fetais durante o processo de abortamento é hoje matéria de interesse médico, ético e político. Diversas provas entram em conflito, existindo algumas opiniões defendendo que o feto é capaz de sentir dor a partir da sétima semana33 enquanto outros sustentam que os requisitos neuro-anatómicos para tal só existirão a partir do segundo ou mesmo do terceiro trimestre da gestação.34 Os receptores da dor surgem na pele na sétima semana de gestação. O hipotálamo, parte do cérebro receptora dos sinais do sistema nervoso e que liga ao córtex cerebral, forma-se à quinta semana. Todavia, outras estruturas anatómicas envolvidas no processo de sensação da dor ainda não estão presentes nesta fase do desenvolvimento. As ligações entre o tálamo e o córtex cerebral formam-se por volta da 23ª semana.35 Existe também a possibilidade de que o feto não disponha da capacidade de sentir dor, ligada ao desenvolvimento mental que só ocorre após o nascimento.36 Novos estudos do Hospital Chelsea, realizados pela Dra. Vivette Glover em Londres sugerem que a dor fetal pode estar presente a partir da décima sétima semana de vida do feto. O que justificaria, segundo os proponentes do aborto, o uso de anestésicos para diminuir o provável sofrimento do feto. Estes estudos contrariam a versão da entidade que reúne obstetras e ginecologistas do Reino Unido, o Royal College of Obstretics and Gynacologists; para esta organização, só há dor depois de 26 semanas.37 Síndromepós-abortivo Ver artigo principal: Síndrome pós-aborto A síndrome pós-abortivo seria uma série de reações psicológicas apresentadas ao longo da vida por mulheres após terem cometido um aborto. Há vários relatos de problemas mentais relacionados direta ou indiretamente ao aborto; uma descrição clássica pode ser encontrada na obra "A psicopatologia da vida cotidiana", de Sigmund Freud.38 No livro "Além do princípio de prazer", Freud salienta: "Fica-se também estupefato com os
  • 5. resultados inesperados que se podem seguir a um aborto artificial, à morte de um filho não nascido, decidido sem remorso e sem hesitação."39 Há médicos portugueses, porém, que questionam a existência do síndroma; não existe nenhum estudo português publicamente divulgado sobre o assunto. Entretanto nos Estados Unidos, Reino Unido e mesmo no Brasil, essa possibilidade já é bastante discutida, com resultados contrastantes.40 41 O síndroma pós-abortivo (PAS), conhecido também como síndroma pós-traumático pós-abortivo ou por síndroma do trauma abortivo, é um termo que designa um conjunto de características psicopatológicas que alguns médicos dizem ocorrer nas mulheres após um aborto provocado.42 Alguns estudos, no entanto, concluem que alguns destes sintomas são consequência da proibição legal e/ou moral do aborto e não do ato em si. [carece de fontes] Entretanto, tal síndrome teria sido catalogada em inúmeras pesquisas, entre elas a do dr. Vincent Rue que no estudo da Desordem Ansiosa Pós-Traumática (DAPT), presente em ex-combatentes do Vietnã, que teria sua correspondente na síndrome pós-aborto (SPA). Algumas estatísticas de organizações pró-vida argumentam que há um aumento de 9% para 59% nos índices de distúrbios psicológicos em mulheres que se submetem ao aborto.43 Outro estudo, do Royal College of Psychiatrists, a associação dos psiquiatras britânicos e irlandeses, considerou que o aborto induzido pode trazer distúrbios clínicos severos para a mulher, e que essa informação deve ser passada para a mesma, antes da opção pelo aborto. Esse estudo foi repassado à população pelo Jornal Britânico Sunday Times.44 Mulheresgrávidasvítimas de violência Embora existam notícias45 indicando que muitas mulheres grávidas morrem em consequência de atos violentos, aparentemente46 não há dados conclusivos que cruzem esta informação com o risco de morte geral das mulheres não-grávidas em situações semelhantes. Consequênciasa longo prazo paraa criança não desejada Muitos membros de grupos pró-escolha47 consideram haver um risco maior de crianças não desejadas (crianças que nasceram apenas porque a interrupção voluntária da gravidez não era uma opção, quer por questões legais, quer por pressão social) terem um nível de felicidade inferior às outras crianças incluindo problemas que se mantêm mesmo quando adultas, entre estes problemas incluem-se:  doença e morte prematura48  pobreza  problemas de desenvolvimento48  abandono escolar49  delinquência juvenil50  abuso de menores  instabilidade familiar e divórcio51  necessidade de apoio psiquiátrico51  falta de autoestima52
  • 6. Uma opinião contrária, entretanto, apresentada por grupos pró-vida, seria que, mesmo que sejam encontradas correlações estatísticas entre gravidez indesejáveis e situações consideradas psicologicamente ruins para as crianças nascidas, esta situação não pode ser comparada com a de crianças abortadas, visto que estas não estão vivas. Uma "situação de vida" não seria passível de comparação com uma "situação de morte", visto a inverificabilidade desta enquanto situação possivelmente existente (a chamada "vida após a morte") pelos métodos científicos disponíveis. Como não se pode estipular se uma situação ruim de vida, por pior que fosse, seria pior que a morte, o aborto, no caso, não poderia ser apresentado como solução, visto que não dá a capacidade de escolha ao envolvido, enquanto ainda é um feto.53 54 55 Métodos de indução Aborto farmacológico Ver artigo principal: Aborto farmacológico Também conhecido como aborto médico, químico ou não-cirúrgico, é o aborto induzido por administração de fármacosque provocam a interrupção da gravidez e a expulsão do embrião. O aborto farmacológico é aplicável apenas no primeirotrimestre da gravidez. Tornou-se um método alternativo de aborto induzido com o surgimento no mercado dos análogos de prostaglandina no início dos anos 1970 e do antiprogestágeno mifepristona (RU-486) nos anos 1980.56 57 58 Os regimes de aborto mais comuns para o primeiro trimestre utilizam mifepristona em combinação com um análogo de prostaglandina (misoprostol) até 9 semanas de idade gestacional, metotrexato em combinação com um análogo de prostaglandina até 7 semanas de gestação, ou um análogo de prostaglandina isolado.56 Os regimes de mifepristona–misoprostol funcionam mais rápido e são mais efetivos em idades gestacionais mais avançadas do que os regimes combinados de metotrexato-misoprostol, e os regimes combinados são mais efetivos que o uso do misoprostol isolado.57 Em abortos muito precoces, com até 7 semanas de gestação, o regime combinado de mifepristona- misoprostol é considerado mais efetivo do que o aborto cirúrgico (aspiração à vácuo).20 Os regimes de aborto médico precoce que utilizam 200 mg de mifepristona, seguido por 800 mcg de misoprostol vaginal ou oral 24-48 horas após apresentam efetividade de 98% até as 9 semanas de idade gestacional.59 Nos casos de falha do aborto farmacológico, é necessária a complementação do procedimento com o aborto cirúrgico.60 Os abortos farmacológicos precoces são responsáveis pela maioria dos abortos com menos de 9 semanas de gestação na Grã-Bretanha,61 62 França,63 Suíça,64 e nos países nórdicos.65 Nos Estados Unidos, o percentual de abortos farmacológicos precoces é menor.18 66 Regimes de aborto farmacológico usando mifepristona em combinação com um análogo de prostaglandina são os métodos mais comumente usados para abortos de segundo trimestre no Canada, maior parte da Europa, China e Índia,58 ao contrário dos Estados Unidos, onde 96% dos abortos de segundo trimestre são realizados cirúrgicamente com dilatação e esvaziamento uterino.67 Aborto cirúrgicoou por procedimentos Os procedimentos no primeiro trimestre podem geralmente ser realizados usando anestesia local, enquanto os realizados no segundo trimestre podem necessitar de sedação ou anestesia geral.18
  • 7. Aspiração uterina a vácuo Um aborto realizado por aspiração a vácuo com equipamento elétrico em uma gestação de oito semanas (seis semanas após a fertilização).1: Bolsa amniótica2: Embrião3: Endométrio4:Espéculo5: Cureta de aspiração6:Saída para a bomba à vácuo No procedimento de aspiração uterina a vácuo o médico realiza vácuo no útero da gestante para remover o feto. São utilizados equipamentos manuais ou elétricos para a realização do vácuo. Geralmente são realizados em gestações de até doze semanas (primeiro trimestre). A aspiração manual intrauterina (AMIU) consiste em uma aspiração cujo vácuo é criado manualmente utilizando-se uma cânula flexível acoplada a uma seringa. Foi desenvolvida para ser realizada ambulatorialmente sem anestesia geral, não necessitando ser realizada em bloco cirúrgico. Não é necessária a dilatação cervical. O procedimento também pode ser utilizando um aparelho de vácuo eléctrico. Neste tipo de aspiração o conteúdo do útero é sugado pelo equipamento. Ambos os procedimentos são considerados não-cirúrgicos e são realizados em cerca de dez minutos. São eficazes e seguros, pois apresentam um baixo risco para a mulher (0,5% de casos de infecção). Dilatação e curetagem uterina Figura mostrando como é empregada a técnica da curetagem Em gestações mais avançadas, nas quais o material a ser removido do útero é muito volumoso, recorre-se à curetagem. Ao contrário da aspiração uterina à vácuo, que pode ser realizada em consultórios ou clínicas, a dilatação e curetagem é um procedimento cirúrgico, devendo ser realizado em um hospital com bloco cirúrgico. Inicialmente o médico alarga o colo do útero da paciente com dilatadores, para permitir a passagem da cureta a seguir. A cureta é um instrumento
  • 8. cirúrgico cortante, em forma de colher, que é introduzida no útero para realizar a raspagem. Servindo-se da cureta, o médico retira todo o conteúdo uterino, incluindo o endométrio. Uma das principais complicações da curetagem é a perfuração uterina causada pela cureta. Evita-se a realização da curetagem uterina em gestações com mais de 12-16 semanas sem antes realizar a expulsão fetal. Dilatação e evacuação O procedimento de curetagem é aplicável ainda no começo do segundo trimestre, mas se não for possível terá de recorrer-se a métodos como a dilatação e evacuação. Neste procedimento o médico promove primeiro a dilatação cervical (um dia antes). Na intervenção que é feita sob anestesia é inserido um aparelho cirúrgico na vagina para cortar o material intra-uterino em pedaços, e retirá-los de dentro do útero. No final é feita a aspiração. O feto é remontado no exterior para garantir que não há nenhum pedaço no interior do útero que poderia levar a infecção séria. Em raríssimas situações (0,17% das IVGs realizadas nos Estados Unidos em 2000) o feto é removido intacto. Eliminação ou expulsão fetal (indução do trabalho de parto) A eliminação ou expulsão fetal geralmente é reservada para gestações com mais de doze semanas. Consiste em forçar prematuramente o trabalho de parto com o uso do análogo de prostaglandina misoprostol. Pode-se associar o uso deocitocina ou injeção no líquido amniótico de soluções hipertônicas com solução salina ou ureia. Após a expulsão fetal, pode ser necessária a realização de curetagem. Aborto por esvaziamento craniano intrauterino O aborto por esvaziamento craniano intrauterino (ECI), também conhecido como aborto com "nascimento parcial", é uma técnica utilizada para provocar o aborto quando a gravidez está em estágio avançado, entre 20 e 26 semanas (cinco meses a seis meses e meio).68 Guiado por ultrassom, o médico segura a perna do feto com um fórceps, puxa-o para o canal vaginal, e então retira o feto do útero, com exceção da cabeça. Faz então uma incisão na nuca, inserindo depois um catéter para sugar o cérebro do feto e então o retira por inteiro do corpo da mãe. Em alguns países, essa prática é proibida em todos os casos, sendo considerada homicídio e punida severamente.69 70 Esta técnica tem sido alvo de intensas polêmicas nos Estados Unidos. Em 2003, sua prática foi proibida em todo o país, gerando revoltas de movimentos pró-aborto.71 Outros métodos No passado, diversas ervas já foram consideradas portadoras de propriedades abortivas e foram usadas na medicina popular.72 No entanto, o uso de ervas com a intenção abortiva pode causar diversos efeitos adversos graves e até mesmo letais, tanto para a mãe quanto para o feto, e não é recomendado pelos médicos.73 O aborto, às vezes, é tentado através de trauma no abdômen. O grau da força, se intensa, pode causar diversas lesões internas graves sem necessariamente induzir com sucesso a perda
  • 9. fetal.74 No Sudeste da Ásia, há uma tradição antiga de se tentar o aborto através de forte massagem abdominal.75 Métodos utilizados em abortos autoinduzidos não seguros incluem o uso incorreto de misoprostol e a inserção de materiais não cirúrgicos como agulhas e prendedores de roupas no útero. A utilização destes métodos não seguros raramente é observada em países desenvolvidos, onde o aborto cirúrgico é legal e disponível.76 História Ver artigo principal: História do aborto A história do aborto, segundo a Antropologia, remonta à Antiguidade. Há evidências que sugerem que, historicamente, dava-se fim à gestação, ou seja, provocava-se o aborto, utilizando diversos métodos, como ervas abortivas, o uso de objetos cortantes, a aplicação de pressão abdominal entre outras técnicas. Terminologia A palavra aborto tem sua origem etimológica no latim abortacus, derivado de aboriri ("perecer"), composto de ab("distanciamento", "a partir de") e oriri ("nascer"). Sociedade e cultura Debate sobre o aborto Situação jurídica do aborto ao redor do mundo: Legalizado em todos os casos Legalizado em caso de estupro, risco de vida, problemas de saúde, fatores socioeconômicos ou má-formação do feto Legalizado em caso de estupro, risco de vida, problemas de saúde ou má-formação do feto Legalizado em caso de estupro, risco de vida ou problemas de saúde
  • 10. Legalizado em caso de risco de vida ou problemas de saúde Proibido em todos os casos Varia por região Não há informação Ver artigo principal: Debate sobre o aborto Ver página: Aborto por país Consequências positivas Em um estudo polêmico de Steven Levitt da Universidade de Chicago eJohn Donohue da Universidade Yaleassocia a legalização do aborto com a baixa da taxa de criminalidade na cidade de Nova Iorque e através dos Estados Unidos. Tal estudo apresenta, com base em dados de diversas cidades norte-americanas e com significância estatística, o possível efeito da redução dos índices de criminalidade onde o aborto é legal. Ainda segundo os autores, estudos noCanadá e na Austrália apontariam na mesma direção. O recurso a abortos ilegais, segundo os defensores da legalização, aumentaria a mortalidade maternal. Tanto a mortalidade quanto outros problemas de saúde seriam evitados, segundo seus defensores, quando há acesso a métodos seguros de aborto. Segundo o Instituto Guttmacher, o aborto induzido ou interrupção voluntária da gravidez tem um risco de morte para a mulher entre 0,2 a 1,2 em cada 100 mil procedimentos com cobertura legal realizados em países desenvolvidos. Este valor é mais de dez vezes inferior ao risco de morte da mulher no caso de continuar a gravidez. Pelo contrário em países em desenvolvimento em que o aborto é criminalizado as taxas são centenas de vezes mais altas atingindo 330 mortes por cada 100 mil procedimentos.77 Para o Ministro da Saúde brasileiro, José Gomes Temporão, defensor da legalização do aborto, a descriminalização do aborto deveria ser tratada como problema de saúde pública.78 Consequências negativas Como consequências negativas da legalização do aborto na sociedade, apontam-se, entre outras: a banalização de sua prática, a disseminação da eugenia, a submissão a interesses mercadológicos de grupos médicos e empresas farmacológicas, a diminuição da população, o controle demográfico internacional, a desvalorização generalizada da vida, o aumento de casos de síndromes pós-aborto, e, indiretamente, o aumento do número de casos de DSTs (doenças sexualmente transmissíveis).79 80 81 Legislação Ver artigo principal: Legislação sobre o aborto Dependendo do ordenamento jurídico vigente, o aborto do nascituro considera-se uma conduta penalizada ou despenalizada, atendendo a circunstâncias específicas. As situações possíveis vão desde o aborto ser considerado um crime contra a vida humana, até ao apoio estatal para a sua realização a pedido da grávida. 82
  • 11. Meios de comunicação Ver artigo principal: Aborto nos meios de comunicação Os assuntos relacionados com o aborto de gravidez ainda são um grande tabu em boa parte do mundo, sobretudo em países de maioria religiosa. Os meios de comunicação divulgam posicionamentos e opiniões variadas sobre a prática. O assunto já foi tema de muitas músicas, filmes e documentários. Recentemente Rebecca Gomperts provocou polêmica no Facebook, com a publicação de um manual de aborto caseiro seguro.83 O Facebook retirou, entretanto, a imagem que continha informações sobre como praticar o aborto com segurança - recorrendo a um medicamento com efeito abortivo - em países onde o aborto é ilegal.84 Referências 1. Ir para cima↑ http://dicionario.priberam.pt/abortamento 2. Ir para cima↑ Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa 3. ↑ Ir para:a b GRIMES, D. A.; Benson J. Singh S. Romero M. Ganatra B. Okonofua F. E. Shah I. H.. (2006). "Unsafe abortion: The preventable pandemic" (PDF). The Lancet 368 (9550): 1908– 1919. DOI:10.1016/S0140-6736(06)69481-6. PMID 17126724. 4. Ir para cima↑ SHAH, I.; Ahman E.. (dezembro 2009). "Unsafe abortion: global and regional incidence, trends, consequences, and challenges" (PDF). Journal of Obstetrics and Gynaecology Canada 31 (12): 1149–58. PMID 20085681. Aborto
  • 12. O que é Aborto? O aborto espontâneo é a perda de uma gravidez antes da 20ª semana. A maioria dos abortos espontâneos ocorre porque o feto não está se desenvolvendo normalmente. Contudo, como essas anormalidades são raramente compreendidas, muitas vezes é difícil determinar as causas de um aborto espontâneo. O aborto espontâneo é a complicação mais comum da gravidez precoce. A frequência diminui com o aumento da idade gestacional. De 8 a 20% das gestações clinicamente reconhecidas com menos de 20 semanas de gestação sofrerão aborto, sendo 80% destes nas primeiras 12 semanas de gestação. Há ainda a perda do bebê sem que a mãe perceba, que totalizam entre 13 e 26% de todas as gestações – no entanto, esse número pode ser ainda maior, uma vez que muitas mães podem sofrer um aborto espontâneo antes de perceberem que estão grávidas. O aborto é uma experiência relativamente comum - mas isso não faz com que seja fácil. Pode ser necessário suporte psicológico para superar a perda do bebê. Causas Genes ou cromossomosanormais A maioria dos abortos espontâneos ocorre porque o feto não está se desenvolvendo normalmente. Problemas com genes ou cromossomas do bebê são erros que ocorrem por acaso conforme o embrião se divide e cresce – dificilmente são problemas herdados dos pais. Exemplos de anormalidades incluem:  Não há formação de embriões  Óbito embrionário: o embrião está presente, mas parou de se desenvolver  Gravidez molar: ocorre quando um conjunto extra de cromossomos paternos ou maternos em um ovo fertilizado. Este erro transforma o que poderia se tornar normalmente a placenta em uma massa crescente de cistos. Esta é uma causa rara de perda da gravidez. Condições de saúde materna Em alguns casos, o estado de saúde da mãe pode levar ao aborto. Os exemplos incluem:  Diabetes não controlada  Infecções  Problemas hormonais  Problemas no útero ou colo do útero  Doenças da tireoide  Trombofilias.
  • 13. O que não causaaborto Atividades de rotina como estas não provocam um aborto espontâneo:  Exercícios  Relações sexuais  Sustos  Quedas da própria altura  Trabalho, desde que não haja exposição a produtos químicos ou radiação prejudiciais. Fatores de risco Idade Mulheres com mais de 35 anos de idade têm um maior risco de aborto do que as mulheres mais jovens. Aos 35 anos, você tem um risco cerca de 20% maior. Aos 40 anos, o risco é de cerca de 40% maior, podendo chegar aos 80% aos 45 anos. A idade paterna também pode desempenhar esse papel. Algumas pesquisas também sugerem que as mulheres que engravidam de homens mais velhos estão em maior risco de aborto espontâneo. Abortos anteriores Pessoas que tiveram dois ou mais abortos espontâneos consecutivos estão em maior risco de aborto espontâneo. Condições crônicas Pessoas que têm uma condição crônica, como diabetes não controlada e trombofilias, têm um maior risco de aborto espontâneo. Problemas uterinos ou cervicais Certas anomalias uterinas ou dos tecidos do colo do útero podem aumentar o risco de aborto. Vícios Vícios como fumar, ingerir álcool ou usar drogas ilícitas aumentam o risco de aborto. Pessoas que fumam durante a gravidez têm um risco maior de aborto espontâneo do que os não- fumantes. Uso abusivo de álcool e uso de drogas ilícitas também aumentam o risco de aborto. Peso Estar abaixo do peso ou com excesso de peso aumenta o risco de aborto espontâneo.
  • 14. Testes pré-natais invasivos Alguns testes genéticos pré-natais invasivos, como a biópsia de vilo corial e amniocentese, podem causar um pequeno risco de aborto. Sintomas de Aborto A maioria dos abortos espontâneos ocorre antes da 12ª semana de gravidez, e a mulher pode não saber que sofreu um, quando este ocorrer nas primeiras seis semanas. No entanto, sinais e sintomas de um aborto espontâneo podem incluir:  Sangramento vaginal, com ou sem cólicas, que pode ocorrer muito cedo em sua gravidez, antes de você saber que está grávida, ou mais tarde, depois de ter conhecimento da gravidez  Leve a intensa dor lombar, dor abdominal ou cólicas, que podem ser constantes ou intermitentes  Um coágulo de sangue ou um jato de líquido claro ou rosa que passa pela vagina  Diminuição de sinais de gravidez, como a perda da sensibilidade da mama ou náuseas. Tenha em mente que a maioria das mulheres que experimentam sangramento vaginal no primeiro trimestre tem gravidezes bem sucedidas. Tipicamente, os sintomas de um aborto espontâneo tendem a piorar conforme ele progride. Pequenos sangramentos se transformam em um sangramento mais pesado; cólicas começam e se tornam mais fortes. LINKS PATROCINADOS diagnóstico eexames Buscando ajuda médica Ligue para seu médico se:  Você está grávida e tiver sangramento vaginal, com ou sem cólicas  Você está grávida e teve o tecido fetal ou coágulo passando pela vagina. Exames O seu médico pode fazer uma variedade de testes:  Exame pélvico, para verificar se o colo do útero começou a dilatar  Ultrassonografia pélvica, para verificar o batimento cardíaco fetal e determinar se o embrião está se desenvolvendo normalmente  Exames de sangue: se você já sofreu o aborto espontâneo, medições do hormônio da gravidez, beta HCG, podem ser úteis para determinar se você tiver expeliu completamente o tecido placentário
  • 15.  Testes de tecidos: se você expeliu tecido, ele pode ser enviado para o laboratório a fim de confirmar se um aborto espontâneo ocorreu - e que seus sintomas não estão relacionados a uma outra causa de sangramento na gravidez. Diagnóstico de Aborto Possíveis diagnósticos incluem:  Ameaça de aborto: se você está sangrando, mas o colo do útero não começou a dilatar, há uma ameaça de aborto. Esses tipos de gravidez podem frequentemente prosseguir sem quaisquer problemas  Aborto inevitável: se você está sangrando, o útero está se contraindo e seu colo do útero está dilatado, o aborto é inevitável  Aborto incompleto: se você expelir algum material fetal ou placenta, mas alguns restos em seu útero, é considerado um aborto incompleto  Aborto retido: os tecidos placentários e embrionárias permanecem no útero, mas o embrião já morreu ou nunca se formou  Aborto completo: se você já expeliu todos os tecidos da gravidez, é considerado um aborto completo. Isso é comum para abortos ocorridos antes das 12 semanas  Aborto séptico. Se você desenvolver uma infecção no útero, ele é conhecido como um aborto séptico. Esta pode ser uma infecção muito grave, que exige atendimento imediato. Tratamento de Aborto Se você está sofrendo uma ameaça de aborto, o médico pode recomendar repouso até que o sangramento ou dor desapareça. Você pode ser solicitada para evitar o exercício e o sexo também. Embora essas medidas não sejam comprovadas para reduzir o risco de aborto, elas podem melhorar o seu conforto. Também é uma boa ideia para evitar viajar - especialmente em áreas onde seria difícil receber atendimento médico imediato. Um exame de ultrassonografia determinará se o embrião morreu ou nunca se formou. Um resultado positivo significa que o aborto vai certamente ocorrer. Nessa situação, você pode ter várias opções: Conduta expectante Se você não tem sinais de infecção, pode optar por deixar que o progresso do aborto natural seja natural. Geralmente isso acontece geralmente em duas semanas após determinar que o embrião tenha morrido, mas pode levar de três a quatro semanas em alguns casos. Esse pode ser um momento emocionalmente difícil. Se expulsão a não acontece por si só, será necessário tratamento médico ou cirúrgico.
  • 16. Tratamento médico Se após um diagnóstico certo da perda de gravidez você preferir acelerar o processo, pode ser receitada uma medicação que ajuda seu corpo a expulsar o tecido da placenta. Embora você possa tomar a medicação por via oral, o médico pode recomendar a inserção da medicação por via vaginal para aumentar a sua eficácia e minimizar os efeitos colaterais, como náuseas e diarreia. Para a maioria das mulheres esse tratamento funciona em 24 horas. Tratamento cirúrgico Uma opção é um pequeno procedimento cirúrgico chamado dilatação e curetagem. Durante este procedimento, o médico dilata o colo do útero e remove o tecido de dentro do seu útero. As complicações são raras, mas podem incluir os danos para o tecido conjuntivo do colo do útero ou da parede uterina. O tratamento cirúrgico é necessário se você tiver um aborto acompanhado por sangramento ou sinais de uma infecção. Há também a aspiração manual intrauterina (AMIU), onde é introduzida uma cânula pelo colo uterino que chega até a cavidade uterina e o material é aspirado por meio de sucção. Não é necessário dilatar o colo do útero. LINKS PATROCINADOS Convivendo/ Prognóstico Recuperação física A recuperação física do aborto na maioria dos casos será de apenas algumas horas ou dias. Ligue para o seu médico se você experimentar sangramento intenso, febre ou dor abdominal. A menstruação irá retornar dentro de quatro a seis semanas. Você pode começar a usar qualquer tipo de contracepção imediatamente após um aborto espontâneo. No entanto, o ideal é evitar ter relações sexuais ou colocar qualquer coisa em sua vagina - como um absorvente interno – nas primeiras duas semanas depois de um aborto espontâneo. Futuras gestações É possível engravidar após um aborto espontâneo. Mas se você e seu parceiro decidem tentar uma nova gravidez, verifique se você está fisicamente e emocionalmente pronta. Converse com o médico para obter orientação sobre quando poderá tentar engravidar. Tenha em mente que o aborto é geralmente uma ocorrência única. A maioria das mulheres que abortam passar a ter uma gravidez saudável após o aborto. Menos de 5% das mulheres têm dois abortos consecutivos, e apenas 1% têm três ou mais abortos espontâneos consecutivos. Se você tiver vários abortos espontâneos - mais do que três em linha - considere o teste para identificar quaisquer causas subjacentes, como anomalias uterinas, problemas de coagulação
  • 17. ou anormalidades cromossômicas. Em alguns casos, o médico pode sugerir o teste depois de duas ocorrências consecutivas. Se a causa de não for identificada, não perca a esperança. Cerca de 60% a 70% das mulheres com abortos de repetição inexplicáveis passam a ter uma gravidez saudável. Apoio psicológico A cura emocional pode levar muito mais tempo do que a cura física. O aborto espontâneo pode ser uma perda de cortar o coração que os outros ao redor que você podem não entender completamente. Suas emoções podem variar de raiva e culpa ao desespero. Dê-se tempo para lamentar a perda de sua gravidez e procure a ajuda de seus entes queridos. É provável que você nunca se esqueça de seus sonhos e esperanças que cercam esta gravidez, mas com o tempo a aceitação pode aliviar sua dor. Fale com o seu médico se você está se sentindo profunda tristeza ou depressão. Caso seja necessário, procure ajuda psicológica ou psiquiátrica. Para a família e pessoas próximas, o ideal é deixar a mãe seguir com seu luto e respeitar esse momento. Ainda que demore mais do que você considere normal e a pessoa comece a ter comportamentos fora do mundo, o melhor a fazer é respeitar. Complicações possíveis Alguns casos de aborto espontâneo podem causar ou ser causados por uma infecção uterina, podendo ser chamado também de aborto séptico. Sintomas de uma infecção incluem:  Febre  Calafrios  Perda da sensibilidade na região abdominal  Corrimento vaginal com mau cheiro. Prevenção A maioria dos abortos são causados por anormalidades genéticas no feto. Infelizmente, não há nada que pode ser feito para evitar erros causados por anormalidades genéticas. Se você já sofreu um aborto espontâneo, converse com seu médico sobre as possíveis causas e quando planejar uma futura gravidez. Um estilo de vida saudável antes e durante a gestação pode ajudar a diminuir o risco de aborto espontâneo. Aqui estão algumas dicas que podem ajudar a prevenir o aborto:  Tenha certeza de que está consumindo pelo menos 400 mg de ácido fólico todos os dias, a partir de pelo menos um a dois meses antes da concepção, se possível  Pratique exercício físico regular  Coma refeições saudáveis, bem equilibradas
  • 18.  Controle o estresse  Mantenha o seu peso dentro dos limites normais  Não fume e fique longe do fumo passivo  Não beba álcool  Não beba mais de uma a três xícaras de café por dia  Evite drogas ilícitas. Outros hábitos podem ajudar a prevenir o aborto, como:  Evite radiação e venenos como arsênio, chumbo, benzeno, formaldeído e óxido de etileno  Tome especial cuidado para manter seu abdômen seguro durante a gravidez. Evite esportes que oferecem um maior risco de lesão, tais como esportes de contato e esqui  Sempre use o cinto de segurança  Verifique com seu médico antes de tomar qualquer medicação. Você também pode garantir um bebê saudável consultando um médico e tratando qualquer problema de saúde que você eventualmente tenha antes de engravidar. Se, por exemplo, você sabe que um aborto espontâneo anterior deveu-se a uma resposta autoimune ou um desequilíbrio hormonal, procurar tratamento para essa condição subjacente. Depois de engravidar, mantenha um pré-natal abrangente para melhorar suas chances de uma gravidez saudável. fontes ereferências  Revisado por: Viviane Lopes, ginecologista e obstetra do Femme Laboratório da Mulher, mestre em obstetrícia pela UNIFESP - CRM SP 105166  Bárbara Murayama, ginecologista da Sociedade Brasileira de Ginecologia  American College of Obstetricians and Gynecologists  Organização Mundial de Saúde Encontre um médico Conheça as possíveis causas do aborto espontâneoJÁ AJUDOU 2506 PESSOAS  Tire nove dúvidas sobre a hipertensão na gravidezJÁ AJUDOU 1276 PESSOAS 
  • 19. Saiba por que acontece e como superar a dor do abortoJÁ AJUDOU 439 PESSOAS  Mães que perdem o bebê na gravidez: o que fazer?JÁ AJUDOU 409 PESSOAS topo LINKS PATROCINADOS COMENTÁRIOS PUBLICIDADE PUBLICIDADE MAIS SOBRE ABORTO  Conheça as possíveis causas do aborto espontâneoJÁ AJUDOU 2506 PESSOAS  Tire nove dúvidas sobre a hipertensão na gravidezJÁ AJUDOU 1276 PESSOAS  Saiba por que acontece e como superar a dor do abortoJÁ AJUDOU 439 PESSOAS    PUBLICIDADE Descubra seuPeso ideal Saiba se seu peso atual e sua meta de peso são saudáveis.
  • 20. DESCOBRIR AGORA SHOPPING VIDA SAUDÁVEL Tudo sobresaúdevocêencontra noMinha Vida Viva maisemelhor-Siga oMinha Vida